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Por Mikaelly Borges

Anatomia humana
aplicada à odontologia

Olá! Tudo bem?


Meu nome é Mikaelly Borges, e sou graduanda do curso de odontologia na
Universidade Federal de Uberlândia. Minha rede social para contato é
@mik_ellyborges.
Quando entrei na faculdade me deparei com uma carga muito alta de
informações, disciplinas, trabalhos, grupos, atividades extracurriculares, e claro,
muita festa e diversão. Me senti um pouco perdida e com dificuldades de lidar
com tudo isso, então resolvi criar resumos que pudessem me ajudar com as
provas, trabalhos, e inclusive no futuro para prestar concursos ou processos
seletivos.
Com o tempo várias pessoas da minha turma tomaram conhecimento desses
resumos, e com a motivação de vários desses amigos e colegas de sala decidi
transformar meus resumos em uma maneira de ajudar além de quem estava ao
meu redor, mas também vários estudantes de odontologia que passam pelo
mesmo e podem sentir dificuldade no desenvolvimento de algumas matérias.
Então espero que goste do meu apanhado sobre a matéria em questão, e por
favor, adoraria receber um feedback sobre o meu trabalho no direct ou pelo
email mikaellykuetrim@gmail.com.

Obrigada pela escolha!

Por Mikaelly Borges


Anatomia humana
aplicada à odontologia
1.Anatomia dental
1. Introdução
2. Morfologia geral
3. Morfologia individual

2.Anatomia da cabeça e pescoço


1. Crânio 20
2. Cavidade nasal 24
3. Seios paranasais 24
4. Maxila 25
5. Cavidade oral 25
6. Mandíbula 30
7. ATM 31
8. Músculos da cabeça 32
9. Faringe 35
10. Laringe 35
11. Músculos do pescoço 36
12. Artérias da cabeça e pescoço 38
13. Linfonodos e vasos linfáticos 43
14. Neuroanatomia 44

Por Mikaelly Borges


Anatomia Dental
Os dentes fazem parte do sistema estomatognático, uma estrutura
complexa que tem como função primordial a mastigação.

Os componentes do AE são: músculos


articulações
ossos da face e crânio
dentes e periodonto
sistema nervoso
glândulas salivares
vasos sanguíneos
ÓRGÃO DENTÁRIO
DENTE
Órgão mineralizado, duro, resistente, branco-amarelados, implantados nos ossos
alveolares da maxila e mandíbula. Estando dispostos lado a lado, formando os
arcos dentais superior e inferior.
É classificado como plexodonte, heterodonte e difiofdonte.
Exerce funções ativas (mastigação): Cada dente executa uma função auxiliar na
mastigação, dentre elas, preensão e incisão pelos dentes incisivos, dilaceração
pelos caninos e, trituração pelos posteriores, pré-molares e molares
E tabém exerce funções passivas: estética, proteção, sustentação, fonação,
oclusão e outras.
COROA
Representam um terço do dente, que é visível. Possuem forma e função variada
de um ser humano para outro. Está recoberta por esmalte, em forma pentaédrica
nos dentes anteriores, e cubóide nos dentes posteriores.

RAIZ
Implantada nos alvéolos da maxila e da mandíbula e fixada pelo ligamento
periodontal, não sendo visível na cavidade bucal. Corresponde a dois terços do
comprimento total do dente, sendo revestida por cemento, com característica
amarelada e rugosa.

COLO
Estrangulamento entre a coroa e a raiz do dente, marcado por uma linha sinuosa
entre o esmalte e o cemento, chamada linha cervical.
Incisivos central superior

Forame
O dente pode ser dividido em Face
lobos de desenvolvimento, apical
Língual
delimitados por sulcos de
Ápice
desenvolvimento:
lobo distal;
lob central;
lobo mesial:

Forame
Linha do colo
cego
Fossa Cíngulo
Forame lingual ou
apical palatina
D M crista
Face
marginal
Ápice Vestibular crista
mesial
marginal
Sulcos
distal
transversais
Ângulo Ângulo
crista medial
disto-incisal Mamelões mésio-incisal

Linha do colo
Raiz:
Lobo Bossa cervical
Uniradicular;
central Periquemáceas Reta;
Com faces convexas;
Lobo distal Ápice com inclinação distal-
M D
lingual.
Lobo Ângulo
mesial disto-incisal

Ângulo Sulcos de
mésio-incisal desenvolvimento

Borda incisal
Incisivos central inferior

Ângulo Lobo
mésio-incisal central
Borda incisal
Ângulo É o menor e mais
disto-incisal simétrico dente
Lobo humano, tendo
Sulcos de
mesial um formato
desenvolvimento
Sulcos de M D retângular.
desenvolvimento Lobo
distal

Bossa vestibular
Parenquimaceas
(estrias horizontais) Borda incisal
Ângulo
Linha do colo Ângulo
mésio-incisal
disto-incisal

Fossa
lingual
D M
crista
marginal crista
Face
Ápice distal marginal
Vestibular
mesial
Cíngulo
Linha do colo
Bossa lingual

Raiz:
Suco na face distal;
Unirradicular;
Retilínea sem inclinação;
Achatada no sentido mesio-distal;

Face
Língual
Incisivos lateral superior

Face
Vestibular
Ápice

Linha do Bossa cervical


colo Periquemáceas
Face
D distal
M
Lobo central
Lobo Lobo distal
mesial
Face
Ângulo Língual
Ângulo Ápice
mésio-incisal
disto-incisal
Sulcos de
desenvolvimento Borda
incisal

Linha do colo
Bossa lingual
Cíngulo
Raiz:
Crista
Uniradicular;
marginal
Afilada e achatada; forame cego
distal
Ápice com inclinação mesio-distal.. D M
Crista
marginal
Ângulo mesial
disto-incisal Ângulo
Fossa
mésio-incisal
lingual
Borda incisal
Incisivos lateral inferior

