Você está na página 1de 80

1

@thaistudandoodonto
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 2

Sumário
Capítulo 1 . Adenoma pleomórfico -- 16 . Líquen Plano papular -- 39
- Conceitos básicos ------ 03 . Carcinoma . Líquen Plano bolhoso -- 39
mucoepidermóide ----------- 17 . Pênfigo vulgar ----------- 40
- Citopatologia ------------ 03
. Carcinoma adenóide . Penfigóide ----------------- 41
- Histopatologia ---------- 04 cístico --------------------------- 18 . Eritema multiforme ---- 43
- Imunoistoquímica ----- 05 . Síndrome de Sjogren. – 44
Capítulo 6 . Xerostomia --------------- 44
Capítulo 2 - Lesões pigmentadas da
- Lesões fundamentais - 05 mucosa bucal ------------- 19 Capítulo 11
. Mácula --------------------- 06 . Mácula melanótica ----- 20 - Principais doenças
. Placa ----------------------- 06 . Melanose do fumante -- 20 infecciosas da cavidade
. Pseudomembrana ------ 06 . Melanoacantoma oral -- 20 bucal ------------------------ 45
. Pápula --------------------- 06 . Nervo melanocítico ----- 20
. Nódulo --------------------- 06
. Infecções bacterianas;
. Nevo azul ------------------ 20 . Sífilis ------------------------ 45
. Tumor ---------------------- 06 . Melanoma ----------------- 21 . Gengivite ulcerativa
. Vesícula -------------------- 07 . Tatuagem p/ amálgama 21
. Bolha ----------------------- 07 necrosante -------------------- 48
. Pigmentação . Periodontite ulcerativa
. Erosão ---------------------- 07 medicamentosa -------------- 21 necrosante -------------------- 49
. Úlcera ---------------------- 07 . Pigmentação por metais . Actinomicose ------------ 49
. Petéquia ------------------ 08 pesados ------------------------ 22 . Infecções por
. Equimose ----------------- 08 . Língua pilosa ------------- 22 protozoários
. Sufusão -------------------- 08
. Hematoma --------------- 08 Capítulo 7 . Leishmaniose ------------ 50
- Processo proliferativos 22 . Infecções por vírus;
Capítulo 3 . Herpes vírus humano -- 50
. Hiperplasia fibrosa ------ 22
- Conceitos importantes . Hiperplasia fibrosa . Papiloma vírus ----------- 54
para o diagnóstico ------ 08 inflamatória ------------------- 22 . Coxsaquievírus Grupo A 55
- Aspectos radiográficos 08 . Granuloma piogênico -- 23 . Infecções fúngicas;
- Aspectos clínicos ------- 09 . Granuloma periférico de . Candidíase ---------------- 56
- Implantação da lesão na células gigantes ------------- 23 . Paracoccidioidomicose 59
mucosa -------------------- 09 . Fibroma ossificante
Capítulo 12
- Consistência ------------ 09 periférico ---------------------- 24
. Neuroma traumático --- 24 - Cistos ---------------------- 61
- Delimitação -------------- 10 . Não odontogênicos ----- 62
Capítulo 4 Capítulo 8 . Odontogênicos ---------- 64
- Variações da normalidade - Carcinoma de células
Capítulo 13
. Grânulos de Fordyce ---- 10 escamosas ----------------- 25
- Principais tumores
. Leucoedema -------------- 10 . Carcinoma de lábio ----- 26
. Carcinoma orofaringe - 27
odontogênicos da região
. Língua fissurada --------- 10
. Carcinoma de boca ----- 27 maxilo-facial --------------- 71
. Língua geográfica -------- 11
- Estadiamento clínico: . Tumores do epitélio
. Língua pilosa -------------- 11
odontogênico ---------------- 72
. Varicosidades -------------- 11 Sistema TNM -------------- 30
. Tumores odontogênicos
. Artéria de calibre
Capítulo 9 mistos -------------------------- 75
persistente --------------------- 11
- Lesões cancerizáveis -- 32 . Tumores do
. Exostoses ------------------ 12
. Leucoplasia --------------- 32 ectomesênquima
Capítulo 5 . Eritroplasia ---------------- 33 odontogênico ---------------- 76
- Alterações de glândulas . Queilite actínica --------- 34 Capítulo 14
salivares --------------------- 12 - Lesões fibro-ósseas ---- 77
- Doenças não neoplásicas Capítulo 10 . Displasia cemento óssea
de glândula salivar ------- 12 - Doenças autoimunes - 35 78
. Mucocele ------------------ 13 . Diagnóstico das doenças . Displasia fibrosa --------- 79
. Rânula ---------------------- 14 autoimunes ------------------- 35 . Fibroma ossificante
. Sialoadenite aguda ------ 14 . Líquen Plano ------------- 37 central ------------------------- 80
. Sialoadenite crônica ----- 15 . Líquen Plano reticular -- 38
. Xerostomia ---------------- 15 . Líquen Plano erosivo --- 38
- Doenças neoplásicas de
Referências -----------80
. Líquen Plano em placa - 39
glândula salivar ----------- 16 . Líquen Plano atrófico --- 39
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 3

Estomatologia

Capítulo 1 Procedimento:

Conceitos Básicos 1 – A cytobrush (escovinha) é esfregada na


mucosa do paciente, coletando as células
► Estomatologia é o estudo do sistema superficiais que vão descamar (Deve-se
estomatognático esfregar a cytobrush várias vezes – cerca de
8x - na área de exame, para coletar células
superficiais suficientes);
Responsável pela fala, respiração, sucção, 2 – Deve-se realizar a higienização das
mastigação, deglutição, fonação... lâminas de vidro, pois elas não são
autoclaváveis. Essa higienização deve ser
“A estomatologia é a especialidade que tem realizada não somente para evitar a
como objetivo a prevenção, diagnóstico e contaminação, mas também para retirar o
tratamento de doenças da boca e óleo e resíduos provenientes das mãos (na
estruturas anexas, manifestações bucais de maioria das vezes elas são manuseadas
doenças sistêmicas, bem como prevenção com as mãos sem luvas, tendo contato com
de doenças sistêmicas que possam a pele), pois a presença desses resíduos
interferir no tratamento odontológico. pode comprometer o resultado do exame. A
Diferentemente do que se pensa, o higienização é realizada lavando a lâmina
estomatologista, apesar de sua formação de vidro em água corrente e secando-a com
em odontologia, não trata apenas de gaze estéril;
dentes.” 3 – Algumas lâminas possuem um lado
fosco e áspero, deve-se identificar qual é
► Exames utilizados na estomatologia esse lado para registrar as informações do
paciente. Os registros devem ser feitos
- Radiografia; antes da realização do exame, para que haja
- Ultrassonografia; organização;
- Ressonância magnética; 4 – Em seguida é realizado o esfregaço
- Tomografia computadorizada; numa na lâmina de vidro que foi
- Exames laboratoriais de sangue, entre higienizada (A rotação da escova sobre a
outros... lâmina deve ser realizada uma única vez);
5 – A lâmina deve ser colocada dentro de
► Principais métodos de estudo em um recipiente contendo etanol 90%.
patologia bucal 6 – Após todos esses procedimentos, deve-
se vedar o recipiente e enviar para o
Citopatologia ou Citologia Esfoliativa laboratório juntamente com uma ficha
contendo todas as informações do paciente
Cito (célula) + pathos (doença) e da instituição que realizou o exame.
+ logia (estudo)
= Obs: Esse processo deve
Citopatologia (Estudo ser realizado 3x para
das células – para fins de garantir a quantidade
diagnóstico – que estão suficiente de células
na camada superficial para a realização correta
do tecido). Disponível em: http://patoestomato do exame.
Ufrgs.com.br/citopatologia/
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 4

Indicações: Esse exame será indicado nos Biópsia INcisional – Remoção de parte das
casos em que a doença está presente nas lesões.
áreas superficiais. A principal limitação do
Indicações:
exame citopatológico é que não
conseguimos identificar uma doença que - Lesões com características de malignidade
atingiu camadas mais profundas por meio (câncer);
dele. Por ser um exame bem limitado, não é - Lesões grandes (pois necessitam de um
frequentemente utilizado. planejamento cirúrgico);
- Lesões que podem ser tratadas com
Atenção: O exame deve ser feito em uma
medicamentos (podemos fazer a biópsia
área representativa (região clinicamente
incisional, pois é uma cirurgia menos
visível da patologia). Se na cavidade bucal
invasiva que a biópsia excisional, necessária
houver mais de uma lesão e elas forem
para dar o diagnóstico).
diferentes entre si, deve-se fazer um exame
para cada região diferenciada.

Histopatologia

Patologia + Histologia
=
Histopatologia

► Etapas

Coleta de material

Processamento

Resumo Capítulo 21 – Livro: Cirurgia Oral e Maxilo facial


contemporânea. 4ed.

Exame histopatológico Obs: O ideal é tirar a quantidade suficiente para um


resultado conclusivo (Profundidade e tecido
suficiente).
O exame histopatológico é mais invasivo e
consegue atingir todas as camadas do
tecido. É o exame mais utilizado dentro da
Biópsia
estomatologia.
EXcisional –
► Coleta de material Remoção
da lesão
A coleta de material para exame por
histopatológico é realizada por meio da completo.
biópsia.
Resumo
Capítulo 21 –
Livro: Cirurgia
Biópsia: Coleta de tecido
Oral e Maxilo
para análise. facial
contemporânea
- Existem 2 tipos de . 4ed.
biópsias:
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 5

Indicações: após o exame histopatológico (quando esse


exame não é suficiente para a conclusão do
- Lesões com características clínicas de diagnóstico).
benignidade;
- As lâminas (sem coloração) que restaram
- Lesões pequenas.
do exame anterior são utilizadas. Nelas irão
acontecer reações entre antígenos e
Se houver hipótese de lesão maligna,
anticorpos, por meio de testes com
sempre devemos realizar primeiro a biópsia
reagentes.
incisional!
- Por meio dessas reações podemos
► Processamento descobrir o diagnóstico.

Imediatamente após a coleta, devemos Capítulo 2


acondicionar o material coletado no
Lesões fundamentais
formaldeído 10% (formol - fixação).

► Lesões fundamentais
É necessário que o material fique embebido
no formol por no mínimo 24h. Lesões fundamentais é
o termo utilizado para
Após isso, ocorre a confecção de blocos de descrever as alterações
parafina (inclusão). A partir desses blocos, o que o paciente
material será fracionado e colocado nas apresenta na cavidade
lâminas de vidro. bucal. Elas compõem as
alterações morfológicas
Com isso, há a confecção da lâmina corada que aparecem na
por hematoxilina e eosina. mucosa bucal ou na pele assumindo
características clínicas padronizadas e
► Exame histopatológico individualizadas. Elas orientam o
profissional na realização da anamnese
Após essa confecção, o patologista bucal detalhada.
observa a amostra no microscópio e realiza
Qual a importância desse tema?
a descrição, dando o diagnóstico.
- O conhecimento das lesões fundamentais
auxilia na elaboração e conclusão do
diagnóstico;
- São fundamentais para a comunicação
entre os profissionais da área da saúde.

Diante de uma lesão, o que devemos


questionar?

- Duração;
- Sensibilidade;
Vshivkova | Shutterstock – Site: News-medical.net - Tamanho;
- Consistência;
Imunoistoquímica - Cor;
- Formatos;
A imunoistoquímica é utilizada em casos - Contorno;
bem específicos. Esse método só é realizado - Quantidade.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 6

► Lesões fundamentais sólidas –


Quais são as lesões fundamentais?
Caracterizadas por elevações

Mácula
Observamos o tamanho da lesão para
diferenciá-la.
Alteração de
coloração da Pápula
mucosa bucal,
plana, sem Lesão elevada e
elevação e nem sólida, menor
Disponível em:
depressão (Mancha). https://doctorhoogstra.com
que 5mm em
Existem vários tipos seu maior
de mácula e devemos descrevê-la diâmetro.
detalhadamente.
Disponível em:
https://www.sdpt.net/PAT/hip
Placa erplasiainflamatoriapapilar.htm

Lesão de superfície plana que apresenta-se Nódulo


ligeiramente elevada e não se desprende à Lesão elevada e sólida, com dimensões
raspagem. Possui uma leve elevação. entre 5mm e 15mm em seu maior diâmetro.
Ela é grudada, não se desprende!
Obs: Algumas literaturas consideram 10mm
e 20mm.

Disponível em: https://ead.ict.unesp.br/mod/data/view.php?d=25&rid=55

Disponível em:
http://tratogastrointestinal2010.blogspot.com/2010/03/leucoplasia.html Tumor

Pseudomembrana Lesão elevada e sólida, maior que 15mm em


seu maior diâmetro.
Lesão de superfície plana que apresenta-se
ligeiramente elevada e se desprende à
raspagem. Ela é análoga às crostas
(casquinhas).

Disponível em: http://demo.infowayit.com/dentalarcade/torus-palatinus/

► Lesões fundamentais que possuem


conteúdo líquido – Se diferenciam pelo
Disponível em: http://www.especialista24.com/ tamanho.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 7

Vesícula Rompimento superficial do epitélio, que


pode ser decorrente da ruptura de vesículas
Lesão elevada, de conteúdo líquido, menor
e bolhas, sem exposição do tecido
que 5mm em seu maior diâmetro.
conjuntivo subjacente. Na erosão, o
rompimento é extremamente superficial.
Há uma perda parcial do tecido epitelial.

Disponível em: https://www.odontologistas.com.br/odontologistas/patologias-


bucais/caracterizacao-e-nomenclatura-das-lesoes-bucais/

Bolha Disponível em:


https://www.researchgate.net/publication/51706720_Oral_lichen_planus

Lesão elevada, de conteúdo líquido, maior


A erosão é um quadro mais brando.
que 5mm em seu maior diâmetro.
Normalmente, esse tipo de lesão não
apresenta sangramento espontâneo.

Úlcera

Perda de continuidade do revestimento


epitelial com exposição do tecido
conjuntivo subjacente.

Disponível em: https://www.unioeste.br/portal/centros/ceca/811-proex/projetos-


extensao/estomatologia-na-web/lesoes-fundamentais/53778-vesicula-e-bolha

Obs: Dentro da cavidade oral é muito


comum encontrarmos bolhas estouradas
(raramente encontramos as bolhas inteiras).
Quando essa bolha se rompe, vemos lesões Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/3631784/

que lembram feridas.


A úlcera pode apresentar sangramento
espontâneo, pois uma parte do tecido
► Lesões fundamentais são identificadas
conjuntivo está exposto.
pela perda de alguma estrutura

Erosão

Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-8-tecido-epitelial-de- Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Lesao-ulcerada-de-


revestimento/ contornos-irregulares-na-mucosa-do-labio-superior-Joao_fig1_310659853
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 8

Como diferenciar clinicamente uma úlcera Sufusão


de uma erosão?
Lesão hemorrágica plana com dimensão
Úlcera – Presença da membrana maior que 10mm em seu maior diâmetro.
fibrinopurulenta (pseudomembrana). Não é uma lesão muito recorrente.
Normalmente apresenta sangramento
espontâneo. Hematoma

Erosão – Não há membrana Lesão que se caracteriza por um aumento


fibrinopurulenta (pseudomembrana). de volume hemorrágico localizado no
Geralmente não apresenta sangramento interior dos tecidos. Ocorre um aumento de
espontâneo. volume em decorrência do acúmulo de
sangue.
► Lesões de origem hemorrágica
(sangramento)

Petéquia

Lesão hemorrágica plana e pequena (até


2mm) de aspecto puntiforme. Origem de
extravasamento sanguíneo. Vários
pontinhos de sangramento.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Frevista.uninga.br%2Findex
.php%2Funinga%2Farticle%2Fdownload%2F2102%2F1650%2F&psig=AOvVaw1n5B
NJkisKEA4MbBJsoMIs&ust=1615871784474000&source=images&cd=vfe&ved=0CA
0QjhxqFwoTCLjrtNPFse8CFQAAAAAdAAAAABAD

Capítulo 3
Conceitos importantes para o diagnóstico

Para elaborar uma hipótese diagnóstica,


precisamos descrever detalhadamente as
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia
/image/v36823140_pt
lesões fundamentais e observar outras
características, tais como:
Equimose
Aspectos radiográficos
Lesão hemorrágica plana com dimensões - Observar quanto à quantidade de
entre 2 e 10mm em seu maior diâmetro. cavidades interiores:
_ Unilocular x Multilocular

Unilocular
Disponível em: https://www.ricardosgomez.com/temas-relevantes/disturbios- Disponível em: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=115
hemorragicos-e-o-tratamento-odontologico/ 1&idioma=Portugues
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 9

Implantação da lesão na mucosa

- Séssil x Pediculada:

Séssil Pediculada
Disponível em: https://www.patologiabucalfcms.com.br
Multilocular
/artigo/lesoes-fundamentais
Disponível em: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp
?id=1151&idioma=Portugues

Esse aspecto é levado em consideração Séssil: Possuem o seu maior diâmetro na


quando as lesões acontecem no osso, pois base da lesão. Não possuem pedículo.
há a necessidade de um raio X para analisar
a situação. Pediculada: Possuem pedículo. O diâmetro
da base é menor que o diâmetro do
Aspectos Clínicos restante da lesão.

- Observar quanto à quantidade de lóbulos: Obs: Lesão pediculada é um forte indicativo


_ Unilobular x Multilobular de benignidade!

- Endofítica x Exofítica:

Obs: Geralmente aplicamos esse conceito


em lesões malignas.

Unilobular
Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/o-que-e-mucocele/

Disponível em: http://pt.slideshare.net/anacborges16/06


-lesoes-fundamentais-parte-1

Endofítica: Compreende lesões úlcero-


infiltrativas ou úlcero-destrutivas. A lesão
cresce “para dentro”, infiltrando no tecido. É
uma lesão infiltrativa.
Multilobular
Disponível em: Asha, V. et al.,2014
Exofítica: Compreende lesões que crescem
“para fora”, provocando um aumento de
- Quanto ao número: volume.
_ Única x Múltiplas
Consistência
- Quanto ao tamanho: - Macia x Endurecida
_ Maior diâmetro
- Firme x Flutuante (lesão que se
- Quanto à coloração: movimenta)
_ Semelhante à mucosa, branca, Obs: Geralmente, lesões malignas são mais
amarronzada, azulada, eritematosa, endurecidas, pois lesões malignas infiltram
enegrecida, arroxeada, amarelada. na área acometida e enrijecem o local.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 10

Delimitação = não está no local ideal / Que se encontra


ou produz fora do lugar habitual.);
- Focal x Difusa - Pápulas amareladas ou branco-
_ Focal: Único foco; amareladas.
_ Difusa: Lesão que acomete várias - Extremamente pequenas, não causam
regiões. prejuízo estético;
- Indolor.
- Contorno:
_ Definido x Indefinido. Leucoedema

- Mucosa de aparência difusa, opalescente e


- Limites:
branco-acinzentada, geralmente
_ Regular x Irregular.
bilateralmente na mucosa jugal;
- O aspecto esbranquiçado desaparece
► Outras informações relevantes sobre
quando a mucosa é evertida e distentida;
lesão de mucosa
- Mais comum em pessoas negras e pessoas
tabagistas.
- Tempo de evolução;
- Sintomatologia;
- Outras lesões no corpo;
- História médica pregressa;
- História familiar.

Obs: Sempre fazemos o exame clínico


completo! Tanto o extrabucal quanto o
intrabucal. Disponível em: https://eu-ireland-custom-media-prod.s3-eu-west-
1.amazonaws.com/Brasil/Downloads/Esample-Regezi-comp.pdf

Capítulo 4 Língua Fissurada


Variações da normalidade Presença de fissuras ou sulcos na superfície
dorsal da língua.
Algumas características que estão dentro Essas fissuras não são cortes, úlceras... São
do espectro da realidade, porém existem apenas características anatômicas da língua
pessoas que possuem e outras que não. do paciente.

Obs: Não são consideradas doenças! Obs: Pacientes com língua fissuradas
devem tomar cuidado redobrado ao
Grânulos de Fordyce higienizar a cavidade oral, pois as fissuras
podem servir como locais de depósito de
restos alimentares, fungos e bactérias.

Disponível em: https://www.fisioderme.com.br/tratamentos/granulos-de-fordyce/

- Glândulas sebáceas que ocorrem na


Disponível em: https://www.dentalis.com.br/blog/
mucosa oral (glândulas ectópicas – Ectópica o-que-pode-causar-rachaduras-na-lingua
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 11

Língua Geográfica Varicosidades (Varizes de mucosa)


(Eritema migratório benigno)
- Consiste de veias anormalmente dilatadas
- Áreas de despapilação da língua: atrofia e tortuosas, resultado da perda de tônus do
das papilas filiformes, circundadas por tecido conjuntivo que suporta os vasos.
bordas sinuosas, branco-amareladas e - Geralmente essa variação da normalidade
levemente elevadas. acontece em pacientes idosos;
- As lesões desaparecem e reaparecem em - Na maioria das vezes essa variação está
outras áreas (por isso o nome “Língua presente na região sublingual;
geográfica”). - Assintomática.
- Geralmente, a população feminina é mais
afetada por essa variação da normalidade;
- Pode ser assintomática ou provocar
sensibilidade a alimentos quentes e
picantes.

