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ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO

GUSTAVO DYBALSKI

AS ATRIBUIÇÕES DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO,


CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO NAS SEÇÕES HÍPICAS DAS
OM DOTADAS DE CAVALOS

Rio de Janeiro
2017
2

GUSTAVO DYBALSKI

AS ATRIBUIÇÕES DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO,


CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO NAS SEÇÕES HÍPICAS DAS
OM DOTADAS DE CAVALOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Escola de Equitação do
Exército como parte dos requisitos
para a obtenção do Grau de
Especialização em Equitação, sob a
orientação do 1º Ten Cav McClelland
Mozart Diniz Soares.

Rio de Janeiro
2017
3

GUSTAVO DYBALSKI

AS ATRIBUIÇÕES DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO,


CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO NAS SEÇÕES HÍPICAS DAS
OM DOTADAS DE CAVALOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Escola de Equitação do
Exército como parte dos requisitos
para a obtenção do Grau de
Especialização em Equitação, sob a
orientação do 1º Ten Cav McClelland
Mozart Diniz Soares.

COMISSÃO AVALIADORA

____________________________
1º Ten Cav McClelland Mozart Diniz Soares – Orientador

____________________________
Maj Cav Bernardo Lacerda Ramos – Avaliador

_____________________________
Cap Cav João Henrique Alves Soares - Avaliador
4

Dedico esse trabalho à memória do meu avô


Aromeo Guth, homem íntegro e batalhador até
os últimos dias da sua vida.
5

AGRADECIMENTOS

Inicialmente, agradeço a Deus por ter me dado o dom da vida e ter me presenteado
com minha família, namorada, amigos e profissão.
Aos meus pais, Claudio, exemplo de homem e militar, minha fonte de inspiração e
motivação para ingressar no Exército Brasileiro, e Marley, fonte inesgotável de amor, carinho
e dedicação, sempre oferecendo a melhor educação possível e mostrando os caminhos
corretos a serem seguidos. À minha irmã, Ana Paula, que, até mesmo no silêncio, sempre
torceu por mim nos momentos mais difíceis.
À Rafaela, minha fiel amiga, companheira e eterna namorada, que sempre esteve ao
meu lado nas pistas, campos e picadeiros torcendo por mim. Obrigado por ser essa mulher
forte e guerreira que aguentou os cinco longos anos de formação e mais esse ano de
especialização longe de mim. Não teve um dia em que não pensava em estar contigo.
Às montadas que passaram sob minhas ajudas desde quando iniciei minha vida no
cavalo e que tive o prazer de montar durante o curso: Simão (in memorian), Oneron, Ícaro,
Minuano, Nilo, Urbana, Oster, Federado e Limosine. Obrigado por tudo que me ensinaram.
Aos camaradas da última turma de Instrutor de Equitação à moda antiga, que mesmo
em situações de cansaço, não hesitaram em confraternizarmos independente do lugar: no
PQD, no caldo, na padaria, enfim agradeço pela camaradagem demonstrada esse ano. Que
nossos estribos se choquem em cavalgadas futuras, pois assim estará selada para sempre nossa
amizade!
Ao 1º Tenente Mozart, orientador sempre disposto a auxiliar na elaboração e
desenvolvimento do trabalho e um dos responsáveis por eu estar onde estou, que desde
quando servimos juntos no Dragão sempre me incentivou a montar e me dedicar ao cavalo.
E a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão dessa
monografia.
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RESUMO

DYBALSKI, Gustavo. As atribuições do instrutor de equitação na organização, condução


da instrução e administração das seções hípicas de OM dotadas de cavalos. Rio de
Janeiro: EsEqEx, 2017. Monografia.

O presente trabalho centraliza suas análises nas atribuições do instrutor de equitação nos
centros hípicos das três unidades hipomóveis do Exército Brasileiro, bem como realiza uma
análise da grade curricular do Curso de Instrutor. Seu principal objetivo é verificar quais são
os principais desafios do instrutor de equitação e verificar alguma disciplina que pode ser
inserida à grade ou aumentar a carga horária de alguma já existente. Para isso, foi realizada
uma pesquisa de campo em conjunto com levantamento bibliográfico a fim de apresentar os
centros hípicos e suas instalações e, também, como se dá a administração, organização de
concursos e a instrução de equitação nesses locais. Em seguida, no intuito de atingir a
finalidade deste estudo, foi executada uma pesquisa de campo com instrutores de equitação
que fazem ou já fizeram parte de centros hípicos por meio de um questionário.

Palavras-chave: Centros hípicos. Administração. Grade curricular. Instrutor de


equitação.
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ABSTRACT

DYBALSKI, Gustavo. The riding instructor assignments in the organization, conduction


of instruction and administration of horse sections of army units equipped with horses.
Rio de Janeiro: EsEqEx, 2017. Monograph.

This paper focuses its analysis on riding instructor assignments in the three equestrian centers
of the horse units of the Brazilian Army, as well as conduct an analysis of the curriculum of
the Instructor Course. Its main objective is to verify what are the main challenges of the riding
instructor and to verify some discipline that can be inserted into the grid or increase the
workload of some existing one. In order to do this, a field survey together with a
bibliographical one was carried out in order to present the equestrian centers and their
facilities, as well as the administration, organization of competitions and the instruction of
riding in these places. Then, in order to achieve the purpose of this study, a field survey was
carried out with riding instructors who are or have already been part of equestrian centers
through a questionnaire.

Key words: Equestrian centers. Management. Curricular grade. Riding Instructor.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Baias do CHDI 17


Figura 2 Pista de distensão 18
Figura 3 Pista principal 18
Figura 4 Centro de convivência do CHRJ 19
Figura 5 Picadeiro de adestramento 19
Figura 6 Baias do CHRJ 19
Figura 7 Picadeiro de adestramento do CHRO 20
Figura 8 Pista de areia do CHRO 20
Figura 9 Picadeiro coberto 24
Figura 10 Pista coberta 24
Figura 11 Potreiros 25
Figura 12 Redondel 25
Figura 13 Área de campo livre 26
Figura 14 Centro de convivência 26
Figura 15 Baias 27
Figura 16 Mesa de cirurgia de equinos 28
Figura 17 Brete para aplicar medicação 28
Figura 18 Duchas 28
Figura 19 Ferrador colocando a ferradura no animal 29
Figura 20 Quarto de forragem 30
Figura 21 Quarto de sela 30
Figura 22 Estrumeira 31
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CCE Concurso Completo de Equitação


CHDI Centro Hípico Dragões da Independência
CHRJ Centro Hípico do Rio de Janeiro
CHRO Centro Hípico Regimento Osório
DEP Departamento de Ensino e Pesquisa
ESEQEX Escola de Equitação do Exército
FEI Federação Equestre Internacional
GLO Garantia da Lei e da Ordem
OM Organização Militar
QTS Quadro de Trabalho Semanal
RCG Regimento de Cavalaria de Guardas
VR Vinculado de Representação
10

