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Protocolo de Enfermagem:

Atenção à Gestante com


SÍFILIS
Bauru - SP 1
PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
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e-mail: protocolo_saude@bauru.sp.gov.br

Local: Secretaria Municipal de Saúde de Bauru/SP


Janeiro, 2023.

Versão 1: 2018 (Plano Municipal de Enfrentamento da Sífilis, Bauru)

Responsáveis:
Ana Carolina Viranda Pereira Lopes Jussemi Biazon Daltin
Ana Paula Balderrama Carvalho de Oliveira Lucila Paula Manso Bacci
Cristiane Aparecida Carlos da Silva Maristela Pastore Oliveira
Dayane Paixão Hokama
Meire Belchior Pranuvi
Deborah Catherine Salles Bueno
Deborah Maciel Cavalcanti Rosa Michele Cristina Vermelho
Eliane Regina Catalano Monteiro Paulo Roque Carlotto
Ezequiel Aparecido dos Santos Renata Colaço Ribeiro
Fabiana Vieira Solfa Renata Roledo Masotti Arcelis
Isabela de Goes Gagliardi Renata Silveira Rocha
Islaine Maressa Pelegrina Roseli D’Ávila Vasconcelos
Janete Aparecida Fraga da Silva Soniga
Thiago Grossi Rocha
José Roberto Berber Perez
Josiane Fernandes Lozigia Carrapato Tiago Tadeu Garcia
Josiane Leonice Zanetti de Matos Vera Lucia de Paula Rodrigues

Versão 2: 2023. Protocolo de Enfermagem: Atenção à Gestante com Sífilis.

Elaboração:
Fabiana Vieira Solfa – Enfermeira, chefe da Seção de Saúde do Adulto e Idoso;
Maria Eugenia Guerra Mutro – Enfermeira, Presidente da Comissão Permanente de Protocolos de
Atenção à Saúde (CPPAS).

Colaboração:
Deborah Maciel Cavalcanti Rosa – Médica Departamento de Planejamento Avaliação e Controle -
Secretaria Municipal de Saúde.
Jussemi Biazon Daltin – Farmacêutica, Diretora da Divisão de Avaliação e Planejamento;
Mayara Nogueira dos Santos – Farmacêutica da Divisão de Assistência Farmacêutica;
Ezequiel Aparecido dos Santos – Diretor do Departamento de Saúde Coletiva;
Meire Belchior Pranuvi - Diretora de Vigilância Epidemiológica

Revisão/Validação
Isabela de Goes Gagliardi – Enfermeira, chefe da Vigilância Epidemiológica
Josiane Leonice Zanetti de Matos, enfermeira – Diretora do Departamento de Unidades
Ambulatoriais (DUA);

Autorização
Alana Trabulsi Burgo – Secretária Municipal de Saúde

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Sumário
Sífilis em Gestantes ........................................................................................................................................... 3
1. Objetivos ............................................................................................................................................... 3
2. Definição e notificação dos casos ......................................................................................................... 3
3. Enfermagem .......................................................................................................................................... 4
3.1 Consulta de enfermagem.............................................................................................................. 4
3.2 Sistematização da Assistência de Enfermagem - Gestantes em Tratamento de Sífilis. ............. 5
4. Registro de acompanhamento e encaminhamentos ........................................................................... 6
5. Diagnóstico............................................................................................................................................ 6
6. Tratamento Adequado da Sífilis na Gestante ...................................................................................... 7
6.1 Tratamento da gestante ............................................................................................................... 7
6.2 Parcerias Sexuais ........................................................................................................................... 8
6.3 Prescrição de Penicilina Benzatina pelo enfermeiro e administração do tratamento pela
equipe de enfermagem: ........................................................................................................................... 9
6.4 Gestantes com alergia suspeita ou relatada à penicilina .......................................................... 11
6.5 Gestantes com alergia confirmada à penicilina ......................................................................... 13
Complementos ........................................................................................................................................ 13
6.6 Locais de aplicação:..................................................................................................................... 13
6.7 Encaminhamentos: Regulação/Unidades referenciais .............................................................. 14
Referências .................................................................................................................................................. 15
Anexos ......................................................................................................................................................... 17
Anexo I – Ficha de Investigação (LINK) Notificação: Sífilis em Gestante e Adquirida/SP ........................ 17
Anexo II – Ficha de Acompanhamento da Gestante com Sífilis .Disponível no Prontuário Eletrônico →
SOAP → CID – O981 ................................................................................................................................ 19
Anexo III – Tratamento e Monitoramento de Sífilis em gestantes ......................................................... 20
Anexo IV – Questionário de Avaliação de Risco de Anafilaxia – Penicilina Benzatina ............................ 21
Anexo V - Fluxograma de atendimento aos casos de reação anafilática ................................................ 23
Anexo VI – POP administração de medicamentos Intramuscular (IM), técnica em Z – penicilina
benzatina ................................................................................................................................................. 24

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TABELA DE SIGLAS
APS Atenção Primária à Saúde
CRMI Centro de referência de Moléstias Infecciosas
DSC Departamento de Saúde Coletiva
DVE Divisão de Vigilância Epidemiológica
IST Infecção Sexualmente Transmissível
MSI Maternidade Santa Isabel
OMS Organização Mundial da Saúde
PMB Prefeitura Municipal de Bauru
PME Plano Municipal de Enfrentamento
PN Pré Natal
RN Recém Nascido
SC Sìfilis congênita
SMS Secretaria Municipal de Saúde
TR Teste Rápido
UBS Unidade Básica de Saúde
USF Unidade de Saúde da Família

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Sífilis em Gestantes
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) sistêmica, de evolução crônica,
causada por uma bactéria gram-negativa (espiroqueta) Treponema pallidum.
A doença é exclusiva do ser humano e é curável. Em gestantes, se não tratada, pode levar a
desfechos como aborto, natimorto, baixo peso, prematuridade e Recém-nascido (RN) com sífilis
congênita (SC).

1. Objetivos

• Reduzir a transmissão de sífilis com vistas à eliminação de SC no Município de Bauru.


• Tratar adequadamente as gestantes diagnosticadas com sífilis na gestação em tempo
oportuno.
• Tratar parcerias sexuais das gestantes diagnosticadas com sífilis de forma concomitante.
• Realizar o acompanhamento de cura da gestante com sífilis durante o pré-natal.