Disponível em: https://www.odontoblogia.com


.br/varizes-linguais-causas-tratamento/

Artéria de calibre persistente

- Alteração vascular, na qual um ramo


arterial principal estende-se para superfície
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissiona
l/multimedia/image/v27388319_pt mucosa sem redução no seu diâmetro;
- Geralmente essa variação acomete
Língua Pilosa (Língua saburrosa) pacientes idosos.
Resultado do acúmulo acentuado de
ceratina nas papilas filiformes do dorso da
língua, resultando em aparência que
lembra pelos.
Fatores que podem estar associados:
- Tabagismo;
- Higiene oral deficiente;
- Tratamento com radioterapia.

Obs: Quadro de hiposalivação pode Disponível em: https://europepmc.org/article/pmc/4511880

provocar o surgimento da língua pilosa, pois


a diminuição da quantidade de saliva na Obs: Temos a artéria labial do lábio superior.
cavidade oral estimula um acúmulo de Esta artéria encontra-se em uma porção
biofilme e de bactérias nessa região. mais profunda. Geralmente, com o
envelhecimento, a perda de tecido adiposo
faz com que a cavidade oral fique com um
aspecto “murcho” e menos volumoso. Com
isso, a artéria labial que antes era profunda,
começa a ficar superficial. Muitas vezes, essa
artéria fica visível, resultando na variação da
normalidade. Também pode acontecer no
Disponível em: https://opas.org.br/lingua
lábio inferior, mas não é tão comum.
negra-cabeluda-causas-sintomas-e-tratamentos/
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 12

Exostoses - Parótida: é a maior glândula salivar e está


localizada na frente da orelha e atrás da
Exostoses = Todo osso normal em local mandíbula;
anormal. - Submandibular: fica presente na parte
São protuberâncias ósseas. Quando posterior da boca;
localizadas em mandíbula são chamadas - Sublingual: pequena e está localizada por
tórus mandibular e em maxila, tórus baixo da língua.
palatino.
Obs: Todas as glândulas salivares produzem
saliva, no entanto as glândulas parótidas
(maiores glândulas) são responsáveis pela maior
produção e secreção de saliva.

Numerosas glândulas salivares menores na


submucosa da cavidade bucal.

Tórus mandibular
Disponível em: http://blog.cvdentus.com.br/caso-clinico-dr-diego-bazan-
remocao-de-torus-mandibular/

Disponível em: http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/50


79/5/Celina_Cabral2020.pdf

Doenças não neoplásicas


de glândula salivar
Tórus palatino
Disponível em: https://www.unioeste.br/portal/images/
estomatologia/lesoesfundamentais/estudodecasoclinico9.pdf/
Conceitos importantes

Neoplasia = É uma proliferação desordenada e


Capítulo 5 autônoma de células no organismo.
Alterações de glândulas salivares
Neoplasia maligna (câncer) = Geralmente
3 pares de glândulas maiores: possui crescimento rápido, alteração celular
em grande escala e ocorre a invasão tecidos
vizinhos (metástase).

Neoplasia benigna = Geralmente possui


crescimento lento, ordenado e com limites
definidos (permanece no local afetado). Os
tumores benignos são constituídos por células
bem semelhantes às que os originaram.

Obs: Todo câncer é maligno.

Disponível em: https://www.tuasaude.com/glandulas-salivares/


Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 13

► Fenômenos de retenção e
extravasamento de muco (ocorre nas
glândulas salivares menores):

- Mucocele;
- Rânula.

Obs: Clinicamente não é possível diferenciar se é


um fenômeno de retenção ou de
extravasamento. Só conseguimos identificar essa
diferença na lâmina histopatológica.
Extravasamento de muco
Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/3656357/

Obs: Essas definições são descrições


histopatológicas.

Diagnósticos:

Mucocele
Disponível em: http://saudecelulahumana.blogspot.com
/2016/09/biologia-celular-do-acino.html

Fenômeno de retenção ou extravasamento


Se após um trauma a glândula rompe o de muco das glândulas salivares menores.
ducto, acontecerá um extravasamento. Ocorre em qualquer região da cavidade
Porém, se ocorrer um entupimento do bucal.
ducto, haverá retenção (acúmulo de saliva).
Há uma grande incidência desses - Acomete principalmente crianças e
acontecimentos no lábio inferior, pois é uma adultos jovens (pois crianças possuem mais
região que possui muitas glândulas glândulas salivares menores e são mais
menores e é mais susceptível a traumas. susceptíveis a traumas);
- Cor normal a azulada (pois possui
conteúdo salivar);
- Acomete principalmente lábio inferior e
lateralmente à linha média (pela quantidade
de glândula e traumas na região);
- Lesões são recorrentes, com rompimento e
liberação de líquido.

Retenção de muco (cisto de ducto salivar)

Fenômeno de retenção de muco:


- Cistos verdadeiros do ducto da glândula
salivar ou cisto mucoso de retenção – pois ao
redor do ducto há o revestimento epitelial. Disponível em: https://www.odontoblogia.com.br/mucocele-tratamento/

Fenômeno de extravasamento de muco:


- Não existe mucocele em lábio superior.
- Pseudocisto, ruptura do ducto das Acredita-se que quando o paciente
glândulas salivares com extravasamento de traumatiza glândula do lábio superior,
muco para os tecidos. ocorre algum fenômeno inflamatório que
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 14

faz com que ocorra outra lesão, e não a realizar a suturas a saliva vasa. O objetivo é
mucocele. deixar essa sutura vários dias para que
aconteça a epitelização e
_ Tratamento e prognóstico:
consequentemente o surgimento de vários
- Remoção cirúrgica local; ductos novos.
- Remoção das glândulas adjacentes;
- Excelente prognóstico. ► Sialoadenites (ocorre nas glândulas
Prognóstico = previsão da evolução do salivares maiores):
quadro do paciente.
- Sialoadenite aguda;
Rânula - Sialoadenite crônica (Sialolitíase).

Mucocele no assoalho bucal. Sialo = Saliva


+ Adeno = glândula
- Tumefação azulada, flutuante; + Ite = inflamação
- Ocorre lateralmente à linha média Sialoadenite = Inflamação na glândula
(diferente de cisto dermóide). salivar.

Sialoadenite aguda

Sialoadenite supurativa aguda (infecção


bacteriana):

- Geralmente acomete a glândula parótida;


Disponível em: http://dentopolis.blogspot.com/2015/08/o-que-e-ranula-ou- - Causas: Redução do fluxo salivar ou
mucocele-sublingual.html
obstrução do ducto salivar;
_ Tratamento e prognóstico: - Staphylococcus aureus é o principal agente
- Remoção completa: causal, de 50% a 90% dos casos.
Não é uma opção muito viável, pois o
assoalho bucal é uma região com muitos
vasos sanguíneos calibrosos e superficiais.
Desse modo há grandes chances de
rompimento desses vasos, podendo causar
uma hemorragia.

- Marsupialização:
Há a remoção da “tampinha” da rânula. A
área removida será encaminhada para a
biópsia e o “buraco” que ficou na rânula será Disponível em: http://docplayer.com.br/75991718-Karen-correa-de-oliveira-
sialolitiase-consideracoes-sobre-etiologia-diagnostico-e-tratamento.html
suturado, de modo que continue aberto. O
objetivo da sutura nessa situação é não
O diagnóstico é clínico e o tratamento é a
deixar o corte cicatrizar. Essa sutura tem por
eliminação das causas, como:
objetivo permitir o processo de epitelização
do local, ou seja, haverá o surgimento de um
- Hidratação;
novo ducto.
- Higiene oral adequada;
- Micromarsupialização. - Uso de antibióticos.
É utilizado um fio de sutura grosso e são Obs: Sialolito é o cálculo que se desenvolveu na
feitas suturas na rânula. No momento de glândula salivar.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 15

Sialoadenite crônica, sialoadenite obstrutiva - Sensação de secura mas com fluxo salivar
ou sialolitíase normal (candidíase);
- Diminuição do fluxo salivar (hipofunção da
- Sintomatologia dolorosa é mais fraca; glândula);
- Ocorre por um período mais prolongado; É necessário avaliar o fluxo salivar para descobrir
- Haverá a investigação da existência de um se a xerostomia é apenas sensação ou se há
sialolito; realmente uma diminuição de fluxo.
- 80% dos casos ocorrem na glândula
submandibular (ducto tortuoso – ducto que Sintomas comuns da hipofunção do fluxo
faz curva e facilita o acúmulo de saliva); salivar:
- Aproximadamente 20% na glândula - Dificuldade para mastigar ou engolir;
parótida; - Alteração do paladar;
- Diagnóstico é clínico e uso de exames de - Sensação de queimação e dor;
imagem (oclusal); - Aumento da viscosidade da saliva;
- Clinicamente observa-se endurecimento - Dificuldade de uso da prótese.
no soalho à palpação e o orifício do ducto
Causas específicas:
torna-se eritematoso e elevado.
- Aplasia (ausência) de glândulas salivares.

Doenças sistêmicas:
- Síndrome de Sjogren (doença autoimune
caracterizada pela hipofunção de glândula
lacrimal e salivar);
- Diabetes;
- Infecção pelo HIV;
Disponível em: https://puromd.com/tratamento-dos-sintomas- - Síndrome da ardência bucal.
da-pedra-da-glandula-salivar-para-pedras-no-ducto/
Iatrogênica:
Deverá haver a estimulação de salivação - Medicação;
para a retirada do cálculo (limão, - Radiação.
hiperbolóide...). Não há utilização de
antibióticos em casos crônicos.
Obs: Quando o sialolito encontra-se dentro da
glândula, o paciente deverá ser encaminhado
para o cirurgião de cabeça e pescoço, pois
cirurgiões-dentistas não operam glândulas
salivares maiores.

_ Tratamento:
- Massagens na glândula;
- Aplicação de calor;
- Aumento de ingestão de líquidos; Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Xerostomia

- Tratamento cirúrgico (quando o sialolito _Tratamento:


não é expelido sozinho).
Em casos de sintomatologia:
► Xerostomia. - Produtos de uso tópico para aumentar
lubrificação da mucosa;
Xerostomia (boca seca) - Hidratação adequada;
- Estimulantes salivares como goma de
Sensação “boca seca”: mascar.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 16

Doenças neoplásicas ► Localização mais comum:


de glândula salivar - Parótida: 64% a 80%;
- Glândulas salivares menores: 9% a 23%;
► Neoplasias epiteliais benignas:
- Submandibular: 8% a 11%;
- Adenoma Pleomórfico (tumor misto); - Sublingual: 1%.
- Mioepitelioma;
- Adenoma de Células Basais; ► Localização x Subtipo:
- Adenoma Canalicular;
- Tumor de Warthin; Tumores
Tumores malignos
- Oncocitoma; benignos
Carcinoma
- Adenoma Sebáceo;
mucoepidermóide
- Papilomas Ductais; Parótida
e adenocarcinoma
- Cistoadenoma papilar; de células acinares
- Sialoblastoma. Carcinoma
Submandibular
adenóide cístico
► Neoplasias epiteliais malignas: Adenoma Carcinoma
- Tumor misto maligno Sublingual pleomórfico adenóide cístico e
_ Carcinoma ex-adenoma pleomórfico; mucoepidermóide
Carcinoma
_ Tumor misto metastatizante.
mucoepidermóide
- Carcinoma mucoepidermóide; Glândulas
e adenocarcinoma
- Adenocarcinoma de células acinares; menores
polimorfo de baixo
- Carcinoma adenóide cístico; grau
- Adenocarcinoma polimórfico de baixo
grau; ► Neoplasia benigna de glândula salivar
- Adenocarcinoma de células basais;
- Adenocarcinoma de células claras; Adenoma pleomórfico
- Adenocarcinoma;
- Carcinoma mioepitelial; - Pleomórfico = híbrido, misto.
- Carcinoma do ducto salivar;
- Adenocarcinoma de células claras; Tumor misto, pois ocorre a neoplasia das:
- Carcinoma oncocítico. - Células do ducto;
- Células mioepiteliais.
► Incidência:
- 2% a 6,5% das neoplasias de cabeça e
Características clínicas:
pescoço;
- Tumor misto (células do ducto e
- Discreta predominância feminina.
mioepiteliais);
► Etiologia: - Glândula mais comum – 60% dos tumores
- Predisposição genética; em parótida;
- Exposição à radiação; - Nas glândulas salivares menores
- Tabaco e álcool. localizam-se principalmente no palato duro
Glândulas salivares
e mole.
menores: 9% a 23%.

Diagnóstico diferencial = Se refere a


doenças possíveis do paciente, que possam
explicar seus sinais e sintomas. São todas as
Parótida:
hipóteses diagnósticas.
64% a 80%.
Diagnóstico diferencial do adenoma
Submandibular:
pleomórfico = Tórus.
Sublingual: 1%. 8% a 11%
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 17

Obs: O adenoma pleomórfico é uma lesão - Ampla distribuição etária (mais comum
encapsulada. Cirurgicamente essa cápsula em crianças e jovens adultos);
facilita a remoção total da lesão. - Associada à história de radioterapia
terapêutica, ou radiação ionizante
(tratamento de câncer).
- Massa firme, de crescimento lento, indolor
e superfície lisa;
- Massas de crescimento rápido, fixas,
ulceradas dolorosas, disfagia, hemorragia
ou trismo.

Diagnóstico diferencial do carcinoma


mucoepidermóide = Adenoma pleomórfico,
mucoceles, carcinoma de células
Disponível em: https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/ escamosas.
noticia/voce-sabe-o-que-e-adenoma-pleomorfico/

Obs: É exatamente por causa do diagnóstico


_Tratamento e prognóstico: diferencial que é recomendado realizar a biópsia
incisional em casos de suspeita de adenoma
- Excisão cirúrgica; pleomórfico, pois a partir da análise da biópsia
- Podem ocorrer recidivas; pode-se descobrir que na verdade a lesão é um
- Índice de cura de 95%; carcinoma mucoepidermóide.
- Transformação maligna de 5%:
Histopatologia:
_ Carcinoma ex-adenoma pleomórfico.
- O tumor tem uma aparência citológica
benigna, mas é invasivo.
- Podem acontecer ocasionais metástases;
- O tumor apresenta uma variável
proporção de estruturas císticas e áreas
sólidas.
_ estruturas císticas são compostas por células
epidermóides, mucosas, intermediárias ou
colunares;
_ espaços císticos contém muco.

O carcinoma mucoepidermóide é uma


Disponível em: https://www.elsevier.es/en-revista-revista-portuguesa- lesão de origem glandular, porém pode
estomatologia-medicina-dentaria-330-articulo-tratamento-adenoma-
pleomorfico-em-palato-S1646289016000066 acometer a área intra-óssea.

- Prognóstico: bom.
Gradação histopatológica:

► Neoplasia maligna de glândula salivar


Células
Formação mucosas,
Obs: Toda lesão que começa com “carcinoma” Atipia
cística epidermóides e
remete a uma neoplasia maligna. intermediárias
Fortemente
Fortement Presente
Carcinoma mucoepidermóide Baixo grau ou não
presente células
e presente
mucosas
Grau Intermediá Presente Três tipos
- Neoplasia maligna mais comum tanto em intermediário rio ou não celulares
glândulas maiores como menores Fortemente
Pouco
(principalmente palato); Alto grau
presente
Presente presente células
epidermóides
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 18

Obs: Baixo grau = Prognóstico melhor, pois _Tratamento e prognóstico:


possui um baixo grau de malignidade;
- Sobrevida em 5 anos é 80% (20% dos
pacientes morrem dessa doença em 5
Atipia = Presença de células bizarras.
anos);
- Recorrência é comum;
- Excisão local e radioterapia (padrão).

Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1808-


52102010000100010&script=sci_arttext

_Tratamento e prognóstico: Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/27238077.pdf

- Remoção cirúrgica completa (com


margem de segurança); Revisão:
- Recidivas raras em lesões de baixo grau; ► Lesões de retenção e extravasamento de
- Prognóstico é desfavorável em lesões de muco
alto grau (Pode ser necessária a
Mucocele Rânula
radioterapia após a cirurgia).
Qualquer
- Mais comum nas glândulas menores, Localização Assoalho bucal
região
parótida e sublingual. Pode acontecer na
Cor Arrozeada/azulada
glândula submandibular, porém não é tão Micromarsupialização,
comum. Remoção
Tratamento remoção completa e
cirúrgica
marsupialização
Carcinoma adenóide cístico Causa Trauma

- 50% ocorre em glândulas salivares


menores (palato) e, em seguida parótida. Mucocele – Regiões mais acometidas:
- Prevalência de 5ª a 7ª década de vida, 1 – Lábio inferior;
geralmente acomete mulheres. 2 – Ventre de língua;
3 – Mucosa jugal.
- Crescimento lento, mas apresenta-se
como uma massa infiltrativa, às vezes com Grupo de pacientes mais acometidos:
evidência radiográfica de destruição óssea. Crianças (pois possuem mais glândulas e
- Lesão mais agressiva. sofrem mais traumas).
Características Histopatológicas: ► Sialoadenites

- Sialoadenite X Sialolitíase;
- SIaloadenite = Inflamação das glândulas
salivares;
- Sialolitíase = Presença de sialolito;
- Sialolito = Cálculo (se não for expelido,
deve-se remover cirurgicamente);
- A sialolitíase pode causar uma
Padrão Padrão Padrão sialoadenite, ou seja, a glânndula pode
cribiforme tubular sólido
inflamar devido à presença de um cálculo.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 19

- Existe sialoadenite aguda e crônica;


- Conseguimos diferenciar aguada de
crônica observando aspectos como:
_ Dor;
_ Presença de pus;
_ Sintomas fortes.
- Tratamento:
Na sialoadenite aguda utilizamos
antibiótico, na crônica apenas iremos
estimular a produção de saliva.

Aguda Crônica
Supuração Sim Não
Ausente ou
Dor Muita
leve
Turva, Escassa ou
Saliva (à ordenha)
purulenta ausente
Aumento de
Sim Sim
volume
Pode ser causado
Sim Sim
por um sialolito?
ATB
Estimulação
(Clavulin) +
Tratamento da glândula
estimulação
salivar
da glândula

► Neoplasias de origem glandular

Carcinoma adenóide
Adenoma pleomórfico Carcinoma mucoepidermóide
cístico
Natureza Benigno Maligno Maligno
Idade Variável Crianças e jovens adultos Idosos
Remoção cirúrgica com margem
Remoção cirúrgica +
Tratamento Remoção cirúrgica de segurança (em alguns casos
radioterapia
pode ser necessária redioterapia)
Metástase Não Raro Sim
Prognóstico Bom Variável Ruim
Crescimento Lento Variável Lento (porém infiltrativo)
Bem delimitado, firme Variável (pode variar entre o
Dados Mal delimitado, macio,
à palpação e recoberto adenoma pleomórfico e o c.
clínicos ulcerado ou não.
por mucosa saudável adenóide cístico)

Capítulo 6
Lesões pigmentadas da mucosa bucal Endógena Exógena
Mácula melanótica oral Melanose do fumante
Aspectos que devem ser observados:
Pigmentação por
- Uni x Multifocal; Melanoacantoma oral
metais
- Fator exógeno associado; - Nevo melanocítico Pigmentação
- Lesões de pele / / Diagnósticos diferenciais; - Nevo azul medicamentosa
- Evolução da lesão; Melanoma (maligno) Língua pilosa
- História médica pregressa;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 20

A melanose do fumante é um tipo de mácula diretamente a gengiva. A produção de


melanótica, porém de causa exógena. melanina é uma reação de proteção da
mucosa contra essa fumaça).
Endógena: Pigmentação decorrente do - Pode regredir após a cessação do hábito.
próprio organismo do paciente.
Exógena: Pigmentação decorrente de ► Melanoacantoma oral: É um diagnóstico
fatores externos. diferencial da mácula melanótica.

► Mácula melanótica: Mancha decorrente


da deposição de melanina na cavidade
bucal.

Disponível em: https://doctorhoogstra.com/pt/wiki/macula-melanotica-labial/ Disponível em: https://www.jomfp.in/viewimage.asp?img=JOral


MaxillofacPathol_2012_16_3_441_102514_f1.jpg
Quando a pigmentação na gengiva inserida A lesão surge na cavidade oral do paciente e
incomoda o paciente, há a possibilidade de apresenta crescimento. Tem origem
realizar um procedimento estético para a patológica.
retirada da mácula. Porém, por ser uma - Remissão espontânea após biópsia (O
pigmentação fisiológica, ela pode retornar. estímulo cirúrgico faz com que a lesão
desapareça).
► Melanose do fumante: A melanose do
fumante é um tipo de mácula melanótica, ► Nevo melanocítico: Nevos são lesões que
porém de causa exógena. Ocorre em possuem pequenas elevações. Na cavidade
pacientes que fazem o uso crônico do bucal são mais difíceis de acontecer, pois
tabaco. Geralmente pacientes com geralmente o seu surgimento é estimulado
melanose do fumante possuem lábios pela radiação solar.
escurecidos e pigmentação nos dentes.
- É reacional (tabaco);

Disponível em: https://www.ricardosgomez.com/temas-relevantes/o-desafio-no-


diagnostico-das-les%C3%B5es-pigmentadas-da-mucosa-bucal/

Disponível em: https://pt.slideshare.net/rafa12071/leses-fsicas-e-qumicas-bucais

Diagnóstico diferencial: Melanoma.


