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Ética e Legislação Profissional do

Assistente Social
Alessandra Medeiros
SUMÁRIO

1 FUNDAMENTOS ANTOLÓGICOS DA ÉTICA ............................................... 3


2 AS BASES SOCIOHISTÓRICAS DE CONSTITUIÇÃO DA ÉTICA .................... 11
3 O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO-SOCIAL BRASILEIRO .............. 17
4 A DIMENSÃO JURÍDICO NORMATIVA DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO . 24
5 O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL: RESOLUÇÃO
CFESS Nº273/93 ....................................................................................... 35
6 AS LEGISLAÇÕES PROFISSIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL ..................... 49

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1 FUNDAMENTOS ANTOLÓGICOS DA ÉTICA

O objetivo de nossa disciplina é contextualizar historicamente o aspecto deontológico


da ética profissional, indicando as diferentes perspectivas que subsidiaram a ação dos
assistentes sociais ao longo da história, bem como, promover a profunda reflexão a
respeito do atual código de ética profissional e do Projeto Ético-Político Profissional.
Portanto, vamos explicar detalhadamente uma das disciplinas mais importantes para o
seu futuro profissional, afinal todas as suas ações enquanto assistente social deverão
ser pautadas pelo Código de Ética do Serviço Social.

Este bloco deverá garantir que você compreenda a construção sócio-histórica da Ética
e também saiba diferenciar ética de moral.

Iremos estudar a ética e o conhecimento filosófico, os conceitos de moral e de ética,


como o homem se caracteriza enquanto ser social e sua dimensão valorativa, assim
como a reprodução social das objetivações ético morais.

1.1 Ética e o conhecimento filosófico

Vamos agora compreender o conceito de ética e como ela foi construída na sociedade
com a ajuda da Filosofia. Rios (2008, p. 80) afirma que “a ética é a face da filosofia que
se debruça sobre os valores que orientam nossas ações e relações na sociedade”.
Podemos entender melhor este conceito através de exemplos. Onde aprendemos que
precisamos respeitar as pessoas, que não devemos cometer atos ilícitos, que não
devemos maltratar os animais, ou ainda, que devemos ser solidários uns com os
outros? Esses valores e ações foram construídos e transmitidos pela sociedade ao
longo dos séculos, especialmente por meio dos costumes.

Também é comum ouvirmos frases como “fulano é antiético” ou “nossa, que pessoa
sem ética!”, devido à tradição de corrupção que temos no Brasil.

O filósofo grego Sócrates (469 a.C. – 399 a.C) introduziu as discussões éticas no campo
da filosofia, em especial quando perguntou o que eram as virtudes e o bem. Para o

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filósofo, ninguém pratica voluntariamente o mal: “todo homem que sabe o que é o
bem e o reconhece racionalmente como tal, necessariamente, tende a praticá-lo. A
virtude consiste, pois, em conhecer as causas e os fins das ações fundadas em valores
morais assim identificados pela inteligência, o que impele o indivíduo a agir
virtuosamente em direção ao bem” (apud SOUZA, 1995: 181).

Já para Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), toda atividade humana tende a um fim que é,
por sua vez, um bem. Para ele, “o homem virtuoso é aquele capaz de deliberar e
escolher o que é mais adequado para si e para os outros, movido por uma sabedoria
prática em busca do equilíbrio entre o excesso e a deficiência” (apud SOUZA, 1995:
181). Diz ainda que a bondade é tanto rara como nobre e louvável.

Vamos a seguir compreender a diferença entre a moral e a ética.

1.2 Os conceitos de moral e de ética

No dia a dia, os conceitos de moral e de ética se confundem. Para aprendermos a


diferença conceitual destes termos, novamente deveremos recorrer à Filosofia.

De acordo com Rios (2008, p. 84) a moral é definida como um conjunto de valores, de
princípios, de regras que norteiam o comportamento humano. Neste sentido,
aprovamos ou reprovamos o comportamento das pessoas com o que julgamos ser
correto e com relação também aos papeis do que socialmente é aceito.

Já a ética, para a mesma autora, “é a reflexão crítica sobre a moralidade”. E reitera que
a ética não tem a pretensão de definir normas, mas de indicar princípios (RIOS, 2008,
p. 84).

Assim, podemos afirmar que a ética está mais relacionada a um juízo crítico que a
moral, e desta maneira está mais relacionada à filosofia.

Heller (2000) apud Barroco (2012, p. 31) diz que a vida cotidiana é permeada por
demandas de caráter ético-moral: todas as ações práticas, desde a sua projeção ideal
até o seu resultado objetivo, são mediadas por diferentes valores; entre eles, os que

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respondem a exigências de caráter ético-moral. Heller (2000) aponta ainda que estes
valores estão presentes:

“quando afirmo ou nego, convido, proíbo ou aconselho, amo ou odeio,


desejo ou abomino, quando quero obter ou evitar alguma coisa, quando rio,
choro, trabalho, descanso, julgo ou tenho remorsos, sou sempre guiado por
alguma categoria orientadora de valor, frequentemente mais de uma”.
(HELLER apud BARROCO, 2012, p. 31-32).

Quem nunca viveu o dilema entre decidir fazer ou não alguma coisa quando aparece a
oportunidade de “tirar vantagem” de algo, mas uma voz interna lhe diz que isto não
seria adequado?

A moral “é um movimento constante entre o que é bom para nós e o compromisso


que temos com os outros”, e pode ser entendida como “o conjunto de regras de
conduta assumidas livre e conscientemente pelos indivíduos, com a finalidade de
organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e do mal” (ARANHA e
MARTINS, 2005, p.218). É a moral que nos faz tomarmos decisões frente às situações
cotidianas, entre fazer o que julgamos certo ou errado.

Para Barroco (2012) a moral supõe respeito ao outro e responsabilidade em relação a


outros indivíduos, grupos e a sociedade como um todo. Ela se origina do
desenvolvimento da sociabilidade; responde à necessidade prática de estabelecimento
de determinadas normas e deveres, tendo em vista a socialização e convivência social.
Essa mesma autora afirma também que a moral tem função integradora, pois
estabelece uma mediação de valor entre o indivíduo e a sociedade; entre eles e os
outros, entre a consciência e a prática.
Enquanto isso, a ética é mais abstrata, pois é a área da filosofia que se ocupa com “as
noções e princípios que fundamentam a vida moral”. (ARANHA e MARTINS: 2005, p.
218).

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1.3 O homem enquanto ser social

Será que estes valores que apontamos no item anterior são características exclusivas
do ser humano? Sim! E por esta razão, vamos analisar o homem enquanto ser social,
ou seja, vamos analisar o que caracteriza a condição humana.

Se pensarmos em animações como Tarzan ou Mogli – o menino lobo podemos


observar como os personagens humanos se adaptaram às condições vividas na floresta
e o que os diferenciava dos outros animais. Também podemos imaginar uma situação
cotidiana, por exemplo, quando assistimos alguma notícia envolvendo um crime
perverso e logo estabelecemos uma analogia ao “instinto animal” da pessoa que o
cometeu.

O que, então, nos diferencia dos animais?

“... o processo que possibilita o desenvolvimento da individualidade se


encontra em íntima relação com a socialização, pela qual o ser humano se
apropria dos resultados da experiência histórica da sociedade em que
nasceu. Será essa dialética entre o social e o pessoal que irá orientar o
tempo todo o percurso humano” (ARANHA e MARTINS: 2005, p.30)

O homem se distingue dos animais pela presença da inteligência abstrata, por ser
transformador da natureza, pelo uso de linguagens simbólicas e pelo trabalho.

Por linguagem simbólica podemos compreender o uso das palavras, números e notas
musicais, por exemplo. Neste sentido, o homem é um ser social, pois se constrói à
medida que se relaciona com seus semelhantes, ou seja, a partir da socialização o
homem constrói sua individualidade.

Veremos sobre o trabalho mais adiante, pois se trata de uma das dimensões
valorativas do ser social que iremos estudar.

O homem é, portanto, um ser social e interage em sociedade a partir das relações que
constrói, seja com sua família, amigos, no trabalho etc. A partir dessas relações vai
construindo sua identidade e consequentemente sua visão de mundo.

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1.4 A dimensão valorativa do ser social

Neste item vamos trabalhar três dimensões do homem: o trabalho, a cultura e a


política.

Uma das características principais do ser social é a sua capacidade de trabalho. “(...)
chamamos de trabalho humano a ação dirigida por finalidades conscientes pela qual
transformamos a realidade em que vivemos e a nós mesmos” (ARANHA e MARTINS:
2005, p. 30).

Pelo trabalho, o homem cria o mundo das coisas e o necessário para a sua existência.
“Da interferência do homem sobre a natureza, por meio do trabalho, das inter-
relações entre os homens, surge o mundo dos bens simbólicos, dos saberes das coisas
e sobre os próprios homens, configurando o mundo da cultura”. (SOUZA: 1995, p.112)

Através da necessidade de organização e da regulação da produção, da circulação e do


consumo de bens materiais, e dos saberes humanos para garantir a funcionalidade do
processo como um todo, nasceu a política.

Assim, o trabalho está relacionado ao fazer humano, a cultura ao saber humano e a


política ao poder humano, sendo essas as três dimensões do ser social.

Essas dimensões, então, se materializam no cotidiano das ações humanas. Cardoso


(2013) afirma que, com base em seus valores, o indivíduo social passa a compreender
o que é bom ou ruim enquanto comportamento humano para si e para a coletividade;
com isso, surge a necessidade da existência de regras gerais que se tornam hábitos e
costumes. Elas têm força social porque traduzem a ação dos indivíduos e o modo como
se comportam, no entanto, precisam ser aceitas e aderidas pelo ser social. Aqui está a
distinção entre valores e moral: os primeiros dizem respeito a princípios; a segunda diz
respeito à ação humana com base nos valores. Ou seja, a moral.

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1.5 A reprodução social das objetivações ético morais

Vamos pensar agora em quais campos estão dispostas essas dimensões do ser social.
Para isso falaremos das objetivações ético-morais, ou ainda, como acontecem as
relações ético-morais.

Para melhor compreendermos ‘a reprodução social das objetivações ético-morais’,


vamos conceituar cada expressão contida nessa sentença.

Denomina-se reprodução social “o processo mediante o qual uma sociedade, através


de diversos mecanismos, reproduz a sua própria estrutura” (INFOPEDIA, 2019?). Já
“objetivações”, de acordo com a filosofia hegeliana, é o processo no qual o espírito
humano experimenta uma alienação de sua real natureza subjetiva, projetando-se em
objetos e construindo a realidade externa.

Para BARROCO (2008) o campo das objetivações ético-morais se coloca no conjunto


dos modos de ser desenvolvidos historicamente pelos homens, a partir de um
determinado estágio de organização do trabalho e da vida. Essa objetivação acaba se
constituindo pelo sujeito ético-moral, pela moral, pelo conhecimento ético e pela
práxis ético-política, assuntos que trabalharemos no decorrer da disciplina.

O sujeito ético-moral é aquele capaz de responder por seus atos em termos morais, ou
seja, aquela pessoa que é capaz de discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal. A
moral pressupõe responsabilidade de suas ações para com outros indivíduos. Já a
práxis está relacionada com conduta ou ação, neste exemplo, conduta ético-política.

Saiba Mais

Conheça mais sobre algumas expressões que usamos neste texto:

Aspecto deontológico: Para entendermos o que isso significa, vamos ao significado de


“deontologia”. De acordo com o web site Significados(2015) a deontologia “(...) pode
ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada

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profissão, ou seja, cada profissional deve ter sua deontologia própria para regular o
exercício de sua profissão, e de acordo com o Código de Ética de sua categoria”.

Inteligência abstrata: relacionada à capacidade de planejar, pensar, decidir.

Inteligência concreta: relacionada aos instintos.

Conclusão

Neste bloco estudamos a diferença entre a moral e a ética e como o homem se insere
na sociedade enquanto ser social, estabelecendo uma distinção entre o
comportamento humano e o comportamento animal. Também destacamos as
dimensões valorativas do ser social, enquanto um ser que produz trabalho e cultura
em uma dimensão política.

REFERÊNCIAS

ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3 ed. Revisada. São Paulo:


Moderna, 2005.

BARROCO, M. L. S. Ética e Serviço Social: fundamentos sócio-históricos. São Paulo:


Cortez, 2008.

CARDOSO, P. F. G. Ética e projetos profissionais: os diferentes caminhos do Serviço


Social no Brasil. São Paulo: Papel Social, 2013.

DEONTOLOGIA. Dicionário online do website Significados, 20 jun. 2015. Disponível em


https://www.significados.com.br/deontologia/. Acesso em dez. 2019.

MOGLI – O MENINO LOBO. Direção de Wolfgang Reitherman. Estados Unidos: Buena


Vista Distribution, 1967. (88 min).

REPRODUÇÃO SOCIAL. In: Artigos de apoio Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2019.
Disponível em: https://bit.ly/2Lk9xR1. Acessado em dez. 2019.

RIOS, T. A. A presença da filosofia e da ética no contexto profissional. In: Revista da


USP. Ano 5. Número 8. 1 semestre de 2008. Organicom.

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SOUZA, S. M. R. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.

TARZAN. Direção de Chris Buck. Estados Unidos: Buena Vista Pictures, 1999. (88 min).

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2 AS BASES SÓCIO-HISTÓRICAS DE CONSTITUIÇÃO DA ÉTICA

Este bloco tem como objetivo contextualizar o cenário em que deveremos pensar a
ética, especificamente as bases socio-históricas de sua constituição.

Para tanto, não podemos esquecer que vivemos em uma sociedade capitalista e isso
significa que nosso cotidiano acaba sendo conduzido de modo a corresponder às
demandas do capital. Também estudaremos neste bloco a construção do ethos na
sociedade capitalista, além de discutir alguns dilemas éticos contemporâneos.

2.1 O modo capitalista de comportamento: moral e valores

Quando ouvimos falar em modo capitalista somos automaticamente levados a pensar


em conceitos marxistas que nos remetem a exploração, por parte dos donos dos meios
de produção, dos bens produzidos (e, por conseguinte daqueles que produzem os
bens, a classe trabalhadora). No entanto, sabemos que esta divisão deveria ser mais
justa, e estes bens produzidos também deveriam chegar aos que os produziram. Por
qual razão é importante que situemos o âmbito da ética em uma sociedade
capitalista? Porque os comportamentos serão determinados por esse sistema, tanto
do ponto de vista moral, quanto aos valores da sociedade.