2. Definição e notificação dos casos


Definição de caso
Gestantes
Toda mulher que durante o pré-natal, parto ou puerpério apresente:
• Assintomática para Sífilis, com pelo menos um teste reagente, treponêmico E/OU não
treponêmico com qualquer titulação e sem registro de tratamento prévio.
• Sintomática para Sífilis com pelo menos um teste reagente, treponêmico ou não
treponêmico com qualquer titulação.

Teste não treponêmico reagente com qualquer titulação e teste treponêmico reagente,
independente da sintomatologia da Sífilis e de tratamento prévio*.

* Casos confirmados de cicatriz sorológica não devem ser notificados.

“Cicatriz sorológica”: é uma expressão utilizada para pessoas que apresentam testes treponêmicos
reagentes e testes não treponêmicos não reagentes (ou com títulos baixos, menores do que 1:2 ou
1:4). Para confirmar a cicatriz sorológica é obrigatório:
a) registro de tratamento prévio adequado e documentado;
b) investigação de novas exposições para descartar reinfecção.

Notificação dos casos


A notificação da gestante com Sífilis é compulsória e deve ser realizada por profissional de saúde,
através do preenchimento da ficha de notificação e investigação epidemiológica (Anexo I), envio ao
DSC/vigilância epidemiológica para ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). A ficha de notificação pode ser encontrada no endereço: www.crt.saude.sp.gov.br e
www.cve.saude.sp.gov.br. Ou Disponível em:
http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Sifilis-Ges/Sifilis_Gestante.pdf
Fonte: Brasil,2017. Plano Municipal de Enfrentamento da Sífilis,2018

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3. Enfermagem
3.1 Consulta de enfermagem

A consulta de enfermagem objetiva propiciar condições para a promoção da saúde da


gestante e a melhoria na sua qualidade de vida. O profissional enfermeiro pode acompanhar
inteiramente o pré-natal de baixo risco na rede de atenção primária, assim como prescrever
Penicilina Benzatina a partir da publicação deste protocolo.
A Enfermagem aqui alicerçada pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda
Horta, 1973. Ao realizar o cuidado, a enfermagem deve realizar a Sistematização da Assistência de
Enfermagem - Gestantes em investigação e Diagnóstico de Sífilis, ANOTAR em prontuário eletrônico
e na caderneta da gestante.
Diagnosticar e tratar precocemente a sífilis na gestação reduz a possibilidade de transmissão
vertical e taxas de morbimortalidade materna e perinatal (NUNES et al., 2017). Assim, ao acolher a
gestante, logo na primeira consulta, o teste rápido imunológico (treponêmico) e o VDRL (não
treponêmico) devem ser realizados na gestante e parceria(s) (COREN-GO, 2017).
No primeiro resultado reagente (positivo), deve-se realizar a notificação (anexo I) e iniciar o
tratamento com Penicilina Benzatina, medicamento cujos benefícios superam quaisquer riscos,
sendo considerado seguro para mãe e para o feto (COREN-SC, 2017). Além disso, é a única droga
com eficácia garantida durante a gestação, evitando a sífilis congênita. Em 2021, observou-se uma
taxa de incidência de 9,9 casos/1.000 nascidos vivos no Brasil. (BRASIL, 2022).
A Penicilina G Benzantina é o medicamento de escolha para o tratamento da sífilis na
gestação e na prevenção da transmissão vertical da doença para o feto, apresentando 98% de taxa
de sucesso nessa prevenção. Assim, os tratamentos não penicilínicos são inadequados e só devem
ser considerados como opção nas contraindicações absolutas ao uso da penicilina, como é o caso
de alergia ou anafilaxia prévia (BRASIL,2015).

A evolução, prognóstico e adesão ao tratamento, na atenção primária, serão avaliados no


acompanhamento da gestante durante o pré-natal. A busca ativa deverá ser realizada pela pessoa
eleita pelo profissional que acompanha a gestante e esse deverá anotar no prontuário eletrônico a
conduta e busca realizada.

PROCEDIMENTOS →AMBULATORIAIS→0006020100 BUSCA ATIVA NA ATENÇÃO BÁSICA


PROCEDIMENTOS →AMBULATORIAIS →0098900153 CRMI - BUSCA ATIVA EM UNID ESPECIALIZADA

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3.2 Sistematização da Assistência de Enfermagem - Gestantes em Tratamento de Sífilis.


Este formulário servirá para guiar o atendimento/consulta de enfermagem no Prontuário Eletrônico

Sistematização da Assistência de Enfermagem - Gestantes em Tratamento de Sífilis


S = SUBJETIVO
Histórico/Gestante com Sífilis
Fez Tratamento anterior para Sífilis/data:_________________________________________
Fez ou faz tratamento para outras ISTs:____________________________________________
Parcerias Sexuais (orientar gestante para comunicar parcerias):
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

O = OBJETIVO
Exames clínico/laboratorial:
Teste :
A = AVALIAÇÃO P =PLANO
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção
CID O981 ( ) Sífilis complicando a 1. Prescrição de Penicilina
gravidez, parto e puerpério; Benzatina (ver indicações) para a
gestante e parcerias
Sexuais (médico ou enfermagem)
CIAP - 2 NANDA 2018-2022
A85 Efeito adverso de ( ) Padrão respiratório 2. Esclarecer dúvidas sobre doença,
fármaco dose correta ineficaz relacionado à tratamento e procedimentos
dor/ansiedade/alergia 3. Estabelecer relação de confiança
A92 Alergia/Reação caracterizado por respiração 4. Estimular o paciente quanto ao
alérgica NE anormal tratamento de saúde e família

S01 Dor
P01 Sensação de ( ) Medo relacionado a reação 1. Oferecer e realizar
ansiedade a um estímulo fóbico aconselhamento e TRs. Assim
caracterizado por Aumento da como protocolos de tratamento
P74 Distúrbio transpiração/Boca/ de Sífilis e outras IST
ansioso/Estado de seca/Diarreia/Dispneia
ansiedade
RESULTADOS ESPERADOS
( ) adesão ao tratamento
( ) ausência de sífilis congênita
( )
Necessidade de busca ativa?

*NANDA, 2018-2020; Horta,1973


CIAP – 2 Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª edição
Após o atendimento SOAP, ao colocar o CID O981, automaticamente será aberto o formulário de
acompanhamento das gestantes com sífilis (Anexo II – exemplo) que deverá ser impresso e
anexado à carteirinha da gestante.

