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CURSO DE TÉCNICO EM ZOOTECNIA

CAMPUS DE REDENÇÃO DO ESTADO DO PARÁ


EMPREENDIMENTO RURAL
PROFESSORA RAYTANE

SARA FARIA FREIRIA

AVALIAÇÃO SOBRE EMPREENDIMENTO RURAL DA


FAZENDA MJF

Redenção/PA

2022
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3

VISITA MATUTINA E VESPERTINA À FAZENDA MJF ........................... 4

CONCLUSÃO .......................................................................................... 13

REFERÊNCIAS ....................................................................................... 14
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INTRODUÇÃO

No dia 16 de setembro de 2022 foi realizada uma visita a fazenda MJF,


localizada no vale da serra em redenção do Pará, para os alunos de técnico
em zootecnia do SENAR, serviço nacional de aprendizagem rural,
acompanhados de seus professores e o coordenador do curso. A visita
contou com o objetivo de obtenção de experiências em campo para os
alunos e a correlação entre os conteúdos abordados em sala sobre
empreendimento rural e a realidade da fazenda MJF.
O conteúdo referido é a identificação da classificação, do perfil e do cenário
da propriedade rural, além do perfil do produtor rural. A classificação da
propriedade rural é definida pelo seu dimensionamento, medido através de
módulos fiscais. O perfil e o cenário da propriedade se refere ao
gerenciamento e as relações dentro da propriedade, sejam familiares ou
mão de obra externa, assim como a manejo das atividades dentro da
fazenda. E o perfil do produtor que se deve ao nível de tecnologia que a
propriedade apresenta e se o produtor está disposto a melhora-la, assim
como também se ele está ligado a cooperativas, em sistemas de
integração, a agricultura familiar ou se é independente.
Nesta visita, com a guia do veterinário da propriedade e familiar do
proprietário, Flavio, foi possível observar as instalações dos bovinos
leiteiros, os piquetes onde as vacas pastejam, algumas das tecnologias
utilizadas no gerenciamento da propriedade e no manejo dos animais, o
momento da ordenha e o manejo dos bezerros, além de ser possível ver
sistemas de criação de outros animais em pequena escala, como frangos,
ovinos e porcos. Toda a visita foi dividida em duas partes, de manhã e à
tarde, onde aconteceu a ordenha das vacas leiteiras e a alimentação dos
bezerros.
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VISITA MATUTINA E VESPERTINA À FAZENDA MJF

De acordo com Júnior (2022), a classificação de propriedades rurais é


baseada em relação ao tamanho da sua área e é medido através de
módulos fiscais. Essas medidas são variáveis dependendo de cada região
e considera atributos como a qualidade da terra, a sua localização
geográfica e o tipo de atividade econômica realizada. Podem ser
classificadas em minifúndio, pequena propriedade rural, média propriedade
rural, grande propriedade rural e latifúndio.
Desse modo, a propriedade visitada se enquadra melhor em pequena
propriedade rural, já que tem uma área de 17 hectares, ou seja, se
enquadra no tamanho de apenas um modulo fiscal, já que no Brasil um
modulo fiscal é uma área de 5 até 110 hectares, de acordo com uma
matéria sobre módulos fiscais (2020).
A fazenda MJF é gerenciada pela própria família, utilizando mão de obra
familiar, e também trabalhadores de fora da família. A renda familiar vem
da propriedade, mas também de trabalhos externos. O produtor também
procura desenvolver a propriedade tecnologicamente, sempre
implementando novas tecnologias e formas de manejo e atua de forma
independente e também através da cooperativa Cumaru, na região do
Pará.
Durante a manhã, foi explicado aos alunos do SENAR que toda
abordagem na propriedade gira em torno de manejo, nutrição e genética,
sendo esses os três pilares que regem a propriedade. Começando pela
genética, os animais são escolhidos para ter o melhor potencial leiteiro e
rusticidade para desenvolver-se a esse ambiente sem percas, por isso
atualmente a propriedade possui vacas da raça girolando meio sangue, e
reprodução delas é principalmente através de transferência de embrião
com sêmen de boi holandês puro.
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A alimentação é por mérito de produção, o qual são monitorados de forma


