Você está na página 1de 93

Curso: Técnico em Agropecuária

Disciplina: Forragicultura e Pastagens

ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO
E CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS
Dra: Carla Silva Chaves

Sinop, Dezembro - 2021


1
Estacionalidade de Produção

2
Introdução
• A estacionalidade de produção de forragem é um ponto-chave
para o planejamento de propriedades que se dedicam à
atividade pecuária.

• A estacionalidade de produção das plantas forrageiras é uma


expressão utilizada quando queremos nos referir à redução de
produção das pastagens em períodos em que há redução da
disponibilidade de luz, a temperatura média é menor e a
pluviosidade é drasticamente reduzida.

3

4

5

6

7

8
Estratégia primária
• Tendo em mente que a conservação de qualquer forragem por
qualquer método sempre onera o produto final, devemos
inicialmente tentar evitar ao máximo conservar forragens.

• Estratégias que façam com que o animal permaneça o maior


tempo possível em pastejo, ou seja, se servindo do alimento
volumoso.
• adubações no início e no final do período de das águas podem ser
utilizadas para tentar minimizar este efeito;
• Manejar corretamente o tripé solo-planta-animal.

9

10
Estratégia Secundária
• Uma vez que seja realmente necessário conservar forragens, o
pecuarista pode adotar inúmeras estratégias, cada uma mais
apropriada às condições do sistema de produção que estiver
sendo utilizado na propriedade, como a vedação de pastagens;
capineira de cana-de-açúcar; ensilagem de diversas gramíneas;
fenação; culturas de inverno ou outras alternativas como as
palhadas ou restos de cultura, subprodutos da indústria sucro-
alcooleira, etc..

11
Vedação de Pastagens
• Feno-em-pé: com essa técnica é possível armazenar alimento e, até
mesmo, propiciar um ganho de peso no animal durante o inverno.

• O pastejo diferido ou feno-em-pé, consiste em reservar uma área,


vedada ao gado, para que a pastagem cresça. Essa área deve ser
proporcional à quantidade de gado da propriedade: em geral, um
hectare (ha) de pasto para cada animal com peso em torno de 450Kg
(uma unidade animal).

12

13
Vedação de Pastagens
• As forrageiras mais indicadas para o pastejo diferido e que
apresentam menor perda de valor nutritivo são a Urochloa
decumbens (cv. Basilisk) e a Urochloa brizantha (cv. Marandu).

• Já as cultivares dos gêneros Megathyrsus - como Tanzânia,


Mombaça, Vencedor, Centenário e Aruana - e Andropogon, não são
recomendadas para o feno-em-pé, pois apresentam caules grossos.

14
Vedação de Pastagens
• O ideal é dividir a área de diferimento em duas partes:
• 1/3 dela será reservada em fins de janeiro e início de fevereiro, cujo pasto
servirá de alimento para o gado nos meses de junho e julho,
• e os 2/3 restantes devem ser vedados entre fevereiro e início de março,
para fornecer alimentação em agosto e setembro.
• A área reservada primeiro deverá ser menor porque esse período é mais
favorável ao crescimento da forrageira.

• Também é ideal que se faça na época de vedação da área, a


adubação nitrogenada, com aplicação de, pelo menos, 100Kg/ha
de ureia em cobertura.

15

16
Canavial
• Dentre as gramíneas forrageiras, a cana-de-açúcar se
destaca por dois aspectos:
• alta produção de matéria seca (MS) por hectare
• e capacidade de manutenção do potencial energético
durante o período seco.
• Além disso, o seu replantio se faz necessário apenas a cada
quatro ou cinco anos.

17

18
Formação do Canavial
• O produtor deve plantar variedades de cana-de-açúcar de boa
produtividade agrícola, de boa capacidade de rebrota da soqueira,
resistente ao tombamento e com alto teor de açúcar, levando em
conta a sua adaptação ás condições locais de relevo e fertilidade do
solo.

