Módulo 4

Legalidade Ambiental: Como

cuidar dos equídeos e do
meio ambiente
 Legalidade na produção de Equídeos

Ficha Técnica
2021. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL DE GOIÁS - SENAR GOIÁS
1ª EDIÇÃO – 2021
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CURSO LEGALIDADE NA PRODUÇÃO DE EQUÍDEOS

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO
José Mário Schreiner
SUPERINTENDENTE DO SENAR GOIÁS
Dirceu Borges
DIRETOR DO DEPARTAMENTO TÉCNICO DO SENAR GOIÁS
Marcelo Lessa Medeiros Bezerra
GERENTE DE EDUCAÇÃO FORMAL DO SENAR GOIÁS
Mara Lopes de Araújo Lima
Legalidade na produção de Equídeos

Chegamos à reta final do nosso curso! Até aqui, vimos diversos pontos de atenção na hora de adquirir
seu animal e, também, no cuidado com sua propriedade. Afinal, nada como fazer tudo da forma corre-
ta, protegendo a si, os outros e, especialmente, os animais.
Esse módulo será muito importante, principalmente no contexto atual, em que as atenções estão vol-
tadas à sustentabilidade e à consciência ambiental.
Então, vamos lá?

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 Legalidade na produção de Equídeos

AULA 1
Controle de impactos ambientais na criação de equídeos

A produção de bens e serviços ambientalmente correta vem ganhando, a cada dia, mais atenção da so-
ciedade. As pessoas estão mais conscientes e buscam alternativas que não sejam tão nocivas ao meio
ambiente.
Essa visão também inclui estabelecimentos que envolvem equídeos, pois é extremamente importante
reduzir ao máximo os impactos ambientais negativos decorrentes do trato com esses animais.

IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS: Todas as ações causadas pelo ser humano, geram im-
pactos de variados graus, podendo ser tanto negativos como positivos. Os impactos negativos,
dizem respeito à emissão de poluentes, ao despejo de resíduos nocivos e a outras modificações
prejudiciais ao meio ambiente.

Então, se você cria ou pretende criar equídeos em sua propriedade, é preciso ficar de olhos bem aber-
tos às normas ambientais vigentes e aos resíduos produzidos! Afinal, resíduos bem manejados não são
uma ameaça.

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Legalidade na produção de Equídeos

Gestão de resíduos de animais

Existem diferentes sistemas de criação de equídeos. Acompanhe:

Sistema no qual os animais são criados em pastagens que,

Sistema extensivo inclusive, servem de alimento e podem receber ou não al-
gum tipo de suplementação mineral e ração concentrada.

Nesse sistema, os animais são criados em baias, ou seja,

Sistema intensivo
“estabulados”, e recebem alimentação no cocho.

Aqui os animais passam um período soltos em piquetes e

Sistema semiextensivo
outro em estabulados.

E, se existe diferença no sistema de criação, consequentemente, existe diferença no impacto causado.

A depender da atividade realizada, podem ser sólidos, líquidos ou lamas.

O acúmulo de resíduos em estábulos

também pode gerar a produção de
gases nocivos à saúde humana, e ain-
da atrair insetos e diminuir a higiene
do local, além disso, temos que nos
atentar ao descarte adequado das
carcaças de animais mortos.

O acúmulo desses resíduos em estábulos também pode gerar a produção de gases nocivos à saúde
humana, e ainda atrair insetos e diminuir a higiene do local, além disso, temos que nos atentar ao des-
carte adequado das carcaças de animais mortos.

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 Legalidade na produção de Equídeos

“O que posso fazer com carcaças

de animais mortos?”
Por que não fugir do óbvio? Hoje é pos-
sível realizar tratamentos biológicos,
como compostagem, minhocultura e
biodigestão!

Além disso, é possível optar por procedimentos como a

incineração e encaminhamento para reciclagem.

Quem sabe o descarte não vira algo benéfico para

sua propriedade? Pense nisso!