- Lesões acontecem principalmente na
parte interna da boca, na gengiva inserida
► Nevo azul: Possui como principal
anterior (pois no momento que o paciente
diagnóstico diferencial as lesões por
traga a fumaça quente, a fumaça atinge
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 21

medicamentos. Há uma pequena taxa de Se o raio-x não for suficiente para chegar a
transformação maligna. um diagnóstico conclusivo (pois a prata
Realiza-se primeiro a biópsia incisional e pode ser insuficiente para aparecer na
depois de confirmado o diagnóstico de radiografia), deve-se realizar a biópsia
nevo azul, a biópsia excisional é realizada. incisional para se obter o diagnóstico
Não é um diagnóstico diferencial do correto.
leucoedema, pois o leucoedema acontece Nesses casos, devemos proservar o paciente
em mucosa jugal e o nevo azul ocorre em (Proservar: Estágio de observações
palato duro. periódicas de um tratamento Odontológico
para o acompanhamento da evolução de
estados clínicos, radiográficos de saúde
bucal e da saúde geral do paciente). Após a
conclusão do
diagnóstico o
paciente segue
a sua vida
normalmente.
Disponível em:
https://www.facebook.com/
estomatologiabh/photos/tat
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ uagem-por-
arttext&pid=S0365-05962011000700015 am%C3%A1lgamamuitos-
materiais-pigmentados-
► Melanoma: Raro na cavidade bucal. É podem-ser-implantados-na-
mucos/1939639386321743/
uma lesão grave, infiltrativa e agressiva.
Possui crescimento rápido e é heterogêneo. ► Pigmentação medicamentosa:
Geralmente realiza-se a biópsia incisional.
Pigmentação decorrente do uso de
O seu prognóstico em cavidade bucal é pior
medicamentos.
que o prognóstico de melanoma em pele.

Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com


/2015/03/melanoma-oral.html

► Tatuagem por amálgama: Lesões com


fundo acinzentado. Geralmente as lesões
possuem uma cor parecida com chumbo.
A primeira conduta de uma suspeita de
tatuagem por amálgama é realizar o raio-x. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/11/580410
/manchasescuras.pdf
Muitas vezes o amálgama que está
Exemplos de medicamentos que causam
impregnado no tecido aparece como uma
pigmentação:
estrutura radiopaca na radiografia.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 22

- AZT; natureza inflamatória (lesões relacionadas a


- Ciclosporina; um fator irritativo).
- Cloroquina;
- Glivec. ► Características comuns:

► Pigmentação por metais pesados: - Elevações nodulares;


- Pediculadas ou sésseis;
Pigmentação decorrente da aspiração do
- Coloração rosada a avermelhada;
pó de metais pesados (geralmente acomete
- Evolução lenta e bem delimitada;
trabalhadores de minas, pois eles aspiram o
- Consistentes à palpação;
pó do minério). Tais pessoas podem
- Superfície lisa, lobulada, brilhante ou
apresentar problemas pulmonares (fibrose
ulcerada (trauma).
pulmonar) e pigmentação na gengiva. São
casos raros.
► Fibroma de irritação / Hiperplasia fibrosa
/ Fibroma traumático: Acomete
► Língua pilosa:
principalmente pacientes adultos de meia-
Condição benigna decorrente do acúmulo idade e idosos;
de ceratina nas papilas filiformes (estão - Pacientes do sexo feminino são mais
presentes no dorso da língua). Se apresenta acometidas;
como projeções difusas, semelhantes a - Mucosa jugal, ao longo da linha de
pelos no dorso da língua devido à retenção oclusão, língua e região labial;
de ceratina na superfície das papilas - Lesões nodulares comuns, consistência
filiformes. Sua coloração varia entre firme, assintomáticas, coloração
acastanhada, amarelada ou enegrecida em semelhante à mucosa, base pediculada,
função da participação de diferentes superfície lisa;
pigmentos provenientes da alimentação, - Lesão decorrente de traumas crônicos
tabaco e bactérias. (ações repetitivas);
Geralmente não apresenta sintomas, mas - Quanto mais branca a lesão, mais antiga
em alguns casos podem surgir sensações ela é (pois o trauma estimula a produção de
de náusea, gosto desagradável e halitose. ceratina).

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-45464573 Disponível em: https://ead.ict.unesp.br/mod/data/view.php?d=25&rid=36

Capítulo 7 ► Hiperplasia fibrosa inflamatória: Adultos


Processos proliferativos de meia-idade e idosos. Acomete
principalmente pessoas que utilizam
Processos proliferativos não neoplásicos: prótese removível;
- Geralmente ocorre em ambos maxilares
- Lesões que ocorrem comumente na
(maxila e mandíbula na região de rebordo
mucosa bucal caracterizadas pela
alveolar);
proliferação tecidual geralmente de
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 23

- É uma lesão traumática; - A inflamação estimula a hiperemia (vaso


- Epúlide Fissurada (termo antigo): sanguíneo com maior volume de sangue);
Caracterizada por uma hiperplasia fibrosa - O granuloma piogênico acomete
inflamatória em decorrência do uso de principalmente a gengiva, mas não
prótese que apresenta uma fissura entre a exclusivamente.
lesão, onde a prótese “se encaixa”;
- Pregas de tecido hiperplásico no rebordo
alveolar;
- Frequentemente associada ao uso de
prótese mal adaptada.

Disponível em: https://dspace.uniceplac.edu.br/bitstream/12345


6789/159/1/Viviane_Lima_0005952.pdf

Tratamento:
- Remoção cirúrgica (biópsia excisional,
exceto em lesões muito grandes em que há
dúvidas do diagnóstico);
Disponível em: https://pt.slideshare.net/sanmarreto/
- Remoção dos fatores irritantes;
hiperplasias-reacionais-do-tecido-conjuntivo
- O tratamento pode ser postergado para
Tratamento: lesões durante a gravidez;
- Remoção cirúrgica; - Em pacientes gestantes é indicado realizar
- Correção da prótese para evitar recidiva. a cirurgia no 2º trimestre de gravidez, pois
no 1º trimestre há o risco de aborto
► Granuloma piogênico: Acomete espontâneo e no 3º trimestre há o risco de
principalmente crianças e adultos jovens; parto prematuro.
- Acomete com grande prevalência
gestantes (granuloma gravídico). Mulheres Se a lesão não for removida
grávidas apresentam lesões em gengiva completamente, pode ocorrer recidiva.
com crescimento gradual durante a A tendência do granuloma piogênico com o
gravidez. No granuloma gravídico a passar do tempo é ficar menos
principal causa da lesão são as alterações vascularizado e mais fibrosado.
hormonais;
- Lesão associada à higienização precária; ► Granuloma periférico de células gigantes:
- Presença de biofilme bacteriano, tártaro, É um diagnóstico diferencial do granuloma
principalmente na gengiva; piogênico (porém apresenta uma coloração
- Geralmente está associado à ulceração mais arroxeada).
secundária; - É uma lesão reacional a um trauma
- Coloração mais avermelhada relacionada (caracterizada pela migração de muitas
ao fator inflamatório (presença de células gigantes multinucleadas –
microorganismos, biofilme, tártaro...) e ao macrófagos que vão se diferenciar para
fator morfológico da lesão (pois ele possui combater infecções):
como característica a proliferação de vasos _ Extrações dentárias, próteses e
sanguíneos); restaurações mal adaptadas, cálculos...
- Lesão que possui sangramento - Geralmente acomete adultos jovens, na
espontâneo; maioria das vezes mulheres;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 24

- Predileção pela mandíbula; - Acomete geralmente jovens e na maioria


- Exclusivo da gengiva ou rebordo alveolar das vezes mulheres;
edêntulo; - Predileção pela maxila anterior.
- Lesão semelhante histologicamente ao
granuloma de células gigantes central;
- Nódulo, cor de vermelho a azulado
(arroxeado), séssil ou pediculado, podendo
ter superfície ulcerada.

Disponível em: https://www.ricardosgomez.com/casos-clinicos/fibroma-


ossificante-periferico/

Radiograficamente:
Conseguimos
Disponível em: https://www.doi.editoracubo.com.br//10.4322/1980-0029.182017 identificar um
material calcificado
Granuloma Periférico de células gigantes: na radiografia.
Lesão Extra-óssea (tecido mole).
Granuloma Central de células gigantes: Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=
Lesão Intra-óssea (tecido duro). S0102-
36162016000100100&script=sci_arttex
Na Lâmina as lesões são iguais, porém são t&tlng=pt

doenças diferentes.
Tratamento:
Tratamento: - Remoção cirúrgica, subperiosticamente;
- Remoção cirúrgica (biópsia excisional, - Remoção dos fatores irritantes.
exceto em lesões em que há dúvidas do
diagnóstico); ► Neuroma traumático: Trauma em nervo
- Remoção dos fatores irritantes. periférico, devido a procedimentos
cirúrgicos (exodontias ou injeção de
► Fibroma ossificante periférico: Lesão anestésico).
localizada fora do osso (periférica); - Tentativa de regeneração resulta em
- Crescimento localizado na gengiva e massa de tecido fibroso, composto por
representa lesão proliferativa reacional. células de Schwann e axônios.
- Granuloma piogênico ---> Maturação e
mineralização (teoria de que o granuloma
piogênico não removido pode ficar mais
fibrosado e causar o fibroma ossificante
periférico).
- Exclusivo da gengiva;
- Massa nodular (pode aumentar o seu
tamanho e se tornar um tumor), séssil ou
pediculada, cor vermelha ou rosa e pode - Possui sintomatologia dolorosa;
apresentar ulceração; - Nódulos não ulcerados de superfície lisa;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 25

- Mais comuns na região do forame


Conceitos importantes:
mentoniano, língua e lábio inferior.
Tumor: Aumento de volume. Nem sempre
é neoplasia.

Neoplasia: Proliferação celular anormal e


autônoma que persiste mesmo após
cessado o estímulo que a provocou.
Classifica-se de acordo com o
comportamento biológico em benigna ou
maligna.
Disponível em: http://oqueeissodoutor.blogspot.com/2017/05/neurofibroma-e-
neuroma-traumatico.html
Câncer: Neoplasia maligna.
- Geralmente ocorre em porções mais
profundas;
►Neoplasia:
- Pacientes adultos de meia-idade são mais
acometidos; Neo = novo + plasia = formação
- Mais comum em mulheres;
- Proliferação celular anormal,
- Lesões são assintomáticas na maioria, mas
descontrolada e autônoma.
podem apresentar dor evidente (dano em
fibra nervosa).

Microscopicamente: Proliferação aleatória


Alterações genéticas
de feixes nervosos maduros em um
estroma de tecido conjuntivo fibroso. ► Lesões malignas de boca:

- 90% são carcinomas de células escamosas.


- 10% são neoplasias:
_ Glândula salivar;
_ Linfomas;
_ Mesenquimal.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)


– 2005

Neoplasia maligna = Câncer.


Carcinoma = Todo câncer que tem origem
de célula epitelial.
Sarcoma = Câncer que tem origem em
células mesenquimais.

Tratamento: ►Carcinoma de células escamosas


- Remoção cirúrgica envolvendo porção do (Carcinoma espinocelular):
nervo envolvido.
- Neoplasia maligna mais frequente da
- A dor pode persistir ou retornar.
cavidade bucal (>90% das lesões malignas
Capítulo 8 de boca);
- Acomete geralmente pacientes do sexo
Carcinoma de células escamosas
masculino, > 40 anos (fortemente
(Carcinoma Espinocelular)
relacionado aos fatores de risco, como
álcool, tabaco, exposição ao sol...);
Abreviações: CEC ou CCE.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 26

- A maioria dos casos é diagnosticada em


estágios avançados (lesão inicial indolor).
Áreas leucoplásicas
Distribuição proporcional dos 10 tipos de (áreas de placa branca)

câncer estimados para 2014 (Estudo


realizado em 2010 pela Organização Mundial
da Saúde – último levantamento realizado
pela OMS)

Resultados ► Estimativa do carcinoma


de células escamosas: 5º mais comum
entre os homens e 11º mais comum em
mulheres.

Características clínicas do carcinoma de


células escamosas:

- Lesões únicas;
- Bordas em roletes e endurecidas; Disponível em: https://www.odonto.ufmg.br/cenex/cursos-e-
eventos/patologia2020/
- Limites imprecisos;
Aspecto “roído por traça” - Indica lesão
- Fixação aos tecidos adjacentes;
maligna.
- Associação com áreas eritroplásicas ou
leucoplásicas; Áreas afetadas:
- Áreas de hemorragia;
- O carcinoma de células escamosas pode
- A lesão pode ter aspecto granuloso
acometer qualquer região da cavidade
(aspecto de amora, moriforme);
bucal;
- Crescimento rápido;
- Regiões diferentes podem apresentar
- Áreas de necrose (as células proliferam tão
comportamentos diferentes.
rápido que o fluxo sanguíneo não consegue
irrigar, por isso ocorre morte celular).
Carcinoma de lábio
- Lábio superior;
- Lábio inferior.
Pontos de hemorragia

Carcinoma de orofaringe
- Palato mole;
Áreas de necrose (úlcera
de fundo sujo) - Base de língua;
- Tonsilas.

Carcinoma de boca
Bordas em rolete e endurecidas - Língua;
- Assoalho;
- Gengiva;
Disponível em: https://opas.org.br/carcinoma-de-celulas-escamosas/
- Mucosa jugal.
Pontos de hemorragia

►Carcinoma de células escamosas de lábio


Limites imprecisos
- Pode acometer tanto o lábio superior
quanto o inferior;
- Principal causa (fator etiológico): exposição
solar;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 27

- Acomete mais o lábio inferior, pois o lábio


superior recebe proteção contra a
exposição solar (nariz);
- 25% a 30% dos casos de carcinoma de
células escamosas;
- Crescimento lento e metástase incomum;
- Acomete principalmente pacientes do
gênero masculino (A prevalência de pessoas
do sexo masculino em profissões que são
submetidas à exposição solar é maior. Outro
fator é que as pessoas do sexo feminino
costumam usar batom, que mesmo em Disponível em:
https://scielo.conicyt.cl/sciel
pequena parcela, ajuda no combate à o.php?script=sci_arttext&pid
=S0717-95022011000300004
exposição solar);
- O índice de morte é baixo, porém a
cirurgia pode ser mutiladora.
►Carcinoma de boca:

- Região mais acometida: Língua (25% a


40%) seguida de assoalho bucal (15% a 30%);
- Pacientes do sexo masculino da 6ª a 8ª
década de vida são mais acometidos;
- A metástase é comum.
- Etiologia: Multifatorial (Vários fatores
podem influenciar para a ocorrência dessa
doença):
Disponível em: https://medicoresponde.com.br/
quais-sao-os-sintomas-de-cancer-de-boca/ _ Fatores genéticos;
_ Tabagismo;

Disponível em: https://www.cabecaepescocosp.com.br/cancer-de-labio/

►Carcinoma de células escamosas de


orofaringe

- Geralmente o paciente sente sintomas de


faringite;
- Dor difusa;
- Disfagia (Dificuldade para deglutir);
- Principal fator etiológico: Infecção por HPV
(principalmente subtipo 16);
- A vacina de HPV é um método de
prevenção do carcinoma de células
escamosas de orofaringe. Disponível em: https://vivamelhoronline.com/2011/08/2
4/conheca-alguns-compostos-do-cigarro/
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 28

_ Etilismo; malignas “escapam” e conseguem se


_ Nóz de betel; desenvolver).
_ Imunodepressão; Imagem Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/17813802/

_ Desnutrição.
- Alterações genéticas: Os que codificam
- Não existe prevenção de câncer de boca, proteínas que dão sinais positivos a
existe diagnóstico precoce. proliferação celular são os protooncogenes.
Quando há uma mutação nessas proteínas,
- Principal fator etiológico: Tabagismo (risco
elas enviam estímulos de proliferação de
dose dependente – quanto mais o paciente
células com uma frequência maior.
fuma, maior o risco de desenvolver câncer
de boca); Os que participam do controle negativo da
proliferação celular e produzem proteínas
- Para o câncer de boca, o cigarro de palha é
que estão envolvidas na inibição do ciclo
mais prejudicial que o de filtro, pois nele a
celular são os antioncogenes ou genes
nicótica e a fumaça quente entra em
supressores de tumor. Se há uma mutação
contato direto com a mucosa do usuário.
que faz com que eles não exerçam a sua
função da maneira correta, as células
- Etilismo: Etanol sozinho não é
proliferam descontroladamente.
carcinogênico, porém o paciente que ingere
bebidas alcoólicas possui maior risco de ter
Progressão:
câncer de boca do que um paciente que
não ingere bebidas alcoólicas (Aumenta o
Carcinoma in situ
risco de 8,5x a 9,2x). Quando as células neoplásicas estão
Porém, quando o álcool é associado ao restritas ao epitélio
fumo, a chance de desenvolver câncer de
boca aumenta 141x.
Carcinoma de células escamosas
- Imunossupressão/Imunodepressão:
(invasão local – invadem o tecido
Pacientes que possuem imunidade baixa,
conjuntivo)
geralmente pessoas portadoras de HIV,
transplantadas de medula óssea.
Células malignas recém-criadas “escapam”
Metástases à distância (invadem
do sistema imunológico (O nosso corpo
outros órgãos)
possui algumas células que são criadas para
exterminar células com alterações
genéticas. O sistema imunológico,
principalmente algumas células T, NK,
conseguem identificar células com
alterações genéticas e exterminá-las antes
do câncer
acontecer.
Porém, em
pacientes Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/neoplasia.htm

com o
sistema Obs: É um processo linear.
imunológico
debilitado, Metástase – As células neoplásicas entram
as células na corrente sanguínea ou nos vasos
linfáticos. No caso do câncer de boca, a
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 29

metástase se dá pelos vasos linfáticos. Há o


Núcleos hipercromáticos: Coloração forte.
desprendimento e a disseminação das
células neoplásicas, que vão percorrer os Figuras de mitose atípica: Células tentando
vasos linfáticos e alcançar outros órgãos, se dividir de maneira irregular.
tecidos...
Graus de diferenciação:
Existem alguns sinais clínicos que indicam
se o paciente já está em um processo de
Bem diferenciados
metástase.
- Células neoplásicas mais
Devemos avaliar os linfonodos.
semelhantes às do tecido de origem;
O linfonodo metastático possui as seguintes
- Melhor prognóstico.
características:
- Fixo;
- Duro;
- Aumento de volume (crescimento Intermediário
progressivo);
- Na maioria das vezes é unilateral;
- Assintomático. Indiferenciado
- Maior chance de metástases;
O prognóstico do câncer de boca é pior do - Pior o prognóstico.
que os demais, pois a região onde se
encontra a lesão está próxima dos Subtipos de carcinomas de células
linfonodos. Com isso, há grandes chances escamosas de boca
da metástase acontecer.
Subtipo Características
Diagnóstico: Biópsia incisional + exame Carcinoma de alto grau,
histopatológico. Basalóide metástase mais
frequente
Pior prognóstico;
De células tipicamente ocorre
fusiformes como recorrência de
pós-radiação
Altamente infiltrativo e
agressivo, metástase
Adenoescamoso
frequente e pior
prognóstico
Bem diferenciado,
localmente destrutivo,
Cuniculatum
metástase rara, ocorre
lentamente
Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2014/03/lesoes-
malignas-carcinoma-de-celulas.html
Não metastática, bem
diferenciada, exofítica,
Pleomorfismo = Perda da morfologia não apresenta atipia,
Verrucoso
bom prognóstico, pode
Pleomorfismo celular: Células com formatos
evoluir para lesão
irregulares e perda de diferenciação celular
convencional invasiva
(célula bizarra).
Rara, geralmente
Pleomorfismo nuclear: Núcleos de Linfoepitelial associada a linfonodo
tamanhos e formas alterados. metastático
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 30

Se origina da gengiva, N = Nódulo metastático


Papilar
melhor prognóstico Disseminação linfonodos regionais (0 a 3)
Variante cutânea que
Acantolítico
pode ocorrer no lábio M = Metástase à distância
Presença ou não de metástases (0 a 1)
►Esquema das características:
Combinação das subcategorias do TNM
Outras úlceras: determina os estádios clínicos (0 a IV).

- Podem ser lesões TNM:


múltiplas ou únicas;
- Recorrentes; T = Tamanho tumor primário
- Cicatrizam em uma
semana; Tx: Tumor não pode ser avaliado.
- Dolorosas. Carcinoma:
T0: Tumor primário não foi encontrado.
- Únicas; Ex: Se tiverem realizado a biópsia excisional.
- Bordas em rolete e Tis: Carcinoma in situ.
endurecidas;
- Não cicatriza; T1. T2, T3 e T4: Descrevem tamanho do
- Dificuldade de fala; tumor e o grau de infiltração nos tecidos
- Manipulação causa adjacentes (Quanto maior o T, maior a
sangramento. lesão).