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Grau de importância das disciplinas do Curso de Instrutor de Equitação 36


Disciplinas para aumentar a carga horária ou incluir na grade curricular do
Gráfico 2 Curso de Instrutor de Equitação 37
11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO..................................... 14
2.1 REVISÃO DA LITERATURA E ANTECEDENTES DO PROBLEMA....... 14
2.2 REFERENCIAL METODOLÓGICO E PROCEDIMENTOS........................ 14

3 OS CENTROS HÍPICOS............................................................................... 16
3.1 O INÍCIO.......................................................................................................... 16
3.2 OS CENTROS HÍPICOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO............................. 16
3.2.1 Centro Hípico Dragões da Independência (CHDI)...................................... 16
3.2.2 Centro Hípico do Rio de Janeiro (CHRJ).................................................... 18

3.2.3 Centro Hípico Regimento Osório (CHRO).................................................. 19

AS ATRIBUIÇÕES DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO NOS


4 21
CENTROS HÍPICOS.....................................................................................
4.1 O PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO...... 21

4.2 ADMINISTRAÇÃO DE CENTROS HÍPICOS............................................... 23

4.2.1 As instalações de um centro hípico................................................................ 23


4.2.1.1 Áreas de atividades........................................................................................... 23

4.2.1.1.1 Picadeiros......................................................................................................... 23
4.2.1.1.2 Pistas................................................................................................................. 24
4.2.1.1.3 Potreiros........................................................................................................... 24
4.2.1.1.4 Redondeis.......................................................................................................... 25
4.2.1.1.5 Campos diversos............................................................................................... 25
4.2.1.1.6 Centro de Convivência..................................................................................... 26
4.2.1.2 Áreas de estábulo.............................................................................................. 26

4.2.1.2.1 Baias................................................................................................................. 27
4.2.1.2.2 Seção veterinária.............................................................................................. 27
4.2.1.2.3 Banho e limpeza................................................................................................ 28
4.2.1.2.4 Ferrageamento................................................................................................. 29
12

4.2.1.2.5 Quarto de forragem.......................................................................................... 29


4.2.1.2.6 Quarto de sela................................................................................................... 30
4.2.1.2.7 Estrumeira........................................................................................................ 31
4.2.2 A administração.............................................................................................. 31
4.3 ORGANIZAÇÃO DE CONCURSOS NO CENTRO HÍPICO........................ 32

4.4 INSTRUÇÃO DE EQUITAÇÃO..................................................................... 32

5 ANÁLISE DE DADOS................................................................................... 34
5.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO.................................................................... 34

6 CONCLUSÃO................................................................................................. 39

REFERÊNCIAS.............................................................................................. 41

APÊNDICE A.................................................................................................. 43
13

1 INTRODUÇÃO

A Escola de Equitação do Exército (EsEqEx), localizada na cidade do Rio de Janeiro,


teve seu início em 20 de abril de 1922 com o nome de Centro de Formação de Oficiais
Instrutores de Equitação. Criada com a vinda da Missão Militar Francesa, tinha por objetivo
atualizar a doutrina do Exército Brasileiro, e, assim, iniciou-se a sistematização do ensino
equestre no País. Desde suas origens até a atualidade, a EsEqEx é o único estabelecimento de
ensino metódico de equitação no Brasil.
Ao findar o ano de instrução na EsEqEx, o recém-formado instrutor de equitação
ostenta alguns símbolos únicos e de grande honraria, sendo eles as Esporas Douradas e o
Pinguelo de Castões Dourados. A partir daí, ao chegar nas unidades designadas, os “Esporas
Douradas” são responsáveis por ministrar atividades equestres operacionais e de lazer, além
de todas as atribuições inerentes à profissão militar.
Dessa forma, é de suma importância que as disciplinas ministradas na EsEqEx
retratem com precisão o que é necessário ao futuro instrutor de equitação, a fim de que possa
exercer de maneira correta suas atribuições como integrante ou, até mesmo, chefe de Centros
ou Seções Hípicas nas Organizações Militares do Exército Brasileiro.
Diante desse contexto, encontra-se o tema do presente trabalho: as atribuições do
instrutor de equitação na organização, condução da instrução e administração das seções
hípicas de OM dotadas de cavalos.
Ademais, propõe-se a partir do presente estudo verificar os principais desafios do
instrutor de equitação nos centros hípicos, além de expor se existe alguma disciplina a ser
adicionada à grade curricular do Curso de Instrutor de Equitação ou se alguma já existente
necessita de um aumento de carga horária.
Dito isto, a presente monografia encontra-se assim estruturada:
No primeiro capítulo, procuramos apresentar os centros hípicos das três unidades
hipomóveis do Exército Brasileiro: 1º RCG, em Brasília – DF, 2º RCG, no Rio de Janeiro –
RJ e o 3º RCG, em Porto Alegre – RS. Para isso, realizamos uma pesquisa descritiva com
militares desses locais. O segundo capítulo traz em sua composição as atribuições de um
instrutor de equitação nos centros hípicos, bem como as instalações e a administração desses
locais e, também, como se dá a organização de concursos e a instrução de equitação.
14

2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO

2.1 REVISÃO DA LITERATURA E ANTECEDENTES DO PROBLEMA

Buscando identificar o que de mais relevante e atualizado tem sido produzido sobre o
tema "As atribuições do instrutor de equitação na organização, condução da instrução e
administração das seções hípicas de OM dotadas de cavalos”, verificou-se que não há
trabalhos publicados sobre esse tema específico, porém existem monografias referentes à
estruturação de centros hípicos no Exército Brasileiro publicados na Escola de Equitação do
Exército.
Nenhuma dessas pesquisas aborda seus objetivos com enfoque nas atribuições do
instrutor de equitação. Todavia, podemos identificar algumas questões que nos parecem
problemáticas – como expor os principais desafios do instrutor de equitação nos centros
hípicos e quais disciplinas podem ser adicionadas à grade curricular do curso ou aquelas já
existentes que necessitam de um aumento da carga horária.