Os resíduos gerados em estabelecimentos equestres, primeiramente, devem ser identificados e classi-

ficados, levando em consideração a sua origem (como é gerado), coleta, separação, acondicionamento,
armazenamento, transporte (quando para fora do estabelecimento) e destinação final.

Resíduos orgânicos

Fezes, urina, restos de feno e ração, encontrados nas baias, piquetes redondel e pista.

Selaria

Materiais e equipamentos de montaria que podem ser descartados, oriundos da

selaria - quando inapropriados para o uso.

Farmácia veterinária

Medicamentos vencidos; perfurocortantes, como seringas e agulhas; algodão

contaminado por secreções e sangue.

Ferraria

Resíduos de ferraduras usadas e os cravos que são usados para fixar nos cascos.

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Depósito de ração e feno
 Selaria

Materiais e equipamentos de montaria que podem ser descartados, oriundos da

Legalidade naselaria
produção de Equídeos
- quando inapropriados para o uso.

Farmácia veterinária

Medicamentos vencidos; perfurocortantes, como seringas e agulhas; algodão

contaminado por secreções e sangue.

Ferraria

Resíduos de ferraduras usadas e os cravos que são usados para fixar nos cascos.

Depósito de ração e feno

Embalagens, produtos vencidos e restos de feno.

Lavador

Na ducha ou lavador encontramos além da água de enxague do banho, os resíduos

de pelos e embalagens dos produtos como shampoos e cremes.

No caso de estabelecimentos equestres, é importante destacar, ainda, a grande quantidade de esterco

produzido, que contabiliza em média 10 a 13 kg por cavalo por dia. Já pensou se o município tivesse
que dar conta de tudo isso? Impossível, não é mesmo? Afinal, esse volume não pode ser comparado ao
volume dos resíduos domiciliares.

Para minimizar os problemas causados por esses resíduos, você pode estabelecer
medidas de gerenciamento no estabelecimento: primeiro, conheça a quantidade
produzida e a maneira correta de estocagem e de utilização dos dejetos, pois, logo
em seguida, eles poderão se transformar em adubo orgânico, por meio da reali-
zação da compostagem, que servirá a seu criatório, novamente, na adubação das
pastagens.

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 Legalidade na produção de Equídeos

Diminuição de impactos pelo manejo de pastagens

Você sabia que podemos evitar ou mi-

nimizar os impactos ambientais ne-
gativos resultantes da implantação
de novas áreas de pastagem por meio
do uso racional de áreas já existentes?

Pois é! Essa medida se torna possível a partir do momento em que o equideocultor realiza um manejo
adequado das pastagens já existentes, permitindo que a área seja utilizada de forma satisfatória por
mais tempo, para que haja maior lotação por área (maior quantidade de animais, em um único espaço),
diminuindo a necessidade de se abrir novas áreas.
A seguir, você pode verificar algumas das ações que podem ser tomadas e contribuem para auxiliar
para que a área tenha longa vida útil.

O manejo correto em rela-

A limpeza da pastagem A adubação, para manter o ção à altura da pastagem,
contra plantas invasoras. capim sadio. na entrada e saída dos
animais.

A criação dos animais em piquetes também pode diminuir os impactos negativos do desmatamento
com a utilização da técnica de rotação de pastagens, diminuindo a área utilizada para a criação dos
animais e aumentando a produtividade.

ROTAÇÃO DE PASTAGENS: Técnica em que os piquetes são submetidos a períodos alternados

de pastejo e descanso, otimizando a produção de forragem sem, necessariamente, aumentar
a área.

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Legalidade na produção de Equídeos

Destinação de animais mortos

Existem legislações muito claras sobre a destinação de animais mortos em casos de sacrifício e abate
sanitários.

De acordo com o Decreto nº 5.652/2002, que regulamenta a Lei nº 13.998/2001, nos

casos em que o sacrifício de animais for inevitável para a extinção total e erradica-
ção de doenças, ou prevenção de sua propagação e disseminação do agente pato-
gênico, fica autorizado, no estado de Goiás, o uso do “rifle sanitário”.