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4. Registro de acompanhamento e encaminhamentos


A coleta dos testes rápidos devem ser registradas no prontuário eletrônico, com o código
de procedimento específico para gestante 02.14.01.008-2 – TESTE RÁPIDO PARA SÍFILIS NA
GESTANTE OU PAI/PARCEIRO e o resultado deve ser registrado como avaliado.
Toda gestante deve ser monitorada para sífilis desde o diagnóstico da gravidez ou na sua
primeira consulta do pré-natal.
O acompanhamento da gestante e parceria(s) deve ser registrado em Ficha de
monitoramento da gestante (anexo II), disponível no prontuário eletrônico*(CID O981). A ficha
deverá ser impressa no início do tratamento e anexada a carteira da gestante na consulta do pré-
natal e apresentada pela gestante na maternidade no momento do parto. Em cada assistência
referente à sífilis, atualizar e/ou fazer nova impressão. Caso a gestante não apresente a ficha no
parto, a maternidade poderá entrar em contato no (14) 3104-1492 (dias úteis) ou 99106-6389
(plantão) com a Seção de Doenças Transmissíveis e Agravos Inusitados à Saúde/DVE/DSC ou com
o Plantão da DVE para solicitar cópia. POR ISSO A IMPORTÂNCIA DA ANOTAÇÃO CORRETA.

5. Diagnóstico
Figura 1: Fluxograma para investigação de sífilis na gestante:

Fonte: Brasil/MS,2021 (Anexo III)

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*O Teste rápido em gestantes deverá ser lançado na produção de profissionais previstos na Norma
Técnica do Programa Previne Brasil.

PROCEDIMENTOS →AMBULATORIAIS→02.14.01.008-2 – TESTE RÁPIDO PARA SÍFILIS NA


GESTANTE OU PAI/PARCEIRO

E o registro da aplicação deverá ser realizado com o procedimento. Na anotação o profissional deve
registrar o medicamento administrado (Penicilina Benzatina1.200.000 UI, diluição (3ml de água
destilada) via de administração (intramuscular) e local anatômico (glúteos ou ventrogúteos).

PROCEDIMENTOS →AMBULATORIAIS→03.01.10.024-1 – ADMINISTRAÇÃO DE PENICILINA


PARA TRATAMENTO DE SÍFILIS

Além disso, o profissional deverá registrar a dose na ficha de acompanhamento (carteirinha


da gestante) e checar no receituário, registrando a data do retorno (7 dias)

6. Tratamento Adequado da Sífilis na Gestante


6.1 Tratamento da gestante

O ENFERMEIRO PODERÁ PRESCREVER O TRATAMENTO COM PENICILINA


BENZATINA CONFORME PROTOCOLO ABAIXO:
Quadro 2 – Esquemas terapêuticos para Sífilis em gestantes e controle de cura.

ESTADIAMENTO ESQUEMA TERAPÊUTICO SEGUIMENTO OBSERVAÇÃO

Sífilis recente: sífilis Benzilpenicilina benzatina Mensal (teste não Para gestantes o
primária, secundária e 2,4 milhões UI, IM, treponêmico) intervalo ideal entre as
latente recente (até um 1x/semana (1,2 milhão UI doses é de 7 dias. Se
ano de evolução). em cada glúteo) por 2 uma mulher grávida não
semanas. retornar para a próxima
dose no 7º dia, todos os
Dose total: 4,8 milhões UI, esforços devem ser
IM feitos para contatá-la e
Sífilis tardia: sífilis Benzilpenicilina benzatina Mensal (teste não vinculá-la
latente tardia (com mais 2,4 milhões UI, IM, treponêmico) imediatamente ao
de um ano de evolução) 1x/semana (1,2 milhão UI tratamento.
ou latente com duração em cada glúteo) por 3
ignorada e sífilis semanas. Gestantes com atraso
terciária entre as doses > 9 dias,
Dose total: 7,2 milhões UI, em qualquer dose da
IM terapia, devem repetir o
esquema terapêutico
completo.
*Tratamento materno adequado: Tratamento completo e finalizado antes do parto, realizado com benzilpenicilina benzatina
(penicilina G benzatina), de acordo com a classificação clínica da sífilis materna e iniciado até 30 dias antes do parto.

Fonte: NOTA INFORMATIVA Nº 002/2022/CRT-PE-DST/AIDS/SES-SP

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Atenção

• O intervalo ideal entre as doses é de 7 dias. Gestantes com atraso entre as doses > 9 dias
devem repetir o esquema terapêutico completo;
• Caso a aplicação da dose deva ser feita no final de semana ou feriado, a paciente deverá
ser orientada a procurar a rede municipal de urgência para receber a dose. Nestes casos,
combinar entre os serviços e encaminhar receita (lembrar-se de datar, rubricar e
carimbar, além de registrar no prontuário da paciente).
• O motivo do acompanhamento mensal dos testes não treponêmicos na gestante é para
garantir a não elevação desses títulos (reinfecção). Se houver elevação de duas titulações,
iniciar novo tratamento;
• Iniciar o tratamento, em qualquer idade gestacional, mesmo que o adequado seja início
até 30 dias antes do parto;

É considerado tratamento adequado da gestante com Sífilis:

• Tratamento completo e documentado*, adequado ao estágio da doença, feito com


Penicilina Benzatina com comprovação da sua realização, em documentos oficiais, tais como:

a) prontuário do paciente, caderneta do pré-natal e receituário médico, todos com a checagem


da aplicação no caso de medicação injetável; sugere-se deixar um lembrete na receita: datar,
rubricar e carimbar as doses aplicadas.

b) não deverá ser considerado exclusivamente o relato da paciente.

• Tratamento iniciado até 30 dias antes do parto. Isso dará tempo para o tratamento completo
antes do nascimento da criança.

