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Caxias
2021
RAIMARA COSTA SANTOS
Matricula: 201707190
Caxias
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 ABORTO ESPONTÂNEO..................................................................................................5
2.1 Doença...........................................................................................................................5
2.2 Etiologia.........................................................................................................................5
2.3 Epidemiologia..............................................................................................................5
2.4 Fatores de risco...........................................................................................................5
2.5 Aspectos Clínicos.......................................................................................................6
2.5.1 Ameaça de abortamento............................................................................................6
2.5.2 Abortamento completo..............................................................................................7
2.5.3 Abortamento inevitável/incompleto..........................................................................7
2.5.4 Abortamento retido...................................................................................................7
2.5.5 Abortamento infectado..............................................................................................7
2.5.6 Abortamento habitual................................................................................................7
2.5.7 Abortamento eletivo previsto em lei.........................................................................8
2.6 Conduta.........................................................................................................................8
2.6.1 Ameaça de abortamento............................................................................................8
2.6.2 Abortamento completo..............................................................................................8
2.6.3 Abortamento inevitável/incompleto..........................................................................8
2.6.4 Abortamento retido...................................................................................................9
2.6.5 Abortamento infectado..............................................................................................9
2.6.6 Abortamento habitual..............................................................................................10
2.6.7 Abortamento eletivo previsto em lei.......................................................................10
3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES EM SITUAÇÃO DE ABORTO
................................................................................................................................... 11
4 DESCRIÇÃO DO CASO...................................................................................................12
4.1 Anamnese...................................................................................................................12
4.1.1 Identificação............................................................................................................12
4.1.2 Histórico..................................................................................................................12
4.1.2 Queixa principal......................................................................................................12
4.1.3 História da doença atual..........................................................................................12
4.1.4 História Pregressa...................................................................................................13
4.1.5 Antecedentes mórbidos e familiares.......................................................................13
4.1.6 Hábitos de vida e social..........................................................................................13
4.1.8 Exame físico.............................................................................................................13
4.2 Fármacos em uso.....................................................................................................14
4.2.1 Tropinal...................................................................................................................14
4.2.2 Transamin...............................................................................................................14
4.3 Plano de cuidados....................................................................................................14
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................17
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................18
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1 INTRODUÇÃO
O aborto é caracterizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a
interrupção da gestação após a fecundação do ovócito até a 20ª-22ª semana completa, peso até
500 gramas e menor de 25 centímetros. Aborto é o produto da concepção eliminado no
abortamento (BRASIL, 2011). Atualmente, é apontado como a complicação mais frequente
na gravidez (ALBERNAZ et al., 2021).
2 DISCUSSÃO
O aborto como um período de alterações físicas e psicológicas vivenciadas por
mulheres e que necessitam de atenção dos profissionais de saúde, na qual a equipe de
enfermagem é de suma importância por vivenciar e fornecer o cuidado, identificando as
necessidades de cada paciente, com a finalidade de melhorar o aspecto biopsicossocial da
mulher (PAIXÃO et al., 2019).
Entretanto, Silva e colaboradores (2020) mostram que há uma diferença de tratamento
por parte dos profissionais de acordo com o tipo de abortamento sofrido pela mulher. Quando
se trata de um abortamento espontâneo, há mais complacência por parte dos profissionais,
colocando a mulher em posição de vítima.
No abortamento provocado, mas com permissão judicial, os autores referem ainda que
há um tratamento com a visão de que a mulher sofre com esse evento. Já no abortamento
provocado de maneira ilegal, observa-se uma mudança de tratamento por parte da equipe,
nesta modalidade a mulher é vista e julgada como culpada pelo acontecido.
Em contrapartida, o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem evidencia que
toda assistência deve ser prestada sem que haja qualquer discriminação, devendo ser
exercida com dignidade, competência e responsabilidade, livre de qualquer forma de
violência, de maneira que satisfaça as necessidades de saúde em toda integralidade do
indivíduo, preservando sempre sua autonomia (COFEN, 2007).
Portanto, assistência de enfermagem a mulher em fase de abortamento deve contar
com profissionais preparados e livres de preconceitos, os profissionais de enfermagem devem
ser capacitados e sensibilizados para a assistência integral, técnica, ética e humana, com
relação ao processo de perda e a vivência do luto da mulher (VERAS; SOUZA, 2019).
O enfermeiro também deve contribuir com a escuta, além de intervir na ocorrência de
futuros abortos, realizando a prevenção através da educação sexual, instruindo sobre métodos
contraceptivos e a função do planejamento familiar, no sentido de explicar a mulher da
melhor forma e assim contribuindo para redução da alta incidência de abortos, complicações e
mortalidade (VERAS; SOUZA, 2019).