Segundo a IN 48/2019, que estabelece regras sobre o recolhimento, transporte, processamento e des-
tinação de animais mortos e resíduos da produção pecuária, para que o produtor possa destinar esses
resíduos para uma unidade de recebimento que faça descarte adequado, é necessário que sua proprie-
dade seja cadastrada junto ao Sistema Veterinário Oficial (SVO).

O local de recolhimento deve ser afastado do local de manejo onde

se encontram os animais; ser limpo regularmente e ser um local que
vise a prevenção de infestação por insetos, além de não ser acessível
a nenhum outro animal.

É importante que o criador mantenha registros sobre espécie, data e horário estimado do óbito, faixa
etária, quantidade, peso estimado, sinais observados e identificação do animal.

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 Legalidade na produção de Equídeos

As unidades de recebimento, de transformação e de eliminação desses resíduos, bem como o SVO,

devem manter o cadastro dos veículos utilizados para o transporte desse material.

Além disso, é obrigatório o porte do DTAM (Documento de Trânsito de Animais

de Produção Mortos) durante todo o percurso para o transporte de animais
mortos e resíduos da produção pecuária.

Mesmo que a legislação brasileira ainda seja pouco robusta, a Embrapa, no ano de 2019, no Comunica-
do Técnico de n° 144, informa sobre os métodos de destino de animais de médio e grande porte mortos
no país. Nesse documento existem algumas propostas de padronização de destino para os cadáveres,
confira as principais.

Queima e
Enterro Compostagem
incineração

Controle ambiental e uso da água

As orientações e o controle de ações ambientais relativos aos estabelecimentos rurais de qualquer
natureza são regidos pela Lei nº 12.651, de 2012, denominada Código Florestal.

O Código Florestal estabelece normas para a proteção de vegetação na-

tiva, áreas de preservação permanente e reserva legal; além do controle
e prevenção dos incêndios florestais e utilização dos cursos d’água.

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Legalidade na produção de Equídeos

Assim, o criador de equídeos precisará consultar a lei para tomar ciência das medidas permitidas para sua
propriedade, de acordo com a área do local e outros fatores. Consulte algumas dessas medidas a seguir.

Além da necessidade de ter um registro no Cadastro Am-

biental Rural, todo estabelecimento rural deve prezar pela
Cadastro
manutenção da vegetação nativa em Áreas de Preserva-
Ambiental Rural
ção Permanente (APP) e em áreas como rios, nascentes,
topos de morro e áreas muito íngremes.

Também é necessária a manutenção de vegetação nativa

Manutenção em uma porcentagem do imóvel rural, denominada Re-
da vegetação serva Legal (RL), que preconiza uma área entre 20% (cam-
pos gerais) e 35% (Cerrado) no estado de Goiás.

Para aprender sabe como fica o uso da água nesses casos, veja o conteúdo a
seguir, ou, então, acesse o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e as-
sista em formato de vídeo! Acesse e desfrute desse material de um jeito mais
dinâmico e interessante.
Se você estiver conectado à internet e quiser ir direto para a página do Portal
EAD do Senar Goiás, clique no player.
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Além de todas as regras já citadas sobre o controle ambiental e o uso de água,
vamos ver outras informações sobre a utilização de recursos hídricos.
Primeiramente, a utilização desses recursos, em qualquer tipo de estabeleci-
mento rural, mesmo que não exista a criação de equídeos, exige, em alguns
casos, que o criador possua uma outorga do uso da água.
Caso você não saiba, a outorga é uma licença que permite a utilização da
água, sendo um dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos,
Lei Federal nº 9.433/1997.
Esse instrumento tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qua-
litativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recur-
sos hídricos. Mas não pense que estamos falando de uma compra e venda! O
direito de uso da água não significa que o usuário seja o proprietário ou que
possa ocorrer transferência para outra pessoa desse recurso, ok?