2.2 REFERENCIAL METODOLÓGICO E PROCEDIMENTOS

Visando atingir o objetivo da pesquisa, formulamos os seguintes problemas: quais são


os desafios do instrutor de equitação nos centros hípicos no que tange à organização,
condução da instrução e administração? Existe alguma disciplina que deve ser adicionada na
grade curricular ou alguma que já está inserida e necessita de um aumento de carga horária?
Com o propósito de operacionalizarmos a pesquisa, adotamos os procedimentos
metodológicos descritos abaixo.
Primeiramente, realizamos uma pesquisa de campo e apresentamos os centros hípicos
dos três regimentos de cavalaria de guardas do Exército Brasileiro, suas instalações, efetivos
de militares e animais e as atividades desenvolvidas em tais lugares. Além disso, executamos
uma pesquisa bibliográfica e apresentamos conteúdos a respeito da administração,
organização de concursos e instrução de equitação.
Por fim, apresentamos uma análise dos dados colhidos de um questionário estruturado,
aplicado junto a 18 militares instrutores de equitação que fazem ou já fizeram parte de tais
centros hípicos referente à organização, função e instrução nesses locais, além da
aplicabilidade das disciplinas ministradas na Escola de Equitação do Exército após o término
do curso e se havia alguma sugestão de inclusão de matéria ou aumento da carga horária de
15

alguma já presente na grade curricular. Um modelo do questionário utilizado segue em


apêndice.
16

3 OS CENTROS HÍPICOS

3.1 O INÍCIO

O primeiro centro hípico brasileiro a ser fundado foi a Sociedade Hípica Paulista no
ano de 1911. A ideia inicial foi de Guilherme Prates e Totó, filhos de Eduardo da Silva Prates,
Conde de Prates, e Carlos José Arruda Botelho, Secretário da Agricultura à época,
respectivamente.
Com a criação de tal clube hípico e influência da Missão Francesa de 1906, foi dado o
pontapé para que outros clubes fossem fundados como o Clube Hípico de Santo Amaro em
1935, a Sociedade Hípica Brasileira em 1938 e, mais tarde, a Sociedade Hípica de Brasília em
1960. Vale ressaltar que a influência militar na criação desses centros equestres foi de grande
vulto, pois os militares faziam parte da administração desses locais no início.
Certamente, essa participação militar nas sociedades hípicas civis teve notória
relevância quando da criação dos diversos centros hípicos do Exército Brasileiro, já que
tinham noção de como administrava e como funcionava um local feito para a estabulagem de
cavalos.

3.2 OS CENTROS HÍPICOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Antigamente, a prática da equitação e dos desportos equestres era dominada por


militares. Devido a esse prevalecimento, aliado à necessidade de locais adequados para se
acomodar os cavalos, a grande maioria dos regimentos de cavalaria possuía centros ou seções
hípicos que perduram até os dias atuais.
Nesse trabalho, serão focados os centros hípicos das três unidades hipomóveis do
Exército Brasileiro: 1º RCG (Dragões da Independência), 2º RCG (Regimento Andrade
Neves) e 3º RCG (Regimento Osório).

3.2.1 Centro Hípico Dragões da Independência (CHDI)

O 1º Regimento de Cavalaria de Guardas tem como data de criação 13 de maio de


1808. Ele é oriundo 1º Regimento de Cavalaria do Exército da época em que a Coroa
Portuguesa veio ao Brasil fugindo da invasão francesa em Portugal.
17

Essa unidade histórica é composta por 2 (dois) esquadrões hipomóveis, 1 (um)


esquadrão de cerimonial a pé, 1 (um) esquadrão de comando e apoio e o Centro Hípico
Dragões da Independência (CHDI).
O CHDI tem um efetivo de aproximadamente duzentos homens, é comandado por um
capitão de cavalaria e possui uma seção de comando, chefiada pelo primeiro, uma seção de
hipismo e a Vila Hípica, cada uma chefiada por um oficial subalterno.
Além do efetivo de militares, o centro hípico detém um plantel de aproximadamente
122 cavalos divididos em 66 reiúnos, 30 particulares, 22 vinculados de representação e 4
xepeiros.
O CHDI é contemplado com 02 (duas) pistas de areia (uma principal e outra de
distensão), 01 (uma) pista de grama, 02 (dois) picadeiros de adestramento, 03 (três) campos
de pólo, uma área de Cross Country e um centro de convivência.
Figura 1 - Baias do CHDI

Fonte: o autor.
18

Figura 2 - Pista de distensão

Fonte: o autor.

Figura 3 - Pista principal

Fonte: o autor.

3.2.2 Centro Hípico do Rio de Janeiro (CHRJ)

A prática da equitação acadêmica no Brasil remonta aos idos de 1863, com Luiz
Jácome de Abreu e Souza, que estudou na Inglaterra, local esse onde compreendeu os
princípios equestres do Duque de Newcastle e tornou-se um perito em criação, corrida de
cavalos e hipologia.
Em 1911, com o surgimento da República, Luiz Jácome cria o “Club Sportivo de
Equitação”. Vinte e sete anos depois, ocorreu uma permuta de terrenos em que o Exército
ficou com o terreno em São Cristovão, local onde o Centro Hípico do Rio de Janeiro (CHRJ)
foi criado. Desde então, esse local é um ponto de encontro de gerações de militares em torno
do cavalo. (CAIADO, 2011)
Nos dias de hoje, o CHRJ é parte integrante do 2º Regimento de Cavalaria de Guardas
e é composto por 37 militares, possuindo um efetivo de 37 cavalos, sendo 8 reiúnos, 5
vinculados de representação (VR) e 24 particulares.
Nas suas instalações, possui 01 (uma) Seção Veterinária, 01 (uma) pista de areia, 01
(um) centro de convivência, 01 (um) picadeiro de adestramento e as baias onde os animais
19

ficam estabulados. Além disso, cabe ressaltar que o CHRJ fica destacado do Regimento
Andrade Neves, ou seja, é subordinado a essa unidade, mas não se encontra nas instalações
dela.

Figura 4 - Centro de Convivência do CHRJ

Fonte: o autor.

Figura 5 - Picadeiro de adestramento

Fonte: o autor.

Figura 6 – Baias do CHRJ

Fonte: o autor.

