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APOSTILA DE ENDODONTIA
EDITORA UNIVALI
ROSEMERY GOULART ALVES AMORIM
Responsável
ANDREIA DALLA COLLETTA
Revisão
BERNARDO HENRIQUE NAJDZION SCHMIDT
LARYSSA SILVA RODRIGUES DE SOUZA
Projeto Gráfico
SUMÁRIO
Anatomia interna de interesse endodôntico.....4
Introdução à endodontia.........................................14
Instrumentos endodônticos...................................17
Preparo do canal........................................................28
Curativo demora.........................................................35
Referências...................................................................47
APOSTILA DE ENDODONTIA
ANATOMIA INTERNA DE
INTERESSE ENDODÔNTICO
Por que devemos conhecer a
anatomia? Conhecer a anato-
mia e tentar eliminar o máximo
de microrganismos.
Anatomia dental
A)Canal principal;
B)Canal colateral;
C)Canal lateral (canal cervical
e médio);
D)Canal secundário;
Componentes: Esmalte; Coroa;
E)Canal acessório;
Dentina; Câmara pulpar; Polpa
coronária; Cemento; Raiz; Canal F)Intercondutor;
radicular; Forame apical; Polpa; G)Canal recorrente;
Polpa radicular. H)Canais reticulares;
I)Canal cavo interradicular (sai
Anatomia dos do assoalho da câmara pulpar
até o ligamento periodontal na
canais radiculares região de furca);
Sistema de canais radiculares. J)Delta apical: (1) forame apical,
(2) foraminal, (3) conductos aces-
sórios, (4) conductos principais.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
conicidade
Evolução da
cavidade pulpar e *a câmara pulpar pode ficar
reduzida como passar do tempo
da região apical por diversos fatores. O limite
Após a complementação CDC vai diminuindo com a pas-
radicular, ocorre a deposição sar da idade pela deposição de
de cemento. Composição no dentina. O canal cementário vai
canal (CDC)*. O forame cria aumentando peladeposição de
forma definida de dois cones. cemento (KUTTLER, 1955).
Região periapical
Composta pelo: canal dentiná-
rio; constrição apical (forame
menor – CDC); canal cemen-
tário; forame apical (forame
maior); ápice anatômico*.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Estudo anatômico
do canal radicular –
conclusões de Yuri
Nomenclatura da Kuttler (1955)
cavidade pulpar 1. A radiografia periapical não
dá uma imagem bem dife-
Câmara pulpar; Canal radicu-
renciada do terço apical
lar; Divertículos; Teto; Assoalho;
da raiz. Apenas em 5,6% dos
Forame apical; Infundíbulo. casos a parte terminal da
raiz é nítida.
Características da 2. O canal radicular não é um
cone uniforme com o menor
cavidade pulpar diâmetro em sua termina-
ção, mas, sim, apresenta
A cavidade pulpar, quase
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APOSTILA DE ENDODONTIA
câmara pulpar;
• Possibilidade de acesso à
câmara pulpar;
• Aproximação direta dos
canais radiculares (se pos-
sível, uma visão direta, mas
que preserve ao máximo a
estrutura dental);
• Facilitar o uso de instrumen-
tos endodônticos.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Sequência clínica
Acesso coronário
dentes íntegros
Ponto de referência: preser-
vando estruturas nobres, acesso
entre cíngulo e borda incisal.
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Canino inferior
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APOSTILA DE ENDODONTIA
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Acesso coronário
ao pré-molar
superior
Ponto de eleição: face oclusal,
terço médio, no meio do sulco Forma de conveniência: elipse,
mésio-distal. longo do eixo sentido V-P. Alta
rotação 1012; baixa rotação #2
e #4; ponta diamantada 3082;
movimentos de tração.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Esvaziamento e localização:
curetas; irrigação e aspiração
com soro fisiológico; parte reta
da sonda exploradora.
Acesso coronário
dentes íntegros:
Face oclusal; preservando estru-
turas nobres;preservar cúspides
Forma de conveniência: cín- L e cristas marginais.
gulo; broca esférica #2 ou #4;
movimentos de tração; ponta
diamantada #3082. Remanes-
cente do teto; divertículos V e L.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Acesso coronário
aos molares
superiores
Formato: tetra cuspidado - 7,2
Ponto de eleição: face oclusal;
mm
na fosseta central.