Lobo Borda
Ângulo
central incisal Ângulo
mésio-incisal
disto-incisal

Lobo distal
Lobo Sulcos de
mesial desenvolvimento
Sulcos de M Borda incisal
desenvolvimento Ângulo
D Ângulo
mésio-incisal
disto-incisal
crista
marginal
Bossa vestibular
mesial
Parenquimaceas
Fossa
(estrias horizontais)
lingual
Linha do colo
crista
marginal
distal
D M
Face Cíngulo
Vestibular Bossa lingual Linha do colo

Ápice

Raiz:
Suco profundo na face distal; Face
Unirradicular; lingual
Retilínea inclinada no sentido distal;

Ápice
Canino superior

Face
Vestibular
Ápice

Bossa cervical
Linha do Periquemáceas
colo
Face
Língual
M D
Lobo central Ápice
Lobo Lobo
mesial distal
Ângulo
mésio-incisal Ângulo
disto-incisal

Sulcos de Linha do colo


desenvolvimento Bossa lingual
Borda Cíngulo
incisal Crista
marginal M
distal forame cego
D Crista
Raiz:
Uniradicular; marginal
Afilada e achatada; Fossa mesial
Ápice com inclinação mesio-distal; lingual Ângulo
A maior e mais grossa raiz. distal crista Fossa mésio-incisal
cervical lingual
incisal mesial
Canino inferior

Face cúspide
Sulcos de
Vestibular
desenvolvimento
Arestas Ângulo
disto-incisal
Ângulo
mésio-incisal Lobo
Lobo distal
mesial
Bossa cervical Face
Lobo central
Periquemáceas Língual
Linha do
cúspide Fossa
colo
lingual
Fossa Ângulo
M D mesial
lingual mésio-
distal incisal
Crista
Crista
marginal
marginal
distal
mesial
forame cego
Linha do colo Bossa lingual
Cíngulo
crista
cervico- D M
Ápice incisal

Raiz:
Uniradicular;
Curva;
Achatamento acentuado;
Ápice truncado;
Ápice
Primeiro pré-molar superior

Face Cúspide Bossa vestibular


Oclusal vestibular vertente
aresta triturante ou
Face longitudinal interna

sulcos
Vestibular crista distal
distal secundários

Fosseta
secundária crista
Bossa vestibular distal mesial
Periquemaceas sulco principal Fosseta
Linha do retilíneo
(intercuspídico) secundária
colo aresta mesial
transversal
Lobo mesial interna/ aresta
M externa longitudinal
D mesial
vertente lisa Cúspide
Lobo ou externa lingual
mesial Bossa
Lobo distal lingual
Ângulo Face
Ângulo
mésio-incisal disto-incisal Língual

Sulcos de
face Ápice
desenvolvimento
oclusal
Cada cúspide apresenta duas
vertentes internas ou triturantes e
duas vertentes externas ou lisas.
A vertentes possuem arestas que as Bossa
separam em internas e externas ou Linha
lingual
em mesial e distal. do colo
Raiz:
Birradicular (mas pode ser uni ou tri);
Achatada no sentido mésio-distal;
Sulcos nas faces laterais;
sulco da raiz
D M
concavidade que
contínua ao
sulco da raiz

face
oclusal
Primeiro pré-molar inferior

Face vertente
Face cúspide Oclusal triturante ou
Sulcos de interna Bossa vestibular
Vestibular aresta

desenvolvimento
longitudinal sulcos
Arestas distal secundários
crista
Ângulo distal Cúspide
vestibular
mésio-incisal Fosseta
secundária crista
distal mesial
sulco principal
Bossa cervical retilíneo Fosseta
Periquemáceas (intercuspídico) secundária
mesial
aresta transversal
interna/ externa aresta
longitudinal
Linha do M D vertente lisa Bossa lingual mesial
colo ou externa
Cúspide
lingual
crista Arestas
Crista
cervico- Crista
marginal
incisal marginal
distal
mesial
Face
Ápice Língual sulco
Fosseta secundário
dista
cúspides Bossa
lingual
Cíngulo

Linha do D M
colo
crista
marginal Raiz:
distal Uniradicular;
Arredondada;

Ápice
Segundo pré-molar superior

Face vertente
Oclusal triturante ou Bossa vestibular
interna
aresta

longitudinal sulcos
distal secundários
crista
distal Cúspide
Raiz:
Fosseta vestibular
Unirradiculada;
Achatada; secundária
crista

distal
mesial
Cúspide lingual sulco principal
menor que a retilíneo Fosseta
vestibular; (intercuspídico) secundária
mesial
aresta transversal aresta
interna/ externa longitudinal
mesial
vertente lisa Cúspide
ou externa Bossa lingual lingual

Bossa vestibular sulco da


(parenquimaceas) raiz
Linha do linha
cervical
colo

bossa bossa
crista cervico- M D
lingual vestibular
incisal
crista
marginal
Ângulo
Ângulo
mésio-incisal disto-incisal

cúspide face
face lingual cúspide
arestas oclusal oclusal
vestibular
Segundo pré-molar inferior
Face
Oclusal vertente Bossa vestibular
triturante ou
aresta
interna
longitudinal

sulcos
distal
crista secundários
distal Cúspide
Fosseta vestibular
secundária crista
distal mesial
sulco principal
(intercuspídico) Fosseta
secundária
mesial
aresta transversal
interna/ externa aresta
longitudinal
cúspide vertente lisa Bossa lingual mesial
Face ou externa Cúspide
Vestibular lingual

Arestas
cúspide Arestas

Ângulo
vertente
mésio-incisal
M D crista
crista Bossa cervico-
cervico- lingual incisal
incisal
Bossa cervical
Periquemáceas
Linha do Bossa cervical
colo Periquemáceas
Linha do
colo
Primeiro molar superior
aresta vertente
Face longitudinal triturante ou Bossa vestibular
Oclusal mesial interna sulcos

secundários
Fosseta Cúspide
secundária vestibular
distal crista
sulco principal mesial
(intercuspídico)
crista distal Fosseta
secundária
aresta transversal mesial
interna/ externa aresta
longitudinal
cúspide distal
Cúspide
lingual
vertente lisa Bossa lingual
ou externa

