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GUSTAVO DYBALSKI
Rio de Janeiro
2017
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GUSTAVO DYBALSKI
Rio de Janeiro
2017
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GUSTAVO DYBALSKI
COMISSÃO AVALIADORA
____________________________
1º Ten Cav McClelland Mozart Diniz Soares – Orientador
____________________________
Maj Cav Bernardo Lacerda Ramos – Avaliador
_____________________________
Cap Cav João Henrique Alves Soares - Avaliador
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AGRADECIMENTOS
Inicialmente, agradeço a Deus por ter me dado o dom da vida e ter me presenteado
com minha família, namorada, amigos e profissão.
Aos meus pais, Claudio, exemplo de homem e militar, minha fonte de inspiração e
motivação para ingressar no Exército Brasileiro, e Marley, fonte inesgotável de amor, carinho
e dedicação, sempre oferecendo a melhor educação possível e mostrando os caminhos
corretos a serem seguidos. À minha irmã, Ana Paula, que, até mesmo no silêncio, sempre
torceu por mim nos momentos mais difíceis.
À Rafaela, minha fiel amiga, companheira e eterna namorada, que sempre esteve ao
meu lado nas pistas, campos e picadeiros torcendo por mim. Obrigado por ser essa mulher
forte e guerreira que aguentou os cinco longos anos de formação e mais esse ano de
especialização longe de mim. Não teve um dia em que não pensava em estar contigo.
Às montadas que passaram sob minhas ajudas desde quando iniciei minha vida no
cavalo e que tive o prazer de montar durante o curso: Simão (in memorian), Oneron, Ícaro,
Minuano, Nilo, Urbana, Oster, Federado e Limosine. Obrigado por tudo que me ensinaram.
Aos camaradas da última turma de Instrutor de Equitação à moda antiga, que mesmo
em situações de cansaço, não hesitaram em confraternizarmos independente do lugar: no
PQD, no caldo, na padaria, enfim agradeço pela camaradagem demonstrada esse ano. Que
nossos estribos se choquem em cavalgadas futuras, pois assim estará selada para sempre nossa
amizade!
Ao 1º Tenente Mozart, orientador sempre disposto a auxiliar na elaboração e
desenvolvimento do trabalho e um dos responsáveis por eu estar onde estou, que desde
quando servimos juntos no Dragão sempre me incentivou a montar e me dedicar ao cavalo.
E a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão dessa
monografia.
6
RESUMO
O presente trabalho centraliza suas análises nas atribuições do instrutor de equitação nos
centros hípicos das três unidades hipomóveis do Exército Brasileiro, bem como realiza uma
análise da grade curricular do Curso de Instrutor. Seu principal objetivo é verificar quais são
os principais desafios do instrutor de equitação e verificar alguma disciplina que pode ser
inserida à grade ou aumentar a carga horária de alguma já existente. Para isso, foi realizada
uma pesquisa de campo em conjunto com levantamento bibliográfico a fim de apresentar os
centros hípicos e suas instalações e, também, como se dá a administração, organização de
concursos e a instrução de equitação nesses locais. Em seguida, no intuito de atingir a
finalidade deste estudo, foi executada uma pesquisa de campo com instrutores de equitação
que fazem ou já fizeram parte de centros hípicos por meio de um questionário.