Raízes: 3
Canais: 3 (30%); 4 (70%); 1 a 3
por raiz
Forma de conveniência: trape-
zoidal com a base maior virada
para a V.
Segundo molar
superior
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Acesso coronário
dentes íntegros:
Perfuração na face oclusal;
preservando estruturas nobres;
forma de contorno da abertura
Forma de conveniência: trapé- coronária.
zio; base > V (base maior sempre
no lado que tem mais canais) Remoção do teto da câmara
e base < P (base menor para pulpar: ponta diamantada
palatal); ângulos próximos cús- #3082; remoção do teto da
pides MV, DV e P. Alta rotação câmara pulpar.
1012. Baixa rotação #2 ou #4.
Movimento de tração (SEMPRE Primeiro molar
deve-se remover o teto com os
movimentos de tração). Remo- inferior
ver teto da câmara pulpar.
Ponta diamantada #3082.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
INTRODUÇÃO À ENDODONTIA
reduzidíssimas dimensões, a cavi-
Aproximadamente 85% das dade pulpar (+- 20 mm).
dores da cavidade bucal são
de origem endodôntica. Impor- A cavidade pulpar dificulta uma
tante para todo diagnóstico em visualização direta (iluminação).
odontologia. O alicerce para as
demais disciplinas como pró- A cavidade pulpar apresenta
tese; dentística; periodontia; as mais variadas conformações
implantodontia, e ortodontia. (anatomia varia muito, feito da
Possui um mercado de traba- melhor forma possível e utilizar
lho promissor devido à procura toda a tecnologia).
imensa por quem faz endodon-
tia, setor privado ou público.
Objetivos
É a parte da odontologia que
trata da etiologia, prevenção e Salvar o maior número de den-
tratamento das enfermidades tes, mediante a prevenção e/
do endodonto e de suas reper- ou cura das enfermidades da
cussões sobre os tecidos da polpa dental e de suas reper-
região periapical. cussões peridentais. Preservar
o dente devolvendo a saúde e
É um campo da odontologia suas funções.
que trata da morfologia,
fisiologia e patologia da polpa O cumprimento do objetivo
dental humana e dos tecidos requer:
periapicais.
• O máximo de habilidade
(cria-se com a repetição);
• O máximo de sensibilidade
tátil (devido às caracte-
rísticas complicadas dos
dentes);
• O máximo de conheci-
mento da morfologia da
Características cavidade pulpar;
• O máximo de delicadeza
A endodontia é realizada (cuidado e precisão);
em um campo operatório de • O máximo de paciência
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APOSTILA DE ENDODONTIA
antissepsia;
1517-1592= Ambroise Paré:
paralisação da circulação 1890= Miller: teoria acidogênica
como anestesia. “A dor de da cárie(inicia a Era Gremicida);
dente é a dor mais terrível que
o homem pode suportar sem 1891=Walkhoff: PMCF
morrer”; (paramonoclorofenol);
Baseada em fundamentos
científicos;
Endodontia passo a
passo
Alicerçada no paradigma da
limpeza, modelagem e obtu-
ração do sistema de canais Anamnese; Diagnóstico: exame
radiculares; físico e radiográfico; Planeja-
mento: tipo de dente (anato-
Beneficiado por inúmeros recur- mia) e tratamento; Anestesia;
sos tecnológicos. Preparo coronário; Preparo ini-
cial do dente: tártaro, placa,
Avanços: teste elétrico; Odon- cárie, arestas. Operações pré-
tometria eletrônica; Instrumen- vias:verificação e obtenção de
taçãomecanizada; Clorexidina; espaço, seleção do grampo.
Ultrassom; Obturação termo- Acesso a CP, lubrificação do
plastificada; Radiografia digital; dente, isolamento absoluto;
MTA; Laser; Ozônio; Tomografia Abertura coronária, esvazia-
cone Beam; Microscópio... mento da CP, localização e
Diagnóstico; Radiografia digital; preparo da entrada do canal;
Anatomia apical (ápice despol- Preparo do corpo do canal:
pado e polpa viva). ampliação progressiva anatô-
mica do canal radicular coroa-
-ápice, sem pressão; Preparo da
Manutenção da região apical: esvaziamento,
cadeia asséptica ampliação foraminal, patência,
escalonamento; Preparo para
• Preparo inicial do dente; obturação do canal: confirmar
• Isolamento absoluto; esvaziamento, EDTA; Obtura-
• Contaminação cruzada. ção do canal; Preparo para
restauração: cimpat, limpeza
Instrumentos da CP; Restauração definitiva;
Controle.