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Módulo 4 | Legalidade Ambiental: Como cuidar dos equídeos e do meio ambiente
 Legalidade na produção de Equídeos

Também existem alguns casos específicos em que o equideocultor, ou pro-

dutor rural de qualquer cultura, necessita solicitar a outorga d’água ao órgão
ambiental, como para suprir a necessidade de água – a chamada dessedenta-
ção dos animais; e no caso de lançamento em corpo d’água de esgoto e outros
resíduos líquidos.
É importante ressaltar que o Manual Técnico de Outorga, elaborado pela Supe-
rintendência de Recursos Hídricos do Estado de Goiás, diante de análise técni-
ca, indica que a quantidade de água para dessedentação de equinos e asininos
fica entre 20 L (quantidade mínima) e 60 L (quantidade máxima) por animal
por dia!
Além disso, o manual reforça que em caso de situações de racionamento, é
primordial o atendimento aos usos destinados ao consumo humano e animal,
conforme disposto na Lei Federal nº 9.433/1997 e na Lei Estadual nº 13.123/97,
que definem esses usos como prioritários.
Justo, não é mesmo?!

A solicitação da outorga deverá ser feita pelo sistema Web Outorga.

Leve sempre em consideração que os serviços de outorga para fins

agrícolas, pecuários, aquícolas e agroindustriais devem ser feitos por
profissionais capacitados nessa área, como: engenheiro agrônomo,
engenheiro agrícola, engenheiro florestal, de acordo com o Ofício
088/2012 – CREA – GO.

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Legalidade na produção de Equídeos

AULA 2
Licenciamento e Sistemas de Gestão Ambiental

Nessa aula você vai aprender os tópicos mais importantes sobre licenças ambientais e certificação
ambiental e os benefícios que esses processos podem trazer para seu estabelecimento ou empresa.
Vamos lá!

Licenças Ambientais
Toda atividade ou empreendimento que utiliza recursos ambientais e é efetiva ou potencialmente po-
luidor precisa, necessariamente, ser licenciado para funcionar; e a lei nº 20.694, de 2019, estabelece as
normas gerais para o licenciamento dessas atividades.
Você deve estar se questionando: “mas para quem se reportam essas licenças?” Bem, as disposições
nelas contidas aplicam-se ao licenciamento ambiental realizado perante os órgãos do estado e dos
municípios integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama.
O licenciamento ambiental é baseado em diversos princípios, porém, os principais referem-se à:
Prevenção do dano ambiental e compensação de impactos ambientais;
Análises dos impactos e riscos ambientais;
Promoção do desenvolvimento sustentável no estado de Goiás.

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 Legalidade na produção de Equídeos

Como os estabelecimentos rurais e os centros criatórios de equídeos se encaixam nas exigências des-
sa lei, dependerão de prévio licenciamento ambiental, realizado em processo integrado à outorga de
direito de uso de recursos hídricos, à autorização para alteração da vegetação natural e o estabeleci-
mento de pastagens cultivadas.

Cabe ao órgão ambiental estadual promover o licenciamento ambien-

tal dos estabelecimentos enquadrados na lei em vigência. Portanto,
União e municípios não podem intervir.

Ah! E vale lembrar: apesar de serem integrados, caso a outorga não seja concedida, não
significa necessariamente que o licenciamento seja negado.