ABSTRACT
This paper focuses its analysis on riding instructor assignments in the three equestrian centers
of the horse units of the Brazilian Army, as well as conduct an analysis of the curriculum of
the Instructor Course. Its main objective is to verify what are the main challenges of the riding
instructor and to verify some discipline that can be inserted into the grid or increase the
workload of some existing one. In order to do this, a field survey together with a
bibliographical one was carried out in order to present the equestrian centers and their
facilities, as well as the administration, organization of competitions and the instruction of
riding in these places. Then, in order to achieve the purpose of this study, a field survey was
carried out with riding instructors who are or have already been part of equestrian centers
through a questionnaire.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO..................................... 14
2.1 REVISÃO DA LITERATURA E ANTECEDENTES DO PROBLEMA....... 14
2.2 REFERENCIAL METODOLÓGICO E PROCEDIMENTOS........................ 14
3 OS CENTROS HÍPICOS............................................................................... 16
3.1 O INÍCIO.......................................................................................................... 16
3.2 OS CENTROS HÍPICOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO............................. 16
3.2.1 Centro Hípico Dragões da Independência (CHDI)...................................... 16
3.2.2 Centro Hípico do Rio de Janeiro (CHRJ).................................................... 18
4.2.1.1.1 Picadeiros......................................................................................................... 23
4.2.1.1.2 Pistas................................................................................................................. 24
4.2.1.1.3 Potreiros........................................................................................................... 24
4.2.1.1.4 Redondeis.......................................................................................................... 25
4.2.1.1.5 Campos diversos............................................................................................... 25
4.2.1.1.6 Centro de Convivência..................................................................................... 26
4.2.1.2 Áreas de estábulo.............................................................................................. 26
4.2.1.2.1 Baias................................................................................................................. 27
4.2.1.2.2 Seção veterinária.............................................................................................. 27
4.2.1.2.3 Banho e limpeza................................................................................................ 28
4.2.1.2.4 Ferrageamento................................................................................................. 29
12
5 ANÁLISE DE DADOS................................................................................... 34
5.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO.................................................................... 34
6 CONCLUSÃO................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS.............................................................................................. 41
APÊNDICE A.................................................................................................. 43
13
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Buscando identificar o que de mais relevante e atualizado tem sido produzido sobre o
tema "As atribuições do instrutor de equitação na organização, condução da instrução e
administração das seções hípicas de OM dotadas de cavalos”, verificou-se que não há
trabalhos publicados sobre esse tema específico, porém existem monografias referentes à
estruturação de centros hípicos no Exército Brasileiro publicados na Escola de Equitação do
Exército.
Nenhuma dessas pesquisas aborda seus objetivos com enfoque nas atribuições do
instrutor de equitação. Todavia, podemos identificar algumas questões que nos parecem
problemáticas – como expor os principais desafios do instrutor de equitação nos centros
hípicos e quais disciplinas podem ser adicionadas à grade curricular do curso ou aquelas já
existentes que necessitam de um aumento da carga horária.
3 OS CENTROS HÍPICOS
3.1 O INÍCIO
O primeiro centro hípico brasileiro a ser fundado foi a Sociedade Hípica Paulista no
ano de 1911. A ideia inicial foi de Guilherme Prates e Totó, filhos de Eduardo da Silva Prates,
Conde de Prates, e Carlos José Arruda Botelho, Secretário da Agricultura à época,
respectivamente.
Com a criação de tal clube hípico e influência da Missão Francesa de 1906, foi dado o
pontapé para que outros clubes fossem fundados como o Clube Hípico de Santo Amaro em
1935, a Sociedade Hípica Brasileira em 1938 e, mais tarde, a Sociedade Hípica de Brasília em
1960. Vale ressaltar que a influência militar na criação desses centros equestres foi de grande
vulto, pois os militares faziam parte da administração desses locais no início.
Certamente, essa participação militar nas sociedades hípicas civis teve notória
relevância quando da criação dos diversos centros hípicos do Exército Brasileiro, já que
tinham noção de como administrava e como funcionava um local feito para a estabulagem de
cavalos.
Fonte: o autor.
18
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
A prática da equitação acadêmica no Brasil remonta aos idos de 1863, com Luiz
Jácome de Abreu e Souza, que estudou na Inglaterra, local esse onde compreendeu os
princípios equestres do Duque de Newcastle e tornou-se um perito em criação, corrida de
cavalos e hipologia.
Em 1911, com o surgimento da República, Luiz Jácome cria o “Club Sportivo de
Equitação”. Vinte e sete anos depois, ocorreu uma permuta de terrenos em que o Exército
ficou com o terreno em São Cristovão, local onde o Centro Hípico do Rio de Janeiro (CHRJ)
foi criado. Desde então, esse local é um ponto de encontro de gerações de militares em torno
do cavalo. (CAIADO, 2011)
Nos dias de hoje, o CHRJ é parte integrante do 2º Regimento de Cavalaria de Guardas
e é composto por 37 militares, possuindo um efetivo de 37 cavalos, sendo 8 reiúnos, 5
vinculados de representação (VR) e 24 particulares.
Nas suas instalações, possui 01 (uma) Seção Veterinária, 01 (uma) pista de areia, 01
(um) centro de convivência, 01 (um) picadeiro de adestramento e as baias onde os animais
19
ficam estabulados. Além disso, cabe ressaltar que o CHRJ fica destacado do Regimento
Andrade Neves, ou seja, é subordinado a essa unidade, mas não se encontra nas instalações
dela.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
remonta aos idos de 1737, quando o império português, visando manter as delimitações e o
domínio do território brasileiro, envia um contingente de militares para a região Sul do país.