eletrônica, mas todos, basicamente, se alimentam de silagem de capim-
Mombaça, silagem de milho ou sorgo, ureia e a ração própria para vacas
leiteiras, além do pasto.
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O pasto é dividido em 24 piquetes de forma circular, seguindo o modelo


balde cheio da Embrapa, e é irrigado durante o período da seca, de forma
mecanizada e com a agua de dois poços da propriedade. Cada piquete vai
possuir bebedouros automáticos que são limpos diariamente. Geralmente
a adubagem do pasto é feita uma vez ao ano. E o manejo gira em torno do
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bem-estar animal, com instalações ventiladas e irrigadas para que as vacas


não sofram com o calor e também são alimentadas durante a ordenha, o
que as deixa mais calmas.
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Além dos bovinos, também há uma criação de ovinos das raças mestiças
de santa Inês e de damara mantidas em piquetes separados dos outros
animais, assim como uma criação de porcos de raça caruncho,
especializadas em produção de banha, e galinhas melhoradas da raça
rhode island red, ambos mantidos em instalações simples, mas essas
criações são pequenas e para renda extra.
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A parte da tarde foi realizada a ordenha nas vacas leiteiras, utilizando uma
ordenha eletrônica e chips em pulseiras para a organização gerencial do
leite coletado, que é em torno de 7 a 8kg por vaca, duas vezes ao dia. Ao
todo são cinco pares de ordenha e as 135 vacas são divididas em três lotes.
Elas são higienizadas, antes e depois da coleta do leite, e testadas para
mastite, e logo o leite é retirado. Depois as vacas ficam retidas em uma
área enquanto são alimentadas por 15 minutos para impedir que se deitem,
prevenindo uma possível contaminação nos tetos.
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A visita foi finalizada com a alimentação dos bezerros ao fim da ordenha.


Esses bezerros ao nascer permanecem com a progenitora durante 24
horas para ingestão do colostro e depois passam 15 dias próximos a elas,
até finalmente serem completamente separados. A partir desse momento
são divididos por sexo, no qual os machos são vendidos e as fêmeas
mantidas na propriedade.
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Quanto a comercialização, o leite coletado é armazenado na propriedade e


vai possuir suas principais vias de venda, mas o meio mais utilizado é
através da cooperativa de Cumaru. No entanto ainda há a via através da
venda direta, embora mais utilizada para venda em pequena escala.
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CONCLUSÃO

A visita a fazenda MJF foi uma experiência muito valiosa, pois ela mostrou-
se como um modelo que uma fazenda deveria ser de acordo com o
aprendido em sala. Sempre valorizando o bem-estar dos animais para obter
melhores resultados produtivos, sempre buscando inovações para
melhorar e com trabalhadores dispostos a aprender mais, tudo isso em
cima de um gerenciamento bem organizado. E apesar de nem todas as
fazendas terem essas qualidades na realidade, foi muito proveitoso
observar uma propriedade que conseguiu tê-las. Isso mostrou o que um
técnico em zootecnia deve visar alcançar quando trabalhar em uma
propriedade.
Além de que foi muito interessante observar como a implementação de
novas tecnologias auxilia muito no serviço de uma fazenda e como o bem-
estar dos animais é essencial para uma ter uma melhor produtividade.
Assim como o gerenciamento adequado foi de extrema importância durante
todo o processo de trabalho.
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REFERÊNCIAS

Módulos fiscais Proposições legislativas, 2020. Disponível em


https://fpagropecuaria.org.br/2020/05/11/modulos-fiscais/. Acesso
em:20/09/2022

JUNIOR, M. A. Processo de criação, Manejo e Bem-estar dos animais -


Empreendimento Rural, Módulo específico 1. Apostila do curso técnico EaD
SENAR: empreendimento rural / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
– Brasília, DF: SENAR, 2022.

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