▪ Anos 80 e o advento das teorias feministas que encintam questões diversas como discussões sobre sexualidade e gênero. (estudos feministas / estudos de gênero / estudos queer) ▪ Baseando-se nas conquistas do ativismo gay e lésbico principalmente durante o movimento de stonewall surgem abordagens queer sobre à cultura em geral e Tópicos também sobre o cinema. ▪ O conceito de gênero promove as diferenciações binarias por conceitos mais plurais de identidade de gênero. Compreensão foucaultiana de Butler do gênero não como uma essências mas como uma prática. ▪ Compreensão foucaultiana de Butler do gênero não como uma essências mas como uma prática. As fronteiras entre as identidades de gênero são permeáveis e artificiais. Para Butler todo processo de construção de gênero é uma forma de personificação e aproximação, um transformismo, uma imitação, um simulacro. Tópicos ▪ Crescente numero de festivais e produções com a temática queer. ▪ Teoria queer revoluciona os estudos feministas com base teorias de mulheres não heteros. ▪ Revisitação dos estudos psicanalistas sobre a homossexualidade que afetaram outros campos como o cinema. ▪ “A teoria do cinema de inflexão psicanalítica, nesse sentido, fora partícipedo que Adrienne Rich denominou “heterossexualidade compulsória”. Jackie Stacey assinalou que as oposições binárias (masculinidade-feminilidade; atividade-passividade) subjacentes à teoria psicanalítica “masculinizaram” a homossexualidade feminina (Stacey em Erens 1990, pp. 365-379). Teresa de Lauretis corrigiu Laura Mulvey ao sugerir que a narrativa cinematográfica era não apenas sexuada, mas “heterossexuada”, já que envolve Trecho geralmente o movimento ativo de um herói masculino através de um espaço feminino, de forma bastante semelhante ao herói imperial que semeia a “terra virgem”. Teóricas como de Lauretis, de certa maneira, “homossexualizaram”* a teoria psicanalítica ao revisar suas noções de fetichismo e de castração e a narrativa edipiana, apontando os aspectos nos quais essas categorias se tornavam insuficientes quando consideradas de uma perspectiva gay ou lésbica.” ▪ Analise e revisitação pelos teóricos queer dos arquétipos cinematográficos que são problemáticos. “Stereotyping” de Richard Dyer analisa como esses estereótipos operavam para normalizar a sexualidade heterossexual masculina e marginalizar os grupos Tópicos queer. ▪ Os estudos queer sobre o cinema também trouxeram luz para autores, e obras com tons queer presentes no mainstream. ▪ “”Ruby Rich, por exemplo, analisou “Senhoritas em uniforme” nos termos das atitudes históricas em relação ao gênero e à sexualidade. Judith Mayne revigorou uma teoria do autor moribunda ao demonstrar a dimensão lésbica do trabalho da diretora hollywoodiana Dorothy Arzncr, concentrando-se especialmente nas relações entre mulheres em seus filmes. A teoria queer também ofereceu leituras na contracorrente de textos populares como “Vivendo em dúvida” e ‘Os homens preferem as loiras’. Harry Benshoff, em ‘Monsters in the closet’, estudou a associação entre a monstruosidade e a homossexualidade em filmes de horror. A teoria queer do cinema também estendeu e questionou as premissas da teoria feminista do cinema ao estilo de Mulvey. Chris Straayer, primeiramente em seu ensaio “She/Man”, e a seguir em ‘Deviant eyes, deviant bodies’ (1996), chamou atenção para a forma como as figuras que manifestavam traços de ambos os sexos - por exemplo, o “she-man” (hermaffodita) - desestabilizavam o binarismo biológico-sexual. A co-presença de partes do corpo e elementos Trecho aparentemente exclusivos (mulheres com bigodes, homens travestidos) sabotava a compreensão convencional e investia de poder tanto atores quanto espectadores. A performance sexual desfazia, por assim dizer, a rigidez da identidade sexual. Muitos desses teóricos debruçaram-se sobre a questão da espectatorialidade gay, sobre o apelo lésbico de estrelas como Marlene Dietrich e Greta Garbo, sobre o apelo homoerótico de Marlon Brando e Tom Cruise, sobre o apelo para os gays de figuras “excessivas” como Carmem Miranda e Judy Garland. Também investigaram o subtexto gay em filmes de Hitchcock como Festim diabólico e Pacto sinistro, e em ícones populares como Batman e Pee Wee Herman (Doty 1993), ao mesmo tempo em que detectavam o que Patrícia White chamou de “a presença fantasmagórica do lesbianismo”. “” ▪ Existe também a questão de como ainda é mais fácil se encontrar materiais de estudo e espaço dentro do Tópicos cinema para os temas gays do que para os lesbicos. ▪ “As teóricas lésbicas sublinharam certas cspecificidades envolvidas nodesafiador processo de construção de uma teoria lésbica. Conforme assinalou Ruby Rich, enquanto os gays podiam simplesmente sair em busca de materiais gays, as lésbicas tinham dc verdadeiramente criar esse material por meio dc um processo a que denomina “a grande reescrita lésbica”. Se “os rapazes são arqueólogos, as garotas têm de ser alquimistas” (Rich 1992, p. 33). Da mesma forma como a teoria homossexual criticava a Trecho psicanálise por sua homofobia, as teóricas lésbicas apontaram que a teoria psicanalítica do cinemanão é apenas essencialmente antagônica à existência lésbica, mas absolutamente incapaz (por definição) de incorporar as “lésbicas” à reflexão sobre a produção, construção ou consumo discursivos/textuais sem uma reprodução implícita das doutrinas hegemônicas da homofobia e do heterossexismo.” ▪ Sinopse: Em 1910, acontecia na Igreja de San Jorge, na região de Coruña, na Galícia, um casamento inesperado entre Elisa e Marcela. Para driblarem as regras locais e poderem se casar, Elisa forja documentos de um parente falecido e se passa por um homem para viabilizar a primeira união homossexual Filme da Europa. “Elisa e ▪ É um filme biográfico de drama romântico espanhol de Marcela” 2019, dirigido por Isabel Coixet. Estrelado por Natalia de Molina e Greta Fernández. ▪ Disponível na Netflix. ▪ Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=eKb7- I6YZts Filme “Elisa e Marcela”