3.2.3 Centro Hípico Regimento Osório (CHRO)

O 3º Regimento de Cavalaria de Guarda (3º RCG), localizado na cidade de Porto


Alegre – RS, é a unidade de cavalaria mais antiga do Exército Brasileiro. Sua data de criação
20

remonta aos idos de 1737, quando o império português, visando manter as delimitações e o
domínio do território brasileiro, envia um contingente de militares para a região Sul do país.
Essa organização militar diferenciada participou de grandes combates da história brasileira
como a Guerra da Tríplice Aliança e a Batalha do Passo do Rosário.
Desde o ano 1970, o Regimento Osório está situado na cidade atual e é diretamente
subordinado ao Comando Militar do Sul, sendo a organização militar responsável por
difundir, incentivar e promover os esportes equestres nesse Comando Militar de Área.
Essa peculiar unidade possui um esquadrão de comando e apoio, um esquadrão de
lanceiros motorizado, um esquadrão de lanceiros hipomóvel e o centro hípico. Esse último,
por sua vez, é composto de uma seção de comando, uma seção de hipismo e dois pelotões: um
responsável pelas baias e o outro pela pista. Possui um efetivo de 64 militares e 91 cavalos,
sendo 44 reiúnos, 19 vinculados de representação (VR) e 28 particulares. Nas suas instalações
há uma pista principal, uma de distensão, um centro de convivência, dois picadeiros, um
campo de pólo e uma pequena área de cross country.
O CHRO desenvolve as três modalidades olímpicas (salto, adestramento e concurso
completo) e o pólo para os militares da ativa e da reserva, ex-integrantes do 3º RCG e para os
amigos do regimento.
Figura 7 - Picadeiro de adestramento do CHRO

Fonte: 3º REGIMENTO DE CAVALARIA DE GUARDA, 2016

Figura 8 - Pista de areia do CHRO

Fonte: 3º REGIMENTO DE CAVALARIA DE GUARDA, 2014


21

4 AS ATRIBUIÇÕES DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO NOS CENTROS HÍPICOS

Na instituição Exército Brasileiro, o instrutor de equitação é formado na Escola de


Equitação do Exército, localizada na cidade do Rio de Janeiro. A primeira turma formada
nesse estabelecimento de ensino remonta ao ano de 1924, sob o comando do Capitão Armand
Gloriá, dois anos após a publicação da portaria responsável pela criação dessa escola.
Desde essa época, o militar possuidor do chicote de três castões e das esporas
douradas tem a responsabilidade de difundir os conhecimentos aprendidos naquela casa e ser
um grande incentivador do hipismo e da equitação dentro do Exército Brasileiro. Ser um
fomentador do cavalo requer seriedade para transmitir conhecimento e preparação tanto
prática quanto intelectual para apresentar o que se sabe ao jovem cavaleiro.
O instrutor de equitação, além de ministrar instrução para os militares da OM em que
ele se encontra, é revestido de conhecimentos para administração e organização dos
centros/seções hípicos.
Nesse capítulo, será apresentado o perfil profissiográfico do instrutor de equitação,
bem como verificar-se-á como é a administração, organização e instrução naqueles locais.

4.1 O PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DO INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO

O conceito de perfil profissiográfico utilizado pelo Exército Brasileiro encontra-se nas


Instruções Reguladoras do Ensino por Competência (IREC), a ver:
É o documento que delimita as características das habilitações e capacitações
profissionais obtidas pelos concludentes dos cursos e estágios, respectivamente,
orientando o processo formativo. Este documento fornece subsídios para a
construção do mapa funcional (por meio das competências profissionais), dos
PLANID e PLADIS (por meio do eixo transversal). (IREC, 2013, pg 22)
Outra definição que consta na Portaria Nº 103/DEP, de 28 de dezembro de 2000 é a
seguinte:
é a síntese do trabalho comparativo entre os cargos que compõem uma família de
funções, descritas nos Catálogos de Cargos e Atribuições (a partir dos dados obtidos
nas Análises Ocupacionais), e que subsidiará o estabelecimento dos Objetivos
Gerais do curso. Como representação descritiva de cargos e funções, complementa o
Catálogo no que diz respeito ao profissional que irá desempenhá-los e distingue-se
deste pela ênfase concedida aos requisitos que este profissional possui para realizar
o seu trabalho. (Boletim do Exército Nº 05, de 2 de fevereiro de 2001 – pg 28)
22

O perfil foi deferido pelo comandante da Escola de Equitação do Exército no ano de


2009, o então Major Ruy Menescal Couto. O R-169 – Regulamento da Escola de Equitação
do Exército, C 25 – 5 – Manual do cavaleiro e EB60 – MT – 26.401 – Manual Técnico de
Equitação são os documentos que regulam o perfil profissiográfico do concludente do curso
de Instrutor de Equitação, a saber:
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DO CONCLUDENTE DO CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EFQ01 – DE INSTRUTOR DE EQUITAÇÃO
1. CARGOS E FUNÇÕES PARA OS QUAIS O CURSO HABILITA
O concludente do curso está habilitado a ocupar cargos e exercer funções de
Instrutor de Equitação e Encarregado de atividades hípicas, conforme previsto em
QO.
2. ATIVIDADES, INSTRUMENTAL E AMBIENTE DE TRABALHO
a. Atividades Comuns
Aquelas atividades rotineiras ou não, e que são inerentes ao exercício profissional do
Oficial de Cavalaria do Exército.
b. Atividades Específicas
São realizadas em ambiente aberto e fechado, mantendo contato com público interno
e externo. O trabalho é executado individualmente e em equipe, empregando todo
material específico para desempenho funcional. Destacam-se entre outras:
- Planejar, fiscalizar, coordenar e ministrar toda instrução de equitação da Unidade,
inclusive estágios de adaptação para oficiais e praças de carreira sem curso de
equitação bem como os oficiais R-2 e praças temporários, objetivando utilizar a
instrução de equitação principalmente para desenvolver os atributos da área afetiva.
- Planejar, assessorar e supervisionar as ações pertinentes ao preparo e emprego de
equinos em ações militares, incluindo o cerimonial militar.
- Assessorar nos Estabelecimentos de Ensino do Exército Brasileiro o
desenvolvimento dos Atributos da Área Afetiva e dos objetivos específicos
relacionados à atividade equestre.
- Planejar, organizar, dirigir e participar de eventos hípicos das modalidades
clássicas seja como concorrente, seja na organização e arbitragem dos eventos
- Assessorar o comando em todas as questões referentes à administração e
manutenção de materiais e dependências especializadas, assim como toda estrutura
de suporte à equitação e ao cavalo.
- Zelar pela unidade de doutrina equestre.
3. REQUISITOS PESSOAIS PARA O DESEMPENHO FUNCIONAL
a. Requisitos comuns
São aqueles requisitos indicados, desenvolvidos e evidenciados pelo Oficial no
desempenho de suas atribuições profissionais.
b. Requisitos específicos
23

Tendo como tarefa crítica, o apoio à preparação de homens para a prática equestre e
a participação em eventos hípicos, evidencia: camaradagem, comunicabilidade,
direção, liderança, perspicácia, tato, coragem, dedicação e equilíbrio emocional.
Nas áreas cognitivas e psicomotoras demonstra: capacidade de observância,
aptidão motora, higidez e interesse pelo auto aperfeiçoamento para ampliar sua
cultura técnica específica.

Em suma, o perfil profissiográfico é o retrato do profissional que o curso habilitou e


capacitou dentro dos interesses e objetivos do Exército Brasileiro.