Essa organização militar diferenciada participou de grandes combates da história brasileira
como a Guerra da Tríplice Aliança e a Batalha do Passo do Rosário.
Desde o ano 1970, o Regimento Osório está situado na cidade atual e é diretamente
subordinado ao Comando Militar do Sul, sendo a organização militar responsável por
difundir, incentivar e promover os esportes equestres nesse Comando Militar de Área.
Essa peculiar unidade possui um esquadrão de comando e apoio, um esquadrão de
lanceiros motorizado, um esquadrão de lanceiros hipomóvel e o centro hípico. Esse último,
por sua vez, é composto de uma seção de comando, uma seção de hipismo e dois pelotões: um
responsável pelas baias e o outro pela pista. Possui um efetivo de 64 militares e 91 cavalos,
sendo 44 reiúnos, 19 vinculados de representação (VR) e 28 particulares. Nas suas instalações
há uma pista principal, uma de distensão, um centro de convivência, dois picadeiros, um
campo de pólo e uma pequena área de cross country.
O CHRO desenvolve as três modalidades olímpicas (salto, adestramento e concurso
completo) e o pólo para os militares da ativa e da reserva, ex-integrantes do 3º RCG e para os
amigos do regimento.
Figura 7 - Picadeiro de adestramento do CHRO
Tendo como tarefa crítica, o apoio à preparação de homens para a prática equestre e
a participação em eventos hípicos, evidencia: camaradagem, comunicabilidade,
direção, liderança, perspicácia, tato, coragem, dedicação e equilíbrio emocional.
Nas áreas cognitivas e psicomotoras demonstra: capacidade de observância,
aptidão motora, higidez e interesse pelo auto aperfeiçoamento para ampliar sua
cultura técnica específica.
A administração de centros hípicos é algo muito peculiar, pois “um centro equestre
deverá ser um local agradável, limpo, atrativo, arejado e iluminado; em uma palavra,
confortável para usuários e cavalos” (RIBEIRO, 2014).
Contudo, para que isso seja possível, faz-se necessário a fiscalização e cobrança do
chefe do centro hípico no que se refere às instalações e ao plantel existente sob seu comando.
Segundo Ribeiro (2014), um centro hípico, em geral, possui áreas de atividades e áreas
de estábulo, sendo divididas da seguinte maneira:
- Áreas de atividades: picadeiros, pistas, potreiros, redondeis, campos diversos e
centro de convivência; e
- Áreas de estábulo: baias, seção veterinária, banho e limpeza, ferrageamento, quarto
de forragem, quarto de sela e estrumeira.
4.2.1.1.2 Pistas
4.2.1.1.3 Potreiros
Os potreiros nada mais são que locais cercados cujos objetivos são a recreação,
recuperação de algum animal em tratamento e aquecimento de cavalos antes de atividades e
competições. Seu tamanho ideal tem uma referência de 1 hectare por cavalo, eles podem ter
cochos de água e são cercados, geralmente com canos de ferro, mas podem ser vedados,
também, com cerca viva, madeira ou cerca elétrica. (RIBEIRO, 2014)
25
Figura 11 - Potreiros
4.2.1.1.4 Redondeis
São espaços circulares com diâmetro que varia de 7 a 25 metros, podendo ter o piso de
areia, grama ou terra. Dentre as suas funções, podemos destacar o desbaste do cavalo, acalmar
o animal antes de montar e acostumá-lo à sela depois de um longo período de repouso.
Figura 12 - Redondel
São áreas de livre circulação onde o conjunto pode realizar trabalhos de exterior e
trabalho intervalado. Suas dimensões variam de acordo com o espaço para isso destinado na
unidade.
26
Fonte: o autor.
4.2.1.2.1 Baias
Figura 15 - Baias
É uma área onde são realizados diversos procedimentos: desde a troca de curativos até
cirurgias. Nos três centros hípicos em estudo, o único que possui em sua área uma seção
veterinária é o Centro Hípico do Rio de Janeiro. Os outros utilizam a seção do regimento que
atende os esquadrões hipomóveis também.
28
As áreas para banho e limpeza dos equinos ideais devem ser protegidas do vento e da
chuva, possuir piso antiderrapante e a drenagem deve ser eficiente visando a higiene do
cavalo.