É muito comum ouvirmos alguns ditados populares como: “O trabalho dignifica o


homem”, “Deus ajuda quem cedo madruga”, “Dinheiro não trás felicidade”, “Quem
guarda, tem” entre tantos outros. Esses são exemplos de alguns valores que são
perpetuados na sociedade capitalista.

Outro ponto importante são os valores propagados pela ideia de acumulação de bens,
como se nós fôssemos aquilo que possuímos, ou seja, as pessoas são valorizadas por
suas posses, seja um carro caro, uma casa grande em um bairro nobre da cidade,
roupas de marcas famosas etc.

Também merece destaque o papel das redes sociais na propagação desses valores,
pois além dos valores mencionados acima, transmitem também a ideia de que todos

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nós precisamos ser felizes o tempo todo e caso você não corresponda a essas
expectativas que são tidas como “normais”, você tem algum problema e deve reunir
esforços para almejar esse status que é considerado o correto.

Esses valores, que transmitidos de geração em geração como costumes, esbarram no


conceito de ética. Qual seria a “ética” encontrada no sistema capitalista? Seria comum
às pessoas que vivem na sociedade capitalista desejarem tirar proveito de certas
situações em função de seu próprio ganho, independente das consequências? Por
exemplo: uma pessoa fura a fila no banco; alguém recebe um troco errado e não
devolve; o restaurante deixou de cobrar algum item na conta e o cliente não avisa o
garçom; uma pessoa deseja prejudicar a outra no trabalho para pegar seu cargo etc.
Exemplos não faltam para ilustrarmos as dinâmicas encontradas na sociedade como se
os valores fossem invertidos.

2.2 A construção do Ethos na sociedade capitalista

Antes de falarmos da construção do ethos na sociedade capitalista, precisamos


conhecer o significado dessa palavra.

Ethos é uma palavra de origem grega, que tem o significado de caráter


moral. Para o mesmo significado, a língua latina tem a palavra moren, que
deu origem à palavra moral. Ethos é uma palavra usada para descrever um
conjunto de hábitos ou crenças que estão na educação de uma comunidade
ou de uma cultura. (SIGNIFICADOS, 2019?)

Ethos são, portanto, hábitos ou crenças que são transmitidos de geração para geração,
por exemplo, pela cultura.

E por qual razão devemos contextualizar essa situação no trabalho do assistente


social? Esse conteúdo é importante, pois devemos ter contextualizada a construção da
identidade das pessoas que iremos atender. Quais diferenças podemos constatar entre
o atendimento de uma pessoa boliviana e uma pessoa brasileira? Seria diferente, do
ponto de vista cultural, atender uma pessoa de origem chinesa e outra de origem
italiana? Como estas nacionalidades encaram a relação das pessoas com o trabalho?

Vamos pensar agora na construção desses valores para o assistente social. Como um
profissional poderá avaliar uma família caso ao chegar a uma visita domiciliar ele

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encontre o pai dormindo às dez da manhã? Será que, socialmente, valores foram
construídos de tal forma que é esperado das pessoas que elas acordem cedo para
produzir?

Cabral (2012) afirma que o ethos burguês é marcado, principalmente, pela exploração
do indivíduo social com o objetivo de obtenção da mais-valia; individualismo
exacerbado; egoísmo; a necessidade de posse e apropriação privada como
necessidades humanas; utilitarismo; pragmatismo; naturalização das desigualdades;
reificação das relações sociais; entre outros. Ainda sobre este modo de ser, são
valorizadas as práticas autoritárias, a disciplina, a harmonia social, a hierarquia e a
coesão social; A compreensão da sociedade capitalista, a partir de uma perspectiva
histórica e de totalidade, é condição necessária para apreensão de suas contradições,
nuances e contornos que projetam uma complexidade ética e política que não pode
ser reduzida ou menosprezada, como se tudo já estivesse suficientemente explicado.

2.3 A construção do ethos profissional e suas implicações para o exercício


profissional

Como a construção do ethos implica na profissão do assistente social? Primeiramente


temos que destacar que a própria construção da cultura propagada pela sociedade ao
longo do tempo, impacta a formação do assistente social que, por si só, já possui suas
crenças e seus valores. O que fazer para que estes valores não influenciem sua
atuação profissional? É possível ser um assistente social que atue de maneira neutra?

Imagine que você precisa realizar o atendimento de uma mulher que precisa de
urgentemente de uma transfusão de sangue, no entanto, sua a família é contra o
procedimento por motivos religiosos. Ou ainda, imagine que outra mulher tenha
sofrido abuso sexual e precisa ser encaminhada para o programa “aborto legal”, mas,
você (o assistente social) é contra a realização de abortos? Imagine como seria atender
o agressor de uma criança que tenha sido vítima de maus tratos.

Esses são alguns exemplos de desafios que o assistente social poderá enfrentar em seu
cotidiano profissional.

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Com isso em mente é importante reiterar que o assistente social representa uma
categoria que é composta por outros profissionais, e a categoria como um todo
defende posicionamentos que são políticos.

Como exemplo, podemos citar algumas bandeiras que a categoria de assistentes


sociais defende e que o profissional (individualmente), mesmo não concordando com
esses posicionamentos, deverá aplicá-los em sua atuação:

• Em defesa da profissão, por exemplo, o assistente social deverá defender o


exercício profissional laico. O que significa isso? Significa defender e exercer
uma atuação profissional desvencilhada de qualquer conotação religiosa.

• Em defesa da seguridade social, o assistente social precisa ter um


posicionamento contrário à redução da maioridade penal; Defender a extinção
das condicionalidades de usuários e famílias beneficiárias dos programas de
transferência de renda. Em defesa da seguridade social (gestão):
posicionamento contrário à terceirização do trabalho;
• Em defesa da seguridade social (controle): Apoiar o Movimento de Direitos
Humanos no processo de criação dos Conselhos Estaduais de Direitos
Humanos;
• Em defesa da ética e dos direitos humanos: Defender a laicidade do Estado;
posicionamento contrário a todas as formas de exploração e discriminação de
classe, gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, idade e
condição física.

Como, por exemplo, um assistente social transfóbico, atenderá uma pessoa transexual
sem violar seus direitos e de maneira ética?

Temos também o exemplo do atendimento social às famílias pobres que ainda são
muito estigmatizadas por alguns profissionais, principalmente quando a família em
questão tem muitos filhos (surgem questionamentos como: Por que tiveram tantos
filhos se não possuem condições financeiras para sustentá-los?) ou ainda sobre a
relação da família com o trabalho (”Não trabalham porque não querem”).

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2.4 Questões éticas contemporâneas e seus fundamentos teórico-filosóficos

Como já mencionamos anteriormente, viver numa sociedade capitalista nos leva a


certos posicionamentos, por exemplo, o estereótipo que foi construído pela sociedade
de que o brasileiro gosta de ganhar vantagem em tudo, nos faz refletir sobre uma
inversão de valores éticos na sociedade atual.

De acordo com Sarmento (2011, p.211) a sociedade contemporânea está marcada pelo
individualismo e pela apatia, os valores parecem esgarçados e as causas que nos
mobilizam estão dispersas, gerando incertezas, diversidades e diferenças. Para o autor
a ética e a política estão diretamente relacionadas à história e à sociabilidade humana,
mas são expressas por meio de diferentes concepções, condicionando as diferentes
visões de mundo, nosso modo de pensar e agir, nosso modo de ser. E o que agrava
este cenário, é a coexistência de projetos distintos em permanente confronto que nos
faz reconhecer as diversidades, limites e contradições existentes, que também se
manifestam no Serviço Social.

Vamos pensar em um exemplo prático? O filme A maçã (1998), baseado em fatos


reais, mostra a atuação de uma assistente social em uma família cuja religião segue o
Alcorão e os pais mantém suas filhas presas em casa, o que consequentemente
prejudicou o desenvolvimento delas. Os vizinhos fizeram uma denúncia e as irmãs
foram parar em um abrigo. A assistente social atua de maneira truculenta e chega a
usar uma escada para entrar à força na casa da família. Em outro momento, prende o
pai na casa e só o deixa sair caso ele consiga cerrar a porta. Esta foi uma abordagem
adequada para a conjuntura daquela família?

2.5 Dilemas éticos contemporâneos da sociedade brasileira

O que vale mais, os fins ou os meios? O êxito ou os princípios? Os fins justificam os


meios? Ou seja, o importante é o resultado e não o caminho percorrido até chegarmos
lá? Estes são alguns dos dilemas éticos da sociedade atual.

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Como sobreviver neste cenário?

O retrato societário apresentado não é uma reflexão fatalista sobre uma


humanidade sem alternativas e esperanças. É, antes, o exercício da crítica
para buscarmos outras necessidades, condição reconhecida a nos indicar e
valorar o custo humanitário de nossas conquistas, que tendem a favorecer a
apatia e a perda de sentido da potencialidade humana. (SARMENTO, 2011,
p. 213)

Devemos, portanto, romper com o pensamento fatalista de que não temos


alternativas na construção de uma nova ordem social. Devemos ter um pensamento
crítico e não nos deixar corromper. Resgatar o sentido da potencialidade humana.
Substituir a apatia pela empatia.

Conclusão

Neste bloco refletimos sobre o contexto em que a ética e a moral estão inseridas,
levando em consideração o fato de que vivemos em uma sociedade capitalista.
Também pontuamos quais impactos este modelo de sociedade trás para a atuação do
assistente social e alguns dilemas que ele poderá viver em sua trajetória profissional.

REFERÊNCIAS

A MAÇÃ. Direção de Samira Makhmalbaf. Irã / França: New Yorker, 1998. (86 min.).

CABRAL, P. B. G. Conservadorismo moral e Serviço Social: a particularidade da


formação moral brasileira e sua influência no cotidiano de trabalho dos assistentes
sociais. 2012. 192 f. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

ETHOS. In: Dicionário online do website Significados. Disponível em


<https://www.significadosbr.com.br/ethos> Acesso em 4 dez. 2019.

RIOS, T. A. A presença da filosofia e da ética no contexto profissional. In: Revista da


USP. Ano 5. Número 8. 1 semestre de 2008. Organicom.

SARMENTO, H. B. M. Ética e Serviço Social: fundamentos e contradições. In: Rev.


Katálysis vol.14 nº2. Florianópolis July/Dec. 2011.

SOUZA, S. M. R. Um outro olhar: filosofia. São Paulo: FTD, 1995.


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3 O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO-SOCIAL BRASILEIRO

Neste bloco resgataremos a história do Serviço Social e a relacionaremos com o atual


Projeto Ético-Político da profissão. Para tanto, apresentaremos as transformações de
um projeto conservador para um projeto emancipatório no Serviço Social ao longo de
sua história. Também abordaremos as entidades representativas do Serviço Social
brasileiro, e a ética como mediação fundamental entre as dimensões técnicas e
políticas da prática profissional dos assistentes sociais.

3.1 A mudança de um projeto conservador para um emancipatório no Serviço Social


brasileiro

Vamos resgatar a história do Serviço Social. O Serviço Social, tanto no Brasil como no
mundo, nasceu vinculado às necessidades do capitalismo, sendo uma profissão que,
inicialmente, teve suas origens na demanda apresentada pela classe trabalhadora que
surgia com a Revolução Industrial. Assim, a partir da condição de trabalho dos
operários no século XVIII, emerge um conceito muito importância para o Serviço
Social: A questão social.

A questão social é entendida como as contradições apresentadas na relação capital


versus trabalho. Então, o que vem a ser essa questão social? São todas as
manifestações decorrentes do capitalismo, onde a maioria da população vende sua
força de trabalho para os donos do capital, que detém os meios de produção. Essa
relação materializou-se em longas jornadas de trabalho, condições de moradia
insalubres, saúde precária entre outras condições que resultaram na alta
vulnerabilidade social dos trabalhadores.

Surgiu, então, compondo a divisão socio-técnica do trabalho, a profissão do assistente


social, ou seja, assim como outras profissões, o Serviço Social passou a incorporar o
quadro de funcionários das empresas e indústrias com o intuito de contribuir para a
melhoria de vida da população operária.

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Os primeiros assistentes sociais imaginavam que estariam trabalhando para atender as
necessidades da população trabalhadora, como diz Maria Lúcia Martinelli (1991), eles
tinham uma “ilusão de servir”. No entanto, os assistentes sociais estavam atuando em
prol dos donos do capital, por exemplo, ao evitar que os trabalhadores entrassem em
greve.

Uma situação similar aconteceu no Brasil durante a transição da economia cafeeira


para o período de industrialização brasileira, no final da década de 1930 e início da
década de 1940.

Merece destaque o surgimento da primeira escola de Serviço Social no Brasil,


primeiramente em São Paulo, inaugurada em 1936, e a segunda escola, localizada no
Rio de Janeiro, em 1937. Principalmente nestes primeiros períodos até meados de
1945, o Serviço Social sofreu grande influência da Igreja Católica.

O Serviço Social passa a formar seus primeiros profissionais no início da década de


1940 e antes disso, as ações desenvolvidas eram chamadas de “ações sociais”. O
primeiro Modelo de atuação profissional ficou conhecido como “Modelo Ação Social”.

A influência católica, citada anteriormente, tratava os problemas dos indivíduos como


um problema de ordem moral. Podemos destacar ainda a influência do pensamento
de São Tomás de Aquino (1225–1274) e a Influência do Serviço Social Europeu, em
especial de países como a França e a Bélgica.

Nas décadas de 1940 e 1950 podemos destacar um período de institucionalização do


Serviço Social no Brasil, pois os primeiros assistentes sociais estavam formados e
passaram a ocupar cargos nas grandes instituições criadas pelo governo no Estado
Novo. A partir de 1945 destacamos a influência do Serviço Social norte-americano e o
início da perspectiva teórica positivista no Serviço Social. O modelo encontrado era o
Funcional, pautado no Serviço Social de Caso, Grupo e Comunidade. As pessoas
atendidas, chamadas de “clientes”, ainda eram avaliadas como se possuíssem um
problema de cunho moral ou algum tipo de disfuncionalidade que o assistente social
viria a solucionar, ou seja, o atendimento servia para ajudar a corrigir o que havia de
errado, para que o indivíduo se enquadrasse na sociedade.
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Entre 1965 até meados da década de 1980, destacamos o chamado período de
renovação do Serviço Social, no qual observamos tentativas de rompimento com o
Serviço Social conservador. Entendemos por conservadora a forma de análise centrada
no problema individual, sem levar em conta a conjuntura social mais ampla na qual o
indivíduo está inserido.