4.2 ADMINISTRAÇÃO DE CENTROS HÍPICOS

A administração de centros hípicos é algo muito peculiar, pois “um centro equestre
deverá ser um local agradável, limpo, atrativo, arejado e iluminado; em uma palavra,
confortável para usuários e cavalos” (RIBEIRO, 2014).
Contudo, para que isso seja possível, faz-se necessário a fiscalização e cobrança do
chefe do centro hípico no que se refere às instalações e ao plantel existente sob seu comando.

4.2.1 As instalações de um centro hípico

Segundo Ribeiro (2014), um centro hípico, em geral, possui áreas de atividades e áreas
de estábulo, sendo divididas da seguinte maneira:
- Áreas de atividades: picadeiros, pistas, potreiros, redondeis, campos diversos e
centro de convivência; e
- Áreas de estábulo: baias, seção veterinária, banho e limpeza, ferrageamento, quarto
de forragem, quarto de sela e estrumeira.

4.2.1.1 Áreas de atividades


4.2.1.1.1 Picadeiros

Por definição, picadeiro é o “lugar onde os picadores ensinam ou amestram os


cavalos”. (AURÉLIO, 2017)
Eles podem ser ao ar livre ou fechados e suas dimensões variam de acordo com as
disciplinas neles praticadas. No que diz respeito a sua instalação, é recomendado que o eixo
longitudinal se localize no sentido norte-sul, para evitar a incidência de sombra no local.
24

Figura 9 - Picadeiro coberto

Fonte: CLUBE HÍPICO SANTO AMARO, 2017

4.2.1.1.2 Pistas

Semelhante aos picadeiros, existem pistas cobertas e ao ar livre. Contudo, suas


dimensões são limitadas ao espaço que existe na unidade, ou seja, não adianta planejar
construir uma pista de dimensões olímpicas e não ter onde fazê-la.

Figura 10 - Pista coberta

Fonte: FEDERAÇÃO PAULISTA DE HIPISMO, 2014

4.2.1.1.3 Potreiros

Os potreiros nada mais são que locais cercados cujos objetivos são a recreação,
recuperação de algum animal em tratamento e aquecimento de cavalos antes de atividades e
competições. Seu tamanho ideal tem uma referência de 1 hectare por cavalo, eles podem ter
cochos de água e são cercados, geralmente com canos de ferro, mas podem ser vedados,
também, com cerca viva, madeira ou cerca elétrica. (RIBEIRO, 2014)
25

Figura 11 - Potreiros

Fonte: HARAS VALE DIVINO, 2017

4.2.1.1.4 Redondeis

São espaços circulares com diâmetro que varia de 7 a 25 metros, podendo ter o piso de
areia, grama ou terra. Dentre as suas funções, podemos destacar o desbaste do cavalo, acalmar
o animal antes de montar e acostumá-lo à sela depois de um longo período de repouso.

Figura 12 - Redondel

Fonte: VIDA NO CAMPO, 2017

4.2.1.1.5 Campos diversos

São áreas de livre circulação onde o conjunto pode realizar trabalhos de exterior e
trabalho intervalado. Suas dimensões variam de acordo com o espaço para isso destinado na
unidade.
26

Figura 13 - Área de campo livre

Fonte: HARAS VALE DIVINO, 2017

4.2.1.1.6 Centro de Convivência

Os centros de convivência são áreas de lazer que possuem cantinas, banheiros e um


local em que é possível assistir a provas que estejam ocorrendo nas imediações.

Figura 14 - Centro de convivência

Fonte: o autor.

4.2.1.2 Áreas de estábulo

São as áreas de maior importância de um centro hípico, tendo em vista ser um


conjunto de espaços e serviços de que depende do seu bom funcionamento e do equilíbrio e
saúde dos cavalos.
27

4.2.1.2.1 Baias

O cavalo é um animal herbívoro, de fuga, corredor e granívoro. Sendo assim, torna-se


difícil fazer com que a estabulagem seja igual ao hábitat natural dos equinos. Porém, com o
passar dos anos e com o devido estudo, viu-se que era possível estabular os animais, dando-
lhes uma condição de vida digna.
A grande maioria das baias dos centros hípicos possui dimensões de 3m x 3m, como
preconiza a Federação Equestre Internacional (FEI). Essas medidas tem o objetivo de
proporcionar ao cavalo uma maior mobilidade e conforto mesmo estando estabulado.

Figura 15 - Baias

Fonte: HÍPICA BOA VISTA, 2017

4.2.1.2.2 Seção veterinária

É uma área onde são realizados diversos procedimentos: desde a troca de curativos até
cirurgias. Nos três centros hípicos em estudo, o único que possui em sua área uma seção
veterinária é o Centro Hípico do Rio de Janeiro. Os outros utilizam a seção do regimento que
atende os esquadrões hipomóveis também.
28

Figura 16 - Mesa de cirurgia de equinos

Fonte: CLUBE HÍPICO SANTO AMARO, 2017

Figura 17 - Brete para aplicar medicação

Fonte: CENTRO HÍPICO ZONA SUL, 2017

4.2.1.2.3 Banho e limpeza

As áreas para banho e limpeza dos equinos ideais devem ser protegidas do vento e da
chuva, possuir piso antiderrapante e a drenagem deve ser eficiente visando a higiene do
cavalo.

Figura 18 - Duchas

Fonte: BRASIL HIPISMO, 2017


29

4.2.1.2.4 Ferrageamento

O ferrageamento é a aplicação metódica de uma lâmina de ferro, alumínio ou aço


presa por meio de cravos, na parte inferior do casco do equídeo e tem como objetivo proteger,
curar ou corrigir o aprumo dos membros. (VENDRAMINI, 2017)
A frequência de com que os animais saudáveis são ferrados é de 30 a 40 dias. Existem
cavalos que, devido à necessidade, devem ser ferrados a cada 60 dias ou mais.
Assim como a Seção Veterinária, o CHRJ possui uma ferradoria em suas instalações e
os outros centros hípicos, CHDI e CHRO, utilizam a ferradoria do regimento.

Figura 19 - Ferrador colocando a ferradura no animal

Fonte: PMESP, 2017

4.2.1.2.5 Quarto de forragem

Esses locais devem ser de fácil acesso, bem arejados e protegidos do sol. Os fardos de
feno e sacos de ração devem ser acomodados, quando o depósito for ao nível do solo, em
estrados ao menos a 20 cm do chão.
Além disso, é preciso precauções especiais quanto a risco de incêndio, infiltrações,
umidade, insetos, pragas e roedores. (REZENDE, FRAZÃO, 2012)
30

Figura 20 - Quarto de forragem

Fonte: EQUOTERAPIA E AMIGOS, 2016

4.2.1.2.6 Quarto de sela

Da mesma forma dos quartos de forragem, os quartos de sela devem ser bem arejados
e ventilados para uma boa conservação do couro que pode ser danificado com a umidade.

