Você está na página 1de 51

POR VANE MARQUETE

Todas as feridas são importantes, não subestime!

▪ Grande incidência, principalmente por trauma.


▪ Pele é o maior órgão do corpo.
▪ Maior ocorrência em membros pélvicos e torácicos.

FERIDA LIMPA: quando nós ocasionamos → cirurgia, biopsia, acabou de acontecer.

CONTAMINADA: maior tempo, grande quantidade de sangue, debri celular, sujidades. Ainda não se tem
pus instalado.

INFECTADA: presença de pus, crostas, sangue coagulado, maior tempo de evolução (mais de 1 dias).
Feridas que são possíveis de suturar. Melhor cicatrização. Sempre a primeira tentativa de escolha
quando possível.

▪ De 0 a 6 horas após o ferimento.


▪ Pouca multiplicação bacteriana.
▪ Perda mínima de tecidos.
▪ Ferida convenientemente suturada.
▪ As bordas são aproximadas.
▪ Melhor contração e cicatrização
rápida.
▪ Cicatriz fina com melhor qualidade estética.
▪ Incisão cirúrgica.

Maior perda tecidual e os bordos não são possíveis de aproximar, não são suturadas. Pode ocorrer a
formação de tecido de granulação exuberante, maior complicação e preocupação no manejo de feridas,
o que é comum acontecer em equinos!

▪ Podem estar contaminadas.


▪ Feridas mantidas abertas.
▪ Cicatrização mais lenta →
maior produção de colágeno.
▪ Resultados estéticos menos
favoráveis.

Ferida antiga com tempo de cicatrização. Debridamento dos bordos de uma ferida de segunda intenção
tornando possível suturar. Se faz depois de 4 a 7 dias de tempo da ferida → intenção de acelerar o
processo de cicatrização. Opção para feridas
infectadas.

▪ OBJETIVO: acelerar a cicatrização e melhorar o


efeito estético.

Tentativa biológica de restaurar a integridade do tecido. Fenômenos primários:

DOR Arterial Capilares


HEMORRAGIA
Venosa
Fenômenos
primários locais
SEPARAÇÃO DAS
BORDAS
Fases da cicatrização:

1. INFLAMATÓRIA: organismo tenta fazer a hemostasia.


Mobilização de neutrófilos e macrófagos até a ferida
(1º defesa). Inflamação aguda.
o Início logo após o trauma.
o Resposta vascular – Vasoconstrição
(hemostasia) seguida de vasodilatação
(chegada de células imunes até o local).
o Formação de coágulo.
o Retração do coágulo –formação de crosta.
o Resposta celular: DOR, CALOR, RUBOR, EDEMA e PERDA DE FUNÇÃO.

COMO ATUAR NESSA FASE?

▪ Limpeza: água (quando ferida a campo). Remover tecidos lesados e contaminação grosseira.
▪ Promover vascularização da ferida e dos bordos da pele.
▪ Diminuir o número de bactérias e prevenir infecções.
▪ Uso de antissépticos e antibióticos.
▪ Tricotomia: ver integridade dos bordos, melhorar o manejo dessa ferida. Quando tem exposição
óssea precisa cuidar para não cair pelos no osso (proteger esse osso).

2. PROLIFERATIVA: formação de tecido → angiogênese


(tecido fibroso e de granulação). Fase mais importante
no cavalo, porque é nela que pode ter a formação de
tecido de granulação exuberante. A granulação precisa
acontecer, só não pode ser exagerada, acima do bordo
da pele (exuberante). Envolve 4 etapas:
▪ EPITELIZAÇÃO OU REEPITILIZAÇÃO.
▪ FIBROPLASIA.
▪ GRANULAÇÃO: surge entre o 3° e o 6° dia.
Constituídos de capilares e tecido fibroso.
Altamente vascularizado (células de defesa,
resistência a infecção). Benefícios:
preenchimento dos
espaços, formação de
um leito para migração
das células epiteliais e
resistência a infecções.
QUANDO EXUBERANTE:
acima do bordo da pele,
não tendo retração da
pele para fechar a
ferida.
▪ CONTRAÇÃO
Embora visto frequentemente em feridas nos membros, o tecido de granulação
exuberante pode ser observado em feridas em outras regiões do corpo, sendo
caracterizado por inflamação crônica e restos de fibrina não eliminada pela fase
aguda da inflamação.

A proliferação celular permanece ativa, a contração da ferida é, então,


retardada, e o tecido de granulação exuberante pode impedir a migração
epitelial e inibir o crescimento de queratinócitos (Theoret & Wilmink, 2016).

MANEJO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO

ESTIMULAR: fricção com gaze embebida com soro fisiológico; açúcar cristal; açúcar cristal + PVPI tópico.

REDUZIR: corticoide (Prednisolona, Triancinolona, Dexametasona → tópico); cáusticos (Sulfato de cobre


- Pradovilate → queimam, podem queimar a pele também, tomar cuidado); remoção cirúrgica seguido
de manejo de ferida.

3. REMODELAÇÃO: redução da cicatriz, alta quantidade de colágeno.

Velocidade de contração em equinos: 0,8 a 1 mm/dia (flanco), 0,2 mm/dia (membros). Demorada.

▪ TÉTANO: prolapso de terceira pálpebra SINAL


PATOGNOMÔNICO!
▪ INFECÇÃO, CONTAMINAÇÃO E DEISCÊNCIA DOS
PONTOS.

Tétano

HIPOPROTEINEMIA: prolonga a fase inflamatória.

ANEMIA: pode causar hipóxia.

TEMPERATURA: vasoconstrição → diminui o suprimento de sangue.

CAQUEXIA: imunidade, hipoproteinemia.


▪ Avaliação clínica completa do paciente.
▪ Classificação da Ferida.
▪ Anestesia e Tricotomia.
▪ Lavagem hidrodinâmica.
▪ Antissepsia.
▪ Debridamento.
▪ Proteção da Ferida.

▪ Água corrente.
▪ SABÃO NEUTRO: ferida contaminada.
▪ Solução fisiológica.
▪ PVPI Degermante.
▪ ÁGUA OXIGENADA: antisséptico, primeiros dias de ferida, excelente na primeira limpeza.
CUIDAR: estimula tecido de granulação e pode retardar a cicatrização.
o Remove debris celulares.
o Estimula tecido de granulação.
o Citotóxica para fibroblasto (retarda a cicatrização).
▪ LIQUIDO DE DAKIN: água sanitária diluída em solução fisiológica.
▪ Solução fisiológica + PVPI 1%.
▪ PVPI Tópico.
▪ CLOREXIDINE DEGERMANTE: o melhor antisséptico, apenas em ferida contaminada, porque ele
tem efeito residual por 48h.
o Maior toxicidade que o PVPI.
o Amplo espectro bacteriano.
▪ TRICOTOMIA: máquina ou lâmina.
▪ DEBRIDAMENTO: cirúrgico ou mecânico. Sangramento para estimular a retração da pele.
o QÚIMICO: Iodo 20% → cauteriza; Albocresil → cauteriza; Alúmem de potássio → pedra
hume; Nitrogênio líquido → cauteriza; corticoide, Sulfato de cobre, Solução salina a 20%.
o ENZIMÁTICO: pomada colagenases.

TODO ANTISSÉPTICO LESIONA AS CÉLULAS POR CONTATO, PORTANTO NÃO USAR TODOS OS DIAS!

POMADAS TÓPICAS

Alantol (com repelente), Ganadol e vetaglos (com antibiótico), CRM (homeopática), Ricinus Assept
(estrato de mamona), Crema 6A (6 medicações que ajudam na cicatrização, possui corticoide), Spray
prata, sulfadiazina de prata, unguento, fitotix, fibroderm, medhoney (importada, excelente).
POMADAS NATURAIS

Babosa, barbatimão ou pau de Andrade, mel, capixingui.

Ajudam na cicatrização!

▪ Laserterapia.
▪ OZONIOTERAPIA: reduz edema, enfisema, acelera a cicatrização.

TÉCNICA DOS 3 L’S

Relacionada a pomada MedioHoney.

▪ Low Friction: baixa fricção.


▪ Laserterapia.
▪ Leptospermun: pomada Medihoney®.

MEMBRANAS BIOLÓGICAS: acelerar a cicatrização. Pericárdio bovino, Âmnion


em glicerina (tópico), Membranas sintéticas.

Tumores cutâneos benignos mais comuns em equinos, agressivos e invasivos localmente, constituídos
por tecido conjuntivo fibroso e tecido epitelial. Maior predisposição em animais que tem contato com
bovinos e outros animais infectados.

▪ É a neoplasia cutânea mais frequente entre os equídeos.


▪ 13 a 69% dos neoplasmas cutâneos.
▪ Qualquer idade – 7 anos (maioria).
▪ Qualquer raça.
▪ Não há predileção por sexo ou pelagem

Possibilidade de transmissão por insetos, fricção, fômites e mordidas. Apresentação clínica inicial pode
se transformar em outra por traumas ou biópsias

Existem 6 tipos reconhecidos, de acordo com a característica histológica da lesão. São eles:

OCULTO: ou superficial. Áreas circulares alopecias ou rugosas da pele.


MISTO: possui características de 2 ou mais tipos.

VERRUCOSO: superfície plana e seca. Parecem verrugas, áreas alopecias.

NODULAR: pequenos nódulos isolados ou múltiplos recobertos de pele íntegra.

FIBROBLÁSTICO: grandes massas ulceradas recobertas por tecido necrótico.

MALIGNO: muita infiltração linfática e tamanho exagerado, mas não é metastático.

OCULTO MISTO VERRUCOSO NODULAR FIBROBLÁSTICO MALIGNO

Histórico do animal, apresentação clínica


e Histopatológico (confirmação).

CLÍNICO

AUTOHEMOTERAPIA: retirada de sangue


venoso e aplicação IM → objetivo de
aumentar a imunidade contra o agente.

VACINAS AUTÓLOGAS: feita do próprio sarcóide do animal.

ANTIVIRAIS: Aciclovir. Uso tópico.

INJEÇÃO INTRALESIONAL DE CISPLATINA: antitumoral.

HIPERTEMIA POR RADIOFREQUÊNCIA: regressão.

AVELÓS: planta citotóxica, redução de células tumorais.

