Você está na página 1de 88

ARQUITETURA EQUESTRE: PROPOSTA DE IMPLATAÇÃO DE UM CENTRO

EQUESTRE NO MUNICIPIO DE JI PARANÁ

JI-PARANÁ – RO
2017
2

STÊNIO AUGUSTO WÜNSCH GONÇALVES FERREIRA

ARQUITETURA EQUESTRE: PROPOSTA DE IMPLATAÇÃO DE UM CENTRO


EQUESTRE NO MUNICIPIO DE JI PARANÁ

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná -
CEULJI, para obter o título de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo, sob orientação do Prof.ª
Msc. Vladimir José Chagas.

JI-PARANÁ – RO
2017
3
4
5

RESUMO

Buscando um espaço onde o homem possa manter uma relação saudável com o meio-ambiente
enquanto exerce suas atividades esportivas, econômicas e lazer, o mundo Equestre tem o poder de
oferecer através da equitação, não só benefícios a saúde ou um excelente negócio financeiro, mas
também o poder de atuar na área socioambiental, despertando nas pessoas interesse em conviver, e
respeitar o ambiente e o mundo dos equinos. Sendo assim, o presente trabalho apresenta a proposta
de implantação de um Centro Equestre na zona rural do Município de Ji-Paraná com estrutura capaz
de receber eventos esportivos e espaço adequado para maneja e treinamento de equinos,
oferecendo ainda opção de lazer para a população dessa região. O projeto foi desenvolvido através
estudos baseados num método de pesquisa dedutivo com caráter exploratório, tendo em sua
estrutura revisão bibliográfica, coleta de dados in loco e entrevistas, demonstrando no decorrer de
seu desenvolvimento que é possível, através da arquitetura, proporcionar um perfeito equilíbrio entre
a relação do homem com a natureza do ambiente e do lugar, utilizando as atividades de equitação
para práticas de esportes e de lazer, melhorando assim qualidade de vida, trazendo benefícios físicos
e mentais às pessoas que praticam tais atividades.

Palavras-chave: Equestre. Equitação. Cavalo.


6

ABSTRACT

Seeking a space where man can maintain a healthy relationship with the environment while exercising
his sporting, economic and leisure activities, the Equestrian world has the power to offer through
riding, not only health benefits or a big financial business, but Also the power to act in the socio-
environmental area, arousing in people the interest to live together, and respect the environment and
the world of equines. Thus, the present article was developed through studies based on an exploratory
method of deductive research, having in its structure bibliographic review, data collection in loco and
interviews, demonstrating in the course of its development that it is possible, through the architecture,
to provide A perfect balance between the relationship of man with the nature of the horse, using the
activities of riding for sports and leisure practices, thus improving the quality of life, bringing physical
and mental benefits to people who practice equestrian activities.

Keywords: Equestrian. Horse riding. Horse.


7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Cavalo Equus ................................................................................................ 15


Figura 2: Povos Hunos.................................................................................................. 16
Figura 3: Tradicional cavalgada da “Expojipa” em Ji-Paraná/RO ............................... 17
Figura 4: Prova de laço, “Team Roping”, em Ariquemes/RO...................................... 17
Figura 5: Corrida de Biga e Quadriga ........................................................................... 18
Figura 6: Curso de obstáculos nos Jogos Olímpicos de 1912 ...................................... 18
Figura 7: Circo Máximo ............................................................................................... 19
Figura 8: C.C.E. Militar ................................................................................................ 20
Figura 9: Hipismo Rural: Prova dos três tambores ....................................................... 21
Figura 10: Equoterapia ................................................................................................. 22
Figura 11: Haras no Vale do Maipo, Chile. .................................................................. 25
Figura 12: Hotel Haras em Strasbourg, leste da França. .............................................. 26
Figura 13: Condomínio Haras na cidade de Monte Mor, estado de São Paulo. ........... 26
Figura 14: Condomínio Haras na cidade de Monte Mor, estado de São Paulo. ........... 26
Figura 15: Pista de salto na escola de Equitação de Brasília-DF ................................. 27
Figura 16: Picadeiro coberto na escola de equitação de Brasília-DF ........................... 27
Figura 17: Escola de Equitação em São Bernardo do Campo, estado de São Paulo. ... 28
Figura 18: Centro de Equoterapia em Florianópolis – SC, picadeiro coberto .............. 29
Figura 19: Centro de Equoterapia em Florianópolis – SC, picadeiro ao ar livre.......... 29
Figura 20: Estábulos arejados, com abertura zenital .................................................... 30
Figura 21: Rancho Canto Verde ................................................................................... 31
Figura 22: Área de lazer ............................................................................................... 31
Figura 23: Picadeiro de apoio ....................................................................................... 36
Figura 24: Interior do picadeiro principal ..................................................................... 36
Figura 25: Celeiro ......................................................................................................... 37
Figura 26: Corte do Celeiro .......................................................................................... 38
Figura 27: Interior do celeiro, detalhe das baias ........................................................... 38
Figura 28: Detalhe da cobertura com grandes claraboias ............................................. 39
Figura 29: Picadeiro principal ...................................................................................... 39
Figura 30: Picadeiro principal, interior. ........................................................................ 40
Figura 31: Área de treinamento ao ar livre ................................................................... 40
8

Figura 32 - Picadeiro ao ar livre ................................................................................... 41


Figura 33: Circulo mecânico ........................................................................................ 41
Figura 34: Planta baixa do edifício principal ................................................................ 42
Figura 35: Implantação geral ........................................................................................ 42
Figura 36: Centro Equestre Merrick Stables ................................................................ 43
Figura 37: Vista externa das baias ................................................................................ 44
Figura 38: Vista interna das baias ................................................................................. 44
Figura 39: Picadeiro em grama ..................................................................................... 44
Figura 40: Picadeiro de competição ............................................................................. 45
Figura 41: Planta Baixa ................................................................................................ 45
Figura 42: Parede em concreto e taipa .......................................................................... 46
Figura 43: Piscina para uso dos animais ....................................................................... 46
Figura 44: Cavalo se refrescando na piscina ................................................................ 46
Figura 45: Centro Hípico de Ultzama ........................................................................... 47
Figura 46: Complexo de adestramento ......................................................................... 47
Figura 47: Revestimento em alumínio e madeira nas esquadrias ................................. 48
Figura 48: Interior do Estábulo ..................................................................................... 49
Figura 49: Galpão moradia dos trabalhadores e Estábulo ............................................ 49
Figura 50: Pista Olímpica ............................................................................................ 49
Figura 51: Fachada Sul ................................................................................................. 50
Figura 52: Fachada Norte ............................................................................................. 50
Figura 53: Planta baixa térreo ....................................................................................... 51
Figura 54: Planta baixa pavimento Superior ................................................................ 51
Figura 55: Haras Polana................................................................................................ 52
Figura 56: Pavilhão de baias ......................................................................................... 53
Figura 57: Detalhe das baias ......................................................................................... 53
Figura 58: Centro dos Pavilhões ................................................................................... 54
Figura 59: Pavilhão em MLC ....................................................................................... 54
Figura 60: Projeto do pavilhão ..................................................................................... 55
Figura 61: Terreno em desnível .................................................................................... 55
Figura 62: Sede do Haras Larissa ................................................................................. 56
Figura 63: Interior do Hotel .......................................................................................... 56
Figura 64: Tifton de Polo .............................................................................................. 57
9

Figura 65: Centro Hípico do Haras Larissa .................................................................. 57


Figura 66: Estábulo ....................................................................................................... 58
Figura 67: Picadeiro Coberto ........................................................................................ 58
Figura 68: Fazenda de leite do Haras Larissa ............................................................... 58
Figura 69: Rancho Canto Verde ................................................................................... 59
Figura 70: Vista externa restaurante ............................................................................. 59
Figura 71: Vista interna restaurante .............................................................................. 60
Figura 72: Área de lazer ............................................................................................... 60
Figura 73: Área de lazer 02 .......................................................................................... 60
Figura 74: Prova de laço no Hangar Ranch .................................................................. 63
Figura 75: Falta de espaço adequado para manejo dos animais. .................................. 64
Figura 76: Arena de treinamento .................................................................................. 64
Figura 77: Estábulo ....................................................................................................... 65
Figura 78: Logotipo desenvolvido para representar o Hangar Ranch. ......................... 68
Figura 79: Cobertura em Madeira Laminada Colada no Haras Polana. ....................... 70
Figura 80: Esquema explodido da estrutura da arena ................................................... 71
Figura 81: Paredes em Bloco de Concreto Aparente .................................................... 71
Figura 82: Baias ............................................................................................................ 72
Figura 83: Piso das baias .............................................................................................. 72
Figura 84: Piso Emborrachado ..................................................................................... 73
Figura 85: Porta em madeira de demolição e metais reaproveitados. .......................... 74
Figura 86: ECOpavimento ............................................................................................ 75
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Comparativo entre as referencias .................................................................. 65


Tabela 2: Estábulo ........................................................................................................ 66
Tabela 3: Setor de Conveniência .................................................................................. 67
Tabela 4: Setor de Competição ..................................................................................... 67
11

LISTA DE MAPAS

Mapa 1 - Mapa do entorno e principais acessos. .......................................................... 62


Mapa 2 - Terreno Hangar Ranch .................................................................................. 62
12

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14

1. HISTÓRICO ................................................................................................ 15

1.1. Primeiros registros na Ásia e Europa ........................................................ 16

1.2. Os primeiros cavalos das Américas ........................................................... 16

1.3. Chegada do equino ao Brasil ...................................................................... 17

1.4. Cultura equestre em Rondônia .................................................................. 17

1.5. História dos Esportes Equestres ................................................................. 17

1.6. O Circo Máximo .......................................................................................... 19

1.7. O Esporte Equestre – Modalidades e Estruturas ..................................... 19

1.7.1. Hipismo Clássico ........................................................................................... 20

1.7.2. Hipismo Rural ............................................................................................... 21

1.7.3. Equoterapia .................................................................................................... 22

1.8. Situação local na atualidade ....................................................................... 22

2. TIPOLOGIA ................................................................................................ 24

2.1. Haras ............................................................................................................. 24

2.2. Centro hípico e Escola de Equitação.......................................................... 27

2.3. Centro de Equoterapia ................................................................................ 28

2.4. Centro Equestre ........................................................................................... 29

3. LEGISLAÇÃO ............................................................................................ 32

3.1. Licenciamento Ambiental ........................................................................... 32

3.2. Diretrizes municipais ................................................................................... 33

3.3. Áreas de Proteção Permanentes ................................................................. 34

3.4. Proteção aos animais ................................................................................... 34

3.5. Acessibilidade ............................................................................................... 35

4. REFERÊNCIAIS ARQUITETÔNICO ..................................................... 36


13

4.1. Referências Internacionais.......................................................................... 36

4.1.1. Centro Equestre Leça da Palmeira................................................................. 36

4.1.2. Centro Equestre Merrick Stables ................................................................... 43

4.1.3. Centro Hípico Ultzama .................................................................................. 47

4.2. REFERÊNCIAS NACIONAIS................................................................... 52

4.2.1. Centro Hípico e Haras Polana ....................................................................... 52

4.2.2. Haras Larissa ................................................................................................. 56

4.2.3. Centro Equestre Rancho Canto Verde ........................................................... 59

5. PROPOSTA ................................................................................................. 61

5.1. Estudo de Caso do Sítio ............................................................................... 61

5.2. Programa de Necessidades.......................................................................... 65

5.2.1. Aspectos Conceituais ..................................................................................... 68

5.3. Materiais e Tecnologia ................................................................................ 69

5.3.1. Madeira .......................................................................................................... 69

5.3.2. Cobertura da Arena ........................................................................................ 70

5.3.3. Estábulo e características das Baias .............................................................. 71

5.3.4. Pavimentação ................................................................................................. 74

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 76

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 77

APÊNDICE............ ............................................................................................................ 81

ANEXO 01....... ................................................................................................................... 88


14

INTRODUÇÃO

A relação entre o homem e a natureza é um tema que tem sido destaque nos últimos
nos principais debates em todo o mundo. No passado, as causas ambientais sequer eram
citadas nas escolas, e na arquitetura não era diferente, onde os projetos quase sempre eram
desenvolvidos levando em consideração especialmente o fator econômico. Porém, nos dias
atuais, os problemas sociais e ecológicos causados pelo desenvolvimento industrial têm
mudado essa relação, e a arquitetura tem sido um importante aliado neste assunto,
contribuindo positivamente com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento
sustentável da sociedade.
Nesta senda, buscando um espaço onde o homem possa manter uma relação saudável
com o meio-ambiente enquanto exercem suas atividades, o mundo Equestre pode oferecer
através da equitação, não só benefícios a saúde, mas também o poder de atuar na área
socioambiental, despertando nas pessoas interesse em conviver, e respeitar o meio-ambiente,
onde aliado com os artifícios da Arquitetura, torna-se possível e saudável o alcance dessa
relação.
Sendo assim, o trabalho apresenta a proposta de implantação de um Centro Equestre
para o desenvolvimento de atividades a cavalo em um ambiente adequado, arquitetonicamente
agradável, e acima de tudo, que garante o bem-estar e saúde animal, sem abrir mão do
requinte e a comodidade para receber com conforto os atletas e visitantes. Através de uma
arquitetura rústica, o projeto demonstra no decorrer de seu desenvolvimento que é possível
unir estilo e materiais antigos, com elementos modernos, a fim de proporcionar o equilíbrio
entre essa relação homem-natureza, utilizando a Equitação e a Arquitetura em atividades que
tem o poder de melhorar a qualidade de vida da sociedade local.
15

1. HISTÓRICO

O equino representa uma importante figura para a história da humanidade. O cavalo


serviu ao longo dos anos como fonte de alimento, meio de transporte, arma de guerra e
ferramenta esportiva. Em cada marco da história o cavalo está presente de alguma forma. Da
mitologia grega até as grandes batalhas nos séculos XVII e XVIII, lá estava o cavalo, ao lado
do homem, contribuindo para o desenvolvendo a sociedade (NUNES, 2012).
O primeiro equino que se tem registro é o Hyracotherium, que surgiu no período
Eoceno a 45 milhões de anos atrás. O Hyracotherium era um pequeno animal parecido com o
cachorro, possuía dedos nas patas e seu tamanho em torno de 60 centímetros de comprimento
por 40 centímetros de altura. Ao longo da evolução dos equinos surgiram ainda o
Mesohippus, que viveu no período Oligoceno há 40 milhões de anos atrás, seguido pelo
Merychippus, no período Mioceno, e o Pliohippus, que viveu em meados do período Mioceno
por cerca de dez milhões de anos, já apresentando aparência semelhante ao cavalo moderno
representado na figura 01, que só foi surgir a cerca de 2 milhões de anos atrás, e denominado
Cavalo Equus, apresentando todas as características dos equinos que conhecemos nos dias de
hoje (COSTA, 2011).