estandardizados
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APOSTILA DE ENDODONTIA
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
O tratamento endodôntico tem fixa; define as características do
sucesso quando segue os qua- instrumento (TIPO); realiza o tra-
tro pilares: balho de corte e remoção de
tecido duros (dentina) e moles
1. A s s e p s i a e m t o d o o (polpa); forma da haste; ângulo
tratamento; de corte; diâmetro de corte
2. Abertura; transversal; número de voltas;
3. Preparo do canal; ângulo helicoidal.
4. Obturação.
Constituição do
instrumental
Forma da haste
É a mais variável possível.
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D16 – D0 = 0,32 mm
ØD16 – ØD0 / D0 =
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Preparo Umectação
biomecânico do Lubrificação; capacidade de
sistema de canais molhamento.
radiculares
• MEIOS MECÂNICOS:
Limpeza
instrumentos; Remover detritos gerados pela
• MEIOS FÍSICOS: irrigação e instrumentação; remover/elimi-
aspiração; + aspiração nar bactérias.
• MEIOS QUÍMICOS: substân-
ciasquímicas auxiliares.
Desinfecção
Por que irrigar o Neutralizar o conteúdo tóxico;
canal radicular? eliminar bactérias (soro e
água destilada não eliminam
40% áreas das não tocadas bactérias).
(chegar em toda a anatomia *clorexidina – lubrifica e elimina
do canal radicular). bactérias, não dissolve tecido
35% das paredes a lima não
orgânico.
encosta.
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antimicrobiana Líquido
de Dakin
Solução
de hipoclorito
de sódio a 0,5%
Tem que matar bactérias! neutralizada
Anaeróbios estritos – 90% por ácido bórico
Solução Solução
de Milton de hipoclorito de
Atividade lubrificante sódio a 1,0% esta-
bilizada por clo-
• Para não fadigar a lima e a reto de sódio
dentina! (16%)
• Rugosidade instrumentos; Licor de Solução de
• Rugosidade dentinária; Labarraque hipoclorito de
• Atuar como lubrificante. sódio a 2,5%
Soda Solução de hipo-
Clorada clorito de sódio de
Suspensão de detritos concentração
variável entre 4%
Canal preenchido. e 6%
Com coágulos.
Vantagens:
Biocompatibilidade
• Atividade antimicrobiana e
Compatível com o corpo antisséptica;
humano! • Desodorizante;
Não lesar o tecido e não irritar • Clareadora;
o tecido. • Lubrificante;
• Baixo custo;
• Solvente de material orgâ-
Hipoclorito de sódio nico → Volume solução e
(água sanitária) massa tecido orgânico; Área
de contato entre os tecidos;
Substância química auxiliar Tempo de ação; Tempe-
muito utilizada. ratura solução; Agitação
mecânica; Concentração
da solução; Frequência de
renovação.
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Solução efervescente;
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VANTAGENS:
Solução de
hidróxido de cálcio Facilita o preparo mecânico;
Não provoca corrosão de
Água de cal; diminuir e cessar instrumentos;
sangramentos. Não necessita de neutralização;
Produz efeito antisséptico;
Não apresenta feito antimicrobiano; Irritação tecidual pratica-
Cauterizar pequenos vasos; mente nula; (não totalmente
biocompatível);
Hemostasia no tecido pulpar Aumenta permeabilidade
remanescente; nos pequenos dentinária;
casos. Remove smear layer.
EDTA–ácidoetile
nodiamino-tetraácetico.
*abertura de tubos
dentinários, usado EDTA e Easy Clean
finalizado o preparo
e após obturação.
-Cálcio da dentina;
-Desmineralizar;
-Remover smear layer.
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DOR – PULPITE
Absoluto; dente que não
Ñ DÓI – NECROSE
pode ser isolado, não deve ser
tratado. DOR – ALGO ERRADO
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Partes do grampo
Grampos
• W8A: posteriores;
• 26: molares.
•
•
Alergia ao látex.