Merece destaque também o chamado Movimento de Reconceituação, que ocorreu


durante o período de renovação, e ofereceu diversos seminários de teorização, como
em Araxá (1967) e Teresópolis (1970), Sumaré (1978), Alto da Boa Vista (1984), e
também o “Método BH” (experiência ocorrida em Belo Horizonte).

Tanto em Araxá, como em Teresópolis, a presença da perspectiva teórica positivista


ainda se destacava. Já em Sumaré e Alto da Boa Vista emerge no Serviço Social a teoria
fenomenológica. E foi com o Método BH que se destacou no Serviço Social a influência
marxista que José Paulo Netto (1999) classificou com um marco da “intenção de
ruptura” com o Serviço Social conservador.

Aqui destacamos um marco entre o Serviço Social conservador para a construção de


um novo projeto profissional, focado na emancipação dos indivíduos.

3.2 O Projeto Ético-Político do Serviço Social brasileiro e a análise dos fenômenos


sociais sob o prisma do ethos profissional

A trajetória da profissão nos permite afirmar que na origem do Serviço Social formou-
se no imaginário da população a ideia de que o assistente social fosse uma “moça
boazinha” que existia para “ajudar as pessoas”, mesmo que na verdade a intenção do
profissional fosse o enquadramento da pessoa atendida à sociedade capitalista
vigente.

O que muda com o atual Projeto Ético-Político do Serviço Social, que desde meados da
década de 1980 sofre influência marxista?

[Nosso Projeto Ético-Político] tem em seu núcleo o reconhecimento da


liberdade como valor ético central – a liberdade concebida historicamente,
como possibilidade de escolher entre alternativas concretas; daí um

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compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos
indivíduos sociais. Consequentemente, o projeto profissional se vincula a
um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social,
sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero. (NETTO, 1999, p.
104‐5).

Uma nova sociedade, sem dominação, sem exploração de classes é o maior objetivo do
Projeto Ético-Político do Serviço Social.

Neste sentido, como ser resistência, levando em consideração todas as implicações


que temos na sociedade capitalista, inclusive com valores invertidos, como estudado
nos primeiros blocos?

O posicionamento da categoria deverá ser garantido para que essa nova sociedade
possa se tornar uma realidade. Nesta luta, temos entidades representativas que
contribuem para a garantia do exercício profissional mais adequado.

3.3 As entidades representativas do Serviço Social brasileiro

Destacaremos aqui as principais entidades representativas do Serviço Social brasileiro,


começando pelo nosso Conselho Federal de Serviço Social:

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) é uma autarquia pública


federal que tem a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e
defender o exercício profissional do/a assistente social no Brasil, em
conjunto com os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS). Para além
de suas atribuições, contidas na Lei 8.662/1993, a entidade vem
promovendo, nos últimos 30 anos, ações políticas para a construção de um
projeto de sociedade radicalmente democrático, anticapitalista e em defesa
dos interesses da classe trabalhadora. (CFESS, [20–?])

O artigo 8º da Lei 8662 de 07/06/1993 que dispõe da profissão de assistente social e


dá outras providências, pontua que:

Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de


órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:

I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da


profissão de Assistente Social, em conjunto com o CRESS;

20
II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;

III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de


deliberação do conjunto CFESS/CRESS;

IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais


juntamente com os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto
CFESS/CRESS;

V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional;

VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas


pelos CRESS;

VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;

VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou


privados, em matéria de Serviço Social. (CFESS, 2012).

Temos também os Conselhos Regionais que, de acordo com a Lei de regulamentação


do Serviço Social (Lei 8662 de 07/06/1993) em seu artigo 10º, tem como competência:

(..) o exercício das seguintes atribuições:

I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o


cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins
filantrópicos;

II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na


respectiva região;

III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a


respectiva taxa;

IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando


como Tribunais Regionais de Ética Profissional;

V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;

VI - fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser


pagas pelos Assistentes Sociais;

VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e


aprovação do fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS.
(CFESS, 2012).

Os Conselhos Regionais são divididos em 27 regiões no país e, ao se formar na


graduação, o profissional deverá se registrar na respectiva seccional correspondente
ao seu local de moradia.

O CFESS e os respectivos CRESS (Conselhos Regionais) deverão atuar em consonância


e, portanto, intitularam o “Conjunto CFESS-CRESS”, com diretrizes para a atuação em
todo o território nacional.
21
É importante mencionar também a ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social.

A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) é


uma entidade Acadêmico Científica que coordena e articula o projeto de
formação em serviço social no âmbito da graduação e pós graduação.
Dentre os seus princípios fundamentais está a defesa da universidade
pública, gratuita, laica, democrática, presencial e socialmente referenciada.
(ABEPSS, 2019)

3.4 Competências ético-políticas do assistente social brasileiro

Antes de falarmos sobre as competências ético-políticas do assistente social brasileiro,


convém esclarecermos sobre o significado da palavra competência.

A competência possui três dimensões, a dimensão do conhecimento (do saber), da


habilidade (do saber fazer) e das atitudes e comportamentos (do saber ser).

Já o Serviço Social deverá atuar considerando as seguintes dimensões: teórico-


metodológica, ético-política, e técnico-operativa.

E o que viria a ser “dimensão ético-política”? Marilda Vilela Iamamoto (2000) explica:

“O Código de Ética nos indica um rumo ético-político, um horizonte para o


exercício profissional. O desafio é a materialização dos princípios éticos na
cotidianidade do trabalho, evitando que se transformem em indicativos
abstratos, descolados do processo social. Afirma, como valor ético central, o
compromisso com a nossa parceira inseparável, a liberdade. Implica a
autonomia, emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais, o que
tem repercussões efetivas nas formas de realização do trabalho profissional
e nos rumos a ele impressos. Assumir a defesa intransigente dos direitos
humanos traz, como contrapartida, a recusa a todas as formas de
autoritarismo e arbítrio. Requer uma condução democrática do trabalho do
Serviço Social, reforçando a democracia na vida social. Afirmar o
compromisso com a cidadania exige a defesa dos direitos sociais tanto em
sua expressão legal, preservando e ampliando conquistas da coletividade já
legalizadas, quanto em sua realidade efetiva” (IAMAMOTO, 2000, pag.77).

3.5 A Ética como mediação fundamental entre as dimensões técnica e política da


prática profissional dos assistentes sociais

Como indicamos na citação de Iamamoto, a ética acaba sendo a mediação central


entre a dimensão técnica e política na prática dos assistentes sociais. Um exemplo
disso é o fato de todos os princípios fundamentais de nosso Código de Ética estarem

22
em consonância com a criação de uma nova ordem de sociedade, mais justa e sem
exploração.

Liberdade, defesa dos direitos humanos, ampliação e defesa da cidadania, defesa do


aprofundamento da democracia, posicionamento em favor da equidade e da justiça
social são exemplos de posicionamentos que deverão ser inerentes à prática do
assistente social.

Conclusão

Neste bloco, realizamos um resgate da história do Serviço Social e observamos de que


maneira ocorreu a transição de uma prática profissional mais conservadora, de
adequação do indivíduo à sociedade, para uma prática que auxilia na emancipação do
indivíduo.

Também vimos que a ética é elemento fundamental para garantir uma dimensão
política de atuação do profissional, vislumbrando uma nova ordem social, sem
injustiças e exploração.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL). Código de ética do/a


assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. - 10ª. ed. rev. e atual. -
Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2012.

IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação


profissional! 3. ed. - São Paulo, Cortez, 2000.

MARTINELLI, M. L. Serviço Social: identidade e alienação. 2. ed. – São Paulo, Cortez,


1991.

NETTO, J. P. A construção do projeto ético‐político contemporâneo. In: Capacitação e


m Serviço Social e Política Social. Módulo 1. Brasília: CEAD/ABEPSS/CFESS, 1999.

QUEM SOMOS. In: ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social.
Disponível em: http://www.abepss.org.br/quem-somos-1. Acessado em: 04 dez. 2019.

23
4 A DIMENSÃO JURÍDICO NORMATIVA DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO

O objetivo deste bloco será apresentar as normas que regulamentam e embasam a


atuação do assistente social. Neste sentido, abordaremos a lei de regulamentação da
profissão e introduziremos os códigos de ética do Serviço Social ao longo de sua
história, assim como o atual código vigente.

4.1 As leis de regulamentação profissional dos assistentes sociais brasileiros

As duas principais leis que embasam a atuação do assistente social são: a lei de
regulamentação profissional e o código de ética. A profissão também detém outras
normativas que serão apresentadas nos próximos blocos. A lei de regulamentação No.
8.662, de sete de junho de 1993, discorre sobre a profissão de assistente social entre
outras providências. No entanto, essa não foi a primeira lei de regulamentação que a
área do Serviço Social teve. O Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área
social a ser regulamentada pelo Estado, em 1957. A lei vigente foi atualizada de acordo
com o momento histórico e as necessidades da sociedade.

Já na primeira lei promulgada foi determinado que a profissão na área do serviço social
só poderá ser exercida por portadores de diploma de ensino superior, em instituição
de ensino reconhecida. Isso significa que não podemos ouvir colocações do tipo “sou
uma assistente social, só me falta o diploma”. Neste caso caberia uma denúncia, pois
uma pessoa não pode se intitular assistente social sem ter cursado a graduação e por
fim, ter o referido diploma.

A primeira lei contou com nove artigos, versando principalmente sobre as atribuições
dos assistentes sociais. Assim destacamos:

Art. 3º São atribuições dos assistentes sociais:

a) Direção de escolas de Serviço Social;

b) Ensino das cadeiras ou disciplinas de serviço social;

24
c) Direção e execução do serviço social em estabelecimentos públicos e
particulares;
d) Aplicação dos métodos e técnicas específicas do serviço social na solução de
problemas sociais.

Podemos perceber que, se compararmos com a lei vigente, temos muito mais detalhes
do que compete ao assistente social na atualidade. Naquele momento, em especial em
relação ao item d, tínhamos um direcionamento bastante genérico e devido ao
momento histórico, este método e técnica estariam relacionados ao Serviço Social de
Caso, Grupo e comunidade.

A atual lei de regulamentação (No. 8662, de sete de junho de 1993) é dividida em vinte
e quatro artigos e apresenta, especialmente, quem pode exercer a profissão, as
competências do profissional, as atribuições privativas, o que compete ao Conselho
Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).

4.2 Análise da construção dos códigos de ética do Serviço Social

Vamos agora conhecer os códigos de ética que o assistente social construiu ao longo
dos anos. Comecemos pelo ano de 1947:

O código foi dividido em introdução e cinco sessões. Aprovado em Assembleia Geral da


Associação Brasileira de Assistentes Sociais (ABAS). Já na introdução, podemos
destacar:

I – Moral ou Ética pode ser conceituada como a ciência dos princípios e das
normas que se devem seguir para fazer o bem e evitar o mal.

II – A moral aplicada a uma determinada profissão recebe o nome de ÉTICA


PROFISSIONAL; relacionada esta com o Serviço Social, pode ser chamada de
DEONTOLOGIA DO SERVIÇO SOCIAL.

III – A importância da Deontologia do Serviço Social provém do fato de que o


Serviço Social não trata apenas de fator material, não se limita à remoção de
um mal físico, ou a uma transação comercial ou monetária: trata com
pessoas humanas desajustadas ou empenhadas no desenvolvimento da
própria personalidade. (CFESS, 1947).

25
Podemos perceber uma forte relação entre a moral e a ética, e também aspectos do
funcionalismo, ou seja, da necessidade do profissional intervir para o
“enquadramento” da pessoa, pois ela estava “desajustada”.

Neste código, ainda destacamos como dever do assistente social:

Cumprir os compromissos assumidos, respeitando a lei de Deus, os direitos


naturais do homem, – inspirando‐se, sempre em todos seus atos
profissionais, no bem comum e nos dispositivos da lei, tendo em mente o
juramento prestado diante do testemunho de Deus. (CFESS, 1947).

É possível observar também a influência do pensamento de São Tomás de Aquino,


relacionando a atuação profissional com um viés missionário, ligado ao catolicismo.

Neste código também temos os deveres do profissional em relação ao beneficiário do


Serviço Social:

I – É dever do Assistente Social:

1. Respeitar no beneficiário do Serviço Social a dignidade da pessoa


humana, inspirando‐se na caridade cristã. (CFESS, 1947).

Novamente temos reforçada a conotação religiosa e vinculação da profissão à


caridade. Importante ressaltar também o uso da expressão “beneficiário”, que nos faz
alusão a quem recebe uma benesse e não um direito.

Vamos conhecer agora o Código de 1965, que é dividido em introdução, 11 capítulos e


46 artigos.

Este se apresenta como um código mais aprofundado em temáticas, se comparado ao


primeiro. Também merece destaque o fato de que a conotação religiosa, não aparece
mais de maneira tão explícita.

Dos capítulos apresentados no código, destacamos:

• Deveres fundamentais;
• Do segredo profissional;
• Dos deveres para com as pessoas, grupos e comunidades atingidos pelo serviço
social; dos deveres para com os serviços empregadores;
• Dos deveres para com os colegas; das associações de classe;

26
• Do trabalho em equipe;
• Da responsabilidade e da preservação da dignidade profissional;
• Da aplicação e da observância do código e das disposições gerais.

Art. 4° ‐ O assistente social no desempenho das tarefas inerentes a


sua profissão deve respeitar a dignidade da pessoa humana que, por
sua natureza é um ser inteligente e livre.

Art. 5° ‐ No exercício de sua profissão, o assistente social tem o dever


de respeitar as posições filosóficas, políticas e religiosas daqueles a
quem se destina sua atividade, prestando‐lhes os serviços que lhe
são devidos, tendo‐se em vista o princípio de autodeterminação.
(CFESS, 1965).

Podemos localizar nesse código o conceito de liberdade, presente também no código


de ética atual. Vale lembrarmos que este código foi escrito durante o período do
regime militar no Brasil. Neste sentido, merece destaque o valor da democracia,
apontado a seguir, que também se mantém desde 1965 no nosso código de ética.

Art. 8° ‐ O assistente social deve colaborar com os poderes públicos


na preservação do bem comum e dos direitos individuais, dentro dos
princípios democráticos, lutando inclusive para o estabelecimento de
uma ordem social justa. (CFESS, 1947).