Figura 1: Cavalo Equus

Fonte: Blogspot, Stravaganza, 2011.

Não se sabe exatamente quando o cavalo foi domesticado, mas sabe-se que foi um
processo demorado, decorrendo-se ao longo dos anos, porém que ditou por muito tempo o
ritmo do desenvolvimento da sociedade. Dentre os povos pioneiros na técnica do
adestramento de equinos, destacam-se os Hunos, ilustrados na figura 02. Os povos Hunos
eram nômades, e utilizavam o equino como meio de transporte, então, passavam dias e noites
cavalgando, chegando a até dormir no lombo do cavalo. Liderados pelo Rei Atila, estes povos
16

construíram um grande império e conquistaram territórios, seu sucesso sempre foi relacionado
principalmente ao poder de sua cavalaria (NUNES, 2012).
O equino teve destaque em toda a história pela sua principal característica, a
capacidade de transferir lealdade, este foi o fator fundamental que favoreceu a relação entre o
homem e o cavalo, estes animais tem a necessidade de um líder, então quando domesticado é
fiel ao seu comandante (RINK, 2005).

Figura 2: Povos Hunos.

Fonte: Blogspot, Stravaganza, 2011.

1.1. Primeiros registros na Ásia e Europa

Há indícios que em 3.500 a 3.000 a.C. já existiam criadores de cavalos na região do


Cazaquistão. Porém, o objetivo de desenvolver criações naquela época, era apenas o abate do
animal, visto que o equino era a única fonte de carne, e se tornou a base da alimentação no
oriente médio, onde ainda não existiam bovinos nem ovinos. Contudo, segundo alguns
estudiosos afirmam que, em 7.500 a.C. o cavalo já era utilizado para caça, e ainda, que a égua
era ordenhada (ROESSLER; RINK, 2005).

1.2. Os primeiros cavalos das Américas

A chegada do equino nas américas se inicia por volta de 1500, período em a criação de
cavalos se popularizou na Espanha. O Duque de Sesa, Gonzalo, havia desenvolvido uma
grande criação naquela região da Espanha, e em 1493 promoveu uma expedição que enviou
dezenas de cavalos espanhóis para América Central, desembarcando onde hoje são os
territórios do Haiti e República Dominicana. A partir daí os cavalos espanhóis se adaptaram
ao novo ambiente, ficando conhecido como a raça “Crioulo Americano”, e assim se espalhou
por todo o continente (COSTA, 2011).
17

1.3. Chegada do equino ao Brasil

No Brasil a chegada dos equinos se inicia em 1534 quando os portugueses


desembarcaram em São Vicente – São Paulo, e trouxeram consigo os primeiros cavalos para o
país, logo após, em 1535 e 1549, chegaram mais dois grandes carregamentos, sendo um em
Pernambuco e outro na Bahia, respectivamente. Nesta última também vieram alguns burros e
jumentos, que constituíram provenientes do cruzamento com éguas um respeitável exército de
mulas. Criações de equinos também se desenvolveram na região Sul do País no ano de 1634,
quando os Jesuítas trouxeram rebanhos de cavalos para o estado do Rio Grande do Sul, e
assim, espalhados para o resto do país junto com os colonizadores, desenvolvendo papel
indispensável durante as campanhas (COSTA, 2011).

1.4. Cultura equestre em Rondônia

O estado de Rondônia evidencia claramente uma cultura que apoia e aceita as práticas
equestres, sendo que, estas atividades são praticadas e prestigiadas frequentemente em todas
as regiões do estado, sendo tanto para eventos culturais (Figura 03), quanto para eventos
esportivos (Figura 04), e ainda em atividades de comércio.

Figura 3: Tradicional cavalgada da “Expojipa” Figura 4: Prova de laço, “Team Roping”, em


em Ji-Paraná/RO Ariquemes/RO

Fonte: Jornal Correio do Vale, 2016. Fonte: Plantão Esportivo, 2014.

1.5. História dos Esportes Equestres

Os primeiros registros de competições esportivas envolvendo cavalos aconteceram na


Roma antiga. Eram as corridas de Biga e Quadriga, representadas na figura 05, este esporte
movimentava milhares torcedores naquela região. As torcidas eram divididas por cores, e os
18

torcedores extremamente fanáticos, quase sempre entravam em conflitos após as competições,


tamanhos era o amor dos romanos pelo esporte Equestre (ONÇA, 2004).

Figura 5: Corrida de Biga e Quadriga

Fonte: Coxinhanerd, 2017.

Oficialmente os esportes equestres se iniciaram juntamente com o uso militar dos


equinos, os primeiros esportes equestres oficialmente registrados vieram dos campos militares
durante o treinamento de soldados, são eles o volteio, que consiste na arte de treinar
habilidade e equilíbrio com o cavalo, e o adestramento, que representa o treinamento e
sintonia entre cavalos e cavaleiros. A figura 06, de 1912, reforça o fato de o Hipismo
representar um dos mais antigos esportes Olímpicos que ainda faz parte dos jogos na
atualidade (TEZZA, 2016).

Figura 6: Curso de obstáculos nos Jogos Olímpicos de 1912

Fonte: Brasil Hipismo, 2012.


19

1.6. O Circo Máximo

No século II a.C. foi concebido entre duas colinas o mais famoso palco de eventos da
Roma Antiga. O Circo Máximo (Figura 07) foi uma arena utilizada para jogos, exposições e
diversões gerais, criada pelos antigos reis etruscos de Roma (ONÇA, 2004).
A edificação do Circo Máximo recebia os maiores e mais variados eventos daquela
região, sua estrutura passou por várias mudanças ao longo dos anos, e em seus tempos áureos
contava com uma pista medindo 600 metros de comprimento, 225 metros de envergadura, e
capacidade para até 320 mil expectadores. Em uma das extremidades da pista do Circo
Máximo existia um grande arco, enquanto no lado oposto uma ligação com o palácio do
governo, permitindo que o imperador assistisse aos espetáculos de sua própria varanda. O
principal evento que o Circo Máximo recebia eram as corridas de biga, portanto, considera-se
que foi o primeiro grande palco construído especialmente para esportes Equestres no mundo
(JUNIOR, 2016).

Figura 7: Circo Máximo

Fonte: Info Escola, 2016

1.7. O Esporte Equestre – Modalidades e Estruturas

A equitação representa uma importantíssima atividade esportiva, terapêutica e de


lazer, que atualmente movimenta atletas de todo o mundo, tanto em olimpíadas quanto em
competições secundarias. As atividades equestres no Brasil seguem quatro vertentes, são elas:
Hipismo Clássico, Hipismo Rural, Equitação de lazer e Equitação Terapêutica (ROESSLER;
RINK, 2005).
20

1.7.1. Hipismo Clássico

O Hipismo clássico representa a principal atividade esportiva equestre em todo o


mundo. Dentre os esportes desta vertente, destaca-se o Concurso Completo de Equitação
(C.C.E.), demonstrado na figura 08, que é a modalidade pioneira entre os militares, e que
através de suas variantes popularizou o esporte hípico na Europa. Entre as modalidades de
hipismo clássico pode-se destacar ainda, além do Concurso Completo de Equitação, o Salto e
o Adestramento, esportes que também fazem parte do quadro de modalidades olímpicas
(ROESSLER; RINK, 2005).
De acordo com os Cadernos Técnicos, de Regina Rezende e Alexandra Frazão (2012),
o inicial parâmetro a ter em prudência ao construir um centro hípico é a seleção do lugar, que
corresponde a determinados cuidados gerais da implantação, maiormente: aconselha-se que
consista em terreno que cumpra termo de salubridade, aparto de acomodações tóxicas,
ruidosas ou ameaçadoras, tendo deste modo a finalidade em não afetar a saúde do animal;
recomenda-se que a entrada permita a chegada e manobra de transportes de grande tamanho
(condução de conservação ou condução de cavalos) e de assistência; mais, além disso,
menciona que é aconselhável que os equipamentos se centralizem em locais que possam ser o
mais natural possível, campos agrário ou lugares verdes são essenciais para que o animal
fique longe do tumulto das habitações.
Tratando-se de dimensionamento e programação do centro hípico, os cadernos
técnicos perpetram que está sujeito à as atividades equestres desejadas: se o espaço se
designará a treinamentos de alta competição, ou mais propendendo apenas para criação. É de
resoluções como estas que dependem as acomodações a esquematizar, além disso como o
número de cavalos e o identificador de utentes (monitores, tratadores, estudantes, etc.) com
que o centro hípico irá trabalhar (REZENDE; FRAZÃO 2012).

Figura 8: C.C.E. Militar

Fonte: Escola de Equitação do Exército, 2016.


21

1.7.2. Hipismo Rural

As modalidades da vertente designada Hipismo Rural tiveram sua origem nos campos
de trabalho durante as atividades do dia-dia nas fazendas. Os boiadeiros competiam entre si
suas habilidades com o laço, a agilidade e o domínio do animal.
Então, durante as festividades nas comunidades rurais os organizadores promoviam
competições destas atividades, premiando os vencedores. As modalidades de hipismo rural
que mais se destacam no Brasil são as provas de laço, Prova dos tambores (Figura 09) e
Vaquejada (ROESSLER; RINK 2005).
Nessa seara, tratando-se de zona rural, determinados cuidados são respeitáveis de se
adotar para tornar a vida do cavalo o mais adequado possível. Necessita-se ter cuidados com a
dimensão da baia, que se não apresentarem um tamanho mínimo ideal ocasionará um
desconforto extremamente grande para o animal, o que pode induzir ao stress, afetando deste
modo a qualidade de vida e seu desempenho esportivo (BROOKS, 2014).
As baias precisam ser bem arejadas, não exposta a calores exagerados nem a friagem
intensa ou ainda a fluxo de ar desagradáveis. O cavalo é mais sensível ao calor que ao frio,
deste modo precisa-se ficar atento a esses cuidados, principalmente em Rondônia. Para tal,
deve ser levado em conta considerações como ventos predominantes, clima e microclima
local, maneira das aberturas, entre outros. Recomenda-se não utilizar coberturas de
fibrocimento, a menos que a ventilação for excepcional e o calor não for dificuldade
(BROOKS, 2014).
Sabe-se que o cavalo é um animal sociável e prefere não estar só. Para suavizar esse
problema, ocasião em que está confinado a uma baia, deve-se fazer com que tenha relação
visual com outros cavalos, por meio de janelas com grades entre as baias e deixando a parte
alta das portas das baias sempre acessíveis (BROOKS, 2014).

Figura 9: Hipismo Rural: Prova dos três tambores

Fonte: Brasil Cowboy, 2012.


22

1.7.3. Equoterapia

A Equoterapia (Figura 10) é um método terapêutico que utiliza o cavalo como base
para seu tratamento. O objetivo da Equoterapia é promover através da equitação, o
desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de alguma deficiência ou limitação
física ou mental. A equitação tem o poder de trabalhar todo o corpo e mente do paciente,
contribuindo assim para o desenvolvimento da força muscular, conscientização do próprio
corpo, relaxamento e aperfeiçoamento do equilíbrio e coordenação motora.
A área de aplicação da Equoterapia é vasta podendo ser aproveitada na Saúde, na
Educação e no social da pessoa que pratica, tendo como principais benefícios a Mobilização
pélvica, coluna lombar e articulações do quadril, melhorar o equilíbrio e a postura,
desenvolver coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão, estimula a
sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa, melhorando assim a integração sensorial/motora
(SWBRASIL, 2016).

Figura 10: Equoterapia

Fonte: Viajar a Cavalo, 2015.