Perfurador de
dique de borracha
Deve ter número suficiente de
furos, com diâmetros variados,
para realizar orifícios na bor-
Arcos de isolamento
racha, de modo a acomodar Arco de Osty;
dentes dediferentes tamanhos.
Arco plástico dobrável (pacien-
• Perfurador de Ainsworth; tesclaustrofóbicos);
Mesa do isolamento
Verificar antes do
isolamento
Paciente e operador
posicionados;
Todo o material necessário orga- Qual técnica
nizado na mesa de trabalho;
escolher?
Operações prévias realizadas
adequadamente. O tipo de trabalho: endodontia,
dentística, etc.;
Passo a passo
• FIXAÇÃO NO ARCO
Com apoio na mesa.
Técnica 3: grampo e lençol ao
mesmotempo - só em grampos • MARCAÇÃO DO LENÇOL
com asa (e para anterior). Caneta marca texto, bem no
meio da linha.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
• ADAPTAÇÃO DO GRAMPO
No colo (não gengival).
• PROVA DO GRAMPO
Super Bonder; Top Dam; Bio-
plic; servem para a saliva não
ultrapassar.
• PREPARO DO PACIENTE
Guardanapos abaixo do
isolamento.
• POSIÇÃO DO GRAMPO
Arco sempre voltado para a
distal.
Mordente maior voltado para a
vestibular.
• ISOLAMENTO EM SITUAÇÕES
ESPECIAIS
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APOSTILA DE ENDODONTIA
PREPARO DO CANAL
*O tratamento começa na • Presença de canais extras;
anamnese e terminano controle • PMI com bi ou trifurcação;
pós-operatório. • Reintervenção endodôntica;
• Presença de próteses ou
pinos;
Classificação dos • Perfurações ou instrumentos
canais radiculares fraturados;
• Dificuldade de isolamento
de acordo com o e na abertura da boca;
nível de dificuldade • Paciente com alterações sis-
técnica e têmicas graves.
• Forame.
Por que preparar
o canal radicular? Como preparar o
Quais os objetivos? canal?
Obter a desinfecção do canal;
Ampliação progressiva* anatô-
mica do canal radicular coroa-
Modelar o canal para ser
-ápice, sem pressão**.
obturado.
O preparo* do canal é um pro-
O forame final do canal pre-
cedimento complexo, realizado
parado deve apresentar maior
com substâncias químicas e
ampliação no terço cervical e
instrumentos inadequados num
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Etapas contidas no
preparo do canal –
polpa viva
• Exploração;
• Esvaziamento; Limas #10 ou #15
• Odontometria; CETEx = CAD – 3 mm
• Modelagem.
*3 mm é por margem de segu-
Dente despolpado possui mes- rança, porque a radiografia
mas etapas, porém, com varia- possui distorção.
ções. Um dente despolpado pos-
sui muito mais contaminação. CAD comprimento aparente
do dente (porque a radio
Exploração do distorce).
canal radicular
CTEX comprimento de traba-
Conhecer o canal; lho de exploração.
Número, direção e calibre dos
canais; Irrigar abundantemente com
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Como usar?
- FF #15; Encurvar a ponta; Rota-
ção; CTEx.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Odontometria
eletrônica
Localiza-se o forame apical,
obtém- se o CRC.
Modelagem Despolpado
Polpa viva; Além de dar forma do canal,
Nos casos de pulpectomia, a tem que descontaminar.
modelagem visa a criar condi-
SUNDQVIST
ções morfológicas e dimensio-
nais para que o canal possa ser
Na necrose pulpar:
obturado.
12% → anaeróbias facultativas;
Forma semelhante do cone de 88% → anaeróbias estritas;
guta.
Nos abcessos periapicais:
CT = CRC + 1 mm
24% → anaeróbias facultativas;
76% → anaeróbias estritas.
Limas flexíveis.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
• Respeito à anatomia do
canal;
• Reduz a incidência de
acidentes;
• Aumenta a eficiência da
irrigação, porque está
entrando milímetro a milíme-
tro e porque está tirando a Despolpado ou polpa viva: soro
sujeira. e clorexidinagel 2%.
