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Curso: Técnico em Agropecuária

Disciplina: Forragicultura e Pastagens

Introdução a Forragicultura
e Pastagens
Professora: Dra. Carla Silva Chaves

Agosto/2022 1
Objetivos
• Conhecer as principais terminologias utilizadas em Forragicultura e
pastagens.
• Entender a importância da Forragicultura na pecuária nacional.
• Diferenciar gramíneas e leguminosas.
• Entender a morfologia das gramíneas e leguminosas.
• Conhecer as principais espécies de gramíneas e leguminosas
utilizadas na pecuária nacional.

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Conceitos em Forragicultura

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Forragicultura

• Área da ciência que estuda as forrageiras, as


pastagens naturais/nativas, as pastagens cultivadas e
os processos de conservação de forragem.

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Agrostologia
• É a ciência que consiste no correto uso do solo para o
plantio de espécies forrageiras destinadas ao consumo
animal.

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Planta Forrageira

• Plantaapropriada para a alimentação animal,


podendo ser utilizada a inteira ou parte dela.

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Forragem
• Alimento herbáceo da parte comestível das plantas, que pode
ser colhido pelo próprio animal ou cortado e oferecido pelo
homem para alimentação. Geralmente está acima do solo, mas
pode-se incluir raízes e tubérculos.

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Pasto
• Forragem que o animal encontra na pastagem.

•Planta forrageira que está disponível na pastagem

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Pastagem
•Um tipo de unidade de manejo do pastejo, fechada e separada
de outras áreas por cerca ou barreira, e destinada à produção de
forragem para ser colhida principalmente pelo pastejo.
•Conjunto de plantas forrageiras + solo + aguada + cocho + cerca.
•É toda infra-estrutura do ecossistema.

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Piquete

• Área de pastejo correspondente a uma sub-divisão de


uma unidade de manejo de pastejo (exemplo, uma
pastagem), fechada e separada de outras áreas por cerca ou
uma outra barreira.

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Massa de Forragem
• Massa total de forragem por unidade de área de solo acima de
uma altura específica (normalmente, mas não necessariamente, o
nível do solo).

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Acúmulo de Forragem (“Produção”)
• Variação (incremento) da massa de forragem entre duas medições
de massa instantâneas consecutivas em uma pastagem.
Crescimento
• Síntese de novos tecidos vegetais pela planta, com aumento da sua
massa.
Senescência
• Processo de perda de biomassa determinado pelo envelhecimento
de partes da planta, determinado por processos fisiológicos, pelo
ambiente, e suas interações.
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Resíduo
• Forragem remanescente após corte ou pastejo, expressa como
altura ou massa de forragem.

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Taxa de Lotação
• Número de animais (ou U.A.) por unidade de área de toda a unidade de pastejo
considerada dentro de um intervalo de tempo.

Taxa de Lotação Instantânea


• Número de animais (ou U.A.) por unidade de área efetivamente sendo pastejada (por
exemplo, um piquete) medida em um determinado ponto no tempo (medição
instantânea).

• Exemplo: pastagem de 10 ha dividida em 25 piquetes de 0,4 ha, com 20


animais (UAs) pastejando os piquetes, um piquete a cada dia.
• TL = 20 UA / 10 ha = 2 UA / ha
• TLI = 20 UA / 0,4 ha = 50 UA / ha

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Importância da Forragicultura

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• a área de pastagens utilizada cresceu
0,2%, passando de 164,9 milhões
de hectares para 165,2 milhões de
hectares, com uma produtividade
média de 4,2 @/ha/ano ou 65,5 kg
de carcaça/ha/ano.

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•Brasil 4°maior produtor de Leite no mundo e 1° em exportação de
carne bovina

• US$144,97 Bilhões/ano = agronegócio carne bovina

• US$ 10Bilhões/ano=agronegócio leite

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• A importância das forrageiras e pastagens na produção de bovinos no
Brasil torna-se inquestionável, já que o pasto representa a forma mais
econômica de alimentação para o rebanho

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• O processo de degradação da pastagens é o fenômeno complexo
que envolve causas e consequências que levam a gradativa
diminuição da capacidade de suporte da pastagem, culminando com
a degradação propriamente dita.