6.2 Parcerias Sexuais


Em relação às parcerias sexuais o Ministério da Saúde orienta:
• As parcerias sexuais podem estar infectadas, mesmo com testes não reagentes, e DEVEM
ser tratadas presumivelmente com uma dose de penicilina benzatina IM (2.400.000 UI).
• Considera-se tratamento concomitante da parceria sexual aquele que ocorrer entre a data
de início do tratamento da gestante até a data de aplicação da última dose do tratamento da
gestante;
• Se a parceria sexual estiver ausente, fora do convívio da gestante e sem relações sexuais com
a mesma, o tratamento deverá ocorrer antes de voltar a ter contato sexual com a gestante tratada;

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• Em parcerias sexuais de gestante com Sífilis recente, com provas sorológicas não reagentes,
o tratamento deve ser realizado presumivelmente com esquema para Sífilis recente, caso tenham
sido expostas nos últimos 90 dias (podem estar em período de janela);
• As parcerias sexuais expostas há mais de 90 dias deverão ser avaliadas clínica e
laboratorialmente e tratadas conforme achados diagnósticos ou, na ausência de sinais e sintomas e
na impossibilidade de estabelecer a data da infecção, deverão ser tratadas com esquema para Sífilis
latente tardia.
Todavia, dada a dificuldade de confirmação de exposição das parcerias sexuais nos últimos 90
dias e à gravidade da Sífilis congênita em nosso município, recomendamos o tratamento das
parcerias sexuais independentemente do resultado do exame sorológico. A prescrição do seu
tratamento será feita pelos médicos ou enfermeiros responsáveis pelo acompanhamento da
gestante.
Figura 2: Fluxograma de tratamento de parcerias sexuais de gestantes com sífilis:

TESTAGEM TRATAR COM PENICILINA


BENZATINA 2.400.000 ,
NEGATIVA APLICAÇÃO IMEDIATA

SIM COLHER VDRL;


NOTIFICAR APLICAR 2.400.000
TESTAGEM IMEDIATO;
Parceria de POSITIVA (MODELO SP - link ANEXO I)
gestante com Sífilis PRESCRIÇÃO DE
7.200.000(TOTAL)
Presente na
consulta? orientar a gestante para comunicar as
parcerias
NÃO PARCERIAS: penicilina benzatina 7.200.000
acompanhar as doses aplicadas (UBS, USF
E UPAS)

PROCEDIMENTOS →AMBULATORIAIS→02.14.01.008-2 – TESTE RÁPIDO PARA SÍFILIS NA


GESTANTE OU PAI/PARCEIRO

6.3 Prescrição de Penicilina Benzatina pelo enfermeiro e administração do tratamento pela


equipe de enfermagem:

As prescrições de penicilina benzatina, assim como as solicitações de VDRL devem ser


feitas pelo prontuário eletrônico e estão autorizados a serem feitos pelo ENFERMEIRO a partir
da publicação/autorização deste protocolo. Assim como a administração da prescrição pelos
profissionais de enfermagem, que deverão responder à não adesão deste protocolo e que pode
consequente prejudicar a atenção à saúde populacional.

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A administração de penicilina benzatina pode ser feita com segurança na Atenção


Primária. A probabilidade de reação adversa às penicilinas, em especial as reações graves, é muito
rara, 0,002% (BRASIL, 2020).

Em nota técnica (Cofen/CTLN Nº 03/2017), o Cofen,2017 deixa claro que:

1. A penicilina benzatina pode ser administrada por profissionais de enfermagem no


âmbito das Unidades de Atenção Primária de Saúde, mediante prescrição médica ou de
enfermagem.

2. Os enfermeiros podem prescrever a penicilina benzatina, conforme protocolos


estabelecidos pelo ministério da saúde, secretarias estaduais, secretarias municipais, distrito
federal ou em rotina aprovada pela instituição de saúde.

3. A ausência do médico na unidade de saúde não configura motivo para não realização
da administração oportuna da penicilina benzantina por profissionais de enfermagem.

Portanto, o receio de ocorrência de reações adversas não é impeditivo para a


administração de penicilina benzatina na Atenção Primária, desde que haja o suporte para o
atendimento de urgência para eventuais situações que podem ocorrer com quaisquer
medicações e/ou vacinas.

Legal e eticamente não se pode revelar o resultado do exame da gestante ao


parceiro/prontuário de saúde, onde a Portaria 1.820/2009 que Dispõe sobre os direitos e deveres
dos usuários da saúde:

Art. 5º Toda pessoa deve ter seus valores, cultura e direitos respeitados na relação com os
serviços de saúde, garantindo-lhe:

II -o sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após a morte,


salvo nos casos de risco à saúde pública;

Portanto, a anotação de enfermagem deve ser realizada no sentido de preservar a


informação e a gestante deverá informar seu estado de saúde às parcerias e orientá-las a
comparecer à unidade de saúde para o exame e tratamento.

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Tratamento INADEQUADO da gestante:


Entende-se por tratamento inadequado:
• tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja a
penicilina; ou
• tratamento incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina; ou

• tratamento inadequado para a fase clínica da doença; ou


• início de tratamento após o período de 30 dias antes do parto.

6.4 Gestantes com alergia suspeita ou relatada à penicilina

No caso de gestantes que referem ser alégica a penicilina deve-se realizar anamnese, através
de questionário de Avaliação de Risco de Anafilaxia – Penicilina Benzatina (Anexo IV) para avaliar o
tipo de reação descrita e evidenciar alergia.
As pacientes gestantes com sífilis e alergias suspeitas a penicilina benzatina devem ser
encaminhadas a um serviço terciário, para que sejam dessensibilizadas e posteriormente tratadas
com penicilina, em ambiente hospitalar (BRASIL, 2013; SES/SP, 2016).

Conforme resposta ao ofício (e-proc 163736/2022) a diretora do DRS VI, informa que o fluxo
e o serviço de referência para a dessensibilização será o HC Botucatu. Os casos deverão ser
encaminhados para o Núcleo de Regulação de Vagas da SMS Bauru, com a solicitação e relatório
médico, cópia do questionário de Avaliação de Risco de Anafilaxia (anexo IV), cópia da Ficha de
Notificação SINAN, dados da paciente com o nº do CROSS pelo email
cagenda_saude@bauru.sp.gov.br

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Figura 3: Fluxograma para aplicação de penicilina benzatina em gestantes com suspeita de


alergia/anafilaxia a penicilina benzatina, Bauru-SP.

RELATO/HISTÓRICO DE
ALERGIA

SIM NÃO

APLICAR QUESTIONÁRIO
ALERGIA (Anexo IV)

INDICADO SEM EVIDÊNCIAS DE SER


DESSENSIBILIZAÇÃO ALÉRGICA

APLICAR BENZETACIL
(PRESCRIÇÃO MÉDICA
OU ENFERMEIRO)
AGENDAR EM UNIDADE
PACTUADA (PACTUAÇÃO = AGUARDAR 30'
BOTUCATU) via email:
cagenda_saude@ APRESENTOU
ANAFILAXIA?