Para conhecer um pouco mais a fundo as licenças ambientais, veja o conteúdo

a seguir, ou, então, acesse o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
assista em formato de vídeo! Acesse e desfrute desse material de um jeito mais
dinâmico e interessante.
Se você estiver conectado à internet e quiser ir direto para a página do Portal
EAD do Senar Goiás, clique no player.
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Você sabia que a criação de equinos e muares também polui o meio ambien-
te e que, por esse motivo, muitas vezes necessita de licença ambiental?
Por existirem vários tipos de licenças ambientais, é necessário avaliar qual é a
mais apropriada para cada caso. Essas definições podem ser encontradas na
lei e em outros atos complementares que são editados pelo Órgão Ambiental
Licenciador.
Além disso, é importante que você saiba que as licenças ambientais poderão
ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, caracte-
rísticas e fase do empreendimento ou atividade. Porém, para que essas licen-
ças sejam emitidas, o empreendedor deverá apresentar:

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Legalidade na produção de Equídeos

Documentos;
Informações;
Estudos;
Projetos;
Pagamento de taxas; e
Demais requisitos previstos na Lei nº 20.694, de 2019.
Assim, o órgão ambiental definirá o tipo de licença a ser aplicada, atendendo
à matriz de impactos socioambientais.
Vale se atentar aos prazos referentes ao processo de licenciamento, tanto
para análise quanto para a emissão da licença, contados a partir da entrega
do estudo ambiental pertinente e demais informações ou documentos re-
queridos:
De 4 e 8 meses para a Licença Prévia, dependendo do estudo ambiental
exigido; e
3 meses para as licenças de instalação, operação, corretiva e licença am-
biental única.

O que diz a lei?

Na Lei nº 20.694/2009, há anexos a respeito dos valores das licenças, de acordo com as
classes dos empreendimentos. Em nosso caso, centros criatórios de equídeos, estarão no
grupo “A – Agricultura, criação de animais e florestas”.

Tá no decreto!
No Decreto nº 9710/2020, você pode conferir que a criação de equinos e muares é classifi-
cada como potencial poluidor médio.

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 Legalidade na produção de Equídeos

Certificação ambiental

Além das licenças ambientais já men-

cionadas, a certificação ambiental é
uma ferramenta que dá credibilidade
à empresa ou ao estabelecimento que
o possui.

Essa certificação comprova que sua entidade respeita os dispositivos legais referentes às questões am-
bientais nos processos de geração de seus produtos e serviços, mas não é só, ao obter a certificação, a
entidade ganha o reconhecimento da comunidade e atende a legislação ambiental. Legal, não acha?

A norma específica em relação à certificação ambiental é chamada

ABNT NBR ISO 14001, que especifica os requisitos de um Sistema de
Gestão Ambiental e permite a uma entidade desenvolver uma estru-
tura para a proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças
das condições ambientais.

A implementação dessa norma deve ser buscada por entidades que desejam estabelecer ou aprimo-
rar um Sistema de Gestão Ambiental, estar seguras sobre políticas ambientais praticadas ou demons-
trar a clientes e a organizações externas que estão de acordo com práticas sustentáveis.
Após essa explicação inicial, acredito que você queira muito saber como obter esse certificado. Então,
vamos lá!
Para descobrir o que uma empresa, ou estabelecimento rural, precisa fazer para obter o certificado,
clique nos botões a seguir.

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Legalidade na produção de Equídeos

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Identificar as Demonstrar Checar o sistema
atividades que prioridades da de gestão
possuam entidade e seus ambiental para
interação com o objetivos para uma possível
meio ambiente. redução de correção.
impacto
ambiental.
Desenvolver uma Verificar requisitos Ajustar a estrutura
política ambiental. legais e organizacional
regulatórios. para tais objetivos,
realizando
treinamentos,
comunicados e
documentados.

Pode parecer muita coisa, mas a norma estabelece os requisitos para um sistema de gestão ambien-
tal sem definir o que se deve fazer exatamente, de forma que cada entidade possa desenvolver suas
próprias soluções. A certificação é obtida por meio de uma auditoria na empresa que busca a certifica

Um criatório de equídeos, ou qualquer outro estabelecimento rural,

que possua uma certificação ambiental, mesmo que não seja algo
obrigatório, demonstra à sociedade e a seus usuários que está pre-
ocupado com o futuro do meio ambiente e está realizando sua parte
para a sustentabilidade do planeta.

