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 Alta contagiosidade, endêmica em áreas com

precárias condições socioeconômicas, transmitida


São a principal causa de olho vermelho. por contato próximo ou insetos veiculadores (mosca)
 Crônica, bilateral, causa entrópio (pálpebra se volta
Viral para dentro) e triquíase (implantação anômala do
cílio) e evolui com comprometimento grave da
 Mais comum
córnea
 Principal agente etiológico: Adenovírus
 Altamente contagiosa
 Período de incubação de 5-12 dias, dura 1-2 semanas
(autolimitada)
 Quadro clínico: desconforto, secreção matinal e
mucoide, lacrimejamento
 Ao exame: reação folicular tarsal (folículos
aumentados que geram sensação de areia no olho),
muco, quemose (conjuntiva edemaciada), adenopatia
pré-auricular
 Tratamento: compressas frias e lubrificantes

 Complicações

Primeiro ocorre uma inflamação tracomatosa inicial, que


 Membrana inflamatória:
evolui para uma inflamação intensa, gerando um cicatriz
tratamento com corticóide tópico
na conjuntiva que forma uma fibrose causando a inversão
e retirada mecânica
da pálpebra, em que promove o toque do cílio com a
 Infiltrados subepiteliais:
córnea  toque crônico = leucoma (opacificação da
tratamento com corticóide tópico
córnea)
ou AINE tópico
 Neonatal
 Chlamydia trchomatis: período de incubação de 5-14
Bacteriana dias, reação papilar, pseudomembrana, secreção
 Principais agentes etiológicos: Staphylococcus mucopurulenta; Tratamento com eritromicina VO
aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus por 14d
influenzae  Neisseria gonorrhoeae: período de incubação de 24-
 Contagiosa 48 horas, intensamente purulenta, membrana;
 Período de incubação de 5-7 dias e dura de 7-10 dias Tratamento com cefotaxime ou ceftriaxone IV por 7
 Quadro clínico: vermelhidão, desconforto, secreção dias
matinal aderente e purulenta  Química: causada pela profilaxia para gonococo em
 Ao exame: reação papilar, formação de que se utiliza nitrato de prata a 1% no nascimento, é
pseudomembrana/membrana leve e dura de 24-36 horas; não deixar de fazer a
 Tratamento: compressas frias, lubrificantes, profilaxia
antibiótico tópico (tobramicina, ciprofloxacina,
quinolona) por 5-7 dias  Alérgicas
 Hipersensibilidade tipo I (imediata, IgE, mastócitos)
 Gonocócica  Início abrupto
 Hiperaguda  Bilateral
 DST, intensamente purulenta  Lacrimejamento, secreção mucoide, quemose,
 Tratamento sistêmico: ceftriaxone 1g IM prurido intenso
 Risco de perfuração  Tratamento: colírio anti-histamínico, lubrificante e
lavagem com soro fisiológico
 Tracoma
 Chlamydia trachomatis A, B, Ba e C

Giovanna Filardi 6º semestre Oftalmologia


 Tóxicas: hipersensibilidade tipo IV
 Intensa reação folicular e blefarite eczematosa
 Pode ser causada por maquiagem, substância que  Cerarite alteração superficial do olho, desepitelização
entre em contato com o olho da córnea  mais leve
 Mecânicas  Úlcera desepitelização e acometimento do estroma da
 Corpos estranhos, lentes de contato de uso crônico córnea
 QC: hiperemia, dor intensa, fotofobia, miose, sensação
 Associadas a doenças sistêmicas de corpo estranho, blefarosespasmo (paciente não
 Reiter, Síndrome de Sjogren, colagenoses, Stevens- consegue abrir o olho facilmente), BAV, secreção
Johnson, sarcoidose, hipertiroidismo  Tratamento: ATB tópicos, lubrificantes, cicloplégicos
 Avaliar conjuntivites de repetição (para dor), tx de córnea

 Úlcera herpética
 Unilateral, recidivante
 Coleção de sangue  rompimento de vaso da  Tratamento:
conjuntiva - Antivirais tópicos (aciclovir pomada oftálmica)
 Comum, benigna, autolimitada - Antivirais sistêmicos (aciclovir VO)
 Pequeno trauma, manobra de Valsalva, HAS - Corticoide tópico na ceratite estromal e endotelite
descontrolada, uso de anticoagulantes (casos mais profundos), o quadro pode piorar em casos
 Tratamento: orientações (benignidade e compressa não profundos
de água morna), lágrimas artificiais  Profilaxia: aciclovir oral por 12 m

Bacteriana
 Principais agentes etiológicos: S. aureus,
 Inflamação superficial da Pseudomonas (lentes de contato) mais comum
esclera  Quadro clínico: agudo, unilateral, dor, fotofobia
 Aguda, benigna, autolimitada e intensas, lacrimejamento, quemose, hiperemia
geralmente unilateral  Presença de úlcera estromal (central com opacidade
 Idiopática em 70% dos casos esbranquiçada)
 Associação sistêmica: LES, AR,  Complicações: leucoma, perfuração endoftalmite
espondiloartropatias  Tratamento: colírio atb (vigamox/ zymar/ colírifos
soronegativas fortificados 1/1 hora)
 Quadro clínico: hiperemia,
desconforto dolorido,
lacrimejamento
 Tratamento: lubrificantes e AINES tópicos