1.8. Situação local na atualidade

Em Rondônia, as máximas da experiência local evidenciam a todo caso a


incorporação por parte da população a prática de esportes envolvendo equinos, sendo
usualmente aceito e evidenciado tanto pelos governos como pelas mídias locais, o incentivo a
23

prática, bem como o comparecimento e o apoio a tais eventos, mostra que mundo dos equinos
faz parte do traço cultural dos habitantes deste estado.
A proposta implantação do Centro Equestre apresentada neste trabalho ira abranger
em seu projeto a implantação de um espaço físico para a prática das modalidades de Hipismo
Rural. Esportes Equestres, apesar de populares em nossa região, sofrem com a falta de
estrutura adequada, sendo assim, a proposta de projeto para o centro equestre de Ji-Paraná
deve incluir todos os espaços necessários para o desenvolvimento das atividades hípicas
rurais, contemplando uma Arena coberta, para a prática dos esportes; Prova dos Três
Tambores; Seis Balizas; Team Penning; e Provas de Laço de todas as modalidades, tanto laço
solo quanto em dupla.
24

2. TIPOLOGIA

Os ambientes para práticas equestres podem variar a partir da modalidade que o


usuário deseja desenvolver naquele espaço, porém, como a estrutura para receber estas
atividades são bastante complexas, habitualmente são construídas grandes arenas multiuso,
permitindo assim, que com pequenas alterações possa ser desenvolvida diferentes
modalidades de esportes hípicos no mesmo local.
A partir do momento que um equino é retirado do seu habitat natural e colocado em
um estábulo, o criador está assumindo a responsabilidade de garantir o seu bem-estar, sendo
assim, alguns cuidados arquitetônicos devem ser levados em consideração durante a
construção de ambientes onde o animal passa a viver (BROOKS, 2014).
É da natureza do cavalo ser um animal sociável, que gosta de viver em bando, então a
sua liberdade deve sempre ser levada em consideração na hora de projetar um estábulo. A
baia é o quarto do cavalo, e apesar de ser uma moradia individual elas devem ser dispostas de
modo com que privilegie o campo de visão do animal. É importante que enquanto o equino
esteja em sua baia, consiga visualizar os animais que estão a sua volta, evitando níveis
elevados de stress. Sendo assim, o ideal é projetar paredes com fechamento em meia altura
para baias que recebem animais de competição, mantendo contato visual entre todos os outros
que estão ali confinados, e fechamento até o teto para baias onde vivem cavalos reprodutor
para evitar o contato visual com fêmeas, resultando em um melhor comportamento social, o
que contribui para sua adaptação e convivência em um ambiente estranho do seu habitat
natural (BROOKS, 2014).
Com base nessas informações, levando em consideração as vertentes das atividades
equestres, é de grande importância conhecer os tipos de estruturas existentes, criadas para
atender o mundo dos equinos, destacando o Haras, o Centro Equestre, a Escola de Equitação e
o Centro de Equoterapia

2.1. Haras

O haras (Figura 11) é um espaço destinado a criação, aprimoramento de raças e


treinamento de cavalos, usualmente são focados em apenas uma espécie de criação, visando a
produção dos melhores animais possível. A estrutura de um haras e sua utilização depende
diretamente da estratégia adotada pelo proprietário, sendo assim, pode-se partir da estrutura
25

básica, que deve contar com áreas de pastagem chamadas piquetes, baias para hospedagem do
animal, área de reprodução e maternidade, casa de celas, farmácia veterinária e área para
estocagem de alimento, até as estruturas mais complexas, que podem contar com área de
lazer, aparelhos para exercícios, picadeiro para leilão e até laboratório para melhoramento
genético (APRENDIZ EQUESTRE, 2011).

Figura 11: Haras no Vale do Maipo, Chile.

Fonte: Haras de Pirque, 2016.

Dentre todas as construções que compõem um Haras, o pavilhão de baias é sem


dúvidas o mais importante. As dimensões e o número de boxes que cada pavilhão deve
suportar deve estar de acordo ao número de animais que ali irão conviver, e também as
diferentes categorias de raça e idade. Um pavilhão pode ser utilizado para todas as categorias
de criação, porém, se o número de animais for superior a 20, é recomendado a construção de
um segundo pavilhão, facilitando assim o manejo dos animais para cada atividade
(MURADAS, 2016).
Ainda segundo Muradas (2016), os pavilhões que comportam as baias podem ter
variadas formas, sendo que os fatores de escolha estão diretamente ligados a orientação solar,
topografia do terreno e direção dos ventos, os modelos mais comuns são os em forma de L, U
e I, as baias de uso geral devem ser quadradas ou retangular, variando entre 12 e 16 m², as
baias para maternidade e reprodução devem ter forma circular e sem arestas.
Com o passar do tempo alguns empresários viram no modelo do haras uma
oportunidade de negócio também no setor de hospedagem, então, a partir dessa ideia surgiram
os chamados Haras Hotel (Figura 12, pg. 26), cada vez mais comum no Brasil (GUERRA,
2009).
26

Figura 12: Hotel Haras em Strasbourg, leste da França.

Fonte: Les Haras Hotel, 2016.

Outro modelo de edificação que segue esta mesma vertente é o haras condomínio, com
luxuosas instalações erguidas no campo em meio a convivência dos animais, sendo um
excelente negócio imobiliário, atraindo o público da cidade grande que buscam o sossego do
campo sem abrir mão de luxo e conforto. As figuras 13 e 14 mostram um luxuoso Haras
Condomínio em São Paulo, na cidade de Monte-Mor, demonstrando importante participação
do mundo equestre nos negócios imobiliários (GUERRA, 2009).

Figura 13: Condomínio Haras na cidade de Monte Mor, estado de São Paulo.

Fonte: Haras Larissa, 2016.

Figura 14: Condomínio Haras na cidade de Monte Mor, estado de São Paulo.

Fonte: Haras Larissa, 2016.


27

2.2. Centro hípico e Escola de Equitação

Um centro hípico com escola de equitação tem como objetivo formar cavaleiros e
amazonas em todas as atividades ligadas ao hipismo em suas variadas modalidades, clássico e
rural, avaliando sua postura, controle e equilíbrio sobre o cavalo (ESEQEX, 2016).
Nesta vertente, a estrutura é mais simples que a de um Haras, podendo contar apenas
com as pistas de salto, e picadeiro para treinamento, como na figura 15 e 16. É indispensável
também em sua estrutura, ao menos um pavilhão de baias para hospedagem de cavalos, local
para banho dos animais e vestiário para os alunos (CENTRO HÍPICO DO PARQUE, 2016).

Figura 15: Pista de salto na escola de Equitação de Brasília-DF

Fonte: Centro Hípico do Parque, 2012.

Figura 16: Picadeiro coberto na escola de equitação de Brasília-DF

Fonte: Centro Hípico do Parque, 2012.

Além da estrutura de treinamento com cavalos, uma escola de equitação deve


compreender estrutura física de salas de aula para ensinamentos teóricos, que ensinam as
noções básicas de montaria, e sobre o comportamento dos animais, fator extremamente
importante para desenvolvimento do aluno.
Algumas escolas de equitação contam ainda com uma estrutura mais sofisticada, como
na figura 17, a escola de equitação possui área de lazer, lanchonete, restaurante, secretaria
28

administrativa, loja de materiais hípicos e vestiários com armários individuais para o uso dos
alunos. Neste caso existem várias pistas de treinamento, que tem seu uso divididas pelo nível
técnico dos alunos (HIPICA CAP, 2016).

Figura 17: Escola de Equitação em São Bernardo do Campo, estado de São Paulo.

Fonte: Hipica Capi, 2016.

2.3. Centro de Equoterapia

Um Centro de Equoterapia é o espaço destinado a pratica terapêutica através da


equitação. Nestes centros, pessoas com traumas físicos ou mentais podem receber tratamentos
que tem como objetivo auxiliar em seu desenvolvimento biopsicossocial e melhoramento dos
movimentos físicos (SW BRASIL,2016).
A estrutura de um centro de Equoterapia deve contar com instalações necessárias para
desenvolvimento de atividades como equitação lúdica, equitação psicológica, além de salas de
aula. É importante que as instalações desta vertente hípica ofereçam acessibilidade, visto que
grande parte das pessoas que utilizam centros de Equoterapia possuem alguma limitação
física ou mental (FLORIANÓPOLIS, 2016).
As instalações adequadas para o desenvolvimento de atividades terapêuticas através da
equitação, devem respeitar algumas normas, levando sempre em consideração o manejo, o
trato, a hospedagem do animal, e etc. Sendo assim, existem alguns requisitos mínimos que
devem ser seguidos.
O local deve unir salas de aula e consultórios com o espaço hípico onde acontecem
algumas etapas da terapia, como se trata de uma instalação terapêutica que passa regularmente
por vistorias do conselho de medicina e outros órgãos, deve-se ter a preocupação em eliminar
todas as barreiras arquitetônicas que por qualquer motivo dificulte o acesso de pessoas com
limitações físicas ou mentais (PORTAL EDUCAÇÃO, 2016).
29

As instalações devem contar com baias para tratamento e armazenamento de animal,


sendo a medida ideal de 5 por 3,5 metros, e equipado com cocho de alimentação e água. O
deposito de ração e feno e o quarto de selas são os locais onde é armazenado o alimento dos
animais, e os equipamentos de equitação, respectivamente, sendo assim devem ser áreas secas
e arejadas, evitando a formação de bolor nos alimentos e fungos nos couros dos equipamentos
ali armazenados. A pista de atendimento é o local onde acontecem as terapias, o ideal é que o
centro tenha no mínimo uma pista coberta e uma ao ar livre (Figuras 18 e 19), suas medidas
mínimas devem ser de 20 por 40 metros, respeitando o limite de flexão da coluna do animal
ao realizar curvas, o piso deve ser de areia, grama, ou ainda de terra batida (PORTAL
EDUCAÇÃO, 2016).

Figura 18: Centro de Equoterapia em Florianópolis – SC, picadeiro coberto

Fonte: Equoterapia Florianópolis, 2016.

Figura 19: Centro de Equoterapia em Florianópolis – SC, picadeiro ao ar livre

Fonte: Equoterapia Florianópolis, 2016.

2.4. Centro Equestre

Centro Equestre é o espaço destinado ao desenvolvimento de atividades hípicas


esportivas, lazer ou comercial. Um Centro Equestre se diferencia do haras somente pelo fator
de que o haras, originalmente, é o espaço para criação e aprimoramento de raças, enquanto o
30

centro equestre tem como principal objetivo o desenvolvimento de atividades esportivas e


realização de eventos equestres.
Um centro equestre deve respeitar primeiramente a natureza do principal habitante
deste local, ou seja, o cavalo. Então, um projeto arquitetônico deste tipo deve buscar sempre
um equilíbrio entre a intervenção que será feita no ambiente, e a natureza do animal, para
assim oferecer condições adequadas de vida e manejo correto (BROOKS, 2016).
Durante o desenvolvimento do projeto de um centro equestre deve-se tomar cuidado
com alguns fatores em especial que são cruciais para o bom funcionamento tanto dos
estábulos quanto dos picadeiros cobertos, são eles o fluxo de ar, iluminação e posicionamento
em relação a brisa. As instalações equestres construídas em regiões mais quentes devem ser
de concreto, material que permite melhor conforto ambiental. Além disso, outra opção que
devemos adicionar sempre que possível em instalações de centros equestres são as aberturas
zenitais (Figura 20), que permitem através do efeito chaminé uma melhor troca de calor,
refrescando o ambiente, visto que, os cavalos suportam melhor o frio que o calor (BROOKS,
2014).

Figura 20: Estábulos arejados, com abertura zenital

Fonte: Arquitetura Equestre, 2016.

Seguindo o exemplo do Haras, alguns centros equestres também podem ser destinados
para múltiplas atividades, como é o caso deste que fica localizado em Caçapava, interior de
São Paulo, que conta com arquitetura rústica, aproveitando o verde natural do entorno. Como
pode ser visto na figura 21, a natureza está sempre presente em meio ao empreendimento.
Este centro equestre possui pistas profissionais onde acontecem eventos de hipismo rural,
estrutura completa de baias, farmácia veterinária, deposito de feno e ração e deposito de selas,
31

restaurante, loja de artesanato e uma agradável área de lazer (Figura 22) que permite vista
privilegiada da pista de competições (CANTO VERDE, 2016).

Figura 21: Rancho Canto Verde

Fonte: Rancho Canto Verde, 2016.

Figura 22: Área de lazer

Fonte: Rancho Canto Verde, 2016.

Assim como no caso dos haras, os centros equestres atualmente podem oferecer
diferentes tipos de serviços, como de hotelaria, SPA, moradia e espaços de lazer. Sendo
assim, a proposta apresentada no presente trabalho trata-se da implantação de um Centro
Equestre voltado para a realização de atividades hípicas esportivas e de lazer, dando ênfase
nas modalidades inclusas na vertente do hipismo rural, contemplando ainda espaços para
realização de confraternizações e outros eventos, servindo como opção para os amantes do
mundo equestre no estado de Rondônia, especialmente do hipismo rural, modalidades mais
comuns no estado.
32

3. LEGISLAÇÃO

Durante o desenvolvimento de um projeto arquitetônico deve-se levar em


consideração as diretrizes municipais, estaduais e federais relacionadas a construção civil. Em
edificações destinadas a áreas rurais como é o caso da monografia em questão, que propõe a
construção de um Centro Equestre na área rural do município de Ji-Paraná, as leis ambientais
devem merecer atenção especial, visto que preveem rígidas punições em caso de desrespeito
ás leis presentes nos Códigos Ambientais, Brasileiro e Municipal.

3.1. Licenciamento Ambiental

Para implantação de um centro equestre na zona rural de Ji-Paraná a liberação da


licença ambiental é a primeira etapa a ser realizada. Esta fase do projeto nada mais é, do que
um procedimento administrativo realizado para licenciar uma instalação, ampliação ou
operação de um empreendimento que possa causar degradação ao meio ambiente (FEPAM,
2016).
A responsabilidade de regulamentação e controle das licenças ambientais é
compartilhada pelos órgãos estaduais de Meio Ambiente e pelo Ibama, sendo que fazem
partes integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA). No entanto, o
IBAMA atua em maioria dos casos, apenas no caso de grandes projetos de infraestrutura que
possam causar impactos em mais de um estado, e também nas atividades do setor de gás e
petróleo (BRASIL, 2016).
As diretrizes principais para efetivar o licenciamento ambiental estão estabelecidas
pela lei Federal nº 6.938, de 31/08/1981 BRASIL, 1981), bem como nas resoluções do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 001/86 (BRASIL, 1968) e nº 237/97
(BRASIL, 1997).
Além das citadas acima, em 2011 entrou em vigor a Lei Complementar nº 140/2011,
que disserta sobre a competência estadual e federal para o licenciamento, levando em
consideração a localidade do empreendimento a ser licenciado (BRASIL, 2016)
Segundo a Lei Federal nº 6.938 de 1981, que estabeleceu a Política Nacional do Meio
Ambiente, é durante o licenciamento ambiental que são avaliados os impactos a natureza que
podem ser causados pelo empreendimento, suas etapas são; licença prévia – Esta deve ser
solicitada na fase de planejamento do projeto; licença de instalação – É a licença que autoriza
33

o início da implantação do projeto; licença de operação – Permite o funcionamento do


empreendimento. A solicitação para qualquer uma dessas licenças deve ser feita de acordo
com a fase que se encontra as atividades, sendo necessárias novas solicitações sempre que
houver alterações no projeto (BRASIL, 1981).
A lei complementar nº 001/86 do CONAMA é uma resolução que estabelece as
definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental de um empreendimento. Segundo esta
resolução, é considerado impacto ambiental qualquer estrutura que de alguma forma altere a
propriedade física, química ou biológica do meio ambiente, que afete diretamente ou
indiretamente a saúde e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota;
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais
(CONAMA, 1986).