Apesar de não ser obrigatório, um estabelecimento que tenha essa certificação pode gozar de bene-
fícios como financiamentos a juros mais convidativos e até mesmo a inclusão em programas de
incentivos como o PEPSA – Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais, que tem
por objetivo principal fomentar atividades de preservação ambiental em Goiás.

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Módulo 4 | Legalidade Ambiental: Como cuidar dos equídeos e do meio ambiente
 Legalidade na produção de Equídeos

Tá no decreto!
Para saber mais sobre o PEPSA, acompanhe o Decreto n° 9.130, de 29 de dezembro de 2017.

O que diz a lei?

A Lei nº 19.413, de 22 de julho de 2016 é voltada para política de incentivo ao consumo sus-
tentável em Goiás, estimulando o empreendedorismo e a certificação dos serviços.

Conclusão do módulo

Parabéns, você chegou ao final do

módulo!

Viu como é extremamente importante proporcionar aos animais condições adequadas para viver?
Mais do que atender a legislação, cumprindo as regras você garante a saúde de seus animais, protege
as pessoas e cuida do meio ambiente!
Comece a colocar em prática o que você aprendeu, e seja mais um agente de informação sobre a equi-
deocultura em nosso estado!
Agora, para fechar com chave de ouro, siga para o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem e responda
às suas atividades de aprendizagem!
Você também pode conferi-las aqui! Mas lembre-se de respondê-las na plataforma!

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Módulo 4 | Legalidade Ambiental: Como cuidar dos equídeos e do meio ambiente
Legalidade na produção de Equídeos

Atividade de Aprendizagem
Leia os enunciados com muita calma e atenção. Se achar necessário, leia mais de uma vez! Então, ana-
lise a informação trazida em cada alternativa.

Boa sorte!

1. José acaba de adquirir um haras e, além de cavalos, pretende iniciar uma criação de equídeos, englo-
bando asininos e muares. No entanto, apesar de ser um grande apaixonado por esses animais, desco-
nhece as normas e regras que precisa atender em seu espaço. Sobre as regras que ele deverá cumprir,
assinale a alternativa correta..

a. O controle de ações ambientais, relativas aos estabelecimentos rurais, de qualquer natureza, são
regidos pela Lei nº 12.651, de 2012, denominada Código Florestal.

b. A Lei nº 20.694, de 2019, estabelece normas gerais para o licenciamento de atividades ou empreen-
dimentos utilizadores de recursos ambientais, e será de responsabilidade dos municípios a realização
do licenciamento ambiental.

c. Nos sistemas de produção de equídeos existentes, a maior preocupação é com o destino dos dejetos
de sistema extensivo, visto que eles se concentram diretamente no solo.

d. Quando houver morte de animais nos criatórios de equídeos, a Defesa Sanitária do estado deverá ser
comunicada para acompanhar o enterro dos cadáveres, em valas, com dimensão suficiente para não
causar danos ao meio ambiente.

2. Cássia já possui uma propriedade rural, mas pretende adquirir outra para aumentar sua criação de
equídeos. No entanto, está confusa quanto às licenças ambientais e certificação. Sobre o tema, assinale
a alternativa correta.

a. Existem diferentes tipos de licenças ambientais: licença prévia, licença de instalação, licença de ope-
ração, licença corretiva e licença ambiental única. Todas têm o prazo de 30 dias úteis para serem expe-
didas pelo órgão ambiental estadual.

b. O tipo de licença a ser expedido será determinado a critério do proprietário do estabelecimento ru-
ral/criatório de equídeos, de acordo com suas necessidades.

c. As licenças ambientais poderão ser expedidas isoladamente ou sucessivamente, de acordo com a

natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.

d. A certificação ambiental é uma ferramenta que dá credibilidade à empresa ou estabelecimento que

a possui, atestando que a entidade respeita os dispositivos legais referentes às questões ambientais.

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Encerramento
do curso
Legalidade na produção de Equídeos

Parabéns! Você chegou ao final do curso Legalidade na produção de equídeos. Foram quatro módu-
los intensos, recheados de conteúdo. Então, que tal recordar tudo o que você aprendeu até aqui?