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Morfologia de Gramíneas e Leguminosas

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Famílias das principais espécies forrageiras:

Gramineae Leguminosae

Cactaceae Crucíferae
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Gramíneas
• Importância na Agropecuária
• Família mais importante na agricultura, produzindo:
• cereais (75% originado de trigo, arroz e milho)
• Produz forragem para os ruminantes;
• Compreende 700 gêneros e 12.000 espécies;
• Presentes em diversas situações ambientais;

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Gramíneas
• Pastos e savanas compreendem 20% da vegetação que cobre
a terra.
• Algumas gramíneas mais conhecidas são:
milho (Zea mays)
trigo (Triticum aestivum)
arroz (Oryza sativa)
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum)
Braquiária (Urochloa brizantha)

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Gramíneas
• Sistema Radicular
• Refere-se ao total de todas as raízes da planta.
• Parte inferior da planta por onde se fixa no solo e
retira sua nutrição.

• Principais Funções:
1) Absorção de água e minerais;
2) Sustentar a planta no solo;
3) Armazenar nutrientes.

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• As gramíneas apresentam dois sistemas de raízes:
1) raízes seminais ou embrionárias e
2) raízes permanentes, caulinares ou adventícias.

1) As raízes seminais ou embrionárias têm origem no


embrião e estão cobertas pela coleorriza. A duração dessas
raízes é curta, correspondendo a algumas semanas.
A coleorriza funciona como órgão de proteção e de
absorção de água e de nutrientes. Sobre ela, têm-se
observado, em muitas espécies, pêlos absorventes.

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• As raízes permanentes (caulinares ou adventícias)
originam-se dos primeiros nós basais, de estolões ou,
também, de outros nós que estejam em contato com
o solo.

•As gramíneas tem um sistema radicular fasciculado:

• São raízes semelhantes entre si, numerosas, formando


um sistema denominado fasciculado ou cabeleira.
• Desenvolvem-se, principalmente nas camadas pouco
profundas, explorando a parte superficial do solo (20-30
cm).

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• Colmo

• O colmo das gramíneas é constituído de nós e


entrenós.

• Cada nó tem sua folha correspondente.

• Os entrenós são cilíndricos e podem ser ocos, como


ocorre em gramíneas de inverno, ou podem ser cheios,
como ocorre em milho e em cana-de-açúcar.

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Entrenós

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• Folhas

• As folhas Em geral, possuem bainha, lígula e lâmina.


• A bainha é o órgão alongado em forma de cartucho,
que nasce no nó e cobre o entrenó, podendo ser maior ou
menor que este.
• A lígula é a parte branca e membranosa, pilosa ou
mista que se localiza na parte superior interna da
bainha, no limite com a lâmina foliar.

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• A lâmina foliar das gramíneas, em geral, é linear.

• Aurículas: dois apêndices que abraçam o caule.

Esses apêndices, juntamente com a forma da

lígula, oferecem características para distinguir as

espécies durante o período vegetativo.

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LÂMINA FOLIAR

Limbo foliar

Quilha ou
Nervura central

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Leguminosas
• Importância na Agropecuária
• Família de importância econômica na produção de grãos e
produtora de forragem para os ruminantes;
• Distribuídas em regiões temperadas, tropicais e
subtropicais de todo o mundo;
• Compreende 500 gêneros, 11.000 espécies;
• Presentes em diversas situações ambientais;
• característica típica dessa família é apresentar o fruto do
tipo legume, também conhecido como vagem (há exceções).

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• Importância econômica pela produção de alimentos
como:

• soja (Glycine max)


• alfafa (Medicago sativa)
• Feijão (Phaseolus vulgaris)
• ervilha (Pisum sativum)

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• Folhas
Arranjo das folhas no caule
a) opostas (duas folhas saindo do mesmo nó);
b) alternadas
c) verticiliadas (várias folhas saindo do mesmo nó);
d) roseta (várias folhas saindo da extremidade
dum caule).

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• Uma folha de leguminosa consiste de três
partes:
1. Folíolo;

2. Pecíolo (peciólulo);

3. Estípula.

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•As estípulas que podem ser de tamanho variado,
muitas vezes essa estípula é transformada em
espinho.

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• Tipos de Folhas

Pinada Palmada Simples


Composta Composta 55

Bipinada Trifoliada

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Leucena 57
• Caule
• Os caules das leguminosas são muito mais diversos que os
das gramíneas (colmo). Há grande variedade em tamanho,
cumprimento e número de ramos;
• Tipos:
• 1) subterrâneos (acumula material de reserva);
• 2) Superficial e aéreo (herbáceos ou lenhosos, cilíndricos
ou angulosos, erectos ou prostados, trepadores ou não).
• Os caules herbáceos (consistência tenra) são estolonosos.
• Os caules lenhosos não apresentam estolões.

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• São de hábito variado podendo ser herbáceas,
arbustivas e arbóreas.