Figura 21 - Quarto de sela

Fonte: HIPISMO & CO, 2017


31

4.2.1.2.7 Estrumeira

É o local onde o estrume dos animais é armazenado. A boa gestão desses resíduos
permite a obtenção de adubos naturais e geração de energia por conta da produção de gases
oriundos da bio digestão de resíduos orgânicos.

Figura 22 - Estrumeira

Fonte: ASSOCIAÇÃO DOS CAVALEIROS DA VILA NEGRA, 2017

4.2.2 A administração

Conforme consta no perfil profissiográfico do concludente do Curso de Instrutor de


Equitação no tópico Atividades Específicas, o espora dourada deve “assessorar o comando em
todas as questões referentes à administração e manutenção de materiais e dependências
especializadas, assim como toda estrutura de suporte à equitação e ao cavalo”.
E como foi frisado anteriormente, são muitas as dependências de um centro hípico.
Dessa forma, o instrutor de equitação deve ter meios e pessoal para poder bem conduzir as
atividades do centro equestre.
Uma das missões do chefe de um centro hípico do Exército Brasileiro é proporcionar
uma integração entre pessoas, propriedade e processos. Isso é de extrema importância para o
bem-estar dos frequentadores e para os militares do centro.
Para que isso ocorra, todos os integrantes do centro equestre, do mais moderno ao
mais antigo, devem estar bem preparados no tocante às relações interpessoais, visto que o
público frequentador é formado por militares da ativa, reserva e civis.
32

Além disso, é de suma importância que haja o cuidado das instalações do centro
equestre, haja vista que a maioria delas não é nova e requer constantes reparos e melhorias.
Depois das instalações, chegamos ao ponto mais importante, a razão de ser dos centros
hípicos: o cavalo. O instrutor de equitação deve prezar sempre pela saúde e segurança da sua
tropa de solípedes.
Os animais devem ser retirados das baias todos os dias para serem limpos – mesmo
não sendo trabalhados. Além da limpeza, o chefe do centro hípico deve ser bastante rigoroso
na sua cobrança no tocante a cochos de água e ração, manutenção das camas, datas de
vermifugação, vacinas e ferrageamento e organização dos quartos de forragem (para que não
tenha umidade, nem mofo). Para isso, é necessária uma inspeção diária do plantel e das áreas
de estábulo.

4.3 ORGANIZAÇÃO DE CONCURSOS NO CENTRO HÍPICO

A disciplina Organização de Concursos está presente na grade curricular do Curso de


Instrutor de Equitação e, atualmente, tem uma carga horária total de 20 horas. Há quem diga
que é pouco tempo para poder aprender sobre esse tema, porém, além dessa carga horária, no
curso, os alunos participam de competições tanto como atletas e fazendo parte da organização
da prova, complementando essa matéria.
O centro hípico da unidade é o responsável direto pela organização de provas hípicas.
Na maioria das vezes, o indivíduo encarregado da organização de provas hípicas no seu
regimento, que é um instrutor de equitação, geralmente acumula funções de júri de campo,
armador de percurso e secretário da competição. Logo, essa atividade requer bastante atenção,
meticulosidade e coordenação.

4.4 INSTRUÇÃO DE EQUITAÇÃO

Em 1924, a primeira turma de instrutores de equitação foi formada no então Núcleo de


Adestramento de Equitação, embrião da atual Escola de Equitação do Exército, sob o
comando do Capitão Armand Gloriá, integrante do famoso Cadre Noir da Escola de Saumur.
Desde essa época, a instrução de equitação foi regulamentada no Brasil e se tornou um viés
importante na propagação de novos conhecimentos sobre o nobre amigo.
As instruções de equitação nos centros hípicos das unidades hipomóveis do Exército
Brasileiro são ministradas aos seus oficiais e praças integrantes. De maneira geral, a instrução
33

para oficiais e sargentos tem uma natureza desportiva, enquanto aquela voltada para os cabos
e soldados segue o caminho do manejo da cavalhada e cerimonial militar (formaturas e
escoltas).
34

5 ANÁLISE DE DADOS

Os capítulos anteriores se voltaram para a apresentação dos centros hípicos das


unidades hipomóveis do Exército Brasileiro e as atribuições do instrutor de equitação nesses
locais, apresentando o perfil profissiográfico do concludente do curso e com um enfoque na
administração, organização de concursos e instrução de equitação.
Este capítulo contemplará quais são os desafios enfrentados pelo militar possuidor das
esporas douradas nos centros equestres, bem como uma verificação do grau de importância de
cada matéria da grade curricular e examinar a adição de disciplinas e/ou aumento da carga
horária de alguma já existente a partir da análise dos dados obtidos por meio da aplicação do
questionário junto aos militares.
Foi distribuído um questionário a 18 militares possuidores do Curso de instrutor de
Equitação que integram ou já fizeram parte de algum dos três centros hípicos apresentados
anteriormente.
Os objetivos do questionário foram apontar as atribuições do instrutor de equitação
nos centros hípicos a fim de salientar os principais desafios enfrentados e, também, destacar a
importância das disciplinas da grade curricular do Curso de Instrutor de Equitação.

5.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO

O questionário foi dividido em sete questões, sendo cinco abertas para resposta e duas
objetivas. Nesta última, uma era para elencar o grau de importância das disciplinas
ministradas na Escola de Equitação do Exército e a outra para avaliar a necessidade de
inclusão de novas matérias ou o aumento da carga horária de alguma já existente na grade
curricular.
De início, foi questionado qual é a função dos centros hípicos nos três Regimentos de
Cavalaria de Guarda. As respostas, quase que na sua totalidade, foram desenvolver a instrução
de equitação de cunho desportivo na unidade, organizar competições hípicas, integrar o
efetivo da Organização Militar com os frequentadores do centro e coordenar as viagens de
representação (provas fora da unidade ou da guarnição).
A segunda pergunta questiona o entrevistado sobre a organização e administração no
que diz respeito às instalações e áreas que o centro hípico é responsável. Fazendo um
apanhado de todas as respostas dadas a essa questão temos que as instalações e materiais
utilizados são, de certa forma, pouco duráveis, necessitando reparos numa certa constância.
35

