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ATOPIAS WILMA VIVIANE

REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE
Rotas de entrada do antígeno
INTRODUÇÃO ♥ Pele
♥ Atopia: predisposição para desenvolver reação ♥ Trato gastrointestinal
alérgica. ♥ Trato respiratório
♥ O termo significa um estado de hiper-
responsividade em um ou mais órgãos devido o Entrada do antígeno → célula dendrítica engloba
contato com algo do ambiente (antígeno) e que tem antígeno → linfonodo ou circulação.
um mecanismo imunológico envolvido.
♥ Estado de hipersensibilidade: é o período durante Reação de hipersensibilidade tipo I (imediata)
o qual o paciente se encontra em reação alérgica.
♥ Organismo sensibilizado: é quando o indivíduo se
encontra mais suscetível aos alérgenos, podendo
apresentar outras alergias concomitantemente.

INCIDÊNCIA
♥ Herança genética:
▫ 50% → se um dos pais for alérgico;
▫ 66% → se ambos os pais forem alérgicos;
♥ Multiplicidade dos genes: quanto mais genes
ocorrerem na família, mais predisposição para
tríade alérgica: asma + rinite + dermatite atópica.

OBS: não é obrigatório que a criança tenha a tríade de


doenças, a mesma pode ter uma, duas ou as três
doenças.

EPIGENÁTICA
♥ São as modificações do genoma que será herdado
nas próximas gerações, ou seja, mesmo se a mãe e o
pai não tiverem genes para alergia a criança, através
da epigenética (através de causas externas), pode
desenvolver tolerância ou sensibilização para
determinada alergia (pode desenvolver a doença).

TEORIA DA HIGIENE ♥ Ocorre em estados inflamatórios de mucosas e/ou


♥ A melhoria da higiene e a redução das doenças pele/ Mediada por IgE;
infecciosas nas sociedades mais ricas estão ♥ Receptores FcE de ata afinidade em mastócitos.
associadas a frequência mais elevada de atopia. ♥ A fase mais tardia ocorre através dos leucotrienos
▫ Países desenvolvidos = 20% (potentes vasodilatadores, broncoconstritores e
▫ Países em desenvolvimento = 3-4% estimuladores da secreção de glândulas submucosa,
além de atuarem na quimiotaxia atraindo
TRIPÉ DAS ATOPIAS eosinófilos para o local da reação).

BASES GENÉTICAS + MECANISMOS Fases da hipersensibilidade tipo I


IMUNOLÓGICOS+ FATORES AMBIENTAIS ♥ Fase aguda precoce (minutos): degranulação dos
mastócitos com liberação de substâncias pré-
formadas e desenvolvimento de edema tecidual por
MARCHA ATÓPICA aumento da permeabilidade vascular e aumento do
♥ É a progressão sequencial de condições alérgicas fluxo sanguíneo. Ex: prurido nasal, espirros,
diferentes observadas a partir dos primeiros anos de broncoespasmo, dor abdominal;
vida. ♥ Fase aguda tardia (6-24h): infiltração de células o
tecido inflamatório (neutrófilos, basófilos e
eosinófilos). Observa-se edema, eritema, induração
cutânea, obstrução nasal e broncoespasmo.
♥ Fase tardia (dias a anos): remodelamento
brônquico (asma brônquica); remodelamento
cutâneo (dermatite atópica).
OBS: lembrar que as reações alérgicas ocorrem, Urticária
geralmente, em duplas curvas. Tratar a crise e se liberar
o paciente prescrever medicação para casa. ♥ É o aparecimento transitório de
pápulas pruriginosas, eritematosas
Exemplos de hipersensibilidade tipo I (ATOPIAS) subcutâneas e/ou intradérmicas.

Localizadas Tratamento
♥ Rinite alérgica ♥ Anti-histamínicos
♥ Conjuntivite alérgica ♥ Corticoides orais/ injetáveis
♥ Asma brônquica
♥ Dermatite atópica Angioedema ou edema de Quincke
♥ Urticária e angioedema
♥ Alergia alimentar ♥ É o edema da derme profunda, do
tecido celular subcutâneo e
Generalizadas submucoso.
♥ Anafilaxias
▫ Por medicamentos: penicilinas; cefalosporinas,
tetraciclinas, anfotericina, gamaglobulina
humana; Rinite alérgica
▫ Picadas de insetos: abelha, vespa, formiga; ♥ Doença inflamatória da mucosa nasal mediada por
▫ Alimentos: leite, ovos, amendoim, peixes, IgE, caracterizada clinicamente por rinorreia,
crustáceos; obstrução nasal, espirros e prurido nasal.
▫ Látex