• Recomenda-se o plantio de duas variedades, sendo uma de


maturação precoce para suplementação dos bovinos no início do
período seco (maio a julho) e outra de maturação média/tardia,
para o restante do período de suplementação (julho a novembro).

19
Formação do canavial

• As variedades mais plantadas são:


• Precoce – NA 5679, RB 76-5418, SP 83-2847, CTC 2...
• Média/Tardia – CB 45-3, RB 72-454, SP 71-1406, CTC 3...

20
Formação do Canavial
• Escolha e preparo da área:
• Localização:
• A área deve estar próxima ao curral, com o objetivo de se reduzir
custos de mão-de-obra e facilitar o acesso, ter relevo plano ou pouco
inclinado, solo fértil, profundo e não sujeito a encharcamento.

• Tamanho do canavial:
• Para tratar de 50 bovinos durante 150 dias, 2 ha de
canavial bem conduzidos são, em geral, suficientes.

21
Formação do canavial
• Calagem:
• Quantidade: seguir indicações da análise do solo. Não tendo
análise de solo, usar 2 a 3 t/ha de calcário dolomítico em solo
ácido de mediana fertilidade.
• Espalhar o calcário no terreno antes da aração e incorporar
através da aração, um a dois meses antes do plantio,
preferencialmente.
• Em áreas íngremes, aplicar metade da dose no sulco de plantio e
o restante nas entrelinhas.

• Preparo do solo:
• Aração profunda, aproximadamente 30 cm, e gradagem
(destorroamento), garantindo a descompactação do solo e
reduzindo a infestação de pragas da área.

22
Formação do Canavial
• Sulcagem:
• Deve ser feita em nível, por ocasião do plantio, com 25-30
cm de profundidade e espaçamento de 1,30m. Usar
sulcador ou arado. Retirar dos sulco os torrões.

23
Formação do canavial
• Adubação de plantio:
• Caso não disponha da análise do solo, sugere-se, para solos
de mediana fertilidade, aplicar 400 a 500 kg da fórmula 00-
25-15 ou 05-24-20.
• Distribuir o fertilizante no fundo do sulco de plantio, sobre
a adubação orgânica.

• Preparo das mudas:


• Retirar mudas em canaviais vigorosos, preferencialmente
de cana-planta (1° corte), com 8 a 12 meses de idade, livre
de pragas e doenças. São necessários 10 a 12 t de
mudas/ha.

24
• Épocas de plantio:
• Setembro a novembro (plantio ano): plantar variedades de
maturações médias/tardia.
• Janeiro a março (plantio de ano e meio): plantar variedades
precoces e as médias/tardias.

• Plantio
• Distribuir as mudas (colmo inteiro) no fundo dos sulcos,
cruzando-se pés e pontas. Picar em toletes com 3 ou 4
gemas. Manter no mínimo 12 gemas por metro de sulco.
Cobrir as mudas com cerca de 10 cm de solo destorroado.
Não deve-se ultrapassar 10 dias de corte para se fazer o
plantio.

25

26

27
Utilização da Cana-de-açúcar
com uréia
• CUIDADOS NECESSÁRIOS QUANDO SE USA A MISTURA
CANA+URÉIA
• Seguir rigorosamente o período de adaptação dos
animais;
• Não fornecer cana+uréia para animais em jejum;
• Observar os animais com regularidade;
• Permitir livre acesso dos animais a água e minerais;
• Fornecer a mistura em cocho coberto ou perfurado, para
evitar o acúmulo de água;
• Jogar fora a sobra no cocho do dia anterior; e
• Caso ocorra a interrupção do fornecimento da mistura aos
animais, é necessário reiniciar o período de adaptação
28
Utilização da Cana-de-açúcar
com uréia
• COMO UTILIZAR A MISTURA CANA+URÉIA
• Cortar a cana rente ao solo eliminando-se as folhas
secas, em seguida picar integralmente o caule e as
folhas verdes;
• Adicionar ao material triturado, uma mistura diluída
de uréia+sulfato de amônio;

29
Utilização da Cana-de-açúcar
com uréia
• Para os animais em fase de adaptação (primeira semana), usar
450 gramas de Uréia+50 gramas de sulfato de amônio diluídos
em 4 litros de água, regados uniformemente sobre 100 kg do
material triturado.