 Vasos mais profundos da esclera  vasos violáceos


 Grave, risco de perfuração escleral Fúngica
 Associação a doenças inflamatórias sistêmicas (50%)  Trauma vegetal – fungos filamentosos: Aspergillus,
– AR (1/3), LES, Sd de Wegener, PAN, sarcoidose, fusarium (entra através da córnea desepitelizada e se
tuberculose e sífilis prolifera no estroma)
 Vasculite imunomediada  Imunocomprometidos – fungos leveduriformes:
 Quadro clínico: hiperemia, dor intensa, fotofobia, Cândida (sem história de trauma)
lacrimejamento  Quadro clínico: insidioso, unilateral, dor leve. Úlcera
 Tratamento: específico da doença  AINE VO, circular de bordas hifadas e presença de lesões
corticóides sistêmicos, imunossupressores satélites
 Tratamento: colírio
antifúngico – anfotericina
B, natamicina, primaricina

Giovanna Filardi 6º semestre Oftalmologia


Amebiana  Quadro clínico: dor, fotofobia, BAV, hiperemia,
hipópio (pus entre córnea e íris), vitreíte
 Principal agente etiológico: Acanthamoeba  Tratamento: ATB IV, vitrectomia e evisceração (tira
 Protozoário de vida livre conteúdo do olho)
 Comum em usuários de lente de contato, banho em
piscinas e águas paradas
 Quadro clínico: insidioso, unilateral, dor de grande
intensidade (quase não consegue abrir o olho para
pequena lesão)
 Tratamento: biguanida ou clorexidine por 6 a 12
meses
 Pode ser evitado por higiene maior
 Idade, menopausa, fatores ambientais (exposição ao
vento), medicamentoso (fluoxetina, roacutan), lentes
de contato, Lasik (cirurgia coreçao de grau), sd de
Sjogren, hipovitaminose A, herpes, blefarite e
exposição ocular

Blefarite
 Inflamação da pálpebra
 Corpo estranho: atb por 7 dias, tira o corpo estranho  Estafilocócica: rosácea (descamação da pele facilita a
e colírio instalação)
 Queimaduras  Seborreica: dermatite seborreica
- Química: Alcalinos mais graves que ácidos
- Térmica

 Inflamação da íris (irite) e corpo ciliar (iridociclite)


 50% idiopática, unilateral, 25-50 anos
 20% espondiloartropatias soronegativas: espondilite
anquilosante, artirite reativa, sd de Reiter, artrite
psoriática, artrite enteropatica Meibomite
 10% AR juvenil: causa mais comum de uveíte anterior  Lesão crônica da glândula de Meibomius na margem
em crianças posterior da pálpebra
 Ceratouveíte herpética, sarcoidose, Behçet  Obstrução da glândula, por exemplo
 Quadro clínico: hiperemia, dor intensa, fotobia, BAV
 Ao exame: RCA (reação de câmara anterior) – células
que não eram para estar que atravessam a barreira do
endotélio = flares (neblina), precipitados ceráticos
(não granulatomatoso ou granulomatosos na parte
interna da córnea), sinéquias posteriores (íris gruda
no cristalino), miose
 Tratamento: corticoide tópicos + cicloplégicos  Tratamento:
Limpeza palpebral, principalmente na borda dos cílios,
ATB tópico ou oral

Hordéolo
 Inflamação aguda e dolorida, principalmente na
glândula de Meibomius  inflamação com zona de
drenagem
 Infecção do olho por agente após  Tratamento: ompressa
 Exógena: trauma, cirurgia (mais comum) morna, pomada de
 Endógena: via hematogênica (anemia falciforme ou corticoide e ATB e limpeza
imunossuprimido com infecção por germe palpebral
encapsulado)
Giovanna Filardi 6º semestre Oftalmologia
Calázio
 Crônico, sem atividade
inflamatória
 Exérese cirúrgica

Pinguécula
 Depósitos branco-amarelados na conjuntiva (não
invade o limbo), mais comum, inócuo e benigno
 Tratamento: apenas na pingueculite – AINE tópico

Pterígio
 Crescimento fibrovascular de tecido conjuntival
degenerativo  passas dos limites do limbo para
córnea
 Relacionado ao clima quente e exposição solar
 Tratamento: exérese cirúrgica

Celulite periorbitária
 Quadro clínico: sem BAV, sem restrição da MOE,
quadro mais benigno
 TC: sem invasão do
septo orbitário 
externa
 Tratamento: ATB VO

Celulite
 Quadro clínico: BAV, restrição da MOE, proptose,
mais severo
 TC: com invasão do septo orbitário  pode entrar em
contato com nervo óptico
 Tratamento: ATB EV com internação hospitalar

Giovanna Filardi 6º semestre Oftalmologia

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