Além disso, podemos perceber que a presença da Lei de Regulamentação (1957)


também impactou o Código de Ética, já que quando o primeiro código entrou em
vigor, ainda não tínhamos uma lei que regulamentasse a profissão.

Não podemos esquecer que o Serviço Social vivia um contexto de efervescência


política, consequência do pós-1964. No entanto, apesar de alguns avanços já
pontuados, existia ainda a necessidade de o profissional atuar “na questão moral do
cliente”, para então melhorar os problemas apresentados na comunidade. Assim, esse
desejo de harmonização da sociedade, onde cada um deveria cumprir o seu papel,
denota a presença do conservadorismo que ainda estava presente nesse código de
ética.

O código de ética a seguir é datado de 1975. Logo no inicio temos uma grande
introdução, que localiza o contexto no qual este novo código estava inserido. Foi
dividido em quatro títulos e 11 artigos. Devemos lembrar que este código surgiu
durante o processo de renovação do Serviço Social, em que a categoria reivindicava

27
mais espaço de atuação e mais direitos. Foi trazida também como pauta a atuação do
profissional na perspectiva clínica, ou seja, o diagnóstico e a intervenção (prognóstico
social).

Destacamos deste código:


Art. 4° São direitos do Assistente Social:

I. Com relação ao exercício profissional:

a. Desempenho das atividades inerentes à profissão;

b. Desagravo público por ofensa que atinja sua honra profissional;

c. Proteção à confidencialidade do cliente;

d. Sigilo profissional;

e. Inviolabilidade do domicilio, do consultório, dos locais de trabalho e


respectivos arquivos;

f. Livre acesso ao cliente;

g. Contratação de honorários segundo normas regulamentares;

h. Representação ao Conselho Regional de Assistentes Sociais ‐ CRAS com


jurisdição sobre a sede de suas atividades. (CFESS, 1975).

Percebam que ainda temos as pessoas atendidas como clientes e não como usuários.
Também destacamos, com relação aos clientes:

II. Nas relações com o cliente:

a. Utilizar o máximo de seus esforços, zelo e capacidade profissional em


favor ao cliente;

b. Esclarecer ao cliente quanto ao diagnóstico, prognóstico, plano e


objetivos do tratamento, prestando à família ou aos responsáveis os
esclarecimentos que se fizerem necessários. (CFESS, 1975).

Vamos agora conhecer o código de 1986. Antes de falarmos do Código de Ética


propriamente, devemos localizá-lo na perspectiva histórica. A década de 1980 foi
marcada pelo movimento “Diretas já”, uma forte crise econômica e o fim do regime
militar (1964 a 1985). Embora o movimento de reconceituação e o processo de
renovação do Serviço Social não tenham sido hegemônicos, destacamos alguns
eventos que já marcavam a revisão teórica e metodológica que emergia na profissão
desde a década de 1970. Merecem destaque a reforma curricular em 1982 e o
“Congresso da Virada” em 1979.

28
Este Código é o primeiro a romper com o neotomismo e com a perspectiva positivista
e funcionalista. Passou a orientar a prática profissional articulada às lutas de classes,
como também o apoio e a participação nos movimentos sociais. No entanto, alguns
autores indicam que o código já nascia com a necessidade de ser revisto, pois, para a
época, ainda indicava uma perspectiva messiânica e não colocava o profissional como
parte da classe trabalhadora.

O Código contava com 40 artigos, divididos em quatro títulos.

Assim destacamos, com relação aos direitos dos assistentes sociais constantes neste
código:

Art. 2° ‐ Constituem‐se direitos do Assistente Social:

a. Desempenhar suas atividades profissionais, com observância da legislação


em vigor;

b. Livre exercício das atividades inerentes à profissão;

c. Livre acesso aos usuários de seus serviços;

d. Participação na elaboração das Políticas Sociais e na formulação de


programas sociais;

e. Inviolabilidade do domicilio, do local de trabalho e respectivos arquivos e


documentação;

f. Desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional;

g. Remuneração por seu trabalho profissional definida pelas organizações


sindicais, estaduais e nacionais, articuladas a luta geral da classe
trabalhadora;

h. Acesso às oportunidades de aprimoramento profissional;

i. Participação em manifestações de defesa dos direitos da categoria e dos


interesses da classe trabalhadora;

j. Participação nas entidades representativas e de organização da categoria;

k. Pronunciamento em matéria de sua especialidade;

l. Acesso às informações no espaço institucional que viabilizem a pratica


profissional. (CFESS, 1986).

Com relação aos deveres:

Art. 3° ‐ Constituem deveres do Assistente Social:

a. Desempenhar suas atividades profissionais, com observância da legislação


em vigor;

29
b. Devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos sujeitos
sociais envolvidos, no sentido de que estes possam usá‐los para o
fortalecimento dos interesses da classe trabalhadora;

c. Democratizar as informações disponíveis no espaço institucional, como


dos mecanismos indispensáveis à participação social dos usuários;

d. Aprimorar de forma continua os seus conhecimentos, colocando‐os a


serviço do fortalecimento dos interesses da classe trabalhadora;

e. Denunciar, no exercício da profissão, às organizações da categoria, às


autoridades e aos órgãos competentes, qualquer forma de agressão à
integridade física, social e mental, bem como abuso de autoridade individual
e institucional;

f. Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da


profissão. (CFESS, 1986).

4.3 A atual lei de regulamentação da profissão: competências e atividades privativas

Chegamos então ao Código de Ética atual do Serviço Social, de 1993, ainda vigente.
Para Terra (1998) e Iamamoto (2012) apud FELIPPE (2018), o artigo 4º (competências)
descreve atividades possíveis de serem executadas por assistentes sociais e por outros
profissionais, sendo, desse modo, genéricas. Por outro lado, o artigo 5º (atribuições
privativas) enumera uma série de ações reservada aos assistentes sociais.

Vejamos o que consta em nossa lei de regulamentação (a Lei 8662 de 7 de junho de


1993):

Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos


da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e
organizações populares;

II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que


sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da
sociedade civil;

III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos,


grupos e à população;

IV - (Vetado);

V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido


de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na
defesa de seus direitos;

VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;

VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a


análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;

30
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às
matérias relacionadas no inciso II deste artigo;

IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria


relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis,
políticos e sociais da coletividade;

X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de


Unidade de Serviço Social;

XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de


benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades. (CFESS, 2012).

O que chamamos de competência? Todas as habilidades que precisam ser


desenvolvidas pelo profissional. As elencadas acima deverão ser desenvolvidas pelos
assistentes sociais, porém, não exclusivamente, já que outros profissionais também as
realizam. Temos, contudo, atribuições que são exclusivas dos assistentes sociais, ou
seja, apenas um profissional desta área poderá executá-las. Vejamos:

Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas,


planos, programas e projetos na área de Serviço Social.

II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de


Serviço Social;

III - assessoria e consultoria de órgãos da Administração Pública direta e


indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço
Social;

IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e


pareceres sobre a matéria de Serviço Social;

V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto à nível de graduação como


pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e
adquiridos em curso de formação regular;

VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço


Social;

VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de


graduação e pós-graduação;

VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de


pesquisa em Serviço Social;

IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões


julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes
Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;

31
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados
sobre assuntos de Serviço Social;

XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e


Regionais;

XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou


privadas;

XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira


em órgãos e entidades representativas da categoria profissional. (CFESS,
2012).

Um pedagogo, por exemplo, poderia coordenar um curso de Serviço Social? Não, afinal
essa é uma atribuição privativa do assistente social. Emitir um parecer social pode ser
realizado por outro profissional? Não, pois essa também é uma atribuição privativa do
assistente social.

4.4 Código de Ética de 1993: contexto socio-histórico

Como afirmado anteriormente, nosso atual código de ética é o de 1993, mesmo ano
em que foi promulgada a lei de regulamentação vigente até hoje. Um código, ao
contrário de uma lei de regulamentação, surge da necessidade da própria categoria e é
elaborado e publicado por ela. Já uma lei de regulamentação nasce de uma
necessidade social, e é promulgada pelo Estado.

O código está dividido em:

Introdução

Princípios Fundamentais

Título I - Disposições Gerais

Título II - Dos Direitos e Das Responsabilidades Gerais do Assistente Social

Título III - Das Relações Profissionais

Capítulo I - Das Relações com os Usuários

Capítulo II - Das Relações com as Instituições Empregadoras e Outras

Capítulo III - Das Relações com Assistentes Sociais e Outros Profissionais

Capítulo IV - Das Relações com Entidades da Categoria e Demais


Organizações da Sociedade Civil

Capítulo V - Do Sigilo Profissional

Capítulo VI - Da Observância, Penalidades, Aplicação e Cumprimento

32
Título IV - Da Observância, Penalidades, Aplicação e Cumprimento (CFESS,
2012).

Podemos constatar que tanto a última revisão do código de ética quanto à própria lei
de regulamentação são resultados de esforços da categoria em se renovar e romper
com o conservadorismo que permeou a profissão desde sua gênese.

4.5 Implicações deontológicas da ética no exercício profissional

Antes de problematizarmos as implicações deontológicas da ética no exercício


profissional, convém resgatarmos conceitualmente o termo deontologia.

Foi Jeremy Bentham que usou, pela primeira vez, a palavra «deontologia»,
no título de um tratado de moral publicado postumamente em 1834:
Deontology or the scíence of morality. Etimologicamente, é o discurso ou
tratado acerca daquilo que se deve fazer. Assim, a deontologia nos impõe
como tarefa indeclinável, quer enquanto projecto, quer enquanto realização
concreta. Em formato simples, a deontologia é o estudo ou tratado dos
deveres, próprios de uma determinada situação social, no nosso caso,
profissional. Compreensivelmente, pressupõe uma teoria geral da acção
humana, isto é, uma ética geral e uma teoria especial de acordo com a(s)
tarefa(s) humana(s) em questão. Associando as duas ideias, podemos seguir
a concepção de que a Deontologia Profissional seja «o conjunto de normas
jurídicas, cuja maioria tem conteúdo ético e que regulam o exercício de uma
profissão». (NUNES, 2008, p.35-36)

A partir do conceito apresentado acima, podemos concluir que existem direitos,


deveres e ainda proibições compondo a dimensão ética de atuação dos profissionais.

Simões (2014, p. 538) afirma que a exigência de uma conduta ético-profissional


regulamentada só acontece em profissões liberais, embora a conduta moral seja
exigida pela sociedade de todos os trabalhadores. Nas profissões liberais se impõe um
Código de Ética.

A moral do trabalho é um sistema de regras usuais de conduta que emerge


em todas as formas de organização de trabalho, mas a ética profissional é
específica de certas profissões modernas, cuja natureza social determina a
exigência de uma codificação formal de conduta. (SIMÕES, 2014, p. 538)

Ainda de acordo com Simões (2014):


Tendo em vista a necessidade de autonomia no exercício profissional, que
não é naturalmente controlada pelo sistema parcializado de trabalho, a
sociedade passou a exigir rigor com a conduta moral dos médicos,
psicólogos, advogados, professores, engenheiros, assistentes sociais e
outros profissionais. É que o objeto do trabalho liberal não é o aço, o
cimento ou o dinheiro. É a vida, diretamente. É o corpo humano, o

33
psiquismo, o direito, a educação, a habitação ou as relações humanas e, por
isso, é de relevância pública. Está diretamente vinculado ao interesse
coletivo. (SIMÕES, 2014, p. 540)

No próximo bloco, nos aprofundaremos sobre estes direitos, deveres e proibições que
implicam diretamente na atuação do assistente social.

Conclusão

Neste bloco conhecemos as dimensões normativas do Serviço Social brasileiro, em


especial, a primeira lei de regulamentação da profissão (1957) e a atual (1993).
Também conhecemos os códigos de ética que a profissão já teve até o código de ética
vigente, que, enquanto uma construção da própria categoria, mostrou-se
extremamente necessário para balizar as intervenções profissionais realizadas pelo
Serviço Social.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL). Código de ética do/a


assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. - 10ª. ed. rev. e atual.
- Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2012.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL). Regulamentação da


profissão. Conselho Federal de Serviço Social, 2019. Disponível em:
https://bit.ly/2RCnbmH. Acesso em dez. 2019.

FELIPPE, J. M. S. O processo legislativo e a regulamentação do Serviço Social no Brasil:


Uma análise documental. In: Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 131, p. 29-50, jan./abr.
2018.

NUNES, L. Fundamentos Éticos da Deontologia Profissional. In: Revista da Ordem dos


Enfermeiros, nº 31, dezembro 2008, p. 35-47. Disponível em: https://bit.ly/2RsJOtE.
Acesso em: dez. 2019.

SIMÕES, C. Curso de direito do serviço social. 7 ed. São Paulo, Cortez, 2014.

34
5 O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL:

RESOLUÇÃO CFESS Nº273/93

Neste bloco trabalharemos o Código de Ética do Assistente Social vigente, tanto do


ponto de vista teórico, como citando exemplos práticos de sua aplicabilidade no
cotidiano do assistente social. Para tanto, apresentaremos desde os princípios
fundamentais dos direitos e responsabilidades gerais dos assistentes sociais, como das
relações profissionais, com usuários, com instituições empregadoras, sua relação com
outros profissionais, e das relações com as entidades da categoria, do sigilo
profissional e da observância, penalidades, aplicação e cumprimento.

5.1 Princípios fundamentais do código de ética dos assistentes sociais

Antes de apresentarmos os princípios fundamentais do código de ética dos assistentes


sociais, vamos compreender melhor o que são princípios fundamentais.

Princípios se apresentam como um conjunto de normas ou padrões de conduta a


serem seguidos por uma pessoa ou instituição, segundo o dicionário do web site
Significados (2019). Já o Dicionário Online de Português (2020) aponta que princípios
são: regras; preceitos morais. Caráter; modo de se comportar que denota justiça, ética.
Conhecimentos; informações fundamentais que fundamentam uma seção de saberes.
Podemos compreender, então, que estes princípios apresentados são norteamentos
para a conduta dos assistentes sociais que precedem nossos direitos e deveres, ou
seja, se apresentam como base para nossa atuação. Já a palavra fundamental nos
remete a algo que tem caráter essencial e determinante; básico, indispensável,
alicerce, ainda de acordo com o dicionário do website Significados. Assim, podemos
entender que são padrões essenciais de conduta para o assistente social:

I. Reconhecimento da liberdade1 como valor ético central e das demandas


políticas a ela inerentes, autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;

1
Grifos nossos.
35
II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo;

III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de


toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das
classes trabalhadoras;

IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da


participação política e da riqueza socialmente produzida;

V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure


universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando


o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente
discriminados e à discussão das diferenças;

VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais


democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o
constante aprimoramento intelectual;

VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção


de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia
e gênero;

IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que


partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as
trabalhadores/as;

X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com


o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por
questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade,
orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física. (CFESS,
2012).