Figura 18 - Duchas
4.2.1.2.4 Ferrageamento
Esses locais devem ser de fácil acesso, bem arejados e protegidos do sol. Os fardos de
feno e sacos de ração devem ser acomodados, quando o depósito for ao nível do solo, em
estrados ao menos a 20 cm do chão.
Além disso, é preciso precauções especiais quanto a risco de incêndio, infiltrações,
umidade, insetos, pragas e roedores. (REZENDE, FRAZÃO, 2012)
30
Da mesma forma dos quartos de forragem, os quartos de sela devem ser bem arejados
e ventilados para uma boa conservação do couro que pode ser danificado com a umidade.
4.2.1.2.7 Estrumeira
É o local onde o estrume dos animais é armazenado. A boa gestão desses resíduos
permite a obtenção de adubos naturais e geração de energia por conta da produção de gases
oriundos da bio digestão de resíduos orgânicos.
Figura 22 - Estrumeira
4.2.2 A administração
Além disso, é de suma importância que haja o cuidado das instalações do centro
equestre, haja vista que a maioria delas não é nova e requer constantes reparos e melhorias.
Depois das instalações, chegamos ao ponto mais importante, a razão de ser dos centros
hípicos: o cavalo. O instrutor de equitação deve prezar sempre pela saúde e segurança da sua
tropa de solípedes.
Os animais devem ser retirados das baias todos os dias para serem limpos – mesmo
não sendo trabalhados. Além da limpeza, o chefe do centro hípico deve ser bastante rigoroso
na sua cobrança no tocante a cochos de água e ração, manutenção das camas, datas de
vermifugação, vacinas e ferrageamento e organização dos quartos de forragem (para que não
tenha umidade, nem mofo). Para isso, é necessária uma inspeção diária do plantel e das áreas
de estábulo.
para oficiais e sargentos tem uma natureza desportiva, enquanto aquela voltada para os cabos
e soldados segue o caminho do manejo da cavalhada e cerimonial militar (formaturas e
escoltas).
34
5 ANÁLISE DE DADOS
O questionário foi dividido em sete questões, sendo cinco abertas para resposta e duas
objetivas. Nesta última, uma era para elencar o grau de importância das disciplinas
ministradas na Escola de Equitação do Exército e a outra para avaliar a necessidade de
inclusão de novas matérias ou o aumento da carga horária de alguma já existente na grade
curricular.
De início, foi questionado qual é a função dos centros hípicos nos três Regimentos de
Cavalaria de Guarda. As respostas, quase que na sua totalidade, foram desenvolver a instrução
de equitação de cunho desportivo na unidade, organizar competições hípicas, integrar o
efetivo da Organização Militar com os frequentadores do centro e coordenar as viagens de
representação (provas fora da unidade ou da guarnição).
A segunda pergunta questiona o entrevistado sobre a organização e administração no
que diz respeito às instalações e áreas que o centro hípico é responsável. Fazendo um
apanhado de todas as respostas dadas a essa questão temos que as instalações e materiais
utilizados são, de certa forma, pouco duráveis, necessitando reparos numa certa constância.
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Portanto, cresce de importância o zelo pelas pistas, picadeiros, campos de pólo, centro de
convivência e baias, bem como o administrador ter em mente a substituição de materiais e
propor melhorias para o local.
Continuando a análise, verificou-se na terceira questão como são as instruções de
equitação para oficiais e sargentos, cabos e soldados da unidade. Elas são divididas em duas
vertentes: instrução para aqueles e instrução para esses. A primeira tem um objetivo voltado
para o desporto equestre (Salto, CCE, Adestramento e Pólo), sendo assim, ela se torna de
caráter voluntário. Contudo, a segunda é obrigatória e prevista em Quadro de Trabalho
Semanal (QTS) do centro hípico, porém, às vezes, por conta da demanda de atividades, o foco
dessa instrução é o manejo da cavalhada (limpeza, trato e cuidado das baias).
De acordo com as respostas dadas à questão de número 4 do questionário, a qual
pergunta quais as atribuições do instrutor de equitação na administração, organização e
condução da instrução no centro hípico, é essencial realizar uma inspeção simples da
cavalhada todos os dias. Além disso, deve-se verificar a situação das baias (cochos de ração e
água e camas), além de cobrar a correta encilhagem e a limpeza por parte de seu tratador tanto
após o trabalho diário quanto não for montado, bem como ter o controle sanitário rigoroso no
que diz respeito a vacinas, vermifugação, exames e ferrageamento do plantel.