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Cajanus Cajan - Feijão Guandu Leucaena leucocephala

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Arachis pintoi
• Sistema radicular
• Característico de plantas leguminosas. Pode
penetrar no solo a apenas poucos centímetros, como a
muitos metros.

• Apresenta uma raiz primária, que é dominante,


mais robusta, com pequenos “braços” de raiz (raízes
secundárias);

• É originado da raiz embrionária ou radícula;

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• Apresenta nódulos formados através do
contato da raiz com as bacteria do gênero
Rhizobium.
• Todas as espécies da família apresentam
simbiose de suas raízes com bactérias, com as
quais fixam o nitrogênio da atmosfera.
• Uma característica ecológica de extrema
importância.

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• Nódulos de Rhizobium (bactérias Gram
negativas e vivem nos nódulos

• 80% dos gases da atm é N2, mas as plantas


não conseguem usar essa fonte de
nitrogênio;

• As bactérias fixadoras de nitrogênio


transformam o N2 em amônia (NH3);

• Parte importante do ciclo do nitrogênio na


Terra.

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Gramíneas Forrageiras para pastejo

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Capins originários do Brasil
Paspalum atratum Paspalum notatum
Capim pojuca Grama batatais

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Melinis minutiflora
• Nomes comuns: capim-meloso, gordura e capim-melado
• Gramínea perene de crescimento entouceirado, apresenta pelos
que solta uma secreção pegajosa;
• Originário da África mas já se naturalizou em várias partes do
mundo;
• Adaptada à solos pobres, mas pouco resistente à seca
• Não resiste ao pisoteio, baixa capacidade de rebrota após o
corte
• Resistente a pragas e doenças;
• Propagação por sementes ou mudas

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Hyparrhenia rufa
• Nomes comuns: capim-jaraguá, capim-provisório,
vermelho, brasileirinho, lageado
• Gramínea perene de crescimento entouceirado, porte
ereto;
• Originário da África;
• Adaptada à solos pobres, crescimento limitado em solos
úmidos;
• Bastante resistente ao pisoteio;
• Resistente a doenças. Atacado por saúva;
• Propagação por sementes
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Megathyrsus maximus
• Perfilhamento intenso;
• Inflorescência tipo Panícula, em forma de cone;
• Sementes viáveis, pequenas e férteis;
• Propagação por sementes;
• Melhor aproveitamento do seu potencial seria em pastejo
rotacionado;
• Dependendo da cultivar a melhor altura para entrada dos animais
seria de 70-90 cm e a altura de saída de 30 cm.
• Alto valor nutritivo: 12-14% de PB nas águas e 6-8% de PB na seca.

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Megathyrsus maximus
• Cultivar Colonião

• Nomes comuns: colonião


• Gramínea perene de crescimento entouceirado, porte
ereto;
• Originário da África;
• Altamente exigente em fertilidade;
• Resistente a doenças e pragas;
• Propagação por sementes ou mudas

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Megathyrsus maximus
• Cultivar Aruana

•Crescimento entouceirado
•Menor porte entre todas as cultivares
•Bastante apreciado por ovinos e caprinos

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Megathyrsus maximus
• Cultivar Mombaça

• Lançado em 1993 pelo CNPGC


•Presença de pêlos nas bainhas próximos aos nós.

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Panicum maximum
• Cv. Mombaça

•Plantas com altura máxima de 1,50 a 1,80 m;


•Folhas eretas;
•Ligeiro arrocheamento na bainha, nas folhas e nas
espiguetas
•Excelente capacidade de rebrotação;
•Mais produtivo que o capim-tanzânia em condições de
manejo e de fertilidade iguais.

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Megathyrsus maximus
• Cultivar Tanzânia

• Plantas mais baixas que as de capim-mombaça


•Altura máxima entre 1,20 e 1,50 m.
• Folhas glabras;
•Arroxeamento intenso nas bainhas, folhas e
espiguetas;
• Folhas mais decumbentes que as do capim-mombaça
•Mais tolerante que a cigarrinha das pastagens que o capim-
mombaça;

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Megathyrsus maximus
• Cultivar BRS Zuri

• Ciclo vegetativo: Perene


• Hábito de crescimento: Cespitoso
• Altura: 1 a 1,5 m
• Massa seca/ha/ano: 21,8 t
• Proteína Bruta (%): 11 a 15
• Utilização: Pastejo/Fenação
• Fertilidade do solo: Alta
• Profundidade de plantio: 3 a 5 cm
• Altura de entrada dos animais: 70 a 75 cm
• Altura de saída dos animais: 30 a 35 cm
• Plantio: Em linha/ A lanço
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Megathyrsus maximus
• Cultivar Quênia