TNM:
►Fatores prognósticos do carcinoma de
células escamosas:
N = Presença de nódulos linfáticos

Prognóstico = Quadro de evolução da


Nx: Linfonodos não podem ser avaliados.
doença.
N0: Ausência de lesão nos linfonodos
vizinhos.
Fatores prognósticos:
- Estadiamento clínico: Sistema TNM;
N1, N2 e N3: Tamanho e número de
- Localização da lesão (acesso);
linfonodos envolvidos.
- Grau de diferenciação;
- Estado geral do paciente.
N1: 1 linfonodo de apenas um lado;
N2: Mais de um linfonodo de apenas um
Estadiamento clínico: Sistema TNM
lado;
N3: Linfonodos bilaterais.
Utilizado para estadiar (nivelar) todos os
cânceres que existem. Sistema que permite
Quanto maior o grau, pior o prognóstico.
classificar a evolução das neoplasias
malignas, para se determinar o melhor
TNM:
tratamento e a sobrevida dos pacientes.

M = Critério de metástase
Leva em consideração 3 aspectos:

M0: Ausência de metástase.


T = Tamanho
Dimensão do tumor (1 a 4)
M1: Presença de metástase.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 31

Exame que avalia a presença ou não de tratamento é a realização de um


metástase: PET Scan. procedimento cirúrgico, esvaziamento
cervical + radioterapia.
Estadiamento geral dos tumores:
Quando o paciente apresenta metástase à
Estádio Descrição distância, ele já se encontra no estágio IV. É
Carcinoma “in situ” o estágio que apresenta o pior prognóstico.
0
(T1Sn0M0) Nesse estágio podem ser indicados os
Invasão local inicial seguintes tratamentos:
I
(T2N0M0) - Cirurgia;
Tumor primário - Quimioterapia;
limitado ou invasão - Radioterapia;
II
linfática regional - Tratamento paliativo.
mínima (T3N3M0)
Tumor local extenso ►A importância do estadiamento geral dos
ou invasão linfática tumores:
III
regional extensa - Obtenção de informações sobre o
(T4N3M0) comportamento biológico do tumor;
Tumor localmente - Seleção da terapêutica;
avançado ou - Previsão das complicações;
IV presença de - Obtenção de informações para estimar o
metástases prognóstico do caso;
(T4N3M1) - Avaliação dos resultados do tratamento;
- Investigação em oncologia: pesquisa
Paciente com prognóstico bom, pois a lesão básica e clínica;
está restrita ao epitélio. Não possui nódulos - Publicação dos resultados e troca de
linfáticos e nem metástase. No estágio 0 informações.
geralmente o tratamento é a realização de
um procedimento cirúrgico. ►Função do cirurgião-dentista:

Pacientes que não possuem nódulos Responsabilidade do


metastáticos e nem metástase, porém o dentista:
tumor possui um tamanho considerável. No - Orientação;
estágio I geralmente o tratamento é a - Diagnóstico.
realização de um procedimento cirúrgico
ou radioterapia.
Tratamento não
A partir do momento que o paciente realizado por
apresenta nódulos metastáticos, ele já se dentistas.
encontra no estágio II. No estágio II
geralmente o tratamento é a realização de _ Conduta:
um procedimento cirúrgico, esvaziamento
cervical + radioterapia. Encaminhar para o médico cirurgião de
cabeça e pescoço. Devemos ter o laudo em
A partir do momento que o paciente possui mãos.
uma lesão grande e apresenta nódulos O médico irá decidir quais serão os
metastáticos bilaterais, ele já se encontra no procedimentos realizados pelo paciente
estágio III. No estágio III geralmente o (cirúrgico, radioterapia e/ou quimioterapia).
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 32

_ Documentação necessária (original e Leucoplasia


cópia):
Leuco = branco;

O paciente deve levar na Secretaria de - Placa branca que não pode ser
Saúde da sua cidade: caracterizada como outra doença que pode
afetar qualquer região da mucosa bucal.
- RG + Comprovante de endereço + Laudo
- Diagnóstico realizado por exclusão.
da biópsia (anatomopatológico) +
encaminhamento.

_ Modelo de encaminhamento:

Ao médico Cirurgião de Cabeça e


Pescoço,

Encaminho paciente José da Silva,


70 anos, para avaliação e conduta de
lesão ulcerada na borda lateral de língua, Disponível em: https://coeodontologia.wordpress.com/2011/08/31/lesoes-bucais-
aftas-herpes-bucal-leucoplasia-candidiase-o-que-e-importante-observar-e-
lado direito, terço posterior. Paciente foi saber-o-que-sao-lesoes-bucais-sao-inchacos-manchas-ou-feridas-em-sua-boca-
submetido à biópsia incisional, que nos-labios-ou-na-lingua-ha-vari/

revelou carcinoma de células escamosas.


Paciente é tabagista e hipertenso. Cor branca = Camada de ceratina espessada
(super produção de ceratina).

05 de abril de 2021. - Lesão cancerígena (pré maligna).


Assinatura e carimbo.
Grande frequência de transformação em
carcinoma de células escamosas.
Capítulo 9
Lesões cancerizáveis

► Lesões com potencial Displasia epitelial (Alteração de células)


de malignização
Principal causa: tabaco.
São alterações teciduais
- Tabaco + álcool: efeito sinérgico (risco
que podem assumir o
aumentado).
caráter de tumor
maligno, a qualquer Curiosidade: Licopeno é uma substância que
tempo, mas, por outro vem sendo estudada como um fator de redução
lado, podem de leucoplasias.
permanecer estáveis por um considerável
período de tempo. - Acompanhamento do paciente, biópsias
periódicas, diagnóstico precoce do
► Principais lesões cancerizáveis da carcinoma (se houver uma evolução da
cavidade bucal lesão cancerizável).

- Leucoplasia (Leuco = Lesão branca);


- Para lesões potencialmente malignas
- Eritoplasia (Eritro = Lesão vermelha);
sempre começamos realizando a biópsia
- Queilite actínica (Lábio);
incisional.
- Líquen Plano.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 33

Aspectos clínicos da leucoplasia: Leucoplasia: verrucosa proliferativa

Delgada e G
homogênea r
a
v
Espessa e i
heterogênea d
a
d
Eritroleucoplasia e
(áreas brancas e d
vermelhas) a
Disponível em: https://pt.slideshare.net/RuiMoreira32/leucoplasia-verrucosa

Evolução da leucoplasia:
l
Leucoplasia verrucosa e
proliferativa (subtipo de s
leucoplasia, relacionada à ã
imunossupressão) o

Leucoplasia: fina e homogênea

Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?scr


ipt=sci_arttext&pid=S0034-72722017000100012&lng=pt&nrm=iso

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Leucoplasia Eritroplasia

Leucoplasia: espessa e heterogênea Eritro = vermelha;

- Placa vermelha que não pode ser


diagnosticada clinicamente ou
patologicamente como outra lesão.

Disponível em: https://www.jornalciencia.com/conheca-algumas-condicoes-


estranhas-que-podem-aparecer-na-lingua/leucoplasia-oral/

Leucoplasia: Eritroleucoplasia
Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2015/03/leucoplasia-
eritroplasia-e-queilite.html

- Diagnóstico realizado por meio da


exclusão.

Principal causa: tabaco.


- Tabaco + álcool: efeito sinérgico (risco
aumentado).
Disponível em: https://statics-
submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/251433.pdf
Leucoplasia e eritroplasia:
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 34

- Realizamos a Queilite actínica


biópsia incisional
Queilite = Inflamação nos lábios.
para investigar o
grau de displasia - Acomete na maioria das vezes o lábio
epitelial; inferior;
- Consequência da exposição crônica ao sol;
Área de biópsia:
- Adultos de pele clara que vivem em áreas
região com pior
ensolaradas;
aparência clínica.
- É três vezes mais comum em homens do
Disponível em: https://statics-
submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/251433.pdf
que em mulheres;
- Perda do limite entre mucosa labial e pele;
- Se houver displasia epitelial, remover - Ressecamento, afinamento e fragilidade
(biópsia excisional). da pele do
- Devemos sempre realizar o lábio, com
acompanhamento clínico do paciente áreas de
(avaliar surgimento de novas lesões, descamação.
biópsias periódicas);
Disponível em:
- Além disso, devemos orientar o paciente https://www.scielo.br/sc
ielo.php?
sobre o seu quadro. script=sci_arttext&pid=S
0365-
05962011000100008

Diagnóstico:

- Exame clínico;
- Biópsia incisional.

Tratamento:
- Reduzir exposição do lábio ao sol;
- Uso de protetores labiais;
- Uso de boné ou chapéu com aba;
- Hidratação labial;
- Remoção cirúrgica em caso de displasia;
- Acompanhamento clínico.
Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com
/2015/03/leucoplasia-eritroplasia-e-queilite.html

Disponível em: http://estomatoweb.blogspot.com/2016/06/atividade-para-prova-com-gabarito.html


Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 35

Capítulo 10
Doenças autoimunes

Alterações causadas pela produção


imprópria de anticorpos pelo paciente.
Autoanticorpos ► Constituintes do aparato
molecular, causando dano.
Resumo Capítulo 21 – Livro: Cirurgia Oral e Maxilo facial
contemporânea. 4ed.
“A resposta imunológica de um indivíduo
geneticamente predisposto a um patógeno Obs: O ideal é tirar a quantidade suficiente
do ambiente, em associação com defeitos para um resultado conclusivo
nos mecanismos imunes, pode levar ao (Profundidade e tecido suficiente).
desenvolvimento de uma doença
autoimune”. Exame macroscópico
(Ermann e Fathman, 2001)
+ Exame microscópico

► Diagnóstico das doenças autoimunes


Coloração por Hematoxilina e Eosina (HE)
- Exame Anatomopatológico
Para pacientes com doenças autoimunes, a Imunohistoquímica
biópsia será realizada para fins de
diagnóstico. Ocorrerá a remoção do fragmento ►
Tendo em vista esse fato, realizamos a Fixação ► Inclusão ► Coloração
biópsia incisional.
- Imunoflorescência
Biópsia = Coleta de tecido para análise.
A imunofluorescência é
Biópsia INcisional = Remoção de parte das um valioso
lesões. instrumento.
- Consiste em um
Indicações:
método laboratorial
- Lesões com características de malignidade que requer profissionais
(câncer); técnicos experientes, e
- Lesões grandes (pois necessitam de um detecta imunocomplexos in situ e/ou
planejamento cirúrgico); circulantes, que podem estar envolvidos na
- Lesões que podem ser tratadas com patogênese de tais enfermidades.
medicamentos (podemos fazer a biópsia - As reações imunológicas que envolvem a
incisional, pois é uma cirurgia menos ligação antígeno-anticorpo podem ser
invasiva que a biópsia excisional, necessária visualizadas ou quantificadas por meio de
para dar o diagnóstico). diferentes marcadores para o antígeno ou
para o anticorpo.
- A ligação antígeno-anticorpo vai liberar
uma coloração.

Existem 2 tipos de imunofluorescência:

Direta: Detecta anticorpos que estão


aderidos aos tecidos do paciente. A análise
é feita diretamente no fragmento do tecido
afetado.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 36

Esse tipo de exame é considerado padrão - Pessoas que possuem doenças


ouro. autoimunes acabam produzindo anticorpos
É um exame ótimo para diagnosticar. contra os próprios tecidos, células e
proteínas do corpo.
- O resultado é a produção dos
autoanticorpos, anticorpos contra o próprio
corpo.
- O FAN é considerado um autoanticorpo e
vai atacar a região do núcleo celular,
afetando a produção de proteínas de alguns
pacientes com doença autoimune.
- O FAN não é específico, ou seja, não
conseguimos fechar diagnóstico.

ATENÇÃO

- Muitas pessoas sadias podem ser


Disponível em: http://citolab.com.br/exames/if
portadoras de FAN em baixos valores (como
Indireta: Avalia a presença de anticorpos em caso de alergias), sem que sejam
circulantes no sangue. É feito por meio de gerados quaisquer sintomas ou problemas
um exame de sangue. de saúde.
Como o sangue do paciente reflete todo o - FAN positivo não é indicador de doença.
organismo, o resultado é menos específico. - Sempre que houver suspeita da doença
Porém, embora ele seja menos específico, é autoimune, o exame é indicado.
um exame mais fácil de ser realizado.
Ele não é eficiente para fechar diagnóstico. Resultados:
- FAN não-reativo: Indica a ausência de
autoanticorpos.
- FAN positivo: é necessário avaliar os
sintomas do paciente e, com isto, iniciar
uma busca mais específica.

O exame anti-nuclear é, portanto, o início de


uma investigação para doença autoimune,
sendo que ele sozinho não é capaz de
certificar nenhum diagnóstico.
Devemos associar o FAN com o quadro
Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Reacao-de- clínico do paciente.
Imunofluorescencia-Indireta-utilizando-se-antigeno-de-formas-promastigotas-
de_fig1_261949689
As doenças mais associadas com o fator
anti-nuclear positivo são as doenças
Alguns exames pedidos que consistem na
autoimunes sistêmicas.
técnica indireta são:

FAN (Fator Anti-nuclear) Anti SSA/SSB


- Normalmente nosso corpo reage a
“invasões” produzindo um número de Anti-SSa/Ro:
anticorpos; - Anticorpo presente em cerca de 70% dos
- Estes anticorpos são gerados pelo sistema pacientes com síndrome de Sjogren
imunológico que tem como função a primária.
proteção.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 37

- Síndrome de Sjogren associada a artrite lesão para verificar se


reumatóide está presente em 40% dos haverá formação de
casos. bolha. É o sinal de
- Presente em 30% dos casos de pacientes Pênfigo Vulgar.
com Lúpus Eritematoso Sistêmico. Geralmente não
realizamos esse exame,
Anti-SSb/La: pois ele não fecha
- O anti-La geralmente acompanha o anti- diagnóstico e provoca
Ro. A presença de ambos no Lúpus dor no paciente.
Eritematoso Sistêmico é geralmente
associada a uma doença mais leve do que Ultrassonografia
quando o Ro está presente isoladamente. - A ultrassonografia é uma técnica de
- O SSb/La ocorre em mais da metade dos reprodução simples, não invasiva, com baixa
pacientes com Sjogren e no Lúpus resolução de imagens.
Eritematoso Sistêmico em 15%. - Apresenta indicação para avaliar lesões
volumosas superficiais e determinar a
Requisição de Exames natureza sólida ou cística da patologia
glandular.
Nome: João da Silva
- Indicada principalmente no exame inicial
Idade: 29 anos
Quadro clínico: Paciente apresenta lesão em diagnóstico da Síndrome de Sjogren
em boca sugestiva de doença (doença caracterizada por boca seca e olho
autoimune. seco).
Material a examinar: Sangue - Apresenta alta especificidade na detecção
Solicito: de degeneração adiposa das glândulas
- FAN; parótidas com a vantagem sobre as outras
- Anti-SSa/SSb;
técnicas em não requerer uso de contrastes.
- Hemograma completo;
- Glicemia; - O exame de ultrassonografia revela
- Vitamina B12. alterações obstrutivas nos ductos salivares
que impedem a função fisiológica das
glândulas afetadas.
- Exames complementares

Sinal de Nikolsky
A pele fica avermelhada, acumula-se um
fluído debaixo da pele e a mesma sai com
facilidade.

Disponível em: https://www.saudebemestar.pt/pt/exame


/imagiologia/ecografia-glandulas-salivares/

► Doenças autoimunes / Doenças


imunologicamente mediadas

- Líquen Plano
Doença dermatológica relativamente
Disponível em: https://www.sanarmed.com/a-importancia-da-pesquisa-do-sinal-
de-nikolsky-colunistas comum que afeta a cavidade bucal.

O exame não fecha diagnóstico. Consiste - Lesões de pele semelhantes aos líquens
em esfregar uma região da pele próxima à das rochas.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 38

- Doença mucocutânea inflamatória crônica Classificação Clínica do Líquen Plano Bucal


que acomete epitélio. (LPB)
- Acomete pele, mucosas, couro cabeludo e
unhas. Assintomáticas: Sintomáticas:
- Acomete mais mulheres do que homens - Reticular; - Erosivo;
(3 mulheres: 2 homens). - Em placa; - Atrófico;
- Acomete 0,1% a 2,2% da população. - Papular. - Bolhoso.
- Pode estar associada à Hepatite C.
- Desde 1978 a Organização Mundial da As formas mais comuns são:
Saúde (OMS) considera o líquen plano como
Líquen Plano Reticular:
uma doença cancerizável.
- Lesões que se entrelaçam, formando
- Devemos acompanhar o paciente.
redes;
O líquen plano é caracterizado por uma - Forma mais comum (clássica);
resposta inflamatória mediada pelos - Padrão de linhas brancas que se
linfócitos T. Há o reconhecimento pela entrelaçam (Estrias de Wickham);
apresentação de antígenos. Ocorre a - Geralmente possui padrão simétrico
ativação linfocitária e a secreção de (apresenta a lesão bilateral);
citocinas inflamatórias. - Geralmente acomete mucosa jugal
bilateral, borda lateral e dorso de língua,
soalho, gengiva, palato;
- Não estáticas, mudam de lugar/aspecto.

Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com


/2014/12/liquen-plano.html

Disponível em: https://dreduardomartins.med.br/2017/11/23/liquen-plano/


Líquen Plano Erosivo:

Lesões cutâneas: 1% da população

- Aspecto de lesões em alvo;


- Lesões que coçam muito;
- Pápulas pruriginosas;
- Geralmente acomete superfícies flexoras;
- Estrias de Wickham.

Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_


arttext&pid=S0365-05962010000500010

- Segunda forma clínica mais prevalente;


- Lesões sintomáticas;
- Áreas eritematosas atróficas com
ulceração central;
Disponível em: https://francamentecesar.com.br/liquen-plano/
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 39

- As lesões de Líquen podem estar Transformação maligna do Líquen Plano


associadas (mais de um tipo), porém iremos (Rara)
classificar pela lesão mais grave;
- Pode estar associada a gengivite - Literatura: Pacientes com líquen plano
descamativa generalizada. bucal apresentam risco aumentado de
desenvolver câncer de boca;
As outras formas de líquen não são tão
- 0,5 a 2,9%: Transformação em carcinoma
comuns:
de células escamosas (CCE);
Líquen plano em placa: - Líquen Plano Bucal erosivo: Possui a maior
taxa de malignização.

Diagnóstico:

- Quando possível: diagnóstico clínico


(lesões estriadas, bilaterais);
- Padrão ouro: Imunofluorescência direta;
Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Liquen-plano-en-placa-en- - Mais utilizado: Clínico + Histopatológico
la-lengua-La-imagen-clinica-es-similar-a-una-leucoplasia-El_fig3_28215141
(Biópsia incisional).
Líquen plano atrófico:
Tratamento:

Tratamos os pacientes que apresentam dor


(lesões sintomáticas)
- Lesões sintomáticas: Corticóides tópicos /
Corticosteróides (anti-inflamatórios
imunossupressores);
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sc - Propionato de Clobetasol – 0,05% - 0,1%
i_arttext&pid=S0365-05962010000200004
(Bocheco – Deve mandar manipular esse
Líquen plano papular: medicamento);
- Se o paciente não melhorar, podemos
começar o tratamento via oral.
- Lesão potencialmente maligna requer
acompanhamento periódico.
- Em lesões mais brandas, o tratamento
poderá ser por meio do corticóide tópico (o
paciente irá realizar bochechos enquanto
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/abd/v86n4/en_v86n4a02.pdf
estiver com sintomas).
Líquen plano bolhoso (forma clínica mais
rara): 1ª escolha de tratamento:

- Propionato de Clobetasol / 0,05% - 300mL


Bochechar 05mL (01 colher de sopa) 4x ao
dia.
- ATENÇÃO: Não engolir.
- Se não houver melhora, utilizar o
medicamento mais forte (0,1%).
- Obs: Medicamento deve ser manipulado.
Disponível em: https://www.clinicadavilla.com.br/artigos-cientificos/liquen-plano-
bolhoso-oral-relato-de-caso-clinico/
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 40

2ª escolha de tratamento: - É uma doença rara.

- Prednisolona / 3mg/Ml – 3 frascos Características clínicas


(Disponível pelo SUS).
- Bochechar 4x ao dia durante 7 dias. - Diagnóstico geralmente ocorre por volta
- ATENÇÃO: Não engolir. dos 50 anos;
- É um xarope muito utilizado para - Predisposição associada aos judeus;
tratamento de bronquite infantil. Embora - Lesões bucais erosivas e ulcerações
seja xarope, para o tratamento de líquen superficiais;
não é necessário engolir. - Lesão fundamental: Vesícula ou bolha;
- Geralmente quando o paciente chega no
3ª escolha de tratamento: consultório, já encontramos úlceras, pois é
as bolhas/vesículas já se encontram
- Dexametasona elixir / 0,1mg/mL estouradas (elas se rompem muito
- Melhora mais demorada e não possui no facilmente).
SUS.