No que diz respeito à administração, voltemos ao tópico 3.1, onde temos, no perfil
profissiográfico, em Atividades Específicas: “Assessorar o comando em todas as questões
referentes à administração e manutenção de materiais e dependências especializadas, assim
como toda estrutura de suporte à equitação e ao cavalo”. Conforme análise do questionário,
realizando uma comparação entre o que foi citado acima e as respostas, verificou-se que as
funções previstas no perfil estão de acordo com o que é realizado nos corpos de tropa.
Nas quinta e sexta questões, analisaremos por meio dos gráficos a seguir o grau de
importância das disciplinas e se tem alguma matéria que deve ter sua carga horária aumentada
ou se deve ser adicionada à grade curricular.
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Organização de concursos
Equoterapia
Psicopedagogia
Didática geral
Equitação militar
Muito importante
Hipologia
Importante
Iniciação
Pólo
Adestramento
CCE
Salto
Fonte: o autor.
Gráfico 2 - Disciplinas para aumentar a carga horária ou incluir na grade curricular do Curso de Instrutor
de Equitação
Trato
8%
Didática Geral
34%
Psicologia aplicada ao ensino e
desporto equestre
Psicopedagia
Fonte: o autor.
Como pode ser constatado acima, com 54% das respostas, a implantação de uma
matéria sobre o Emprego militar de equídeos – GLO é de extrema relevância. Chegamos a
essa conclusão com as justificativas que alguns militares deram, como “as atividades voltadas
para Operações de GLO estão cada vez mais sendo empregadas, principalmente nas grandes
cidades” e também “a atividade de Garantia da Lei e da Ordem é a mais importante das
atividades a ser desenvolvida a cavalo. Tem a finalidade de manter o cavalo nas OM do
Exército, dando um viés operacional a atividade hípica e não somente desportivo”.
Além disso, 34% dos militares que responderam o questionário alegaram que a
disciplina Trato, que faz parte da grade curricular do Curso de Monitor de Equitação, deveria
ser adicionada à do Curso de Instrutor. Segundo o entrevistado nº 14 1“o trato é uma atividade
praticada diariamente e que, na maioria das vezes, é ensinada de forma empírica” e o de nº 17
completa: “nos dias atuais, nossos oficiais e praças mais modernos não tem a menor noção de
boas práticas de limpeza, alimentação, toalete, etc”.
Finalizando o questionário, perguntou-se quais eram os maiores desafios que instrutor
de equitação enfrenta nos Centro/Seções Hípicos. De maneira geral, as respostas obtidas
foram as seguintes: o trato com os frequentadores (principalmente devido à grande maioria
destes ter maior precedência hierárquica que o comandante da unidade e o chefe do centro
1
Respeitando o sigilo dos militares que responderam o questionário, eles foram numerados de 1 a 18.
38
hípico); a administração dos recursos humanos (por vezes, não há efetivo suficiente para o
cumprimento das missões do centro hípico); a organização de concursos; a preparação da
cavalhada para o cerimonial a cavalo (trança de crina e de cola e revista da higiene geral do
animal); e a gestão sanitária (alguns militares específicos do centro hípico deveriam ter
instruções de enfermagem veterinária, para realizar procedimentos emergenciais).
39
6 CONCLUSÃO
Por fim, o instrutor de equitação deve ser flexível, bem como estar disposto a enfrentar
os obstáculos situados a sua frente com grande dedicação e sempre buscar o auto
aperfeiçoamento dentro da sua área de atuação.
41
REFERÊNCIAS
BRASIL Hipismo. Notícias. Maior estábulo dos Estados Unidos é um sonho de consumo
equestre. Disponível em: <http://www.brasilhipismo.com.br/tag/cocheiras>. Acesso em: 22
out. 2017.
HIPISMO & Co. Quartos de sela, ideia para organização. Disponível em:
<http://www.hipismoeco.com.br/blog/quartos-de-sela-ideia-para-porta-selas/>. Acesso em: 22
out. 2017.
APÊNDICE A - Questionário
Muito Pouco
Matéria Importante
importante Importante
Salto
CCE
Adestramento
Pólo
Iniciação
Hipologia
Saltadores
Equitação Militar
Psicologia Aplicada ao Ensino e Desporto
Equestre
Didática Geral
Psicopedagogia
Equoterapia
44
Organização de Concursos
Justificativa:
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