CIRÚRGICO

▪ Sedação do animal (Xilazina


0,5mg/kg – Detomidina 20mcg/kg).
▪ Bloqueio local.
▪ Garrote (quando necessário e
possível).
▪ Remoção cirúrgica.
▪ Associação com crioterapia.
▪ Tratamento clínico.
Doença parasitária. Sinônimos: Ferida de verão, Câncer do pântano, Bursatte, Feridas estivais, ferida dos
machos, Esponja. Ocasionada pela invasão de larvas nematoides Habronema sp. e Drashia megastoma.
As larvas são depositadas por moscas domésticas ou moscas de estábulo, que é o hospedeiro
intermediário e o cavalo é o hospedeiro definitivo.

▪ Drashia: + patogênica. Pode fazer habronemose gástrica caso ele ingira as larvas, se instalando
na parte glandular do estômago do equino.

Precisa de um clima muito quente e úmido para proliferação das moscas, portanto não comum na nossa
região. Ambiente sujo (fezes dos equinos). Precisa ter uma ferida cutânea que vai ser a porta de entrada.

Habronema muscae e H. microstoma:

▪ HI: Mosca doméstica.


▪ HD: equino com ou sem nódulos na mucosa gástrica.

Drashia megastoma:

▪ HI: Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo).


▪ mais patogênica
▪ HD: equino. Produz nódulos na mucosa gástrica (glandular)

A larva que faz a sintomatologia é a L3 que será depositada em uma ferida ou na conjuntiva.

▪ Feridas cutâneas que não


cicatrizam → principal queixa do
proprietário.
▪ Muito prurido → diferente do tecido de
granulação exuberante, por conta da presença
da larva.
▪ Sazonal – regride no inverno - recidiva no verão
(larvas 4 meses nas feridas).
▪ Bordas elevadas.
▪ Tecido de granulação exuberante.
▪ Friável, irregular e avermelhado.
▪ Crosta.
▪ Principais locais: membros, prepúcio e pênis,
abdome ventral e conjuntiva.

▪ Exame clínicos: características


epidemiológicas.

EXAMES COMPLEMENTARES:

▪ Citologia: pouco fidedigna, geralmente da


negativa.
▪ Raspado profundo ou esfregaço: Larvas em associação com eosinófilos e mastócitos.
▪ Biópsia: exame de escolha. Dermatite granular a difusa, contendo numerosos eosinófilos e
mastócitos. Áreas focais de discreta necrose de coagulação. Larva em 50% dos espécimes (áreas
de necrose).
▪ PCR: específico, mas é mais caro.

Regressao rápida da doença com esse tratamento.

SISTÊMICO:

▪ Organofosforados: triclorfom. Sonda nasogástrica. Dose de ataque para o tratamento e depois


repetir após 20 dias. Dose: 25-40 mg/kg.
▪ Ivermectina: associada com os organofosforados. IM ou VO a cada 7 dias (4 aplicações). Dose:
0,2mg/kg.
▪ Abamectina: VO. Dose: 200mcg.

TÓPICO:

▪ Limpeza: solução de Dakin (hipoclorito de sódio 0,25-0,5%)


▪ Pomada (fórmula):
o Triclorfom 9g.
o Nitrofurazona base solúvel em água 224g.
o Dexametasona 40mg.
o DMSO 90% - 59g.
▪ Bandagem

CIRÚRGICO: quando a ferida é extensa e com possível margem cirúrgica. Uso de nitrogênio líquido.
▪ Remover diariamente as fezes (2x ao dia) dos estábulos.
▪ Anti-helmínticos: controle regular (ovoposição).
▪ Combate aos HI.
▪ Proteção das feridas com bandagens e repelentes.

Infecção fúngica subcutânea, invasiva, ulcerativa, proliferativa e piogranulomatosa. Zoonose. Doença


que começou no pantanal por conta o ambiente alagado, tendo uma alta ocorrência no verão. Muito
característico de regiões tropicais e subtropicais. Sinônimos: Câncer do pântano, ferida de verão,
Dermatite granular, Ficomicose, Oomicose, Kunker, Ferida da moda (Brasil).

▪ Pythium insiduosum: Organismo aquático de vegetação aquática e matéria orgânica.


▪ Acomete equinos e outros mamíferos → zoonose.
▪ Regiões tropicais e subtropicais com temperatura 30-40°C (verão e outono).
▪ Áreas alagadas: umidade e matéria orgânica em decomposição.
▪ Ferida cutânea como porta de entrada.

▪ Semelhante a Habronemose.
▪ Muita drenagem de secreção → exsudação serosanguinolenta,
mucossanguinolenta, hemorrágica ou mucopurulenta.
▪ Exsudato pegajoso e filamentoso.
▪ Odor fétido e aspecto repugnante.
▪ Prurido intenso → automutilação.
▪ Linfangite em membros → muito edema.
▪ Também tem a forma gástrica por ingestão.
▪ SINAL PATOGNOMÔNICO: Kunkers. Massas caseosas,
esbranquiçadas ou amarelo acinzentadas, friáveis,
arenosas que ficam no interior dos trajetos fistulosos (2 a
10mm) com hyfas de Pythium.
Kunkers

▪ Características
epidemiológicas: Feridas
agressivas e de rápido
crescimento.

EXAMES COMPLEMENTARES:
▪ Citologia: aspirativa ou direta da
secreção → Inflamação
granulomatosa ou piogranulomatosa -
eosinófilos (fungos – ocasional).
▪ Biopsia: exame de escolha. Coletar na
região profunda de transição entre a
pele integra e o tecido de granulação
da ferida. Coletar vários seguimentos ou enviar toda a ferida → Dermatite granulomatosa ou
piogranulomatosa nodular ou difusa e paniculite com numerosos eosinófilos. Hifas são
dificilmente observadas
▪ Exame direto dos Kunkers; clarificados com hidróxido de potássio 10%
▪ PCR: isolamento do agente. Tecido congelado ou fixado com etanol 95%
▪ Sorologia: ELISA (sensibilidade 97,7% e especificidade 90,3%).

CIRÚRGICO:

Mais indicado. Margem de 2cm. Recorrência


de 30%.

SISTÊMICO + TÓPICO:

▪ Anfotericina (antibiótico – IV).


▪ Iodeto de potássio (ótimo antifúngico – VO ou IV).
▪ Sulfato de cobre tópico.
▪ Anfotecirina B + DMSO.
▪ Até 30 dias.

Tratamento longo. DMSO → potente antinflamatório e carreador. Monitorar os rins por conta de os
medicamentos serem tóxicos.

▪ Antifúngicos tópicos (eficácia duvidosa): anfotericina B 50mg + 10mL água injeção + 10mL DMSO
(bandagem)
▪ Antifúngicos sistêmicos (eficácia duvidosa): Anfotericina B Intravenosa – nefrotóxica. Perfusão
regional – membros. Iodeto de potássio (VO)
▪ Antibioticoterapia sistêmica: infecção bacteriana secundária.
▪ Imunoterapia:
o Vacina – PITIUM-VAC (licenciada pelo MAPA) Imunoterápico para tratamento.
LAPEMI/UFSM e EMBRAPA
o Associação com ressecção cirúrgica (lesões maiores)
o https://pitiose.com.br/
É o tumor maligno dos queratinócitos que acomete principalmente áreas despigmentadas da pele,
comumente diagnosticado em equinos. Sinônimos: Carcinoma de células espinhosas, carcinoma
espinocelular ou carcinoma epidermóide.

MULTIFATORIAL:

▪ Radiação solar (luz UV) Hipopigmentação da pele → hereditariedade e fator genético (racial)
▪ Papilomavírus.
▪ Queimaduras; feridas crônicas infectadas
▪ Perda de pelos ou cobertura de pelos muito esparsa nos locais afetados.
▪ Esmegma: sujeira no prepúcio em machos castrados idosos. Propriedades irritantes e
carcinogênicas (equinos).

▪ Regiões tropicais e subtropicais, luz solar.


▪ Segunda neoplasia mais comum no equino (6,9% a 37%).
▪ Tumor ocular mais comum do equino.
▪ Não há predileção por sexo.
▪ Castrados: maior incidência (pênis e prepúcio).
▪ Prevalência aumenta com idade (equinos: 10 a 12 anos).
▪ Junções muco cutâneas.
▪ Raças: Appaloosa; Paint Horse; Belga, Clydesdale, Shire
Ceratose actínica ou solar: lesões,
queimaduras.

Junções muco cutâneas:


pálpebras, genitais.
Membros e espelho nasal.
▪ Exame clínicos e complementares.
▪ Citologia.
▪ Histopatológico: confirmação.
▪ Necropsia: se existe a presença de metástase.

Apenas clínico não é eficiente. Indicado associação de clínico + cirúrgico.

CIRÚRGICO:

Excisão cirúrgica com margem dependendo do tamanho e local da lesão.

▪ Enucleação: lesões avançadas.


▪ Penectomia parcial.
▪ Recorrência: 30 – 44% em tumores na região periocular.

CLÍNICOS:

▪ Cisplatina 1mg/cm3 intratumoral. Alta concentração local com pouco efeito sistêmico e menor
custo. Taxa de sucesso de 88% no controle em 4 anos.
▪ 5 - Fluorouacil: quimioterápico local. Creme 5%. Associado ou não a citoredução.

Tumor não diferencial de tecido de granulação. Neoplasia relacionada com células produtoras de
melanina (melanócitos), substância que confere coloração escura à pele. Comum em cavalos de pele
escura (tordilhos). Cavalos castanhos também podem apresentar, raro, mas quando aparece é
extremamente agressivo. Quando ulcerados drenam um líquido escuro por conta da melanina. Faz
metástase para qualquer órgão.

▪ Não está totalmente compreendida.


▪ Mutação genética (herdada) – metabolismo da
melanina.
▪ Relacionada com a pelagem tordilha.
▪ Radiação ultravioleta (UV)? – ocorre em áreas
protegidas.
▪ 3,8 a 15% dos tumores de pele.
▪ 80% em equinos velhos (>15 anos).
▪ Raro em equinos com menos de 5 anos ou congênito.
▪ Presente em outras pelagens – prevalência menor (malignidade).
▪ Raças: Árabe, PSI, Percheron.
▪ Nódulos ou placas.
▪ Consistência firme/dura.
▪ Hiperpigmentados.
▪ Pedunculados ou verrucosos.
▪ Ulcerados ou alopécicos (raro).

PRINCIPAIS → ânus, base da


cauda e períneo. Outros locais: glândula parótida,
Melanoma em glândula parótida
lábios, região periorbital e genitália externa.

▪ Exame clínico: palpação.