3.2. Diretrizes municipais

Da elaboração e execução do projeto, segundo o artigo 3º do Código Municipal de


Obras, Lei nº 18/83 (JI-PARANÁ, 2003), o projeto deve ser elaborado por um profissional
devidamente habilitado e registrado no CREA ou CAU da 24º região, para projetar, orientar e
executar obras no município de Ji-Paraná. O processo de liberação para a construção é tratado
no artigo 12º, onde diz que, qualquer construção civil deverá passar pelos processos de
aprovação e de licenciamento, sendo estes sendo requeridos simultaneamente.
Segundo o Plano Diretor de Ji-Paraná, Lei nº 2187/2011 (JI-PAANÁ, 2011), a área
escolhida para implantação do centro equestre fica em setor rural, sendo fora das áreas de
zoneamento urbano, sendo assim, não incide os índices de aprovação de projetos.
Ainda com base no Plano Diretor Municipal, pode-se conferir no Art. 33 as diretrizes
da política de meio ambiente, a qual se relaciona com o referido projeto no que se diz a
utilização de lagos e lagoas em projetos paisagísticos, e do reflorestamento de suas margens,
bem como a preservação de área de proteção permanente, é crime ambiental gravíssimo o
desmatamento de margens de rios e igarapés, bem como escavações e edificações nas mesmas
(JI-PARANÁ, 2011).
Também se configura crime ambiental gravíssimo, segundo o Art. 152 do Código
Ambiental Municipal, Lei nº 1113/2001 (JI-PARANÁ, 2001), uma atividade bastante comum
no município de Ji-Paraná, que é lançar resíduos de esgotos “in natura” em corpos d’água,
34

provenientes de edificações com mais de 100 (cem) pessoas. Sendo necessário para estes
estabelecimentos a instalação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (E.T.E.).

3.3. Áreas de Proteção Permanentes

Com relação as áreas de vegetação nativa existente no local, deve-se projetar com
respeito à Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 do Código Florestal Brasileiro, a qual
estabelece regras sobre a preservação do meio ambiente em todo território nacional. A lei tem
como objetivo criar um programa de desenvolvimento sustentável, visando manter a
integridade da vegetação nativa, do solo, recursos hídricos e o controle climático (BRASIL,
2012).
Tanto em áreas rurais como em áreas urbanas, logo no momento em que se tem
conhecimento do terreno a ser construído, deve-se fazer um estudo para constatar a existência
de áreas de preservação permanente (APP) nas proximidades da obra a ser executada.
As APP são áreas especiais onde fica expressamente proibido a construção civil,
desmatamento ou qualquer outro tipo de alteração ao ambiente natural. O artigo 4º do Código
Florestal Brasileiro (2012) trata sobre as APP, dissertando sobre o que define ou não uma área
de proteção.
Essas áreas são geralmente margens e nascentes de rios ou igarapés, onde a área de
preservação é proporcional a largura do curso da água, sendo; trinta metros para cursos com
menos de dez metros de largura; cinquenta metros para cursos que vão de dez a cinquenta
metros de largura; cem metros para cursos que tenham de cinquenta a duzentos metros de
largura; duzentos metros para cursos que tenham de duzentos a seiscentos metros de largura; e
quinhentos metros para cursos superiores a seiscentos metros de largura. Também são
consideradas APPs, áreas com declive superior a 45º, terrenos erosivos ou que ofereça risco
de desmoronamento, dentre vários outros tipos de situações (BRASIL, 2012).

3.4. Proteção aos animais

Das diretrizes nacionais para projetos rurais, em especial as instalações que abrigam
animais equinos, como é o foco principal da proposta apresentada neste trabalho, devem
seguir regras de dimensionamento, pisos e revestimentos adequados, preparando o ambiente
para receber o animal de forma com que não ofenda sua integridade física e mental.
35

De acordo com a Lei Federal n° 9.605, que disserta sobre crimes ambientais (BRASIL,
1998), a qual trata sobre atividades lesivas ao meio ambiente, praticar ato de abuso e maus-
tratos a animais é crime, caso o ato seja confirmado, a pena é de detenção de três meses a um
ano além de multa.

3.5. Acessibilidade

Com relação aos cuidados arquitetônicos que uma edificação projetada para receber
atletas, público e funcionários em geral, deve-se levar em consideração todas as normas de
acessibilidade a edificações, mobiliários e equipamentos urbanos de acordo com as exigências
da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
A norma que define os aspectos relacionados às condições de acessibilidade em
meios urbanos e em edificações, estabelecendo critérios técnicos a serem utilizados em um
projeto arquitetônico e urbanístico é a NBR-9050, que foi elaborada visando legar aos
equipamentos urbanos e a edificações as condições de inclusão e acessibilidade, permitindo
que qualquer indivíduo possa ter acesso ao estabelecimento de forma digna. A NBR-9050
passou por algumas revisões ao longo do tempo, e atualmente segue a última atualização que
está em vigor desde 2015, portanto, todos caminhos, acessos e equipamentos do Centro
Equestre foram projetados de forma a respeitas as exigências da norma (ABNT, 2015).
36

4. REFERÊNCIAIS ARQUITETÔNICO

4.1. Referências Internacionais

4.1.1. Centro Equestre Leça da Palmeira

Localizado em Leça da Palmeira, Portugal, o centro equestre projetado pelos


arquitetos Carlos Castanheiras e Clara Bastai teve como principal desafio a exigência dos
proprietários em utilizar a madeira em todo o projeto, desde a estrutura, até em divisórias,
paredes e tetos. O resultado é o que podemos ver na figura 23 e 24, que representa o interior
dos dois picadeiros cobertos (ARCHDAILY, 2015).

Figura 23: Picadeiro de apoio

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 24: Interior do picadeiro principal

Fonte: Archdaily, 2015.


37

Este foi o primeiro trabalho dos arquitetos Carlos Castanheiras e Clara Bastai que tem
como abordagem principal o tema equestre, e segundo eles, o arquiteto deve entrar a fundo na
vida dos habitantes quando exerce essa profissão, para então saber tudo da sua intimidade, do
que gostam e do que não gostam, não importando quem são eles, seres humanos ou não. Com
este ponto de vista, tudo neste projeto foi dimensionado pensando exclusivamente no bem-
estar animal, como podemos ver o celeiro na figura 25 (ARCHDAILY, 2015).

Figura 25: Celeiro

Fonte: Archdaily, 2015.

O centro equestre possui em sua área interna um grande estabulo em madeira com dois
picadeiros cobertos, um celeiro para abrigo dos animais e uma sede social administrativa,
também em madeira. Todos os detalhes foram pensados para oferecer conforto e bem-estar
aos verdadeiros habitantes do local, o cavalo. Então, para isso o arquiteto teve obrigação de
dialogar com quem conhece e trabalha com equinos, para assim entender mais a fundo as
necessidades deste animal. Nas figuras 26 e 27, que representam o celeiro, pode-se notar que
tanto as paredes internas quanto as externas das baias possuem aberturas em meia altura,
criando assim um maior o campo de visão ao cavalo e permitindo seu relacionamento com os
animais que habitam as baias vizinhas e vista para o entorno da edificação, o que proporciona
maior sensação de liberdade (ARCHDAILY, 2015).
38

Figura 26: Corte do Celeiro

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 27: Interior do celeiro, detalhe das baias

Fonte: Archdaily, 2015.

A estrutura foi criada de forma a permitir o máximo de aproveitamento dos fatores


externos, como iluminação e ventilação natural, como podemos conferir os detalhes nas
imagens 28, 29 e 30 (ARCHDAILY, 2015).
39

Figura 28: Detalhe da cobertura com grandes claraboias

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 29: Picadeiro principal

Fonte: Archdaily, 2015.


40

Figura 30: Picadeiro principal, interior.

Fonte: Archdaily, 2015.

O Centro Equestre é um espaço onde se vive com, e para os cavalos. Tudo deve ser em
sua função e conforto. Os espaços internos são para proporcionar proteção devido fatores
climáticos e melhor manejo, porém seu habitat natural é a área externa, e este espaço jamais
pode deixar de ser explorado. Então, o centro equestre conta com uma pista de treino (figura
31), uma pista de salto e ainda um picadeiro ao ar livre (Figura 32) para competições de
hipismo clássico (ARCHDAILY, 2015).

Figura 31: Área de treinamento ao ar livre

Fonte: Archdaily, 2015.


41

Figura 32 - Picadeiro ao ar livre

Fonte: Archdaily, 2015.

Podemos conferir na figura 33 uma visão da edificação do círculo mecânico


construído em pedras, com estrutura e cobertura em madeira. As figuras 34 e 35 representam
a planta baixa do edifício principal e a planta de implantação geral do Centro Equestre Leça
da Palmeira, onde pode-se compreender a organização dos ambientes e a disposição das
edificações no terreno.

Figura 33: Circulo mecânico

Fonte: Archdaily, 2015.


42

Figura 34: Planta baixa do edifício principal

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 35: Implantação geral

Fonte: Archdaily, 2015.


43

4.1.2. Centro Equestre Merrick Stables

Localizado na Península de Mornington, sul de Melbourne, os escritórios Seth Stein


Architects e Watson Architecture foram contratados para projetar este centro equestre na
capital da Austrália. A preocupação principal do cliente foi estabelecer um esquema funcional
e prático que entrasse em harmonia com a paisagem natural por meio da sua arquitetura,
dando preferência a materiais sustentáveis, e ainda aproveitando a topografia montanhosa do
terreno como representado na figura 36 (ARCHITIZER, 2016).

Figura 36: Centro Equestre Merrick Stables

Fonte: Architizer, 2016.

Com um design contemporâneo, as instalações estão dispostas em forma de um


semicírculo, como pode ser visto na figura 37, o que resulta em um plano de modo que todas
atividades ficam voltadas para uma área central, onde fica o picadeiro principal. A estrutura
do centro equestre conta com estábulos fechados (Figura 38) com capacidade para seis
cavalos, além de depósitos de celas e de feno, garagem para trailer, oficina, lavanderia, suíte
do casal, uma pista de treinamento em grama (Figura 39) e uma pista de competição em areia,
como na figura 40. A planta baixa do edificio está pode ser objservada na figura 41
(ARCHITIZER, 2016).
44

Figura 37: Vista externa das baias

Fonte: Architizer, 2016.

Figura 38: Vista interna das baias

Fonte: Architizer, 2016.

Figura 39: Picadeiro em grama

Fonte: Architizer, 2016.


45

Figura 40: Picadeiro de competição

Fonte: Architizer, 2016.

Figura 41: Planta Baixa

Fonte: Architizer, 2016.

A parede externa do prédio, detalhada na figura 42 é construída em taipa e concreto, e


termina em uma piscina rasa de água azul turquesa (Figura 43) e fundo em pedra tipo seixo
rolado, onde os animais se refrescam e bebem água, como representado na figura 44, sendo
reabastecida por uma forte cascata (ARCHITIZER, 2016).
A cobertura é em zinco, visto a distância tem forma de J, possui 1.260 m², e é
equipada para reter as águas pluviais, armazenando-as em tanques subterrâneos, e utilizando
para abastecer alguns setores do centro equestre. (ARCHDAILY, 2016).
46

Figura 42: Parede em concreto e taipa

Fonte: Architizer, 2016.

Figura 43: Piscina para uso dos animais

Fonte: Architizer, 2016.

Figura 44: Cavalo se refrescando na piscina

Fonte: Architizer, 2016.


47

4.1.3. Centro Hípico Ultzama


O complexo (Figura 45) está localizado em Zenotz, norte de Navarra, Espanha no
Valle de la Ultzama, um vale de colinas suaves, porém robustas, onde o pasto verde
proporciona uma alteração de cor dependendo da estação do ano. O projeto que tem autoria
do arquiteto Francisco Mangado foi implantado em 2008, abrangendo uma área de 5200 m²
(ARCHDAILY, 2015).

Figura 45: Centro Hípico de Ultzama

Fonte: Archdaily, 2015.

A edificação do centro hípico de Ultzama conta com uma estrutura de grande volume
em meio a um vale de colinas isolado. Desta forma, surge o sistema produtivo onde o
agricultor deve dividir sua residência com a família e os animais, um sistema que remete
genuinamente a arquitetura de Navarra. O complexo hípico de alto rendimento de Ultzama
(Figura 46) surge a partir deste contexto, sendo um complexo dedicado ao adestramento do
hipismo clássico na Espanha (ARCHDAILY, 2015).

Figura 46: Complexo de adestramento

Fonte: Archdaily, 2015.