SIM NÃO
INICIAR FLUXO
P/ ANAFILAXIA ALTA com
(ANEXO V) orientações

Em caso de anafilaxia, acessar o fluxograma de atendimento por classificação de


risco/vulnerabilidade aos casos de reação anafilática (Anexo V), o enfermeiro deve:
1. Puncionar acesso venoso periférico;
2. Manter vias aéreas (oxigenioterapia);
3. Monitorar SSVV;
4. Acionar SAMU (192); *considerar prescrição por telemedicina até a chegada da equipe

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6.5 Gestantes com alergia confirmada à penicilina

No entanto, na impossibilidade de realizar a dessensibilização (contraindicações absolutas),


a gestante poderá ser tratada no ambiente ambulatorial ou na Atenção Primária de Saúde com
ceftriaxona 1 g, IV (intravenoso) ou IM (intramuscular), em dose única diária, por 8 a 10 dias.

Nesses casos, será necessário notificar, investigar e tratar a criança para sífilis congênita, já
que tratamento da sífilis materna com outro medicamento, que não seja a penicilina, é considerado
tratamento inadequado para o feto, por não atravessar a barreira placentária (BRASIL,2015).

A maternidade Santa Isabel irá realizar a notificação e início do tratamento dos casos de sífilis
congênita. Nos casos identificados pela APS em que o tratamento não tenha sido iniciado na MSI ou
quando a criança for considerada exposta e apresentar alteração de VDRL, deverão ser discutidos
para necessidade de notificação.

Complementos

6.6 Locais de aplicação:

A injeção Intramuscular (IM) no músculo ventro glúteo é a que representa menor risco e a primeira
escolha para aplicação de penicilina benzatina, pois: (POP de administração de medicamentos IM –
técnica em Z disponível – anexo VI)

[...] é livre de vasos ou nervos importantes e seu tecido subcutâneo de menor espessura,
se comparado a outros músculos utilizados para IM. Na prática clínica, esta é uma região
muito pouco escolhida e a mudança dessa realidade depende da equipe de
enfermagem, que, recebendo treinamento adequado e sendo supervisionada, talvez
passe a incorporá-la em sua prática [...] (COREN/SP, 2010).

Pacientes com prótese de silicone em glúteos (Acessar POP – enfermagem: Administração de


Medicamentos Intramuscular – IM)

• Prótese industrial: com uma das mãos manipular a prótese para o lado e aplicar a
medicação IM profunda na região onde a prótese já não esteja localizada
• Prótese com silicone líquido (injetado através de injeções): não deverá ser aplicado a
medicação no glúteo. Nesse caso, dar preferência para a região do vasto lateral da coxa

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(regiões que suportam 4 ml de medicação). NUNCA realizar em deltóide.

6.7 Encaminhamentos: Regulação/Unidades referenciais

Quadro 1: Serviços de saúde e situações de saúde para encaminhamento das gestantes:

Serviço Quando encaminhar

CAPS AD Gestantes usuárias de substâncias psicoativas (SPA)

Gestantes com dificuldade de manejo (persistência ou elevação do VDRL apóso


Casa da tratamento efetivo incluído o das parcerias sexuais)
Mulher Gestantes de alto risco (conforme protocolo do AGAR)

CRMI Gestantes com coinfecção por HIV e/ou tuberculose multirresistente

MSI Gestantes com intercorrências obstétricas ou início do trabalho de parto

HC Botucatu Evidências de ser alérgica a penicilina (entregar o questionário preenchido (Anexo IV)
E solicitar vaga via cagenda_saude@bauru.sp.gov.br

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Referências

Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de


Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST
Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 211 p.: il. Acesso em: 16 nov 2022. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_atecao_integral_ist.pdf

BRASIL. Ministério da saúde. Boletim Epidemiológico. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim


Epidemiológico de Sífilis Número Especial | Out. 2022. Acesso em:08 nov 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-
sifilis-numero-especial-out-2022/view

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções


Sexualmente Transmissíveis. Fluxogramas para Manejo Clínico das ISTs. 2021. Acesso em: 09 nov
2022. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/2021/fluxogramas-para-manejo-clinico-das-ist/view

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Doenças de Condições


Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.Fluxogramas para Manejo Clínico das Infecções
Sexualmente Trsnmissíveis 1.ed. 2021. 68p. Acesso em: 10 nov 2022. Disponível em:
https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/2021/fluxogramas-para-manejo-clinico-
das-ist/view

Brasil. Ministério da Saúde. Depto Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente
Transmissíveis do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Nota Informativa Nº 2- SEIAHV/SVS/MS - Altera
os Casos para Notificação de Sífilis Adquirida, Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita. SEI-0882971-
Nota Informativa. Anexo 1: 5-9 – Brasília: Ministério as Saúde, 2017. Disponível em:
https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/SifilisGes/Nota_Informativa_Sifilis.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Primária.


Atenção ao pré-natal de baixo risco. – 1. ed. rev. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, Cadernos
de Atenção Primária, n°32. 2013. 318 p.: il. – Disponível
em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_32.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Comissão


Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS. Relatório de Recomendação. Ceftriaxona para
tratamento da Sífilis em gestantes com alergia confirmada à penicilina. No153. Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2015. 16p. Disponivel
em: http://www.caism.unicamp.br/PDF/Relatorio_Ceftriaxona_Sfilis_final.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde – Coordenação Nacional de DST e Aids.
Manual: Testes de Sensibilidade à Penicilina. Brasília: Ministério da Saúde, 1999. 32p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico –v. 47, n. 35
– Sífilis V, 2016.

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Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-2020 [recurso eletrônico]


/ [NANDA International]; tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura
Leite de Barros... [et al.]. – 11. ed. – Porto Alegre: Artmed. ISBN 978-85-8271-504-8

Centro De Referência E Treinamento DST/AIDS - PROGRAMA ESTADUAL DE DST/AIDS – CCD – SES-


SP NOTA INFORMATIVA Nº 002/2022/CRT-PE-DST/AIDS/SES-SP

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos por via


intramuscular. São Paulo: COREN, 2010

COREN-GO. Conselho Regional de Enfermagem de Goiás. Protocolo de enfermagem na Atenção


Primária à Saúde no Estado de Goiás. 3ª ed. Goiânia-GO: [s.n.], 2017. Disponível em:
http://www.corengo.org.br/wp-content/uploads/2017/11/protocolo-final.pdf Acesso em:08 nov
2022.