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3 DESCRIÇÃO DO CASO
3.1 Anamnese
Identificação
Nome: G.S.J.;
Sexo: Feminino;
Idade: 23 anos;
Data de Nascimento: 06/09/1998;
Cor: Preta;
Estado civil: União estável;
Naturalidade: Caxias-MA;
Histórico
- Transamin
- Princípio ativo: ácido tranexâmico (ANVISA, 2019);
- Apresentação: Comprimidos de 250 mg;
- Indicações: destinado ao controle e profilaxia de hemorragias provocadas por
hiperfibrinólise e ligadas a várias áreas, como cirurgias cardíacas, ortopédicas, ginecológicas,
obstétricas, otorrinolaringológicas, odontológicas, urológicas e neurológicas;
- Efeitos adversos: as reações comuns são náuseas, vômitos, dor epigástrica e
diarréia.
- Conflito de decisão;
- Risco para angústia espiritual;
- Sentimento de impotência e;
- Isolamento social.
Em consonância com os diagnósticos supraditos, Rodrigues e colaboradores (2017)
afirmam que a assistência de enfermagem prestada deve contribuir para que as mulheres
atendidas continuem a viver com dignidade na busca de recuperarem a saúde física e
psicológica afetada pelo aborto.
Dessa forma, o plano de cuidados deve ser realizado através das principais ações de
enfermagem, conforme descrito pelos autores acima referidos:
- Orientar e preparar a paciente para consulta médica, exame físico e ginecológico;
- Informar a equipe médica sobre os dados relevantes coletados durante a
consulta de enfermagem;
- Explicar a conduta de acordo com o tipo de aborto e a necessidade de
internação;
- Apoiar familiares e amigos, segundo suas necessidades;
- Explicar sobre os medicamentos prescritos, a sua indicação e o tempo de
tratamento;
- Orientar a observação de sintomas e manifestações clínicas de infecção
como: sangramento com odor fétido, dor abdominal e febre;
- Solicitar consulta médica ginecológica imediata na presença de sinais importante de
infecção e grandes sangramentos;
- Acolher e orientar familiares e/ou acompanhantes com objetivo de que os mesmos
proporcionem apoio no convívio diário;
- Encaminhar para atendimento social e psicológico, agendar retorno ambulatorial
com o enfermeiro orientando sobre seguimento com equipe multidisciplinar;
- Informar à mulher que sua fecundidade poderá ser restabelecida antes do
aparecimento de nova menstruação;
- Orientar que ela poderá estar apta a engravidar em torno de 15 dias após o aborto;
- Orientar abstinência sexual enquanto existir sangramento;
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A descrição do presente estudo de caso possibilitou um amplo conhecimento acerca
das situações de abortamento, visto que é um agravo muito recorrente na gestação e que por
vezes causa graves consequências para sua saúde, e até mesmo o óbito materno.
Dentre as repercussões trazidas para o mulher a partir do estudo do caso clínico pode
se destacar as alterações psicológicas trazidas pelo aborto espontâneo à mulher e ao contexto
social e familiar em que ela está inserida, além das consequências físicas para a mesma, em
virtude dos diferentes tipos de abortos descritos pela literatura.
O estudo do caso clínico proporcionou também a troca de conhecimento com a
paciente através das suas dúvidas, anseios e vivências frente à situação de abortamento
enfrentada pela mesma, pode-se notar as peculiaridades na formas de enfrentamento desse
agravo.
Constatou-se que o enfermeiro, dentre as suas inúmeras atribuições na assistência,
desenvolve papel fundamental na escuta e acolhimento à paciente em situação de aborto,
através desta é possível realizar ações de educação em saúde e apoio para o enfrentamento do
referido problema.
Dessa forma, o estudo do caso clínico torna viável a aplicação de conhecimentos
técnicos-científicos apreendidos durante a graduação relacionados às ações e conduta de
enfermagem no planejamento familiar e nas situações adversas que ocorrem nesse processo.
Contudo, o presente estudo de caso clínico contribuiu de forma significativa por
agregar conhecimento profissional e pessoal adquiridos durante a realização do Estágio
Supervisionado II, do curso Enfermagem, no campo da Saúde da Família.
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REFERÊNCIAS
ALBERNAZ, Andréa Araújo dos Santos et al. Alterações cromossômicas como causa de
aborto espontâneo no primeiro trimestre de gestação: revisão sistemática. 2021. Disponível
em: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1875/1/TCC-Andrea-
Deyse-FINAL.pdf. Acesso em: 06 nov. 2021.
OLIVEIRA, Maria Tânia Silva et al. Fatores associados ao aborto espontâneo: uma revisão
sistemática. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 20, p. 361- 372, 2020.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/tX8xjD4L48d5wRfPnfY6RkF/?
lang=pt&format=html. Acesso em: 06 nov. 2021.