48

O princípio utilizado no desenvolvimento do projeto está ligado com a volumetria


clara, uma forma de relacionar a edificação com o entorno. Uma clareza que está presente
tanto no projeto, como na organização externa ao empreendimento. Desta forma, as
residências dos trabalhadores e dos treinadores do complexo não se diferenciam da volumetria
padrão da edificação, já que qualquer mudança significaria uma visão nada compatível com a
paisagem natural do vale. Os materiais são basicamente compostos por chapas de alumínio
em toda edificação, tendo detalhes e esquadrias em madeira de carvalho (Figura 47), essa
combinação permite que se utilize os mesmos materiais tanto na marcenaria quanto nos
revestimentos verticais e pisos (ARCHDAILY, 2015).

Figura 47: Revestimento em alumínio e madeira nas esquadrias

Fonte: Archdaily, 2015.

A organização é simples, um grande galpão com dois pisos comporta os estábulos


(Figura 48) e as moradias dos trabalhadores no segundo pavimento (Figura 49).
Paralelamente, conecta-se outro grande galpão perpendicular com o primeiro, onde comporta
uma pista olímpica de treinamento (Figura 50), a moradia dos proprietários, uma área de estar
e formação para cavaleiros. O projeto paisagístico segue as diretrizes de preservação do lugar.
Os lotes são divididos por cercas feitas em carvalho, seguindo uma linha perpendicular ao rio
Ultzama (ARCHDAILY, 2015).
49

Figura 48: Interior do Estábulo

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 49: Galpão moradia dos trabalhadores e Estábulo

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 50: Pista Olímpica

Fonte: Archdaily, 2015.


50

As figuras 51, 52 representam as fachadas sul e norte, respectivamente. A figura 53


compreende a planta baixa do pavimento térreo e seus entornos, e a figura 54 a planta baixa
do primeiro pavimento, que comporta a moradia dos funcionários.

Figura 51: Fachada Sul

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 52: Fachada Norte

Fonte: Archdaily, 2015.


51

Figura 53: Planta baixa térreo

Fonte: Archdaily, 2015.

Figura 54: Planta baixa pavimento Superior

Fonte: Archdaily, 2015.


52

4.2. REFERÊNCIAS NACIONAIS

4.2.1. Centro Hípico e Haras Polana

Com arquitetura de Mauro Munhoz, o centro Hípico e Haras Polana, representado na


figura 55 é localizado na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais, entre os municípios
de Campos do Jordão – SP e São bento da Sapucaí - MG, suas obras foram concluídas, parte
em 2004 e outra parte em 2008, e um novo pavilhão com arquibancadas foi implantado em
2010. A ideia do Arquiteto Mauro Munhoz e do seu cliente, foi quebrar as tipologias
tradicionais para este tipo de construção, implantando inovações inéditas ao projeto, unindo
tecnologia com arquitetura rural em um vale montanhoso, a 1.400 m de altitude (ARCOWEB,
2005).

Figura 55: Haras Polana

Fonte: Arcoweb, 2005.

O espaço é destinado para a criação de cavalos Árabes e a prática de Hipismo


Clássico. As instalações contam com estrutura de restaurante, sede social, casa do treinador,
espaço para prática esportiva e quatro pavilhões dispostos em forma de trapézio, a angulação
entre os pavilhões paralelos é de 45 graus e com relação a seu complementar, de 125 graus.
Cada pavilhão (Figura 56) possui divisões diferentes, sendo que no total são 25 baias, 04
depósitos de selas e equipamentos, duas maternidades e um brete. O Haras Polana foi
construído aos fundos de um vale, sua arquitetura divide espaço com florestas de araucária da
serra da Mantiqueira (ARCOWEB, 2005).
53

Figura 56: Pavilhão de baias

Fonte: Arcoweb, 2005.

O Centro Hípico Polana tem uma proposta inovadora, seu diferencial é a união entre
natureza e tecnologia. As baias possuem fechamento de alvenaria até 1,40 m de altura,
valorizando assim o campo de visão do animal, a partir dessa altura o fechamento é feito com
barras de aço. A estrutura das baias possui telhado com varanda frontal em um balanço de
quatro metros (Figura 57), o forro de madeira é equipado com borrifadores, que ao espirrar
água diminui a temperatura das baias, contribuindo para melhor conforto ambiental para o
cavalo (ARCOWEB, 2005).

Figura 57: Detalhe das baias

Fonte: Arcoweb, 2005.

O piso também é especial, como visto na figura 58, e conta com uma camada de tinta
emborrachada que tem como objetivo diminuir o atrito do casco do cavalo com o concreto,
evitando o desgaste do mesmo (ARCOWEB, 2005).
54

Figura 58: Centro dos Pavilhões

Fonte: Haiah, 2016.

O espaço é de 205.700m², com 2.260m² de construção, e um pavilhão em madeira com


1.100 m² (Figura 59). O pavilhão em madeira laminada colada (Figura 60) foi construído em
2010 e abriga as arquibancadas para a área de leilão do Haras, a cobertura possui um balanço
de 12 metros (CONSTRUTURA ITA, 2016).

Figura 59: Pavilhão em MLC

Fonte: Madeira e Construção, 2016.


55

Figura 60: Projeto do pavilhão

Fonte - Madeira e Construção, 2016.

O projeto do Haras Polana revela através da arquitetura a integração do universo


equino com a natureza, aproveitando a topografia em desnível da serra da Mantiqueira e a
vegetação natural (Figura 61), com edificações pensadas especialmente para o Equino, feita
com técnica e sensibilidade (ARCOWEB, 2005)

Figura 61: Terreno em desnível

Fonte: Arcoweb, 2005.


56

4.2.2. Haras Larissa


O Haras Larissa (Figura 62) é um empreendimento de alto padrão localizado no
município de Monte Mor, a 122 km da capital São Paulo. O complexo reúne em um mesmo
espaço opções para diversas atividades, proporcionando um perfeito equilíbrio entre a
natureza e sofisticação. A proposta do Haras Larissa é garantir qualidade de vida para as
pessoas mais exigentes, garantindo luxo e conforto sem abrir mão da tranquilidade e liberdade
proporcionada pela vida no campo (HARAS LARISSA, 2016).

Figura 62: Sede do Haras Larissa

Fonte: Haras Larissa, 2016.

A fazenda, que existe a mais de 40 anos, sempre teve como principal atividade
econômica o Haras voltado para criação de cavalos Puro Sangue Inglês. Com o passar do
tempo o Haras se transformou em um hotel pousada (Figura 63) com arquitetura inspirada em
um verdadeiro countryside inglês, projetado pelo Arquiteto Marcos Tomanik. Atualmente as
pastagens foram loteadas, dando início a um luxuoso condomínio residencial onde os
moradores podem levar um estilo de vida de campo com luxo e harmonia com a natureza
(HARAS LARISSA, 2016).

Figura 63: Interior do Hotel

Fonte: 40 Forever, 2012.


57

Suas instalações contam com uma completa infraestrutura para desenvolvimento de


atividades hípicas de todos os estilos, desde o Hipismo Clássico e Rural, até academia de Polo
(Figura 64), além de quadras de Tênis e campo de Golfe projetado pelo course designer Dan
Blankenship.

Figura 64: Tifton de Polo

Fonte: 40 Forever, 2012.

O centro hípico pode ser visto na imagem 65, é composto por um estábulo com 104
baias completas (Figura 66), depósitos de selas e de feno, farmácia e clínica veterinária,
picadeiro ao ar livre em grama e areia, e picadeiro coberto completo (Figura 67), sendo todos
equipamentos com medidas oficiais para competições.

Figura 65: Centro Hípico do Haras Larissa

Fonte: 40 Forever, 2012.


58

Figura 66: Estábulo

Fonte: 40 Forever, 2012.

Figura 67: Picadeiro Coberto

Fonte: 40 Forever, 2012.

Outra curiosidade do Haras Larissa é que mesmo sendo loteado e se tornado um


condomínio residencial, as atividades rurais não foram extintas. O Haras conta com uma
fazenda (Figura 68) para criação de vacas leiteiras, oferecendo para os moradores um
ambiente com um ar que remete ainda mais à vida no campo.

Figura 68: Fazenda de leite do Haras Larissa

Fonte: Haras Larissa, 2016.


59

4.2.3. Centro Equestre Rancho Canto Verde

Iniciado suas atividades em 1988 no município de Caçapava, São Paulo. O espaço que
foi idealizado, criado e ainda hoje é administrado por uma família, possui arquitetura rústica e
bastante agradável, como pode ser visto na figura 69, a natureza está presente por todos os
lados em meio ao empreendimento.

Figura 69: Rancho Canto Verde

Fonte: Canto Verde

A proposta inicial do rancho Canto Verde foi a implantação de um centro para criação
de cavalos da raça Manga Larga, tempo depois iniciaram as competições de hipismo rural, e
hoje em dia funciona como uma grande estrutura de restaurante (Figura 70 e 71), escola de
equitação, adestramento de cavalos e espaço para treinamento, lazer e churrasqueiras (Figura
72 e 73). O Rancho Canto Verde foi construído para ser um lugar que possa receber turistas
de forma aconchegante, proporcionando um belo visual com clima tranquilo, e oferecendo a
pratica esportiva em meio a natureza (RANCHO CANTO VERDE, 2016).

Figura 70: Vista externa restaurante

Fonte: Canto Verde, 2016


60

Figura 71: Vista interna restaurante

Fonte: Canto Verde, 2016

Figura 72: Área de lazer

Fonte: Canto Verde, 2016

Figura 73: Área de lazer 02

Fonte: Canto Verde, 2016


61

5. PROPOSTA

O projeto em questão propõe a implantação do Hangar Ranch, um Centro Equestre


voltado para o desenvolvimento de práticas esportivas a cavalo, na zona rural do Munícipio de
Ji-Paraná, região Centro Leste do Estado de Rondônia.
O Centro Equestre proposto neste projeto conta com a estrutura necessária para a
prática esportiva da Equitação, suprindo todas as necessidades básicas e especiais para o
desenvolvimento deste tipo de atividade, permitindo ainda a realização eventos esportivos,
direcionado especialmente às modalidades do Hipismo Rural, prática hípica mais comum na
região do empreendimento, sempre respeitando a natureza do Cavalo e levando em
consideração condições ideais de segurança e conforto para o público e demais usuários do
Centro.
A cidade de Ji-Paraná foi adotada para este projeto pois conta com um grande número
de atletas que praticam o Hipismo Rural em suas variadas modalidades, principalmente em
Provas de Laço e Provas de Tambor. Além de acontecerem, com frequência neste município,
eventos esportivos que atraem atletas de todo o Estado, principalmente pela localização
privilegiada, na região Central de Rondônia. Porém, apesar dos fatores apontados, o
município de Ji-Paraná ainda não possui um local adequado para o desenvolvimento de tais
atividades, necessitando assim de estruturas provisórias, montadas apenas para os dias do
evento, o que não garante um nível de conforto e qualidade satisfatório para os visitantes,
atletas e acima de tudo aos animais.

5.1. Estudo de Caso do Sítio

A área de implantação de um centro equestre deve ser pensada de modo que


garanta em primeiro lugar o bem-estar do cavalo. Sendo assim, o terreno adotado para
implantação do Hangar Ranch fica localizado na Zona Rural do Município de Ji-Paraná,
desta forma, a edificação está situada em um local rodeado por elementos naturais do
ambiente, espaços verdes e com grandes áreas de pastagens, sendo afastado das zonas
habitacionais, porém, em localização privilegiada quando se trata dos acessos, o que
garante facilidade de transito por vias públicas, levando em consideração a necessidade de
fácil deslocamento para hospitais em casos de emergência.
62

5.1.1. Tendo como base tais premissas, o terreno adotado está localizado a 3,0 Km do
aeroporto José Coleto, no KM 3,5, onde atualmente funciona o centro de treinamento
de Hipismo Rural Hangar Ranch, representado nos mapas 1 e 2, respectivamente.

Mapa 1 - Mapa do entorno e principais acessos.

Sem Escala
Fonte - Google Maps, modificado pelo autor, 2017.

O Terreno em sua área total possui 12,1 hectares (121.000 m²), sendo a maior parte
dela composta por piquetes de pasto verde, além de uma represa e dois pequenos lagos. O
acesso principal é feito através da Avenida Brasil, seguindo pela “Estrada do Aeroporto”, que
fica a cerca de três quilômetros de distância da propriedade.

Mapa 2 - Terreno Hangar Ranch

Sem Escala
Fonte - Google Maps, modificado pelo autor, 2017.
63

Por ser localizado na zona rural do município de Ji-Paraná, a localidade do terreno está
fora das áreas de zoneamento demarcadas pela Prefeitura Municipal, sendo assim, não incide
os índices para aprovação de projetos.
Na situação atual o local é administrado por uma associação de atletas hípicos de Ji-
Paraná e é utilizado para treinamentos pelo quatro vezes por semana, além de receber
eventualmente competições de prova de laço da modalidade Team Roping, onde toda a
estrutura para receber atletas e visitantes é provisória, através de tendas, banheiros químicos e
etc., que precisam ser alugados e montados no local (Figura 74).
Como o principal acesso ao terreno se dá através da estrada popularmente conhecida
como “Estrada do Aeroporto”, o rancho foi denominado pelos atletas que lá praticam seus
treinamentos como “Hangar Ranch”, fazendo assim uma alusão às estruturas utilizadas em
aeroportos, denominação que, como forma de homenagem, batiza o projeto do novo Centro
Equestre a ser implantado.

Figura 74: Prova de laço no Hangar Ranch

Fonte: Vip Festa, 2015.

As edificações existentes no centro de treinamento são bastantes precárias. O Hangar


Ranch é composto por construções concebidas sem projeto e/ou acompanhamento técnico,
resultando em edificações que não atendem os requisitos necessários para proporcionar
conforto e comodidade a quem utiliza o ambiente, principalmente os animais, não dispondo
de espaços para o manejo adequado dos mesmos (Figura 75), bem como estrutura para
acomodar os atletas e visitantes.
64

Figura 75: Falta de espaço adequado para manejo dos animais.