- Pênfigo Vulgar
Existe uma proteína que se chama
desmossomo, que liga o tecido epitelial ao
tecido conjuntivo. Essa proteína vai sofrer
uma cavitação. Com isso, o epitélio e o
conjuntivo irão “descolar”, formando como
se fosse uma bolha.
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-
pele/doen%C3%A7as-que-provocam-bolhas/p%C3%AAnfigo-vulgar
- Doença caracterizada por uma alteração
nos desmossomos.

Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-da-

Alteração nos desmossomos pele/doen%C3%A7as-que-provocam-bolhas/p%C3%AAnfigo-vulgar

Para as lesões em pele, podemos realizar o


Sinal de Nikolsky para constatar se existe ou
Fenda intraepitelial
não pênfigo vulgar. Porém, esse teste causa
dor no paciente, e por isso, não é
- Acomete 5 a cada 1000000 de pessoas;
recomendada a sua realização na rotina
- O primeiro sinal da doença geralmente é a
clínica. Existem outros exames que poderão
lesão bucal.
auxiliar no diagnóstico.
- A bolha que se forma está dentro do
O sinal de Nikolsky consiste em pressionar
epitélio e recebe o nome de fenda
(esfregar) um local próximo à lesão para
intraepitelial.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 41

observar se haverá ou não a formação de Utilizamos primeiramente medicamentos


bolha. por via oral, porém devemos tomar muito
cuidado pois esses medicamentos
diminuem a eficiência do sistema imune).
A dose da manhã é mais alta que a dose da
noite, pois há alterações no sono do
paciente.
- Efeitos colaterais: Imunossupressão;
- Mortalidade: 5% a 10%.
- Enquanto o paciente estiver com lesão,
realizamos o tratamento. Se o uso tópico
não for suficiente, passamos para o
medicamento sistêmico.
Disponível em:
https://ssl.adam.com/content.aspx?productId=125&pid=70&gid=17280&site=bestd
Se o tratamento não apresentar resultados
octors.adam.com&login=BEST4545
satisfatórios, devemos encaminhar para que
o médico avalie melhor a situação do
- Nem todos os pacientes apresentam lesão
paciente.
de pele.
Exemplo de tratamento:
Diagnóstico do Pênfigo Vulgar
- Prednisona – 5mg (20 comprimidos)
- Biópsia Incisional;
Tomar 3 comprimidos pela manhã e 1
- Cirurgia para fins de diagnóstico;
comprimido a noite durante 5 dias.
- Geralmente realizamos a biópsia incisional
- Dose diária – 20 mg/dia.
perilesional, pois assim conseguiremos
enxergar a área entre tecido epitelial e - Penfigóide
conjuntivo (a bolha se encontra nessa Consiste em uma alteração nos
região – Bolha intraepitelial). hemidesmossomos (Proteínas que ligam o
- Biópsia perilesional: Mais utilizada, pois tecido conjuntivo ao tecido epitelial, se
conseguimos identificar a bolha encontram na lâmina basal). Quando ocorre
intraepitelial o penfigóide, o tecido epitelial se
- Imunofluorescência direta: Padrão ouro, “desprende” do tecido conjuntivo. É uma
porém não é tão acessível. doença bolhosa autoimune em que os
Aspectos autoanticorpos são direcionados contra os
Histopatológicos componentes da membrana basal.
do Pênfigo Alteração nos hemidesmossomos ---->
Vulgar Fenda sub-epitelial
Bolha intraepitelial
Disponível em:
http://estomatologiaonlinepb.bl
ogspot.com
/2014/05/penfigo-vulgar.html

Tratamento do Pênfigo Vulgar

- Imunossupressores (corticóides);
- Medicamentos Tópicos: Lesões mais
brandas (bochecho – mesmo tratamento do
líquen plano);
- Medicamentos Sistêmicos: Lesões severas;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 42

Características clínicas Característica Clínica

- Geralmente acomete pacientes adultos, 50 - Gengivite descamativa (Líquen plano


a 60 anos; também possui essa característica, então
- Acomete principalmente mulheres; ele é um diagnóstico diferencial do
- Acomete principalmente mucosa jugal, penfigóide).
conjuntiva, esofágica e vaginal;
- Lesão fundamental: vesículas ou bolhas
que podem ser detectadas;
- Áreas ulceradas extensas dolorosas (mais
profundas que no pênfigo vulgar).

Complicação significativa: Lesões oculares


O penfigóide cicatricial geralmente
acontece quando há lesões oculares. Pois
Disponível em: https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/s
ele causa uma cicatrização do tecido,
alusvita/salusvita_v28_n2_2009_art_09.pdf
levando a uma fibrose.
Características clínicas: Bolhas tensas na
pele normal que se rompem formando
crosta.
Disponível em:
https://www.sciencedirect.com
/science/article/abs/pii/S07554
98210004331

Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt- Todas as mucosas são acometidas pela


pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-
bolhosas/penfigoide-bolhoso
doença, e quando a conjuntiva começa o
seu processo de cicatrização, há formação
As bolhas geralmente não se rompem,
de cicatriz com o globo ocular. O paciente
acabam secando e cicatrizando.
pode perder a movimentação e até mesmo
a visão.
Mucosa bucal: Bolhas que se rompem
Essas cicatrizes se chamam simbléfaros e o
formando ulcerações rasas ou extensas.
tratamento será realizado por um
Mesmo a bolha sendo mais grossa, ela
oftalmologista.
tende a se romper pela ação mecânica da
boca. Casos
mais
graves:

Disponível em:
https://www.sc
ielo.br/scielo.p
hp?script=sci_
arttext&pid=S0
365-
059620110002
00023

Disponível em: https://dermatopatologia.com/doenca/penfigoide-cicatricical/


Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 43

Obs: A mortalidade do penfigóide - Mortalidade: 20%.


geralmente está relacionada à infecção
- Eritema Multiforme
secundária.
Considerado a forma bucal da Síndrome de
Stevens Johnson.
Diagnóstico
- Aspecto clínico muito parecido com o
- Biópsia incisional (perilesional): Mais pênfigo vulgar e o penfigóide;
utilizada; - Condição mucocutânea bolhosa e
Conseguimos observar a divisão entre o ulcerativa;
tecido epitelial - Devemos tomar muito cuidado na
e o tecido anamnese, pois no eritema multiforme não
conjuntivo (há realizamos biópsia;
uma separação - Aparecimento súbito;
total entre eles. - Etiopatogenia indefinida;
- Em 50% dos casos houve infecção
Disponível em:
https://www.pucminas.br/odo
precedente ou exposição a drogas
ntologia/Documents/
DOC_DSC_NOME_ARQUI200
(antibióticos ou analgésico);
70530170836.pdf - Sintomas: Febre, mal estar, cefaléia, dor de
garganta (quadro sistêmico).

Realizamos a biópsia perilesional, pois se Formas clínicas do Eritema Multiforme


fizéssemos na região da lesão,
conseguiríamos observar apenas tecido Severa
Leve
conjuntivo com membrana
Ulcerações e
fibrinopurulenta. Ulcerações na descamação
mucosa bucal em pele e
- Imunofluorescência direta: Padrão ouro,
mucosas
porém menos acessível.
A forma leve significa que é restrita à
cavidade bucal, porém mesmo sendo
classificada como leve, ela pode ser
agressiva.

Eritema multiforme maior: Síndrome de


Stevens Jonhson (Não é um paciente
odontológico, devemos encaminhar parao
médico).
Disponível em: https://dermatopatologia.com/doenca/penfigoide-bolhoso/

Lesões de pele “em alvo”


- Imunofluorescência indireta (FAN): Pode
dar positivo.

Tratamento

- Imunossupressores (corticóides);
- Nos casos de penfigóide é difícil realizar o
tratamento apenas com bochecho. Sendo
assim, na maioria das vezes o tratamento já
é iniciado com medicamentos sistêmicos e
até mesmo medicamento endovenoso, se Disponível em: https://www.mymedfarma.com/pt/galeria-da-saude/11-lesoes-
cutaneas-erupcoes-pustulas-descamacao-e-placas/226-eritema-multiforme
houver necessidade.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 44

Ulcerações Xerostomia
Obs: No palato mole sempre há lesões. - Boca seca, hipossalivação. Mucosa fica
com um aspecto “brilhante”, seco. Os lábios
também apresentam aspecto seco.
Queilite Angular: Comissura labial
ressecada.
O paciente também apresenta atrofia de
papilas, aspecto de “língua careca”.
Além disso, ele também apresenta muita
Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2016/10/eritema- sensibilidade no dorso da língua (eritema).
multiforme.html

Diagnóstico Solicitação de exames


- Clínico (Análise de história pregressa e - Nome
anamnese detalhada); - Material a examinar: Sangue
- Não há necessidade de biópsia. - Solicito: FAN, ANTI Ssa/SSb (se der positivo,
eu penso em Síndrome de Sjogren)
Tratamento
- Hemograma, vitamina D, vitamina do
- Corticoesteróides; complexo B, ácido fólico, ferro e ferritina
- Suspensão da droga suspeita; (deficiência desses nutrientes pode causar
- Laserterapia (contribui para uma maior ardência bucal) e glicemia.
rapidez na cicatrização).

- Síndrome de Sjogren / “Síndrome Sicca” Diagnóstico


Caracterizado por xerostomia (boca seca) + - Exames de sangue (FAN, ANTI Ssa/SSb) +
xeroftalmia (olho seco). biópsia de glândula salivar menor (realizada
- Diagnosticada mais em mulheres; no lábio inferior). Na lâmina serão
- Acomete cerca de 3% da população; observados os agregados de linfócitos.
- Pacientes portadores de artrite
reumatóide: 15% portadores de Sjogren. Se FAN for negativo: pensa-se na
Xeroftalmia possibilidade de Síndrome da ardência
bucal.
- Ceratoconjuntivite sicca: Síndrome do olho Se os exames de sangue apontarem
seco, também conhecida como positivo, realizamos a biópsia.
ceratoconjuntivite sicca ou síndrome da Se o paciente já for portador da Artrite
disfunção lacrimal. Caracteriza-se pela Reumatóide, seus exames já são positivos.
diminuição na produção ou aumento na
evaporação das lágrimas, que provoca Tratamento
desconforto, distúrbios visuais e
instabilidade do filme lacrimal. - Encaminhar paciente para reumatologista
Quando o portador dessa doença pisca, e oftalmologista. Os cirurgiões dentistas
ocorrem arranhaduras na córnea. geralmente auxiliam no tratamento
O tratamento é realizado pelo paliativo, como por exemplo, receitando o
oftalmologista. uso da saliva artificial para melhorar a
sensação de boca seca.
Disponível em:
https://www.msdmanuals.c
om/pt/casa/dist%C3%BArbi
os-
oftalmol%C3%B3gicos/doen
%C3%A7as-da-
c%C3%B3rnea/ceratoconjun
tivite-seca
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 45

Capítulo 11 (placas mucosas – lesões na cavidade oral).


O exame desse paciente já indica positivo
Principais doenças infecciosas para sífilis e também transmite a doença.
da cavidade bucal O estágio secundário da sífilis é o que mais
apresenta lesões na cavidade oral.
Infecções Bacterianas Apresenta sintomas como febre, lesões na
pele, cansaço, prostração, linfonodomegalia.
- Sífilis;
A fase secundária pode-se repetir várias
- GUN (Gengivite Ulcerativa Necrosante);
vezes no quadro do paciente, até tornar-se
- PUN (Periodontite Ulcerativa Necrosante);
sífilis terciária. Ou seja, o paciente pode
- Actinomicose.
apresentar melhora, retornar ao estado
secundário, e assim sucessivamente até a
► Sífilis
progressão da doença para a fase terciária.
- IST (Infecção sexualmente transmissível);
- Causada pelo Treponema pallidum Latência: A lesão regride e melhora. Com
(bactéria); isso, o paciente passa por uma fase de
latência e fica algumas semanas sem
manifestações da doença.

Sifílis terciária: Nesse estágio, o paciente não


transmite mais a doença. O exame ainda
acusa positivo e é um estágio mais grave a
Disponível em: https://biologydictionary.net/treponema-pallidum/ avançado da doença. É conhecida também
como neurossífilis, pois atinge o Sistema
- Formas de contágio: sexual (horizontal) ou
Nervoso Central.
materno-fetal (vertical).
- A sífilis transmitida via sexual possui 3
fases (estágios):

Sífilis primária: Ocorre poucas semanas


depois do primeiro contágio. A lesão
principal na sífilis primária é chamada de
cancro (ulceração isolada da pele ou
mucosas que constitui o estágio inicial de
várias doenças infecciosas, em geral
sexualmente transmissíveis). Normalmente
as lesões da fase primária apresentam-se na
região genital.
Geralmente os exames acusam negativo,
porém o paciente nesse estágio tem um
alto poder de transmitir a doença.

Latência: A lesão regride e melhora. Com


isso, o paciente passa por uma fase de
latência e fica algumas semanas sem
manifestações da doença.

Sífilis secundária: Quando há o retorno das


manifestações da doença. Podemos
observar nessa fase lesões mucocutâneas
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 46

O cancro duro não tratado, involui de 1 a 2


meses, chegando ao estado de latência
(nesse período o paciente raramente infecta
outras pessoas).

- Exames sorológicos: nem sempre


positivos, porém o paciente pode
contaminar outros.

► Sífilis secundária

- Disseminação da bactéria pelo corpo;


- Sintomas sistêmicos (febre, dor de
Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/sifilis-volta-ser-
garganta, mal estar, perda de peso e dor
epidemia-no-brasil-doenca-ganha-dia-nacional-de-combate-21949038.html
musculoesquelética, rouquidão,
► Sífilis primária linfonodomegalia);
- Erupções cutâneas máculopapulosas
Cancro duro: Lesão indolor (ou com
castanho-avermelhadas – roséolas sifilíticas;
sintomatologia bem leve), única, erosada ou
ulcerada, com bordas duras em rampa,
fundos limpos, avermelhados, com discreta
serosidade, altamente contagiosa.
- Lesão bem localizada.
- Geralmente na região genital.
Na sífilis primária, o paciente apresenta
apenas a lesão cancro duro. Não manifesta
sintomas como febre, cansaço, dor no Disponível em: http://www.hnscpm.org.br/blog/casos-de-sifilis-estao-crescendo-
em-para-de-minas-saiba-o-que-e-e-como-se-prevenir
corpo, dor de cabeça... A bactéria está
localizada apenas na região que ela entrou. - Ulcerações mucosas = placas mucosas
indolores.
- Lesões em formato de “C” / Caracol.

Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/11803530/

Na grande maioria das vezes o exame


apresenta resultado negativo, pois é um
exame de sangue e nesse estágio a bactéria Disponível em: http://www.dst.uff.br/revista18-3-2006/SIFILIS%20SEC
UNDARIA%20DIAGNOSTICO%20A%20PARTIR%20DAS%20LOSOES%20ORAIS.pdf
ainda não atingiu a corrente sanguínea.
Por esses fatores, o diagnóstico da sífilis - Geralmente apresentam alopécia
primária é difícil de ser realizado. localizada.
- O estágio secundário da sífilis é o que mais
apresenta lesões na cavidade oral.
- As lesões são contagiosas e a reação
sorológica é positiva.
- Costuma ter uma duração maior que a
sífilis primária (3 semanas – 5 semanas em
média).
Disponível em: https://www.msdmanuals.com
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 47

- O ciclo secundário da sífilis pode ser ► Sífilis Congênita


repetido várias vezes até evoluir para a sífilis - Doença não transmissível.
terciária. - Malformação dos ossos, deficiências
- Resolução espontânea em semanas ou cognitivas, pode desenvolver surdez e/ou
meses ---> Latência. cegueira.
► Sifílis terciária

Nesse estágio, o paciente não transmite


mais a doença. Ela acomete o sistema
nervoso central (neurossífilis). Pode
provocar cegueira, demência...

Lesões: Gomas (pele, mucosa, ossos e


outros):
- Lesões nodulares ou ulceradas e
- Dentes anteriores com formato de chave
endurecidas;
de fenda.
- Grande destruição tecidual;
- Acomete principalmente palato e/ou
língua.

Goma: Massa nodular, firme, destrutiva. Na


boca ocorre em língua e palato. Não-
infectante.

- O teste sorológico apresenta resultado


positivo. Disponível em: https://www.slideshare.net/rodrigom
ontalverne1/sfilis-congnita-rodrigo-montalverne

- Molares com formato de amora.

Disponível em: Estomatologia online 2015

- 30% a 40% de pacientes não tratados Disponível em: https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/LET


%c3%8dCIA%20RIBEIRO%20PAVANI.pdf
previamente, apresentam em alguns ou
vários anos.
Caracterizada pela Tríade de Hutchinson –
Abrange os 3 aspectos patognomônicos
Fígado
Osso
(sinais próprios e característicos da doença)
s
da sífilis congênita, que são:
- Dentes de Hutchinson (incisivos com
formato de chave de fenda e molares com
Coração
Cérebro formato de amora);
- Ceratite ocular intersticial;
- Surdez.

O organismo se espalhou A sífilis congênita não faz parte do ciclo de


para vários órgãos transmissão sexual.
causando lesões ou gomas
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 48

► Diagnóstico da Sífilis: 2 injeções = 1 dose (para cada fase da sífilis).


- Testes sorológicos VDRL (alta sensibilidade O paciente toma 2 injeções de uma vez,
e baixa especificidade, portanto, pode dar uma em cada nádega.
falso positivo). Pode detectar anticorpos Deve haver o acompanhamento do
que não são próprios da sífilis. paciente (repete os exames após 1 mês).
Cicatriz imunológica: O paciente que já teve - Doxiciclina (2ª escolha – Pacientes
sífilis não terá o VDRL igual a zero. Ou seja, o alérgicos) – 30 dias, 1 comprimido/dia.
paciente pode acusar VDRL positivo, porém Deve haver o acompanhamento do
a doença não está ativa. paciente (repete os exames após 1 mês).
- Resultados, como por exemplo: 1:4, 1:8, 1:16,
1:24, 1:32 (números múltiplos de 4, não ► GUN (Gengivite Ulcerativa Necrosante)
necessariamente esses valores) – Indicam
- Antigamente era conhecida como GUNA
que o resultado do exame tem a
(Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda),
possibilidade de indicar positivo por causa
“Infecção de Vincent” e boca de trincheira.
da cicatriz imunológica).
- Ocorre uma necrose das papilas;
- Resultados altos, como 1:364: A contagem
- Ocorre em adultos jovens de 18 à 30 anos;
está muito alta, a doença está ativa.
- Varia de 1% à 6,9% em toda a população
mundial;
- Alta ocorrência em pacientes HIV+ (pois
eles são imunossuprimidos).

Disponível em: https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22193/m


od_resource/content/1/S%C3%ADfilis%20%20Manual%20Aula%202.pdf

- FTA-ABS: Muito específico, porém pouco Disponível em: https://www.tuasaude.com/gengivite/

sensível. Há chances de dar um falso ► Fatores etiológicos:


negativo. O FTA-ABS só será positivo
- Bactérias;
quando o paciente realmente tem a doença
- Fatores psicossomáticos;
ativa.
- Má higiene oral;
São exames complementares. - Fumo;
- Sempre pedir exame de HIV (protocolo do - Dieta inadequada;
Ministério da Saúde). - Estados sistêmicos.
- Doença de notificação compulsória: A
► Aspectos da doença:
notificação compulsória é feita na situação
em que a norma legal obriga aos - Necrose marginal e eritema linear;
profissionais de saúde e pessoas da - Halitose acentuada;
comunidade a comunicar a autoridade - Manifestação brusca;
sanitária a ocorrência de doença ou agravo
que estão sob vigilância epidemiológica
(Ministério da Saúde).

► Tratamento da Sífilis:
- Penicilinas (Benzetacil/antibiótico– 1ª
escolha) – Cada injeção tem 1200000Ui/Ml, 1
Dose = 2400000Ui/mL. Disponível em: https://www.ident.com.br/joseumberto/caso-clinico/12559-
gengivite-ulcerativa-necrosante-relato-de-caso
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 49

- Hemorragia espontânea; - Irrigação com iodopovidine a 10% com


- Dor; seringa ---> redução de dor e sangramento.
- Salivação aumentada; - Aplicação desta solução pelo paciente em
- Gosto metálico (devido ao sangramento casa.
espontâneo + pus);
- Febre; ► Actinomicose
- Sensação de cunha entre os dentes;
- Linfadenite regional. - Actinomyces israelii;
- Bactérias anaeróbias gram-positivas,
filamentosas;

Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%


BArbios-odontol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-periodontais/gengivite Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Actinomyces_israelii
ulcerativa-necrosante-aguda-guna
- São componentes da flora oral: amigdalas,
► Riscos
placa dental, tártaro, dentina cariada, sulco
Quando o paciente não realiza o tratamento gengival;
da GUN, ele tem um alto risco de - Não é micose.
desenvolver periodontite necrosante (perda - É uma doença que pode ser confundida
óssea). com abscesso odontogênico.
► Diagnóstico - Infiltra tecidos bucais de pacientes
saudáveis após algum trauma, e dissemina
- Clínico.
para os planos faciais (abscesso na região
► Tratamento do rosto).
- Pode apresentar mais de uma fístula;
- Antiboticoterapia (Amoxilina +
- Infecção aguda com progressão rápida;
Metronidazol) e higienização.
Pode progredir para:
- Podemos indicar o bochecho também
- Infecção crônica com disseminação lenta e
(Clorexidina).
formação de fibrose.