Raiz lingual
Face
Face Proximal
Vestibular
Bossa cervical
Periquemáceas
Raiz
vestibular
Linha do
colo
M D Bossa
lingual

Linha do Bossa cervical


cúspide
Periquemáceas cúspide
colo

crista
cervico-
incisal
Arestas
cúspide
Primeiro molar inferior
vertente
Face triturante ou Bossa vestibular
Oclusal interna

aresta
longitudinal Cúspide
mesial vestibular
sulco principal
(intercuspídico)
crista
mesial
crista distal
aresta
aresta transversal longitudinal
interna/ externa distal
Cúspide
vertente lisa Bossa lingual lingual
ou externa

Face
cúspide
Proximal
Face cúspide
cúspide
Vestibular
cúspide Bossa
lingual

crista Arestas crista


cervico- cervico-
incisal incisal
Bossa cervical
Periquemáceas

Linha do Linha do
D
colo M colo

ápice da raiz distal


Segundo molar superior
vertente
Face aresta triturante ou Bossa vestibular
Oclusal longitudinal interna
distal

Cúspide
vestibular
sulco principal
(intercuspídico) crista
mesial
crista distal

aresta
aresta transversal longitudinal
interna/ externa mesial
Cúspide
Bossa lingual lingual
vertente lisa
ou externa
Raiz lingual
Raiz lingual

Face
Vestibular

Face
Proximal
Raiz
vestibular
D M
Bossa cervical
Periquemáceas
Linha do Bossa cervical
Linha do
colo Periquemáceas
colo

Bossa
lingual

Arestas
crista cervico- incisal cúspide
cúspide
cúspide
Segundo molar inferior

vertente
aresta
Face triturante ou Bossa vestibular
longitudinal
Oclusal interna
distal

Cúspide
vestibular
sulco principal
(intercuspídico)
crista
mesial
crista distal
aresta
aresta transversal longitudinal
interna/ externa mesial
Cúspide
lingual
Bossa lingual
vertente lisa
ou externa

Face
cúspide cúspide
Face cúspide Proximal
crista
Vestibular cúspide
cervico-
incisal
Arestas

Bossa cervical
Periquemáceas

Linha do D Bossa
colo M lingual
Linha do
colo

ápice da raiz distal


Crânio
O esqueleto do recém nascido possui uma Enquanto o fontículo posterior formará a
estrutura com cerca de 270 ossos com cartilagem lambda, que marca o encontro do osso occipital
entre eles. Isso, com a finalidade de conferir com os parietais.
flexibilidade na hora do parto e proteção. A região superior que delimita o teto da cavidade
A cartilagem é degradada e os ossos se fundem, craniana é chamada calvária, e é formada pelos
formando as suturas. Por isso, o esqueleto ossos frontal, accipital, temporais, parietais e a asa
humano adulto possui cerca de 210 ossos. maior do esfenóide. A principal função dos ossos
A fontanela bregmática ou fontículo anterior dessa região é proteger superiormente o encéfalo.
formará o encontro entre os ossos frontal e
parietais, originando a bregma.

Fontículo Osso frontal Bregma


Osso
anterior
frontal

Sutura
coronal Sutura
Sutura sagital
Sutura coronal
sagital
Forame
Osso parietal
parietal
Fontículo Osso
posterior parietal
Lambda
Sutura
lambdóide Sutura
lambdóide Osso
Osso occipital
occipital

No interior encontramos a díploe, que é uma substância óssea esponjosa, que encontra-se entre dois
ossos compactos, denominados lâmina ou cortical, interna e externa. A díploe funciona como camada de
proteção contra choques mecânicos e local de armazenamento de nutrientes, auxiliando na cicatrização
de ossos fraturados. Nos ossos pneumáticos a díploe é substituída parcialmente pelos seios paranasais.
No total, o crânio tem 22 ossos, sendo 8 ossos do neurocrânio e 14 do viscerocrânio.

Crista
Osso frontal
frontal
Sulco do
seio sagital
superior
Sutura
coronal

Fóveolas granulares
Díploe (das granulações
aracnóideas)

Osso Sulcos
parietal arteriais

Sutura
sagital
Sutura
lambdóide
Osso occipital
Neurocrânio
O neurocrânio é composto por 8 ossos, sendo ímpares os ossos frontal, occiptal,
esfenoide e etmoide e, os ossos parietais e temporais pares. Nas laterias do crânio
encontram-se as fossas temporal e infratemporal, onde localizam-se os principais vasos
e nervos que nutrem a maxila, mandíbula e dentes. No limite da fossa temporal origina-
se o Músculo Masseter, que se insere no processo coronóide da mandíbula.

A mandíbula conecta-se ao crânio pelos processos ou apófises, coronóide e condilar.


O processo coronóide une-se ao esfenóide pelo ligamento esfenomandibular na fossa
infratemporal. Enquanto o processo condilar liga-se ao osso temporal na fossa
mandibular, e forma a ATM ou articulação temporomandibular.
Viscerocrânio
O viscerocrânio são os ossos da face, sendo Os ossos do viscerocrânio formam juntos as
composto por 14 ossos, sendo os ossos "curvas" da face, demarcando regiões como a
mandíbular e vômer ímpares, e os ossos maxilar, cavidade orbital, proeminência da face e o nariz
zigomático, conchas nasais inferiores, palatino, ósseo.
nasal e lacrimal pares.