▪ Exames complementares:
o Citologia: eficiente por conta da presença desse líquido escuro.
o Biopsia: apenas em tumores que serão removidos posteriormente porque pode induzir
a um aumento.
o Necrópsia: metástase.

▪ Cisplatina 1mg/cm3 intratumoral. Alta concentração local


com pouco efeito sistêmico e menor custo. Taxa de sucesso
de 81% em melanomas pequenos.
▪ Imunoterapia com CIMETIDINA:
o 2,5mg/kg, TID, VO. Infusão de cisplatina
o 3,0mg/kg, BID, VO. 3 meses

o 7,6mg/kg, SID, VO (menos eficaz)


o Redução e prevenção da progressão.
o Mais eficaz em tumores de crescimento ativo.
o Resultados variáveis.

▪ Varia de acordo com local da lesão e progressão.


▪ Metástase – reservado à desfavorável.

PREVENÇÃO:

▪ Lavagem periódica do pênis e prepúcio.


▪ Evitar exposição excessiva a luz solar (horários UV maior intensidade).
▪ Protetores solares.
Dermatite superficial da pele que afeta equinos, caracterizada
por exsudação e formação de crostas, causada por bactérias
gram + Dermatophilus congolensis. Comum em épocas de
quentes e chuvosas. Comum em animais imunossuprimidos.
Sinônimos: Escaldadura pela chuva, Febre da lama, Podridão da
chuva.

▪ Locais de clima tropical e subtropical: Umidade, chuvas torrenciais.


▪ Transpiração sub mantas e arreios.
▪ Liberação de zoósporos flagelados moveis (forma infectante) → maceração de pele.
▪ Lesão da pele – porta de entrada:
o Moscas e artrópodes, vegetação espinhosa, maceração, doenças inflamatórias pele.
▪ Imunossupressão.
▪ Crostas – fontes de infecção

▪ Doença autolimitante.
▪ Pequenas pápulas ou pústulas – coalescem e tornam-se
exsudativas
▪ Emaranhados de pelos - epilam em tufos (efeito pincel)
▪ Erosão ou ulceração subjacente – secreção sanguinolenta ou
purulenta
▪ Dor – lesões ativas
▪ Prurido – raro
▪ Áreas despigmentadas – maior gravidade (fotodermatite
associada)
▪ Doença grave – depressão, letargia, anorexia,
emagrecimento, febre e linfadenopatia
▪ Estágio de remissão ou crônica: Crostas secas e alopecia
▪ A remoção revela superfície úmida de coloração cinzenta a rosada.

▪ Exame clínico.
▪ Exames complementares:
▪ Citologia: esfregaço direto das crostas após maceração ou secreção, coloração de gram. Quando
a doença está em remissão ou é crônica raramente o resultado é positivo.
▪ Biópsia.
▪ Cultura de secreções e crostas.

Geralmente não faz diagnóstico porque ela é autolimitante e característica.

Antissépticos: Tópico (solução tópica ou shampoo), Iodopovidine 10% e Clorexidine 1-4%.

Sistêmico: quando grave, mas raramente necessário. Penicilina ou Sulfa + trimetoprim.

Outras medidas: Remoção das crostas e escovação, Nutrição e imunidade, Evitar lesões e maceração da
pele, separar animais doentes e cuidado com a disseminação das crostas.

Afecção fúngica superficial da pele, sendo a dermatopatia mais comumente observada em equinos.
Invadem a queratina da epiderme ou do pelo. Zoonose. Prurido quando tem a presença associada de
bactérias. Sinônimos: “tinhas”.

▪ Trychophytum equinum (mais comum).


▪ T. mentagrophytes.
▪ T. verrucosum.
▪ Microsporum gypseum.
▪ M. equinum.
▪ M. canis (raro).

▪ Distribuição mundial.
▪ Zoonose.
▪ Jovens – < 2 anos (imunidade).
▪ Imunossupressão: Estresse, desmame, transporte, verminose, má nutrição, cirurgias,
corticosteroides.
▪ Ambiente.
▪ Clima quente e úmido – mais frequente.

▪ Contato com animal infectado.


▪ Ambiente – pelos e crostas.
▪ Fômites: pelos contendo artroporos infecciosos podem permanecer por meses a anos no
ambientes.
▪ Período de incubação: 6 dias a 6 meses.

▪ Doença autolimitante 1 a 4 meses (maioria dos casos).


▪ Lesões iniciais: pápulas 2-5mm, pelos eretos em áreas
anulares 5-20mm, epila com facilidade 4-6 dias.
▪ Lesões alopecias circulares com crostas na periferia
(clássica).
▪ Expansão periférica das lesões levam a coalescência.
▪ Lesões focais ou multifocais.
▪ Generalizada – imunossuprimidos ou potros.
▪ Prurido – mínimo (inicial) ou ausente.
▪ Infecção bacteriana secundária – geralmente estafilocócica.

▪ Exame clínico.
▪ Exames complementares (crostas e pelos do bordo das lesões).
▪ Exame direto: Passar álcool 70% previamente a coleta → Frasco estéril
→ Clarificado em potássio 10% - observação direta em microscópio
óptico → Observação de hifas artrósporos.
▪ Cultura e identificação (espécie): Falso positivo (infecção não fúngica)
e falso negativo são possíveis. Exame ideal.
▪ Biopsia: Menos sensível que a cultura

Objetivo: Imunidade do paciente, reduzir contágio e acelerar resolução da infecção.

TÓPICOS:

▪ Iodopovidine 10% (1% iodo ativo) 1x ao dia por 5 dias, seguido por 1 a 2x por semana
▪ Hipoclorito 0,5% (Dakin) até remissão total
▪ Enilconazol 0,2% → 1 a 2x por semana por 4 a 6 semanas (pulverização).
▪ Shampoo: cloredixine 2% + miconazol 2,5% → 2 banhos semanais durante 4 a 6 semanas.

SISTÊMICO: caro e duvidoso. Itraconazol e Fluconazol.

DESCONTAMINAÇÃO AMBIENTAL:

▪ Isolamento dos animais doentes.


▪ Desinfecção e limpeza das instalações, utensílios e materiais.
▪ Monopersulfato de potássio (Virkon S®).
▪ Evitar umidade:
o Evitar trabalhar o equino ao final da tarde ou noite.
o Evitar banhar o animal em dias nublados ou final da tarde.
o Manter animal fechado nos dias de chuva.
Grupo de anormalidades ortopédicas que ocorre em equinos jovens em fase de crescimento atribuídas
a alterações no crescimento ou desenvolvimento ósseo (ossificação endocondral) na placa de
crescimento.

Até 4 anos um cavalo é considerado potro por conta do fechamento das linhas epifisárias.

Conhecida como Fisite ou Epifisite. Doença óssea de equinos jovens


em crescimento caracterizada pelo aumento das placas de
crescimento de certos ossos longos (metacarpo, metatarso, radio,
ulna, tíbia, fíbula) → inflamação das placas de crescimento.

Desconhecidas e multifatoriais. Divididas em:

MULTIPLOS MEMBROS: nutricional (muito carboidrato ou suplementação), Mecânico: crescimento


rápido (quarto de milha e PSI); peso excessivo (retardo na ossificação endocondral); sobrevivência
condrócitos (espessamento da fise).

UM MEMBRO: trauma, compressão excessiva, claudicação grave no membro contralateral.

Potro jovens de rápido crescimento (quarto de milha e PSI). Geralmente bilateral simétrica.

▪ Pico de incidência: 4-8 meses de idade.


▪ Pode ocorrer até os 2 anos de idade.
▪ Uma única ou múltiplas placas de crescimento: Frequentemente bilateral simétrica.

▪ Claudicação – leve a grave com relutância em se


manter em estação
▪ Aumento de volume da fise: osso em formato de
ampulheta por conta do espessamento nas
extremidades, sendo em um ou múltiplos membros.
Extremidade distal do rádio, tíbia (bilateral simétrico –
mais comum). Terceiro metacarpo/tarso (potros mais
jovens; frequentemente os quatro membros).
▪ Palpação: Aumento de temperatura e DOR.
▪ Animais gravemente afetados: Deformidade angular, Deformidade flexural.
Claudicação em animal jovem com aumento de volume nas extremidades de ossos longos.

RX: áreas radioluscentes na região da linha de crescimento e aumento da fise óssea.


Dorsopalmal/plantar.

ALTERAÇÕES:

▪ Formação óssea
parafisária.
▪ Alargamento da fise.
▪ Assimetria das
metáfises.
▪ Contorno em cunha das
epífises.
▪ Esclerose metafisária adjacente a fise.
▪ Deformidade angular quando gravemente afetados.
▪ Osteocondrose (afecção concomitante).

CORREÇÃO ALIMENTAR:

▪ Diminuir energia e proteína (grãos e alfafa).


▪ Fornecer feno de gramínea.
▪ Evitar acesso a alimentação da égua prenha.

REPOUSO:

▪ Em baia por 3 semanas.


▪ Minimizar trauma.

AINE:

▪ Ação anti-inflamatória e analgésica (2-3 semanas).


▪ Fenilbutazona: usada apenas acima de 1 ano de idade. Dose: 2,2mg/kg, VO, SID ou cd. 48h.
▪ Meloxicam: mais indicado para potros mais novos. Dose: 0,6mg/kg, VO, IV ou IM, SID.
▪ Firocoxib: Previcox®, mais seguro. Dose: 1mg/kg, VO, SID.

PROTETORES GÁSTRICOS:

▪ Sucralfato: até 6 meses. BID.


▪ Omeprazol: acime de 6 meses de idade. 2,0mg/kg, VO, SID

CIRÚRGICO:

▪ Apenas em casos graves. Elevação de periósteo mais utilizada.


▪ Pobre resposta (associado a displasia fiseal).
▪ Transecção hemicircunferencial; elevação do periósteo (estimulam crescimento).
▪ Pontes transfisárias (limitam o crescimento)
PROGNÓSTICO: apenas a displasia fiseal → boa. Associada a problemas angulares → ruim. Para esporte.

Distúrbio da diferenciação celular normal no crescimento da cartilagem


articular que ocorre em equinos atletas jovens em fase de crescimento
(cartilagem intrarticular). Podendo ser:

▪ Osteocondrose: doença.
▪ Osteocondrose Dissecante.
▪ Osteocondrite Dissecante (OCD): Soltura da cartilagem.
→ Osteocondrite: é a resposta inflamatória da osteocondrose.

multifatorial, hereditário, conformação, nutricional, problemas biomecânicos, crescimento


rápido ou trauma.