• Fertilidade do solo: alta


• Forma de crescimento: cespitoso
• Altura: 1,2 a 1,5 m
• Utilização: pastoreio direto, fenação
• Digestibilidade: excelente
• Palatabilidade: excelente
• Precipitação pluviométrica: acima de 800 mm anuais
• Tolerância à seca: média
• Tolerância ao frio: média / alta
• Teor de proteína da matéria seca: 11 a 13%
• Consorciação: Estilosantes Campo Grande
• Profundidade da semeadura: 1 a 2 cm
• Ciclo vegetativo: perene
• Produção de forragem: 15 a 18 t. ms/ha/ano
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Megathyrsus maximus
• Cultivar Tamani

• Ciclo vegetativo: Perene


• Hábito de crescimento: Cespitoso
• Altura: 0,8 a 1,3 m
• Massa seca/ha/ano: 15 t
• Proteína Bruta (%): 13 a 15
• Utilização: Pastejo
• Fertilidade do solo: Média/ Alta
• Profundidade de plantio: 2 a 2,5 cm
• Altura de entrada dos animais: 50 cm
• Altura de saída dos animais: 25 cm
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• Plantio: Em linha
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Megathyrsus maximus
• Cultivar Massai
Proteína bruta na MS: 9 - 12%
• Ciclo Vegetativo: Perene Palatabilidade: Ótima
• Forma de Crescimento: Touceiras baixas • PRECIPTAÇÃO ANUAL
Acima de 750 mm
• TOLERÂNCIA Seca: Média
Frio: Média • UTILIZAÇÃO / MANEJO
Umidade: Baixa Tempo de formação: 90 – 120dias
Cigarrinha: Média Primeiro pastoreio: 90 dias (gado jovem)
Sombreamento: Baixa Altura do corte: 20 cm retirar os animais
• PRODUÇÃO ADAPTAÇÃO
Tipo de solo: Médio / Fértil
Altitude: Até 2.300 m
Matéria seca ha/ano: 12 - 15 t

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Urochloa spp.
• Espécies:
• Urochloa decumbens, Urochloa brizantha, Urochloa ruzizienses,
Urochloa plantaginea, Urochloa humidicola, Urochloa
dictyoneura.

• Cultivares:
• Basilisk
• Marandu
• Xaráes
• Capim-congo
• Capim-angola

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Urochloa decumbens
• Nomes comuns: capim-braquiária, capim-braquiarinha, capim-
braquiária decumbens, signalgrass, cultivar Basilisk,

• Características morfológicas:
• Porte de 0,20 a 1,20 m;
• Baixa exigência em fertilidade do solo, tolera solos pobres e ácidos;
• Não tolera solos encharcados;

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Urochloa decumbens
• Características agronômicas:
• Pastejo até a altura de 20 cm (tolera pisoteio);
• Em pastejo rotacionado: altura de entrada de 40-50 cm e altura de saída de 15
cm;
• Pode ser utilizado com feno;
• Utilizado como pastejo diferido;
• Apresenta toxidade por foto sensibilização pelo fungo Phitomyces chartarum;
• Altamente suscetível a cigarrinha das pastagens;
• Valor nutritivo baixo/médio: teor de PB de 7-10%.
• Produtividade média de 9-11 t/ha de MS.

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Urochloa decumbens
• Cultivar Basilisk

•Tolerante ao pisoteio,
•Boa produção de semente,
•Forte adaptação à solos infertéis,
•Alta produção de forragem.
•Produção de MS: 5 a 18 t MS/ha
•Teor de PB: 8 a 14%
•Intolerante a cigarrinha das pastagens

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Urochloa brizantha
• Cultivares:
• Xaraés
• Marandu
• Braquiarão
• BRS Piatã
• BRS Paiaguás

• Características Morfológicas
• Altura: 1,50 m
• Solos média fertilidade
• Moderadamente resistente a cigarrinha

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Urochloa brizantha
•Cultivar Xaráes (MG 4)

• Exigência do solo: Média / Alta


• Exigência de chuva: Acima de 800 a 3000 mm anuais
• Hábito de crescimento: Touceira decumbente
• Produção de massa: 10 a 18 ton MS/ha/ano
• Indicações: Pastejo e Fenação
• Tolerâncias/resistências: Cigarrinha / seca (muito boa)
• Altura: 1,60 m (em regime de crescimento livre)
• Temperatura: 20 a 30º C

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Urochloa brizantha
• Cultivar Marandu