Procuramos destacar nos princípios fundamentais acima, elementos que facilitem a


nossa compreensão, da postura que o assistente social deve adotar em sua prática.

Liberdade, defesa dos direitos humanos, cidadania, democracia, equidade e justiça


social, eliminação de todas as formas de preconceito, pluralismo, nova ordem
societária, articulação com movimentos, compromisso com a qualidade dos serviços
prestados e exercício do Serviço Social sem ser discriminado (a) e nem discriminar são
norteamentos que precedem a nossa prática profissional, ou seja, não podemos atuar
fugindo destes direcionamentos.

36
5.2 Os direitos e deveres dos assistentes sociais

Apresentaremos aqui os artigos 2º, 3º e 4º, correspondentes aos direitos e


responsabilidades gerais do assistente social.

Art. 2º Constituem direitos do/a assistente social:

a- garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei


de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados neste Código;

b- livre exercício das atividades inerentes à Profissão;

c- participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na


formulação e implementação de programas sociais;

d- inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e


documentação, garantindo o sigilo profissional;

e- desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional;

f- aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos


princípios deste Código;

g- pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se


tratar de assuntos de interesse da população;

h- ampla autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a prestar


serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou
funções;

i- liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os


direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus
trabalhos. (CFESS, 2012).

Podemos pontuar, dentre os direitos citados acima, que um assistente social tem a
garantia legal de atuar pautado tanto no Código de Ética como na Lei de
Regulamentação profissional. Isso significa que o profissional tem liberdade para
realizar suas atividades e atribuições que estão previstas na lei, ou seja, de não realizar
tarefas que não sejam de sua competência. Também tem o direito à privacidade dos
conteúdos registrados nos arquivos e dos documentos do Setor de Serviço Social.

O aprimoramento profissional é também um dos direitos garantidos pela categoria.


Dessa maneira, o assistente social que deseja se aprimorar por meio de cursos, por
exemplo, deve ter garantida a facilidade de acesso para usufruir desse direito.

O desagravo público é uma chance de se defender, caso sua honra profissional como
assistente social tenha sido atingida de alguma forma. Este também é um direito

37
garantido ao profissional do Serviço Social. Para o desagravo público surtir efeito a
ação deverá ter publicidade, ou seja, alcance para que sua imagem como profissional
seja restabelecida.

Vamos aos deveres do (a) assistente social:

Art. 3º São deveres do/a assistente social:

a- desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e


responsabilidade, observando a legislação em vigor;

b- utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da


Profissão;

c- abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a


censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos,
denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes;

d- participar de programas de socorro à população em situação de


calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e
necessidades. (CFESS, 2012).

Um dever é uma obrigação. Neste caso, o assistente social, para exercer a profissão, é
obrigado a usar seu número de registro, desempenhar suas atividades de acordo com
a legislação e não realizar nenhum tipo de prática de censura ou policiamento de
comportamentos. Na prática, é correto um assistente social dizer que fará uma visita
domiciliar para ver se a pessoa está falando a verdade ou para verificar como a pessoa
age no domicílio? Não. Este é um posicionamento contrário ao nosso código de ética.

Art. 4º É vedado ao/à assistente social:

a- transgredir qualquer preceito deste Código, bem como da Lei de


Regulamentação da Profissão;

b- praticar e ser conivente com condutas antiéticas, crimes ou


contravenções penais na prestação de serviços profissionais, com base nos
princípios deste Código, mesmo que estes sejam praticados por outros/as
profissionais;

c- acatar determinação institucional que fira os princípios e diretrizes deste


Código;

d- compactuar com o exercício ilegal da Profissão, inclusive nos casos de


estagiários/as que exerçam atribuições específicas, em substituição aos/às
profissionais;

e- permitir ou exercer a supervisão de aluno/a de Serviço Social em


Instituições Públicas ou Privadas que não tenham em seu quadro assistente
social que realize acompanhamento direto ao/à aluno/a estagiário/a;

38
f- assumir responsabilidade por atividade para as quais não esteja
capacitado/a pessoal e tecnicamente;

g- substituir profissional que tenha sido exonerado/a por defender os


princípios da ética profissional, enquanto perdurar o motivo da exoneração,
demissão ou transferência;

h- pleitear para si ou para outrem emprego, cargo ou função que estejam


sendo exercidos por colega;

i- adulterar resultados e fazer declarações falaciosas sobre situações ou


estudos de que tome conhecimento;

j- assinar ou publicar em seu nome ou de outrem trabalhos de terceiros,


mesmo que executados sob sua orientação. (CFESS, 2012).

Concomitante aos deveres, temos as proibições, ou seja, o que não podemos fazer
dentro do exercício da profissão. Não podemos transgredir o que está preconizado na
lei de regulamentação e no Código de Ética, nem ser conivente com condutas
antiéticas, nem mesmo acatar determinações que firam os princípios deste Código.
Devemos também lembrar que o assistente social é um trabalhador. Como negar uma
atividade solicitada por seu chefe se o que foi solicitado vai contra os preceitos do
Código de Ética? Como denunciar a prática antiética de um chefe assistente social?
Para nos auxiliar e guiar no melhor caminho a seguir, existem conselhos regionais que
poderão ser acionados em caso de dúvida e que também poderão receber denúncias
anônimas, caso seja necessário. O importante é não compactuarmos com a injustiça.

5.3 Relação com os diferentes interlocutores

Vamos agora apresentar os deveres, direitos e proibições nas relações do assistente


social com os usuários, das relações com as instituições empregadoras e outras, nas
relações com outros assistentes sociais e outros profissionais, com entidades da
categoria e outras organizações, e também na relação com a justiça. Nesta parte
trabalharemos os artigos 5º ao 14º e o 19º e 20º.

Para facilitar a compreensão e a comparação do que é direito e do que é dever e


proibição, elaboramos tabelas, expostas a seguir.

Observem que nas relações do assistente social com outras pessoas, não observamos
direitos, apenas deveres e proibições. Os direitos só aparecem nas relações com
instituições.

39
Tabela 1.1 – Deveres e proibições do Serviço Social em relação aos usuários

Deveres Proibições
a- contribuir para a viabilização da a- exercer sua autoridade de maneira a
participação efetiva da população usuária limitar ou cercear o direito do/a
nas decisões institucionais; usuário/a de participar e decidir
livremente sobre seus interesses;

b- garantir a plena informação e discussão b- aproveitar-se de situações


sobre as possibilidades e consequências das decorrentes da relação assistente social-
situações apresentadas, respeitando usuário/a, para obter vantagens pessoais
democraticamente as decisões dos/as ou para terceiros;
usuários/as, mesmo que sejam contrárias
aos valores e às crenças individuais dos/as
profissionais, resguardados os princípios
deste Código;

c- democratizar as informações e o acesso c- bloquear o acesso dos/as usuários/as


aos programas disponíveis no espaço aos serviços oferecidos pelas
institucional, como um dos mecanismos instituições, através de atitudes que
indispensáveis à participação dos/as venham coagir e/ou desrespeitar aqueles
usuários/as; que buscam o atendimento de seus
direitos.
d- devolver as informações colhidas nos
estudos e pesquisas aos/às usuários/as, no
sentido de que estes possam usá-los para o
fortalecimento dos seus interesses;

e- informar à população usuária sobre a


utilização de materiais de registro
audiovisual e pesquisas
a elas referentes e a forma de
sistematização dos dados obtidos;

f- fornecer à população usuária, quando


solicitado, informações concernentes ao
trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e
as suas conclusões, resguardado o sigilo
profissional;

g- contribuir para a criação de mecanismos


que venham desburocratizar a relação com
os/as usuários/as, no sentido de agilizar e
melhorar os serviços prestados;

40
h- esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar
o trabalho, sobre os objetivos e a
amplitude de sua atuação profissional.
Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Todas as proibições estão relacionadas ao impedimento dos usuários de exercerem


seus direitos. Já os deveres para com os usuários visam garantir aos usuários
conhecerem a atuação do assistente social, não terem suas imagens divulgadas,
receberem os resultados de pesquisa, caso tenha participado de alguma etc.

Tabela 1. 2 – Deveres, direitos e proibições das relações com as instituições


empregadoras e outras

Deveres Direitos Proibições


a- programar, administrar, a- dispor de condições de a- emprestar seu nome e
executar e repassar os trabalho condignas, seja em registro profissional a
serviços sociais assegurados entidade pública ou firmas, organizações ou
institucionalmente; privada, de forma a garantir empresas para simulação
a qualidade do exercício do exercício efetivo do
profissional; Serviço Social;

b- denunciar falhas nos b- ter livre acesso à b- usar ou permitir o


regulamentos, normas e população usuária; tráfico de influência para
programas da instituição em obtenção de emprego,
que trabalha, quando os desrespeitando concurso
mesmos estiverem ferindo ou processos seletivos;
os princípios e diretrizes
deste Código, mobilizando,
inclusive, o Conselho
Regional, caso se faça
necessário;

c- contribuir para a alteração c- ter acesso a informações c- utilizar recursos


da correlação de forças institucionais que se institucionais (pessoal
institucionais, apoiando as relacionem aos programas e e/ou financeiro) para fins
legítimas demandas de políticas sociais e sejam partidários, eleitorais e
interesse da população necessárias ao pleno clientelistas.
usuária; exercício das atribuições
profissionais;

d- empenhar-se na d- integrar comissões


viabilização dos direitos interdisciplinares de ética
sociais dos/as usuários/as, nos locais de trabalho do/a
através dos programas e profissional, tanto no que

41
políticas sociais; se refere à avaliação da
conduta profissional, como
em relação às decisões
quanto às políticas
institucionais.
e- empregar com
transparência as verbas sob
a sua responsabilidade, de
acordo com os interesses e
necessidades coletivas
dos/as usuários/as.
Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Como mencionamos anteriormente, nas relações com outras instituições também


temos direitos. Neste caso, temos o direito à condições dignas de trabalho, ao acesso
à população para que ela seja devidamente atendida e acesso à recursos que
possibilitam o exercício da profissão.

Somos proibidos de utilizar recursos fora de sua destinação, de possibilitar o tráfico de


influência e ainda de emprestar o próprio nome e respectivo registro para outro
profissional ou instituição.

Percebam que os deveres estão relacionados à defesa dos direitos dos usuários e isso
se justifica pela própria conjuntura que antecedia essa versão do Código, pois a
profissão, durante muito tempo, serviu a outros interesses, mesmo sem ter plena
consciência disso.

Tabela 1.3 – Deveres e proibições das relações com Assistentes Sociais e outros/as
profissionais

Deveres Proibições
a- ser solidário/a com outros/as profissionais, a- intervir na prestação de serviços
sem, todavia, eximir-se de denunciar atos que que estejam sendo efetuados por
contrariem os postulados éticos contidos outro/a profissional, salvo a pedido
neste Código; desse/a profissional; em caso de
urgência, seguido da imediata
comunicação ao/à profissional; ou
quando se tratar de trabalho
multiprofissional e a intervenção fizer
parte da metodologia adotada;

b- repassar ao seu substituto as informações b- prevalecer-se de cargo de chefia


42
necessárias à continuidade do trabalho; para atos discriminatórios e de abuso
de autoridade;

c- mobilizar sua autoridade funcional, ao c- ser conivente com falhas éticas de


ocupar uma chefia, para a liberação de carga acordo com os princípios deste
horária de subordinado/a, para fim de estudos Código e com erros técnicos
e pesquisas que visem o aprimoramento praticados por assistente social e
profissional, bem como de representação ou qualquer outro/a profissional;
delegação de entidade de organização da
categoria e outras, dando igual oportunidade
a todos/as;

d- incentivar, sempre que possível, a prática d- prejudicar deliberadamente o


profissional interdisciplinar; trabalho e a reputação de outro/a
profissional.

e- respeitar as normas e princípios éticos das


outras profissões;

f- ao realizar crítica pública a colega e outros/


as profissionais, fazê-lo sempre de maneira
objetiva, construtiva e comprovável,
assumindo sua inteira responsabilidade.
Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Temos no quadro acima os deveres e proibições nas relações com outros profissionais
e com outros assistentes sociais. Devemos estabelecer uma relação de respeito e
responsabilidade, tanto no contato direto com essas pessoas, como também com as
informações que forem levantadas a partir dos diálogos que se estabelecerem entre as
partes.

Trabalhar 1.4 – Deveres, direitos e proibições das Relações com Entidades da


Categoria e demais organizações da Sociedade Civil

Deveres Direitos Proibições

a- denunciar ao Conselho a- participar em sociedades É vedado ao/à assistente


Regional as instituições científicas e em entidades social valer-se de posição
públicas ou privadas, onde representativas e de ocupada na direção de
as condições de trabalho organização da categoria entidade da categoria
não sejam dignas ou que tenham por finalidade, para obter vantagens
possam prejudicar os/as respectivamente, a pessoais, diretamente ou
usuários/as ou produção de conhecimento, através de terceiros/as.
profissionais; a defesa e a fiscalização do

43
exercício profissional;

b- denunciar, no exercício b- apoiar e/ou participar


da Profissão, às entidades dos movimentos sociais e
de organização da organizações populares
categoria, às autoridades e vinculados à luta pela
aos órgãos competentes, consolidação e ampliação
casos de violação da Lei e da democracia e dos
dos Direitos Humanos, direitos de cidadania.
quanto a: corrupção, maus
tratos, torturas, ausência
de condições mínimas de
sobrevivência,
discriminação, preconceito,
abuso de autoridade
individual e institucional,
qualquer forma de
agressão ou falta de
respeito à integridade
física, social e mental do/a
cidadão/cidadã;

c- respeitar a autonomia
dos movimentos populares
e das organizações das
classes trabalhadoras.
Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Percebam que sempre teremos relação com os princípios fundamentais elencados


inicialmente, como a defesa dos direitos humanos e a necessidade de denunciarmos
qualquer tipo de violação e discriminação.

