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Anatomia Radicular e

radicular não é nítido, uma vez que há


uma continuidade natural entre eles.

acesso coronário

Introdução

A cavidade pulpar pode ser definida


como um espaço que abriga a polpa
dentária, ela pode ser dividida em
câmara pulpar e canais radiculares.

Câmara Pulpar: corresponde à porção


coronária da cavidade pulpar;
OBS.2: Com a progressão da idade, a
Canais Radiculares: correspondem à contínua deposição da dentina
porção radicular da cavidade pulpar e secundária ou terciária, além da
podem ser divididos em 3 terços: formação de calcificações distróficas,
cervical, médio e apical nódulos pulpares ou outros processos
degenerativos, promovem a redução
progressiva do volume da câmara pulpar.

O que visualizamos
radiograficamente?

Radiografia Digital e Tomografia computadorizada

Visualizamos na Não visualizamos na


Radiografia Radiografia
A lima endodôntica entra no canal
principal, o restante é limpado com Número de raízes; Grau de achatamento
medicamentos e cementos. dos canais;

Severidade da Presença de Istmos;


curvatura;
OBS.1: A parte mais coronária da
cavidade pulpar é facilmente identificada Calcificações e Canais acessórios e
nos dentes multirradiculares, mas, nos reabsorções. deltas apicais.
dentes com canal único, em quase sua
totalidade, seu limite com a porção

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Acesso radicular - Etapas pré
operatórias:

O acesso coronário pode ser definido


como um preparo de uma cavidade que
inclui a porção da coroa do dente
removida para se ter acesso à cavidade
pulpar.

OBS.3: O acesso coronário pode receber


diversas terminologias, tais como: acesso
coronário, cavidade de acesso, acesso
OBS.4: A forma de contorno inicial é
endodôntico e entre outros.
obtida partindo do ponto de eleição,
utilizando brocas.
Etapas (pré operatórias):
1- Raio X inicial; DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO:
2- Escolha do instrumental (broca);
3- Remoção do tecido cariado. Após encontrar a área de eleição, a
penetração inicial deve ser estendida
Etapas (operatórias): para o interior do dente, em direção a
1- Acesso à câmara pulpar; câmara pulpar, reduzindo a espessura da
2- Preparo da câmara pulpar; dentina, contudo, sem atingir a
3- Configuração final da cavidade remoção do seu teto, respeitando a
intracoronária; forma de conveniência padrão de cada
4- Limpeza e antissepsia da cavidade. grupo dental.

Nessa manobra, antes de remover o teto


Acesso à câmara pulpar da câmara pulpar, toda dentina cariada
precisa ser removida, mesmo que isto
envolva outras faces.
- Área ou ponto de eleição;
- Direção de trepanação;
Incisivos e caninos superiores e
- Técnica.
inferiores: a broca é posicionada
perpendicularmente ao longo eixo do
ÁREA OU PONTO DE ELEIÇÃO:
dente. Após a penetração e quando a
configuração inicial estiver delimitada, a
A área de eleição é o ponto escolhido
posição da broca deve ser alterada em
para se iniciar o desgaste do elemento
sentido paralelo ao longo eixo do dente,
dental.
até atingir o interior da câmara pulpar.
Incisivos e caninos superiores: face
palatina, 1 a 2 mm abaixo do cíngulo;
Pré molares e molares superiores e
Incisivos e caninos inferiores: face
inferiores: a broca é posicionada desde
lingual, acima do cíngulo;
o estabelecimento do ponto de eleição,
Pré molares e molares: face oclusal,
junto a fossa central em ambos os arcos.
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paralelamente ao longo eixo do dente, e ser apoiadas no assoalho sem causar
em direção ao canal mais volumoso. danos.