• Gramínea perene, cespitosa, muito robusta, podendo atingir 2,5 m


de altura.
• Adaptada a áreas de Cerrado com fertilidade média a alta;
• Crescimento entouceirado com boa capacidade de rebrota;
• Boa palatabilidade;
• Tolerante ao frio, à seca, ao fogo, as cigarrinhas das pastagens.
• Bainha pilosa.
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Urochloa brizantha
• Cultivar BRS Piatã • Tolerância à seca: média
• Tolerância ao frio: média
• Fertilidade do solo: média, alta • Teor de proteína da matéria seca: 11 a 13%
• Forma de crescimento: ereto, cespitoso • Consorciação: Estilosantes Campo Grande
• Altura: 0,85 a 1,10 m • Profundidade da semeadura: 2 a 4 cm
• Utilização: pastoreio direto, fenação • Ciclo vegetativo: perene
• Digestibilidade: excelente • Produção de forragem: 10 a 18 t.
• Palatabilidade: excelente MS/ha/ano
• Precipitação pluviométrica: acima de • Cigarrinhas das pastagens: tolerante
800mm anuais • Pontos de vc/ha: 400-600

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Urochloa brizantha
• Cultivar BRS Paiaguás • Tolerância à seca: alta
• Tolerância ao frio: média

• Fertilidade do solo: média • Teor de proteína da matéria seca: 11 a 13%

• Forma de crescimento: cespitoso • Consorciação: Estilosantes Campo Grande

• Altura: 0,60 a 0,90 m • Profundidade da semeadura: 2 a 4 cm

• Utilização: pastoreio direto, fenação, consórcio • Ciclo vegetativo: perene


com milho • Produção de forragem: 10 a 15 t. ms/ha/ano
• Digestibilidade: excelente • Cigarrinhas das pastagens: não tolerante
• Palatabilidade: excelente • Pontos de vc/ha: 400-600
• Precipitação pluviométrica: acima de 800 mm
anuais

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Urochloa ruzizienses
• Comum: Ruziziensis,Capim-congo “Ruzi-Grass”

• Origem:Congo (África)
• Gramínea perene
• Tolerância à seca: Média
• Tolerância ao frio: Boa
• Teor de proteína na MS: 8 a 11%
• Exige solo de fertilidade média
• Solos bem drenados
• Bastante susceptível a cigarrinha das pastagens
• Muito palatável
• Menos produtiva que a U. decumbens
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Urochloa humidicola
• Comum:Capim-agulha, Quicuio do Amazonas, BRS Tupi, Llanero

• Gramínea perene
• Ereta
• Pouco exigente em fertilidade
• Baixa germinação de sementes
• Propagação por mudas (estolões)
• Resistente a seca, adaptada a solos de cerrado
• Requer terrenos com boa retenção de água.
• Muito utilizada no Amazonas

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Urochloa humidicola
• Cultivar Llanero
• Ciclo vegetativo: Perene
• Hábito de crescimento: Estolonífero/ Touceira
• Altura: 0,8 a 1 m/ 0,50 a 0,75 m
• Massa seca/ha/ano: 6 a 8t/ 8 a 14 t
• Proteína Bruta (%): 4 a 7
• Utilização: Pastejo/ Bovinos/ Equinos
• Fertilidade do solo: Média/ Baixa
• Profundidade de plantio: 2 a 4 cm
• Altura de entrada dos animais: 20 a 30 cm
• Altura de saída dos animais: 10 cm
• Plantio: Em linha/ A lanço

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Andropogon gayanus
• Nome Comum: Capim-andropógon, capim gambá, cultivar planaltina

• Perene, cespitosa bom desenvolvimento em solos ácidos;


• Tolerante à seca, ao fogo;
• Folhas macias quando novas;
• Boa aceitabilidade pelos bovinos;
• Multiplicação por sementes;
• Pouco susceptível a cigarrinhas;
• Resistente ao pisoteio.
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Andropogon gayanus
• Planta cespitosa com crescimento inicial lento;
• Porte: 0,80 a 3,0 m;
• Inflorescência: Espiguetas – pelos esbranquiçados, dificulta a germinação;
• Produção de sementes viáveis com baixo valor cultural;
• Aceita solos ácidos com alta saturação de Al+3 (cerrado), alta capacidade de
absorver P;
• Utilizada em pastejo contínuo, resistente ao pisoteio e ao fogo;
• Valor nutritivo baixo: Teor de PB de 6-8%.

