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PSICOLOGIA, ÉTICA E RELAÇÕES

HUMANAS

GRAJAÚ
2023
Vamos nos conhecer!!!
“O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre
iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam
e desafinam”.
Introdução a Psicologia
Um conhecimento, para ser considerado científico, requer um objeto específico de estudo. O objeto da
Astronomia são os astros, e o objeto da Biologia são os seres vivos. Essa classificação bem geral
demonstra que é possível tratar o objeto dessas ciências com uma certa distância, ou seja, é possível
isolar o objeto de estudo.

No caso da Astronomia, o cientista-observador está, por exemplo, num observatório, e o astro


observado, a anos-luz de distância de seu telescópio. Esse cientista não corre o mínimo risco de
confundir-se com o fenômeno que está estudando. O mesmo não ocorre com a Psicologia, que, como a
Antropologia, a Economia, a Sociologia e todas as ciências humanas, estuda o homem.
Certamente, esta divisão é ampla demais e apenas coloca a Psicologia
entre as ciências humanas. Qual é, então, o objeto específico de estudo da
Psicologia?
Se dermos a palavra a um psicólogo comportamentalista, ele dirá: “O objeto de estudo da
Psicologia é o comportamento humano”. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista,
ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente”.

Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade. Como, neste
momento, há uma riqueza de valores sociais que permitem várias concepções de
homem, diríamos simplificada-mente que, no caso da Psicologia, esta ciência estuda os
“diversos homens” concebidos pelo conjunto social.
Assim, a Psicologia hoje se caracteriza por uma diversidade de objetos de
estudo. Por outro lado, essa diversidade de objetos justifica-se porque os
fenômenos psicológicos são tão diversos, que não podem ser acessíveis ao
mesmo nível de observação e, portanto, não podem ser sujeitos aos
mesmos padrões de descrição, medida, controle e interpretação.
O objeto da Psicologia deveria ser aquele que reunisse condições de aglutinar
uma ampla variedade de fenômenos psicológicos.
Ao estabelecer o padrão de descrição, medida, controle e interpretação, o
psicólogo está também estabelecendo um determinado critério de seleção dos
fenômenos psicológicos e assim definindo um objeto.

Nossa matéria-prima, portanto, é o homem em todas as suas expressões, as visíveis


(nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque
somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) — é o homem-corpo,
homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isso está sintetizado no termo
subjetividade.
A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo
conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e
cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro
lado, na medida em que os elementos que a constituem são experienciados no campo
comum da objetividade social.

Esta síntese — a subjetividade — é o mundo de idéias, significados e emoções construído


internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua
constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e
comportamentais.
O mundo social e cultural, conforme vai sendo experienciado por nós,
possibilita-nos a construção de um mundo interior. São diversos fatores
que se combinam e nos levam a uma vivência muito particular.
Vamos testar nossa personalidade?
https://www.16personalities.com/br/teste-de-personalidade
Capítulo 2 – Ética e Moral

O intuito deste capítulo é fazer com que você perceba as diferenças entre o
que é ético e moral, para que seja capaz de observar e analisar os fatos da vida
cotidiana, tanto na esfera privada quanto no ambiente de trabalho. Mas,
antes disso, achamos importante reforçar os motivos que temos para estudar
Ética, vejamos:
2.1 POR QUE ESTUDAR ÉTICA?
Podemos citar diversos motivos, tais como:
É um assunto recorrente e que sempre foi de interesse do
homem. As questões éticas perpassam por todos os aspectos
da vida (familiar, profissional, acadêmico, social), ao passo que
desde a antiguidade o homem nutre interesse pelo assunto;
Por conta do aumento da competitividade e individualismo. O modelo econômico
vigente, o sistema capitalista, estimula os imperativos “cada um por si” e “os fins
justificam os meios”, o que gera várias distorções no convívio social;

Por conta da crise de valores. A corrupção está impregnada no cenário político,


econômico e social do nosso país que acaba por possibilitar perdas de referências éticas. As
pequenas corrupções e o “jeitinho brasileiro” estão entranhadas na
cultura brasileira, ao passo que pessoas que se comportam eticamente às vezes são
tachadas de “bobas”, enquanto que os que burlam as leis, por exemplo, são tidas como
“espertas”, gerando uma confusão entre o que é o certo e o errado, ocasionando assim a crise
de valores.
Para fortalecer ações éticas no setor público. Exatamente por conta da crise de valores,
que se faz mister fomentar as discussões sobre a ética a fim de fortalecer as ações
éticas no setor público, além de possibilitar que as reflexões sejam conduzidas pelo(a)
servidor(a) para os mais diversos âmbitos de sua vida.
2.2. ÉTICA
Como podemos ver, nos deparamos diariamente com vários dilemas que
envolvem a ética.
Umas questões são mais simples e outras nem tanto assim. Mas de um modo geral, elas permeiam nossas
vidas. Através da ética decidimos acerca de várias questões como a escolha dos nossos governantes, dos
nossos cônjuges, das nossas amizades... Enfim, através da ética decidiremos qual o caminho iremos trilhar.
Mas, o que é Ética afinal?
Para Sá (2003, p. 15), a ética “estuda os fenômenos morais, as morais históricas, Os códigos de normas
que regulam as relações e as condutas dos agentes sociais, os discursos normativos que identificam, em
cada coletividade, o que é certo ou errado fazer”.
Em outras palavras, Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do
comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional,
fundamentada, científica e teórica.
A Ética teoriza sobre as concepções que dão suporte à moral. “É uma espécie de teoria
sobre a prática moral, uma reflexão teórica que analisa e critica os fundamentos e
princípios que regem um determinado sistema moral” (MORAIS, s.d, p.1). Em suma, é
uma reflexão sobre a moral.
O exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes
vigentes tem início ainda, na cultura ocidental, na Antiguidade Clássica com os
primeiros grandes filósofos, a exemplo de Sócrates, Platão e Aristóteles.