A órbita ou cavidade orbital abriga o bulbo A proeminência da face, conhecida


ocular, músculos, nervos e vasos, sendo popularmente por maça do rosto, é formada pelo
composto por ossos da face e do crânio, como osso zigomático. O osso zigomático possui dois
frontal, esfenóide, lacrimal, etmóide, maxila, processos, um sentido superior denominado
zigomático, e o processo orbital do osso palatino. processo frontal do zigomático e, outro
Entre esses óssos encontra-se o canal óptico, o posteriormente, processo temporal do
canal lacrimonasal, as fissuras orbitais inferior e zigomático.
superior, e os forames etmoidais anterior e
posterior.
Base do crânio
O crânio pode ser dividido em três regiões denominadas fossas do crânio. São elas:
Fossa anterior do crânio;
Fossa média do crânio;
Fossa posterior do crânio;

A base do crânio é constituída pelos ossos esfenóide, occipital, temporais, vômer, palatinos e maxilas.
Possui vários processos ósseos por conta da musculatura dessa região, além de muitos forames devido a
passagem de nervos, artérias e veias que comunicam a cabeça e o pescoço. Destacando os forames
jugular e lacerado.
Cavidade Nasal
A cavidade nasal é delimitada anteriormente pelo vestíbulo do nariz, posteriormente pela nasofaringe,
inferiormente pelo palato e superiormente pelo osso etmóide.
No osso etmóide está localizado a lâmina crivada, por onde passa o ar que chega aos Bulbos
Olfatórios pelo Nervo Olfatório, localizados na fossa craniana anterior na região frontal do cérebro, a qual
é dividida pela Crista Galli.
Dentro das paredes
laterais da cavidade nasal
existem as conchas nasais
superior, média e inferior,
sendo esta última óssea e as
demais cartilaginosas. Entre
as narinas, posteriormente,
existe a lâmina
perpendicular do etmóide,
e anteriormente, o sépto.
Abaixo das conchas
encontram-se os meatos
nasais, onde ficam
localizados os óstios que
ligam a cavidade nasal aos
seios paranasais.
O contorno ósseo
triângular do nariz é
chamado de abertura
piriforme.

Seios Paranasais
São espaços aéreos localizados nos ossos frontal, etmóide (células etmoidais), maxila e esfenóide,
auxiliam na circulação do ar, aquecendo-o, filtrando-o, e umidificando-o, da ressonância a voz, alivia o
peso do crânio, além de fornecer estrutura óssea a face.
Maxila
A maxila é um osso que possui considerável importância e funcionalidade. Isso porque divide as
cavidades oral e nasal enquanto participa da mastigação e outras funcionalidades mecânicas.
Afim de abranger essa grande funcionalidade a maxila possui uma morfologia variada, sendo fina e
resistente em algumas regiões e reforçada em outras. As regiões de pouco impacto acabam por
reabsorver o tecido ósseo esponjoso, formando estruturas ósseas ocas, como o os seios maxilares,
denominadas zonas de fragilidade. A maioria dessas estruturas estão dispostas horizontalmente ou
perpendicularmente aos pilares de sustentação.
Já os locais de reforço suportam grandes impactos mecânicos, ocasionando a manutenção do tecido
ósseo, que assim, se torna mais espesso. Esses locais são denominados anatomicamente como pilares
de sustentação da maxila, e são eles o pilar canino, o pilar zigomático e o pilar pterigóideo. Esses
pilares se ligam entre si por vigas horizontais como os reforços acima e abaixo da abertura piriforme, as
bordas supra-orbital e infra-orbital, o arco zigomático e o palato duro.
Dificilmente a maxila se fratura sem impactar ou fraturar outros ossos da face, e em casos de fraturas,
miniplacas e parafusos de titânio são fixados nos pilares. Em algumas cirurgias há também a necessidade
de fixações nessas regiões de reforço.

Imagem: Livro Anatomia aplicada à


odontologia 2ª edição.

Cavidade Oral
A cavidade oral abrange a cavidade oral
propriamente dita e o vestíbulo bucal.
O vestíbulo bucal refere-se ao intervalo
entre os lábios e bochechas com as partes
anteriores dos dentes.
A cavidade oral propriamente dita
refere-se a parte posterior dos arcos
dentais até as fauces da orofaringe. Com
limite superior sendo o palato, e o limite
inferior o soalho oral da língua.
Os lábios são as duas pregas
musculomembranosas móveis que
delimitam a rima oral. O encontro entre os
lábios constitui as comissuras labiais.
A região mucogengival é uma mucosa que
recobre o osso alveolar, dividindo-se em
gengiva inserida e mucosa alveolar.
O períodonto de proteção é subdividido
em gengiva marginal livre e gengiva inserida,
conforme a localização.
A mucosa alveolar inicia-se a partir da
linha mucogengival, continuando-se a partir
da mucosa oral.
As bochechas possuem três camadas, superficial (muscular), média (adiposa) e profunda (m. Bucinador,
submucosa e mucosa).
No nível do 2°molar superior encontra-se a papila parotídea, abertura do ducto parotídeo. E acima do
m. bucinador na região do ângulo da mandíbula há a glândula parótida.

O palato duro é constituído pelo processo palatino da maxila e pelas lâminas horizontais do osso
palatino. Nele localiza-se a papila incisiva, as pregas palatinas transversas e a Rafe palatina (local de fusão
dos processos palatinos da maxila).
Já o palato mole é constituído pela aponeurose palatina, da qual surge todos os músculos do palato
mole:
M. palatoglosso: Origina-se da aponeurose palatina e insere-se na face posterior e lateral da língua.
Este músculo forma o arco palatoglosso.
M. Palatofaríngeo: Origina-se da aponeurose palatina e insere-se na lateral da faringe. Forma o arco
palatofaríngeo.
M. da úvula: Origina-se da espinha nasala posterior e da aponeurose palatina.
M. levantador do véu palatino: Origina-se do osso temporal e da cartilagem da tuba auditiva e
insere-se na aponeurose palatina.
M. tensor do véu palatino: Origina-se da fossa escafóide, desce para o hâmulo pterigóideo, onde é
desviado para a linha media e insere-se na aponeurose palatina.