Tabela 1.5 – Deveres e proibições das Relações do(a) assistente social com a Justiça

Deveres Proibições

a- apresentar à justiça, quando convocado a- depor como testemunha sobre situação


na qualidade de perito ou testemunha, as sigilosa do/a usuário/a de que tenha
conclusões do seu laudo ou depoimento, conhecimento no exercício profissional,
sem extrapolar o âmbito da competência mesmo quando autorizado;
profissional e violar os princípios éticos
contidos neste Código;

b- comparecer perante a autoridade b- aceitar nomeação como perito e/ou

44
competente, quando intimado/a a prestar atuar em perícia quando a situação não se
depoimento, para declarar que está caracterizar como área de sua
obrigado/a a guardar sigilo profissional competência ou de sua atribuição
nos termos deste Código e da Legislação profissional, ou quando infringir os
em vigor. dispositivos legais relacionados a
impedimentos ou suspeição.
Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

O quadro acima pode parecer bastante contraditório, afinal, o assistente social é


obrigado a se apresentar à Justiça quando convocado, mas ao mesmo tempo é
proibido de depor como testemunha. Percebam o ‘item b’ da coluna “Deveres”:
devemos declarar que somos obrigados a guardar o sigilo profissional, ou seja, somos
obrigados a ir, mas não a falar, pois nosso código de ética nos resguarda neste sentido.

5.4 O sigilo profissional do assistente social e as relações do(a) assistente social com
a Justiça

Talvez um dos itens mais polêmicos do Código de Ética está relacionado ao sigilo
profissional.

Art. 15 Constitui direito do/a assistente social manter o sigilo profissional.

Art. 16 O sigilo protegerá o/a usuário/a em tudo aquilo de que o/a


assistente social tome conhecimento, como decorrência do exercício da
atividade profissional.

Parágrafo único: Em trabalho multidisciplinar só poderão ser prestadas


informações dentro dos limites do estritamente necessário.

Art. 17 É vedado ao/à assistente social revelar sigilo profissional.

Art. 18 A quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de situações


cuja gravidade possa, envolvendo ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos
interesses do/a usuário/a, de terceiros/as e da coletividade.

Parágrafo único A revelação será feita dentro do estritamente necessário,


quer em relação ao assunto revelado, quer ao grau e número de pessoas
que dele devam tomar conhecimento. (CFESS, 2012).

O assistente social é proibido de revelar o sigilo profissional e tem o direito de mantê-


lo. Logo, se o direito é a faculdade de fazermos ou não alguma coisa, teremos alguma
brecha para que em alguns casos, o sigilo seja revelado, conforme aponta o artigo 18.
No entanto, como avaliar se uma situação pede ou não a quebra do sigilo? Como
avaliar esse prejuízo, mencionado no artigo 18, para o usuário, para outrem e para a

45
coletividade? Temos aqui uma questão que pode ser polêmica, pois trabalhamos com
pessoas e cada um pode avaliar uma mesma situação de diferentes maneiras.

Vamos pensar em um exemplo prático. Suponha que uma pessoa assumiria a guarda
de uma criança recém-nascida, cujos pais são portadores do vírus HIV. A pessoa em
questão seria a tia paterna, que passaria a cuidar do sobrinho, pois os genitores
alegaram não ter condições de prestar os cuidados necessários à criança, inclusive no
que tange ao acompanhamento médico. No entanto, a tia não sabia que a criança
também nasceu portadora do vírus HIV e precisaria tomar medicação antirretroviral.
Isso ocorreu por que a tia também não sabia que seu irmão e sua cunhada são
portadores do vírus. Nesse caso, o assistente social deveria contar para a tia sobre a
condição da criança? Em se tratando da saúde da criança e da necessidade de
tratamento, essa revelação seria necessária. Uma opção mais adequada também
poderia ser orientar o casal para que eles mesmos contassem para a tia a condição da
criança.

5.5 Observância, penalidades, aplicação e cumprimento do Código de Ética


profissional

Finalmente vamos estudar as sanções para os assistentes sociais que não aplicarem ou
não cumprirem o disposto no Código de Ética.

Art. 21 São deveres do/a assistente social:

a- Cumprir e fazer cumprir este Código;


b- Denunciar ao Conselho Regional de Serviço Social, através de comunicação
fundamentada, qualquer forma de exercício irregular da profissão, infrações
a princípios e diretrizes deste Código e da legislação profissional;
c- Informar, esclarecer e orientar os/as estudantes, na docência ou supervisão,
quanto aos princípios e normas contidas neste Código. (CFESS, 2012).

Quais são, então, as infrações disciplinares?

Art. 22 Constituem infrações disciplinares:

a- Exercer a profissão quando impedido/a de fazê-lo, ou facilitar, por


qualquer meio, o seu exercício ao/às não inscritos/as ou impedidos/as;

b- Não cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou


autoridade dos Conselhos, em matéria destes, depois de regularmente
notificado/a;

46
c- Deixar de pagar, regularmente, as anuidades e contribuições devidas ao
Conselho Regional de Serviço Social a que esteja obrigado/a;

d- Participar de instituição que, tendo por objeto o Serviço Social, não esteja
inscrita no Conselho Regional;

e- Fazer ou apresentar declaração, documento falso ou adulterado, perante


o Conselho Regional ou Federal. (CFESS, 2012).

São penalidades:

Art. 23 As infrações a este Código acarretarão penalidades, desde a multa à


cassação do exercício profissional, na forma dos dispositivos legais e/ ou
regimentais.

Art. 24 As penalidades aplicáveis são as seguintes:

a- multa;

b- advertência reservada;

c- advertência pública;

d- suspensão do exercício profissional;

e- cassação do registro profissional.

Parágrafo único: Serão eliminados/as dos quadros dos CRESS aqueles/as que
fizerem falsa prova dos requisitos exigidos nos Conselhos.

Art. 25 A pena de suspensão acarreta ao/à assistente social a interdição do


exercício profissional em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta)
dias a 2 (dois) anos.

Parágrafo único: A suspensão por falta de pagamento de anuidades e taxas


só cessará com a satisfação do débito, podendo ser cassada a inscrição
profissional após decorridos três anos da suspensão.

Art. 26 Serão considerados na aplicação das penas os antecedentes


profissionais do/a infrator/a e as circunstâncias em que ocorreu a infração.

Art. 27 Salvo nos casos de gravidade manifesta, que exigem aplicação de


penalidades mais rigorosas, a imposição das penas obedecerá à gradação
estabelecida pelo artigo 24. (CFESS, 2012).

O Código aponta ainda como exemplos de violações graves:

• Quando o assistente social deixa de abster-se, no exercício da profissão, de


práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o
policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos
competentes;

47
• Quando o assistente social não garante a plena informação e discussão sobre
as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando
democraticamente as decisões dos(as) usuários(as), mesmo que sejam
contrárias aos valores e às crenças individuais dos(as) profissionais,
resguardados os princípios deste Código;
• Quando ele deixa de fornecer à população usuária, quando solicitado,
informações concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as
suas conclusões, resguardado o sigilo profissional;

E tantas outras proibições que o profissional acaba realizando, por desconhecimento,


ou de maneira, infelizmente, intencional.

Conclusão

Neste bloco procuramos trabalhar parte do conteúdo trazido no Código de Ética do


assistente social vigente atualmente, enfatizando sua importância no cotidiano deste
profissional.

REFERÊNCIAS

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL). Código de ética do/a


assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. - 10ª. ed. rev. e atual. -
Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2012.

FUNDAMENTAL. In: Dicionário online do web site Significados. Disponível em


https://www.significados.com.br/?s=fundamental. Acesso em 4 dez. 2019.

PRINCÍPIOS. In: Dicionário online do website Significados. Disponível em


https://www.significados.com.br/principios/ Acesso em 4 dez. 2019.

PRINCÍPIOS. In: Dicionário online de Português. Disponível em


https://www.dicio.com.br/principios/. Acesso em jan. 2020.

48
6 AS LEGISLAÇÕES PROFISSIONAIS DO ASSISTENTE SOCIAL

Neste bloco abordaremos outras legislações que pautam a atuação do assistente


social. Para tanto, indicaremos os caminhos para buscá-las para que, enquanto
profissionais, permaneçam atualizados, como também destacaremos as mais recentes
e relevantes. Dessa maneira, apontaremos algumas resoluções do Conselho Federal de
Serviço Social e notas técnicas. Apresentaremos os principais eventos científicos e
congressos da categoria e também como o profissional deve proceder para realizar seu
registro profissional.

6.1 As resoluções profissionais do Conselho Federal de Serviço Social

Apresentaremos a seguir as resoluções do CFESS que podem ser utilizadas no cotidiano


do assistente social. As resoluções são muitas, o importante, então, é que o assistente
social saiba onde pode consultá-las caso precise acessá-las no decorrer de sua vida
profissional.

Observem a página do site do Conselho Federal de Serviço Social a seguir:

Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Temos no primeiro link azul a Lei de Regulamentação e no terceiro link o Código de


Ética. No lado esquerdo, temos as resoluções do CFESS.

49
A tabela a seguir, sintetiza as resoluções publicadas nos últimos vinte anos. O
importante é que dominemos os temas que elas tratam, para que, quando necessário,
possamos acessar esses conhecimentos.

Tabela 2.1 Resoluções que orientam e normatizam o exercício profissional de


assistentes sociais

Número Assunto
Resolução nº Caracteriza o/a assistente social como profissional da saúde.
383/1999
Resolução nº Altera a Portaria 05/91 que estabelece procedimentos para
392/1999 concessão e autorização de suprimento de fundos.

Resolução nº Altera o parágrafo único do Artigo 1º da Resolução CFESS nº


427/2002 299/94, que dispensa de pagamento da anuidade o assistente
social que completar 60 anos de idade.

Resolução nº Dispõe sobre as formas de ingresso e sobre o processo seletivo


440/2003 de pessoal para os quadros dos Conselhos Federal e Regionais
de Serviço Social e dá outras providências.

Resolução nº Institui procedimentos para a realização de desagravo público,


443/2003 e regulamenta a alínea “e” do artigo 2º do Código de Ética do
Assistente Social / Altera e revoga a Resolução CFESS N º
294/94, de 04 de junho de 1994.

Resolução nº Regulamenta o Estatuto do Conjunto CFESS/CRESS,


469/2005 introduzindo as alterações e modificações aprovadas pela
Plenária Ampliada realizada em Brasília em março de 2005.

Resolução nº Regulamenta a Minuta Básica do Regimento Interno dos


470/2005 CRESS.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


475/2005 anuidade de pessoa física e o patamar da anuidade de pessoa
jurídica, no âmbito dos CRESS e determina outras
providências.

Estabelece procedimentos e normas de regulamentação para


Resolução nº utilização do Fundo Nacional de Apoio aos CRESS, SECCIONAIS
476/2005 e CFESS.

50
Resolução nº Aprovação da Proposta Orçamentária do Conselho Federal e
481/2005 Conselhos Regionais de Serviço Social da 1a. a 24a. regiões.

Resolução nº Prorroga o prazo para acesso ao Fundo Nacional de Apoio aos


483/2006 CRESS, SECCIONAIS e CFESS, alterando a disposição do
parágrafo 4º do artigo 5° da Resolução nº 476, de 16 de
novembro de 2005.

Resolução nº Estabelece normas vedando condutas discriminatórias ou


489/2006 preconceituosas, por orientação e expressão sexual por
pessoas do mesmo sexo, no exercício profissional do assistente
social.

Resolução nº Dispõe sobre as condições éticas e técnicas do exercício


493/2006 profissional do assistente social.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


495/2006 anuidade de pessoa física e o patamar da anuidade de pessoa
jurídica, no âmbito dos CRESS e determina outras
providências.

Resolução nº Dispõe sobre as normas que regulam o Código Eleitoral,


499/2006 alterando e revogando, integralmente, a Resolução nº
454/2004, de 26 de julho de 2004.

Resolução nº Aprovação da Proposta Orçamentária do Conselho Federal e


500/2006 Conselhos Regionais de Serviço Social da 1a. a 24a regiões.

Resolução nº Prorrogação por mais dois anos da manutenção do Fundo


506/2007 Nacional de Apoio aos CRESS, Seccionais e CFESS.

Resolução nº Institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos


510/2007 Funcionários do Conselho Federal de Serviço Social.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


511/2007 anuidade de pessoa física e o patamar da anuidade de pessoa
jurídica, no âmbito dos CRESS e determina outras
providências.

Resolução nº Reformulação das normas gerais para o exercício da


512/2007 Fiscalização Profissional e atualização da Política Nacional de
Fiscalização.

51
Resolução nº Homologação e criação do Conselho Regional de Serviço Social
514/2007 da 25ª Região, com jurisdição no Estado de Tocantins e sede
em Palmas e alteração da jurisdição do CRESS da 19ª região.

Resolução nº Homologação do resultado final das eleições do CFESS e dos


515/2007 CRESS e Seccionais.

Resolução nº Aprova a Proposta Orçamentária do Conselho Federal e


516/2007 Conselhos Regionais de Serviço Social da 1a a 24a regiões.

Resolução nº Homologação do resultado final das eleições das Seccionais de


517/2008 Volta Redonda e Campos dos Goytacazes do CRESS da 7ª
região.

Resolução nº Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS


518/2008 da 25ª. região.

Resolução nº Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS


520/2008 da 7ª. Região.

Resolução nº Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS


521/2008 da 22ª região.

Resolução nº Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS


522/2008 da 7ª região.

Resolução nº Homologação do resultado final das eleições realizadas, em


524/2008 segunda convocação, para preenchimento de cargos da
Diretoria do CRESS da 7ª região.

Resolução nº Atualização do Quadro de Valores das Referências Salariais e a


525/2008 Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, que institui
o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Funcionários
do CFESS.

Resolução nº Homologação do resultado final das eleições realizadas, para


530/2008 preenchimento de cargos da Diretoria do CRESS da 22ª.
Região/PI, CRESS 25ª Região/TO e Seccional de Campina
Grande do CRESS 13ª Região/PB.

Resolução nº REGULAMENTAÇÃO DA SUPERVISÃO DIRETA DE ESTÁGIO


533/2008

52
Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da
534/2008 anuidade para o exercício de 2009 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos
CRESS.

Resolução nº Prorroga até XXXVIII Encontro Nacional CFESS/CRESS a


537/2008 manutenção do Fundo Nacional de Apoio aos CRESS,
Seccionais e CFESS, criado pela Resolução CFESS N° 476.

Resolução nº Aprova a Proposta Orçamentária do Conselho Federal e


538/2008 Conselhos Regionais de Serviço Social da 1ª a 24ª. regiões.