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Andropogon gayanus
• Cultivar Planaltina
• Exigência de fertilidade do solo: baixa e tolera solos ácidos
• Altura: Até 1,3m a 1,8m
• Utilização: Pastejo direto e fenação
• Palatabilidade: Boa quando jovem
• Precipitação pluviométrica: de 400 -1.400 mm
• Tolerância à seca: Alta
• Tolerância ao frio: Baixa
• Teor de proteína: 6 a 9% na MS (matéria seca)
• Profundidade de plantio: 1,0cm
• Ciclo vegetativo: Perene
• Produção de forragem: 8 a 14 t/ha/ano de matéria seca
• Solos úmidos: Baixa tolerância
• Consorciação: Todas as leguminosas, principalmente as trepadeiras
• Cigarrinha-das-pastagens: possui resistência física (pelos)
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Cenchrus ciliaris
• Capim buffel

• Ciclo Vegetativo: perene


• Altura da planta: até 1,20 m em crescimento livre
• Forma de crescimento: cespitosa (touceiras)
• Formas de uso: pastejo e fenação
• Digestibilidade: satisfatória
• Palatabilidade: satisfatória
• Teor de proteína na matéria seca: 12% no verão e 6% no inverno.
• Precipitação pluviométrica requerida: 375 a 750 mm/ano.
• Temperatura: ótima para crescimento: 30°C.
• Tolerância a insetos: não tolera a cigarrinha.
• Produção da matéria seca: 10 a 12 t MS/ha/ano

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Gênero Cynodon spp.
• Família: Gramineae
• Gênero: Cynodon
• Origem: Leste Africano, Sul Ásia.
• Muito utilizado em gramados ornamentais e esportivos
• Gênero cosmopolita;
• Introdução na América Norte: Séc: XVIII;
• Grama-bermuda ou grama-seda – invasora em áreas agricultura nos EUA (propagação
sementes, rizomas vigorosos);
• Lançamento cv. Coastal – Marco (Rep. Vegetativa e mais produtiva);
• Não tem relatos oficiais da introdução no Brasil (Séc: XVII e XVIII).

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Caracterização do gênero Cynodon
Existem três principais espécies usadas como forrageiras:

Cynodon dactylon (L.) Pers Grupo das bermudas


(com rizoma)

Cynodon nlemfuensis Vanderyst Grupo das


estrelas
(sem rizoma)
Cynodon plectostachyus (K. Schum) Pilg.

Mais os híbridos interespecíficos: Cynodon spp.

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Grupo das bermudas Grupo das Estrelas

•Estoloníferas; •Estoloníferas;
•Rizomatosas; •Maior porte;
•Menor porte; •Não toleram bem
•Toleram bem condições adversas.
condições adversas.

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Em geral:

Plantas perenes

Possuem estolão

Formam boa cobertura da


superfície do solo
(denso relvado)

Porte baixo
(15-40 cm)
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Caracterização do gênero Cynodon
Em geral:
Inflorescência do tipo espiga digitada

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Forrageiras do gênero Cynodon

Grupo das Bermudas


Capim-florakirk
Capim-tifton 68 Exceção

Capim-tifton 78
Capim-coastcross
Capim-tifton 85

Grupo das Estrelas


Capim-estrela (roxa e africana)
Capim-florico
Capim-florona
130
Caracterização do gênero
Cynodon spp. cv. Coastcross-1 Cynodon
•Mais disseminado no Brasil;
•Híbrido estéril;
•C. dactylon cv. Coastal x C. nlemfuensis Var. robustus
•Perene; Inflorescência lev. avermelhadas
•Cresc. estolonífero, não tem rizomas;
•Colmos e folhas finas, macias e pilosas, verde-claro;
•Exigente em fertilidade;
•Propagação vegetativa;
•Elevado potencial produtivo (20 t/ha ano MS);
•Muito utilizado na forma de feno (alta F/C);
•Pouco competitivo, fechamento lento do estande. 131
Cynodon nlemfuënsis Vanderyst cv. Tifton 68
• Exceção (estar grupo Bermuda);
• Estolonífera;
• Porte alto;
•Colmo e estolões grandes e
grossos;
•Alta produtividade;
•Lançado para ter alta
digestibilidade;
•Produz sementes viáveis (não h. inter);
•Multiplicação vegetativa;
•Há relatos de ser susceptível cigarrinhas das pastagens. 132
Caracterização do gênero Cynodon
Cynodon spp. cv. Tifton 85
•Tifton 68 x Tifton 292 (C. dactylon)
•Melhor cultivar lançado (1992 nos EUA);
•Híbrido selecionado para
produtividade e digestibilidade;
•Estolonífera (com pigmento arroxeado);
•Rizomas grossos;
•Porte alto, folhas largas;
•Coloração verde-escuro;
•Crescimento rápido, vigoroso e ocupação rápida;
•Alta capacidade competitiva;
•Resistente frio e seca (rizomas);
•Altos teores de FDN. 133
Caracterização do gênero Cynodon
Cynodon plectostachyus (K.Schum) Pilg
Estrela-africana
• Mais rustica;
• Estolonífera;
• Folhas largas e mais claras;
• Grande capacidade de enraizamento
nos nós;
• Crescimento prostrado, boa cobertura;
• 0,5 a 0,8 m altura;
• Bom estabelecimento;
• Resistência ao pastejo;
• Vegeta bem em solos de baixada;
• Mais utilizado na forma de pastejo. 134
Cynodon spp. Var. Jiggs Caracterização do gênero Cynodon