► Terapia da Gengivite e periodontite


necrosante associada ao HIV

- Baseada no controle de placa;


- Maior atenção ao controle da dor e à
possibilidade de necrose óssea e sequestro.

Fase aguda:
- Paciente deve ser visto a cada 2 ou 3 dias;
- Metronidazol – 250gm – 4x ao dia (por 4 a 5
dias – menor incidência de superinfecção Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/
2015/07/actinomicose.html
por Candida do que uso de tetraciclina).
- Debridamento dos tecidos necróticos e - Múltiplas fístulas;
remoção de sequestros. - Dor mínima;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 50

- Liberação de grânulos sulfúricos. incisional, exames laboratoriais e PCR


(Reação em cadeia da polimerase).
► Histopatologia

- Faixa fibrosa periférica envolvendo zona


com tecido de granulação, circundando
coleções de neutrófilos e colônias de
microrganismos.
- Os microrganismos da colônia formam um
padrão de roseta radiada.
Disponível em: https://www.medicinanet.com.br/con
teudos/biblioteca/2512/2_forma_cutanea.htm

► Tratamento
- Glucantime e Anfotericina (principais).

Infecções por vírus

- Herpes vírus humano;


Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4355693/cour
se/section/2085885/ACTINOMICOSE%20VPS422%202018%20%281%29.pdf
- Papiloma vírus;
- Coxsaquievírus Grupo A.
► Diagnóstico e tratamento
► Herpes Vírus Humano (HHV)
- Cultura com antibiograma;
- HHV1 / HSV1 – Vírus Herpes Simples;
- Biópsia da fístula;
- HHV2 / HSV2;
- Antibioticoterapia: Penicilina por um
- HHV3 / VZV – Varicela-zoster vírus;
período prolongado (10 dias e
- HHV4/EBV – Epstein-bahr vírus;
acompanhamento do paciente, para que
- HHV5/CMV – Citomegalovírus;
haja uma nova prescrição, se for necessário).
- HHV6;
- HHV7;
Infecções por protozoários
- HHV8 (Alterações bucais associadas ao
► Leishmaniose vírus da imunodeficiência humana – HIV – e
síndrome da imunodeficiência adquirida –
- Agente etiológico: Leishmania brasiliensis AIDS).
(causa leishmaniose mucocutânea).

Disponível em: http://fpslivroaberto.blogspot.com/2


009/12/parasitas-leishmania-spp-e-leishmaniose.html

- Vetor: Mosquito Flebotomíneos (fêmea).


- Há perda do septo nasal (destruição da
cartilagem). Disponível em: https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/Herpesv%C3
%ADrus_humanos_%E2%80%93_HSV-1_e_HSV-2
► Diagnóstico
- Reação cutânea de Montenegro (teste - De acordo com a OMS, 90% da população
reativo para leishmaniose), biópsia mundial é infectada por algum herpes vírus.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 51

Doenças causadas pelo herpes vírus:


- Herpes;
- Varicela (catapora);
- Herpes Zoster;
- Mononucleose infecciosa.

► Herpes Vírus Simples (HSV)

HSV1: Relacionado a lesões orofaciais;


HSV2: Relacionado a lesões genitais.

A localização das lesões não


necessariamente indica o tipo de vírus.

Características clínicas:

- Infecção:

1º Contato ----> Manifestações (80% não


tem) ----> Vírus, através do nervo, progride
para o gânglio -----> Latência.
HSV1: Herpes Vírus Simples 1
Tratamento:
Infecção primária ----> Latência ----> Herpes
- Antipiréticos (controle de febre);
recorrente
- Hidratação;
- Repouso.
Gengivoestomatite herpética: Primeiro
contato com o vírus, geralmente ocorre na Evitar contágio de outras pessoas.
primeira infância. Só ocorre uma vez na
- Uso de antiviral (redução de lesões após
vida. O paciente apresenta:
uso). O ideal é começar a utilizá-lo na fase
- Linfonodomegalia;
prodrômica (Fase que antecede os
- Febre alta;
sintomas).
- Perda de apetite;
- Pomada, creme, solução, cápsulas...
- Lesões ulceradas + gengivite generalizada.
- Em caso de dor: anti-inflamatório ou
anestésico.
Obs: Pode ser diferenciada de uma de afta
- Alertar paciente quanto ao risco de
pelo fato de que afta não acomete mucosa
inoculação.
ceratinizada (gengiva inserida, palato duro).
Diagnóstico:

- Clínico.
- Confirmação laboratorial:
. Cultura tecidual do líquido vesicular;
. Teste usando anticorpos para HSV;
. Teste sorológico para HSV;
. Biópsia de tecido;
. Esfregaço citológico;
. Técnica de PCR seguida de eletroforese.
Disponível em: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Herpes_Simples
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 52

- Nem todas as pessoas manifestam a


gengivoestomatite herpética. Em alguns
casos o paciente fica em estado de latência
permanentemente.

Latência: Período de tempo indeterminado


na qual o vírus fica incubado e o paciente
não manifesta a doença.

Herpes recorrente: Manifestação secundária Disponível em: https://www.diariodecanoas.com.br/cotidiano/viver_com_sau


de/2019/11/27/herpes-labial-pode-se-manifestar
da doença. Pode ocorrer várias vezes.
Surge com imunidade baixa, nervosismo, A herpes pode se manifestar em outros
ansiedade... locais, como palato, gengiva inserida,
dedos...

Tratamento:

- Aciclovir tópico (período prodrômico);


- Laserterapia (auxilia na dor e cicatrização,
depende do laser utilizado).

Evitar contágio de outras pessoas.

- Quando o paciente apresenta herpes, não


Disponível em: https://www.delanomaia.com.br/del/artigo/a-herpes-labial
devemos realizar procedimento
odontológico para evitar a contaminação de
outros locais.

Disponível em: https://herpeslabial.pt/o-que-e-o-herpes-labial/

Disponível:
https://blog.skin.
pt/2015/07/02/tip
120-como-preven
ir-o-herpes-labial/
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 53

► HHV3 / VZV – Vírus Varicela-Zóster - Febre baixa;


(Catapora) - Anorexia;
- Mal estar (1 a 2 dias antes da erupção
Espera-se apenas uma ocorrência de cada
cutânea);
manifestação.
- Na fase prodrômica o paciente já pode
Catapora: Acomete crianças; transmitir a doença;
Herpes-Zóster: Acomete idosos. - Acomete troncos e face, outras áreas do
corpo, mucosa da orofaringe e vagina.
- Na maioria dos casos é assintomática;
- Transmissão se dá pelo contato direto com
lesões ativas ou, mais comum, por Tratamento:
disseminação de gotículas no ar. - Antipiréticos (Sem AAS - aspirina) e
- Geralmente o vírus fica latente o resto da banhos mornos com loções para aliviar
vida. prurido.
Infecção primária ----> Reativação do vírus -- Infecção secundária / Herpes Zóster
--> Infecção secundária / Herpes Zóster --->
Proliferação do vírus no trajeto de um nervo.
Latência
Lesão dolorosa.
Varicela: Catapora (sintomática e
Fase prodrômica:
transmissível).
1 a 4 dias;
- Dor, febre, mal
estar, cefaléia,
parestesia.

Fase aguda: 3 a 10
dias;
- Vesículas com
base eritematosa;
- Vesículas
pustulam e Disponível em:
https://noticias.r7.com/saude/herpes-
Disponível em: https://cultura.culturamix.com/curiosidades/a-varicela
ulceram. zoster-e-mais-comum-em-idosos-
devido-a-queda-da-imunidade-11072019
1º contato – Latência 2 a 3 semanas.
Fase crônica: Mais de 3 meses da 1ª erupção;
- Neuralgia pós herpética;
- Queimação pulsátil, contínua, com
prurido;
- Maioria regride com 1 ano.

Acomete principalmente pacientes com


quadro associado à imunossupressão:
- Pacientes idosos;
- HIV+;
- Em tratamento de câncer.

Diagnóstico:

Clínico: Febre, dor generalizada e prurido.


- História da exposição;
- Tipo e distribuição das lesões;
Disponível em: http://smsdc-cmsmasaogoto.blogspot.com/
2013/10/varicela-catapora-tire-suas-duvidas.html - Idade do paciente.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 54

Laboratorial: Porém, durante esse período, o paciente já


- Esfregaço citopatológico; transmite a doença.
- Cultura viral;
- Hibridização; 1º Contato ----> Manifestações (2 a 7
- PCR. semanas depois da exposição) ---> Latência

Tratamento: Manifestações: Mal estar, anorexia, calafrios;


- 1 a 2 semanas.
Catapora Herpes Zóster - Febre;
Antivirais Antivirais - Dor de garganta;
Antibióticos (Somente - Dor de cabeça;
Caso de febre,
em situações de - Mal estar;
antipiréticos
infecção) - Fadiga;
Lesões cutâneas - Tonsilofaringite e linfadenopatia;
Caso de febre, secas e limpas - Edema periorbitário.
antipiréticos (diminui infecção
secundária)
Em casos de
neuralgia:
analgésicos,
narcóticos,
Vacina
antidepressivos,
anticonvulsivantes,
estimulação nervosa,
anestésicos tópicos.
Disponível em: https://www.directorioodontologico.info/2017/05/medicina-oral-
saiba-como-tratar-doenca.html
► Mononucleose infecciosa (HHV4 / EBV)
- Aumento de volume amigdaliano e
- Causada pelo Vírus Epstein-Barr (EBV ou presença de petéquias.
HHV-4); Diagnóstico:
- 95% dos adultos no mundo são
Clínico + Confirmação Laboratorial (Exame
soropositivo para anticorpos EBV;
de sangue – Leucograma alterado).
- Latente;
- Transmissão se dá pelo contato íntimo, e
Tratamento:
uma vez infectada, o vírus permanece no
hospedeiro a vida toda. - Regride de 4 a 6 semanas;
- Anti-inflamatórios e antipiréticos para
Crianças: Chupando dedo, brinquedos. reduzir as manifestações.
Geralmente assintomático.
► Papiloma Vírus humanos (HPV)
Adultos: “Doença do beijo” / Mononucleose.
Comumente sintomático. - Produzem um amplo espectro de lesões
benignas e malignas em pele e mucosas;
Pode ser confundida com amigdalite - Infecta células basais do epitélio;
bacteriana. - Transmissão por contato pessoal (trauma
local ou ato sexual).
- Cerca de 40 dias de incubação (para o ► Verruga cutânea / Verruga vulgar /
início da manifestação dos sintomas). Papiloma escamoso.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 55

- Acomete geralmente região anterior;


- Geralmente apresenta múltiplas lesões;
- Pápulas/nódulos hiperceratóticas
exofíticas.

Diagnóstico:
Disponível em: https://www.tuasaude.com/hpv-na-boca/
- Clínico + Avaliação histopatológica
(Biópsia).
- Lesões benignas;
- 2 a 10mm; PCR – Identificação do DNA viral.
- Região posterior, chamamos de papiloma Tratamento:
escamoso (orofaringe, palato mole...);
- Quando está localizada na região anterior, - Remoção cirúrgica;
chamamos de verruga vulgar; - Destruição química (Laser / Crioterapia);
- Bem demarcadas; - Remoção espontânea.
- Superfície ceratótica.
► Coxsaquievírus Grupo A.
Diagnóstico:
- Vírus de RNA, enterovírus;
Clínico + Avaliação histopatológica (Biópsia
- Caracterizado por dor de garganta, tosse
excisional).
ou coriza;
- PCR: Identificação do DNA viral. - Traqueobronquite ou pneumonia;
- Infecção é a partir de ingestão de
Tratamento: alimentos contaminados, gotículas
respiratórias e contato direto com
- Remoção cirúrgica;
secreções.
- Destruição química (Laser / Crioterapia);
- Remoção espontânea. ► Herpangina
- Mácula, pápula,
► Condiloma acuminado vesículas e
úlceras (7 a 10
dias);
- Acomete palato
mole;
- Febre súbita (2 a
4 dias);
- Vômito, mialgia
e dor de cabeça
(não persistem
até o final);
- Dor de garganta
Disponível em: https://www.facebook.com/camaragibeagora/
photos/pcb.3044190152356613/3044190065689955/
e durante
Disponível em: http://mommyslife deglutição (até
- É uma IST (Infecção sexualmente .com.br/herpangina-
a-virose-que-a-isabella-teve-nos-eua/ mais de 1 semana).
transmissível);
- Forte indicativo de abuso sexual infantil. Diagnóstico:
- São comumente encontradas na região - Clínico;
anogenital;
- Acometem boca a partir de práticas - Laboratorial: PCR, coleta de fezes e exame
sexuais; de sangue.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 56

Tratamento: ► Candidíase

- É uma doença autolimitante (cessa


- Candida albicans (30% - 50% da população
sozinha);
possuem o fungo habitando na microbiota
- Geralmente, sem complicações;
oral). Existem vários tipos de Candida: C.
- Baseado em alívio dos sintomas;
tropicalis, C. kruser, C. parapsilosis, C.
- Antipirético;
guilliermondii.
- Anestésico local.
- A Candida albicans é um fungo dimórfico:
Duas formas de apresentação.
Infecções fúngicas

Qualquer pessoa pode ser acometida por


uma doença fúngica, porém elas são
doenças oportunistas e geralmente
acometem indivíduos com o sistema imune
já enfraquecido. Por esse motivo, os
principais grupos de pessoas acometidas
por doenças fúngicas são:
- Pessoas com imunossupressão;
Na cavidade bucal em uma situação
- Pacientes transplantados (principalmente
medula); normal, a Candida albicans apresenta-se no
- Pacientes hospitalizados; formato de levedura. Em uma situação de
- Pacientes oncológicos; imunossupressão, a levedura se transforma
- Pacientes HIV+; em hifa.
- Recém nascidos / Extremos de idade;
- Pacientes com uso de antibióticos (os - A candidíase é a infecção fúngica oral mais
antibióticos podem alterar a microbiota comum em humanos;
bucal, possibilitando a proliferação de - Apresenta-se em diversas formas clínicas;
fungos, mesmo que temporária). - O uso de medicamentos da maneira
incorreta pode ocasionar uma resistência à
Doenças fúngicas de interesse
cepa Candida;
odontológico:
- Estado imunológico do paciente
- Candidíase; influencia na manifestação clínica da
- Paracoccidioidomicose;
Candida;
- Histoplasmose
- Blastomicose; - Ambiente da mucosa bucal: pacientes que
- Coccidioidomicose; utilizam próteses antigas e não higienizam
- Criptocose; podem apresentar Candida apenas na
- Zigomicose; região onde a prótese se encaixa;
- Aspergilose. - A infecção pode variar de leve (maioria dos
pacientes) a formas graves e disseminadas
A candidíase e a paracoccidioidomicose são
doenças que possuem a cavidade bucal (pacientes imunossuprimidos).
como sítio primário. A cavidade oral é muito
acometida. Predisponentes Predisponentes
Já as outras doenças costumam acometer o sistêmicos locais
corpo inteiro e podem apresentar lesões em Uso de próteses
boca também. Extremos de idade
removíveis
Iremos detalhar as principais doenças de Antibioticoterapia Perda dimensão
interesse odontológico: prolongada vertical
Corticóides Antibioticoterapia
- Candidíase sistêmicos local /
- Paracoccidioidomicose
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 57

Predisposição à . Multifocal crônica;


alteração da . Queilite angular;
microbiota bucal . Estomatite protética.
Alterações - Hiperplásica;
Má higienização
hormonais - Mucocutânea.
Higiene excessiva
Candidíase Pseudomembranosa
(utilização de
escovas duras,
Defeitos imunitários bochecho
excessivo,
machucando a
gengiva...)
Língua fissurada
Corticóides tópicos
Disponível em: https://estomatologialmeida.wordpress.com
/2015/06/01/estomatologia/

Avaliamos primeiro os fatores


- Forma clássica da doença;
predisponentes locais. O principal fator é o
- Conhecida como “sapinho”;
uso e má higienização de prótese removível,
- Caracteriza-se por pseudomembranas
principalmente antiga.
brancas e destacáveis, associado à sensação
Perda de dimensão vertical: de queimação e/ou gosto desagradável;
A perda de - Comum em crianças (principalmente
dimensão recém nascidos) e adultos com alterações
vertical pode imunológicas (é um forte indicativo de
ocasionar um alteração do sistema imune).
acúmulo de
saliva na
comissura labial.
A saliva faz parte
da microbiota
Disponível em: https://www.implart.com.br/
alteracoes-na-dimensao-vertical/ bucal e faz com
que aquele
ambiente (comissura labial) se torne úmido,
quente e com substrato. Esse ambiente é
Disponível em: https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/conheca-
ideal para a proliferação fúngica. algumas-manifestacoes-de-infeccoes-fungicas-na-cavidade-oral/

Após a avaliação dos fatores predisponentes - Devemos pedir exame sorológico para
locais, avaliamos os fatores predisponentes pacientes adultos que apresentam
sistêmicos. A cândida pode ser uma doença candidíase e não apresentam doenças
secundária, ou seja, houve a sua sistêmicas conhecidas.
manifestação em decorrência de um fator Candidíase Eritematosa
sistêmico.
- Mais comum do que a
Tipos clínicos pseudomembranosa;
- Pseudomembranosa; . Negligenciada clinicamente.
- Eritematosa: - Diversas formas clínicas;
. Atrófica aguda; - Caracterizada por áreas vermelhas. O
. Glossite romboidal mediana; componente branco é pouco relevante.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 58

Atrófica aguda / Glossite atrófica aguda Multifocal crônica


- Principal causa: administração de
- Glossite romboidal mediana + outros sítios
antibióticos de forma prolongada;
de lesões por Candida.
. Pacientes com xerostomia.
- Causa sensação de queimação Ex: Glossite romboidal mediana + Lesão
acompanhada de perda das papilas beijada;
filiformes da Glossite romboidal mediana + Candida na
superfície comissura labial.
dorsal da
língua; Queilite angular
- Aspecto de - Envolvimento do ângulo da boca, com
língua “c eritema, descamação e fissuração;
areca” ou boca - Geralmente o paciente teve a perda dos
ferida por dentes e por isso houve diminuição da
antibióticos. dimensão vertical;
- Pessoas com dimensão vertical de oclusão
Disponível em: https://medsimples.com/cgi-sys/suspendedpage.cgi
reduzida levam ao acúmulo de saliva no
local;
Glossite Romboidal Mediana
- Devemos orientar o paciente a não passar
a língua no local, para evitar mais
contaminação;
- C. albicans e Staphylococcus aureus, C.
albicans, S. aureus (bactérias).

Disponível em: https://m.pozemedicale.org/Portugal/


Doenca-dental/Glossite-romboide-mediana-fotos.html

- Origem de desenvolvimento: falha nos


processos laterais da língua;
- Área eritematosa bem demarcada,
localizada posteriormente na linha média
Disponível em: https://www.unioeste.br/portal/images/estomatologia
da superfície dorsal da língua, com perda /lesoesfundamentais/pibe/1Macula-ou-Mancha/6Candidoseeritematosa.pdf

das papilas filiformes;


- Assintomática. Estomatite protética / Candidíase atrófica
crônica
Muitas vezes há a lesão beijada: Região do
palato também apresenta uma área bem
demarcada por uma lesão de Candida (na
região onde a língua encosta).

Disponível em: https://www.unioeste.br/portal/images/estomatologia


/lesoesfundamentais/pibe/1Macula-ou-Mancha/6Candidoseeritematosa.pdf

- Presença de lesões vermelhas em íntimo


Disponível em: http://oldfiles.bjorl.org/conteudo/acervo/acervo.asp?id=3965 contato com uma prótese removível;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 59

. Uso contínuo com remoção para


limpeza protética.
- Presença de lesão eritematosa em
variáveis níveis de eritema, acompanhada
ou não de petéquias.
- Lesão em íntimo contato com prótese
removível; Disponível em: https://www.anossadrogaria.com.br/daktarin-gel-oral-40g/p

- Raramente é sintomática. Tratamento sistêmico: Usado em situações


específicas, como pacientes extremamente
Diagnóstico da Candidíase imunossuprimidos, pacientes que já
realizaram o tratamento de 1ª escolha e não
- Clínico + Identificação do fungo (quando
obtiveram resultados.
há dúvida) / Citopatologia esfoliativa.
- Clotrimazol;
Tratamento da Candidíase
-Cetoconazol.
- Antifúngico + Remoção / Redução de
Como comprimidos, os medicamentos
fatores predisponentes.
acima são muito tóxicos para o fígado e o
rim. Por esse motivo não utilizamos eles
Antifúngico:
como primeira escolha.
O medicamento deve estar em contato
- Fluconazol (medicamento mais acessível);
com a mucosa infectada.
- Itraconazol;
- Anfotericina B.
1ª escolha: Nistatina;
- Solução ou Uso oral
pastilha; 1) Fluconazol _____ 150mg _____ 04
- 4 – 6x por dia comprimidos
durante 10 – 14 dias Tomar 01 comprimido a cada 07 dias
(tratamento durante 28 dias.
DATA E CARIMBO
completo).

