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MANEJO
DE CAVALOS
2023 – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar
1ª. Edição – 2022 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
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O curso de Manejo de Cavalos apresenta itens importantes para a boa prática
com os animais. Esses são alguns pontos elencados nesse material:
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Foto: Banco de imagens do Senar
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O MANEJO DE CAVALOS
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CONCEITOS GERAIS SOBRE A
ESPÉCIE EQUINA
OS CAVALOS
Veja algumas características básicas da espécie.
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Acostumado a viver em grupos.
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Você sabe quais são os principais comportamentos dos equinos?
Os equinos são bastante curiosos e espertos, mas o reflexo de luta ou fuga
(que foi adquirido com o tempo de evolução para sobrevivência) é uma das
suas principais características, fazendo com que eles sejam interpretados
como perigosos ou indóceis.
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Os equinos comem capim e por isso são considerados herbívoros. Algumas deno-
minações semelhantes que vamos usar para chamar o capim: pasto, grama, forra-
gem, volumoso e feno.
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Em relação ao movimento, o uso do
cavalo na lida de campo com o gado
nas fazendas, os passeios e os esportes
equestres suplantam grande parte des-
sa necessidade diária.
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MANEJO NUTRICIONAL DOS
CAVALOS
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Para qualquer uma dessas variedades, é
muito importante a atenção quanto ao
manejo e controle da altura de entra-
da e saída dos animais no piquete para
que não ocorra sub ou super pastejo. Esse
fator compromete a qualidade e produtivi-
dade da forragem, bem como o desempe-
nho dos animais.
A cada 100 kg de peso vivo do animal, o chamado peso corporal, o cavalo deve
comer 8 kg de capim verde ou “in natura”, durante um ciclo de 24 horas.
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Nesse caso, considera-se como capim verde aquele colhido pelo animal
durante o pastejo ou o capim fornecido no cocho.
Se for utilizado feno, para cada 100 kg de peso corporal, o cavalo precisará
de 2 a 3 kg de capim durante um ciclo de 24 horas.
Nutracêuticos
Produto ou suplemento alimentar com funções nutritivas e terapêuticas.
Para calcular a necessidade diária de ração é fácil: 1 kg de ração para cada 100 kg
de animal.
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Para uma melhor digestão e aproveitamento dos nutrientes contidos, recomenda-se
não ultrapassar a oferta de 2 kg por vez. Dessa forma, valerá a pena oferecer a
ração em momentos diversos durante o dia.
• categoria do animal;
• complexidade das atividades físicas executadas;
• valores nutricionais da ração;
• tipo de capim que está sendo fornecido, entre outros.
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IMPORTÂNCIA DA MINERALIZAÇÃO
O fornecimento de suplementos minerais é importante para a saúde dos equinos.
No entanto, o sal mineral deve ser específico, ou seja, formulado e balanceado
para cavalos. Deve ser fornecido à vontade, em cochos próprios para suprir as ne-
cessidades diárias que os equinos não conseguem suprir somente com o capim.
Um cavalo adulto consome em média 50 g de sal mineral por dia sem realizar
maiores esforços, somente para a sua manutenção.
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CONTROLE SANITÁRIO DO
REBANHO
Os cavalos estão sujeitos a doenças que podem, inclusive, ser transmitidas aos
humanos. Por esse motivo, é necessário o controle sanitário.
Entende-se por controle sanitário todas as medidas adotadas para evitar a dis-
seminação de doenças entre os animais. Essas doenças podem ser causadas por
vírus, bactérias, fungos, parasitos e podem trazer prejuízos em dimensões variá-
veis no decorrer do tempo.
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Cada animal deve dispor de seu cabresto
próprio em um galpão de baias, por exemplo.
As escovas e raspadeiras que são usadas na
rotina com os equinos devem ser periodi-
camente lavadas, pelo menos uma vez por
semana, com água e sabão.
Algumas delas são consideradas zoonoses, pois podem ser transmitidas para o
ser humano, por exemplo, a raiva. Outras, como a rinopneumonite, que ocasiona
aborto e morte de potros, podem causar prejuízos zootécnicos e econômicos.
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QUAIS VACINAS APLICAR?
O método mais adequado de se evitar
essas doenças é por meio da vaci-
nação. Para cada faixa etária, existem
as vacinas recomendadas e em alguns
casos a aplicação de mais de uma dose,
além do reforço, deve ser administrada
(éguas prenhes, por exemplo). O médico
veterinário responsável deverá elaborar
o calendário vacinal para os animais de
cada propriedade.
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Subclínicos
São sintomas de difícil percepção.
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A compostagem da cama pode contribuir para
a atividade rural como fonte de renda por meio
da venda do composto para produtores que
trabalham com plantações diversas (hortaliças,
orquídeas, cogumelos, entre outros).