• Variedade da Grama-bermuda;
• Origem (Produtor do Texas);
• Perene;
• Porte intermediário, dossel denso;
• Cor verde clara;
• Folhas e estolões muito finos,
• Poucos rizomas e finos;
• Propagação vegetativa, persistente;
• Alto potencial produtivo;
• Vegeta bem em solos mais pobres;
• Relatos de maior tolerância à seca;
• Bom valor nutritivo;
• Pastejo e feno.
135
Caracterização do gênero Cynodon

Cultivares propagados por sementes

• Facilidade, rapidez no estabelecimento e menor custo;


• Formação de novas áreas de difícil implantação por
mudas;
- ILPF, regiões inverno severo, terreno declivoso...
• Diversos cultivares lançados EUA;
• Lançamento pela Iniciativa privada
resulta em falta de padronização;
• Mistura física de sementes =
grande número de “cultivares comerciais;
- Cynodon dactylon L. Pers cv. Comum
136
Cultivares propagados por sementes do gênero Cynodon
Cultivares
EUA: Common; Giant; Cheyenne; Wrangler; KF CD194;
Morhay, Pasto Rico, Pature Supreme, Texas Tough e Tierra
Verde (mistura); Rancheiro Frio; Sungrazer.

Vaquero
•Mistura de três cultivares: Pyramid e Mirage (jardins)
CD 90160 (forragem)
•Considerado acesso experimental;
•Boa capacidade de cobrir o solo;
•Boa produtividade;
•Tolerância ao frio e ao déficit hídrico.
137
Gramíneas forrageiras para corte

138
Pennisetum purpureum
CULTIVARES:
1) Napier 2)Mineiro
3) Mercker 4) Porto Rico
5) Kurumi 6) Cameroon
7) Cameroon Roxo 8) Taiwan (A-143 e A-148)
9) Cubano 10) Turrialha
11) Gramafante 12) Guaçu
13) Mott (Anão) 14) Pioneiro
15) Paraíso
16) Capiaçu
139
Pennisetum purpureum
• Características morfológicas:
• Hábito de crescimento cespitoso,
colmos tipicamente eretos;
• Porte elevado: 0,70 a 5,0 m;
• Inflorescência: Panícula sedosa e
contraída;
• Multiplicação por mudas (sementes
inviáveis);
• Sistema de pastejo rotacionado;

140
Pennisetum purpureum

141
Pennisetum purpureum
• Características agronômicas:
• Altamente exigente em fertilidade do solo;
• Forma de utilização: capineira, pastejo rotacionado e
silagem;
• Resistente a cigarrinha das pastagens;
• Alto valor nutritivo: 14-18% de PB nas águas e 2-4% de
PB na seca.
• Produtividade alta (70t/ha de MS ou 280t/ha na MN);
• Comporta até 10 UA/ha, responde altamente a
adubação das pastagens.
• Não tolera solos encharcados;

142
Pennisetum purpureum
• Cultivar Kurumi

143
Pennisetum purpureum
• Cultivar Cameroon

144
Pennisetum purpureum
• Cultivar Napier

145
Pennisetum purpureum
• Cultivar BRS Capiaçu

146
Pennisetum glaucum
• Nomes comuns: milheto
• Anual, colmos eretos, grosso;
• Nativa da África;
• Propagação por meio sementes;
• Folhas largas e compridas;
• Muito plantado na integração lavoura-pecuária, após a
colheita do milho ou soja, planta-se milheto;
• Característica de produzir no inverno-outono

147

148
Leguminosas para pastagem

149
Macroptilium atropurpureum
• Nome comun: Siratro;
• Leguminosa perene, trifoliada;
• Originário do México;
• Adaptada a regiões tropicais;
• Desenvolvimento inicial rápido (agressiva), trepadeira;
• Exige solo de média fertilidade;
• Propagação por semente;
• Tolera pastejos pesados;
• Consorcia-se bem com os capins colonião e gordura.

