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INSTITUIÇÕES ALVO Serviços de atenção à saúde da mulher no ciclo gravídico
puerperal (hospitais, UPAS, UBS, AME, serviços móveis)
PROFISSIONAIS Médicos e enfermeiros
RESPONSABILIDADE Equipe técnica do Projeto Todas as Mães Importam
DO DOCUMENTO
AUTORES DO Brunna Bordenale Noznica¹, Livia Sanches Pedrilio³, Mariana Vitor
DOCUMENTO Peppe², Renata Delphim de Moraes¹, Tatiane Ocon do
Nascimento³, Romulo Negrini¹
TÍTULO PROFISSIONAL 1 - Médico obstetra
DOS AUTORES 2 - Enfermeira obstetra
3 - Enfermeira especialista em melhoria
DESCRITORES Sepse; Gravidez; Complicações infecciosas na gravidez; Período
pós-parto; Choque séptico; Pacotes de assistência ao paciente
APROVADO POR Livia Sanches Pedrilio
DATA DE APROVAÇÃO 30/01/2023
VERSÃO 01
1
DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Sumário
1. Objetivo..............................................................................................................03
2. Introdução..........................................................................................................03
3. Prevenção...........................................................................................................05
3.1 Abordagem da prevenção pré-hospitalar.....................................................06
3.1.1 Diagrama direcionador de prevenção de sepse para a colaborativa Todas
as mães importam, no âmbito da assistência pré-natal......................................06
3.1.2 Rastreamento e tratamento de doenças infecciosas comuns na gestação
3.1.3 Infecção do trato urinário...........................................................................06
3.1.4 Pneumonia comunitária não complicada...................................................08
3.1.5 Abdome agudo (apendicite/colicistite)......................................................09
3.1.6 Infecção genital por Clamídia e Gonococo.................................................09
3.2 Abordagem da prevenção atenção hospitalar...............................................10
3.2.1 Profilaxia antibiótica...................................................................................10
4. Diagnóstico.........................................................................................................12
4.1 Critérios diagnósticos....................................................................................12
4.2 Identificação precoce....................................................................................15
5. Tratatamento......................................................................................................17
5.1 Protocolos e bundles.....................................................................................17
5.1.1 O Pacote de 1º Hora (hora dourada).......................................................17
5.1.2 Outras medidas – Continuidade do Cuidado Hospitalar..........................22
6 Preparo para alta e continuidade do cuidado pós alta............................................24
6.1 Planejamento individualizado e preparo para alta hospitalar.......................24
7 Conclusão...............................................................................................................26
Referências..............................................................................................................27
Anexos.....................................................................................................................30
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
1. Objetivo
Esta diretriz tem como objetivo documentar o processo de estudo, discussão,
validação interna na decisão da aplicação de diretrizes para atendimento às mulheres
com infecção, sepse e choque séptico em obstetrícia, bem como as orientações de como
utilizá-lo na prática em saúde, desde a atenção básica até nível terciário.
Seu escopo envolve inicialmente os serviços participantes da Colaborativa
Todas as Mães Importam, desenvolvido pelo Escritório de Excelência da Sociedade
Israelita Brasileira Einstein em parceria com Programa MSD para Mães de mortalidade
materna da Merck Sharp & Dohme. As recomendações dessas diretrizes não podem
substituir a capacidade de tomada de decisão do médico quando apresentado com as
variáveis clínicas de um paciente único.
2. Introdução
Sepse é uma emergência médica. Definida como uma disfunção orgânica com
risco de vida causada por resposta desregulada e disfuncional do hospedeiro à infecção.
Sepse e choque séptico são problemas importantes em saúde, afetando milhões de
pessoas ao redor do mundo a cada ano e matando de um terço a um sexto daqueles
que afeta.
A sepse é uma condição rapidamente progressiva. No ciclo gravídico puerperal,
pelas adaptações fisiológicas da gestação, a evolução para criticidade pode ser ainda
mais rápida. Estas adaptações aliadas ao esforço físico materno, intervenções clínicas
durante o parto e perdas sanguíneas, podem mascarar o reconhecimento deste agravo.
As infecções causam diretamente 10,7% das mortes maternas além de
contribuírem significativamente para mortes atribuídas a outras condições (associação
com as outras condições potencialmente ameaçadoras à vida - CPAVs). É a terceira causa
isolada mais comum de morte materna em todo o mundo, depois da hemorragia pós-
parto e da pré-eclâmpsia (SAY, et al 2014).
