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OTORRINOLARINGOLOGIA – P1

RINITES • Sarampo: catarro oculonasal – concomitante à


conjuntivite catarral → na instalação do sarampo
• Inflamação da mucosa de revestimento nasal
• Escarlatina: formas graves com úlceras e erisipela
• Maior prevalência: idosos e crianças
em lábio superior
• Comorbidades associadas: respiração bucal
• Rinite diftérica: rinorreia purulenta bilateral
(hipertrofia de adenoide), otite (tuba auditiva não
podendo ser sanguinolenta ou associada à epistaxe,
patente), asma, rinossinusite
lesões em lábio superior, pseudomembranas.
• Quadro: obstrução nasal, rinorreia, espirros,
Cultura com bacilo de Loeffler → Soro antidiftérico
prurido, hiposmia (gravidade).
+ internamento (IOT)
• Complicações descendentes: faringite, traqueíte,
traqueobronquite Rinite vestibular
• Dividida em: • Infecção secundária a escoriações ou fissuras de
1. Aguda até 3 semanas pele (assadura, coriza, trauma ungueodigital)
2. Subaguda 3 semanas – 3 meses • Complicações: impetigo, furúnculo (Stafilococcos
3. Crônica > 3 meses → risco de trombose do seio cavernoso na
RINITES AGUDAS manipulação), erisipela
Rinite catarral aguda RINITES CRÔNICAS
• Resfriado comum – epidêmica Rinite mucopurulenta (mucocatarral)
• Agente: Rinovírus (diminui atividade ciliar fazendo • Secundária a rinites agudas
acúmulo de secreção – meio de cultura para • Fatores predisponentes: gerais, profissão, poluição
bactérias)
• Quadro: rinorreia amarelo-esverdeada + obstrução
• Exacerbação por proliferação de saprófitas nasal
(secreção amarelada)
• Rinoscopia com exsudato sobre mucosa flácida e
• Sintomas: coriza, calafrio, astenia,  temperatura depressível
corporal, rinorreia aquosa
• Histopatológico mostra transformação do epitélio
• Evolução de 8-12 dias para cuboide e queda dos cílios vibráteis
• Tratamento: repouso, lavagem com SSI, • Pode evoluir à rinite atrófica,
vasoconstritores nasais laringotraqueobronquite e apresentar alteração
• Complicações: dispéptica
o Ascendentes – sinusite, otite • Tratamento: lavagens com SSI, estimular condições
o Descendentes: faringite, laringite, de defesa (vit. A e D)
traqueobronquite
o Anosmia transitória Rinite hipertrófica
Rinites agudas do lactente • Obstrução nasal permanente/intermitente
• Comportamento em báscula (alternante)
• Rinite aguda simples: comum e grave. Obstrução
• Fatores de piora: variação de temperatura, variação
nasal aguda, respiração ruidosa, dificuldade de
de pressão atmosférica, decúbito
mamar
• Hipertrofia do corneto inferior (válvula obturadora
• Rinite gonocócica: contágio no parto. Secreção
das coanas) com dificuldade de expirar e obstrução
amarelo-esverdeada, hiperemia de mucosa,
da tuba auditiva
ulcerações de mucosa e lábio. Diagnóstico com
• Tratamento: SSI e remoção de adenoides (criança);
bacterioscopia (diplococo de Neisser) → Penicilina
galvanização, eletrofulguração, turbinoplastia,
ou Sulfa
crioterapia, laser (em adultos)
• Rinite sifilítica: 3ª semana de vida, quadro severo e
• Contraindicações:
refratário ao tratamento usual → Penicilina
o Injeção de substância esclerosante → risco de
• Rinite fibrinosa/pseudomembranosa:
acometimento do seio cavernoso
Streptococcos, Stafilococcos ou Pneumococcos.
o Injeção de corticoide → risco de trombose da
Diferencial com rinite diftérica (na fibrinosa não
veia central da retina
tem o bacilo de Loeffler)
• Tratamento: urgência → desobstrução, aspiração, Rinite atrófica
antitérmico, tratamento específico • Simples: olfato preservado, sem crostas ou fetidez.
Rinites agudas de doenças infecciosas Sequela de rinites infecciosas, pós-cirurgia ou por

Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)


inalação crônica de gases tóxicos/partículas. • Seios paranasais: etmoidal, frontal, maxilar,
Amplitude exagerada das fossas nasais esfenoidal
• Ozenosa: atrofia osteomucosa + crostas + fetidez. • Ducto de drenagem do seio maxilar é tubular, com
Osteíte e reabsorções lacunares. Mulheres na dimensão de 3mm e 5-7mm de comprimento →
puberdade, precedida de rinite hipertrófica. delicado, revestido por epitélio respiratório,
Cacosmia, sensação de falta de ar → remover cilíndrico, ciliado e com células produtoras de muco
crostas, lavagem com SSI, pulverizações, cirurgia • Grupo anterior:
Rinite alérgica o Drenagem para meato médio
o Rinorreia anterior
• Sensibilidade individual o Seios maxilar, frontal e etmoidal anterior
• Reação tipo I (IgE) • Grupo posterior:
• Prurido nasal/ocular o Drenagem para meato superior
• Classificação ARIA: o Secreção pós-nasal e tosse
o Intermitente: < 4 dias/semana ou < 4 semanas o Seios etmoidal posterior e seio esfenoidal
o Persistente: > 4 dias/semana e > 4 semanas • Muco normal: fase salva (líquida) e fase gel
o Leve: não altera atividades ou sono (espessa)
o Moderada-grave: altera atividades diárias, • Ciclo nasal: báscula. Congestão e descongestão
sono alternantes das fossas nasais, por sistema
• Antecedentes familiares autônomo (simpático-parassimpático), que altera a
• Clínica + IgE + testes alérgicos + RAST + citológico resistência nasal
(eosinófilos) + HMG • Pequenas alteracoes no diametro da fossa nasal
• Tratamento: higiene ambiental, anti-histamínicos fazem grandes alteracoes no fluxo de ar”
(Desloratadina – não clássico), descongestionantes,
Fisiopatologia
corticoide, imunoterápicos (vacina), cx cornetos
• Oclusão do óstio de drenagem (alergia, rinite) –
Rinite vasomotora/idiopática
inibição da ventilação – pressão negativa –
• Hiper-reatividade sem causa aparente estagnação da secreção – mudança de pH –
• Hipersensibilidade nasal, crônica perene e proliferação microbiana – espessamento da
espasmódica mucosa, edema, obstrução – ciclo
• Duração > 9 meses • Dor, obstrução nasal, rinorreia, prurido, espirros,
• Sem eosinofilia e testes alérgicos negativos → dx de distúrbios da olfação, rinolalia, surdez
exclusão • Fatores predisponentes: IVAS, alterações
• Rinopatia gravídica anatômicas, rinites, DRGE, imunodeficiência,
• Tratamento: psicoterapia, descongestionantes, SSI, ambiente, CE
galvanocauterização Exame
Rinite medicamentosa
• Rinoscopia nasal anterior
• Efeito rebote de vasoconstritor nasal tópico, drogas • Endoscopia nasal
sistêmicas (anti-hipertensivos, Aspirina, AINE, • Imagem:
betabloqueadores oftálmicos, estrógenos) e de o RX de seios da face: posição ortostática
aspiração (cocaína) o US: apenas grávidas
• Tratamento: educação + CTC o Incidências: Caldwell (etmoidal e frontal),
Waters (maxilar, frontal, etmoidal), Hirtz
RINOSSINUSITES
(etmoidal, esfenoidal), lateral (esfenoidal,
• Após IVAS viral ou rinite alérgica etmoidal, frontal)
• Resposta inflamatória da membrana mucosa que o TC: padrão-ouro → sinusites crônicas e
reveste a cavidade nasal e os seios paranasais recorrentes, complicações de casos agudos e
• Sinusite aguda: o Streptococcus pneumoniae, indicação cirúrgica
Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis o RNM – suspeita de tumores
• Sinusite crônica: Stafilococcus aureus, germes Rinossinusite aguda
anaeróbios, tuberculose, micose e gram negativos,
isolados ou em associação com Peptostreptococcos • Até 4 semanas
• Critérios maiores: cefaleia, dor/pressão facial,
Anatomofisiologia
obstrução/congestão nasal, rinorreia, hiposmia ou
anosmia, secreção nasal à rinoscopia

Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)