O soalho da boca
é composto pela
língua e pelos
músculos gênio-
hióideo e milo-
hióideo, que
originam-se nas
espinhas genianas e
na linha milo-hióidea,
respectivamente, e
inserem-se no osso
hióide.
Na mucosa dessa
região temos, abaixo
da língua e acima dos
músculos, as
glândulas
submandibulares e
sublingual e seus
canais e aberturas.
Língua 👅
A língua consiste em um órgão
formado por uma rede de fibras
musculares com funções de gustação,
mastigação, sucção, deglutição e
fonação.
Está fixada na mandíbula, ao osso
hióide e ao processo estiloide do
temporal.
Sua anatomia consiste em uma raiz
ou base fixa e um corpo que possui
faces, bordas e ápice, que a conferem
mobilidade.
Sua musculatura é revestida por uma
mucosa especializada e de
revestimento. Essa mucosa é
constituída por papilas fungiformes,
filiformes, valadas e folhadas.

Músculos da língua: Intrínsecos


M. Longitudinal superior e inferior: se originam do septo fibroso mediano e da camada fibrosa da


submucosa, e se inserem ao longo das margens laterais e na região apical da língua. Esses músculos são
responsáveis por retrair e alargar a língua, e elevar seu ápice, encurtando-a.
M. Transverso: Entende-se dos dois lados do septo mediano da língua até a submucosa fibrosa, ao
longo das margens laterais da língua. Quando esses músculos contraem, a língua se torna mais estreita e
alongada.
M. Vertical: se originam na raiz da língua e no músculo genioglosso e se inserem no septo fibroso
mediano, ao longo de toda língua. São responsáveis pelo achatamento e ampliação lateral da língua.
Extrínsecos

M. Hioglosso: Origina-se no osso hióide e insere-se na face lateral da língua. Abaixam a língua e podem
ser retrocessores quando a língua está projetada.
M. Genioglosso: Origina-se do tubérculo superior da espinha geniana e insere-se na face inferior da
língua. Projeta a língua para fora da cavidade oral e abaixa a parte central da língua.
M. Palatoglosso: Estendem-se da aoponeurse palatina até as margens laterais da língua, formando os
arcos palatoglossos. Elevam o dorso da língua até o palatoglosso fechando a passagem das fauces.
M. Estiloglosso: Origina-se do processo estiloide do temporal e se inserem nas margens ínfero-laterais
da língua. São músculos que retraem e tracionam o dorso da língua para cima.
M. Condroglosso: Se origina do corno menor do osso hióide e se insere nos músculos intrínsecos da
língua.

Inervação da língua 😝
Todos os músculos da língua são inervados
pelo nervo hipoglosso (NC XII), exceto o
músculo palatoglosso, que é suprido pelo
nervo vago (NC X).
Nervos sensitivos da língua são:
Nervo Vago (NC X);
Nervo Glossofaríngeo (NC IX);
Nervo corda do tímpano,
ramificação do nervo Facial (NC
VII);
Nervo Lingual (NC V/3),
ramificação do Nervo Trigêmeo
(NC V);
Nervo Hipoglosso XII, é o Nervo motor.
Mandíbula
A mandíbula tem formato de ferradura e divide-se em:
Ângulo, curvatura acentuada da mandíbula.
Ramo, que une a mandíbula ao crânio pelos processos condilar e coronóide. No ramo estão a região
do colo da mandíbula, os processos condilar e cronóideo, e entre os processos temos a incisura.
Corpo, abrange o intervalo entre os ângulos, e nele se encontra a parte alveolar, onde os dentes estão
localizados.
Na mandíbula está presente o osso alveolar, assim como na maxila.
O canal mandibular, logo abaixo dos molares inferiores, abriga os nervos e vasos alveolares inferiores.
Articulação Temporomandibular - ATM
Classificada como uma articulação sinovial biaxial complexa ou ginglemoarterial, por realizar
movimentos em dois planos (considerada como triaxial por alguns autores). Possui disco articular,
cartilagem articular, membrana sinovial, cápsula articular e ligamentos.
O disco articular funciona como um terceiro osso entre o côndilo da mandíbula e a fossa do osso
temporal, dividindo a ATM em duas articulações: temporomandibular e mandibulodiscal.
A cartilagem articular é um tecido fibroso avascular, que é composto por células cartilagíneas, não
sendo uma cartilagem como as outras articulações.
A membrana sinovial é um tecido conjuntivo vascularizado com capilares sinoviais que produzem
líquido sinovial a partir da diálise do plasma sanguíneo. Sendo localizada na periferia do disco. Dentre as
funções do líquido sinovial tem-se a lubrificação da ATM, proteção biológica e nutrição.
A cápsula articular é um cone fibroso, delgada e frouxa, que envolve a articulação retendo o líquido
sinovial. Sendo bastante inervada.
Os ligamentos são compostos por tecido conjuntivo fibroso e agem como limitadores de movimento e
ligantes, sendo os principais os ligamentos: temporomandibular, capsular, esfenomandibular e
estilomandibular.
As ATMs são conectadas pela mandíbula podendo ser considerada uma articulação bilateral que se
movimenta simultânea e sinergicamente.
Possui ampla mobilidade, realizando os movimentos de rotação, translação, transrotação e lateralidade.
Tais movimentos da ATM geram os movimentos da mandíbula, os quais podemos notar, como:
abaixamento e elevação, protusão e retrusão, lateralidade centrífuga e centrípeta e circundução.
O movimento de circundação é o motivo pelo qual alguns autores afirmam a classificação da ATM como
triaxial.