Portanto, cresce de importância o zelo pelas pistas, picadeiros, campos de pólo, centro de
convivência e baias, bem como o administrador ter em mente a substituição de materiais e
propor melhorias para o local.
Continuando a análise, verificou-se na terceira questão como são as instruções de
equitação para oficiais e sargentos, cabos e soldados da unidade. Elas são divididas em duas
vertentes: instrução para aqueles e instrução para esses. A primeira tem um objetivo voltado
para o desporto equestre (Salto, CCE, Adestramento e Pólo), sendo assim, ela se torna de
caráter voluntário. Contudo, a segunda é obrigatória e prevista em Quadro de Trabalho
Semanal (QTS) do centro hípico, porém, às vezes, por conta da demanda de atividades, o foco
dessa instrução é o manejo da cavalhada (limpeza, trato e cuidado das baias).
De acordo com as respostas dadas à questão de número 4 do questionário, a qual
pergunta quais as atribuições do instrutor de equitação na administração, organização e
condução da instrução no centro hípico, é essencial realizar uma inspeção simples da
cavalhada todos os dias. Além disso, deve-se verificar a situação das baias (cochos de ração e
água e camas), além de cobrar a correta encilhagem e a limpeza por parte de seu tratador tanto
após o trabalho diário quanto não for montado, bem como ter o controle sanitário rigoroso no
que diz respeito a vacinas, vermifugação, exames e ferrageamento do plantel.
No que diz respeito à administração, voltemos ao tópico 3.1, onde temos, no perfil
profissiográfico, em Atividades Específicas: “Assessorar o comando em todas as questões
referentes à administração e manutenção de materiais e dependências especializadas, assim
como toda estrutura de suporte à equitação e ao cavalo”. Conforme análise do questionário,
realizando uma comparação entre o que foi citado acima e as respostas, verificou-se que as
funções previstas no perfil estão de acordo com o que é realizado nos corpos de tropa.
Nas quinta e sexta questões, analisaremos por meio dos gráficos a seguir o grau de
importância das disciplinas e se tem alguma matéria que deve ter sua carga horária aumentada
ou se deve ser adicionada à grade curricular.
36

Gráfico 1 - Grau de importância das disciplinas do Curso de Instrutor de Equitação

Organização de concursos

Equoterapia

Psicopedagogia

Didática geral

Psicologia aplicada ao ensino e


desporto equestre

Equitação militar
Muito importante
Hipologia
Importante

Saltadores Pouco importante

Iniciação

Pólo

Adestramento

CCE

Salto

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

Fonte: o autor.

Segundo o gráfico acima, foi constatado que as disciplinas de maior grau de


importância no que se refere à aplicabilidade na tropa após ter realizado o curso são as
seguintes: Salto (83%), Iniciação (83%) e Organização de Concursos (100%). A primeira foi
selecionada por ser a modalidade equestre mais praticada nos corpos de tropa. A matéria
Iniciação é muito relevante, pois todo ano as unidades hipomóveis recebem potros da
Coudelaria de Rincão para serem iniciados. E a última só pode ser executada pelo “espora
dourada”, por isso a totalidade dos entrevistados a elegeu como “muito importante”.
No gráfico abaixo, será exposto, com base no questionário, quais matérias devem ser
adicionadas à grade curricular ou, das já existentes, quais deverão ter sua carga horária
aumentada.
37

Gráfico 2 - Disciplinas para aumentar a carga horária ou incluir na grade curricular do Curso de Instrutor
de Equitação

Trato

8%
Didática Geral

34%
Psicologia aplicada ao ensino e
desporto equestre
Psicopedagia

54% Emprego militar de equídeos - GLO


4%

Nenhuma das disciplinas

Fonte: o autor.

Como pode ser constatado acima, com 54% das respostas, a implantação de uma
matéria sobre o Emprego militar de equídeos – GLO é de extrema relevância. Chegamos a
essa conclusão com as justificativas que alguns militares deram, como “as atividades voltadas
para Operações de GLO estão cada vez mais sendo empregadas, principalmente nas grandes
cidades” e também “a atividade de Garantia da Lei e da Ordem é a mais importante das
atividades a ser desenvolvida a cavalo. Tem a finalidade de manter o cavalo nas OM do
Exército, dando um viés operacional a atividade hípica e não somente desportivo”.
Além disso, 34% dos militares que responderam o questionário alegaram que a
disciplina Trato, que faz parte da grade curricular do Curso de Monitor de Equitação, deveria
ser adicionada à do Curso de Instrutor. Segundo o entrevistado nº 14 1“o trato é uma atividade
praticada diariamente e que, na maioria das vezes, é ensinada de forma empírica” e o de nº 17
completa: “nos dias atuais, nossos oficiais e praças mais modernos não tem a menor noção de
boas práticas de limpeza, alimentação, toalete, etc”.
Finalizando o questionário, perguntou-se quais eram os maiores desafios que instrutor
de equitação enfrenta nos Centro/Seções Hípicos. De maneira geral, as respostas obtidas
foram as seguintes: o trato com os frequentadores (principalmente devido à grande maioria
destes ter maior precedência hierárquica que o comandante da unidade e o chefe do centro

1
Respeitando o sigilo dos militares que responderam o questionário, eles foram numerados de 1 a 18.
38

hípico); a administração dos recursos humanos (por vezes, não há efetivo suficiente para o
cumprimento das missões do centro hípico); a organização de concursos; a preparação da
cavalhada para o cerimonial a cavalo (trança de crina e de cola e revista da higiene geral do
animal); e a gestão sanitária (alguns militares específicos do centro hípico deveriam ter
instruções de enfermagem veterinária, para realizar procedimentos emergenciais).
39

6 CONCLUSÃO

A presente pesquisa teve por finalidade elencar e apresentar as atribuições do instrutor


de equitação na organização, condução da instrução e administração nos centros hípicos das
organizações militares dotadas de cavalos. Com esse intuito, foram delimitados como objeto
de estudo os Regimentos de Cavalaria de Guardas do Exército Brasileiro.
Além dos centros hípicos e atribuições do “Espora Dourada” nesses locais
apresentados no corpo deste trabalho de conclusão de curso, foi realizada pesquisa de campo,
utilizando-se do método qualitativo. Cabe ressaltar que foram tomados os devidos cuidados
éticos de modo a preservar a identidade dos participantes, resguardando o sigilo das respostas
dos que voluntariamente dispuseram-se a contribuir com a construção do presente trabalho.
Para tanto, foi aplicado questionário junto a um total de 18 militares, cuja intenção foi
verificar por quais atividades os centros hípicos são responsáveis; como é a organização e
administração no que diz respeito às instalações desses locais; como se dá a instrução de
equitação na OM; o grau de importância das disciplinas do curso de instrutor nos corpos de
tropa; a inclusão e/ou aumento de matérias e carga horária, respectivamente, na grade
curricular; e as atribuições e desafios do instrutor de equitação.
Assim, foi constatado que o desenvolvimento da instrução de cunho desportivo,
organização de provas hípicas e a integração entre os frequentadores e militares das unidades
são as principais atividades do centro equestre.
Com base nisso e no questionário, ficou atestado que os principais desafios do
instrutor de equitação são as relações interpessoais de militares da unidade com os
frequentadores; o cumprimento das missões de grande vulto, por vezes, com efetivo reduzido;
a preparação da cavalhada para o cerimonial militar; a gestão sanitária; e a organização de
concursos.
Além disso, foi verificado que referente ao grau de importância das disciplinas da
grade curricular do curso de instrutor, 100% dos que responderam o questionário elencaram a
matéria Organização de Concursos como “muito importante”.
Ademais, foi constatado que 54% dos militares que responderam o questionário
listaram que seria de grande valia incluir uma disciplina que abordasse o emprego militar da
tropa hipomóvel nas operações de Garantia da Lei e da Ordem. Outrossim, 34% dos
entrevistados apontaram a inserção do Trato como matéria da grade curricular do Curso de
Instrutor, haja vista que ela já faz parte do Curso de Monitor.
40