▪ Potros de raças de crescimento rápido (quarto de milha, PSI, PSA, crioulo).


▪ Pode ocorrer do nascimento até 2 anos de idade.
▪ Superalimentados.

DISTRIBUIÇÃO:

▪ Articulações femoropatelar,
tarsocrural, metacarpo/tarso
falangeanas (comum).
▪ Escapuloumeral: menos
frequente, mas quando
acontece é a forma mais
grave.

VARIÁVEIS PODENDO SER: Efusão sem


claudicação; Efusão com claudicação
(grau variado) ou Alterações
radiográficas sem sinais clínicos.

▪ Claudicação (súbito) leve a


severa (pode ser ausente)
▪ Efusão (súbita) – sinal mais
consistente: Corpo estranho
livre e irregularidade da
superfície (palpação).
▪ Art. escapuloumeral
▪ Testes de flexão – geralmente
exacerbam a claudicação
▪ Claudicação exacerbada em teste de flexão.
Identificação, Anamnese e Sinais clínicos.

EXAMES COMPLEMENTARES: Só se fecha com RX.

▪ RX: Padrão ouro para o diagnóstico. Sinais:


Lesões discretas – não é capaz de evidenciar.
Alterações:
o Alteração no contorno da superfície
articular (achatamento ou depressão).
o Fragmento osteocondral.
o Zonas radiolucentes no osso subcondral
(cistos).
o Esclerose em torno da área
radioluscente.
o Remodelamento secundário da
articulação (DAD).
▪ US: complementar ao RX. Artroscopia.

IMPORTANTE:

▪ Claudicação presente → tratamento necessário;


▪ Efusão sem claudicação → estético.
▪ Ausência de sinais clínicos → venda futura, repercussão a longo prazo?

Cirúrgico é o mais indicado → Artroscopia.

CONSERVATIVO: Equinos muito jovens e casos discretos, Avaliação RX e US sequencial, Repouso (restrito
em baia) e exercício controlado.

AINES:

▪ Fenilbutazona 2,2 mg/kg, VO, SID.


▪ Meloxicam 0,6mg/kg, VO, SID.
▪ Firocoxib 1mg/kg, VO, SID
FÁRMACOS INTRA-SINOVIAIS:

▪ Corticosteroides: acetonido de triancinolona 6-12mg.


▪ Ácido hialurônico 20mg (Hyalovet®) infiltrado, para evitar voltar a doença.

CIRÚRGICO: Artroscopia.

▪ Diagnóstico (exploratória).
▪ Remoção de fragmentos de
cartilagem.
▪ Debridamento – cistos e tecido circundante.
▪ RX: utilizado durante a cirurgia para ver resultados.

PROGNÓSTICO:

▪ Femorotibial: Lesões pequenas – melhor prognóstico (artroscopia).


▪ Tarsocrural: Lesões degenerativas presentes – piora o prognóstico.
▪ Aspecto dorsal metacarpo/tarso:
o Achatamento ou defeito da crista sagital – favorável.
o Fragmentação e flap livres – reservado.
▪ Escapuloumeral: Lesão na cabeça umeral e cavidade glenóide – reservado.

Condição comum de equinos em crescimento no qual uma articulação é mantida em uma posição
anormal flexionada. Podendo ser congênita ou adquirida. Comum em potros e ocasionalmente pode
acontecer em cavalos adultos. Precisa avaliar o potro de lado. Muito comum. Contratura dos tendões
flexores → tendão flexor digital profundo e superficial.

ESTRUTURAS ACOMETIDAS: tendões flexores, aparelho suspensor, capsula articular, ossos e pele.

TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO: tem


S
origem no epicôndilo medial do úmero e se
insere na falange distal (dentro do casco).
Mantém a terceira falange linear dentro do
casco. Ele tem a função de impedir a extensão
extrema da terceira falange e permitir a flexão
do membro. Se há excesso de carga sobre ele, o
P
risco de lesão neste tendão aumenta, deste
modo, é mais comum ocorrer lesões durante a TFDP
fase de propulsão do que na fase de apoio. No geral este tipo de lesão
Inserção
é unilateral e ocorre principalmente em animais atletas de meia-idade medial do
ou mais velhos envolvidos em competições esportivas como corridas. TFDS

TENDÃO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL: se insere na proximal


(primeira). Ele tem origem no epicôndilo medial do úmero e cobre o
músculo flexor profundo dos dedos. Ele se bifurca e se insere nas eminências medial e lateral na
extremidade proximal da falange média. Flexiona as articulações falângicas proximal e média do dedo e
também estabiliza a articulação metacarpofalângica (boleto).

CONGENITA: Multifatorial → Mau posicionamento intrauterino, fatores genéticos, agente infecciosos


(influenza), mal formação óssea, prematuridade, ingestão de substâncias teratogênicas. Geralmente
acontecem nas articulações rádio-cárpica-metacárpica, metacarpo-falangeana (carpo e boleto).

ADQUIRIDA: Crescimento rápido, dieta, dor (Fisites, traumas, artrite séptica, ferimentos em tecidos
moles, afecções em casco). Atinge boleto, carpo e interfalangeana distal (dentro do casco).

Um mesmo animal pode ter as três apresentações da doença: casco, boleto e carpo → muito grave.

Deformidade do tendão flexor digital profundo: Articulação interfalângica distal (CASCO).

Deformidade do tendão flexor digital superficial: Articulação metacarpo/metatarso-falangeana


(BOLETO).

Deformidade da fáscia carpal e encurtamento dos ligamentos palmares: Articulação do carpo, envolve
os tendões ulnar lateral e flexor carpo ulnar. Geralmente congênita e bilateral Casos leves – se mantém
em estação e corrige espontaneamente em 4-5 dias.

LEVE: Animal consegue se manter em estação e sobre o peso do membro, correção em poucos dias –
exercícios controlados.

MODERADA: Manutenção sobre o membro é difícil, quando bilateral levanta com dificuldade e em
estação há aumento da deformidade.

SEVERA: Animal não consegue levantar, nem se manter em estação, deformidades carpais*, geralmente
mais de uma articulação.
▪ Visual: deformidades na região acometida.
▪ Palpação: Manipulação do membro com e
sem apoio.
▪ Avaliar quais estruturas estão envolvidas.
▪ RX: para verificar se tem alteração óssea.
▪ US: para verificar as estruturas moles envolvidas.

Quando ao manipular o membro, este retorna facilmente a posição normal – prognóstico bom

CLÍNICO CONSERVATIVO: potros → exercícios controlados, fisioterapia (alongamentos, kinesio), talas,


relaxantes musculares (Oxitetraciclina), ferrageamento, AINE, correção alimentar.

▪ BANDAGEM NEUROFUNCIONAL OU KINESIO TAPE – TAPING: Gera estímulos e informações para


o SNC semelhantes à dos receptores lesionados, reestabelecendo a comunicação adequada,
atenuando ou revertendo a instabilidade funcional originada pela lesão.
▪ OXITETRACICLINA: em dose alta → quela o Cálcio livre → previne o influxo de Ca nas fibras
musculares impedindo a contração → ele faz uma frouxidão tendínea → relaxamento muscular.
Aplicar lentamente. Faz uma dose e observa a necessidade das próximas. Dose: 40 a 50
mg/kg/IV/SID ou 2g a 4g diluída em solução salina ou glicose, aplicar lentamente, 3 a 4
aplicações. Resolução em 24h a 48h. Efeito colateral: Taquicardia, taquipneia, diarreia,
insuficiência renal ou relaxamento tendíneo excessivo.
▪ FERRAGEAMENTO: quando a contratura é do profundo – casco. Se faz desgaste dos talões e
ferradura de extensão na pinça. Elevação de talão para reduzir dor.
▪ AINE: analgésicos.
o Fenilbutazona 2,2mg/kg, VO, SID ou BID.
o Meloxicam 0,6mg/kg, VO, SID.
o Firocoxib 1mg/kg, VO, SID.
▪ PROTETOR GÁSTRICO: Omeprazol 2,0mg/kg, VO, SID.

TALA + BANDAGEM: Robert Jones + tala palmar → remover a cada 4h – 6h. Associar: AINE + protetores
gástricos. Cuidados com as talas: Proteger com bandagens regiões que podem sofrer ferimentos por
abrasões, equipamentos de imobilização necessitam de colocação de compressas, avaliação constante
e troca das talas para prevenir a necrose cutânea.

TRATAMENTO AID (Articulação Interfalangeana Distal – casco)

Lesão em digital profundo.

▪ FERRAGEAMENTO TERAPÊUTICO: remover gradativamente os talões e ferradura com extensão


na pinça.

TRATAMENTO CIRÚRGICO

A decisão para tratamento cirúrgico da AID e boleto dependem da gravidade da deformidade, idade do
equino e resposta ao tratamento conservativo. A intervenção cirúrgica é a única alternativa quando não
há resposta ao tratamento conservativo.

DESMOTOMIA LIGAMENTO ACESSÓRIO


DO TFDP (CHECK INFERIOR)

▪ Incisão na altura da canela.


▪ Anestesia geral ou em estação.
▪ Tricotomia e antissepsia
cirúrgica.
▪ Incisão do tendão. DESMOTOMIA CHECK
▪ Sutura de pele com simples
isolado.
▪ OBJETIVO: em contraturas mais
leves.

TENOTOMIA DO TFDS (superficial)

▪ Superficial: região caudal do


membro.
▪ Incisão no meio da canela.
TENOTOMIA TFDS
▪ Tricotomia e antissepsia cirúrgica.
▪ Anestesia geral ou em estação.
▪ Incisão de 2 a 3 cm.
▪ Localizar o tendão.
▪ Incisão do tendão.
▪ Sutura de pele com simples isolado.

TENOTOMIA DO TFDP (profundo)

▪ Incisão a nível de quartela, acima


dos talões. TENOTOMIA TFDP

▪ Anestesia geral ou estação.


▪ Tricotomia e antissepsia
cirúrgica.
▪ Localiza o tendão.
▪ Incisão do tendão.
▪ Sutura de pele com simples
isolado.

TRATAMENTO - BOLETO DESMOTOMIA CHECK SUPERIOR

▪ Depende da estrutura afetada (TFDS; TFDP).


▪ Desmotomia do check inferior (já descrito).
▪ Desmotomia do ligamento acessório do TFDS (check
superior).