Woodd et al (2019), em uma revisão sistemática da literatura, mostrou que
para cada 1.000 mulheres que dão à luz, uma média de 0,5 desenvolve sepse; a
incidência agrupada de sepse foi de 0,05%.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
No estudo global sobre sepse materna (GLOSS), verificou-se que: para cada
1.000 nascidos vivos, 70 mulheres tinham infecção materna suspeita ou confirmada com
necessidade de hospitalização; 0,38% das mulheres internadas com infecção
apresentaram resultados maternos graves (Near miss ou óbito); Infecção foi a causa
contribuinte em mais de metade das mortes maternas intra-hospitalares (THE WHO
GLOBAL MATERNAL SEPSIS STUDY (GLOSS) RESEARCH GROUP, 2020).
As melhores evidências da estatística global mostram que 8 a 12% das
admissões de pacientes obstétricas em unidades de terapia intensiva (UTI) são por
sepse; 8 e 14% das mulheres em choque séptico morrem (BONET, et al 2017). As
melhores evidências estatísticas de países desenvolvidos (Reino Unido) mostram que
cerca de 19,5% das gestantes com sepse evoluíram para choque séptico e 1,4% das
mulheres em choque séptico morrem (VAN DILLEN, et al 2020).
O diagnóstico oportuno deste agravo na gestação e puerpério é um desafio,
especialmente em ambientes com poucos recursos. A identificação precoce e tomada
de decisão nas horas iniciais do desenvolvimento de sepse melhora o desfecho para a
paciente e salva vidas, modificando o contexto na saúde, na família e na sociedade.
O Projeto Todas as mães importam está alinhado aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (Estratégia Global da ONU para a Saúde da Mulher, da
Criança e do Adolescente) na busca em reduzir a morte materna evitável.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
3. Prevenção
A prevenção das infecções diminui a chance de sepse, choque e óbito. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que a infecção materna e a subsequente
sepse podem ser eliminadas com boas práticas de higiene e controle de infecção, bem
como com o reconhecimento e tratamento imediatos dessas condições (WHO, 2017).
A questão preventiva é ampla, incluindo desde infraestrutura e
cultura/educação higiênica da população até cuidados e controle de infeção
relacionados resistência antimicrobiana dos germes, envolvendo:
• Infraestrutura de água, saneamento e higiene
• Higiene das mãos
• Cuidado pré-natal (rastreamento, tratamento)
• Cuidados Hospitalares (rastreamento, tratamento, gestão de controle de
infecção)
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
término do tratamento. Quando não tratadas, podem evoluir para sepse materna, além
de morbidades para o concepto como prematuridade (ROSSI, et al 2020).
• Bacteriúria assintomática: Incidência: em 2% a 15% dos casos.
Diagnóstico: Rastreio pré-natal com Urina 1 e
urocultura na primeira consulta e no início do
terceiro trimestre.
Tratamento: Nitrofurantoína 100mg, via oral de
6/6 horas por 5 dias (não recomendada após 37
semanas), ou Cefalexina 500mg, via oral de 6/6
horas por 7 dias.
• ITU baixa (cistite): Incidência: em 2% dos casos.
Diagnóstico: Clínico (disuria, polaciúria, hematúria,
dor suprapúbica) confirmação não obrigatória
laboratorial Urina 1 e urocultura (ideal para manejo
antibiótico). Após o tratamento, urocultura
controle em 1 ou 2 semanas após o tratamento.
Tratamento: Fosfomicina trometamol, 3g via oral
dose única ou Nitrofurantoína 100mg de 6/6 horas
por 5 dias (não recomendada após 37 semanas), ou
Amoxacilina com Clavulanato 500/250mg via oral
de 8/8 horas por 7 dias ou Cefuroxima 250mg via
oral de 12/12horas por 7 dias.
(*Cefalosporinas ou Amoxicilina podem ser usadas,
mas com uma maior chance de falha terapêutica);
(**Fluoroquinolonas (Norfloxacina, Ciprofloxacina,
Levofloxacina) não deve ser utilizado para tratar a
cistite não complicada durante a gravidez).
• ITU alta (pielonefrite): Incidência: em 2% dos casos.
Diagnóstico: Clínico (disuria, polaciúria, hematúria,
dor suprapúbica, dor lombar e/ou febre). Sinal
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
8/8 horas por sete dias. Tratar o parceiro na vigência do tratamento da mulher (BRASIL,
2022).