• Critérios menores: febre, halitose, dor dentária, • Liberação da cartilagem lateral superior do septo
otalgia, tosse nasal com bisturi (cuidado com área de Mink)
• Tratamento sintomático (viral), antibioticoterapia • Rebaixamento do septo nasal
(bacteriana) hidratação, vasoconstritores • Retirada da giba óssea
• Bacteriana: sintomas pioram após 5º dia, persistem • Utilização da raspa (retoques)
por mais de 10 dias, dor > obstrução • Fraturas laterais: para afinar, utilizar escolpo com
o Pneumococo, H. influenzae e M. catarrhalis guia
o ATB por 10-14 dias: Amoxicilina, Amoxicilina + • Fratura paramediana: se necessário
Clavulanato, Cefalosporinas, Fluorquinolonas
Anestesia
Rinossinusite crônica
• Local com sedação: cirurgia mais rápida
• > 12 semanas • Anestesia geral: segura, imobilização do paciente –
• Dor < obstrução pode ser feita infiltração com local + vasoconstritor
• Pode agudizar para diminuir sangramento
• Mesmos critérios da aguda, porém cefaleia e fadiga
Cirurgia da ponta nasal
são critérios menores
• Bacteriana: • Mais complexa
o S. aureus, anaeróbios gram-negativos • Incisão intercartilaginosa
o ATB por 21 dias a 6 semanas: Clindamicina, • Técnica de eversão ou Mackinro
Metronidazol, Cefalosporina, Fluorquinolonas • Retirada de um triângulo do bordo cefálico na
Rinossinusite complicada cartilagem lateral inferior para afinamento
• Columela hanging: ptose de columela
• Óssea (osteomielite), intracraniana (meningite;
abscesso subdural, extradural ou cerebral; Pós-operatório
tromboflebite de seio cavernoso) ou orbitária • Alta no mesmo dia, indolor
(celulite, abscesso subperiósteo ou orbitário) • 24h de repouso
• Sinais de alerta: • Bandagem externa por 1 semana
o Piora após 72h do início do ATB • Sem exposição solar por 3 meses
o Edema e/ou eritema palpebral • Não usar óculos por 30-40 dias
o Cefaleia + irritabilidade • Edema por técnica cirúrgica
o Alterações visuais • Não há pontos na cartilagem
o Toxemia ou irritação meníngea
o Proptose EPISTAXE

RINOPLASTIA Origem do sangramento

• Nariz caucasiano: incisão interna (técnica fechada) • > 90% em septo nasal anterior (área de Kiesselbach)
→ pele mais fina, mais fácil de corrigir a ponta – ramo labial superior da artéria facial e ramos
nasal, mas os defeitos ficam mais evidentes terminais da artéria esfenopalatina e etmoidal
• Nariz negroide: incisão externa, enxerto → pele posterior
grossa, aumenta a complexidade da moldagem da • 10% em septo nasal posterior ou parede nasal
ponta nasal, mas menor probabilidade de aparecer lateral – ramo esfenopalatino da artéria maxilar →
defeito idosos
• Harmonização • Epistaxe é o sangramento que tem origem no nariz,
rinorragia é o sangramento que passa pelo nariz
Anatomia • Artérias de maior importância: esfenopalatina e
• Estrutura piramidal óssea, septo nasal, cornetos, etmoidal com seus ramos anterior e posterior
cartilagens (lateral inferior – ponta, lateral Etiologia
superior), válvulas do nariz (interna e externa)
• Trauma digital autoinduzido – crianças*
Contraindicações: coagulopatia, infecção, fratura • Trauma de mucosa por medicamentos tópicos
Técnica fechada ou endonasal (CTC, anti-histamínicos)
• Uso de drogas nasais
• Incisão intercartilaginosa e pré-septal: entre lateral
• Trauma em ossos ou septo
superior e inferior, até o septo
• Desumidificação da mucosa nasal (inverno)
• Descolamento do dorso do nariz
• Rinossinusite bacteriana

Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)


