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AFECÇÕES COMUNS NA APS - PEDIATRIA

PECULIARIDADES DO RN E LACTENTE JOVEM A conjuntivite é uma emergência médica na pediatria, ela


pode levar a cegueira. O nitrato de prata é utilizado para
 Anatomia – em formação, maturação. prevenção de conjuntivite bacteriana, no entanto, ele
 Fisiologia; também pode levar à conjuntivite química.
 Hipersensibilidades funcional – via aérea superior
muito imatura, libera mais secreção; Ao nascimento, necessariamente, o RN tem que evacuar
 Hipersensibilidades sensoriais; nas primeiras 24h. caso não haja a evacuação, pensar em
 Dependência  cuidador; obstruções.

Retração é crônico, retrai. Tiragem é agudo, há uma


SINAIS DE GRAVIDADE – ALERTA
depressão, é um sinal de depressão ventilatória. Crianças
 “Meu bebê não está bem” – frase comum na APS, fazem tiragem subcostal (musculatura ainda é frágil e os
buscar saber o que é não estar bem. ossos são cartilaginosos) e adultos, tiragem intercostal.
 Alterações constitucionais – Neonatal:
É comum crianças com febre apresentarem convulsões. Isso
peso, se é prematuro;
se deve à imaturidade do SNC, a convulsão febril não é pelo
 Alterações e/ou alternâncias de atividade
aumento da temperatura, mas sim pela ativação rápida do
– paciente letárgico; hiperativo; dormindo
tálamo.
muito tempo;
 Alterações térmicas – pele: febre;
HABILIDADES E ATITUDES DA GRAVIDADE
 Alterações respiratórias – circulatórias;
 Alterações gastro – intestinais: vômitos  Urgência x Emergência: na emergência há risco
espontâneos; eminente de óbito;
 Alterações neurológicas: convulsão,  ABCDE – PALS; para situações de emergência.
síncope.  Buscar a estabilização do paciente;
 Encaminhar de forma segura a uma Atenção
Febre: a temperatura anal é a mais fiel.
Secundária/ terciária.
 Febre em aferição axilar: 37,8°
 Subfebril: 37,6 e 37,7°
PROBLEMAS COMUNS
 Febre baixa: 37,8 a 38,5°  Afecções cutâneas;
 Febre moderada: 38,6 a 39,5°  Afecções relacionadas ao umbigo;
 Febre alta: 39,6° a 40°  Afecções anatômicas – aparelho genital e quadril;
 Hipepirexia: acima de 40°  Afecções orais comuns;
 Afecções gastro-intestinais;
Respiração é o ato de inspirar e expirar e a ventilação é a
 Afecções da VAS.
troca de gases. O paciente pode estar taquipneico e não ter
alterações de ventilação.
AFECÇÕES CUTÂNEAS
 Pústulas ou vesículas na pele: pode remeter a
ICTERÍCIA NEONATAL
infecções bacterianas;
 Secreções purulentas – olhos, ouvido, umbigo;
 Sangramentos (alterações na pele);
 Distensão abdominal: obstrução, esfíncter anal
não pérvio;
 Desconforto respiratório-ventilatório: pode
apresentar batimento de aletos nasais (nem
sempre é sinal de gravidade, deve analisar o
paciente como um todo), uso de musculatura
acessória, tiragem subcostal (em crianças),
taquipneia, bradipneia, queda da saturação;
 Acúmulo de bilirrubina nos tecidos –
 Insuficiência circulatória: perfusão periférica
hiperbilirrubinemia indireta (níveis acima de
prejudicada (cianose, palidez), tempo de
5mg/dl).
enchimento capilar aumentado.
 Causas: baixa funcionalidade do fígado, hemólise  Tipos:
importante no momento do parto e aleitamento  Cristalina;
materno.  Rubra;
 60% RNT/ 80% RNPT Tardio.  Pustolosa ou profunda.
 Reflete uma adaptação Neonatal Fisiológica;  Cuidados de prevenção e controle;
 Patológico: atinge níveis superiores a 17mg/dl.  O tratamento só é demandado em casos que há
Pode causar encefalopatia bilirrubinica. infecções secundárias.
 Significante: 17
 Grave: 25 DERMATITE DA FRALDA
 Extrema: 30
 Fatores de Risco: prematuridade, hemólise,
icterícia com menos de 24h.
 Avaliação clínica: Zonas de Kramer.

 É a assadura.
 Alta prevalência: 25% das crianças apresentarão
até os 2 anos -SBP.
 Fraldas de Pano x Descartáveis: as fraldas de pano
causavam mais dermatites de contato.
Zonas de Kramer.
 Umidade e Calor – material orgânico  dermatite.
 Investigação etiológica;  Aspecto irritativo por contato, candidose,
 Conduta: fototerapia (sempre com proteção bacteriana, sensibilidade;
ocular) se houver indicação. Até zona 2, indicar  Conduta é conforme a causa.
banho de sol 2x ao dia.  O zinco possui um grande potencial regenerativo,
por isso é utilizado como pomada.
 Medidas de Higiene e Medicamentos.

DERMATITE SEBORRÉICA

MILIÁRIAS

 Diferencial dermatite atópica.