Músculos da cebeça
Músculos da mastigação
Masseter: O feixe superior origina-se no corpo do zigomático e insere-se nas tuberosidades
massetéricas da face lateral do ramo da mandíbula. O feixe profundo origina-se da face medial
posterios do arco zigomático e insere-se na face lateral do ramo da mandíbula. Ambos contribuem na
elevação e protrusão da mandíbula. A face medial relaciona-se com os nervos e vasos massetéricos
que veem da fossa infratemporal pela ncisura da mandíbula. A face lateral relaciona-se com o ducto
parotódeo, a artéria transversa da face e os ramos terminais do nervo facial (ramos bucais). Na face
anterior encontra-se os fibras sensitivas da bochecha advidas do nervo bucal. E na face posterior
temos a parótida e a ATM.
Temporal: Origina-se do assoalho da fossa temporal e insere-se no processo coronóide da
mandíbula. Na inserção do processo coronóide, sua borda anterior cruza com o nervo bucal. Realiza
elevação e retrusão da mandíbula.
Pterigóideo medial: O feixe maior origina-se na face medial da lâmina lateral da fossa pterigoidea do
processo pterigoideo, enquanto o feixe menor surge do processo piramidal do osso palatino e da
tuberosidade da maxila. Ambos inserem-se nas tuberosidades pterigoideas da face medial do ramo
da mandíbula. Inferiormente a sua face lateral, entre esse músculo e o ramo da mandíbula no espaço
pterigomandibular destaca-se a região de anestesia dos nervos alveolar inferior e o lingual. Sendo um
sinergista do masseter, realiza elevação, protrusão e excursão lateral da mandíbula.
Pterigóideo lateral: O feixe superior origina-se da superfície infratemporal da sasa maior do
esfenoide e da crista infratemporal, inserindo-se na cápsula da ATM (borda anterior no disco articular)
e na fóvea pterigóidea (face anterior do colo da mandíbula). O feixe inferior origina-se da face lateral
da lâmina lateral do proceso pterigóideo e insere-se na fóvea pterigóidea do colo da mandíbula.
Realizando depressão e protrusão da mandíbula.
Músculos da mímica ou da face
São músculos superficiais inseridos na pele e que possuem capacidade de efetuar movimentos e
portanto, expressões faciais.
As linhas de feição da face, ou linhas de expressão, são perpendiculares ao sentido das fibras dos
respectivos músculos que estão sobrepostas.

Músculo Occipitofrontal: Músculo Levantador do Ângulo da Boca;


Ventre Occipital; Músculo Zigomático Maior;
Vente Frontral; Músculo Zigomático Maior;
Aponeurose Epicrânica (Epicraniana); Músculo Orbicular da Boca;
Músculo Orbicular do Olho; Músculo Abaixador do Ângulo da Boca;
Músculo Prócero; Músculo Abaixador do Lábio Inferior;
Músculo Levantador do Lábio Superior e da Músculo Mentual;
Asa do Nariz; Músculo Bucinador;
Músculo Levantador do Lábio Superior;
Farige e Laringe

A faringe é um tubo fibromuscular que constitui uma via única para a passagem de ar e alimentos.
Sendo continuada pelo esôfago e a faringe. Comunica-se anteriormente com a cavidade nasal, oral e
laringe, originando as regiões chamadas orofaringe, nasofaringe e laringofaringe.
Ela é composta por duas camadas de músculo, classificados em internos e externos.

Músculos internos: Músculos externos:


M. Palatofaríngeo: Estende-se do palato M. Constritor superior da faringe: Possuem
duro e da aponeurose palatina até a parede origem na rafe pterigomandibular e no hâmulo
lateral da faringe. pterigóideo e insere-se na rafe faríngea.
M. Estilofaríngeo: Estende-se do processo M. Constritor médio da faringe: Origina-se no
estilóide até a lateral da faringe, na cartilagem corno maior do hióide e no ligamento estilo-
tireóide. hióide, inserindo-se na rafe faríngea.
M. Salpingofaríngeo: Estende-se da M. Constritor inferior da faringe: Origina-se
cartilagem da tuba auditiva até a lateral da nas cartilagens cricóidea e tireóidea, inserindo-se
faringe. na rafe faríngea.

A laringe é um órgão fonador e com função de proteção durante a deglutição (epiglote). Sendo
composta por cartilagem e ligamentos, sua função é conectar a faringe à traquéia.
Relaciona-se com os músculos infra-hióides e o músculo esternocleidomastóideo. A glândula tireóidea a
abraça infero-lateralmente.
Envolvendo-a temos os seguintes músculos: cricotireóideo, cricoaritenóideo posterior e lateral,
aritenóideo transverso e oblíquo, tireoaritenóideo e vocal.
Músculos do pescoço

Os músculos são classificados conforme a profundidade em superficiais e profundos do pescoço. Os


músculos cervicais superficiais são:
M. Platisma: Origina-se na fáscia que reveste superiormente os músculos deltóide e peitoral
maior. Contorna a banda inferior do corpo da mandíbula e se inserem junto aos músculos
dispostos ao redor da boca.
M. Esternoceidomastóideo: Origina-se no manúbrio do esterno e do terço medial da clavícula. E
insere-se na lateral da nuca e no processo mastóideo.
M. Trapézio: Origina-se na protuberância occipital externa e nos processos espinhosos das
vértebras cervicais e torácicas.
Os Músculos cervicais profundos são divididos em regiões:
M. Pré-vertebrais: M. Longo da cabeça, M. Longo do pescoço, M. Reto anterior da cabeça e M.
Reto lateral da cabeça. Se originam das vértebras cervicais e inserem-se no osso occipita e no
crânio.
M. Paravertebrais: M. Escaleno posterior, anterior e médio.
M. Pós-vertebrais: Complexo sacroespinhal ou Mm. eretores da espinha, composto por pelos
Mm. Esplênio do pescoço e da cabeça. Os Mm. Suboccipitais são o M. Reto posterior maior da
cabeça, M. Reto posterior menor da cabeça, e os Mm. Oblíquos superior e inferior.