• Após terminar o período de adaptação, ampliar a quantidade


para 900 gramas de Uréia +100 gramas de sulfato de amônio
diluídos em 04 litros de água, regados uniformemente sobre 100
kg do material triturado.

30

31
ENSILAGEM, ADITIVOS, TIPOS E
DIMENSIONAMENTO DE SILOS

32
Revisão de Conceitos
• SILO → Construção onde é armazenada a silagem;
• SILAGEM → forragem verde fermentada e conservada em silo;
• ENSILAGEM → é o processo de preparação da silagem como um todo
→ é o conjunto de operações destinadas à confecção da silagem
(corte da forrageira, colheita, transporte, desintegração ou picagem,
carregamento, compactação e vedação do silo).

33
Vantagens da ensilagem
• Produz um alimento de excelente paladar e alta qualidade, que induz
o animal a um maior consumo;

• Diminui o uso de alimentos concentrados;

• Aumenta a produtividade por área;

• Reduz a estacionalidade de produção animal

34
Aspectos bioquímicos da Ensilagem
• Fase 1 - Aeróbica
• Respiração de açúcares pelas enzimas da planta
• Consome oxigênio na forragem picada
• Aumenta a temperatura do material ensilado
Açúcares + O2 CO2 + H2O + calor

• Continua até que o oxigênio seja consumido

35
Aspectos bioquímicos da Ensilagem
• Fase 2 - Fermentação
• Começa quando as condições anaeróbicas são alcançadas na
forragem ensilada
• Bactérias produtoras de ácido láctico
• produção de ácido mais eficiente
• queda mais rápida de pH

• Esporos de clostrídeos causam fermentação secundária


• produzem ácido butírico e NH3
• aumentam o pH
• causam altas perdas de nutrientes
• agem em condições úmidas
• não crescem em pH abaixo de 4,0

37
Aspectos bioquímicos da Ensilagem
• Fase 3 - Estabilidade
• Se o silo é coberto adequadamente, pequena atividade biológica ocorre
durante a armazenagem.
• A entrada de oxigênio no silo permite que leveduras, fungos e bactérias
aeróbicas cresçam.

39
Aspectos bioquímicos da Ensilagem
• Fase 4 - Retirada da forragem do silo
• O oxigênio tem acesso irrestrito a face exposta
• Microrganismos aeróbicos consomem nutrientes e aumentam a temperatura
da silagem
• A remoção rápida da silagem é essencial para prevenir estragos durante a
retirada do silo.

40
Aspectos bioquímicos da Ensilagem

41
Aspectos bioquímicos da Ensilagem
• Fermentação Indesejável
• Fermentação butírica:
• Se o pH não atinge rapidamente valores entre 3,8 e 4,2 inicia a
fermentação secundária

Lactatos e açúcares residuais Clostridium Ácido butírico

• Ocorre elevação da Temperatura

• O processo envolve descarboxilação do ácido láctico (consumo de


H+) criando condições mais favoráveis as bactérias do gênero
Clostridium.

42
Aspectos bioquímicos da Ensilagem
• Causas das fermentações indesejáveis:
• Plantas com baixos teores de carboidratos solúveis;
• Alto teor de umidade na forrageira (baixo teor de MS);
• Alto poder tampão;
• Baixo grau de compactação.

43
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
a) Escolha da espécie:
• Forrageira deve possuir teor de carboidratos suficientes para formar ácidos.
• Forrageira deve ter alta produtividade (influência custo-qualidade) que
também é modificada pela adubação.