COREN-SC. Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina. Protocolo de Enfermagem: Saúde


da mulher. 3ª ed. Florianópolis-SC: [s.n.], 2017. Disponível em: http://www.corensc.gov.br/wp-
content/uploads/2018/04/Protocolo-de-Enfermagem-Volume-3.pdf . Acesso em: 08 nov 2022.

HORTA, W.A. — Teoria das necessidades humanas básicas. Ciência e Cultura, 25(6):568, jun. 1973.
Suplemento.

Plano Municipal de Enfrentamento da Sífilis. Bauru, 2018. [Intranet]

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Anexos
Anexo I – Ficha de Investigação (LINK) Notificação: Sífilis em Gestante e Adquirida/SP

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FICHA DE NOTIFICAÇÃO SÍFILIS EM GESTANTE. Disponível em:


http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Sifilis-Ges/Sifilis_Gestante.pdf

FICHA DE NOTIFICAÇÃO SÍFILIS ADQUIRIDA – SP (PARCERIAS). Disponível em:


https://www.saude.sp.gov.br/resources/crt/vig.epidemiologica/fichas-de-
notificacao/fichas/fin_sifadqadaptada_versao_2_31_05.pdf?attach=true

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Anexo II – Ficha de Acompanhamento da Gestante com Sífilis .Disponível no Prontuário Eletrônico


→ SOAP → CID – O981

Fonte: Modelo adaptado de Instrumento da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/SP. Durante o
atendimento de consulta esse formulário será aberto para preenchimento a partir do CID O981 e ficará salvo
em SINAN com acesso a partir do nome do usuário

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Anexo III – Tratamento e Monitoramento de Sífilis em gestantes

Fonte: SES-SP NOTA INFORMATIVA Nº 002/2022/CRT-PE-DST/AIDS/SES-SP

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Anexo IV – Questionário de Avaliação de Risco de Anafilaxia – Penicilina Benzatina

Questionário de Avaliação de Risco de Anafilaxia – Penicilina Benzatina

NOME:
Prontuário:
CNS :
Data: ____/____/____
Telefone:
2. ANAMNESE
IG: _____________ DPP____/_____/____ G____P____A____
Alguma gestação com desfecho negativo: ( ) NÃO ( )SIM : _________________________
Histórico de Saúde/ Comorbidades:
( ) Sífilis
( ) Asma
( ) Fibrose Cística
( ) Doença Autoimune : ____________________
( ) Leucemia Linfóide aguda
( ) Atopia
( ) Diabetes
( ) HAS
( ) Outras: ________________________
2- HISTÓRICO DE ALERGIA A PENICILINA
Relato e/ou relatório médico de alergia a penicilina ( ) SIM ( )NÃO
Já usou Penicilina ( ) SIM ( ) NÃO Qual o nome/tipo de Penicilina : _____________________
Qual foi a via de administração ( )Via Oral ( ) Intramuscular ( )Endovenoso ( ) Não sabe
Quando foi usada (informar data ou idade que foi usada( )_____________________________
Qual o motivo? _______________________________________________________________
Já usou amoxacilina ( ) SIM ( ) NÃO
3- OCORRENCIA DE REAÇÃO ALÉRGICA
Relato e/ou relatório médico de reação alérgica? ( ) SIM ( ) NÃO
QUAIS OS SINAIS/SINTOMAS:
( ) 1- Urticária – reação dermatológica
( ) 2- Angioedema
( ) 3- Hipotensão
( ) 4- Edema de laringe
( )5- Broncoespasmo
( ) 6- Choque
( )7- Outros : ________________________________________________________________

Para essas patologias é CONTRAINDICADO realizar dessensibilização


( ) Doença do soro
( ) Steven Jonhnson
( ) Necrólise Epidérmica tóxica

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Foi necessário uso de medicação para tratar reação alérgica? ( )SIM ( )NÃO
( )Anti-histamínico
( )Descongestionante
( )Adrenalina e/ou Epinefrina
( ) Corticóides
( ) Broncodilatador
Uso de medicação contínua para doenças crônicas ( ) NÃO ( ) SIM
Descrever:
____________________________________________________________________
DOENÇAS ALÉRGICAS
( ) Dermatite atópica
( ) Alergia alimentar : __________________________
( ) Alergia a picada/veneno de inseto
( ) Alergia a látex  Outras_____________________________________________
OUTRAS REAÇÕES ALÉRGICAS
Reação medicamentosa durante cirurgia prévia ( ) NÃO ( ) SIM.
Descreva: ________________________________
Reação à imunobiológio/vacina: ( ) NÃO ( ) SIM
História de anafilaxia grave:
__________________________________________________________________________
Realizou teste intradérmico de sensibilidade à Penicilina anteriormente? ( ) NÃO ( ) SIM.
Resultado :
_____________________________________________________________________
CONCLUSAO (AVALIAR RISCO DE ALERGIA A PENICILINA)
( )Risco habitual: relato de reação alérgica leve sem necessidade de intervenção hospitalar
( ) Alto risco: reação grave (mais de um item marcado no quadro 3) ou outro histórico de
anafilaxia encaminhar para dessensibilização em ambiente hospitalar
Descrever avaliação:
___________________________________________________________________________

Responsável pelo preenchimento: (CARIMBO E ASS): _______________________________

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Anexo V - Fluxograma de atendimento aos casos de reação anafilática

Fonte: Brasil, 2015.

Lista de medicamentos utilizados em casos de anafilaxia:

23
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

Anexo VI – POP administração de medicamentos Intramuscular (IM), técnica em Z – penicilina benzatina


Administração de medicamentos via intramuscular (IM)
POP Nº 6 PALAVRAS-CHAVE: medicamento; intramuscular FOLHA:1/6 Divisão de Enfermagem Versão: 2

Emissão: 16/01/2023

1. OBJETIVO

Administrar medicamentos por via intramuscular

2. PROSSIONAIS/RESPONSÁVEIS:
• Auxiliares e Técnicos de enfermagem
• Enfermeiros

3. CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Pronto Socorro
(PS), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU).