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BRASIL, 2016
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
RCOG,2022
BRASIL, 2022
4. Diagnóstico
4.1 Critérios diagnósticos
A OMS define "sepse materna" como disfunção orgânica resultante de infecção
durante a gravidez, parto, pós-aborto ou período pós-parto, que inclui 42 dias após o
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
25% 30%
15%
30%
ENDOMETRITE / CORIOAMNIONITE
TRATO URINARIO
PELE E TEC MOLES
OUTROS
WHO, 2020
10%
31%
16%
9%
17%
17%
Trato urinário
Endometrite pós parto
Corioamnionite
Endometrite pós abortamento
Infecção pele e partes moles
Pneumonia
THE WHO GLOBAL MATERNAL SEPSIS STUDY (GLOSS) RESEARCH GROUP ,2020
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Infecção
(gravidez, parto,
Disfunção
pós-aborto ou SEPSE MATERNA
Orgânica
período pós-
parto
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
5. Tratamento
5.1 Protocolos e Bundles
Os protocolos clínicos e bundles são um conjunto de melhores práticas e
evidências científicas que especificam uma resposta preferida a um diagnóstico em
circunstâncias específicas.
Um grande estudo coorte retrospectivo de 1.012.410 internações por sepse
em 509 hospitais nos Estados Unidos examinou a associação entre implementação de
protocolos de sepse exigidos pelo estado, conformidade e mortalidade. A mortalidade
foi menor em hospitais com maior conformidade com o cumprimento os pacotes de
sepse com sucesso. Países em desenvolvimento podem experimentar efeitos variados
na aplicação de protocolos e pacote de boas práticas para sepse.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
RECOMENDAÇÃO
Para adultos com suspeita de sepse, sugerimos medir Lactato no sangue.
Recomendação fraca, evidência de baixa qualidade.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
RECOMENDAÇÃO
Para adultos com possível choque séptico ou alta probabilidade de sepse, nós
recomendar a administração de antimicrobianos imediatamente, de preferência dentro de
1 h de reconhecimento.
Recomendação forte, evidência de baixa qualidade (choque séptico).
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
RECOMENDAÇÃO
Para adultos com choque séptico, recomendamos o uso de norepinefrina como agente de
primeira linha em relação a outros vasopressores.
Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
RECOMENDAÇÃO
Para adultos com choque séptico em vasopressores, recomendamos um primeiro alvo de
pressão arterial média (PAM) de 65 mm Hg sobre PAM superior alvos.
Recomendação forte, evidência de qualidade moderada.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Realizar cuidado seguro, confiável e equânime para todas as mulheres no ciclo gravídico
puerperal na admissão, pré-parto, pós-parto e alta
Conceito de Mudanças Mudanças
1. Em caso de Sepse ou choque séptico
• Solicitação oportuna de vagas entre setores ou serviços
Segurança Cuidado Paciente Crítico
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
b) Conduta obstétrica
A definição da conduta obstétrica deve ser individualizada, baseada na
condição materna, idade gestacional e condição fetal.
Sepse e choque séptico materno sem viabilidade fetal:
o Decisões devem se basear nas melhores evidências científicas para o
tratamento materno. O tratamento materno adequado viabiliza um
melhor desfecho neonatal.
Sepse e choque séptico materno na viabilidade fetal:
o Gestação a termo: o parto deve ser realizado na vigência de quadro
materno estável (nos quadros de instabilidade hemodinâmica, a
realização do parto pode aumentar a morbidade da mão e do concepto).
Quando a tomada de decisão for o parto, parto cesariana e anestesia
geral são as opções mais seguras (ITON, 2015).
o Gestação pré-termo: não há, atualmente, indicação da interrupção nas
gestações pré-termo, a não ser em casos de corioamnionite, cujo
benefício do parto atende o binômio (nestes casos não são
recomendados esteróides pré-natais para maturação pulmonar fetal,
mas os benefícios e danos precisarão ser ponderados no contexto
específico (MRCOG et al, 2012).
A participação da mulher quando possível e de seus familiares nas decisões é
primordial.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
c) Escalonamento do cuidado
RECOMENDAÇÃO
Para adultos com sepse ou choque séptico que requerem admissão na UTI, nós
sugerir a admissão dos pacientes na UTI dentro de 6 horas.