• Reduz a extrusão de debris;
• Melhora o pós-operatório;
• Qualifica a limpeza e desin-
Técnica coroa – ápice
fecção = pela ação lenta Se o dente for de polpa viva, se
da clorexidina; faz a exploração e o esvazia-
• Odontometria mais precisa; mento inicial. Com o dente des-
• Preparo do terço apical mais polpado não se faz isso, devido
fácil. à contaminação.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Primeira fase
Descontaminação progressiva
e preparo do corpo do canal.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Segunda fase
Modelagem do terço apical.
Objetivos
Obtenção da patência; chegar
com uma lima fina no forame
apical.
Odontometria
radiográfica Odontometria;
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Avanços de 1 mm a 2 mm;
*movimento do instrumento:
suave pressão, como se fosse
apontar um lápis.
Na odontometria eletrônica
localiza-se o forame apical,
obtém-se o CRC.
Lama dentinária
Tabela de orientação
• EDTA trissódico de Ostby:
de diâmetro apical • EDTA dissódico - 17g;
• Solução de Na OH a 20% -
Limite apical 9,25 ml;
• Água destilada - 100 ml (solu-
• Guia de penetração inativa; bilidade 30% - pH 7,3).
• Localizador foraminal (para
menos);
• Forame menor (constrição); Obturação
• Todas as técnicas geram
debris;
• Necessidade de limpar tudo.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Princípios básicos
que reagem à mo-
delagem
• Trabalho com tranquilidade,
paciência e concentração;
• Utilizar instrumentos de tama-
nho adequado ao do dente
a ser tratado;
• Empregar cada instrumento
de acordo com o seu uso
próprio e indicado;
• Utilizar os instrumentos
de maneira ordenada e
gradativa;
• Usar instrumentos calibrados
com exatidão através do
uso de curvatura;
• Não permitir a obturação do
canal, utilizando a irrigação
após cada instrumento;
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APOSTILA DE ENDODONTIA
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APOSTILA DE ENDODONTIA
CURATIVO DEMORA
Princípios biológicos; muitas • Exsudação persistente
bactérias no canal. que ainda há bactérias no
organismo;
Diagnóstico; • Abscessos;
• Dor à percussão ou
Condições de vitalidade da palpação;
polpa: biopulpectomia (polpa • Rizogênesse incompleta;
viva) X Necropulpectomia • Fatores anatômicos: cada
(polpa necrosada). canal tem uma anatomia.
Endodontia em Escolha da
sessão única? medicação depende
da fase do
Sempre que possível. tratamento
Do estado patológico da polpa
Sinônimos (viva ou morta);
• Curativo demora
• Medicação intracanal Do tempo em que ela ficará no
• Medicação entre sessões canal (curto ou longo);
• Medicação local
• Curativo entre sessões Da fase em que o tratamento
endodôntico se encontra.
Situações que
podem exigir
Objetivos do
tratamento em mais curativo demora
de uma sessão Eliminar microrganismos que
sobreviveram ao PQM;
• Comportamento do
paciente; • Ação antimicrobiana; como
• Habilidade técnica do tem muitas bactérias lá den-
profissional; tro, coloca para matá-las;
• Urgências – Sem tempo • MO no CR mesmo após o
hábil; preparo químico mecânico;
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endodontia.
Canais modelados;
Dente despolpado;
Até 15 dias.
HC com Clorexidina
gel 2%
Melhor barreira física;
Fácil uso;
Usado na disciplina de
Endodontia;
Seringa de 5 ml;
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Momento
Canal corretamente modelado;
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Requisitos • Radiopacidade;
• Facilmente plastificadas;
físico-químicos • Não altera a cor do dente
desejáveis (no limiteadequado);
• Passível de remoção dos
• Fácil manipulação e canais.
introdução;
• Plástico; não permitem Propriedades
entrada deágua;
• Boa estabilidade desfavoráveis da
dimensional; guta-percha
• Insolúvel e impermeável;
• Radiopacidade; • Pequena resistência
• Não provoca alteração de mecânica;
cor; • Pouca adesividade;
• Fácil remoção. • Podem ser empurradas por
regiõesperipécias.
Guta-percha
Cimentos
Composição:
endodônticos
Guta-percha: 18-21%....................↑
Empregados para reduzir a inter-
plasticidade;
face existenteentre a guta-per-
cha e as paredes do canal. A
Óxido de zinco: 59-75%. . . . . . . ↑
guta-percha não de adere às
friabilidade,radiopacidade;
paredes dentinárias.