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fULOb9Lva80


- Casos mais raros de candidíase

Se o paciente engolir no momento do Candidíase Hiperplásica e Candidíase


bochecho, não há problema, pois a mucocutânea.
Nistatina não é absorvida pelo trato
Prognóstico da Candidíase
gastrointestinal. Porém, por ser muito doce,
para pacientes diabéticos é - Em geral, trata-se de uma infecção
desaconselhável engolir no momento do superficial incômoda, facilmente resolvida
bochecho. pelo tratamento antifúngico;
- Infecções recorrentes mesmo após
Uso tópico tratamentos requerem uma investigação
1) Nistatina 100000UI / Ml – 06 frascos dos fatores predisponentes sistêmicos (ex:
(300Ml) imunossupressão);
Bochechar 5 mL (01 colher de sopa) – - Pacientes gravemente comprometidos
04x/dia durante 10 dias.
apresentam uma doença profundamente
DATA E CARIMBO invasiva.

► Paracoccidioidomicose
A depender da condição clínica do paciente
e da lesão, gel oral pode ser indicado. - Chamada, também, de blastomicose sul-
- Miconazol gel. americana.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 60

- Causada pelo fungo Paracoccidioides - Úlceras ou massa sólida, eritematosas e


brasiliensis. granulares com aspecto moriforme (amora);
- Infecção fúngica profunda, por inalação, - Apresentam pontos hemorrágicos;
comum na América do Sul e Central - Geralmente afetam mucosa alveolar,
(regiões endêmicas). gengiva e palato (gengiva superior é a
região mais acometida);
Características clínicas
- Paciente apresenta dor.
- Predileção por homens – 15 / 25:1.
- O fungo Paracoccidioides brasiliensis é
dimórfico, ou seja, se transforma de hifa à
levedura. Geralmente, fica na natureza em
capins e em áreas rurais no formato de hifa.
Quando ele entra no corpo humano e
chega à temperatura de 37º, se transforma Disponível em: http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/49

em levedura, que é a forma patogênica da


doença.
- As mulheres possuem o hormônio Beta-
estradiol (estrogênio). Isso faz com que,
mesmo se a mulher aspirar a hifa, ela não se
transforme na forma patogênica (levedura),
pois o estrogênio impede essa Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/114
transformação. Mulheres com alterações 49/153533/durlacker_rr_dr_araca_int.pdf?sequence=3&isAllowed=y

hormonais podem ter mais chances de


Histopatologia
desenvolver a doença (pacientes na
menopausa, pacientes que não passaram - Realiza-se a biópsia incisional
pela menarca, grávidas...). (procedimento de urgência);
- Epitélio: Presença de hiperplasia;
- Geralmente acomete pacientes de meia-
- Tecido conjuntivo: Presença de infecção
idade e trabalhadores rurais;
granulomatosa.
- Comum associação de lesões epiteliais
com lesões pulmonares;
- A maioria dos casos inicia-se como uma
infecção pulmonar após exposição ao
microrganismo.

Disponível em: https://www.scielo.br/j/abd/a/x4dPnFhg


Disponível em: https://www.pneumoimagem.com.br/p-pneumo- nwFGhcGr8PkSZPJ/?format=pdf&lang=pt
imagens/44/178/doencas-fungicas/paracoccidioidomicose/

Tratamento
Características clínicas na cavidade oral
O cirurgião-dentista participa apenas do
- O carcinoma de células escamosas é um
diagnóstico.
diagnóstico diferencial da
Médico: Depende da gravidade da doença:
Paracoccidioidomicose;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 61

- Leves a moderados: Itraconazol ou


Cetoconazol;
- Graves: Itraconazol ou Anfoterecina B
intravenosa.

Critérios de cura

- Ausência de sinais clínicos;


- Radiografia de tórax sem infecção
pulmonar.

Tecido epitelial
Tecido conjuntivo

Cisto verdadeiro – Deve possuir o tecido


epitelial, cápsula (tecido conjuntivo) e o
conteúdo no seu interior.

De Barros, et al 2018 Pseudocisto – Não possui o revestimento


epitelial interno.
O tratamento da Paracoccidioidomicose é
longo e requer acompanhamento tanto
O cisto possui potencial de crescimento de
médico, quanto odontológico.
acordo com o aumento do seu conteúdo
interior (produzido pelo epitélio). Com o seu
crescimento, ele ocasiona reabsorção óssea
na região onde se encontra.

Classificação dos cistos

► Odontogênicos

Desenvolvimento:

- Cisto dentígero;
- Cisto de erupção;
- Ceratocisto odontogênico;
- Cisto odontogênico ortoceratinizado;
- Cisto gengival do recém-nascido;
- Cisto gengival do adulto;
- Cisto periodontal lateral;
Capítulo 12 - Cisto odontogênico calcificante;
Cistos - Cisto odontogênico glandular ou cisto
sialo-odontogênico.
- Não existe cisto maligno, pois cisto não é
neoplasia. Inflamatórios:
- Todo cisto possui um conteúdo no seu - Cisto radicular (periapical);
interior (fluido, semifluido ou gasoso). - Cisto radicular residual;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 62

- Cisto paradental (inflamatório colateral, nasolacrimal pela localização e histologia


bucal mandibular infectado). semelhantes.
- Cisto não-odontogênico raro;
► Não Odontogênicos
- Lesão próxima à asa do nariz (entre a asa
Desenvolvimento: do nariz e o lábio).
- Cisto palatinos dos recém-nascidos;
- Cisto nasolabial (nasoalveolar);
- Cisto do ducto nasopalatino (do canal
incisivo);
- Cisto dermoide.
Neville, et al. 2009

Cistos não odontogênicos

► Cistos palatinos dos recém-nascidos

Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-


oftalmol%C3%B3gicos/sintomas-das-doen%C3%A7as-oculares/olhos,-
lacrimejantes

Características clínicas:
- Tumefação do lábio superior, lateral à linha
Disponível em: https://www.odontologistas.com.br/odontol média;
ogistas/patologias-bucais/cistos-de-desenvolvimento/

- Lesão que acomete o palato do recém-


nascido;
- Pérolas de Epstein: Lesões localizadas ao
longo da rafe palatina (aprisionamento
epitelial durante a fusão dos dois lados da
maxila, formando o palato);
- Nódulos de Bohn: Lesões espalhadas pelo
palato (restos epiteliais de glândulas Disponível em: https://www.ident.com.br/brunochagas/artigo/22017-cisto-
nasolabial-relato-de-caso-e-revisao-de-literatura
salivares menores);
- Não é necessário nenhum tratamento. - Elevação da asa do nariz;
- Com o tempo, a lesão regride. - Obstrução nasal (pois na medida que o
cisto cresce, ele obstrui a cavidade nasal);
- Com a palpação conseguimos identificar a
lesão (ela se movimenta, pois está em
tecido mole);

Disponível em:
http://revodonto.
bvsalud.org/scielo
.php?script=sc
i_arttext&pid=S18
Disponível em: http://www.bucomaxilofacial.com.br/2015/01/ 08-
doencas-bucais-em-criancas-e-bebes.html 521020130004000
09
► Cistos Nasolabial (Cisto nasoalveolar)
Origem: Proliferação de remanescentes de
cordões de células de epitélio do ducto
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 63

- Radiograficamente, podemos observar - Quando a lesão não apresenta borda, pode


algum desvio do septo nasal. Porém, a ser indicativo de uma lesão de crescimento
tomada radiográfica não poderá auxiliar de muito rápido.
maneira significativa no diagnóstico, pois a - Entre incisivos centrais;
lesão não se encontra em osso. - Divergência das raízes incisivos;
- Forma de pera invertida ou coração;
Tratamento e prognóstico: - Radiografia oclusal é a ideal.
- Excisão cirúrgica completa por acesso
intra- bucal (biópsia excisional);
- Recorrência é rara.

Disponível em: http://fascioradiologia.com.br/post/cisto-do-ducto-nasopalatino

Tratamento e prognóstico:
- Enucleação cirúrgica (retirada);
Disponível em: https://www.ident.com.br/brunochagas/artigo
/22017-cisto-nasolabial-relato-de-caso-e-revisao-de-literatura
- Recorrência rara.

► Cistos do Ducto Nasopalatino (Do canal


incisivo)

Origem: Proliferação de remanescentes do


ducto nasopalatino (vasos e nervos);
. Trauma, infecção, retenção de muco de
glândulas salivares.
- Cisto não-odontogênico mais comum. Disponível em: https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/bitstream/handle/set/
2131/CISTO%20DO%20DUCTO%20NASOPALATINO%20RELATO%
20DE%20CASO%20%28UNIT-SE%29.pdf?sequence=1

► Cistos Dermóide

Origem: Restos de epitélio de revestimento.


Características clínicas:
- Mais comuns em crianças e adultos jovens;
- Lesão extra óssea (assoalho);
- Geralmente, projeta a língua do paciente
Canal incisivo para trás;
- Crescimento lento e assintomático;
- Consistência borrachóide;
- Comuns na linha média do soalho;
- Ressonância magnética ou tomografia são
Disponível em: https://www.imaios.com/br/e-Anatomy/Cabeca-e-Pescoc úteis para definir extensão da lesão.
o/Cavidade-nasal-Ilustracoes?taxonId=425&taId=1&structureID=788&frame=44

Características radiográficas:

- Área radiolúcida bem circunscrita, borda


esclerosada (bem mineralizada, radiopaca);
Disponível em: https://www.revistacirurgiabmf.com/2014/2/brjoms.14.2.4.pdf
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 64

- Dificuldade de alimentação; Características:


- Dificuldade na fonação; - Lesões geralmente assintomáticas;
- Dificuldade na respiração; - Acometem exclusivamente maxila e
- Tumefação submentoniana. mandíbula;
- Ocasionam aumento de volume;
O músculo gênio-hióideo vai determinar se - Radiograficamente apresentam imagens
a cirurgia será realizada por baixo da língua radiolúcidas, bem definidas, com halo
(quando a lesão está por cima do músculo) radiopaco;
ou por fora da cavidade oral (quando a lesão - Pequeno à médio tamanho / Tratamento é
está por baixo do músculo). remoção total (enucleação);
- Lesões maiores: Marsupialização /
Canulização com enucleação posterior;
- Baixo índices de recidiva.

Disponível em: https://anatomia-papel-e-caneta.com/musculos-supra-hioideos/

Tratamento e prognóstico:
- Remoção cirúrgica (retirada – Biópsia
excisional);
- Acesso intra e extra bucal, dependendo da
relação com o músculo gênio-hióideo; Fonte: Universitária Pink / Pinterest

- Recorrência rara. Localização:


- Unilateral, bilateral ou multifocal.

Cistos odontogênicos inflamatórios

► Cistos periapical (radicular) e Cisto


periapical (radicular) residual

Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20140602_103113.pdf Cisto periapical: Associado a um dente


necrosado (necrose pulpar);
Cistos odontogênicos Cisto periapical residual: Associado a um
Cistos formados a partir dos remanescentes dente necrosado (necrose pulpar), porém
epiteliais odontogênicos. nesse caso, houve a extração do dente e o
cisto ficou;

Origem:
- Resposta local do osso ao redor do
periápice dentário;
- Resultado da necrose pulpar ou da
destruição dos tecidos periapicais por
doença periodontal extensa (não houve
tratamento endodôntico no local e a lesão
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 65

se estendeu à região de periápice / Tecido Características radiográficas do Cisto


periodontal do ápice dentário); Periapical:
- Formação da lesão periapical inicial - Radiotransparência periapical;
(abscesso odontogênico); - Perda de lâmina dura;
- Ainda não é um cisto e não possui o halo - Rabsorção radicular (é comum).
bem definido na radiografia.

Disponível em: https://www.ident.com.br/jonasmichel/caso-clinico/34779-


enucleacao-de-cisto-periapical-associado-a-exodontia

Características radiográficas do Cisto


Periapical Residual:
Disponível em: https://hopeodontologia.com.br/o-que-e-
canal-e-por-que-e-preciso-fazer/
- Imagem radiolúcida circular a oval,
Existe uma variação do cisto periapical que localizada em sítio de extração dentária
é denominada cisto radicular lateral. A lesão prévia.
é originária de um canal acessório e o cisto - Pode continuar crescendo, mesmo após a
terá a sua localização na lateral da raiz. extração.
- Com o envelhecimento a lesão tende a
Os testes de sensibilidade pulpar sempre
reduzir e sofrer calcificação do lúmen
darão resultados negativos, pois o dente
cístico.
está com a polpa necrótica.

Características clínicas:
- Assintomático;
- Tumefação e sensibilidade leve;
- Mobilidade e deslocamento dos dentes
adjacentes;
- Polpa necrótica.

Disponível em: https://www.odontologistas.com.br/odontologistas


/patologias-bucais/cistos-inflamatorios/

Tratamento e prognóstico:
- Lesões até 2cm de diâmetro: Não
cirúrgico, tratamento endodôntico
conservador e acompanhamento
radiográfico.
- Lesões extensas: Remoção cirúrgica por
enucleação, marsupialização (visa a redução
Disponível em: https://clinicaodontobite.com.br/servico/19409828 do cisto para que haja a possibilidade de
18/Tratamento%20de%20Canal
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 66

excisão cirúrgica) e encaminhamento


anatomopatológico.

Disponível em: https://www.saudebemestar.p


t/pt/medicina/dentaria/apicectomia/

► Lesões inflamatórias periapicais Aspectos radiográficos


- Espessamento do espaço periodontal na
O processo até a formação do cisto região apical;
periapical é demorado. - Mudança na forma de algumas trabéculas
- Abscesso periapical; no 1/3 apical, a imagem da lâmina dura fica
- Granuloma periapical; mais delgada (menos densa) até
- Cisto periapical (ou radicular). desaparecer;
- Área osteolítica de limites / contornos
Lesões: Abscesso periapical (Agudo) e indefinidos, junto do periápice.
Granuloma periapical (Crônica)

Abscesso periapical

- Dor contínua;
- Quase sempre pulsátil;
- Mobilidade dental;
- Sensibilidade à percussão;
- Às vezes pode ocorrer sensibilidade à
palpação na área de mucosa; Disponível em: https://www.dentalpress.com.br/portal/
abscesso-agudo-e-cronico/
- Geralmente a dor no período noturno
piora. Isso se dá pois o abscesso pressiona o Granuloma periapical
dente. Quando o paciente deita, a
- Massa de reação de granulação (tecido
gravidade faz com que essa pressão
conjuntivo neoformado com inflamação
aumente).
crônica), localizado ao redor do ápice
radicular;
- Excelente capacidade de regeneração e
rapidamente se converte em tecido
periapical normal, quando o irritante é
removido, ou seja, o canal radicular é
tratado;
- Quase sempre assintomático. O dente
afetado não responde aos testes de
Disponível em: https://knoow.net/ciencmedicas/medicina/abcesso-periapical/
vitalidade;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 67

- Capacidade de regeneração rápida. dente decíduo é acometido por uma lesão


cariosa, que atinge polpa, ocasionando uma
Aspectos radiográficos
lesão periapical. O folículo pericoronário do
dente permanente que está abaixo do
- Área radiolúcida;
dente decíduo pode ser acometido pela
- Arredondada;
lesão, podendo formar assim o cisto
- Tamanho pequeno
dentígero de origem inflamatória.
(raramente com mais
de 1cm no maior Origem:
diâmetro, por seu Desenvolvimento
limitado potencial de Inflamatória: Inflamação em terceiro molar
crescimento); parcialmente erupcionado.
Disponível em: - Ligado ao ápice de
https://www.odontoblogia.com.
br/granuloma-periapical- dente desvitalizado.
tratamento/

Não conseguimos diferenciar


radiograficamente o granuloma de um
cisto periapical.

Cistos odontogênicos do desenvolvimento

► Cisto dentígero

- Tem origem em um dente / Lesão cística


originada no folículo pericoronário;
- Há o acúmulo de líquido no folículo
pericoronário;
- Cisto mais comum dos ossos maxilares
(20%);
- Envolve coroa de um dente impactado e
se conecta ao dente pela junção Disponível em: http://www.danielfalbo.com.br/cistos-buco-maxilo-faciais.html
amelocementária;
- Patogênese: Acúmulo de líquido entre o Características clínicas
epitélio reduzido do esmalte e a coroa do Epidemiologia:
dente. - Acomete principalmente 3º molar inferior
(3MI > CS> 3MS> 2PMI);
- Indivíduos de 10 a 30 anos;
- Sexo masculino;
- Leucoderma.

Sintomatologia

Cistos pequenos:
- Geralmente assintomáticos, descobertos
em exame de rotina.
Disponível em: http://periodicos.unitau.br/ojs/index.php/clipeo
donto/article/viewFile/1201/896
Cistos maiores:
- Associados com expansão indolor,
Obs: Em uma situação específica, o cisto
provocando assimetria facial.
dentígero pode ser originado de um
- Pode infectar e causar dor;
processo inflamatório. Isso ocorre quando o
- Predispor a fratura patológica.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 68

► Cisto de erupção

- Análogo do cisto dentígero no tecido


mole;
- Separação do folículo da coroa de um
dente em erupção.

Disponível em: http://britesbucofacial.blogspot.com/2015/10/cisto-dentigero.html

Características
radiográficas
- Radiotransparente
unilocular, margem
bem definida e
esclerótica; Disponível em: https://www.odontoblogia.com.br
/cisto-de-erupcao-tire-suas-duvidas/

- Infecção:
Tratamento e prognóstico
Multilocular e borda
definida. - Muitas vezes, não é necessário nenhum
Disponível em: tratamento;
Distinção entre cisto https://raiosxis.com/o-cisto-
dentigero - Excisão cirúrgica no revestimento cístico
dentígero e folículo
(Ulectomia);
pericoronário ----> diâmetro do halo
- Ótimo prognóstico.
radiolúcido, deve ser maior que 3mm (cisto).
► Cisto gengival (alveolar) do recém-
Tratamento e prognóstico
nascido
- Enucleação com manutenção ou não do
Clinicamente não conseguimos diferenciar
dente.
se o cisto é gengival (odontogênico) ou
- Recidiva é rara.
palatino (não-odontogênico).
- Líquido amarelo citrino: Punção aspirativa
do cisto dentígero (não serve para fechar
diagnóstico, apenas para mostrar as
características do conteúdo cístico).
- Enucleação com manutenção do dente
com tratamento ortodôntico;
- Lesões grandes podem ser tratadas com
- São lesões comuns e desaparecem
marsupialização (descompressão), para
espontaneamente.
possibilitar a remoção cirúrgica;
- Excelente prognóstico e raramente
recidivam.

► Cisto paradentário

- Variante do cisto dentígero que


geralmente acomete 3º molares semi-
inclusos.

Disponível em: http://www.naiaodonto.com.br/cuidados/pos-natal/


Disponível em:
https://pt.slidesh
are.net/Uninove/
aula-de-cistos- ► Cisto periodontal lateral
uninove-2009-
2003-2097030
- Lesão localizada na lateral da raiz;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 69

- Diagnóstico diferencial: Cisto radicular - São nódulos (até 1cm);


lateral; - Indolores.
- Podemos diferenciá-los por meio do teste
de sensibilidade pulpar (Cisto radicular
lateral – dente necrótico - negativo / Cisto
periodontal lateral – dente com vitalidade -
positivo);
- Representa a contraparte intra-óssea do
cisto gengival do adulto;
- Ocorre ao longo da superfície radicular Disponível em: https://pt.slideshare.net/nadiatonussi/cisto-final-final-21

lateral de um dente.
Características
radiográficas
Características clínicas:
- Raramente
- Lesões pequenas;
podem causar
- Assintomáticas;
reabsorção em
- 5ª a 7ª décadas de vida.
forma de taça.
- Lesões de aspecto policístico
macroscopicamente e microscopicamente
são denominadas cistos odontogênicos
► Ceratocisto odontogênico / Queratocisto
botrióides (mais raro e mais agressivo).
odontogênico
Características radiográficas
- “Cisto primordial” ---> em desuso na
literatura.

- Crescimento lento e indolor;


- Alto índice de recidiva: epitélio fino e
Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1413-4012/2011/v16n1/a2143.pdf friável;
- Comportamento invasivo e agressivo;
- Lesão radiolúcida com halo radiopaco na
- Mutação PTCH (gene supressor de tumor).
lateral da raiz de um dente.
Características clínicas:
Tratamento e prognóstico
- Segunda e terceira décadas de vida.
- Enucleação conservadora (biópsia
- Regiões de maior acometimento:
excisional), sem danos ao dente;
- Recidivas são raras.
- Prognóstico muito bom.