MÓDULO 1 – O que são equídeos, quais são as suas necessidades e a sua

importância social e comercial

Durante o módulo 1, você conheceu algumas das espécies de equídeos mais utilizadas aqui,
em território nacional. Pôde, também, revisitar a história desses animais, suas particularida-
des e primeiras legislações a seu respeito. Além disso, aprendeu sobre a importância de um
manejo correto e, especialmente, sobre a sua importância comercial para o desenvolvimento
econômico do país.

MÓDULO 2 – Como criar, transportar e garantir a sanidade de equídeos

dentro da legalidade

No módulo 2, você pôde compreender como adquirir e transportar equídeos dentro da legisla-
ção; e, certamente, percebeu que todas essas regras visam a manter o território, os animais e as
pessoas saudáveis.

MÓDULO 3 – Requisitos para legalização de equídeos em estabelecimen-

tos e de esportes equestres

Já no módulo 3, você conheceu os principais esportes equestres e seus regramentos específicos,

além de entender a importância de se cumprir as regras em eventos e feiras – já que são locais
de aglomeração e podem ter muitos focos de doenças infectocontagiosas. Pôde, ainda, observar
tudo o que é necessário para abrir um centro de equoterapia, além, é claro, de conhecer tudo
sobre essa terapia alternativa!

MÓDULO 4 – Legalidade ambiental: como cuidar dos equídeos conside-

rando o meio ambiente

No módulo 4, você aprendeu tudo sobre o uso de recursos naturais e o licenciamento necessário
para sua exploração. Afinal, a sustentabilidade é assunto em voga e, para além disso, é funda-
mental assumir um compromisso com o futuro, não é mesmo?

Para liberar o seu certificado, não esqueça de voltar ao seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),
clicar no botão INÍCIO e responder à Pesquisa de Satisfação, que será exibida automaticamente.

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Referências
Legalidade na produção
de Equídeos
Legalidade na produção de Equídeos

ABREU, N. C. F. A evolução dos Direitos dos Animais: um novo e fundamental ramo do direito. Jus.com.
br. 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/45057/a-evolucao-dos-direitos-dos-animais-um-
-novo-e-fundamental-ramo-do-direito. Acesso em: 08 fev. 2022.
ANDE BRASIL – Associação Nacional de Equoterapia. O que é Equoterapia? Disponível em: http://
equoterapia.org.br/articles/index/article_detail/142/2022. Acesso em: 08 fev. 2022.
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em: http://equoterapia.org.br/articles/index/article_detail/177/236.Acesso em: 08 fev. 2022.
BOI SAÚDE PECUÁRIA INTELIGENTE. Manejo da pastagem de forma correta. s/d. Disponível em: ht-
tps://dicas.boisaude.com.br/manejo-correto-da-pastagem/. Acesso em: 08 fev. 2022.
BRASIL. Decreto nº 5.652, de 06 de setembro de 2002. Aprova o Regulamento da Lei no 13.998, de 13
de dezembro de 2001, que dispõe sobre a Defesa Sanitária Animal do Estado de Goiás. Disponível em:
https://legisla.casacivil.go.gov.br/pesquisa_legislacao/61532/decreto-5652. Acesso em: 08 fev. 2022.
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Mormo no Território Nacional. Disponível em: http://www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariaanimal/fi-
les/2018/01/IN-MORMO-06.2018.pdf. Acesso em: 08 fev. 2022.
BRASIL. Lei nº 13.873/2019. Altera a Lei nº 13.364, de 29 de novembro de 2016, para incluir o laço, bem
como as respectivas expressões artísticas e esportivas, como manifestação cultural nacional. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13873.html. Acesso em: 08 fev. 2022.
BRASIL. Lei nº 13.998/2001. Dispõe sobre a Defesa Sanitária Animal do Estado de Goiás. Disponível em:
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