TRATAMENTO – CARPO

Indicado anestesia geral porque o animal está relaxado


e conseguimos reposicionar. Casos mais graves.

▪ Tenotomia do tendão ulnar lateral e flexor


ulnar do carpo
▪ Bandagem + tala caudal – forçado sob anestesia TENOTOMIA TENDÃO ULNAR LATERAL E
geral. FLEXOR ULNAR DO CARPO

Deformidade flexural AID:

▪ Melhor prognóstico.
▪ Desmotomia check – melhor prognóstico em relação ao conservativo;

Deformidade flexural boleto:

▪ Reservado a desfavorável.
▪ Equinos mais jovens – melhor resposta ao tratamento cirúrgico e conservador;

Casos crônicos – desfavorável:

▪ Fibrose da cápsula articular; osteoartrite.


São considerados desvios laterais ou mediais em relação ao eixo longo do membro no plano dorsal
(frontal), podendo ser uni ou bilateral → VARO (Varus - desvio lateral do membro distal a localização da
deformidade, para dentro) e valgo (Valgus - desvio medial do membro distal a localização da
deformidade, para fora).

▪ MUITO COMUM em membros torácicos:


Carpo, Tarso e Metacarpo
falangeana/metatarso falangeana.
▪ Se até um mês de vida essa deformidade não corrigir com o crescimento, precisamos intervir.

VALGO

VARUS WINDSVEPT

WINDSWEPT: “o vento levou” tem desvio misto, varus em um lado e valgos em outro.

Crescimento diferente da epífise e/ou metáfise – deformidade rotacional permanente.

CONGÊNITA:

▪ 90% congênita.
▪ Imaturidade esquelética.
▪ Fraqueza de ligamentos colaterais.
▪ Mal posicionamento uterino.
▪ Ossificação incompleta.

ADQUIRIDA:

▪ Trauma
▪ Anormalidade da ossificação das placas de crescimento
▪ Peso e tamanho
▪ Desequilíbrio nutricional – (Alimentação rica em energia)
▪ Atividade muscular excessiva.

IMPORTANTE: A maioria dos potros não possuem membros lineares. O eixo longo do membro deve ser
de 180° quando visto de frente. Nos primeiros meses de vida é comum de 3° a 5° de desvio. A maioria
dos potros nascem assim e se corrigem com o crescimento em até 1 mês.
Baseando-se nas medidas de angulação, STASHAK (2006) classifica os desvios angulares em:

▪ Leve: ângulo entre 5° e 10°.


▪ Moderado: entre 15° e 25°.
▪ Grave: quando ultrapassa 25°.

O dignóstico precisa ser baseado em: resenha, histórico, exame físico, palpação (dor,
efusao, trauma – fratura, luxação ou displasia fiseal).

MANIPULAÇÃO: quando retorna o alinhamento com facilidade ainda existe flacidez


ou ossificação incompleta, se não retornar os ossos estão envolvidos. MANIPULAÇÃO

RX: dosopalmar ou lateromedial. Traça uma linha no centro do osso longo


distal e proximal e no encontro dessas linhas se mede o grau de desvio.

FALHA NA OSSIFICAÇÃO: ossos cubóides. Em caso de animais


prematuros. Os ossos se formam depois do nascimento. Aumentar a
suplementação de cálcio.

Desvio moderado – 15°

Falha na ossificação

CONSERVATIVO: IDADE DE FECHAMENTO


▪ Bandagem funcional (Gesso-Tala). DAS PLACAS DE
▪ Kinesio Taping. CRESCIMENTO
▪ Restrição de espaço. BOLETO – 6 MESES.
▪ Casqueamento CARPO – 20 a 24 MESES.
TARSO – 17 a 24 MESES.
CIRÚRGICO:

A partir de 1 mês de vida, depois


de ter tentado as técnicas
clínicas. Duas técnicas:

TÉCNICA TRANSECÇÃO E
ELEVAÇÃO DE PERIÓSTEO:
Aceleração da face de
crescimento → a campo.

▪ Anestesia geral.
▪ Tricotomia e assepsia cirúrgica.
▪ Bloqueio local.
▪ VALGUS: fazer a técnica no local que cresceu menos, nesse caso, a lateral.
▪ VARUS: fazer a técnica no local que cresceu menos, nesse caso, a medial.
▪ Incisão de pele.
▪ Incisão de pele em T no periósteo.
▪ Divulciona esse periósteo (“irritar”) na linha de crescimento.
▪ Fechar e suturar pele.

TÉCNICA PONTE TRANSFISÁRIA: retardo da face de crescimento.

▪ Precisa ser feita em centro cirúrgico, utilizada em casos mais graves.


▪ Utilizar parafusos ou grampos.
▪ DESVATAGEM: precisa
de material ortopédico e
RX, demanda maior
especialização.
▪ Se faz essa técnica onde
quero retardar o
crescimento:
o VALGUS: medial.
o VARUS: lateral.
▪ Anestesia geral e
bloqueio local.
▪ Tricotomia e antissepsia cirúrgica.
▪ Agulha para achar a placa de crescimento no rx.
▪ Incisão de pele.
▪ Colocar o parafuso.
▪ Acompanhar o paciente.
▪ Parafuso precisa ser retirado quando o paciente estiver linear.

Pode-se associar as duas técnicas em casos mais graves e animais mais velhos, sendo ela adquirida.
Ligamento patelar lateral, medial e intermédio tem a
função de deslizamento da patela na troclea. Nessa
doença temos uma falha no ligamento medial, não
permitindo o deslizamento da patela → sem flexão do
membro, arrastando a pinça. Essa fixação da patela não
fica a todo momento, é intermitente.

▪ Impossibilidade de flexão do membro.


▪ Um ou ambos os membros posteriores.
▪ Membro pélvico “travado” na extensão.
▪ Impossibilidade de flexão de soldra e jarrete.

PALPAÇÃO:

▪ Ligamentos patelares tensos na palpação.


▪ Patela pode ser sentida acima da crista troclear medial do fêmur.
▪ Alguns casos – no reposicionamento - mimetiza o movimento de Harpejamento (cuidado!)

▪ Animais em jovens e na doma.


▪ Atrofia do quadríceps em animais que emagreceram rapidamente.
▪ Deficiência nutricional.
▪ Condicionamento físico.
▪ Secundário a uma doença neurológica.
▪ Traumatismo.
▪ Animais estabulados.

→ Se chegar na propriedade e o animal não estiver apresentando sinais clínicos, fazer com que ele se
movimente para frente e para trás, se for a fixação dorsal de patela em algum momento ela irá se
deslocar.

▪ Histórico.
▪ Palpação dos ligamentos patelares (medial) tensos.
▪ US.

depende da causa.

CONSERVATIVO:
▪ FERRAGEAMENTO: Ferraduras com elevação dos talões para limitar a extensão da articulação
femorotibial.
▪ Melhora de condicionamento físico do quadríceps para fortalecer o ligamento patelar medial.
▪ Caso não resolver se indica cirurgia = Desmotomia patelar medial.

CIRÚRGICO:

DESMOTOMIA DO LIGAMENTO
PATELAR MEDIAL

▪ Incisão de 4 cm em cima
do ligamento.
▪ Localizar e incisionar o
ligamento.

COMPLICAÇÕES:

▪ Condropatia.
▪ Doença Degenerativa Articular.
▪ Artrite séptica.
▪ Fístula sinovial.
▪ Fragmentação da patela: comum.
▪ Proliferação óssea – inserção ligamento patelar intermédio.

Flexão exagerada e involuntária do jarrete quando o cavalo se


movimenta. Membros pélvicos, podendo ser uni ou bilateral. Sem
predileção por idade ou raça.

▪ Degeneração do nervo ciático/fibular a partir de uma ferida


crônica e invasiva no local.
▪ Lesão envolvendo tendão do músculo extensor digital lateral → traumas, aderências em jarrete.
▪ Lesões em região extensoras (dorsoproximal de metatarso)
▪ Cicatrização por segunda intenção.
▪ TEORIA DO HARPEJAMENTO AUSTRALIANO: Ingestão da planta Hypochaeris radicata,
Taraxacum officinale, Malva parviflora, melhora expontânea.

▪ Visual → Andar característico, podendo não aparecer em algum momento.


▪ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: miopatia fibrótica ou luxação de patela.

TEORIA AUSTRALIANA: remover o animal do local onde tem as plantas tóxicas.

CIRÚRGICO:
MIOTENECTOMIA DO TENDÃO EXTENSOR DIGITAL LATERAL

▪ Incisão distal e proximal ao carpo, em cima do tendão extensor digital lateral.


▪ Retirada do tendão e de parte do músculo.
▪ Pós operatório com resultado imediato.

PÓS OPERATÓRIO:

▪ Descanso, restrição de espaço


▪ Bandagens
▪ AINE E Antibiótico.
▪ Resultados inconsistentes
▪ Prognóstico reservado a favorável
▪ A maior parte dos animais apresenta melhora após cirurgia (grau da melhora não é previsível).
▪ Pode ou não parar 100% o harpejamento.

Claudicação crônica dos membros torácicos associada a dor originada de lesões no osso navicular e/ou
estruturas relacionadas, incluindo o ligamento colateral, ligamento sesamoide distal ímpar, bursa podo
troclear e tendão flexor digital profundo. Sinônimos: Podotrocleose, Doença do navicular, Síndrome da
dor palmar, "Palmar heel pain”.

▪ Equinos entre 4 e 15
anos.
▪ 1/3 das claudicações
crônicas dos membros
torácicos.
▪ Membros pélvicos –
raro.
▪ Quarto de milha, Thoroughbreds e Warmbloods castrados. Raro em pônei e Árabe.
▪ Hereditariedade – conformação; forma do navicular.
▪ Conformação.
▪ Desequilíbrio podal.
▪ Ferrageamento inadequado ou irregular

TEORIA VASCULAR: Trombose, oclusão de artérias digitais e aterosclerose → isquemia → lesão.


TEORIA BIOMECÂNICA: Forças biomecânicas normais ou anormais → lesão, degeneração.

▪ Claudicação grau 2 a 3 (0-5) MTs.