► Cisto gengival do adulto

- Lesão rara, considerada a contraparte de


tecido mole do cisto periodontal lateral;
- Derivados de restos da lâmina dentária.

Características clínicas
- Região de canino e pré-molares inferiores,
gengiva vestibular ou mucosa alveolar;
Disponível em: https://raiosxis.com/ceratocisto-odontogenico-tumor-
- 5ª a 6ª décadas de vida; odontogenico-ceratocistico
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 70

- Pequenos odontogênico produz a paraceratina /


(assintomáticos) x ceratina com núcleo celular).
grandes (dor e
edema);
- Geralmente não
causa expansão
do osso devido
crescimento
sentido ântero-posterior (medular).

Características
radiográficas: Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20150803_115137.pdf

- Radiolúcida, uni ► Síndrome de Gorlin-Goltz (Síndrome dos


ou multilocular carcinomas nevóides basocelulares)
com limite
- Múltiplos ceratocistos em maxila e
esclerótico fino, em
mandíbula;
geral radiopaco.
- Carcinoma basocelular de pele (carcinoma
Disponível em: https://raio
sxis.com/ceratocisto-odontogenico- de pele);
tumor-odontogenico-ceratocistico
- Mutação no gene PTCH.

Tratamento e prognóstico:

- Punção: Líquido (líquido branco leite


condensado) / Auxilia no diagnóstico.
- Enucleação ou curetagem ---->
Dificuldade de remoção completa
. Natureza friável;
. Tendência à recidivas.
- Remoção da lesão;
- Ostectomia periférica com broca;
- Solução de Carnoy (Solução ácida, para Disponível em: https://www.flickr.com/photos/radiologiaf
undecto2008/3945591050
causar necrose nas células que restaram da
lesão).

- Lesões maiores:
. Marsupialização, seguido de cirurgia
(responde muito bem à marsupialização);
. Ressecção com margem, seguimento do
paciente.

► Cisto odontogênico ortoceratinizado


Disponível em: http://bibliotecaatualiza.com.br/arquivotcc/
BMCH/BMCH02/LEAL-cleidison.pdf
- Subtipo de ceratocisto;
- Semelhante ao ceratocisto;
► Cisto odontogênico calcificante
- Menos agressivo;
- Produz ortoceratina / ceratina sem núcleo - Produz calcificação;
celular (única diferença entre eles é o tipo - Outras nomenclaturas: COC, Cisto de
de ceratina produzida – O ceratocisto Gorlin; Tumor dentinogênico de células
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 71

fantasmas; Cisto odontogênico calcificante - Recebe esse nome pois é semelhante ao


de células fantasmas. carcinoma mucoepidermóide, porém não
- Lesões raras com diversidade tem relação com glândula salivar;
histopatológica e comportamento clínico - Tipo raro, que pode apresentar um
variável; comportamento agressivo;
- Podem estar associados a outros tumores - Mais comum em adultos e região anterior
como odontomas, tumores odontogênicos da mandíbula (atravessando a linha média);
adenomatoide e ameloblastomas. - Lesões pequenas são assintomáticas /
Lesões grandes podem causar expansão,
dor e parestesia.

Disponível em: https://www.revistacirurgiabmf.co


m/2007/v7n1/pdf%20v7n1/art7v7n1.pdf

Características clínicas
- Comumente intra-ósseas; Disponível em: https://quizlet.com/449614086/cistos-odontogenicos-flash-cards/

- Acomete igualmente maxila e mandíbula;


- 2ª e 3ª décadas de vida; Características radiográficas
- Reabsorção radicular e divergência de - Lesão grande.
dentes.

Características radiográficas
- Lesões radiolúcidas, porém com vários
focos radiopacos (áreas de calcificação).

Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/23177/


1/Cistoodontog%C3%AAnicoglandular.pdf

Tratamento e prognóstico:
- Lesão não responde à marsupialização;
- Ressecção da mandíbula;
- Enucleação e curetagem;
Disponível em: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_ - Recidivas são comuns (30%) em casos de
arttext&pid=S1130-05582015000400012
aspecto multilobular e é sugerido ressecção
em bloco.
Tratamento e prognóstico:

- Remoção cirúrgica, e quando há dentes Capítulo 13


associados, exodontias também.
Principais tumores odontogênicos da
► Cisto odontogênico glandular região maxilo-facial

-NÃO tem relação com glândula salivar; Tumores odontogênicos: Compreendem


um grupo de lesões de comportamentos
diferentes.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 72

Classificação do tumor: - Geralmente de curso benigno;


Origem: - Curso maligno: Ameloblastoma maligno
- Epitélio odontogênico; metastatizante e carcinoma ameloblástico.
- Mesênquima odontogênico; - Áreas mais acometidas:
- Misto (tanto do epitélio quanto do
mesênquima).

Tumores de epitélio odontogênico:


- Ameloblastoma
. Ameloblastoma maligno;
. Carcinoma ameloblástico.
- Carcinoma odontogênico de células claras;
- Tumor odontogênico adenomatóide;
- Tumor odontogênico epitelial calcificante;
- Tumor odontogênico escamoso.

Tumores odontogênicos mistos: Disponível em: http://www.arribadentista.com/2020/07/ameloblastoma-


caracteristicas-clinicas-radiograficas-histopatologia-odontologia-concursos.html
- Fibroma ameloblástico;
- Fibro-odontoma ameloblástico; Classificação:
- Fibrossarcoma ameloblástico; - Ameloblastoma (se refere ao
- Odontoameloblastoma; ameloblastoma multicístico);
- Odontoma composto; - Ameloblastoma unicístico;
- Odontoma complexo. - Ameloblastoma periférico (fora do osso,
tecido mole).
Tumores do ectomesênquima
odontogênico: Ameloblastoma
- Fibroma odontogênico;
Características clínicas
- Tumor odontogênico de células
- Lesão sólida;
granulares;
- Incomum em pacientes menores de 20
- Mixoma odontogênico;
anos;
- Cementoblastoma.
- Mais comuns em mandíbula, região de
molares;
Tumores odontogênicos de origem epitelial
- Crescimento lento ----> lesões não tratadas
Os tumores odontogênicos epiteliais são assumem proporções grotescas.
compostos de epitélio odontogênico, sem
participação do mesênquima.

Principais tumores odontogênicos


derivados do epitélio:
- Ameloblastoma;
- Tumor Odontogênico Adenomatóide
(TOA).

► Ameloblastoma
Disponível em: https://pt.slideshare.net
/AnaCludiaFerreira1/ameloblastoma-10585157

Características clínicas gerais


Aspectos radiográficos
- Crescimento lento;
- Localmente invasivos (infiltrativo); - Lesão radiolúcida;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 73

- Multilocular (aspecto de bolhas de sabão - O planejamento cirúrgico é bem


ou favos de mel); detalhado. Há a realização da tomografia do
- Absorção de dentes e de cortical óssea. paciente, e após isso a impressão da
mandíbula do mesmo utilizando
impressora 3D. Há o espelhamento do lado
saudável da mandíbula, criando um modelo
simétrico da mandíbula.

Ameloblastoma unicístico

Aspectos clínicos
- Aproximadamente 15% dos
ameloblastomas;
- Mais prevalente na segunda década de
vida;
- Geralmente assintomático (lesões maiores
podem causar expansão);
- Pode estar associado a um dente incluso.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/dpjo/a/JnBzjdWBV
cxzdvSd9QprpWh/?lang=en
Aspectos radiográficos
A cirurgia precisa ser feita com uma - Área radiolúcida, bem definida;
margem de segurança, pois a lesão é - Pode absorver dentes.
infiltrativa.

Conduta
- Biópsia incisional (pois exige um
planejamento bem detalhado).

Disponível em: https://raiosxis.com/ameloblastoma-unicistico

Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com


/2014/11/ameloblastoma.html

- Ressecção cirúrgica com margem de


segurança;
- Acompanhamento clínico e radiográfico.

Disponível em: https://editoraplena.com.br/produto/resseccao-segmentar-de-


mandibula-para-exerese-de-ameloblastoma-unicistico-por-acesso-intrabucal-
relato-de-caso/

Abordagem terapêutica

- Tratamento semelhante a cistos: Biópsia


Disponível em: https://www.elsevier.es/en-revista-revista-portuguesa-
incisional ----> Marsupialização (para lesões
estomatologia-medicina-dentaria-330-articulo-ameloblastoma-padrao-folicular- maiores) + enucleação + ostectomia
em-maxila-S1646289013001660
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 74

periférica + acompanhamento clínico e ► Tumor Odontogênico Adenomatóide


radiográfico (imprescindível). (TOA)

Aspecto histológico
Aspectos clínicos
- Mais prevalente em pacientes jovens (10 a
19 anos);
- Região mais acometida: anterior de
maxila;

Neville, 2002; Miloro, 2008.

Epitélio infiltrativo.

Ameloblastoma periférico

Aspectos clínicos
- Raro (Aproximadamente 1% dos
ameloblastomas); Disponível em: https://raiosxis.com/tumor-odontogenico-adenomatoide
- Lesão indolor em gengiva.
- Há aumento de volume;
- Sempre há associação com a coroa de um
dente incluso;
- Expansão indolor.

Disponível em: https://raiosxis.com/ameloblastoma-periferico-extraosseo

Abordagem terapêutica
- Biópsia excisional (se necessário, pode ser Disponível em: https://for.edu.br/2018/07/18/740/
realizada biópsia incisional prévia);
- Acompanhamento clínico. Características radiográficas
- Lesão radiolúcida, unilocular, circunscrita,
Aspecto histológico envolvendo coroa de dente incluso;
- A lesão não tem relação com o osso. -A lesão pode conter calcificações.

Disponível em: http://biopat.cs.urjc.es/conganat/files/2009-2010_G04.pdf


Disponível em: https://raiosxis.com/tumor-odontogenico-adenomatoide
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 75

Disponível em: http://estomatologiaonlinepb.blogspot.com/2014/04/tumor-


Disponível em: https://www.goconqr.com/mindmap odontogenico-adenomatoide.html
/17609158/tumor-odontog-nico-adenomatoide

Tumores odontogênicos mistos:


Abordagem terapêutica
- Excisão cirúrgica. Principal tumor odontogênico misto:
- Baixas taxas de recidiva. Odontoma.

Disponível em: https://www.odontoblogia.com.b


r/odontoma-composto-complexo/

► Odontoma
Disponível em: https://www.facebook.com/estomatologiabh/p
hotos/a.1435600963392257/2068176230134724/ - Tumor odontogênico mais comum;
Diagnóstico diferencial: Cisto odontogênico - Anomalia do desenvolvimento
calcificante. (hemartomas) ----> Não são neoplasias
verdadeiras.
Aspecto histológico: As lesões lembram
ductos das glândulas salivares, apesar de Classificação:
não ter relação nenhuma com glândulas. - Odontoma composto;
Por isso o nome Tumor Odontogênico - Odontoma complexo.
Adenomatóide (remete a glândulas).
Composto Complexo
Massa aglomerada
Muitas estruturas
de esmalte e
pequenas
dentina que não
semelhantes a
lembra a estrutura
dentes
de um dente

Anotações:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
______________
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 76

Características Tumores do ectomesênquima


clínicas odontogênico
- Primeira década de Principais tumores odontogênicos
vida (geralmente derivados do mesênquima:
está relacionado à - Mixoma Odontogênico;
falta de erupção de - Cementoblastoma.
um dente);
► Mixoma Odontogênico
- Assintomático
(descoberto em Características clínicas
exame de rotina); - Adultos jovens;
- Mais frequentes em - Lesões menores: assintomáticas;
maxila. - Lesões maiores: expansão indolor.
- Acomete principalmente o terço posterior
Disponível em: https://www.joomr.org/article.asp?issn=2321- da mandíbula;
3841;year=2014;volume=2;issue=3;spage=88;epage=91;aulast=Miloglu;type=3
- Potencial infiltrativo alto;
Características radiográficas - Crescimento um pouco mais rápido que o
ameloblastoma.

Disponível em: http://diagnosticobucal.com.br/mixoma


-odontogenico-com-invasao-sinusal/
Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1808-52102010000200005 Aspectos radiográficos:
- Lesão radiolúcida, Margens irregulares,
Odontoma composto: Coleção de Multilocular, Causando absorção de dentes;
estruturas semelhantes a dentes. - Lesões contém trabéculas de osso em seu
interior.

Disponível em: https://raiosxis.com/mixoma-odontogenico

Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1413-


40122011000300015&script=sci_arttext

Odontoma complexo: Massa calcificada


com radiodensidade de estrutura dentária.

Tratamento
- Remoção cirúrgica.
Disponível em: https://raiosxis.com/mixoma-odontogenico
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 77

Diagnóstico diferencial: Ameloblastoma Características radiográficas


odontogênico. - Massa radiopaca que adere a raiz do
dente, delimitada por um halo radiolúcido;
Tratamento - Reabsorção dentária, invasão do canal
- Biópsia incisional; pulpar, perda de contorno da raiz,
- Remoção cirúrgica com margem de obliteração de parte do espaço do
segurança; ligamento periodontal e deslocamento de
- Acompanhamento clínico radiográfico. dentes.

Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=


sci_arttext&pid=S1808-52102012000400006
Disponível em: https://papaizdiagnosticos.com.br/cementoblastoma/

Histologia
- Aspecto de gelatina; Capítulo 14
- Tecido conjuntivo frouxo. Lesões fibro-ósseas

Lesões benignas ósseas ----> Substituição


de osso normal por tecido conjuntivo
fibroso contendo material mineralizado
neoformado ----> Parecidas
microscopicamente, radiograficamente e
no comportamento clínico.

Displasia cemento óssea


Displasia fibrosa
Disponível em: https://apcdaracatuba.com.br/revista/2402/pag23-27.pdf Fibroma ossificante central

Estágio da lesão
► Cementoblastoma
Radiolúcida hipodensa ----> Mista ---->
- Primeiro molar inferior de pacientes
Radiopaca hiperdensa
jovens, na segunda e terceira décadas de
vida;
- Sintomatologia dolorosa com expansão Quanto mais
das corticais vestibular e lingual. radiolúcida é a lesão,
mais recente ela é.

Disponível em:
https://papaizdiagnosticos.com.br/displasia
-cemento-ossea-periapical-caracteristicas-
radiograficas-e-tomograficas/

Diagnóstico final
Disponível em: https://scielo.isciii.es/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1698-69462006000600006 Vários aspectos irão influenciar:
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 78

Informações do paciente (clínico)


- Idade;
- Sexo;
- Grupo étnico;
- Crescimento.

Aspectos radiográficos
- Localização;
- Estruturas adjacentes; Disponível em: https://papaizdiagnosticos.com.br/displasia-cemento-ossea-
periapical-caracteristicas-radiograficas-e-tomograficas/

Características histopatológicas
DCO Focal:
- Geralmente acomete mulheres negras
► Displasia cemento óssea (DCO)
(70%), de 38 a 41 anos;
- Região posterior de mandíbula.
- Lesão fibro-óssea mais comum;
- Única região.
- Etiologia e a patogênese da DCO não são
bem compreendidas;
- Localização associada às áreas de suporte
dentário (osso alveolar);
- Dentes vitais e assintomáticos.

A lesão pode apresentar aspecto


radiolúcido hipodenso, misto ou radiopaco
hiperdenso, depende do estado da lesão.
- Bem delimitada;
- Comprometimento da lâmina dura e
ligamento periodontal; - DCO Florida:
- Pode estar relacionada a uma área
desdentada. - Forma generalizada de DCO;
- Acomete geralmente mulheres de meia
idade, negras;
- Lesões Bilaterais, distribuídas
simetricamente e limitadas ao osso alveolar;
- Mandíbula é sempre afetada;
- Maxila é afetada em 2/3 dos casos.

Disponível em: https://www.ident.com.br/DraGabrielaAlves/caso-clinico/12983-


displasia-cemento-ossea-florida-relado-de-caso-clinico

Padrões clínico-radiológicos

DCO Periapical:
- Geralmente acomete mulheres negras
(70%), de 30 a 50 anos; Disponível em: http://www.revistacirurgiabmf.com/2018/
03/Artigos/06ArtClinico.pdf
- Região anterior de mandíbula, geralmente
na região de incisivos inferiores;
Tratamento e prognóstico
- Lesões iniciais confundidas com processos
- A DOC não requer tratamento;
inflamatórios.
- Acompanhamento radiográfico;
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 79

- Manutenção da saúde bucal. - Deve haver acompanhamento médico.

A DOC florida pode se tornar sintomática e Síndromes associadas à displasia fibrosa


desenvolver osteomelite: poliostótica
- Osteomelite pode exigir tratamento
cirúrgico. Síndrome de Jaffe-Linchtenstein (mutação
na fase final da gestação): Caracterizado por
- Evitamos a biópsia, para evitar uma displasia fibrosa poliostótica e pigmentação
infecção. café com leite.

► Displasia fibrosa McCune-Albright (mutação no meio da


- Pacientes jovens; gestação): Caracterizado por displasia
- Mais comum em maxila; fibrosa poliostótica, pigmentação café com
- Expansiva; leite e múltiplas endocrinopatias (sexo
- Mutações do gene CNAS. feminino é mais acometido).

Período que ocorre a mutação: Síndrome de Mazabraud (mutação no início


da gestação): Caracterizado por displasia
Período inicial de desenvolvimento fibrosa poliostótica e combinação com
embrionário ----> Anormalidade em mixomas intramusculares.
múltiplos tipos de células.
Características radiográficas da Displasia
Período mais avançado de desenvolvimento Fibrosa
embrionário ----> Somente osteoblastos são
afetados. - Opacidade difusa (vidro fosco);
- Margens indefinidas misturam no osso
Lesão: adjacente normal (não encapsulada);
- Corticais afiladas (raramente rompidas);
- Poliostótica ----> Quando ocorre em 2 ou - Pode deslocar dentes, canal mandibular e
mais ossos ----> Síndromes; perda de definição da lâmina dura.
- Monostótica (craniofacial) ----> Quando
ocorre em apenas um osso.

Displasia fibrosa monostótica

- Região maxilofacial;
- Forma monostótica mais frequente
(maxila);
- Não há predileção por gênero e é mais Disponível em: https://papaizdiagnosticos.com.br/displasia-fibrosa-aspectos-
frequente nas 2ª e 3ª décadas de vida; radiograficos-e-tomograficos/

- Lesões unilaterais.
Tratamento e prognóstico
- Crescimento diminui consideravelmente
Displasia fibrosa Poliostótica
após a puberdade;
- Ocorre na infância; - DF Poliostática e craniofacial podem
- Dois ossos ou até mais de 75% do prosseguir seu crescimento;
esqueleto; - Em alguns casos a cirurgia estética é
- Dor óssea, deformação óssea ou fraturas considerável;
patológicas; - O prognóstico da DF é geralmente bom.
Licenciado para - Stéfani Moura de Souza - 10423410440 - Protegido por Eduzz.com

@thaistudandoodonto 80

► Fibroma ossificante central Tratamento e prognóstico


- Ressecção cirúrgica conservadora (ou
- Neoplasia verdadeira (Não para de
ressecção e reconstrução);
crescer);
- Devido à presença de uma cápsula fibrosa,
- Neoplasia benigna que se desenvolve a
o tumor geralmente sai facilmente durante
partir de células indiferenciadas do
a remoção;
ligamento periodontal;
-Acompanhamento radiográfico a longo
- Acomete mais a mandíbula (70%) – Região
prazo;
posterior (Primeiro molares, molares).
- Prognóstico geralmente é bom.
- Potencial de crescimento;
- Assimetria facial;
Resumo
- Acomete mais mulheres na 2ª a 4ª década
de vida.
Informações Exames de
Aspectos radiográficos do paciente imagem
- Aspecto radiográfico muito parecido com Não
a displasia fibrosa; confundir
Acompanhamento
- Bem definida; com lesões
DCO radiográfico (evitar
- Unilocular; inflamatórias
biópsia/cirurgias).
- Densidade variada. (Dentes
vitais)
Pode deslocar os dentes, o nervo alveolar Mal delimitada /
inferior, a borda inferior da mandíbula, Devemos
DF Maxila
assoalho do seio maxilar e apresentar pesquisar
reabsorção radicular. síndromes
FO Bem definido /
Quando a expansão cortical está presente, (neoplasia Mandíbula
verdadeira)
Fácil remoção
as corticais geralmente permanecem
intactas.
Referências:
- Patologia Oral e Maxilofacial Neville 4ª Ed

- BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo


Patologia Geral. 2018, 6 ed. Guanabara
Koogan

Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbort/a/v4BFGfNQ9KfM - BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo


3dr3WCp6Bzd/?lang=pt
Patologia. 2015, 9 ed. Guanabara Koogan

- KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon


C. Robbins Patologia Básica. 2018, 10 ed.
Elsevier Brasil • KUMAR, Vinay. Robbins &
Cotran

- Patologia-Bases Patológicas das Doenças.


2015, 9 ed. Elsevier Brasil

Disponível em: https://www.sciencedirect.com/scien


ce/article/pii/S0102361615000697

Você também pode gostar