 Patogênese mal esclarecida, é muito associada ao
Malassesia furfur.
 Dois picos de Incidência até os 3 meses de idade e
na vida adulta.
 Exantema eritematoso oleoso;
 Couro cabeludo, face, retro-auricular, pré-esternal,
dobras.
 Sem prurido ou irritação;
 É uma dermatite que acomete, principalmente, as  É autolimitado;
glândulas sudoríparas imaturas.  Tratamento: óleos, corticoides, antifúngicos.
IMPETIGO GRANULOMA

 Lembrar dos agentes de colonização;


 Infecção secundária superficial da pele;
 Impetiginização;  Acúmulo de macrófagos e linfoides que não
 Erisipela x Celulite  pensar quando há conseguiram ser auto resolutivos.
acometimentos mais profundos da pele.  É necessário cauterização com nitrato de prata
10%.
AFECÇÕES RELACIONADAS AO UMBIGO
ONFALITE
UMBIGO

 Urgência pediátrica.
 Processo inflamatório no coto umbilical, maior
 Formado por 2 artérias e 1 veia  maior probabilidade de sepse.
necessidade de nutrição do que de retorno.
 Anatomicamente pérvios até 10 a 20 dias de vida; AFECÇÕES ANATÔMICAS
 Queda até a 2ª semana de vida;
FIMOSE
 Cuidados de assepsia e manipulação.
 Higienização é indicada a cada troca de fralda, com
um cotonete com álcool 70%, é necessário secar
após a higienização.

HÉRNIA UMBILICAL

 Estreitamento prepucial distal.


 Não retrátil em até 96% ao nascimento;
 Fisiológica até os 5 anos;
 Até os 3 anos, 90% deve estar com a glande
exposta.

 Desaparece até os 4 meses em geral, se


permanecer, suspeitar de hérnia tardia.
 Cirurgia estética após os 4 anos;
 Não usar faixas nem moedas.
 Várias formas anatômicas e anormalidades
associadas.
 Correção cirúrgica x fatores de crescimento
epidérmico.

HERNIA INGUINAL E HIDROCELE

 Hérnia inguinal: falha no processo embriológico


do CPV. Oblitera em torno da 36ª semana.

Classificação de Kayaba.

 Pode ter ou não o anel fimótico.


 O tipo V não há fimose, a glande está totalmente
exposta.
 Fimose fisiológica  aderência bálano-prepucial.
 Fimose adquirida: após trauma.
 Balanopostite Aguda: acúmulo de esmegma  1 a 5% (meninos 4-8: 1 meninas) – prematuridade;
devido às dificuldades de higienização.  Redutível; Encarcerada ou Estrangulada;
 Medicamentoso x Cirúrgico: é possível usar  Correção cirúrgica – no diagnóstico;
medicamentos tópicos para auxiliar no  Hidrocele: observar e acompanhar  99%.
descolamento.  É o acúmulo de líquido dentro da túnica
vaginal do testículo.
PARAFIMOSE

Hidrocele.

 Urgência pediátrica;
 Manobra de redução x Cirurgia;

HIPOSPÁDIA

CRIPTORQUIDIA

 É uma anomalia congênita.


 Carrega um conjunto de alterações:
 Localização meato uretral;
 Curvatura peniana;
 Distribuição do prepúcio.
 1-300 nascidos vivos;
 Sem etiologia bem definida – multifatorial;
 Herança poligenética;
 É a locação de uma forma inadequada dos AFECÇÕES ORAIS COMUNS
testículos.
 É necessário ser resolvido. MONOLÍASE ORAL
 9 a 30% (RNPT) e 3 a 6% (RNT);
 1/3 é bilateral, mas 70% dos casos é unilaterais.
72% no canal inguinal.
 1-2% após um ano de idade.a
 Criptorquídicos x retráteis (retrateis, deslizantes,
ascendentes, ectópicos).
 Manobra de palpação;
 Indicar cirurgia após os 6 meses.

 2 a 5% dos RN  10% dos lactentes;


 Agente etiológico envolvido: C. albicans.
 Acometimento global;
 Lesões brancas com halo avermelhado;
 Nistatina ou Miconazol tópicos (tempo de
tratamento: 15 dias).

AFECÇÕES GASTRINTESTINAIS
O INTESTINO

 Hábito intestinal normal? Pode ficar até 10 dias


sem evacuar;
 Fezes habituais? Podem ser amareladas (fórmulas)
ou esverdeadas (aleitamento materno exclusivo,
medicamentos).
 Não pode ser marrom, vermelho ou branco;
 Constipação e diarreias  investigar.

REFLUXO

Manobra de palpação.  Regurgitações x vômitos;


 50% das crianças até os 3 meses têm episódios
DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL diários;
 Refluxo fisiológico não demanda tratamento,
 Luxação/ Sub Luxação; demanda de cuidados pós amamentação.
 Acetábulo retificado – mau prognóstico.  Refluxo é patológico quando a criança passa a
 Manobras de Barlow e Ortolani; perder peso.
 Investigar DRGE, quando não há ganho de peso:
 Sinais: regurgitações, choro.
 Tratamento: medicamentoso ou
cirúrgico.

Nunca dar Plasil para menores de 18 anos  liberação


extrapiramidal.

COLICAS

 Não é provado cientificamente que RNs tenham


cólicas.
 Choro persistente ou irritabilidade excessiva de
 Exame de US, RX. origem indeterminada – SBP.
 Tratamento ortopédico, fraldas não devem ser  Cerca de 1/3 dos lactentes  irritações
utilizadas. paroxísticas.
 Pico com 45 dias (até 3 meses);
 Shantala  melhora significativa.

AFECÇÕES DAS VAS

 Peculiaridades da VAS;
 Colonização da VAS;
 Nasofaringites – faringites/ amigdalites;
 Laringites;
 Otites;
 Bronquiolite/ bronquite/ PAC.

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