Fonte: Vip Festa, 2015.

Sua estrutura é composta por uma arena de treinamentos (Figura 76), medindo 70 m
de comprimento por 45 m de largura, um estábulo em madeira com baias de hospedagem para
10 cavalos (Figura 77), depósito de feno, uma pequena farmácia veterinária e uma área em
alvenaria com banheiro, churrasqueira e um deck com piso em madeira.
O presente trabalho propõe um projeto totalmente novo para todos os ambientes, não
utilizando as edificações existentes no local.

Figura 76: Arena de treinamento

Fonte: Obtida através de pesquisa a campo junto a membros da administração do centro, 2016.
65

Figura 77: Estábulo

Fonte: Acervo Pessoal, 2016.

5.2. Programa de Necessidades

De acordo com conhecimento adquirido durante o desenvolvimento deste trabalho,


agregando com pesquisas realizadas em bancos de dados digitais e novas visitas em campo,
foi desenvolvido o programa de necessidades para a proposta de implantação do centro
equestre Hangar Ranch, em Ji-Paraná/RO.
Através do comparativo entre as edificações que foram referenciadas neste trabalho,
foi criado a tabela 01, a qual serviu como parâmetro para a elaboração do programa de
necessidades do projeto.

Tabela 1: Comparativo entre as referencias


HARAS LEÇA DA HARAS MERRICK CANTO
SETOR ABIENTE ULTZAMA
POLANA PALMEIRA LARISSA STABLES VERDE
BAR/RESTAURANTE √ Ø √ Ø √ √
ÁREA DE LAZER √ √ √ Ø √ √
SETOR DE ESTACIONAMENTO √ √ √ √ √ √
CONVIVÊNCIA SANITÁRIOS √ √ √ √ √ √
ESPAÇO PARA
√ Ø √ Ø Ø Ø
EVENTOS
ESTÁBULO √ √ √ √ √ √
ÁREA DE BANHO √ √ √ √ √ √
ESCRITÓRIO √ √ √ √ √ √
DEPÓSITO DE FENO √ √ √ √ √ √
DEPÓSITO DE
√ √ √ √ √ √
SETOR EQUIPAMENTOS
TÉCNICO FARMÁCIA
Ø Ø √ √ Ø √
VETERINÁRIO
ESCOLA DE
√ Ø Ø Ø √ √
EQUITAÇÃO
HOTEL Ø Ø √ Ø Ø Ø
LABORATÓRIO √ Ø √ Ø Ø √
ARENA COBERTA Ø √ √ Ø Ø √
SETOR ARENA DE APOIO Ø √ √ Ø Ø √
ESPORTIVO REDONDEL √ √ √ Ø √ √
VESTIÁRIOS √ √ √ Ø Ø Ø
Fonte: Elaborado pelo autor, 2017.
66

Os setores que podem ser observados na Tabela 01 são divididos em três, sendo eles: o
setor de conveniência; setor técnico; e o setor de competições.
A Tabela 02 representa o estábulo: área limitada aos atletas, funcionários e animais,
onde ficarão hospedados os animais e armazenados alimentos, equipamentos e ferramentas
necessárias à manutenção diária do Centro Equestre, além de sala de administração e sala do
veterinário; A tabela 03 representa o setor de conveniência, espaço destinado a receber o
público em geral, visitantes e expectadores; e a Tabela 04 representa o Setor de Competições;
compreendendo os espaços exclusivos para a prática esportiva do hipismo rural, tendo arena
coberta com arquibancadas, arenas de apoio, piquetes e redondel, vestiários e sala de apoio,
garantindo todos os requisitos necessários para desenvolvimento de tais atividades, bem como
arquibancadas cobertas para os expectadores.

Tabela 2: Estábulo
ESTÁBULO
ESPAÇO DESCRIÇÃO QUANTIDADE ÁREA
16 m² cada,
O “quarto do cavalo”, espaço para o
BAIAS 16 baias totalizando
repouso do animal.
256 m²
Oferece espaço para banho e
ÁREA DE BANHO 01 Unidade 16,60 m²
relaxamento do animal.
Área administrativa do Centro
ESCRITÓRIO 01 Unidade 10,51 m²
Equestre.
Armazenamento do principal produto
DEPÓSITO DE FENO 01 Unidade 28 m²
utilizado na alimentação de cavalos.
Espaço para utilização dos atletas que
DEPÓSITO DE treinam com frequência no Centro,
01 Unidade 15 m²
EQUIPAMENTOS onde ficam guardados equipamentos e
selas utilizados pelos mesmos.
Depósito para ferramentas e
DEPÓSITO GERAL equipamentos utilizados na 01 Unidade 9,30 m²
manutenção diária do Centro Equestre.
Espaço para armazenamento de
SALA DO remédios e equipamentos utilizados
01 Unidade 14,66 m²
VETERINARIO por um médico veterinário durante
treinamentos e competições.
HALL E
Área de circulação e Hall - 148,61 m²
CIRCULAÇÃO
TOTAL: 434,68 m²
Fonte: Elaborada pelo Autor, 2017.
67

Tabela 3: Setor de Conveniência


SETOR DE CONVENIÊNCIA
ESPAÇO DESCRIÇÃO QUANTIDADE ÁREA
RESTAURANTE / Restaurante com área de churrasqueira
01 Unidade 342,15 m²
CHURRASQUEIRA em anexo.
Espaço ao ar livre compreendendo
PRAÇA toda lateral direita da arena, com 01 Unidade 1.879,36 m²
acesso ao restaurante e ao estábulo.
88 vagas para automóveis,
Para uso de funcionários, atletas e
sendo 4% das vagas destinada a
visitantes, tendo também espaço para
portadores de necessidades
carga e descarga de animais, área de
ESTACIONAMENTO especiais, e 9% destinadas a 1.550,70 m²
manobra de trailer e caminhões, bem
idosos. Para motocicletas são
como espaço para estacionamento dos
reservadas 32 vagas.
mesmos.
02 Unidades, sendo um
Anexo ao restaurante – Tendo
masculino e um feminino, tendo
SANITÁRIOS masculino e feminino, dispondo de 48,02 m²
24,01 m² cada, e possuindo 07
acessibilidade.
boxes de banheiro cada um.
TOTAL: 3.725,73 m²
Fonte: Elaborada pelo Autor, 2017.

Tabela 4: Setor de Competição


SETOR DE COMPETIÇÃO
ESPAÇO DESCRIÇÃO QUANTIDADE ÁREA
Arena coberta destinada à competição
ARENA PRINCIPAL de esportes hípicos com capacidade
01 Unidade 5.945 m²
COBERTA para receber todas modalidades de
hipismo rural.
Dentro da Arena coberta, com
ARQUIBANCADAS 01 305.86 m²
capacidade para 445 pessoas.
Arena de tamanho reduzido, sem
cobertura e com piso misto de grama e
ARENA DE APOIO areia, com acesso a área de carga e 01 Unidade 859,71 m²
descarga do estacionamento e para a
arena principal.
Espaço ocupado pela organização
ÁREA PARA JUÍZES E
durante os eventos, onde ficam os
ORGANIZADORES DO 01 Unidade 26,50 m²
locutores, juízes e demais membros da
EVENTO
comissão, além de imprensa em geral.
Círculo cercado, com 8m de
circunferência e piso em terra batida,
REDONDEL anexo à arena de apoio, para 01 Unidade 201,06 m²
aquecimento e relaxamento dos
animais.
02 Unidades, sendo um
Para uso de atletas e treinadores, com masculino e um feminino, tendo
VESTIÁRIOS 86.97 m²
banheiros e armários. 36.26 m² de área interna cada
um.
Local para uso dos atletas durante as
SALA DE APOIO competições, para concentração, 01 Unidade 36.26 m²
descanso e etc.
Espaço para atendimento de primeiros
socorros em caso de acidentes ou
AMBULATÓRIO eventualidades, servindo para 01 Unidade 16 m²
competidores e para o público em
geral.
TOTAL: 7.477,36 m²
Fonte: Elaborada pelo Autor, 2017.
68

5.2.1. Aspectos Conceituais

Levando em consideração os benefícios proporcionados a saúde pela prática da


equitação, bem como proporcionar o contato do homem com a natureza, o projeto em questão
visa utilizar a arquitetura equestre como ferramenta para promover esta relação. Propõe-se
então a implantação de um Centro Equestre com Arquitetura Rústica, em meio ao ambiente
natural da zona rural, mas sem deixar de lado o conforto, sofisticação e a comodidade para
total satisfação dos utilizadores.
Por intermédio da simplicidade e eficiência da Arquitetura Rural, a proposta para o
desenvolvimento do projeto do Centro Equestre, visa relembrar esteticamente o estilo de vida
na fazenda, revivendo aos atletas e visitantes a essência cultural da vida no campo que muitos
viveram ao chegar no estado de Rondônia.
Constatou-se que ocorreu um distanciamento das pessoas que trabalham ou praticam
esportes no campo da essência daquilo que constituía a vida nas áreas rurais, sendo que ao
promover um reencontro destes com as estruturas rurais utilizadas há muito tempo, alcança-se
a reconciliação do conceito histórico que forjou o caráter do homem do campo ou do
esportista que pratica atividades relacionadas ao campo, com o atual momento do
desenvolvimento. Haja vista que é difícil imaginar um caminhar distanciado da história, com
o atual estágio da modernidade, uma vez que os marcos antigos sempre hão de nortear a
atuação dos envolvidos nas atividades rurais, ainda mais no estado de Rondônia, onde as
principais atividades econômicas estão ligadas ao Agronegócio.
O logotipo utilizado para representar o Centro Equestre Hangar Ranch, demonstra a
união dos objetivos que se deseja atingir com este trabalho, onde a arte representa a cabeça de
um cavalo, objeto principal do tema, com suas crinas em formato de folhas de árvore,
objetivando unir a natureza do ambiente com o homem através da equitação, devolvendo a
verdadeira essência do homem do campo, está representado na figura 78.

Figura 78: Logotipo desenvolvido para representar o Hangar Ranch.

Fonte: Desenvolvido pelo próprio autor, 2016.


69

As edificações do centro equestre serão implantadas de forma a acompanhar a


topografia local, distribuindo os setores individualmente pelo terreno. Como as edificações do
centro equestre são independentes, não causam grandes interferências na eficiência dos fluxos
de ventos, permitindo ainda que as construções possam interagir com o ambiente natural,
contribuindo assim para a tão procurada relação com a natureza, preservando em meio as
edificações árvores e vegetações que compõem o ambiente, interligando os setores através de
caminhos arborizados.
Como característica comum nestes tipos de construções, o partido arquitetônico do
Centro Equestre de Ji-Paraná enfatiza edificações independentes em grandes espaços abertos,
amplas áreas gramadas, caminhos e entornos ricamente arborizados. Nos interiores das
construções é de extrema importância a valorização da iluminação natural e grandes aberturas
nas paredes, o que garante maior circulação dos ventos, proporcionando espaços mais
arejados, garantindo o conforto do principal usuário, o cavalo, animal este que sofre com o
clima quente na região de Rondônia.

5.3. Materiais e Tecnologia

5.3.1. Madeira

Dentre os sistemas construtivos utilizados nas edificações do Centro Equestre, a


madeira é o elemento que está presente em todos os setores, sela em elementos estruturais ou
elementos decorativos.
A madeira foi adotada, pois, além da versatilidade da estrutura, permitindo grandes
vãos e variadas formas, como pode ser visto na figura 79, se mostra ainda o tipo de textura
que mais combina com o estilo que se objetiva alcançar, que é a rusticidade, portanto, até nos
elementos executados em estruturas de concreto armado e estrutura metálica, o revestimento é
feito em Madeira Laminada Colada, se mostrando o material ideal para este tipo de conceito.
70

Figura 79: Cobertura em Madeira Laminada Colada no Haras Polana.

Fonte: Madeira e Construção, 2016.

As peças de acabamento de esquadrias e revestimentos também procuram utilizar ao


máximo a madeira, visto que, dos materiais de construção disponíveis no mercado, a madeira
é o único que pode colaborar na redução do impacto ambiental, considerando que é um
recurso natural renovável, onde sua transformação permite a utilização para os mais diversos
contextos. Portanto, a madeira estará presente tanto em algumas estruturas, como no
fechamento de vãos, revestimento de paredes, esquadrias e mobiliários.

5.3.2. Cobertura da Arena

A arena principal, diferencia-se do restante das edificações, tem como visto que, toda
sua estrutura fica à vista, e houve a necessidade da utilização do método construtivo em
pilares de concreto armado e cobertura em estrutura metálica, uma vez que, foi o método que
se mostrou com o melhor fator custo-benefício para vencer o vão de quase 50 metros de
largura da arena, porém, adotou-se um revestimento das para vigas e pilares em lâminas de
madeira, escondendo os metais e o concreto, mantendo o estilo rústico que se objetiva
alcançar, a figura 80 ilustra o esquema estrutural da arena.
71

Figura 80: Esquema explodido da estrutura da arena

Fonte: Elaborado pelo próprio autor, 2017.

5.3.3. Estábulo e características das Baias

No caso do estábulo, as paredes são construídas em bloco de concreto, tendo como


acabamento o próprio concreto aparente, como podemos ver na figura 81, e em seu interior,
são utilizadas um modelo de divisória que é característica dos estábulos, compostas por
madeira e, principalmente gradil na parte superior, são divisórias vasadas, valorizando o
campo de visão do animal, como na Figura 82, e permitindo também a visualização do animal
pelo lado de fora, sem a necessidade de se acessar a baia.

Figura 81: Paredes em Bloco de Concreto Aparente

Fonte: Desenvolvido pelo próprio autor, 2017.