44
Fatores que determinam a qualidade
da forragem
• Espécies:
• Milho
• Alto conteúdo de energia
• Facilidade de mecanização
• Alta produção de MS
• Baixo teores de PB, Ca e P
• Colheita estado farináceo (30 – 35% MS)
• 90 a 110 dias
• ~ 30 t MS/ha de silagem

45
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
• Sorgo
• Vantagens culturais em relação ao milho
• Sorgo forrageiro (massa e grãos)
• Colheita no estado farináceo
• ~40 t/ha de silagem
• Rebrota com até 60 % da produção
• Menor custo do que o milho

47
Fatores que determinam a qualidade
da forragem
• Capim-elefante
• Silagem de média a boa qualidade (baixa energia cana-de-
açúcar)
• Alta produtividade
• Colheita com 60 a 90 dias
• Emurchecimento (~7 horas ao sol) desvantagem com a
colheita mecanizada
• Adição de produtos com elevado teor de MS
• Altura de corte de 15 a 20 cm
• Em média de 50 a 80 t/ha de silagem por corte.

48
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
• Cana-de-açúcar
• Quando há necessidade de liberar a área, ocorre fogo no canavial ou em mistura com
capins;
• Elevada produção de MS e conteúdo energético, porém baixo conteúdo protéico;
• Variedade utilizadas pela Indústria;
• A colheita deve ser feita após cinco meses de plantio ou rebrota;
• Cana cortada e ensilada com 6 meses: 7,5% de álcool
• Cana cortada e ensilada com 24 meses: 17,5% de álcool;
• Animais de baixa produção.

49
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
• Leguminosas
• Baixo teor de Carboidratos solúveis;
• Baixo teor de MS;
• Alto poder tampão;
• Baixa produção por área;
• Colheita difícil.

50
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
b) Teor de MS
• Para (McCULLOGH,1977), teores ideais de matéria seca devem estar situados
entre 28-35%.

• Teores mais elevados de umidade Clostridium produtoras de ácido butírico,


obtendo-se silagem de má qualidade.

• O teor elevado de MS torna difícil a compactação da massa e expulsão do ar


(VILELA, 1984).

51
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
c) Teor de Carboidratos solúveis
• A quantidade inicial de carboidratos solúveis na forrageira a ser ensilada
contribui para uma rápida fermentação com produção de ácidos orgânicos,
principalmente ácido lático.

• Ideal de 13 a 16%.

52
Fatores que determinam a qualidade da
forragem
d) O poder Tampão das plantas forrageiras
• tampões podem ser formados por uma mistura de ácidos fracos e seus sais,
de tal forma que a adição de um ácido ou uma base ao meio, mesmo que
fortes, não afetarão o pH.

• O problema de ensilar forrageiras com poder tampão elevado resulta da


necessidade de um aumento no teor de ácido lático, de modo a reduzir o pH
para valores adequados (3,8 - 4,2) (limita o abaixamento do pH).

53
Roteiro para Produção de Silagem
• Corte da planta no estádio vegetativo ideal;
• proteína, ótimo rendimento de MS e teor reduzido de fibra.
• Picagem ou laceração do material a ser ensilado;
• Facilitar a compactação, bem como o rompimento de células permitindo uma
atuação direta dos microrganismos.

54
Roteiro para Produção de Silagem
• Enchimento do silo;
• Deve ser realizado dentro do menor espaço de tempo possível.
• Expulsão do ar durante o carregamento do silo;
• A compactação visa diminuir a quantidade de ar
• Isolamento da massa ensilada à entrada de ar e água.
• Evitar a penetração de ar e de água.

57
58
Características de uma silagem bem
fermentada
• Reduzidas perdas no valor nutritivo;
• Elevada aceitação pelos animais;
• Textura firme;
• Odor agradável (semelhante ao vinagre);
• Ausência de mofo;
• Pouco ou nenhum ácido butírico;
• Alto teor de ácido láctico;

59
Critérios para avaliação da qualidade da
silagem
• pH 3,8 a 4,2
• Ácido lático 1,5 a 2,5%
• Ácido Butírico < 0,1 %
• Ácido Acético 0,5 a 0,8%
• N-amoniacal < 10,0%
• Odor de vinagre
• Sabor ácido típico
• Cor clara, verde amarelada ou caqui
• Textura firme, tecidos macios não destacáveis das fibras
• Temperatura