Configuração final da
cavidade intracoronária

Após a penetração e o desenho da forma - Sondagem;


de contorno inicial, com o auxílio de uma - Desgaste compensatório;
broca, deve-se agora, atingir o teto e - Alisamento das paredes;
penetrar no interior da câmara pulpar, - Forma final de conveniência.
preferencialmente em direção ao canal
mais volumoso, no caso de dentes FORMA DE CONVENIÊNCIA/
multirradiculares (por exemplo: distal dos DESGASTE COMPENSATÓRIO
molares inferiores, palatina dos molares
superiores). Essa etapa operatória é importante pois
é ela a responsável por dar uma
Penetrar o interior da câmara pulpar: cair conformidade à cavidade pulpar, com
no vazio. a objetividade de facilitar outro
procedimento operatório.
Preparo da câmara pulpar
A forma de conveniência visa:

- Remoção do teto da câmara


- Facilitar acesso dos instrumentos
pulpar;
endodônticos ao canal radicular;
- Esboço da forma inicial de
- Possibilitar a visualização e dar
conveniência/ desgaste
linhas retas às paredes da
compensatório.
cavidade pulpar em direção às
entradas dos canais (acesso direto
REMOÇÃO DA CÂMARA PULPAR
e reto aos canais);
- Permitir que a cavidade adquira
Após a colocação do isolamento absoluto
paredes lisas e planas, para
e antissepsia do campo operatório, inicia-
favorecer a visibilidade adequada
se a penetração da câmara pulpar. Essa
dos orifícios de entrada dos canais
etapa consiste na remoção de todo
radiculares.
restante da parede do teto e no
preparo das paredes laterais da
OBS.6: Poderão ser utilizadas brocas de
câmara pulpar.
pontas inativas: Endo Z ou insertos
ultrassônicos.
OBS.5: Preferencialmente deve-se usar
brocas sem corte na ponta, que podem
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OBS.7: Ao se passar a sonda, se a
mesma agarrar, é necessário realizar o
desgaste compensatório.

INCISIVO LATERAL SUPERIOR

Raízes: 1 (100%);
Canais: 1 (97%);
Mínimo: 18,5 mm;
Máximo: 29,5 mm;
Limpeza e Antissepsia da Médio: 22,1 mm.
cavidade

Este procedimento visa tomar medidas


preventivas para colocar o dente em
condições adequadas para receber o
tratamento endodôntico.
INCISIVO CENTRAL INFERIOR
Logo após a trepanação, o dente
receberá o isolamento absoluto. Em Raízes: 1 (100%);
seguida, com o auxílio da gaze estéril, Canais: 1 (73,4%) / 2 (26,6%);
realizar a antissepsia com hipoclorito de Mínimo: 16,5 mm;
sódio. Máximo: 27,5 mm;
Médio: 21,0 mm.
ACESSO CORONÁRIO DOS
GRUPOS DENTAIS

INCISIVO CENTRAL SUPERIOR

Raízes: 1 (100%);
Canais: 1 (100%);
INCISIVO LATERAL INFERIOR
Mínimo: 18,0 mm;
Máximo: 28,5 mm;
Raízes: 1 (100%);
Médio: 22,6mm.
Canais: 1 (81,6%) / 2 (15,4%);
Mínimo: 17,0 mm;
Máximo: 29,0 mm;
Médio: 22,3 mm.

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Acesso coronário - incisivos Acesso coronário - caninos
superiores e inferiores superiores e inferiores

Ponto de eleição: Centro da lingual (1 a Ponto de eleição: Centro da lingual (1 a


2 mm) do cíngulo; 2 mm do cíngulo);
Direção de trepanação: Perpendicular Direção de trepanação: Perpendicular
(paralelo ao longo eixo do dente); (paralelo ao longo eixo do dente);
Forma de conveniência: triangular com Forma de conveniência: losangular -
base voltada para a incisal. ovóide/ lanceolado - vela.

CANINO SUPERIOR PRIMEIRO PRÉ MOLAR SUPERIOR

Raízes: 1 (100%); Raízes: 1 (35,5%) / 2 (61,0%) / 3 (3,5%);


Canais: 1 (100%); Canais: 1 (8,3%) / 2 (84.2%) / 3 (7,5%);
Mínimo: 20,0 mm; Mínimo: 17,0 mm;
Máximo: 33,5 mm; Máximo: 25,5 mm;
Médio: 27,2 mm. Médio: 21,4 mm.