72

Figura 82: Baias

Fonte: Desenvolvido pelo Próprio Autor, 2017.

Pensando no total conforto do animal, o piso das baias é permeável, de modo que
permita o escoamento de urina e água que venha cair no solo. Neste caso, é utilizado o piso
em Brita e Bidim, com a cama em serragem. Este método garante conforto ao animal, e
contribui também para a diminuição do mal cheiro no ambiente, consiste em duas camadas de
brita, sendo a primeira a 90cm do nível do piso, com 30 cm de brita nº 3, e a segunda camada
logo acima, com 30cm de brita nº 2, sendo coberta por uma manda de bidim, e logo acima
uma camada de 30cm de areia e terra na proporção 1:2, respectivamente, e para finalizar,
forrando o chão com pó de serra, como pode ser visto na figura 83.

Figura 83: Piso das baias

Fonte: Arquitetura Equestre, 2016.


73

Nas áreas de circulação do estábulo o piso predominante é em concreto polido, porém,


como é recomendado que os cavalos não andem em superfície rígida, evitando que sofram
impacto nas articulações, nas circulações foi necessária a aplicação de piso “ECOFIT”, sendo
composto por agregados de borracha de pneu aglutinado com resina, como ilustrado na Figura
84.
Figura 84: Piso Emborrachado

Fonte: Ecolatex, 2017

Quanto aos tipos de janelas, são peças em madeira, aliando em algumas peças o vidro
temperado, que podem ter variadas configurações, de acordo com a necessidade de ventilação
e iluminação de cada ambiente. Sendo assim, nas áreas de maior permanência, as janelas de
correr são predominantes, já nas áreas de menor permanência, como banheiros, foram
utilizadas venezianas com o peitoril mais alto, e nos vestiários e estábulo foram colocados
brises em aberturas na parte mais alta da edificação, gerando iluminação e ventilação natural.
Como a proposta de respeito a natureza segue em todos os ambientes deste projeto,
alguns elementos como portas e molduras de janelas foram desenvolvidos com materiais
reciclados, todas as partes em madeiras são fabricadas com madeira de demolição tratada, e os
puxadores, bem como os fixadores das portas, são de ferragens de obra e canos de metal
usado, garantindo estilo rústico, e contribuindo com a reutilização de materiais, o que é
essencial para gerar menor dano ao meio ambiente. A figura 85 representa o projeto da porta
desenvolvida especialmente para esta edificação, estando presente em vários ambientes do
centro equestre.
74

Figura 85: Porta em madeira de demolição e metais reaproveitados.

Fonte: Desenvolvido pelo próprio autor.

5.3.4. Pavimentação

Firmado o compromisso de respeito a natureza e ainda visando garantir um melhor


conforto ambiental nas dependências do Centro Equestre, foi adotado para às áreas de
circulação de veículos, estacionamentos e áreas de manobras uma pavimentação ecológica
denominada de ECOpavimento, o qual é desenvolvido pela empresa ECOtelhado.
O ECOpavimento, representado na figura 86, é um sistema de pavimentação composto
por uma grelha plástica fixada ao solo através de vergalhões de ferro, sendo preenchida com
areia e cascalho, separado do solo por uma manta de Bidin, e coberta por brita, finalizando o
pavimento. Este processo resulta em um pavimento ecológico, permeável, resistente e
durável, que permite o tráfego lento de veículos de passeio e de carga, desde que a base seja
executada de forma adequada para este tipo de uso.
75

Figura 86: ECOpavimento

Fonte: ECOtelhado, 2017

Além não atrair altas temperaturas o ECOpavimento também tem como vantagem a
durabilidade superior quando comparado a pavimentos de concreto, pedra rejuntada ou
asfalto, pois é flexível, não quebrando e não rachando, e ainda não agredindo o meio
ambiente, compatibilizando perfeitamente com a ideia abordada neste projeto.
76

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho aborda a arquitetura como ferramenta mediadora responsável por


estabelecer a união entre a questão ambiental e esportiva, utilizando seus artifícios para
promover essa relação e incentivar o contato do homem com a natureza.
Diante da problemática, levando em consideração o cenário da região, a cultura e os
costumes, contatou-se que a construção de um centro equestre seria de grande valia e utilidade
para a população, incentivando a pratica esportiva em nossa região e valendo-se dos
benefícios da Equitação para a saúde física e mental do corpo humano.
A restauração dos rudimentos que formaram as estruturas rurais de outrora,
especialmente as do estado de Rondônia, empregando-as na construção das estruturas rurais
modernas, muito mais do que mero saudosismo, tem o condão de contrastar o antigo com o
novo, e inspirar as gerações futuras na construção de algo, ou seja, serve de força motriz para
a manutenção da inovação perpétua, a ser perseguido por toda e qualquer ciência, e com mais
ênfase na arquitetura, que vive de emplacar ambiente com o novo e diferente.
O trabalho demonstrou ao longo do seu desenvolvimento, que utilizar a arquitetura
para criar ambientes que visam harmonizar o homem com a natureza do animal e do lugar é
um tema que deve continuar sendo bastante abordado nos dias atuais e no futuro, levando-se
em consideração a importância de resgatar a cultura rural que está cada dia mais distantes dos
centros urbanos, e de reeducar o homem em relação ao meio ambiente, os aproximando deste
mundo cada dia mais degradado.
77

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APRENDIZ EQUESTRE – O que é um haras? 2011. Disponível em


<https://aprendizequestre.wordpress.com/2011/05/15/o-que-e-um-haras/> Acesso: 02 set. 2016.

ARCHDAILY. Centro Equestre / Seth Stein Architects + Watson Architecture. 2016. Disponível
em: <http://www.archdaily.com.br/br/791392/centro-equestre-seth-stein-architects-plus-watson-
architecture-plus-design>. Acesso: 22 set. 2016.

ARCHDAILY. Centro Hípico Ultzama / Francisco Mangado. Disponível em:


<http://www.archdaily.com.br/br/774500/centro-hipico-ultzama-francisco-mangado>. Acesso:18 mai.
2016.

ARCHDAILY. Centro Equestre / Carlos Castanheiras & Clara Bastai. Disponível em:
<http://www.archdaily.com.br/br/762752/centro-equestre-carlos-castanheira-and-clara-bastai>.
Acesso: 18 mai. 2016.

ARCHITIZER. Equestrian Centre. 2016. Disponível em: <http://architizer.com/projects/equestrian-


centre-2/>. Acesso:18 mai. 2016.

ARCOWEB. Técnica e sensibilidade em haras na serra paulista. São Paulo: ARCO Editorial Ltda.
Disponível em: <https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/mauro-munhoz-arquitetos-
associados-centro-hipico-19-09-2005>. Acesso: 18 mai. 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações,


mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, p. 162. 2015.

BRASIL. Lei Federal Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm> Acesso em: 15 de setembro de
2016.

BRASIL. Lei Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22
de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de
1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001 e dá outras providências. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm> Acesso em: 15 de
setembro de 2016.

BRASIL. Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

BRASIL COWBOY. Prova dos três tambores. 2012. Disponível em:


<http://blog.brasilcowboy.com.br/country-life/prova-dos-tres-tambores>. Acesso em: 09 set. 2016.

BRASIL. Resolução CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Publicado no Diário Oficial da


União em 17 de fevereiro de 1986. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html> Acesso: 15 de set. de 2016.

BROOKS, Diana – Arquitetura Equestre. 2014. Disponível em


<http://dianabrooks.com.br/arquitetura-equestre-haras-hipicas-e-fazendas/> Acesso: 02 set. 2016.
78

BROOKS, Diana – Picadeiros e Pista indoor de tirar o folêgo. 2016. Disponível em


<http://www.arquiteturaequestre.com.br/arquitetura-equestre/picadeiros-e-pistas-indoor-de-tirar-o-
folego.html/> Acesso: 02 set. 2016.

BROOKS, Diana. Arquitetura Equestre. 2016. Disponível em


<http://www.arquiteturaequestre.com.br/arquitetura-equestre/arquitetura-equestre-ndash-haras-
hipicas-e-fazendas-parte-2.html> Acesso: 06 set. 2016.

CANTO VERDE. Rancho, estrutura. 2016. Disponível em: <http://ranchocantoverde.com.br/rancho-


canto-verde/estrutura-do-rancho> Acesso: 17 mai. 2016.

CENTRO HÍPICO DO PARQUE. Institucional. Disponível em


<http://www.centrohipicodoparque.com.br/institucional/> Acesso: 02 set. 2016.

CONSTRUTORA, Ita. Haras Polana – Pavilhão, 2016. Disponível em


<http://www.itaconstrutora.com.br/portfolio/haras-polana/> Acesso em 07 set. 2016.

COSTA, Leopoldo. Cavalo – Origem e História. 2011. Disponível em <


http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/02/os-equinos-origem-historia-e-racas.html>
Acesso: 26 ago. 2016.

DACOSTA, LAMARTINE (ORG.). Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006.

ECOLATEX. Ecofit. O piso ecológico de borracha 100% reciclada. 2017. Disponível em


<http://www.ecolatex.com.br/piso-de-borracha-ecologico-ecofit.html> Acesso: 08 mai. 2017.

EQUOTERAPIA FLORIANÓPOLIS. Estrutura. 2016. Disponível em


<http://www.equoterapiaflorianopolis.com.br/estrutura/> Acesso: 06 set. 2016.

ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXERCITO. História. 2016. Disponível em


<http://www.eseqex.ensino.eb.br/?page_id=155> Acesso: 02 set. 2016.

FEPAM. Licenciamento Ambiental, 2016. Disponível em


<http://www.fepam.rs.gov.br/central/licenciamento.asp> Acesso: 09 set. 2016.

GUERRA, Carolina. Nós vamos invadir sua roça: A construção de hotéis dentro de condomínios
rurais. 2009. Disponível em <http://www.terra.com.br/istoedinheiro-temp/edicoes/625/artigo152531-
2.htm> Acesso: 02 set. 2016.

GUIMARÃES, Rose. Tour na Vinícola Haras de Pirque – Valle del Maipo. 2016. Disponível em:
<http://nosnochile.com.br/tour-na-vinicola-haras-de-pirque-valle-del-maipo/>. Acesso: 08 set. 2016.

HAIAH. Revestimentos especiais de borracha. 2016. Disponível em:


<http://www.haiah.com.br/novo/index.php/produtos/piso-para-cavalos/fotos-do-piso-para-cavalos/>.
Acesso: 05 nov. 2016.

HARAS LARISSA. A verdade do Campo. 2016. Disponível em: <http://www.haraslarissa.com.br/>


Acesso: 27 nov. 2016.

HARAS POLANA. Haras e Centro Hípico Polana. 2016. Disponível em


<http://www.polana.com.br/galeria/> Acesso: 21 nov. 2016.

HIPICACAPI. Nossa estrutura. 2016. Disponível em <http://www.hipicacapi.com.br/about.html>


Acesso: 06 set. 2016.
79

IBAMA. Sistema Informatizado de Licenciamento Ambiental Federal, 2016. Disponível em


<http://www.ibama.gov.br/licenciamento/> Acesso: 09 set. 2016.

JI-PARANÁ. Lei nº 1113, de 19 de novembro de 2001. Dispõe sobre a Política Ambiental, o Sistema
Municipal de Meio Ambiente e o Controle Ambiental no Município. Disponível em <http://www.ji-
parana.ro.gov.br/> Acesso: 09 set. 2016.

JABÁ, Alexandre. Plantão Esportivo. 2014. Disponível em


<http://www.plantaoesportivo.com/noticia/2014/04/26/o-portal-da-amazonia-recebe-competicao-de-
team-roping.html> Acesso: 22 ago. 2016.

JI-PARANÁ. Câmara Municipal. Lei nº 18, de 05 de dezembro de 1983. Institui o Código de Obras
do Município. Disponível em <http://www.ji-parana.ro.gov.br/> Acesso: 09 set. 2016.

JI-PARANÁ. Plano Diretor. Código de Obras Municipal instituído pela Lei Municipal nº 018, de 05
de dezembro de 1983 e suas alterações. Disponível em: http://www.ji-
parana.ro.gov.br/up/arquivos/2012/atos/AO_231_d42fae0c4a6abf6299b3a371fb006604.pdf. Acesso:
15 set. 2016.

JUNIOR, Antônio. Circo Máximo. Disponível em <http://www.infoescola.com/civilizacao-


romana/circo-maximo/> Acesso: 26 ago. 2016.
LES HARAS HOTEL. Galery. Disponível em: <http://www.les-haras-hotel.com>. Acesso: 08 set.
2016.

MADEIRA E CONSTRUÇÃO. Pavilhão do Haras Polana. 2016. Disponível em:


<http://madeiraeconstrucao.com.br/noticias/pavilhao-do-haras-polana-um-marco-da-ita-construtora/>
Acesso: 28 nov. 2016.

MAY, Carola. Brasil Hipismo. 2012. Disponível em:


<http://http://www.brasilhipismo.com.br/tag/estocolmo-1912/>. Acesso: 09 set. 2016.

MURADAS, Ricardo. Instalações necessárias para o haras. 2016. Disponível em


<http://www.ricardomuradas.com/Instalacoes%20necessarias.html/> Acesso: 02 set. 2016.

NEVES, Wilson. Jornal Correio do Vale. 2016. Disponível em


<http://www.jornalcorreiodovale.com.br/noticia/cavalgada-abre-37-
expojipa,noticiageral,10684.html/> Acesso: 22 ago. 2016.

NIEMEYER, Bebel. Haras Larissa, onde o Príncipe Harry passou o fim de semana. 2012.
Disponível em: <http://www.40forever.com.br/haras-larissa-onde-o-principe-harry-passou-o-fim-de-
semana/>. Acesso: 05 nov. 2016.