60
Aditivos
• ADITIVOS → Material que pode ser colocado à silagem, antes da
vedação do silo, para:

• reduzir umidade;
• melhorar a fermentação da forragem;
• aumentar o tempo de conservação;
• aumentar a digestibilidade da silagem;
• aumentar a aceitabilidade e consumo pelos animais

61
Aditivos
• QUANDO USAR ADITIVOS?

• 1) Quando o teor de CHOS solúveis , proteína (ex: leguminosas)

• 2) quando teor de CHOS  e matéria seca 

62
Aditivos
• Tipos
1. Estimulantes da Fermentação
A. Nutritivos
• Pelo fornecimento adicional de Carboidratos
– Cana-de-açúcar 20 – 30 %
– Melaço de cana 1 – 4% (favorece a fermentação lática)
– Fubá 60 – 90 kg/t (elevar o teor de MS da silagem e valor nutritivo)
– Raspa de mandioca 75 kg/t
– Uréia de 1 – 1,5% (uso somente em forrageiras com elevado teor de MS e energético)
– Amonização 0,5 – 1 %

63
Aditivos
B. Não Nutritivos
• Não melhoram a qualidade da silagem, deveriam melhorar a eficiência de
produção em pelo menos 11 % para pagar o custo.
• Culturas de bactérias
• Enzimas (celulose e hemicelulose)
• Biosilos (culturas de bactérias e leveduras, para adicionar à silagem, para melhorar e
eficiência de produção).

64
Aditivos
2. Inibidores da Fermentação
A. Nutritivos
• Baixam o pH e podem ter efeito bactericida
• Sal comum – 2 a 3%
• Ácido propiônico
• Ácido fórmico (efeito bactericida num
determinado valor de pH, reduz os níveis de
ácidos orgânicos, bem como o pH da silagem
(BOIN, 1973), através do aumento da
concentração hidrogeniônica do meio
(acidificante) – 0,5 a 0,6%.

65
Aditivos
B. Não nutritivos
‾ Formol (é uma substância bactericida, sendo utilizado na ensilagem
para ocasionar uma diminuição na fermentação; o formol faz com que as
proteínas atravessam quase intactas o rúmen e são digeridas e
absorvidas no abomaso e intestino delgado) – 0,4 a 0,6%.
‾ Ácidos minerais ;
‾ Antibióticos.

66
Perdas nas Silagens
• Antes e durante a colheita 3-5%;

• Fermentação – resultantes das respiração celular e da atividade


microbiológica anaeróbica 3 – 16%;

• Apodrecimento – devido ao aumento da temperatura e ao mofo ( presença


de ar) até 12%;

• Drenagem – consequência de elevado teor de umidade e compressão


sofrida pela massa ou pela entrada da água de chuva 4% (não ocorre
quando o teor de MS > 30%).
67
68
Fatores que influenciam as perdas
• Tipo de silo;
• Momento da colheita (30 – 35% MS);
• Tamanho da partícula;
• Velocidade de enchimento (sem interrupção);
• Vedação do silo;
• Adição de produtos líquidos;
• Compactação.

69
Tipos de silo
1. Silo cilíndrico tipo cisterna
– Vantagens:
• Carregamento e compactação fáceis;
• Mais baratos.
– Desvantagens:
• Descarga mais difícil;
• Não pode ser de grande capacidade, necessita ser feito em forma
de baterias, devido à sua profundidade (máxima 7 m);
• Não pode ser construído em baixadas, devido ao lençol freático
superficial;
• Revestimento indispensável.