A configuração dos músculos cervicais possibilita dividi-los em triângulos denominados Trígonos do


pescoço, são eles:
Carótico;
Submandibular;
Submentual;
Muscular;
Supraclavicular;
Occipital.
Imagem: Livro Anatomia
aplicada à odontologia 2ª
edição.

Músculos supra-hióides

M. Digástrico: O ventre posterior origina-se da incisura mastóidea do osso temporal e prende-se


indiretamente pelo tendão intermediário ao osso hióide. Daí continua-se como ventre anterior
fixando-se na fossa digástrica da mandíbula.
M. Estilo-hióideo: Origina-se no processo estilóide, divide-se em dois feixes que são
atravessados pelo tendão intermediário e unem-se novamente, estendendo-se até o corno maior
do osso hióide.
M. Milo-hióideo: Origina-se na linha milo-hióidea da mandíbula e insere-se na rafe milo-hióidea e
no corpo do osso hióide, compondo o soalho da cavidade oral.
M. Genio-hióideo: Origina-se do tubérculo inferior da espinha mentual ou espinhas genianas, e
insere-se no corpo do osso hióide.
Músculos infra-hióides

M. Esterno-hióide: Origina-se do manúbrio do esterno e da articulação esternoclavicular e


insere-se no hióide.
M. Omo-hióide: O ventre inferior origina-se na borda superior da escápula até o tendão
intermediário, onde passa a ser o ventre superior que insere-se no hióide.
M. Esternotireóideo: Origina-se do manúbrio da escápula e insere-se na cartilagem tireóidea da
laringe, sendo continuado pelo M. Tíreo-hióideo.
M. Tíreo-hióideo: Sendo uma continuação do M. esternotireóideo, origina-se da cartilagem
tireóidea e insere-se no osso hióideo.

Artérias do cérebro
A Artéria Aorta origina a irrigação do organismo, inclusive da cabeça e do pescoço. Dela surgem as
Artérias Carótida Comum esquerda e Subclávia esquerda, além do tronco braquiocefálico, do qual
surgem as Artérias Carótida Comum direita e Subclávia direita. Todas possuem uma trajetória
ascendente, sentido cabeça e pescoço, emitindo ramificações.
As Aa. Subclávias tornam-se as Aa. Axilares que se dirigem aos braços. Mas antes disso, ela emite
ramos que vão para a cabeça e o pescoço, são eles:
Artéria Vertebral, que tem uma trajetória por dentro dos forames transversos das vértebras
cervicais e entra no crânio pelo forame magno onde as artérias da direita e da esquerda unem-se
formando a A. Basilar, que irrigará o encéfalo. Esse conjunto encontra-se mais a frente com as Aa.
Carótida Interna e Cerebral Média formando o Polígono de Wiilis.
Artéria Tireocervical, que irriga a glândula tireóide, a cintura escapular e a porção inferior superficial
do pescoço.
Tronco Costocervical, que irriga a parte inferior profunda do pescoço.
As Artérias Carótida Comum ascendem pelo pescoço no interior da bainha carotídea, junto a Veia
Jugular interna e o Nervo Vago (X). E no trígono carotídeo, na altura da cartilagem tireóide, divide-se em
interna e externa.
Próximo a região de bifurcação são encontrados Viscerorreceptores, o seio carotídeo e o corpo
carotídeo. O primeiro é uma zona reguladora da pressão arterial, enquanto o segundo reage a
alterações do teor de oxigênio e de dióxido de carbono, aumentando a frequência cardíaca. Ambos levam
essas informações ao Sistema Nervoso Central por meio do Nervo Glossofaríngeo (IX).
A A. Carótida Comum Interna, entra no canal carotídeo do osso temporal, e após ramifica-se em A.
Oftálmica e Aa. Cerebrais Média e Anterior.
A A. Carótida Comum Externa, ascende emitindo ramos anteriores, medial, e posteriores, e por fim,
chega ao colo da mandíbula, na glândula parótida, onde bifurca-se nos ramos terminais, que são as
artérias Maxilar e Temporal superficial. Os ramos anteriores são as artérias Lingual, Facial,
Tireóidea Superior. Enquanto o ramo medial é a artéria Faríngea Ascendente, e os posteriores são
artérias Occipital e Auricular Posterior.
Artéria Facial
Origina-se no contorno anterior
da A. Carótida Comum Externa e
ascende no pescoço por baixo do
M. Platisma, sendo está sua parte
cervical. Após, contorna a
mandíbula, logo à frente do M.
Masseter, e dirige-se para a face.
Durante cirurgias, na borda
inferior da mandíbula a artéria e a
veia Facial são amarradas juntas,
e por essa artéria emitir muitas
anastomoses a irrigação da face
não fica prejudicada. O ramo
marginal do Nervo Facial ainda
cruza superficialmente a a. Facial.

Artéria Língual
É o segundo ramo do contorno
anterior da A. Carótida Comum
Externa, em um plano na altura
do osso Hióide. Após, passa
profundamente no m. hioglosso
para penetrar na língua.
Ela emite os seguintes ramos:
supra-hióides, sublingual, dorsais
da língua e profunda da língua.

Artéria Maxilar
É o ramo mais importante e
calibroso da A. Carótida Comum
Externa, emitindo ramos que irrigam
a parte profunda da face, a dura-
máter craniana, ao palato, cavidade
nasal, mandíbula, maxilas, dentes, m.
da mastigação e articulação
temporomandibular.
Origina-se abaixo do colo da
mandíbula no interior da glândula
parótida, e penetra na fossa
infratemporal, na qual penetra
ântero-superior e segue para fossa
pterigopalatina, onde emite os ramos
terminais.
Os ramos principais são as Aa.
Auricular Profunda, Timpânica
Anterior, Meníngea Média, Meníngea
Acessório, Alveolar Inferior,
Temporais Profundas, Pterigóidea,
Massetérica, Bucal, Alveolar Superior
Posterior, Infra-orbital, Palatina
Descendente e Esfenopalatina.
Artéria Alveolar Inferior
Junto ao Nervo correspondente de mesmo nome penetra no Canal Mandíbular pelo forame mandíbular,
no qual emite ramos pulpares, ósseos e gengivais. No forame mentual ela dividise em a. mentual e a.
incisiva.
Artéria Alveolar Superior
Dirige-se para a tuberosidade da maxila, onde penetra pelas foraminas alveolares e emite ramos
pulpares, ósseos, gengivais e para os seios maxilares.