▪ Crônica e progressiva; Insidiosa (comum); súbita (incomum).
▪ Bilateral (95% assimétrica); unilateral.
▪ Bilateral simétrica – rígido e entrecortado (círculo).
▪ Piora em superfícies duras e com exercício; melhora com repouso.
▪ Queda na performance.
▪ Tropeços – apoio inicial na pinça.
▪ Posição antálgica – “apontamento” da pinça; acampado.
▪ Atrofia dos músculos extensores

▪ Fraturas.
▪ Luxações articulares.
▪ Ruptura de tendões.
▪ Lacerações.
▪ Lacerações em estruturas de suporte.
▪ Lacerações em estruturas vasculares e nervosas.
▪ Lacerações e perfurações envolvendo articulações.
▪ Laceração e perfurações envolvendo o casco.

Sempre em casos de lesões, mesmo não sabendo se existe ou não fratura,


precisamos encaminhar com tala, imobilizado para o transporte.

▪ Detecção rápida.
▪ Geralmente resolução total depende de ambiente hospitalar.
▪ Exames complementares → Hematócrito: até 12%. Transfusão: cavalo
de 500kg é possível coletar em torno de 6 litros.

Trauma em arame
liso. Rompimento de
todas as artérias,
veias e nervos
▪ Sem histórico.
▪ Atropelamento.
▪ Coice.
▪ Acidente em cerca (tipo do arame).
▪ Acidente em cocheira/baia.
▪ Acidente durante esporte (Qual? Corrida, hipismo, rédeas, vaquejada).

▪ Determinar rapidamente estado físico e condição do paciente.


▪ Inspeção de todos os locais com pouca proteção de tecido mole.
▪ Inspecionar presença de lacerações, perfurações e hemorragias.

Na dúvida, sempre tratar como FRATURA para que o quadro do paciente não piore.

Locais de pouca proteção de tecido mole: regiões de membros, onde tem pouca musculatura.

Espinha da escápula: comum o animal cair em cima dela.

Tubérculo maior do úmero: uma das regiões que mais temos fratura → queda, trauma de cocheira.

Tuberosidade deltoide do úmero: comum.

Face cranial do rádio: osso longo com pouca cobertura de musculatura → comum em
trauma.

Metacarpo: acidentes, coice.

Tuberosidade coxal: geralmente acidente em cocheira em pacientes que tem medo de


entrar em locais fechados acabam batendo essa região.

A maioria dessas regiões tem pouca cobertura de musculatura, deixando mais


propenso a acidentes.
Pequena ferida
TRATAMENTO OU EUTANÁSIA? Apesar dos grandes avanços algumas situações pode ser indicativa
requerem uma atitude drástica → Respeito e atitude profissional. de fratura e pode
passar
desapercebida.

TRATAMENTO INICIAL DA FERIDA: antibiótico, analgesia, fluido, sedação / anestesia,


estabilização do foco da fratura e transporte cuidadoso.

Profilaxia antibiótica: a campo sempre entrar.


Analgesia: apropriada após a estabilização da fratura para que o animal não piore a fratura.

Osso exposto: não lavar com água corrente, apenas com soro
fisiológico. Cuidar com antissépticos porque eles podem
desvitalizar o osso. Tricotomia em exposição óssea → não
indicado por conta de contaminação óssea, exceto em casos em
que consiga fazer uma boa proteção desse osso.

Hemorragia: sempre conter.

Sutura: suspeita de fratura → não sutura. Prestar atenção no


tempo do trauma entre 6h a 8h, máximo 10h dependendo do
aspecto da ferida.

Tricotomia: lâmina.

Limpeza: solução fisiológica → em caso de fratura. Se não tiver fratura pode usar degermante, tópico.

Proteção e bandagem: gaze, compressa, algodão, ataduras.

Depende do trauma e do comportamento do cavalo. Facilita muito o tratamento emergencial. Colabora


para a colocação de bandagens e talas. Quais:

ALFA-2 AGONISTAS: são as drogas de escolha poucos efeitos colaterais, analgesia e sedação confiável.
Relaxamento. Bradicardia. Diminuição de peristaltismo. Efeito de 30min a 2h.

Xilazina → procedimentos curtos. Dose: (0,5 – 1mg/kg) IV.

Detomidina → sedação mais prolongada, mais utilizada. Dose: (0,005-0,04 mg/kg) IV.

FENOTIAZÍNICOS: Acepromazina → tranquilização leve, piora a hipotensão, a segunda dose pode causar
excitação, pode causar priapismo. Utilizado para analisar lesões em pênis ou em animais agitados utilizar
antes do sedativo. Dose: (0,05 mg/kg) IV.

BENZODIAZEPÍNICOS: Midazolam (0,1 mg/kg) IV e Diazepam (0,03-0,5 mg/kg) IV. Associados com alfa 2
agonistas. Ótima sedação quando associado, bom relaxamento muscular e hipnose. Durando de 30min
a 1h.

OPIOIDE: Butorfanol. Dose (0,02-0,04 mg/kg) IV.


IMPORTANTE
ASSOCIAÇÕES: para prolongar o efeito sedativo: Cavalos muito agitados → doses maiores.
Cavalos com grande perda sanguínea ou sinal de choque
→ Xilazina + Butorfanol → Xilazina + → doses menores.
Acepromazina → Detomidina + Butorfanol Após administração intravenosa esperar pelo menos 5
minutos para evitar sobredosagem.
INFUSÕES CONTÍNUAS: apenas depois de Animais linfáticos → doses menores.
estabilizar o foco da fratura. Potros → sedação mais profunda por conta do
metabolismo rápido.
→ Butorfanol 1,3 μg/kg/hora IV → Cetamina Proprofol apenas em CC.
0,4-0,8 mg/kg/hora IV

→ Lidocaína Bólus 1,3 mg/kg IV; Manutenção 0,05 mg/kg IV


Para resgates ou aplicação de bandagens, talas ou gesso. PROTOCOLOS:

Estabilização do foco da fratura: Impedir que uma fratura “fechada” se torne “exposta” ou estabilização
do membro (Rupturas tendíneas). Permite sustentação do peso sem danos adicionais ao foco da fratura
e danos aos tecidos adjacentes → ajudando na REGENERAÇÃO ÓSSEA.

OBJETIVOS: proteção, minimizar contaminação de ferida já existente, redução da


dor e ansiedade e evitar complicações.

PRINCÍPIOS BÁSICOS:

▪ Fratura de úmero e fêmur NÃO se consegue fazer a imobilização.


▪ Imobilizar uma articulação abaixo e uma acima do foco da fratura,
principalmente em membros pélvicos por conta do aparelho recíproco.
Parte mais importante do tratamento.
▪ Material resistente.

MULETA DE THOMAS: pode ser utilizada para fraturas


mais altas. Cuidado na colocação para não piorar a
fratura.

ATADURA DE ROBERT JONES: boa camada de algodão


Fratura de Fratura de
seguida de atadura de baixo para cima com pressão, falange falange
Fratura de tíbia
na descida alivia → ajuda no retorno venoso e linfático. média proximal

ATADURA DE ROBERT JONES MODIFICADA: várias camadas de algodão + atadura + algodão + atadura.

Podendo serem associadas com: gesso sintético, fibra de vidro ou tala.

TALA: cano de 100mm (adulto) 50mm (potro), cortar e modelar com fogo. Pode colocar na face cranial
ou caudal, dependendo da localização da fratura.

Limpeza do casco + iodo → talco no membro para deixá-lo bem seco → Atadura de Robert Jones comum
ou modificada + papel alumínio (isolante térmico) → depois gesso sintético ou tala por cima.

IMOBILIZAÇÃO MAU FEITA PIORA O QUADRO DO PACIENTE!


Indicação: Fraturas expostas, feridas, rupturas tendíneas e grandes lacerações ou escoriações.

ENROFLOXACINA: muito utilizada em cavalos adultos.

MICACINA: muito utilizada em potros.

GENTAMICINA: utilizar associada com penicilina.

METRONIDAZOL: bactérias gram negativas.

SULFA + TRIMETROPIM: um dos únicos antibióticos que conseguem chegar até a articulação e passar as
barreiras do organismo, portanto indicado para artrite séptica.

PENICILINA POTÁSSICA: apenas IV.

PENICILINA PROCAÍNA: IM.

PENICILINA BENZATINA: NÃO FUNCIONA EM CAVALOS!

AINES:

Fenilbutazona: muito indicada para problemas ortopédicos e musculares. Somente IV por fazer necrose.
É o analgésico mais indicado para essas situações. Dose: 2,2 a 4,4 mg/Kg IV.

Flunixin meglumine: apenas para lesões de tecidos moles. Dose: 1,1 mg/Kg IV.

OPIOIDES: em casos de dores mais graves. Morfina ou Metadona 0,1 mg/kg IM.

A fratura deve ser corretamente estabilizada para que a analgesia não piore o quadro!

RAIO X: exame fundamental para


definir local exato da fratura, tipo
de fratura e prognóstico.

Transporte com cuidado e


humanamente de acordo com a
legislação em defesa dos animais.
Trailer ou caminhão normal com
pequenas modificações. Trailer especial para transporte de equinos com fratura.
Processo infeccioso que envolve a articulação (líquido
sinovial + osso subcondral). Em equinos resulta em
rápida destruição da articulação (DAD - doença articular
degenerativa) quando demora muito para tratar a artrite
séptica. Pode levar ou estar associado a osteomielite →
infecção da parte medular do osso.

HEMATÓGENA: umbigo mal curado em potros. Artrite Séptica


TRAUMÁTICA: comum em cavalos adultos.

IATROGÊNICA: causada em infiltrações com antissepsia incorreta.

claudicação grave, aumento de volume articular, dor, impotência funcional do


membro.

Infecção aguda ou crônica do osso por microrganismo piogênicos,


geralmente bactéria gram-positivas, ocasionalmente fungos. Início da
infecção da cavidade medular. Principal causa são feridas ou fraturas
expostas.

hematógena, ferida ou fratura exposta, iatrogênica.

aguda, crônica, hematógena ou pós-traumática.

A falta de vascularização é o principal fator na patogênese desta doença Osteomielite


(fragmentos soltos e sem vascularização = problema).

▪ Apresentação clínica:
o Aumento de volume.
o Aumento da temperatura local.
o Função limitada da articulação.
o Sensibilidade à palpação
▪ Histórico.
▪ Traumas agudos ou crônicos.
▪ Intervenções erradas por pessoas leigas/veterinários.

EXAMES AUXILIARES:
ARTROCENTESE COM TÉCNICA ASSÉPTICA:

Material necessário: Luvas estéreis. Gaze estéril, Clorexidine, Álcool 70%, Seringa 3 ml, 5ml, 10 ml,
Agulhas 30x8, Sedativos: Xilazina, detomidina, butorfanol*, Tubos com e sem EDTA, Tubos para cultura
e antibiograma.