Recomendação fraca, evidência de baixa qualidade.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Realizar cuidado seguro, confiável e equânime para todas as mulheres no ciclo gravídico puerperal na admissão,
pré-parto, pós-parto e alta
Conceito de Mudanças Mudanças
1. Planejamento individualizado do cuidado • Implantar Plano Terapêutico Singular
Segurança na Transição do
ALBERTO, et al 2017; MAKAM, et al 2015; BORTHWICK, 2012; KAHN, et al, 2019; LEVY, et al 2018
Devemos lembrar que sepse e choque séptico podem deixar sequelas, mesmo
se tratados imediatamente com todos os recursos disponíveis. Depois da alta hospitalar,
há elevado risco de morte e frequentes re-internações nos primeiros meses pós-
hospitalização, bem como elevado uso de recursos de saúde.
As sequelas podem ser físicas (gerais ou disfunção permanente de órgão alvo),
cognitivas e mentais. Acarretam problemas para a mulher, família e sociedade.
Sequelas físicas, mentais e cognitivas Disfunção permanente
de órgão alvo
fraqueza, fadiga alteração no sono coração, rins, fígado, entre
falta de ar alteração memória outros.
contraturas musculares, dificuldade de
dores articulares concentração
dificuldade de deglutição alteração da velocidade do
raciocínio
LPP ansiedade, depressão,
estresse pós-traumático
TEIXEIRA, et al 2021
SEQUELAS
MORTALIDADE SEQUELAS OUTRAS
MENTAIS E
PÓS-ALTA FÍSICAS SEQUELAS
COGNITIVAS
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
7. Conclusão
Os pacotes de melhores intervenções clínicas na sepse materna podem não ser
consenso na literatura, mas estão largamente disponíveis e acessíveis.
O desafio é a implementação destas práticas em cada contexto de saúde,
dependendo das políticas e estratégias para a qualidade e segurança dos cuidados e do
desdobramento operacional possível, mais seguro e eficaz (WHO, 2020).
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Anexo 1
Checklist de Reconhecimento da Disfunção Orgânica
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Anexo 2
Checklist de Tratamento da Sepse – Bundle 1ª hora
(APS / Hospitais)
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Anexo 3
Fluxograma Hospitais
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Anexo 4
Fluxograma APS
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
Anexo 5
Equipe Técnica do Projeto Todas as Mães Importam
• Brunna Bordenale Noznica – médica ginecologista e obstetra, especialista em gestação
de alto risco, ex-pesquisadora da startup Canguru e médica especialista da PMSP.
http://lattes.cnpq.br/3859435927598634
• Caio Antonio de Campos Prado – médico ginecologista e obstetra, especialista em
gestação de alto risco, mestre pela USP-RP, médico do Centro de Referência da Saúde
da Mulher de Ribeirão Preto - MATER e do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – HCFMRP-USP.
http://lattes.cnpq.br/4533899460901108
• Elisângela Martins de Queiroz – enfermeira, mestre pela EEUSP, especialista em saúde
coletiva - saúde da População Negra, Gestão de Emergências em Saúde Pública,
Vigilância em Saúde e Informática em Saúde. Especialista em Melhoria pelo Institute for
Healthcare Improvement-IHI Analista em Saúde. na PMSP.
http://lattes.cnpq.br/5534497442450918
• Jussara Francisca de Assis dos Santos - assistente social, doutora pela UFRJ, especialista
em serviço social e saúde pela UERJ, Professora da Escola de Serviço Social da
Universidade Federal Fluminense (UFF). http://lattes.cnpq.br/6569338074719659
• Livia Sanches Pedrilio - enfermeira, mestre pela EERP-USP, doutoranda pela DTG-
FCM/Unicamp, especialista em qualidade, segurança do paciente e em melhoria pelo
Institute for Healthcare Improvement-IHI, consultora de qualidade e segurança do
paciente do Escritório de Excelência Einstein, da SBIBAE.
http://lattes.cnpq.br/1867171806013403
• Maria Cristina de Camargo – enfermeira obstetra, doutora pela UFBA. Professora
Assistente da Universidade Estadual de Feira de Santana/ UEFS e Presidente da
Associação de Enfermeiros Obstetras e Obstetrizes – secção Bahia.
http://lattes.cnpq.br/5948430676020709
• Mariana Vitor Peppe - enfermeira obstétrica, mestre em ciências e doutoranda do
Departamento de Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo - EERP/USP.
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DIRETRIZ CLÍNICA PARA PROTOCOLO DE SEPSE NA
MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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MULHER NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
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