4. MATERIAIS

• Bandeja
• Álcool a 70%
• Medicamento(s)
• Algodão
• Seringa de 3 ou 5mL
• Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm)
• Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm)
• Luvas de procedimento

5. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA

1. Higienizar as mãos (Ver protocolo de HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS);


2. Conferir os certos da administração de medicamentos. (ver protocolo de PREPARO DE
MEDICAMENTOS)
3. Apresentar-se e explicar o procedimento e sua finalidade ao paciente e/ou cuidador;
4. Preparar o(s) medicamento(s), conferir data de validade;
5. Trocar a agulha por uma compatível com o medicamento e as condições da musculatura do usuário;
6. Organizar o material na bandeja e transportá-lo até o usuário;
7. Garantir a privacidade e segurança do usuário fechando cortinas, biombo, portas e acomodá-lo na
cadeira ou maca se necessário;
8. Calçar as luvas de procedimento;
9. Delimitar a área intramuscular de escolha, observar a integridade e o tamanho do músculo; 24
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

Deltoide: Localizar e delimitar o processo acromial, medir 2 a 3 dedos (2,5 a 5 cm abaixo). Aplicar na região
central do músculo (volume máximo 1mL).

Fonte: Google imagens

Vasto lateral da coxa: Dividir a coxa lateralmente em três partes, tomando como referência o trocânter
maior e a articulação do joelho. Aplicar no centro do terço médio; (volume máximo 4mL).

Em RN (até 28 dias) lactente (de 28 dias até 24 meses) e crianças (de 24 meses a 10 anos), introduzir a agulha
com ângulo de 45° a 60° e em adolescentes (11 a 17 anos), ângulo de 60° a 90°.

Fonte: Google imagens

Dorso glúteo: Traçar uma linha imaginária da espinha ilíaca posterossuperior até o grande trocânter do fêmur e fazer
a aplicação intramuscular acima dessa linha.Ou dividir a nádega em quadrantes traçando uma linha horizontal do
trocânter do fêmur até as vértebras sacrais, e uma linha vertical da crista ilíaca até a parte central do sulco infraglúteo.
Aplicar no quadrante supralateral; Este local está associado a injeções inadvertidas, em muitas pessoas; injetar neste
tecido altera a absorção do fármaco e causa irritação tissular. Mais importante ainda, o local está associado a lesão
significativa, inclusive dor e paralisia temporária ou permanente, causada por danos ao nervo ciático. Deverá ser usado
como última escolha no adulto

25
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

Fonte: Google imagens

Ventro glúteo: Colocar a mão não dominante no quadril contralateral do cliente (mão esquerda no quadril direito)
apoiando a extremidade do dedo indicador sobre a espinha ilíaca anterossuperior e o dedo médio acima da crista
ilíaca, espalmar a mão sobre a base do grande trôcanter do fêmur, formando um triangulo invertido em “V”. Aplicar
no triangulo formado, ou seja, entre os dedos; (Volume máximo 4mL).

Fonte: Google imagens

10. Realizar a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%, com movimento firme, único
e centrífugo (circular do centro para fora) e deixar secar completamente;
11. Segurar o algodão seco entre o terceiro e quarto dedo da mão não dominante;
12. Tirar a proteção da agulha com a mão não dominante em um movimento direto;
13. Segurar a seringa, entre o polegar e o dedo indicador da mão dominante como um dardo com a
palma da mão para baixo;
14. Com a mão não dominante, estirar a pele e fixar o músculo;
15. Introduzir a agulha em ângulo adequado para o músculo selecionado;
16. Com a mão não dominante, aspirar para verificar se a agulha está alcançando um vaso sanguíneo e
em caso negativo, injetar lentamente o medicamento. Caso retorne sangue, desprezar a seringa com
o medicamento e recomeçar o procedimento;
17. Colocar o algodão seco na pele próximo da inserção da agulha.
18. Esperar alguns segundos e então retirar a agulha no mesmo ângulo que foi inserida em
movimento rápido, único e firme e solte a pele; 26
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

19. Aplicar algodão seco sobre a região e não massagear;


20. Não reencapar a agulha - utilizar dispositivos de segurança;
21. Desprezar os perfurocortantes em recipiente rígido e os demais materiais em local adequado;
22. Retirar as luvas, desprezar em recipiente e local adequados;
23. Higienizar as mãos conforme procedimento operacional;
24. Checar a prescrição e/ou prontuário eletrônico. Registrar, data, horário, intercorrência (se houver)
com carimbo e assinatura de quem realizou a técnica.

6. CONSIDERAÇÕES

Pacientes com prótese de silicone em glúteos


• Prótese industrial: com uma das mãos manipular a prótese para o lado e aplicar a
medicação IM profunda na região onde a prótese já não esteja localizada
• Prótese com silicone líquido (injetado através de injeções): não deverá ser aplicado a
medicação no glúteo. Nesse caso, dar preferência para a região do vasto lateral da coxa
(regiões que suportam 4 ml de medicação). NUNCA realizar em deltóide.

A injeção IM no músculo ventro glúteo é a que representa menor risco, pois:


[...] é livre de vasos ou nervos importantes e seu tecido subcutâneo de menor espessura, se
comparado a outros músculos utilizados para IM. Na prática clínica, esta é uma região muito pouco
escolhida e a mudança dessa realidade depende da equipe de enfermagem, que, recebendo treinamento
adequado e sendo supervisionada, talvez passe a incorporá-la em sua prática [...] (FIGUEIREDO, 2010, p.
130)

27
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

Quadro 2: Seleção do calibre da agulha, segundo localização do músculo e peso e característica do usuário:

Calibre da agulha Local Características do usuário


Usuários adultos
Ventroglúteo Homens com peso entre 60 e 118Kg
30 x 0,8mm
Dorsoglúteo Mulheres entre 60 a 90Kg
Usuários adultos
Ventroglúteo
30 x 0,7mm Homens com peso entre 60 e 118Kg
dorsoglúteo
Mulheres entre 60 a 90Kg
Deltoide Usuários Adultos Mulheres
25 x 0,7mm com peso superior a 90Kg
Vasto Lateral
Crianças - avaliação clínica é imprescindívelpara
25 x 0,6mm Vasto lateral da coxa
tomada de decisão
Crianças - avaliação clínica é imprescindívelpara
20 x 0,55mm Vasto lateral da coxa tomada de decisão
Fonte: Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (2010 a)

7. RESULTADOS ESPERADOS

Conforto e segurança na administração de medicações por via intramuscular.