• Neoplasia: epistaxe unilateral recorrente resistente • Colunar: jovem, meato médio
às medidas conservadoras → realizar RX • Invertido: invaginação para estroma, relação com
o Angiofibroma juvenil: sangramento carcinoma escamoso, recidiva, homens 50-60 anos.
importante e de difícil controle, em paciente Origina-se no septo nasal tem baixa malignidade –
masculino, criança ou adulto jovem. Não mais frequente na parede lateral
biopsiar! ✓ Provável etiologia: HPV
• Condições sistêmicas: hemofilias, telangectasias ✓ Parede lateral tem maior chance de malignizar
hemorrágicas (síndrome de Osler-Weber-Rendu), ✓ Obstrução unilateral, rinorreia, hiposmia,
coagulopatias, uso de anticoagulantes, AAS, HAS epistaxe, epífora
(controverso) ✓ Exames: videonasoscopia, TAC (capta
• Síndrome de Osler-Weber-Rendu ou Telangectasia contraste), RM (formato cerebriforme).
Hemorrágica Hereditária: displasia fibrovascular ✓ Tratamento cirúrgico
sistêmica que tem como defeito uma alteração da
Pólipos coanais
lâmina elástica e camada muscular da parede do
vaso sanguíneo, que os torna mais vulneráveis → o • Parede de seios da face (provável obstrução de
vaso fica mais endurecido e tem mais facilidade de glândula da mucosa)
romper e sangrar. Doença de transmissão • Antrocoanais (Killian), etmoidocoanais,
autossômica dominante (20% não tem HF). esfenocoanais
Diagnóstico seguindo critérios de Curaçao (≥ 3): • Criança ou adulto jovem
telangectasia em face, mãos, cavidade oral; • Obstrução nasal unilateral
epistaxe recorrente, malformação arteriovenosa • Exames: videonasoscopia, TAC
(MAV) visceral; histórico familiar → não cauterizar • Tratamento cirúrgico: Killian da parede do seio
vasos na suspeita da doença pelo sangramento maxilar
rebote!
Tumores de tecidos mesenquimais
Manejo
• Nasoangiofibroma juvenil:
• Garantir via aérea segura e estabilidade o Benigno, mas agressivo e vascularizado
hemodinâmica o Pode invadir a base do crânio
• História completa: HMF de distúrbios hemorrágicos o Masculino, 9-19 anos
• Exame físico: localização (anterior ou posterior) o Obstrução nasal unilateral, epistaxe
• Remoção de qualquer coágulo recorrente, proptose, amaurose
• Spray de anestésico + vasoconstritor (Neotutocaína o TAC: sinal de Hollman-Miller ou antral
1% e Oximetazolina) ou tampão de algodão o Tratamento cirúrgico
umedecido nessa solução Tumores esqueléticos
• Compressão da ponta nasal por 15 minutos
• Evitar engolir ou aspirar sangue • Cordoma:
• Caso refratário: cauterização (química quando não o Células embrionárias
há sangramento vigente ou galvânica na vigência do o Diplopia, obstrução nasal
sangramento), tamponamento nasal anterior por 1- o Tratamento cirúrgico
3 dias, tamponamento nasal posterior (artéria • Condroma:
esfenopalatina → pode usar sonda de Foley) o Cartilagem
• Falha das medidas conservadoras: ligadura o Difícil diferenciar maligno do benigno
cirúrgica, embolização • Osteoma:
• Complementar: antibióticos, analgésicos, sedativos o Lesão óssea propriamente dita
(se agitação), transfusão, oxigênio (se necessário) o Benigno, crescimento lento, silencioso,
assintomático
TUMORES NASAIS E NASOSSINUSAIS o Seios paranasais (+ frontal)
• Obstrução nasal e rinorreia o TAC: lesões hiperdensas (brilhosas)
• Classificação: epiteliais, tecidos moles, tumores o Tratamento cirúrgico se sinusite ou
ósseos, cartilagenosos deformidade estética
• Displasia fibrosa:
Papiloma nasossinual o Tumor ósseo fibroso
• Origem: Epitélio Scheneideriano o Lesão pseudoneoplásica, recidivante
• 2º tumor mais comum nasosinusal o Defeito congênito (criança e adolescente) em
• Evertido: vestíbulo nasal que um tecido fibroso substitui o osso
o Sexo feminino
Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)
o Síndrome de McCune-Albright: forma • Imagem: RX na incidência de Waters* (naso-mento-
poliostótica, mancha cutânea placa), Caldwell (fronto-naso-placa), Hirtz
hiperpigmentada, sexo feminino na (zigomático), perfil. TC é padrão ouro para terço
puberdade médio e superior, axial, coronal*, sagital (côndilos
• Fibroma ossificante: da mandíbula e assoalho da órbita)
o Tumor ósseo fibroso • Cirurgia: esperar diminuir edema, avaliar a parte
o Mulher negra, 30-40 anos neurológica → operar em até 15 dias (7-10 em
o Forma monostótica adultos, 5-7 em crianças)
o Bom prognóstico, baixa recidiva o Fixação interna rígida – titânio (absorvível na
Tumores malignos criança), semirrígida (fio de aço) → não usar fios
de Kirschner
• Carcinoma epidermoide: homem, 60 anos, epistaxe o Enxertos ósseos da calota craniana, septo nasal
e obstrução nasal, lesão vegetante com invasão do para cartilagem
palato duro
• Estesioneuroblastoma: tumor de terminações do Fratura de ossos nasais
NC I. 30 anos, invade base do crânio, classificação • Mais frequente (perde pra punho e clavícula)
de Kadish • Dx: Dor – edema – desvio de eixo nasal – epistaxe –
TRAUMA FACIAL hematoma – crepitação – equimose periorbitária
• RX perfil, incidência de Waters
• Homens adultos jovens, acidente de trânsito • Tratamento: operar se comprometer respiração
• Reestabelecer função e estética Criança: cx + imobilização gessada 5-7 dias
• ATLS: VA em 4-5 minutos/IOT, risco de • Complicações: hematoma bilateral de septo nasal,
broncoaspiração, posição sentado ou semi-sentado drenagem de emergência; infecções e abscesso de
com cabeça fletida septo podem fazer trombose de seio cavernoso;
Trauma de partes moles meningite; laterorrinia