70
Tipos de silo
2. Silo tipo torre

71
Tipos de silo
3. Silo cilíndrico de meia encosta

72
Tipos de silo
4. Silo trincheira

73
Tipos de silo

5. Silo superfície

74
Tipos de silo
6. Silo Bag
• A silagem estocada em bags é produzida com máquinas que "empacotam" a
forragem picada em tubos plásticos horizontais.
• Os silos bag possuem certa variedade de tamanhos, podendo variar de 1,8
a 3,6 m de diâmetro e 30, 60 ou 90 m de comprimento, sendo a dimensão
1,8 por 60 m é a mais comum no nosso país.

75
Tipos de silo
• Bags que variam de 30 a 60 metros podem estocar de 2 a 6 t de silagem/m
linear.
• O plástico utilizado não é reutilizável e geralmente custa entre R$ 6 a 10/t de
silagem estocada (Bernardes & Amaral, 2009).

www.treehugger.com
76
www.beefpoint.com.br
Tipos de silo
• Pontos positivos dos Silo Bags:
• A anaerobiose é rapidamente alcançada;
• Flexibilidade quanto ao local de confecção do silo;
• Variabilidade na capacidade de estocagem;
• Menor uso de plástico;
• Menor exposição do painel ao oxigênio atmosférico.

77
Tipos de silo
• Pontos negativos dos Silos bags:
• o investimento inicial em equipamentos;
• lentidão no tocante ao desabastecimento do silo.

78
Tipos de silo
• Silo do Pronaf (Agricultura Familiar)

79
Pré-secadas
• A ensilagem de plantas forrageiras com:
• MS inferior a 21%,
• carboidratos solúveis inferiores a 2,2% na matéria verde ,
• baixa relação entre carboidratos e poder tampão.
• Riscos de fermentações secundárias são maiores, tornando-se imprescindível
o uso de recursos que, de alguma forma, modifiquem esta situação
(McDONALD et al., 1991).

80
Pré-secadas
• A remoção parcial de água da planta através do emurchecimento ou
pré-secagem, pode ser uma opção interessante.
• Gramíneas utilizadas:
• Aveia,
• Azevém,
• Triticale,
• cevada,
• E mais recentemente espécies do gênero Cynodon.

81
Pré-secadas
• Fundamentos da produção:
• Corte: dentro do período vegetativo (azevém e aveia) ou até no máximo no
início do florescimento (alfafa);
• Secagem: concentração de MS não pode ultrapassar de 50 – 55% (deve haver
o revolvimento da forragem);
• Recolhimento: a forragem recolhida e picada deve ter tamanho de partícula
entre 2 a 3 cm;

82
Pré-secadas

• Alterações durante a fermentação:


• Silagens com elevados teores de MS estão sujeitas a elevação da temperatura
as condições de umidade e temperatura acima de 55° C são favoráveis a
reações não enzimáticas entre os CHOs solúveis e grupos aminas dos Aas
reação de Maillard.
• A formação de produtos de Maillard promove:
• Diminuição acentuada na digestibilidade da proteína
• Alterações na cor da silagem de verde para marron

83
Silagem de Cevada
• A cevada (resíduo úmido de cervejaria) consiste em
importante alimento alternativo
• elevada umidade deste co-produto das cervejarias limita
seu uso comprometer o transporte a longas distâncias
dificultar a conservação por períodos prolongados.

84
Silagem de Cevada
• O material deve ser depositado em silos que permitam o escoamento
do excesso de umidade;
• A cevada processada deve ser vedada completamente, expulsando
todo o ar de sua superfície.

85
Silagem de Cevada
• Alves (2009) afirma que a conservação da cevada por ensilagem não
revelou variação nos teores de MS e proteína durante o tempo
avaliado, por até 30 dias.

• O teor médio de MS da silagem de cevada (19,8%) mostrou-se ao


mínimo necessário para obtenção de silagens de boa qualidade
(25%); o pH denota boa conservação anaeróbica, obtidas quanto à
coloração, odor e ausência de bolor.

86
Custo de Produção
C:\Users\Carla\Documents\Carla\Custeio\Custeio_Milho Sergio.xls

87
Dimensionamento

88
S
I
L
O

T
R
I
N
C
H
E
I
R
A

89

Você também pode gostar