REFERÊNCIAS

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos por via


intramuscular. São Paulo: COREN, 2020. Acesso em 02/11/2022. Disponível em: Parecer-010.2020-
Administração-de-medicamento-via-intramuscular.pdf

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos por via


intramuscular. São Paulo: COREN, 2010a.

Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Departamento de Atenção à Saúde
das Pessoas. Divisão de Enfermagem. Manual: Procedimentos Operacionais Padrão - POPs, 2022. 538 p.
Acesso em: 01 nov 2022. Disponível em:
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/pdf/saude472202202.pdf

SILVA, L.M.G.; SANTOS, R.P. Administração de medicamentos. In: BORK, A.M.T. Enfermagem baseada em
evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p.166-190.

28
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

POP Nº 6 PALAVRAS-CHAVE: medicamento; intramuscular FOLHA:1/6 Divisão de Enfermagem Versão: 2


Emissão: 17/01/2023

ELABORAÇÃO: REVISÃO: APROVAÇÃO:


Versão 1: Mayara Falico Faria Jullyane Prieto Alana Trabulsi Burgo
Aline Gimenes Fazzio

Data da elaboração: 16/06/2019


Versão 2: Maria Eugenia Guerra
Mutro. Coren: 129250

Data da elaboração: 10/11/2022 Data da revisão: 16/01/2023 Data da aprovação: 17/01/2023

29
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

Administração de medicamentos via intramuscular – Técnica em Z


(Penicilina Benzatina)
POP Nº 7 PALAVRAS-CHAVE: medicamento; FOLHA:1/4 Divisão de Enfermagem Versão: 2
intramuscular; técnica em Z
Emissão: 16/01/2023

1. OBJETIVO
Garantir a administração de medicamentos pela via intramuscular, por meio da técnica em
Z, com a finalidade de reduzir a dor e minimizar a irritação cutânea local pela vedação do
medicamento no tecido muscular.

2. PROSSIONAIS/RESPONSÁVEIS:

• Auxiliares e Técnicos de enfermagem


• Enfermeiros

3. CAMPO DE APLICAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios, Unidades de Pronto Atendimento (UPA),
Pronto Socorro (PS), Unidades de Saúde da Família (USF), Serviço de Atenção Domiciliar
(SAD), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

4. MATERIAL

• Bandeja
• Álcool a 70%
• Medicamento(s)
• Algodão
• Seringa de 3 ou 5mL
• Agulha para aspiração (40x1,2 / 30x0,8 / 25x0,8mm)
• Agulha para aplicação (30x0,8 / 30x0,7 / 25x0,7 / 25x0,6 / 20x0,55mm)
• Luvas de procedimento

PROCEDIMENTO

30
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

1. Ver protocolo de ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO IM quanto à segurança e administração de


medicamentos, seguir com a técnica descrita a seguir

Figura 1 - Localização da região ventroglútea (1A). Administrando a injeção intramuscularno


músculo ventroglúteo usando o método do trajeto em Z (2A); (3A)
(1A) (2A) (3A)

Fonte: Potter et al. (2018)

Figura 2 - Tracionar a pele suprajacente durante a injeção intramuscular move o tecido para
evitar o trajeto posterior. O método de injeção com trajeto em Z impede a deposição de
medicamento no tecido sensível.

31
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

Fonte: Potter et al. (2018)

5. OBSERVAÇÃO
O volume máximo a ser administrado na região ventroglútea é de 4mL.

6. CONSIDERAÇÕES:
Prescrição de Penicilina Benzatina pelo enfermeiro e administração do tratamento pela equipe
de enfermagem:

No Município de Bauru, ficou aprovada a prescrição de Penicilina Benzatina para gestantes


com sífilis e suas parcerias sexuais através do PROTOCOLO DE ENFERMAGEM: ATENÇÃO À
GESTANTE COM SÍFILIS, a saber
A administração de Penicilina benzatina pode ser feita com segurança na Atenção
Primária. A probabilidade de reação adversa às penicilinas, em especial as reações graves, é muito
rara, 0,002% (BRASIL, 2015b).
Em nota técnica (Cofen/CTLN Nº 03/2017), o Cofen deixa claro que:
1. A penicilina benzatina pode ser administrada por profissionais de enfermagem no
âmbito das Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de enfermagem.
2. Os enfermeiros podem prescrever a penicilina benzatina, conforme protocolos
estabelecidos pelo ministério da saúde, secretarias estaduais, secretarias municipais, distrito
federal ou em rotina aprovada pela instituição de saúde.
3. A ausência do médico na unidade básica de saúde não configura motivo para não
realização da administração oportuna da penicilina benzantina por profissionais de enfermagem.

32
PROTOCOLOS DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS PADRÃO – POPs

ENFERMAGEM

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Boas Práticas O uso da penicilina na Atenção Básica para
a prevenção da Sífilis Congênita no Brasil. Brasília, 2015. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/penicilina_para_prevencao_sifilis_congenita%20_bra
sil.pdf

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. 2017 Disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-


content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-COFEN-CTLN-N%C2%B0-03-2017.pdf

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos por via


intramuscular. São Paulo: COREN, 2020. Acesso em 02/11/2022. Disponível em: Parecer-010.2020-
Administração-de-medicamento-via-intramuscular.pdf

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Administração de medicamentos


por via intramuscular. São Paulo: COREN, 2010a.

COREN-SP Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. 2018. Disponível em:


https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2019/02/Parecer-012-2018-
Administra%C3%A7%C3%A3o-de-Penicilina-Benzatina.pdf

POTTER, P. A. et al. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.


Ribeirão Preto. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Saúde. Departamento de Atenção à
Saúde das Pessoas. Divisão de Enfermagem. Manual: Procedimentos Operacionais Padrão - POPs,
2022. 538 p. Acesso em: 01 nov 2022. Disponível em:
https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/portal/pdf/saude472202202.pdf

POP Nº 7 PALAVRAS-CHAVE: medicamento; FOLHA:1/4 Divisão de Enfermagem Versão: 1


intramuscular; técnica em Z Emissão: 17/01/2023

ELABORAÇÃO: REVISÃO: APROVAÇÃO:


Versão 2: Maria Eugenia Guerra Jullyane Prieto Alana Trabulsi Burgo
Mutro. Coren: 129250 Aline Gimenes Fazzio
Marcia Regina da Silva Souza

Data da elaboração: 10/11/2022 Data da revisão: 16/01/2023 Data da aprovação: 17/01/2023

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