• Limpeza cirúrgica e fechamento imediato → ligar Fratura de mandíbula


vasos, sutura plano a plano, anastomos e nervos • Dor – edema – deformidade – mobilidade anormal
• NC VII: mímica – disfunção – crepitação – hematoma – paresias
• Evitar drenos em face, só se infecção (trigêmeo) – hálito fétido
• Vias lacrimais: pálpebra com sutura nos 3 planos, • Pesquisar fratura em côndilos
recanalizar via lacrimal com silicone. Úlcera de • RX panorâmico → incidência de Towne para
córnea se lesão do nervo zigomático. Resultado côndilos
pós-operatório 6-8 meses • Cirurgia: só se desvio → acesso externo se fratura
• Lábios: sutura nos 3 planos, retalhos. Se comissura, cominutiva ou periodontopatia
nova cirurgia após 6 meses → vacinação • Complicações: disoclusão – pseudoartrose –
• Cartilagem nariz e orelha: reconstruir 3 planos, anquilose de ATM – infecção/osteomielite
nylon incolor inabsorvível • Pode ser feita propositalmente para correção de
• CE: seio paranasal e glândula salivar não toleram. prognatismo
Palpar sempre e retirar. RX
Fraturas da maxila
Fraturas de face
• Classificação de Lefort: I (dentes), II (até etmoide,
• Diagnóstico precoce (palpação + imagem) → lâmina crivosa, fístula liquórica), III (solta face da
reduzir e fixar internamente base do crânio)
• Palpar órbitas, nariz, arco zigomático → realizar • Não assoar nariz, mastigar, deitar do lado fraturado
oclusão de maxila e mandíbula • Dor – edema – hematoma – disoclusão –
• Trauma de terço médio: fratura de maxila (abrir a hipoestesia – rinorragia – mobilidade – dificuldade
boca, tracionar pelos dentes), nariz, fístula de deglutição – enfisema subcutâneo – liquorragia
liquórica, sialorreia • TC é o melhor exame – RX e planigrafia
• Traumas frontais: nervo olfatório (envolto por • Donkey face (face alongada), equimose em olhos,
meninges, se romper pode fazer fístula liquórica, hemorragia subconjuntival, epistaxe
tem risco de meningite e penumoencéfalo) →
corrigir na criança (deformação com crescimento), Fraturas da órbita
mento + côndilo (não cresce mandíbula) • Tratar em até 15 dias, para evitar atrofia muscular
• Teto: frontal, asa menor do esfenoide

Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)