Técnica:

1. Palpação da articulação.
2. Tricotomia.
3. Antissepsia rigorosa do local: Clorexidine
seguido de álcool 70%.
4. Sedação do animal.
5. Colocação da agulha no espaço
intrarticular.
6. Coleta com seringa.

Análise do líquido sinovial → Ultrafiltrado de soro. NORMAL: Claro, ligeiramente Artrocentese


amarelo, livre de partículas.

OUTROS EXAMES:

▪ Cultura e antibiograma.
▪ Contagem total e diferencial de leucócitos.
▪ Proteína total.
▪ Radiografia.
▪ US.

Visa eliminação de microrganismos patogênicos. Remoção de produtos deletérios. Redução da dor.


Iniciar com tratamento antes do resultado da cultura e antibiograma. Sempre realizar cultura e
antibiograma.

Infecções ortopédicas geralmente são resistentes a terapêutica tradicional. Necessita-se então de


terapias mais agressivas. Utilizar antimicrobianos no sítio de infecção. Técnicas: Perfusão regional e
Lavagem articular

Administração de uma solução em uma região selecionada do membro, isolada previamente da


circulação sistêmica por meio da aplicação controlada
de um torniquete. Tratamento mais efetivo do que
sistêmico. Sempre acessamos a parte venosa (PRMIV)
ou intraóssea (PRMIO) com uso de torniquete.

Técnica:

1. Torniquete proximal e distal (de 20 a 30 min):


Objetivo ocluir sistema venoso e arterial
inibindo a entrada e saída de sangue e concentrando antimicrobiano.
2. Realizado em estação (com ou sem sedação) ou decúbito lateral sob anestesia geral.
3. Sedação + bloqueios perineurais e anestesia Lavagem PRM
de bier no membro (desconforto do articular
torniquete). Anestésico: Mepivacaína 2% ou
lidocaína 2% sem vasoconstritor.
4. Agulhas do tipo “butterfly” – scalp ou
cateter venoso periférico.
5. Antissepsia cirúrgica
6. Dose para perfusão → Volume total 60ml:
antimicrobiano + solução fisiológica +
lidocaína.

Casos de infecção crônica ou severa. Uso de soluções eletrolíticas estéreis. Colocação de dreno local.
Sedação e anestesia local ou anestesia geral. Indicado todos ou dias ou um sim e outro não, até o liquido
venha limpo.

Emergência. Procedimento sob anestesia geral – a


campo ou centro cirúrgico. Decúbito lateral.
Antibiótico + Antinflamatório + Antitetânica.

Técnica:

▪ Síntese tendínea: Padrão “locking loop” → é o


padrão para tenorrafia. Fio absorvível vicryl 0
Sutura de
ou 1. Sutura de tensão, reaproximando as duas extremidades. “locking loop”
Tempo para fazer no máximo até 6h após a lesão.
▪ Síntese da pele: Padrão simples isolado. Fio: Nylon 0.

Sutura de tendões rompidos → superficial, superficial + profundo ou


superficial + profundo + ligamento suspensor.

SINAIS: apenas superficial rompido → boleto caudal mais próximo ao


chão. Superficial + profundo → boleto caudal + elevação da pinça.
Superficial + profundo + ligamento → animal caminha na quartela (foto).

▪ Imobilização:
▪ 4ª a 6ª semana: Boleto semiflexionado e membro oposto com liga de descanso
▪ 7ª a 9ª semana: Liga de descanso
▪ 12ª semana: Exercício controlado.
▪ Convalescença de 8 a 12 meses.
O aparelho locomotor da sustentação e dinâmica para a locomoção.

NO FOOT NO HORSE!

Inflamação das lâminas do casco. Também conhecida como Pododermatite


asséptica (sem envolvimento de bactérias) ou Aguamento. Principal e mais grave
afecção dos cascos dos equídeos.

MENOR PERFUSÃO CAPILAR: Apenas pequenos capilares vascularizam o casco,


não existem grandes veias e artérias envolvidas. Shunt: estase sanguínea →
baixa perfusão → isquemia → necrose → muita dor.

Maior incidência em membros torácicos porque a distribuição do peso do cavalo é maior em tórax do
que em pelve, mas pode acometer os 4 membros.

PÔNEIS: grande predisposição para laminite, porque eles têm muitas síndromes metabólicas →
obesidade.

Qualquer doença pode levar a laminite.

ALIMENTAR: Ingestão exagerada de carboidratos → muito carboidrato → acidifica o pH (aumento


multiplicação de bactérias gram + no ceco → alteração de pH e produção de ácido lático → morte de
bactérias boas (gram -) → processo inflamatório → aumento de permeabilidade de membrana → vasos
sanguíneos → endotoxemia sistêmica → capilares das lâminas do casco → Laminite.

MECÂNICA: Excesso de trabalho → contusão das lâminas do casco, transporte prolongado, impacto em
superfícies muito duras → concussão → processo inflamatório. Outros fatores associados:

▪ Animais com casco pequeno: quarto de milha.


▪ Pouco condicionamento físico.
▪ Impotência funcional do membro: o membro contralateral estará sobrecarregado → Laminite
mecânica.

INFECCIOSA: afecções causadas por bactérias, qualquer doença com sinais clínicos mais grave e
envolvendo sepse e toxemia pode predispor a laminite (cólica, distocia, endometrites, pneumonias,
retenção de placenta, afecções causadas por bactérias) → endotoxinas → laminite.

➔ Retenção de placenta em éguas é considerado grave a partir de 3h.


OBESIDADE: SME (síndrome metabólica equina) → laminite
endocrinopática, como acontece → Estoque de gordura → estímulo a
inflamação → organismo entende que tem muita energia → não libera
glicose → excesso de insulina → vasoconstrição e diminui o fluxo
sanguíneo.
SME
SME: obesidade e adiposidade ao redor do ligamento nucal na região
cervical.

CAUSAS NOVAS DE LAMINITE, FORMA MAIS CRÔNICA:

SÍNDROME DE CUSHING + SÍNDROME METABÓLICA (OBESIDADE): fazem resistência à insulina →


processo inflamatório agudo → laminite. Sinais clínicos lentos e crônicos. Principal sinal clínicos dessa
síndrome → Insurtismo (crescimento exagerado de pelos).

▪ PDP → Pulso digital patológico. PRINCIPAL SINAL! Veia e artéria digital palmar lateral e medial.
▪ Aumento da temperatura do casco.
▪ Posição antiálgica: projetar o peso para trás quando for em membros torácicos.
→ casco cresce 1cm por mês.
▪ Crescimento irregular do casco, com ondas (anéis
divergentes).
▪ Taquicardia e taquipneia.
▪ Edema laminar.
▪ Sensibilidade de sola.

ROTAÇÃO 3ª FALANGE: tendão flexor digital profundo começa a puxar


a 3ª falange porque ele não tem mais sustentação → em casos graves
Anéis divergentes
pode ter perfuração da sola do casco.
Exungulação
AFUNDAMENTO DA 3ª FALANGE: até chegar na sola.

EXUNGULAÇÃO: caída do casco → eutanásia.

SUBAGUDA: acontecendo o curso da doença.

AGUDA: 12h a 18h após a injúria. Relutância ao se mover. Cascos


quentes. Pulso digital ↑. Sensibilidade uniforme em toda sola. Dor e claudicação severa, principalmente
em membros torácicos bilaterais ou unilateral. Postura típica. Decúbito. Manifestações sistêmicas: FC e
FR ↑, anorexia, ansiedade e sudorese.

REFRATÁRIA: crônico, mas controlado. Ex: aumento de peso voltava os sinais clínicos.
CRÔNICA: 48 horas após dor contínua ou afundamento e rotação da falange distal, mesmo que rotacione
antes das 48h já é considerada crônica quando rotaciona. Separação da faixa coronária (região de
extensor). Apoio sobre talões. Sangramento e afundamento (abaulamento) de sola. Alterações no
crescimento córneo (dano lamelar). Dor. Separação da linha branca (quando já se tem infecção).

GRAU 1: Alterna o apoio dos membros torácicos constantemente, visando uma posição álgica.
Apresenta claudicação discreta.

GRAU 2: Encurta ainda mais a fase de apoio, mas se movimenta voluntariamente ao passo. Ainda é
possível levantar um dos membros anteriores sem grandes dificuldades, “pisando em ovos”. Inicia a
posição álgica.

GRAU 3: Relutância ao movimentar e não permite que se levante um de seus membros anteriores,
“pisando em ovos”. Também desloca o peso para os membros posteriores para aliviar a pressão nos
anteriores, assumindo posição antiálgica. Grave.

GRAU 4: Só se movimenta quando é forçado, projetando os membros anteriores ao mesmo momento


para cima e para frente. Acima desse grau o animal passa a maior parte do tempo em decúbito,
apresentando sinais de infecção podal.

Método alemão desenvolvido recentemente. Ajuda a graduar os sinais de laminite. Classificar se está no
estágio 1 ou 2 da doença.

▪ Importante descobrir a causa para cessar a Postura


doença. Patognomônica
▪ Exames laboratoriais não são primordiais. IMPORTANTE OBSERVAR NO EXAME:
▪ Acompanhamento individual do paciente → não tem
Postura corporal patognomônica
receita de bolo, avaliar cada caso.
↑ FC e FR
▪ Avaliação rigorosa dos sinais clínicos podais e gerais.
Conjuntivas congestas
RX: não tem como tratar uma laminite sem acompanhamento de
↑ pulso das artérias digitais
RX. Fazer a cada 40 dias o acompanhamento. Posição da 3ª falange
em relação a parede do casco precisa ser paralela, avaliar o grau de Deformidade do estojo córneo
divergência → acima de 5° já é considerado laminite (Segundo Sensibilidade ao teste da tenaz do casco
Stashak), acima de 11,5° o prognóstico desfavorável.

Relacionado ao grau de rotação e gravidade da doença (condição


sistêmica e responsividade a terapia). Graus de rotação:

▪ Grau I: menores ou iguais a 5,5 - prognóstico favorável


▪ Grau II: entre 6,8 a 11,5 - prognóstico reservado
▪ Grau III: maiores do que 11,5 - prognóstico desfavorável.