Alérgenos
♥ Poeira doméstica → ácaro
♥ Mofo (fungos)
♥ Barata (pó da barata e seus componentes)
♥ Pelos de animais (gatos e cães) → não é apenas o
pelo que causa alergia, mas também o epitélio do
mesmo.
♥ Gramíneas e pólens
♥ Alimentos
OBS: agravantes → não entram no processo de
hipersensibilidade. Ex: fumaça de cigarro, perfume, ♥ É comum a presença de marca
poluição, produtos de limpeza, mudança de horizontal na pele acima da
temperatura. ponta nasal (prega nasal
transversa) e 60% das crianças
alérgicas apresentam edema
bipalpebral, coloração azul-acinzentada abaixo das
PRINCIPAIS ATOPIAS pálpebras (estase venosa) e em muita é possível
identifica a linha de Dennie morgan (segunda prega
Dermatite atópica palpebral).
♥ Forma infantil: lesões Tratamento
eritematoexsudativas que ♥ Anti-histamínicos orais
apresentam-se na região ♥ Cosrticoesteróides tópicos nasais (↓ todos os
malar, áreas extensoras. sintomas = efeito máximo alcançado na 2ª semana)
♥ Higiene Nasal
♥ Forma juvenil ou pré- ♥ Higiene ambiental
puberal: apresenta-se como xerose (ressecamento ♥ Imunoterapia (para > 5 anos)
patológico de pele ou mucosas) e descamação de
áreas flexoras. Conjuntivite alérgica
♥ Em crianças e adolescentes a conjuntivite pode
Tratamento ocorrer isoladamente, em associação com a rinite
♥ Hidratação da pele (Controle do prurido) alérgica (rinoconjuntivite alérgica) ou em
♥ Cosrticoesteróides tópicos associação com a dermatite atopica.
♥ Imunomoduladores tópicos ♥ Sintomas: prurido, hiperemia, lacrimejamento,
quemose conjuntival (edema).
OBS: CUIDADO → se não tratada a criança pode DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
perder a visão. ♥ Eosinofilia (> 450 eosinófilos/µL)
▫ Secreção nasal → eosinófilos > 4% (criança
Alergia ao látex pequena)
♥ Oriunda de uma proteína do látex chamada de ▫ Secreção brônquica → eosinófilos > 10%
heveína, cujos grupos de risco são: indivíduos com (adolescentes)
espinha bífida; portadores de malformações ♥ Medidas de IgE
congênitas e profissionais de saúde. ▫ IgE sérica total (alguns pacientes podem ter IgE
♥ Prevenção: evitar luvas de látex e usar luvas de sérica elevada e não serem alérgicos)
vinil, nitrila, polietileno ou de PVC e considerar OBS: 50 % dos pacientes atópicos podem não
ambientes cirúrgicos látex-free. apresentar IgE sérico total aumentado.
▫ IgE específica RAST através do método
Reação anafilática ImmunoCAP (tipos: Phadiatop Europa/
♥ Reação potencialmente fatal Phadiatop USA/ Phadiatop infants);
 Pool de alérgenos (poeira, mofo e barata)
Tratamento observa-se se haverá alergia ou não voltado
♥ ABC (Basic Life Support) para o sistema respiratório.
♥ Adrenalina 0,01ml/kg  Grupo de alérgenos de mesma categoria
(pelos de animais) → uso para triagem.
REAÇÕES ADVERSAS - ALIMENTOS  Alérgenos isolados
▫ Exclusão do alérgeno e provocação: retira-se da
Intolerância criança o agente causador e posteriormente a
♥ Não passam pelo processo imunológico. expõem novamente e observa a reação.
Ex: intolerância ao glúten. ▫ Duplo-cego placebo controlado (padrão ouro) →
uso em hospitais e estudos.
Hipersensibilidade/ alergia ♥ Alergia molecular = avanço no diagnóstico de
♥ Passa pelo processo imunológico. Ex: alergia ao alergias, significando que as partes dos alérgenos
glúten. podem ser melhor analisadas. Possibilita
♥ Principais alérgenos alimentares: leite, ovo, soja, gerenciamento de como será a alergia de
trigo, amendoim, peixes, frutos do mar. determinada criança. Ex: separam-se as partículas
do ovo → dentro da clara tem várias partículas
alérgenas, assim como na gema → ao isolar as
Alergia alimentar em lactentes partículas no exame poderemos observar se a
♥ Suspender o leite que a mãe toma, pois esse é rico criança poderá num futuro comer o ovo ou se ela
em caseína e betalactoglobulina (proteínas nunca poderá comer ou fazer uso de nada (Ex:
alergênicas), as quais passam pelo leite materno. vacinas veiculadas com partículas do ovo) que
♥ Observar também o consmo de ovo materno, pois contenham ovo.
esse é rico em ovoalbumina, também alergênico.
Diagnóstico diferencial de eosinofilia
Pacientes alérgicos, geralmente, possuem
EXAMES eosinofilia no sangue periférico (> 450
eosinófilos/µL), sendo esta a anormalidade
In vivo hematológica mais comum nos atópicos. Todavia,
♥ São exames realizados no próprio paciente. outras condições podem ter eosinofilia, como:
♥ Eosinofilia familiar
♥ Prematuridade
Teste cutâneo de leitura imediata ♥ Doenças parasitárias
♥ Realizado na face anterior ♥ Doenças bacterianas (infecção por Clamydia)
do antebraço em que é ♥ Doenças micobacterianas (TB, Hanseníase)
injetada a substância e ♥ Doenças virais (Hepatite B)
observa-se a reação ♥ Doenças fúngicas (histoplasmose, Aspergilose
(eritema e enduração). Broncopulmonar Alérgica)
▫ Por puntura ♥ Linfomas e leucemias
▫ Intradérmico (contraindicado em suspeita de
ANTI-HISTAMÍNICOS FÁRMACOS
alergia alimentar → risco de reação anafilática) Clássicos Dextroclorfeniramina
(1ª geração) Hidroxizina
Atravessam BHE/ sono Clemastina
In vitro
Prometazina
♥ São exames realizados no soro do paciente Cetirizina (> 6 meses)
Não Clássicos Loratadina (> 2 anos)
(2ª geração) Desloratadina (> 6 meses)
Fexofenadina (> 6 anos)

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