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MANEJO DE CAVALO NO
TRABALHO E NO ESPORTE
A principal utilização do cavalo em nosso país acontece na lida com o gado e nas
diversas modalidades esportivas equestres, de onde vem o termo “cavalo atleta”.
Independentemente da escola e da forma, alguns conceitos básicos devem ser
respeitados para termos animais saudáveis e de bom desempenho, seja no traba-
lho de campo ou na competição.
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Em torno de três anos, esses animais já se
encontrarão com o sistema locomotor de-
senvolvido ou maduro, assim, prontos para
que se inicie o processo de doma e treina-
mentos. Percebe-se que animais inicia-
dos precocemente são acometidos por
lesões ortopédicas que podem com-
prometer o futuro de cada indivíduo.
Fraturas, tendinites e artrites são algumas
das lesões comuns de ocorrer com esse
Foto: Capim Elefante
manejo precoce. Entretanto, as exigências
de cada raça devem ser consideradas.
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Esse tipo de andamento deve ser valorizado tanto nos inícios das sessões
de treinamento quanto nas fases de aquecimento e relaxamento do animal
ao final de um esforço, qualquer que seja a sua intensidade.
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• O descanso após um longo dia de trabalho também é muito importan-
te para o animal repor as suas perdas de fluidos (água e eletrólitos) e
energia. Portanto, recomenda-se que para cada dia de trabalho, o ani-
mal descanse dois e retorne ao terceiro dia. Nesse raciocínio, percebe-
-se que um vaqueiro necessitará de três montarias para realizar o tra-
balho e garantir o bem-estar dos seus cavalos. Também é importante
observar que, nos dias de descanso, o cavalo tenha água e sal mineral
à vontade, assim como capim em quantidade suficiente à disposição.
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EQUIPAMENTOS BÁSICOS
COMPLEMENTARES
Até aqui o curso já apontou diversas atividades em que os animais são utilizados.
Em algumas delas você deve imaginar que há o uso de equipamentos e esse é o
tema deste tópico.
Pinças
Parte frontal do casco.
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Veja a seguir as definições anatômicas que compõem o casco do equino:
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A ferradura, que é feita de ferro ou de liga de materiais como alumínio,
deve ser bem ajustada ao casco para permitir a sua expansão durante a
fase de apoio do membro ao solo.
Detalhe: Dependendo da superfície do solo, que pode ser asfalto, terra ba-
tida, grama ou areia, esse desgaste é maior ou menor.
Embocaduras
Podem ser conhecidos por outros nomes, como: freios, bridões, entre outros.
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USO CORRETO DAS SELAS
Assim como as embocaduras, equipamentos como selas, selins, mantas e baixei-
ros devem ser anatomicamente adequados ao animal, propiciando conforto a ele
e ao cavaleiro também. A pressão exercida de forma desbalanceada no dorso do
animal pode levar a dores crônicas e lesões tanto superficiais, como as pisaduras,
quanto profundas, como osteítes, prejudicando o trabalho e diminuindo o tempo
de prestação de serviço do animal.
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CONCLUSÃO
Chegamos ao fim do curso! Você pode perceber que a criação e o manejo de ca-
valo são mais simples do que aparentam. No curso, foram abordados aspectos
básicos sobre os cavalos, o comportamento natural e as condições impostas
a eles pelo ser humano, que interferem em seu desenvolvimento e, consequente-
mente, em sua utilização.
No manejo nutricional, vimos o capim como alimento principal, que deve ser
ofertado em qualidade e quantidade suficientes, assim como a água e o sal mine-
ral, que podem ser ofertados à vontade. Já no manejo sanitário, aprendemos os
cuidados básicos de saúde, como vacinação e vermifugação, que devem ser rea-
lizados periodicamente tanto no indivíduo como no rebanho. Aqui também fomos
apresentados à utilização da compostagem como método sustentável e comple-
mentar para controle biológico de parasitos e proteção do meio ambiente.
FINALIZAÇÃO DO CURSO
Muito bem! Parabéns pela conclusão deste curso. Mas atenção!
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REFERÊNCIAS
FRAPE, David L. Equine Nutrition and feeding. 3 ed. [S. l.]: Blackwell Publishing,
2004. 664 p.
BACK, Willem; CLAYTON, Hillary. Equine Locomotion. 2. ed. [S. l.]: Saunders Else-
vier, 2013. 502 p.
RIET CORREA, Franklin; SCHILD Ana Lucia; LEMOS Ricardo A. A.; BORGES Jose
Renato J. Doenças de Ruminantes e Equídeos. 4. ed. São Paulo: MedVet, 2023.
800p.
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