Imagem: Livro Anatomia


aplicada à odontologia 2ª
edição.
Artérias

Veias
Linfonodos e Vasos linfáticos
O sistema linfático funciona em harmonia com o sistema circulatório, para deslocar a linfa de
volta ao coração. Linfonodos e vasos linfáticos existem ao longo de todo o corpo,
principalmente próximo de órgão supridos por grandes vasos.
As principais funções do sistema linfático incluem:
A absorção e o transporte de ácidos graxos, como gordura e quilo do trato digestivo.
O transporte de leucócitos velhos dos linfonodos para os ossos.
O transporte de células apresentadoras de antígenos (CAA’s) para os linfonodos, para que
seja disparada uma resposta imunológica.

Os linfonodos parotídeos encontram-se sobre a glândula parótida, drenando-a;


Os linfonodos bucais encontram-se na bochecha, sobre o músculo bucinador, e drenam a
linfa que é coletada nos linfonodos submandibulares;
Os linfonodos submandibulares encontram-se na parede lateral da glândula submandibular
e drenam a bochecha, o lábio superior, o lábio inferior, o seio maxilar, os dentes superiores e
inferiores e os dois terços anteriores da língua, o assoalho da boca,
o vestíbulo e as gengivas;
Os linfonodos submentuais são encontrados no trígono
submentual abaixo do queixo, e drenam a ponta da língua, o
assoalho da parte anterior da boca, os incisivos, a porção central
do lábio inferior e a pele do queixo;
Os linfonodos cervicais superficiais encontram-se adjacentes à
veia jugular externa e drenam a pele sobre o ângulo da mandíbula
e a pele que recobre a porção inferior da glândula parótida.
Neuroanatomia

Doze pares de nervos cranianos surgem do telencéfalo (I), diencéfalo (II), mesencéfalo, ponte,
bulbo e da junção entre a ponte e o bulbo, como pode ser visto na imagem acima.
Esses pares dirigem-se para a região de cabeça e pescoço e ramificam-se em dezenas de
nervos responsáveis por inúmeras funções motoras e sensoriais.
Doze pares de nervos
cranianos surgem do
mesencéfalo, da ponte, do
bulbu e da junção entre a
ponte e o bulbo.
Esses pares dirigem-se para
a região de cabeça e pescoço
e ramificam-se em dezenas
de nervos responsáveis por
inúmeras funções motoras e
sensoriais.
Os nervos I, II e VIII são
sensitivos. Enquanto os
nervos III, IV, VI, XI e XII são
motores. Os nervos V, VII, IX e
X são mistos.
Dentro do campo da
odontologia todos esses
nervos são relevantes, mas
vale destacar a importância
dos pares V, VII, IX, X, XI e XII.
Par V - Nervo Trigêmio

O Nervo Trigêmeo é um nervo misto e muito importante para o odontologia, inclusive para
anestesiologia. Isso porque ele se ramifica e origina outros nervos que inervam os músculos da
mastigação, os músculos milo-hióideo, digástrico, tensor do tímpano e do véu palatino,
também inervam outras estruturas como a mandíbula, a maxila, os dentes, mucosa oral,
mucosa nasal, seios paranasais e língua.
Sendo um nervo misto, possui função motora com predomínio da função sensitiva geral, a
qual percebe dor, tato e temperatura e estímulos de propriocepção advindos dos músculos e
do ligamento periodontal dos dentes, controlando assim a força durante a mastigação, fala e
outros movimentos.

Par VII - Nervo Facial


É um nervo
majoritariamente motor,
inervando principalmente os
músculos da face. Mas
também inervam outros
músculos como o digástrico,
estilo-hióideo e estapédio.
Outras estruturas inervadas
por esse secretomotor são as
glândulas sublingual,
submandibular e lacrimal e
parte das coanas. Leva ainda
impulsos gustativos de 2/3
anteriores da língua.
Se ramificam em nervos
temporal, zigomático, bucal,
mandibular marginal e
cervical.
Para se
informar
sobre todos
os nervos
entre aqui.
Par IX - Nervo Glossofaríngeo
É um nervo misto, o qual sua parte motora inerva a glândula parótida, o qualificando como
um secretomotor. Enquanto a parte sensitiva leva impulsos gerais e gustativa do 1/3 posterior
da língua, e de sensibilidade geral da faringe, úvula, tonsilas, tubas auditivas, seio e corpo
carotídeos e pequena porção do pavilhão auditivo e meato acústico interno.

Par X - Nervo Vago


O Nervo Vago é misto, inervando a músculatura da faringe e da laringe, parte infratentorial
da dura-máter, pequena parte do pavilhão auditivo, e meato acústico. Sendo um secretomotor
ainda inerva as vísceras torácicas e abdominais, além de possuir também fibras gustativas
provenientes da epíglote.

Par XI - Nervo Acessório


O Nervo Acessório é motor e possui uma particularidade, é o único com uma raiz craniana e
outra espinhal. A raiz espinhal junta-se com os cinco primeiros pares de nervos cranianos
inervando músculos do pescoço como o trapézio e o esternocleidomastóideo. Enquanto a raiz
craniana une-se ao Nervo Vago e inervam músculos da faringe, laringe e vísceras torácicas.

Par XII - Nervo Hipoglosso


O Nervo Hipoglosso é um nervo motor, responsável pela inervação dos músculos intrínsecos
e extrínsecos da língua.

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