Questionadores que eram, propunham uma espécie de “estudo” sobre o que de fato
poderia ser compreendido como valores universais a todos os homens, buscando dessa
forma ser correto, virtuoso, ético. O pano de fundo ou o contexto histórico nos qual
estavam inseridos tais filósofos era o de uma Grécia voltada para a preocupação com
a pólis, com a política.
Nesse contexto, a ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral
estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas
prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores
normativos e até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.
Assim, a priori, podemos dizer que a ética se dá pela educação da vontade. Segundo
Marilena Chauí em seu livro Convite à Filosofia (2008), a disciplina denominada ética
nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes.

Nasce quando também se busca compreender o caráter de cada pessoa. Isto é, quando
se busca compreender, refletir sobre o senso moral e a consciência moral individual.
Mapa Mental
2.5 MORAL – roda de conversa
2.6 Pequenas Corrupções
Esse tópico complementa o anterior na medida em que aponta as pequenas
corrupções que lidamos diariamente. Para tanto, partimos de um pronunciamento
feito no mês de março de 2015 pela Presidente Dilma, que diante de tantos
escândalos, se referiu à corrupção como uma “senhora idosa”, que já vive há muitos
anos entre nós.

Infelizmente, desde quando os primeiros indivíduos vagavam pelos continentes já


existiam os espertos, que tiravam vantagens em detrimento do prejuízo alheio. Basta
recordamos o que ocorreu com a chegada dos portugueses no Brasil, em 1500.
A cultura do “jeitinho”, em muitos casos, nos faz realizar ações prejudiciais ao próximo. Quando
furamos fila, sonegamos impostos, estacionamos em vaga de idoso indevidamente, entre outras
coisas, estamos sendo corruptos.
Aí você deve está se perguntado: corrupto? Sim. Porque quando um indivíduo prejudica
alguém, pouco ou muito, está na verdade fortalecendo um dos maiores males do nosso país.
Agir de forma leviana é uma prática corriqueira em todo o território brasileiro, mesmo que
algumas pessoas achem que corrupção só existe em Brasília. A corrupção está na verdade,
infelizmente, impregnada em boa parte da população.
No terreno da ética o apodrecimento dos valores éticos positivos se inicia por meio de
pequenos delitos, infrações e aceitações. Quando, por exemplo, é noticiado que os
marginais soltaram rojões para sinalizar a entrada da polícia na favela, o cidadão comum
costuma reprovar tal ação.
Entretanto, esse mesmo cidadão não ver nada de mal em piscar o farol na estrada para
alertar que a viatura policial rodoviária está na outra direção. Isso se caracteriza como um
relativismo ético, que acaba por corroer toda a nossa estrutura de dignidade.
Uma campanha criada pela Controladoria-Geral da União, nos anos de 2013 e 2014,
intitulada de “Pequenas Corrupções – Diga não”, visou chamar a atenção do cidadão
para as pequenas corrupções que praticamos diariamente, muitas vezes sem nos
darmos conta de que estamos alimentando toda uma rede de corrupção.

Essas pequenas atitudes são antiéticas, ou até mesmo ilegais, e costumam ser
culturalmente aceitas e terem sua gravidade ignorado a e/ou minimizada. A campanha
deixa claro que “a mudança por um país mais ético começa em cada um de nós”.
Ética na Vida Social:
Cada ocasião social exige um tipo de comportamento. Para tanto se deve usar o bom
senso em cada detalhe: no vestir, no falar, na postura. Nosso comportamento, nossos
gestos, nossas palavras, nossa postura, se diferem nas mais diversas ocasiões sociais.
Ética na Vida Profissional
“É um conjunto de normas que regem os atos dos profissionais quando em Valores”
A enfermagem é essencialmente um trabalho de intimidade. As tarefas de enfermagem
exigem um contato muito próximo com os clientes tanto físico como emocionalmente.
Para negociar os valores, é importante ter clareza a respeito dos próprios valores: quais
são de onde se originam e como se relacionam os valores dos outros e os valores da
sociedade.
Valores
a) Fundamentos motores do agir humano: os valores dão a dinâmica do agir; o homem que perde os valores
perde a razão de seus atos e sente perder o sentido da vida;
b) Aspiração básica do ser humano: estas aspirações relacionam-se com a realização das potencialidades
originárias do homem;
c) Referências comparativas: optar por um ato, ao invés do outro, significa percepção de maior valor ou
maior interesse num do que o outro;
d) Algo pelo qual vale a pena viver, lutar e até morrer: ao se perder os valores, perde -se o interesse por
aquele ato ou por aquela sequencia de atitudes;
a) A priori do emocional: em determinadas atitudes, quando realizadas sob a dinâmica

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