150
Macroptilium atropurpureum

151

152
Glycine wightii
• Nome comum: Soja perene;
• Leguminosa perene, estolonífera, rastejantes e trepadoras;
• Originário da Ásia;
• Adaptada a regiões tropicais;
• Estabelecimento lento;
• Adaptada a solos de baixa a média fertilidade;
• Propagação por sementes;
• Requer manejo inicial cuidadoso;
• Consorcia-se bem com os capins colonião, gordura e jaraguá.

153
154
Centrosema pubescens
• Nome comum: Jetirana, centrosema;
• Leguminosa perene, trepadeira, rasteira, folhas trifoliadas;
• Origem América do Sul;
• Adaptada a regiões tropicais;
• Adaptada a solos de média e elevada fertilidade;
• Propagação por sementes;
• Resiste bem ao pisoteio;
• Consorcia-se bem com os capins Urochloa, colonião, gordura e
jaraguá.

155

156
Desmodium intortum

• Nome comum: Desmódio, carrapicho beiço-de-boi;


• Leguminosa perene, rasteira;
• Desenvolvimento lento no primeiro ano de produção;
• Originária do Brasil Central;
• Pouco exigente em fertilidade desenvolve bem em solos de
média fertilidade;
• Propagação por sementes ou mudas;
• Consorcia-se bem com capim colonião e buffel.

157

158
Stylosanthes guianensis

• Nome comum: Estilosantes, alfafa do nordeste, vassourinha;


• Leguminosa perene, rasteira,
• Originária do Brasil;
• Adaptado a solos de baixa fertilidade;
• Propagação por sementes;
• Consorcia-se bem com capim jaraguá e Urochloa.

159
Stylosanthes guianensis
• Estilosantes Cultivar Campo-Grande

160

161
Medicago sativa

• Nome comum: alfafa;


• Leguminosa perene, folhas trifoliadas;
• Originária do Oriente Médio (Irã);
• Exigente em fertilidade;
• Propagação por sementes;
• Não tolera fogo e é resistente a seca;
• Bastante susceptível a pragas e doenças;
• Consorcia-se bem com panicum.

162

163
Leucaena leucocephala

• Nome comum: Leucena; caola


• Leguminosa perene (arbórea/arbustiva), folhas trifoliadas;
• Originária da América tropical;
• Exigente em fertilidade; porém desenvolve-se em bem em
solos pobres;
• Propagação por sementes;
• Não tolera baixas temperaturas;
• Consorcia-se bem com colonião, jaraguá, braquiárias.

164

165
Cratylia argentea

• Nome comum: Cratilia


• Leguminosa perene, arbustiva, trifoliada;
• Origem: América do Sul
• Tolera solos pobres e ácidos;
• Propagação por sementes;
• Tolera baixas temperaturas
• Consorcia-se com gramíneas do gênero Panicum e Urochloa.

166

167
Arachis pintoi
• Nome comum: amendoim forrageiro
• É uma leguminosa herbácea tropical perene nativa do Brasil.
• Tem importância na produção de forragem em pastos consorciados
com gramíneas sob sistemas pecuários intensivos na América Latina
e Austrália.
•Também é utilizada em estandes puros, na forma de bancos de
proteína sob pastejo, em sistemas de produção de pecuária leiteira.
• Tem sido largamente utilizada na conservação de solo em taludes e
margens de rodovias e como planta ornamental em praças e jardins.

168

169
Arachis pintoi

170
Mucuna pruriens
• Nome comum: Mucuna-preta
• Forma de crescimento: herbáceo, produzindo longos pendões em
forma de cipó, trepador
• Formas de uso: produção de feno, adubo verde e controle da
erosão
• Precipitação pluviométrica requerida: 650 a 2.500 mm/ano
• Teor de proteína na matéria seca: 16,36%, média anual
• Tolerância a doenças: sensível ao fungo Phytophthora dreschleri

171

172
Calopogonium mucunoides
• Cultivar Comum
• Forma de Crescimento Rasteiro e trepador
• Altura 0,35 a 0,70 metros
• Digestibilidade Boa
• Palatabilidade Boa quando seco
• Tolerância à Seca: Alta
• Proteína Bruta na Matéria Seca 16 a 20%
• Ciclo Vegetativo Perene
• Matéria Seca (hectare/ano) 8 a 10 ton
• Precipitação Anual Acima de 900mm
• Utilização Bovinos
• Fertilidade do Solo Baixa / Média
• Profundidade de Plantio 1 a 2 cm
• Plantio: 12 kg/hectare 173
174
175

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