CANINO INFERIOR
SEGUNDO PRÉ MOLAR SUPERIOR
Raízes: 1 (94%) / 2 (6%);
Raízes: 1 (94,6%) / 2 (5,4%);
Canais: 1 (88,2%); / 2 (11,8%);
Canais: 1 (53,7%) / 2 (46,3%);
Mínimo: 19,5 mm;
Mínimo: 17,0 mm;
Máximo: 32,0 mm;
Máximo: 26,0mm;
Médio: 25,0 mm.
Médio: 21,8 mm.

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Acesso coronário - pré molares
inferiores

Ponto de eleição: Faceta mesial da face


oclusal;
Acesso coronário - Pré molares Direção de trepanação: Paralelo ao
superiores longo eixo do dente;
Forma de conveniência: Circular -
ovóide.
Ponto de eleição: Área central da
oclusal;
PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR
Direção de trepanação: Paralelo ao
longo eixo do dente;
Raízes: 3 (100%);
Forma de conveniência: Ovóide
Canais: 3 (30%) / 4 (70%);
(sentido vestíbulo lingual) - Elíptica.
Mínimo: V: 15,6 mm / P: 17,2 mm;
Máximo: V: 25,1mm / P: 25,6 mm;
PRIMEIRO PRÉ MOLAR INFERIOR
Médio: 21,5mm.
Raízes: 1 (82%) / 2 (18%);
Canais: 1 (66,6%) / 2 (31,3%) / 3 (2,1%);
Mínimo: 17,0 mm;
Máximo: 26,5 mm;
Médio: 21,6 mm.

SEGUNDO MOLAR SUPERIOR

Raízes: 3 (100%);
SEGUNDO PRÉ MOLAR INFERIOR Canais: 3 (50%) / 4 (50%);
Mínimo: 17,5 mm;
Raízes: 1 (92%) / 2 (8%); Máximo: 27,0 mm;
Canais: 1 (89,3%) / (2,7%); Médio: 21,0 mm.
Mínimo: 17,5 mm;
Máximo: 27,5 mm;
Médio: 22,1 mm.

Acesso coronário - molares


superiores

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Ponto de eleição: Centro da fossa Erros comuns no acesso
mesial na oclusal;
radicular
Direção de trepanação: Paralelo ao
longo eixo do dente;
Forma de conveniência: Triangular com Dentes anteriores:
base voltada para a vestibular. 1- Permanência do teto da câmara
pulpar;
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 2- Abertura realizada muito acima do
cíngulo;
Raízes: 2 (97,5%) / 3 (2,5%); 3- Desgaste acentuado na parede
Canais: 2 (8,0%) / 3 (56,0%) / 4 (36,0%); vestibular;
Mínimo: 19,0 mm; 4- Abertura por uma das faces proximais
Máximo: 27,0 mm; do dente;
Médio: 21,0 mm. 5- Extensão incorreta da cirurgia de
acesso: o tamanho deve ser
correspondente ao volume da câmara
pulpar;
6- Perfurações por vestibular: erro na
direção de trepanação.

Pré molares:
SEGUNDO MOLAR INFERIOR
1- Confundir o teto da câmara pulpar com
Raízes: 2 (98,5%) / 3 (1,5%); o assoalho;
Canais: 2 (16,2%) / 3 (72,5%) / 4 (11,3%); 2- Direção da abertura fora do longo eixo
Mínimo: 19,0 mm; do dente;
Máximo: 26,0 mm; 3- Desgaste excessivo em extensão
Médio: 21,7 mm. mésio-distal.

Molares:
1- Localização errônea da câmara pulpar;
2- Desgaste do assoalho da câmara
pulpar;
3- Direção de trepanação inadequada;
4-Amplitude incorreta da cirurgia de
acesso;
Acesso coronário - molares 5- Remanescente de teto da câmara
inferiores pulpar;
6- Paredes convergentes para a oclusal.
Ponto de eleição: Superfície oclusal;
Direção de trepanação: Paralelo ao
longo eixo do dente;
Forma de conveniência: Trapezoidal
com base maior voltada para a mesial ou
retangular (4 canais).

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