NUNES, Bianca. Entenda como os cavalos ajudaram na construção da história. 2012. Disponível
em <http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/entenda-como-cavalos-ajudaram-
construcao-historia-689439.shtml> Acesso: 26 ago 2016.

ONÇA, Fabiano. A Fórmula 1 da antiguidade: Corridas de Biga. 2016. Disponível em <


http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/formula-1-antiguidade-corridas-bigas-
433884.shtml> Acesso: 26 ago. 2016.

PORTAL EDUCAÇÃO. Instalação ideal para Equoterapia. 2016. Disponível em


<http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/28589/instalacao-ideal-para-equoterapia>
Acesso: 06 set. 2016.
80

PORTELA WOODS. Cobertura com estrutura de madeira. 2017. Disponível em:


<http://www.portelawoods.com.br/cobertura-e-forro/cobertura-com-estrutura-de-madeira/>. Acesso:
11 mar. 2017.

PALÂNCIO. Pedras, madeiras, cimento queimado, blocos de concreto aparente dispensam uso
de tinta na parede. 2016. Disponível em: <http://www.vaicomtudo.com/pedras-madeiras-cimento-
queimado-blocos-de-concreto-aparente-dispensam-uso-de-tinta-na-parede.html>. Acesso: 11 mar.
2017.

PINTEREST. Casa H reúne Madeira, vidro e área verde, em combinação harmoniosa. 2017.
Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/471118810998462913/>. Acesso: 11 mar. 2017.

REZENDE, Regina; FRAZÃO, Alexandra, Cadernos Técnicos, Conceção de Instalações, Divisão


de Infraestruturas. Desportivas, Instituto Português do Desporto e Juventude, I. P. 2012.

ROESSLER, Martha; RINK, Bjarke. Esportes Hípicos. In: DA COSTA, LAMARTINE (org.). Atlas
do Esporte no Brasil: Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no
Brasil. Rio de Janeiro: Shape Editora e Promoções Ltda., 2005. p. 216-218. Disponível em:
<http://www.listasconfef.org.br/arquivos/atlas/atlas.pdf>. Acesso: 17 mai. 2016.

SERAPIÃO, Fernando. Técnica e Sensibilidade em Haras na serra paulista. In: Projeto Design,
Ed 307. 2005. Disponível em: <https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/mauro-munhoz-
arquitetos-associados-centro-hipico-19-09-2005>. Acesso 06 set. 2016.

SIQUEIRA, Cris. Coxinha Nerd. 2017. Disponível em: <http://www.coxinhanerd.com.br/bigas-ben-


hur/>. Acesso: 29 jun. 2017.

STRAVAGANZA. Cavalo, origem e história. 2011. Disponível em


<http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/02/os-equinos-origem-historia-e-racas.html>
Acesso: 06 set. 2016.

SW BRASIL. Benefícios da Equoterapia. 2016. Disponível em


<http://swbrasil.org.br/artigos/beneficios-da-equoterapia/> Acesso: 06 set. 2016.

VAI COM TUDO. Pedras, madeiras, cimento queimado, blocos de concreto aparente dispensam
uso de tinta na parede. 2016. Disponível em: <http://www.vaicomtudo.com/pedras-madeiras-
cimento-queimado-blocos-de-concreto-aparente-dispensam-uso-de-tinta-na-parede.html> Acesso em:
11 de março de 2017.

VIAJAR A CAVALO. Cavalo de Equoterapia. 2015. In: Associação de Equoterapia Vassoural.


Disponível em: <http://www.viajaracavalo.com.br/colunas/cavalo-de-equoterapia/>. Acesso 09 set.
2016.

VIP FESTA. Team Roping em Ji-Paraná. 2015. Disponível em:


<http://www.vipfesta.net.br/2015/06/team-roping-em-ji-parana.html/>. Acesso: 05 nov. 2016.

TEZZA, Louise. Esportes Equestres. Disponível em < http://www.gege.agrarias.ufpr.br/esportes/>


Acesso: 26 ago. 2016.
81

APÊNDICE

VIABILIZAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA – VPP

01. TEMA

Arquitetura Equestre: Implantação de um centro Equestre no município de Ji-


Paraná.

02. OBJETIVO

2.1. Problematização

Como proporcionar um espaço que respeite a natureza do cavalo, buscando o


equilíbrio físico e mental, de forma a se conseguir um resultado positivo na prática esportiva e
lazer, oferecendo condições de vida, abrigo e manejo adequados?
2.2. Delimitação

Centro Equestre: Instalações de um centro para a práticas de esportes equestres na


região de Ji-Paraná.
2.3. Objetivo Geral

Projetar um centro equestre com capacidade para receber eventos de suas variadas
modalidades, atendendo com qualidade as necessidades dos competidores, do público e dos
animais.
2.4. Objetivos específicos

- Proporcionar através da implantação de um Centro Equestre um espaço com


estrutura adequada para prática de atividades esportivas e de lazer utilizando o cavalo;
- Incentivar a prática esportiva e realização de eventos Equestres, movimentando o
turismo na região;
- Conscientizar a população quanto aos assuntos ambientais através de um espaço que
relacione o homem ao meio ambiente, respeitando a natureza do ambiente e dos animais.
82

03. JUSTIFICATIVA

O esporte a cavalo em suas variadas modalidades estão cada dia mais em evidência no
estado de Rondônia. Com a profissionalização e o crescimento destes esportes no nosso
estado, que é cada vez mais procurado não só por atletas de alto nível, mas também por
amadores como opção de lazer, tem-se que é viável à criação de um centro equestre para
incentivar a prática de esportes hípicos, visando proporcionar qualidade de competição aos
atletas, opção de lazer e conforto para os expectadores, além do que, a atividade equestre
permite o relacionamento direto do homem com a natureza animal.
O município de Ji-Paraná atualmente conta com uma quantidade considerável de
competidores de alto nível, além de receber frequentemente vários eventos equestres, porém,
estes eventos acontecem em arenas provisórias, montadas apenas para a realização da prova,
sendo que assim, nem sempre oferecem o espaço adequado para o desenvolvimento de tais
atividades, não tendo o conforto necessário ao público, competidores e principalmente aos
animais.
Aliando estes fatores aos benefícios que a equitação proporciona a saúde e
comportamento social das pessoas, um centro equestre é uma alternativa ideal para o
crescimento das atividades hípicas em Ji-Paraná, melhorando a qualidade de vida dos animais,
bem como o nível dos atletas locais, dando visibilidade à cidade, além de gerar renda e
movimentar o comercio local durante os eventos e competições.

04. TEORIA DE BASE

Desde o tempo da mitologia grega o cavalo é visto através da imagem do centauro


como um ser forte, inteligente e perigoso. A destreza, rapidez e agilidade dos cavaleiros
surpreendiam as comunidades atingidas por estes exércitos. Não existe ainda a certeza de
quando o cavalo começou a ser domesticado, mas podemos afirmar que foi a ferramenta que
por muito tempo ditou o ritmo de desenvolvimento da sociedade. Os cavalos passaram a
auxiliar o homem no desenvolvimento da agricultura, serviu como principal meio de
transporte durante séculos, e ainda, utilizado como uma poderosa arma de guerra (NUNES,
2012).
Na antiguidade, os povos nômades utilizaram por muito tempo o cavalo para
administrar seus recursos, sendo assim, o equino era responsável pela organização
socioeconômica naquela época. Os primeiros pesquisadores europeus tinham na imagem do
83

cavalo a inspiração para todos os novos inventos que surgiam, assim economizando tempo, e
garantindo o domínio do mundo naquele período (RINK, 2008).
Segundo Rink (2008), para aqueles povos nunca se imaginava que uma ferramenta tão
útil como o cavalo pudesse um dia ser substituída, mas com a chegada de novas tecnologias, o
domínio das maquinas e dos motores, foi isso que aconteceu. Atualmente a principal utilidade
do animal é no campo para atividades recreativas, porem aumenta a cada dia o seu uso para
fins esportivos, terapêuticos e como ferramenta educacional ideal para treinar liderança,
fazendo com que novamente o cavalo esteja presente cada vez mais em meio a sociedade.

04.1. Atividades equestres

Qualquer atividade que necessite do auxílio de um cavalo para o seu desenvolvimento


é considerada uma atividade equestre, sendo assim, podem ser divididas em quatro vertentes,
são elas; Hipismo Clássico, Hipismo Rural, Equitação de Lazer e Equitação Terapêutica
(FERREIRA, 1999).

04.1.1. Hipismo Clássico

O Hipismo Clássico é a única vertente do esporte hípico que oficialmente preenche o


quadro de esportes olímpicos. A primeira apresentação de hipismo clássico da história foi
durante a realização dos Jogos Olímpicos de Paris em 1900, porém, só foi reconhecida como
esporte oficial olímpico nos jogos de Estocolmo em 1912. No Brasil, teve seu reconhecimento
oficial em 1941 com a criação da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). Os esportes
que fazem parte do Hipismo Clássico são; Adestramento, Concurso Completo de Equitação
(CCE), Enduro, Volteio e o Polo (FERREIRA, 1999).

04.1.2. Hipismo Rural

O hipismo rural teve seu surgimento ligado ao trabalho diário dos fazendeiros no
campo e no curral. Os esportes desta vertente, como vaquejada, prova de laço, prova dos
tambores e apartação, nasceram nas festas de comunidades, exposições em cidades do interior
e gincanas em fazendas. Atualmente, as provas de hipismo rural movimentam grandes
exposições agropecuárias por todo o país (FERREIRA, 1999).
84

04.1.3. Equitação de Lazer

A vertente de lazer é direcionada a aqueles usuários que utilizam das atividades


equestres apenas para fins recreativos. Desenvolvendo as atividades equestres, esportivas ou
apenas passeios, como forma de lazer, não participando de competições oficiais (FERREIRA,
1999).
04.1.4. Equitação Terapêutica

Através da Equoterapia a equitação torna-se um excelente método terapêutico


utilizado para tratamento de pessoas com deficiência física, mental, ou traumas acidentais. A
utilização do cavalo para praticas terapêuticas proporciona benefícios em toda área cerebral e
espinal. O equino, sendo um animal dócil, de grande porte e força que permite facilmente ser
montado, criar através de seus movimentos um relacionamento afetivo envolvente,
promovendo assim ganhos físicos e psicológicos ao paciente (TEIXEIRA, 1999).

04.2. A Arquitetura Equestre

Assim que o equino é retirado do seu habitat natural, adestrado e passa a viver em um
estábulo, o criador está assumindo o papel de mãe natureza, então, deve garantir a saúde física
e mental do mesmo, para isso alguns cuidados especiais devem ser tomados na construção dos
ambientes onde o animal convive (BROOKS, 2016).
O clima no estado de Rondônia favorece a construção de estábulos com paredes e
divisões em concreto, já que o material mantém a temperatura mais baixa e evita o ataque de
cupim. Para iluminação e ventilação natural, aberturas zenitais são essenciais para este tipo de
projeto, com essas aberturas se cria um efeito chaminé, eliminando o ar quente de dentro das
baias e contribuindo para maior iluminação dos ambientes. Levando em consideração ainda a
transferência de calor, evitar também telhas de fibrocimento, este material permite maior
passagem dos raios solares, aumentando a temperatura do ambiente, telhas de barro são as
mais indicadas para cobertura de espaços que abrigam estes animais (BROOKS, 2016).
Liberdade é uma questão muito importante quando se fala em respeito a natureza do
cavalo, o equino é um animal sociável, que gosta de viver em bando. Ao projetar um estábulo,
as baias devem ser dispostas de modo com que não bloqueie o campo de visão do animal, é
importante que enquanto ele esteja preso consiga visualizar outros animais em outras baias,
isso garante maior conforto e evita o aumento de stress no animal. Baias com paredes em
meia altura são ideais para evitar este problema, assim, mesmo que confinado os animais
85

conseguem manter contato uns com os outros, melhorando seu comportamento social e
contribuindo para melhor adaptação em um novo ambiente, longe do seu habitat natural
(BROOKS, 2016)

05. METODOLOGIA

O estudo baseou-se num método de pesquisa dedutivo com caráter exploratório, tendo
em sua estrutura revisão bibliográfica, coleta de dados in loco e entrevistas.
O objetivo de uma pesquisa exploratória é ter a oportunidade de familiarizar-se com o
assunto em questão. Ao final da pesquisa exploratória, obtém-se maior conhecimento sobre o
tema, e estará apto a desenvolver o projeto de pesquisa (GIL, 2008).

05.1. Procedimento

Revisão bibliográfica: Livros, artigos periódicos, fatos histórico e bancos de dados


digitais.
86

BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

BROOKS, Diana. Arquitetura Equestre. 2016. Disponível em


<http://www.arquiteturaequestre.com.br/arquitetura-equestre/arquitetura-equestre-ndash-haras-
hipicas-e-fazendas-parte-2.html> Acesso: 26 ago. 2016.

FERREIRA, Reynaldo. História do Hipismo Brasileiro. São Paulo: Bibelot, 1999.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

NUNES, Bianca. Entenda como os cavalos ajudaram na construção da história. 2012. Disponível
em <http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/entenda-como-cavalos-ajudaram-
construcao-historia-689439.shtml> Acesso: 26 ago. 2016.

RINK, Bjarke. Desvendando o enigma do Centauro. Equus Brasil editora, 2008. Disponível em
<http://www.desempenho.esp.br/livro/lista_capitulo.cfm?livro=4> Acesso: 26 ago. 2016.

TEIXEIRA, C. S. A experiência com crianças deficientes visuais em equoterapia. In:


CONGRESSO BRASILEIRO DE EQUOTERAPIA, 1, 1999. São Paulo. Anais... São Paulo: Ande-
Brasil, 1999.
87

ANEXO I
88

Você também pode gostar