Detectar rapidamente a causa base para se ter melhores resultados. Conjunto de trabalho entre o
médico veterinário, proprietário e enfermaria → Gravidade dos sinais clínicos e do quadro, Recuperação
do paciente, Dedicação integral e Custos.

CONSERVATIVO:

HIPOTENSOR: diminuir a quantidade de endotoxinas chegando até o casco → reduzir a pressão arterial
no casco. Indicado em endotoxemia severa (ex: quando a causa for cólica). Cloridrato de acepromazina
dose 0,02 – 0,05 mg/kg TID, IM ou Isoxisuprina dose 0,4 – 1,2 mg/kg BID, IM.

AINE: remissão da dor. Atuam inibindo os efeitos pró-inflamatórios das prostaglandinas, das cininas e
do tromboxane A.

▪ Fenilbutazona: mais indicado, dividir em 2x ao dia para melhorar a analgesia. Protocolos: 4,4
mg/kg SID IV, 2,2 mg/kg BID IV ou 2,2 mg/kg VO (por 10 dias).
▪ Flunixin meglumine: 1,1 mg/kg SID IV ou 0,25 mg/kg TID IM associado com fenil para toxemia →
dose de ataque.
▪ Sempre fazer protetor gástrico → omeprazol.
▪ Previcox: firocoxibe → pode ser feita por mais tempo, 2 a 3 meses. Dose 227mg (dividir o
comprimido em 4) ou na dose 57mg.

OUTRAS MEDICAÇÕES:

▪ Dimetilsulfóxido - DMSO: contradições por ser vasodilatador, analisar o caso. Muito bom
antinflamatório, analgésico, anti-agregador plaquetário e vasodilatador. Dose: 100 mg/kg,
diluídos em solução de glicose 10%, infusão lenta, BID.
Quando a causa é excesso de carboidratos:

▪ Lavagem de estomago se o caso for imediato.


▪ ÓLEO MINERAL: Na laminite alimentar, especialmente por ingestão de excesso de carboidratos,
a administração de cerca de 2 a 4 litros de óleo mineral, uma única vez, através da sonda
nasogástrica, diminui drasticamente a absorção de toxinas e diminui sinais clínicos em casos mais
crônicos.

PROCEDIMENTOS FÍSICOS:

▪ Gelo (crioterapia) / duchas.


▪ Casqueamento e ferrageamento: melhorar o paralelismo entre a parede do casco e a 3ª falange
→ gradual. Importância do RX.

MANEJOS AUXILIARES:

ALIMENTAR: diminuir carboidratos e aumentar a ingestão de fibra de qualidade. Suplementação para


estimulo da queratogênese → metionina 5g/dia/3-4 semanas e biotina dose de 10 a 20 g/dia, por no
mínimo 90 dias. (injetável tem efeito mais rápido). Animais obesos devem perder peso até valores
considerados aceitáveis para a raça.

AMBIENTAL: piquetes e baias → macios.

Glândulas essenciais que tem a função de Espermatogênese e androgênese. Estão localizados na bolsa
escrotal. Cremaster: subida e descida dos testículos → termorregulação. Epidídimo: condução do sêmen
para ejaculação.

▪ Sempre observar posicionamento, que está relacionada com a idade.


▪ SEMPRE examinar testículo de todo garanhão.

Os testículos dos cavalos são


horizontais dentro da bolsa
escrotal

PLEXO PAMPINIFORME: veia


e artéria testicular. A maior
parte das complicações na
castração acontecem nessa
região por conta de
hemostasia.
TÚNICA VAGINAL: Recobre o testículo. É uma continuidade do peritônio.

CANAL INGUINAL: Fenda formada entre os músculos abdominais e suas


aponeuroses. Superficial – abertura externa; Profundo - abertura
interna. Função: passagem do processo vaginal e descida do testículo
para se posicionar na bolsa. O potro nasce com o testículo na bolsa →
sobe para maturação → depois volta para a bolsa. Cada testículo desce
pelo seu anel, portanto temos um anel direito e um esquerdo.
Canal Inguinal

quando
um ou os dois testículos estão dentro da cavidade
abdominal. Palpar anel inguinal para ver se o
testículo está inserido nesse local. Orquiec precisa
ser feita em decúbito dorsal em CC.

inflamação dos testículos.


Criptorquidismo

inflamação do epidídimo.

semioma, teratoma,
teratocarcinoma e carcinoma embrionário.

muita dor, pode-se Orquite

confundir com sinais de cólica por isso sempre avaliar os


testículos.

cisto ao redor do testículo.

sinais clínicos → aumento de volume e hipotermia.

diminuição ou ausência do desenvolvimento do epitélio


germinativo dos túbulos seminíferos.

Mais conhecida como castração, emasculação. Procedimento mais realizado em equinos.

Descida do testículo: 1,5 a 2 anos. A testosterona influencia no crescimento do animal, portanto


geralmente se espera um pouco mais para realizar a castração. Varia muito da raça, comportamento e
vontade do proprietário.

▪ Facilitar manejo.
▪ Permitir convivência com fêmeas.
▪ Melhora do comportamento.
▪ Evitar reprodução indesejada.
▪ Animais com comportamento intolerável.
▪ Impotência coeundi (problemas na reprodução) e generandi (não consegue montar na femea).
▪ Afecções testiculares.

EXAME FÍSICO: FC, FR, T°C, TPC, Coloração das mucosas, Estado geral (ICC)

EXAME ESPECIFICO DO TRATO GENITURINÁRIO: Palpação de ambos os testículos, Aspecto, Presença na


bolsa escrotal e Hérnia.

EXAMES LABORATORIAIS: Hemograma completo (importante avaliar plaquetas por conta de


cicatrização), Bioquímico (Função renal – hepática).

PESAGEM DO ANIMAL: preparação das medicações.

→ Jejum hídrico (4 – 6h) e alimentar (8 – 12h).

▪ Temperamento do animal.
▪ Custo benefício. Procedimento simples, porém,
▪ Local e condições. pode ter inúmeras complicações
se feito incorreto
▪ Experiência do cirurgião.
▪ Valor zootécnico do animal.

▪ Luvas estéreis.
▪ Caixa de luva de procedimento.
▪ Peias.
▪ Gaze estéril.
▪ Clorexidine.
▪ Álcool 70%.
▪ Seringas 3 ml, 5ml, 10 ml, 20 ml.
▪ Agulhas 30x8, 40x12.
▪ Fio vicryl 0 ou 1.
▪ Emasculador.
▪ Campo cirúrgico.
▪ Compressa.
▪ Caixa cirúrgica básica.
▪ Jejum hídrico e alimentar.
▪ Escovação do animal.
▪ Limpeza de cascos.
▪ Limpeza de pênis.
▪ Limpeza prévia testículos.

Lidocaína com ou sem vasodilatador.


Grande → 20ml em cada testículo.
Pequeno e potros → 10 ml em casa. 2
bloqueios:

▪ 10ml dentro de cada testículo.


▪ 10ml na pele, na linha da
Bloqueio dentro do
incisão, em cada testículo. Bloqueio na linha da testículo
incisão - rafe

Com gaze e luva estéril. Clorexidine + Álcool 70% → 3x, intercalando. Também pode usar PVPI
Degermante + PVPI Tópico + Álcool 70% → 3x intercalando.

ABERTA: Abre pele, túnica vaginal e remoção do testículo. Incisão escrotal.

FECHADA: Abre a pele, expõe o testículo sem abrir a túnica vaginal. Remover o testículo com a túnica.
Tem chance de ter mais edema. Incisão escrotal. Pode gerar mais edema no pós.

SEMI-ABERTA: Abre a túnica vaginal, remove o testículo, sutura a túnica. Incisão inguinal.

Como escolher entre a aberta ou fechada? Segurança para quem castra em pé. Se o animal estiver uma
hernia podemos ter evisceração na técnica aberta, então avaliar o paciente.

→ NUNCA suturar a bolsa escrotal por conta de edema!

ACESSOS:

▪ Escrotal.
▪ Anel inguinal.

HEMOSTASIA: Ligadura Emasculador

▪ Emasculador: hemostasia por esmagamento. Em torno de 6 a 7 min.


▪ Ligadura: simples circular ou transfixante (em 8). Indicado fio absorvível (mas por contaminação
pode ser corroído pelas bactérias) ou não absorvível (mas pode virar corpo estranho).

ESTAÇÃO: sedação, ligadura ou emasculador, a campo.

DECÚBITO LATERAL: anestesia geral, ligadura ou emasculador, a campo.


DECÚBITO DORSAL: anestesia geral, ligadura ou emasculador, centro cirurgico.

TÉCNICA:

▪ Duas pinças no plexo pampiniforme.


▪ Emascula entre elas.
▪ Remove o testículo.

▪ Curativos diários.
▪ Ducha: essencial para evitar edema.
▪ Antinflamatório (Flunixin Meglumine, SID, IV, 1,1 mg/kg).
▪ Antibioticoterapia (Penicilina procaína, SID, IM, 20.000-30.000 UI/kg, 5 dias).
▪ Soro antitetânico (Dose única, IM, 5.000 UI/animal) Antinflamatório: 3 a 5 dias.
▪ Restrição de espaço nas primeiras 24 horas.
▪ Spray prata.
▪ Após 24 horas de pós, soltar para caminhadas.

EDEMA: é a principal → pode levar a paralisia do pênis por não conseguir expor.

MIÍASE: falta de limpeza.

HEMORRAGIA: por má emasculação ou ligadura mal feita.

PERSISTÊNCIA DE COMPORTAMENTO DE GARANHÃO: quando não se faz a remoção do epidídimo.

INFECÇÃO INCISIONAL (FUNICULITE): infecção do funículo (cordão espermático) por contaminação,


tecido remanescente que ficou depois da castração. Pode se tornar crônico e se apresentar em até 2
anos após a castração. Sinais clínicos: Endurecimento, aumento da temperatura, não cicatrização da
ferida, drenagem de secreção, edema local e dificuldade de locomoção. Tratamento: clinico (AINE,
antibiótico, ducha) → ineficaz, precisa ser cirúrgico.

PERITONITE: em caso de antissepsia muito mal feita → contaminação ascendente.

EVENTRAÇÃO: se tiver a presença de hérnias.

TÉTANO: quando não foi feita a aplicação do soro antitetânico. Doença infecciosa fatal.

IMPORTANTE:

Após 6 horas a concentração de testosterona já cai drasticamente

Libido perdura por aproximadamente 56 dias (AUER e STICK)

Você também pode gostar