Por fim, o instrutor de equitação deve ser flexível, bem como estar disposto a enfrentar
os obstáculos situados a sua frente com grande dedicação e sempre buscar o auto
aperfeiçoamento dentro da sua área de atuação.
41

REFERÊNCIAS

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<http://www.lw135349918050acc497.hospedagemdesites.ws/site/index.php?option=com_con
tent&task=view&id=62&Itemid=74>. Acesso em: 09 out. 2017.

_________. Regimento Osório. Histórico. Disponível em:


<http://www.lw135349918050acc497.hospedagemdesites.ws/site/index.php?option=com_con
tent&task=view&id=42&Itemid=60>. Acesso em: 22 out. 2017.

_________. Taça Osório. 3ª Etapa Taça Osório. Disponível em:


<http://www.lw135349918050acc497.hospedagemdesites.ws/site/index.php?option=com_con
tent&task=view&id=750&Itemid=1>. Acesso em: 22 out. 2017.

_________. Inauguração do picadeiro Cel Caminha. Disponível em:


<http://www.lw135349918050acc497.hospedagemdesites.ws/site/index.php?option=com_con
tent&task=view&id=1241>. Acesso em: 22 out. 2017.

ASSOCIAÇÃO dos Cavaleiros da Vila Negra. As nossas instalações. Disponível em:


<http://www.cavaleirosvn.net/instalacoes.htm>. Acesso em: 22 out. 2017.

BRASIL. Departamento de Educação e Cultura do Exército. Manual Técnico Equitação.


Rio de Janeiro, 2017.
_______. Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Apresentação de trabalhos acadêmicos e
dissertações. Rio de Janeiro, 2006.

BRASIL Hipismo. Notícias. Maior estábulo dos Estados Unidos é um sonho de consumo
equestre. Disponível em: <http://www.brasilhipismo.com.br/tag/cocheiras>. Acesso em: 22
out. 2017.

CENTRO Hípico Zona Sul. A hípica. Estrutura. Disponível em:


<http://chzs.com.br/aHipica.php>. Acesso em: 22 out. 2017.

CENTRO de Produções Técnicas. Dicas cursos CPT. Correção de aprumos e


ferrageamento de cavalos: o que é o ferrageamento. Disponível em:
<https://www.cpt.com.br/dicas-cursos-cpt/correcao-de-aprumos-e-ferrageamento-de-cavalos-
o-que-e-o-ferrageamento>. Acesso em: 21 out. 2017.

CONEXÃO Sociedade Hípica Paulista. 1911. Disponível em:


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CLUBE Hípico de Santo Amaro. O clube. Disponível em: <http://www.chsa.com.br/home/o-


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_________. Galeria de fotos. Picadeiro coberto de adestramento. Disponível em:


<http://www.chsa.com.br/home/picadeiro-de-adestramento/>. Acesso em: 22 out. 2017.
42

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<http://equoterapiaeamigos.blogspot.com.br/p/fundando-um-centro.html>. Acesso em: 22 out.
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amadores de 12 a 14 de setembro. Disponível em:
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POLÍCIA Militar do Estado de São Paulo. Notícias. Conheça a importância do trabalho da


ferradoria no RPMon. Disponível em: <http://www.policiamilitar.sp.gov.br/noticias/noticia-
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NEVES, Eduardo Borba; DOMINGUES, Clayton Amaral. Manual de Metodologia da


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e piso. Disponível em: <https://portalvidanocampo.com.br/redondel-para-cavalos-tamanho-
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WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. 1º Regimento de Cavalaria de Guardas. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/1.%C2%BA_Regimento_de_Cavalaria_de_Guardas> Acesso
em: 08 out. 2017.
43

APÊNDICE A - Questionário

Esta pesquisa destina-se a coletar informações para o Trabalho de Conclusão de


Curso do 1º Ten Cav Dybalski, da Escola de Equitação do Exército. O questionário não será
divulgado e as informações nele contidas serão utilizadas sem comprometer a fonte
questionada. Peço a máxima sinceridade e seriedade em suas respostas. Agradeço a atenção e
colaboração! Que nossos estribos se choquem em cavalgadas futuras!

1. Por quais atividades o Centro/Seção Hípico é responsável?


2. Como é a organização e administração do Centro/Seção Hípico no que tange a
instalações de pistas, picadeiros, campos de pólo, cross country e centro de convivência?
3. Como funcionam as instruções para os oficiais e sargentos da OM? E quanto
aos cabos e soldados, que tipo de instrução é ministrada para eles?
4. No que diz respeito à organização, administração e condução da instrução do
Centro/Seção Hípico, quais as principais atribuições do Instrutor de Equitação?
5. No que se refere à grade curricular da Escola de Equitação do Exército e sua
aplicabilidade na tropa após ter realizado o curso, qual o grau de importância das matérias?

Muito Pouco
Matéria Importante
importante Importante
Salto
CCE
Adestramento
Pólo
Iniciação
Hipologia
Saltadores
Equitação Militar
Psicologia Aplicada ao Ensino e Desporto
Equestre
Didática Geral
Psicopedagogia
Equoterapia
44

Organização de Concursos

6. Dentre as disciplinas abaixo relacionadas, existe alguma que o senhor acha


que deveria ser adicionada à grade curricular da Escola de Equitação do Exército ou
que a carga horária deveria ser maior?
( ) Trato
( ) Didática Geral
( ) Psicologia aplicada ao Desporto Equestre
( ) Psicopedagogia
( ) Emprego militar de equídeos – GLO
( ) Nenhuma das disciplinas

Justificativa:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

7. Na sua opinião, quais são os maiores desafios que o instrutor de equitação


enfrenta nos Centros/Seções Hípicos?

As informações e opiniões acima explanadas serão de grande importância para a verificar a


aplicação dos conhecimentos aprendidos no curso quando da ida do “espora dourada” para os
corpos de tropa e o aperfeiçoamento do perfil profissiográfico do futuro Instrutor de
Equitação. Muito obrigado!

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