• Parede lateral: zigomático, frontal, asa maior do • S. pyogenes – estreptolisina O e S, toxinas
esfenoide eritrogênicas (escarlatina)
• Assoalho: zigomático, maxila, palatino • Transmissão por saliva
• Parede medial: maxila, lacrimal, frontal, etmoide • Incubação: 4 dias
• Dor, edema de pálpebra, hematoma palpebral, • Dor de garganta, febre > 38°C, disfagia, LNM
equimose subconjuntival – alterações visuais – submandibular dolorida, hiperemia, edema de
diplopia – hipo/anestesia – contorno ósseo – mucosa, exsudato e criptas com pontos purulentos,
enoftalmia/proptose – ptose – lesão de vias petéquias em palato, adenite cervical
lacrimais • Exames:
• TC é o melhor exame – RX Waters, Caldwell, Hirtz o HMG: leucocitose com DNE e neutrofilia
• Cirurgia o Testes rápidos
• Fratura blow-out: assoalho e parede medial da o Teste direto Gen-Probe para S. pyogenes
órbita, mas com contorno íntegro → faz diplopia o Elevação da ASLO após uma semana
• Tratamento:
Fraturas do arco zigomático
o Sintomático
• Dificuldade de mobilização da mandíbula. Úlcera de o ATB: melhora sintomas, previne complicações
córnea (ramo zigomático) • Retorno às atividades após 48h de tratamento
• Jogador de futebol • Recaída: tratamento inadequado
• Redução • Recorrência
Fraturas craniofaciais • Complicações: FR, glomerulonefrite aguda,
escarlatina, bacteremia, endocardite, otite,
• Face e crânio meningite, abscesso periamigdaliano, pneumonia
• Mais comuns são (fronto) naso-etmoido-orbitárias
Faringotonsilites recorrentes
• Altera voz (diminui seios da face)
• Dor – edema – hematoma – equimose • Febre periódica, estomatite, faringite, adenite
subconjuntival – alterações visuais – diplopia – cervical
hipo/anestesia – alteração contorno – enoftalmia/ • A cada 8 semanas
proptose – motilidade olho – neurológico – • Genes NLRP3
liquorreia – ptose – anosmia – otorragia – paralisia • Tratamento:
facial – sinal de Battle o Amoxicilina, Amoxicilina + Clavulanato
• TC (sem contraste se olho pulsátil à palpação), RX o Amigdalectomia – 7 episódios/ano, 5 episódios
face e crânio em 2 anos ou 3 episódios em 3 anos
• Cirurgia: bicoronal, W-shaped (calvos) consecutivos
FARINGOTONSILITES Tonsilite crônica
• Anel linfático de Waldeyer: adenoides, amígdalas • Odinofagia > 3 meses + inflamação amígdala
tubárias, amígdalas palatinas e amígdalas linguais • Caseum, eritema peritonsilar, adenopatia cervical,
Virais hipertrofia ou atrofia, anaeróbios + grupo A
• Hipótese do biofilme
• Adenovírus, rinovírus, coronavírus, Influenza • Complicação supurativa: abscesso peritonsilar
• Quadro: febre, exsudato, mialgia, coriza, obstrução o Dor intensa unilateral, trismo, disfagia, febre,
nasal abaulamento unilateral
• Mononucleose infecciosa: o Drenagem e ATB
o EBV, CMV, toxoplasma, adenovírus, hepatite
Faringotonsilites específicas
o Mais jovem = menos severo
o Transmissão por saliva • Difteria:
o MEG, febre, dor de garganta o Crianças até 10 anos
o Exsudato branco amarelado, edema de úvula e o Dor de garganta leve, febre baixa, sinais de
palato toxemia, prostração, placas
o Adenopatia cervical posterior pseudomembranosas
o Espleno e/ou hepatomegalia o Tratamento: soro antidiftérico até o 3º dia.
o Diagnóstico: HMG (linfócitos atípicos), reação o Vacina para contactantes
de Paul-Bunnel-Davidson, IgG/IgM anti-VCA • Angina de Plaut-Vincent:
o Tratamento: hidratação, analgésico, repouso o Saprófitas
Bacterianas inespecíficas o Má higiene, desnutrição, mau estado dentário

Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)


o Lesão ulceronecrótica unilateral com exsudato
pseudomembranoso fétido
Câncer de tonsilas
• Lesão ulceronecrótica unilateral
• Etilismo, tabagismo, HPV

Ana Sturm (76) + Dani Vendramini (77)

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