Resolução nº Altera o prazo para pagamento da anuidade em cota única,


539/2009 e/ou da primeira parcela, com desconto no mês de janeiro de
2009, no âmbito dos CRESS especificados na presente
resolução.

Resolução nº Altera o prazo para pagamento da anuidade em cota única, e


540/2009 /ou da primeira parcela, com desconto no mês de janeiro de
2009, no âmbito dos CRESS da 20ª região.

Resolução nº Altera o prazo para pagamento das anuidades do exercício de


541/2009 2009 somente no âmbito do CRESS da 13ª região, com
jurisdição no Estado da Paraíba.

Resolução nº Altera o prazo para pagamento da segunda parcela da


542/2009 anuidade de 2009, no âmbito do CRESS da 7ª região.

Resolução nº Institui procedimentos que deverão ser adotados no


548/2009 processamento das denúncias éticas que forem objeto de
DESAFORAMENTO, conforme previsão do artigo 9º do Código
Processual de Ética.

Resolução nº Homologa o resultado da eleição realizada, em Assembléia


549/2009 Extraordinária, para preenchimento de dois cargos efetivos e
cumprimento do restante do mandato de Direção do CRESS da
23ª região/RO/AC.

Resolução nº Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a


550/2009 Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, constantes
da Resolução nº 510, de 21 de setembro de 2007.

Resolução nº Revoga o inciso I e II do artigo 28 da Consolidação das


555/2009 Resoluções do CFESS de forma que passe a vigorar para efeito
de REGISTRO de assistente social nos quadros dos CRESS.

53
Resolução nº Procedimentos para efeito da Lacração do Material Técnico e
556/2009 Material Técnico-Sigiloso do Serviço Social.

Resolução nº Dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões


557/2009 técnicas conjuntos entre o assistente social e outros
profissionais.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


558/2009 anuidade para o exercício de 2010 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos
CRESS.

Resolução nº Complementa o artigo 2º da Resolução nº 555/2009, de forma


560/2009 a prever a possibilidade de deferimento de registro
profissional de assistente social nos CRESS.

Resolução nº Regulamenta a porcentagem da cota - parte que deve ser


561/2009 repassada ao pelos CRESS ao CFESS, revogando,
integralmente, a Resolução nº 421/2001.

Resolução nº Prorroga por mais dois anos, a manutenção do Fundo


564/2009 Nacional de Apoio aos CRESS, Seccionais de base estadual e
CFESS, criado pela Resolução CFESS N° 476, estabelecendo
normas para a sua regulamentação.

Resolução nº Regulamenta o procedimento de aplicação de multa prevista


568/2010 pelo parágrafo 4º do artigo 1º, pelo descumprimento das
normas estabelecidas na Resolução nº 533/08, sobre
Supervisão de Estágio.

Resolução nº Dispõe sobre a VEDAÇÃO da realização de terapias associadas


569/2010 ao título e/ou ao exercício profissional do assistente social.

Resolução nº Dispõe sobre a convocação para apresentação de


571/2010 documentos, nomeação e posse de candidatos aprovados no
Concurso Público CFESS nº 01/2009, devidamente
homologado, conforme publicação no DOU de 12/11/09.

Resolução nº Dispõe sobre a obrigatoriedade de registro nos CRESS de


572/2010 assistentes sociais que exerçam funções ou atividades de
atribuição da profissão, mesmo que contratados sob a
nomenclatura de "cargos genéricos".

Resolução nº Regulamenta a Consolidação das Resoluções do Conjunto


582/2010 CFESS/CRESS.

54
Resolução nº Dispõe sobre as normas que regulamentam o CÓDIGO
586/2010 ELEITORAL do Conjunto CFESS-CRESS, alterando e revogando a
Resolução nº 499/2006.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


587/2010 anuidade para o exercício de 2011 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos
CRESS.

Resolução nº Revoga o inciso do artigo 28 da Consolidação das Resoluções


588/2010 CFESS nº 582/2010, reordenando tal disposição.

Resolução nº Regulamenta o procedimento de aplicação de multas pelos


590/2010 CRESS, por descumprimento da lei 8662/93 e em especial por
exercício da profissão de assistente social sem o registro no
CRESS competente.

Resolução nº Altera o Código de Ética do/a Assistente Social, introduzindo


594/2011 aperfeiçoamentos formais, gramaticais e conceituais em seu
texto e garantindo a linguagem de gênero.

Resolução nº Homologa o resultado final das eleições do CFESS, dos CRESS e


598/2011 Seccionais, especificados na presente norma para Gestão
2011/2014.

Resolução nº Dispõe sobre a prorrogação do prazo para o primeiro aporte


614/2011 do Fundo Nacional de Apoio do CRESS, Seccionais e CFESS,
para o exercício de 2011, alterando o parágrafo 3º do artigo
4º da Resolução nº 564/2009.

Resolução nº Dispõe sobre a inclusão e uso do nome social da assistente


615/2011 social travesti e do(a) assistente social transexual nos
documentos de identidade profissional.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


617/2011 anuidade para o exercício de 2012 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS
e determina outras providências.

Resolução nº Homologa o resultado final das ELEIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS


618/2011 em segunda convocação dos CRESS da 2ª região; 5ª região;
15ª região; 17ª região e para a Seccional de Bauru do CRESS
da 9ª região, para cumprimento de mandato da Gestão
2011/2014.

55
Resolução nº Dispõe sobre a VEDAÇÃO de utilização de SÍMBOLOS,
627/2012 IMAGENS E ESCRITOS RELIGIOSOS nas dependências do
Conselho Federal, dos Conselhos Regionais e das Seccionais de
Serviço Social.

Resolução nº Dispõe sobre a recomposição da Diretoria no âmbito do


636/2012 Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na gestão
2011/2014.

Resolução nº Altera o artigo 2º da Resolução nº 561, de 19 de novembro de


637/2012 2009, que regulamenta a porcentagem da cota – parte que
deve ser repassada pelos CRESS ao CFESS, revogando,
integralmente, a Resolução nº 421/2001.

Resolução nº Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


638/2012 anuidade para o exercício de 2013 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS
e determina outras providências.

Resolução nº Complementa a Resolução nº 564/2009, prorrogando por


639/2012 prazo indefinido o Fundo Nacional de Apoio aos CRESS,
Seccionais de base estadual e CFESS, criado pela Resolução
CFESS N° 476, de 16 de novembro de 2005 e incluindo um
novo critério, para acesso ao Fundo.

Resolução nº Altera a Resolução nº 440/2003, que dispõe sobre as formas


640/2012 de ingresso nos Conselhos Federal e Regionais de Serviço
Social, de forma que os cargos efetivos sejam providos
mediante concurso público.

Resolução nº Institui a Campanha Nacional do Conjunto CFESS-CRESS para o


643/2013 ano de 2013: "A luta por um serviço social forte também
depende de você - Regularize seus débitos junto ao CRESS".

Resolução n.º Dispõe sobre a concessão de diárias, meias-diárias, transporte


645/2013 e ressarcimento de despesas aos conselheiros(as),
assessores(as), funcionários(as) e convidados(as).

Resolução n.º Dispõe sobre a concessão de diárias e meias-diárias para


646/2013 pagamento de hospedagem, translado e alimentação, e
ressarcimento de despesas a conselheiros, assessores,
funcionários e convidados.

Resolução nº Regulamenta o arquivamento e eliminação dos documentos


648/2013 do Conjunto CFESS-CRESS.

56
Resolução n.º Estabelece os parâmetros para o cumprimento da Lei n.º
650/2013 12.527/2011 – Lei de Acesso à Informação.

Resolução n.º Regulamenta a utilização de Chancela Mecânica, Assinatura


644/2013 Digital e Chancela Eletrônica no âmbito do Conjunto CFESS-
CRESS.

Resolução n.º Institui o Código Processual Disciplinar, no âmbito do


657/2013 Conselho Federal e Conselhos Regionais de Serviço Social.

Resolução n.º Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


658/2013 anuidade para o exercício de 2014 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS
e determina outras providências.

Resolução n.º Dispõe sobre as normas que regulamentam o CÓDIGO


659/2013 ELEITORAL do Conjunto CFESS-CRESS, alterando e revogando a
RESOLUÇÃO CFESS nº 586, de 30 de agosto de 2010.

Resolução n.º Dispõe sobre as normas que regulam o CÓDIGO PROCESSUAL


660/2013 DE ÉTICA, incluindo alterações que foram apresentadas pelo
CFESS e pelos CRESS, revogando integralmente a Resolução
CFESS n.º 428/2002.

Resolução n.º Estabelece gratuidade para novas vias de cédulas de


661/2013 identidade profissional para profissionais que apresentarem
boletim de ocorrência em situações de furto ou roubo do
documento, alterando as Resoluções CFESS 582/2010 e
658/2013.

Resolução n.º Dispõe sobre a recomposição dos cargos de quatro


662/2013 conselheiras desincompatibilizadas e um conselheiro
desincompatibilizado, no âmbito do Conselho Federal de
Serviço Social (CFESS).

Resolução n.º Dispõe sobre a recomposição do cargo de 2a Secretária no


664/2013 âmbito do Conselho Federal de Serviço Social – CFESS.

Resolução nº Altera a Resolução CFESS 510/2007, criando o cargo de


667/2014 coordenador financeiro no âmbito do Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Funcionários do Conselho
Federal de Serviço Social.

57
Resolução n.º Altera a Resolução CFESS 392/1999, que estabelece
680/2014 procedimentos para concessão e autorização de suprimento
de fundos.

Resolução n.º Homologa o resultado final das eleições do CFESS, dos CRESS e
681/2014 Seccionais especificados na presente norma para a Gestão
2014/2017, cujos mandatos respectivos se iniciam em 15 de
maio de 2014 e se expiram em 15 de maio de 2017.

Resolução n.º Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


690/2014 anuidade para o exercício de 2015 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS
e determina outras providências.

Resolução n.º Normatiza o recadastramento nacional dos/as assistentes


696/2014 sociais, a substituição das atuais carteiras e cédulas de
identidade profissional e pesquisa sobre o perfil do/a
assistente social e realidade do exercício profissional no país.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS nº 510, de 21 de setembro de 2007,


697/2014 criando gratificação para os integrantes da Comissão
Permanente de Licitação no âmbito do Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Funcionários do Conselho
Federal de Serviço Social.

Resolução n.º Regulamenta a padronização do módulo cadastro do SISCAF


704/2015 (pessoa física) no âmbito do Conjunto CFESS-CRESS.

Resolução n.º Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a


705/2015 Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, constantes
da Resolução CFESS nº 510, de 21 de setembro de 2007, que
institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos
Funcionários do Conselho Federal de Serviço Social,
reformulados anualmente.

Resolução nº Regulamenta o Fundo Sede no âmbito do Conjunto CFESS-


706/2015 CRESS.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS nº 582, de 01 de julho de 2010, para


707/2015 regulamentar o novo documento de identidade profissional e
vedar a retenção de documento de identidade profissional
pelos CRESS.

58
Resolução n.º Reorganiza o número dos profissionais assistentes sociais, que
708/2015 passam a estar jurisdicionados ao Conselho Regional de
Serviço Social da 26ª Região, com sigla CRESS da 26ª Região,
com jurisdição no Estado do ACRE.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS 696/2014, para prorrogar o início do


709/2015 prazo para recadastramento nacional dos/as assistentes
sociais, a substituição das atuais carteiras e cédulas de
identidade profissional e a pesquisa sobre o perfil profissional
do/a assistente social e a realidade do exercício profissional
no país.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS 704, de 23 de março de 2015, para


710/2015 prorrogar os prazos para criação dos relacionamentos
(aplicação do DE-PARA) no SISCAF pelos CRESS e avaliação do
processo de padronização.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS 582/2010, para regulamentar a


711/2015 inutilização, pelos CRESS, do documento de identidade
profissional, quando tornado sem efeito.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS 510/2007, incluindo atribuições ao


712/2015 cargo de Coordenador Financeiro no âmbito do Plano de
Cargos, Carreiras e Remuneração dos funcionários do
Conselho Federal de Serviço Social.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS no 704, de 23 de março de 2015,


713/2015 para prorrogar os prazos para criação dos relacionamentos
(aplicação do DE-PARA) no SISCAF pelos CRESS e avaliação do
processo de padronização, bem como incluir situações e
detalhes da situação.

Resolução n.º Altera a Resolução CFESS nº 696, de 15 de dezembro de 2014,


722/2015 para prorrogar o início do prazo para recadastramento
nacional dos/as assistentes sociais, a substituição das atuais
carteiras e cédulas de identidade profissional e pesquisa sobre
o perfil do/da assistente social e realidade do exercício
profissional no país.

Resolução n.º Regulamenta a porcentagem da corta-parte que deve ser


723/2015 repassada pelos CRESS ao CFESS.

Resolução n.º Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


724/2015 anuidade para o exercício de 2016 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos
CRESS, e determina outras providências.
59
Resolução nº Complementa a Resolução nº 548 de 23 de março de 2009,
726/2015 que institui procedimentos que deverão ser adotados no
processamento das denúncias éticas que forem objeto de
DESAFORAMENTO, conforme previsão do artigo 9º do Código
Processual de Ética disciplinado pela Resolução CFESS Nº. 660
de 13 de outubro de 2013.

Resolução nº Altera a Resolução CFESS 696, de 15 de dezembro de 2014,


727/2015 para prorrogar o início do prazo para recadastramento
nacional de assistentes sociais, a substituição das atuais
carteiras e cédulas de identidade profissional e pesquisa sobre
o perfil do/a assistente social e realidade do exercício
profissional no país.

Resolução nº Altera a Resolução CFESS nº 446/2003, de 8 de julho de 2003.


736/2016
Resolução 746/2016 Altera a Resolução CFESS nº 696, de 15 de dezembro de 2014,
para alterar o início do prazo para recadastramento nacional
dos/as assistentes sociais, a substituição das atuais carteiras e
cédulas de identidade profissional e pesquisa sobre o perfil
do/da assistente social e realidade do exercício profissional no
país.

Resolução 747/2016 Inclui dispositivos na Resolução CFESS 582, de 01 de julho de


2010, sobre a constituição de Diretorias Provisórias.

Resolução 755/2016 Determina o sobrestamento da análise e da decisão dos


pedidos de inscrição profissional, já protocolizados ou que
vierem a ser apresentados perante os Conselhos Regionais de
Serviço Social/ CRESS, onde existam elementos, indícios ou
evidências que disciplinas do curso de Serviço Social foram
ofertadas em cursos livres de extensão e os diplomas
expedidos por instituições de ensino.