Sulfatos metálicos: 1-17% ............↑
radiopacidade; Cimentos à base
de óxido de zinco e
Cera e resina: 1-4%.......↑ rigidez.
eugenol
Propriedades (medicamentosos)
favoráveis da • Endomethasone;
guta- percha • Pulp canal sealer;
• Target H&D;
• Adaptação aos canais; • N-Rickert;
• Bem tolerada pelos tecidos • Fill canal;
peripécias(inerte); • Endofill;
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Conicidade dos
cones Odous
X. Restauração (blindagem),
ajuste da oclusão e radiografia
final.
O sucesso da obturação
depende da limpeza da região
apical, incluindo a constrição
apical.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
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APOSTILA DE ENDODONTIA
ENDODONTIA NO SUS
encaminhamento:
Origem pulpar – 85% das dores.
Ou periapical.
a. Biopulpectomia;
b. Necrose pulpar;
A endodontia possui uma
c. Retratamento de canal.
demanda muito grande, muitos
pacientes e muitos profissionais.
O SUS (não dá conta de toda Responsabilidade
essa demanda) é usado por 70% atenção básica
da população.
*o paciente chega com dor
de dente de origem pulpar e
Atendimento para periapical, vai procurar um ser-
dor de origem viço deatenção primária (UBS);
odontológica no SUS o CD deve resolver a dor e
encaminhar.
De 1 a 3 é a parte da entrada
de pacientes que chegam e são *Pode ser realizado o trata-
atendidos. mento de endo na UBS.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Endodontia;
Hidróxido e cálcio
Ca(OH)2 Preencher canais até câmara
pulpar;
Clorexidina gel 2% como
veículo; Canais modelados e não
modelados;
Canal modelado;
Dente despolpado (até 15 dias).
Polpa viva;
15 dias ou mais.
Paramonofenol –
Pmcc
Tratamento de Indicações:
urgência da necro-
Canais não instrumentados
se pulpar ou instrumentados (Cone de
• Abertura coronária; papel);
• Descontaminação por Bolinha de algodão, embebida
terços; com o medicamento, colo-
• Patência; cada na câmara pulpar (pouca
• Ampliação foraminal; quantidade);
• Curativo demora; Ação por contato e à distância;
• Restauração provisória; Tempo de ação: no máximo
• Verificar oclusão. 48h;
Usado no SUS;
Dipirona sódica 500mg 4/4h; Efeito irritante sobre os tecidos;
Paracetamol 750mg de 6/6h. Não é usado na disciplina de
endodontia.
Forma de uso: distância (bolinha
Clorexidina gel 2% de algodão na CP); contato
(após PQM e cone de papel).
Substantividade;
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APOSTILA DE ENDODONTIA
Referências
Aulas administradas pelos professores Cassiano Neves Almeida e
Ricardo Ferreira, durante o ano letivo de 2021/2.
BRASIL. Saúde bucal. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos
de Atenção Básica, n. 17. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf.
DEUS, Quintiliano Diniz de; TAINTOR, Jerry F; SILVA, Edgard Carvalho;
INGLE, John Ide. Endodontia. 5. ed. Rio de Janeiro, RJ: Médica e Cientí-
fica, 1992. 695p ISBN 8571990352:(broch).
ESTRELA, Carlos. Ciência endodôntica. São Paulo, SP: Artes Médicas,
2004. 2v ISBN 8574040983.
ESTRELA, Carlos. Endodontia laboratorial e clínica. São Paulo: Artes
médicas, 2013. p. 1-160.
ESTRELA, Carlos; ESTRELA, Cyntia R. A. Controle de infecção em
odontologia. São Paulo, SP: Artes Médicas, 2003. 169 p. ISBN 8574040835.
LEONARDO, Mario Roberto; LEONARDO, Renato de Toledo. Endo-
dontia: conceitos biológicos e recursos tecnológicos. São Paulo, SP: Artes
Médicas, 2009. xiv, 602 p. ISBN 9788536700939.
LOPES & SIQUEIRA. Endodontia: biologia e técnica. 4. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2015. p. 1-1802.
LOPES, Helio Pereira; SIQUEIRA JUNIOR, José Freitas. Endodontia:
biologia e técnica. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier, 2015. xxviii, 817 p.
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APOSTILA DE ENDODONTIA
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