Resolução 762/2016 Altera a Resolução CFESS nº 446/2003, de 8 julho de 2003.

Resolução 764/2016 Altera dispositivos da Resolução CFESS 582, de 01 de julho de


2010.

60
Resolução 765/2016 Determina a prorrogação do prazo de sobrestamento,
estabelecido pela Resolução CFESS nº 755/16, para efeito da
análise e da decisão dos pedidos de inscrição profissional, já
protocolizados ou que vierem a ser apresentados perante os
Conselhos Regionais de Serviço Social/ CRESS, onde existam
elementos, indícios ou evidências que disciplinas do curso de
Serviço Social foram ofertadas em cursos livres de extensão e
os diplomas expedidos por instituições de ensino.

Resolução 772/2016 Altera dispositivos da Resolução CFESS 582/2010, sobre a


autenticação de documentos encaminhados pelos Correios.

Resolução 773/2016 Determina a prorrogação do prazo de sobrestamento,


estabelecido pela Resolução Cfess nº 755/2016, já prorrogado
pela Resolução Cfess nº 765/2016, para efeito da análise e da
decisão dos pedidos de inscrição profissional, já
protocolizados ou que vierem a ser apresentados perante os
Conselhos Regionais de Serviço Social (Cress), onde existam
elementos, indícios ou evidências que disciplinas do curso de
Serviço Social foram ofertadas em cursos livres de extensão e
os diplomas expedidos por instituições de ensino.

Resolução 774/2016 Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a


Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, constantes
da Resolução CFESS nº 510, de 21 de setembro de 2007, que
institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos
Funcionários do Conselho Federal de Serviço Social,
reformulados anualmente.

Resolução 775/2016 Estabelece os patamares mínimo e máximo para fixação da


anuidade para o exercício de 2017 de pessoa física e o
patamar da anuidade de pessoa jurídica, no âmbito dos CRESS
e determina outras providências.

Resolução 776/2016 Homologação da nomeação da Diretoria Provisória da


Seccional de Pelotas do CRESS da 10a Região.

Resolução 777/2016 Institui a Política Nacional de Enfrentamento à Inadimplência


no âmbito do Conjunto CFESS-CRESS.

Resolução 778/2016 Regulamenta a acessibilidade do/a assistente social com


deficiência ou mobilidade reduzida para exercício do direito
ao voto.

61
Resolução 779/2016 Altera a Resolução CFESS nº 696, de 15 de dezembro de 2014,
para alterar o início do prazo para recadastramento nacional
dos/as assistentes sociais, a substituição das atuais carteiras e
cédulas de identidade profissional e pesquisa sobre o perfil
do/da assistente social e realidade do exercício profissional
nopaís.

Resolução 780/2016 Regulamenta o recebimento e apuração dos votos por


correspondência em função de greve do correio.

Resolução 781/2016 Regulamenta a substituição de candidata/o após deferimento


do registro da chapa pela Comissão Eleitoral.

Resolução 782/2016 Institui os novos instrumentais das Comissões de Orientação e


Fiscalização dos CRESS, a serem utilizados e aplicados nas
visitas realizadas pelo Regional, em caráter experimental.

Resolução 784/2016 Altera a Resolução CFESS nº 446, de 08 de julho de 2003.

Resolução 785/2016 Dispõe sobre a inclusão e uso do nome social da assistente


social travesti e da/do assistente social transexual no
Documento de Identidade Profissional.

Resolução 786/2016 Regulamenta a propaganda e o debate nas eleições do


Conjunto CFESS-CRESS.

Resolução 787/2016 Sobresta a vigência do inciso III do artigo 4o da Resolução


CFESS nº 775, de 21 de outubro de 2016, e prorroga a vigência
do inciso III do artigo 4o da Resolução CFESS nº 724, de 2 de
outubro de 2015, ambos até 31 de março de 2017.

Resolução 788/2016 Aprovação das Propostas Orçamentárias do Conselho Federal


de Serviço Social e dos Conselhos Regionais de Serviço Social
da 2ª, 3ª, 4ª, 7ª, 8ª, 9ª, 11ª, 12ª, 13ª, 16ª, 17ª, 20ª, 21ª, 23ª,
24ª e 25ª Regiões.

Resolução 793/2017 Regulamenta o procedimento de repasse da cota parte pelos


CRESS ao CFESS.

Resolução 794/2017 Dispõe sobre a recomposição dos cargos de seis Conselheiras


desincompatibilizadas no âmbito do Conselho Federal de
Serviço Social – CFESS.

62
Resolução 799/2017 Sobre esta a vigência do inciso III do artigo 4º da Resolução
CFESS nº 775, de 21 de outubro de 2016, e prorroga a vigência
do inciso III do artigo 4º da Resolução CFESS nº 724, de 2 de
outubro de 2015, ambos até 30 de junho de 2017.

Resolução 804/2017 Homologa o resultado final das eleições do CFESS, do CRESS e


Seccionais, especificados na presente norma, para Gestão
2017/2020, cujos mandatos, respectivos, se iniciam em 15 de
maio de 2017 e se expiram em 15 de maio de 2020.

Resolução nº Altera dispositivos na Resolução CFESS 582, de 01 de julho de


814/2017 2010.

Resolução nº Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a


815/2017 Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, constantes
da Resolução CFESS nº 510, de 21 de setembro de 2007, que
institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos
Funcionários do Conselho Federal de Serviço Social,
reformulados anualmente.

Resolução nº Altera a Resolução CFESS n º 696, de 15 de dezembro de 2014,


820/2017 para suspender temporariamente o recadastramento nacional
dos/as assistentes sociais, a substituição das atuais carteiras e
cédulas de identidade profissional e a pesquisa sobre o perfil
do/da assistente social e realidade do exercício profissional no
país.

Resolução nº Altera dispositivos na Resolução CFESS 512, de 29 de


828/2017 setembro de 2007.

Resolução nº Regulamenta as anuidades de pessoa física e de pessoa


829/2017 jurídica e as taxas no âmbito dos CRESS, e determina outras
providências.

Resolução nº Dispõe sobre a substituição de cargos da diretoria do


830/2017 Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).

Resolução nº Homologa o resultado final das eleições extraordinárias do


831/2017 CRESS 12ª Região (SC), da Seccional de base estadual de
Roraima do CRESS 15ª Região (AM/RR), e da Seccional de
Uberlândia do CRESS 6ª Região (MG), especificados na
presente norma, para Gestão 2017/2020, cujos mandatos se
iniciam com as posses (23 a 25 de outubro de 2017) e se
expiram em 15 de maio de 2020.

63
Resolução nº Altera dispositivo na Resolução CFESS 582, de 01 de julho de
832/2017 2010.

Resolução nº Dispõe sobre a atuação profissional do/a assistente social em


845/2018 relação ao processo transexualizador.

Resolução nº Dispõe sobre a convocação para apresentação de


846/2018 documentos, nomeação e posse, de candidato(a) aprovado(a)
no Concurso Público CFESS nº 001/2016, devidamente
homologado por meio do Edital de 3 de julho de 2017,
publicação no Diário Oficial da União nº 128, de 6 de julho de
2017, Seção 3.

Resolução nº Dispõe sobre a convocação para apresentação de


852/2018 documentos, nomeação e posse, de candidato(a) aprovado(a)
no Concurso Público CFESS nº 001/2016, devidamente
homologado por meio do Edital de 3 de julho de 2017,
publicação no Diário Oficial da União nº 128, de 6 de julho de
2017, Seção 3, bem como realoca o 1º classificado para o
cargo de analista, que passa a ser o último colocado da lista de
aprovados.

Resolução nº Homologa a criação do Conselho Regional de Serviço Social da


853/2018 27ª Região, com jurisdição no Estado de Roraima e sede em
Boa Vista e altera a jurisdição do CRESS da 15ª Região.

Resolução nº Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a


854/2018 Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, constantes
da Resolução CFESS no 510, de 21 de setembro de 2007, que
institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos
Funcionários do Conselho Federal de Serviço Social,
reformulados anualmente.

Resolução nº Dispõe sobre a convocação para apresentação de


855/2018 documentos, nomeação e posse, de candidato aprovado no
Concurso Público CFESS nº 001/2016, devidamente
homologado por meio do Edital de 3 de julho de 2017,
publicação no Diário Oficial da União nº 128, de 6 de julho de
2017, Seção 3, bem como informa o pedido de desistência
expressa da 3ª classificada para o cargo de analista.

Resolução nº Dispõe sobre a publicidade da execução das penalidades de


861/2018 advertência pública, suspensão e cassação do exercício
profissional do/a assistente social, definindo a dimensão
jurídica de “ORGÃO DE IMPRENSA”, regulamentando o artigo
29 do Código de ética do/a Assistente Social.
64
Resolução nº Homologa o resultado final das eleições extraordinárias da
862/2018 Seccional de Santarém do CRESS 1ª Região, com jurisdição no
Estado do Pará, especificado na presente norma, para Gestão
2017/2020, cujo mandato se inicia com a posse (11 a 13 de
junho de 2018) e se expira em 15 de maio de 2020.

Resolução nº Homologação da nomeação da Diretoria Provisória do CRESS


863/2018 da 27a Região (RR).

Resolução nº Homologa a nova versão do Regimento Interno do Conselho


864/2018 Regional de Serviço Social da 19ª Região, com jurisdição no
estado de Goiás.

Resolução nº Homologa o Regimento Interno do Conselho Regional de


878/2018 Serviço Social da 27ª Região, com jurisdição no estado de
Roraima.

Resolução nº Dispõe sobre a substituição de cargos da diretoria do


879/2018 Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).

Resolução nº Atualiza do anexo I da Resolução CFESS no 829/2017 para o


880/2018 exercício em 2019.

Resolução nº Altera a Resolução CFESS nº 696, de 15 de dezembro de 2014.


885/2018
Resolução nº Altera dispositivos nas Resoluções Cfess nº 792, de 09 de
886/2018 fevereiro de 2017, e 582, de 01 de julho de 2010.

Resolução nº Homologa o resultado da eleição realizada em Assembleia


889/2018 Extraordinária, para preenchimento de cargos do mandato
dos membros do CRESS da 8ª Região (DF).

Resolução nº Homologa o resultado final das eleições extraordinárias do


891/2018 Conselho Regional de Serviço Social da 27ª Região (Cress 27ª
Região), com jurisdição no Estado de Roraima, especificado na
presente norma, para Gestão 2017/2020, cujo mandato se
inicia com a posse em 28 de novembro de 2018 e se expira em
15 de maio de 2020.

Resolução nº Dispõe sobre a substituição de cargos da diretoria do


895/2018 Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).

Resolução nº Dispõe sobre o reordenamento dos cargos de suplentes do


899/2019 Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), Gestão
2017/2020.

65
Resolução nº Altera ementa e dispositivo da Resolução Cfess nº 884, de 23
900/2019 de outubro de 2018.

Resolução nº Altera dispositivos da Resolução Cfess nº 792, de 9 de


901/2019 fevereiro de 2017.

Resolução nº Homologação da nomeação da Diretoria Provisória da


902/2019 Seccional de Cascavel do Cress da 11a Região (PR).

Resolução nº Dispõe sobre o reordenamento dos cargos de suplentes do


906/2019 Conselho Federal de Serviço Social (Cfess), gestão 2017/2020.

Resolução nº Estabelece parâmetros para o acesso a informações no âmbito


910/2019 do Conselho Federal de Serviço Social.

Resolução nº Atualiza o Quadro de Valores das Referências Salariais e a


911/2019 Tabela de Remuneração dos Cargos em Comissão, constantes
da Resolução CFESS nº 510, de 21 de setembro de 2007, que
institui o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos
Funcionários do Conselho Federal de Serviço Social,
reformulados anualmente.

Resolução nº Altera a Resolução CFESS 510/2007, criando o cargo de


914/2019 assessor de tecnologia da informação no âmbito do Plano de
Cargos, Carreiras e Remuneração dos Funcionários do
Conselho Federal de Serviço Social.

Resolução nº Dispõe sobre a substituição de cargos da diretoria do


915/2019 Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).

Resolução nº Atualiza do anexo I da Resolução CFESS no 829/2017 para o


916/2019 exercício em 2020.

Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Uma resolução, portanto, consiste em uma decisão do Conselho Federal e que deve
ser seguida por todos os profissionais.

6.2 As notas técnicas do Conselho Federal de Serviço Social e dos Conselhos


Regionais de Serviço Social

Uma nota técnica consiste no aprofundamento de alguma temática para que a


categoria possa se posicionar sobre determinado assunto. Geralmente são

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documentos produzidos por comissões ou especialistas no tema que se reuniram para
produzir referido material.

A seguir, podemos observar os assuntos que foram produzidos nos últimos anos.

Tabela 2.2 – Notas Técnicas produzidas nos últimos anos

Julho/2019 As implicações das alterações na Política Nacional de Saúde


Mental, Álcool e Outras Drogas para o exercício profissional de
assistentes sociais no Brasil.

Junho/2019 A "escuta especializada" proposta pela Lei 13.431/2017: questões


para o Serviço Social.

Março/2019 Em defesa das atribuições profissionais do(a) assistente social do


INSS, do trabalho com autonomia profissional e com garantia das
condições técnicas e éticas.

Setembro/2018 Exercício profissional de assistentes sociais e as exigências para a


execução do Depoimento Especial.
Janeiro/2018 Tutela, curatela e administração de bens sem a devida nomeação
legal e as implicações para o trabalho dos(as) assistentes sociais.

Novembro/2017 Considerações sobre a dimensão social presente no processo de


reconhecimento de direito ao Benefício de Prestação Continuada
(BPC) e a atuação do(a) assistente social.
Fonte: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL).

Percebam que são publicações realizadas com menor frequência e que se direcionam
para assuntos específicos colocados em discussão no momento histórico em que
foram escritas. Podemos perceber na tabela acima a presença de duas notas técnicas
sobre o mesmo assunto: o da escuta especializada e o depoimento especial. Trata-se
da escuta de crianças e adolescentes vítimas de violência, cujo depoimento é colhido
por psicólogos (e em algumas cidades do Brasil por assistentes sociais) em uma sala
preparada com uma câmera. As filmagens realizadas são transmitidas diretamente na
audiência criminal do agressor, como elemento de prova para a possível condenação.

67
Constatamos então que as notas técnicas tratam de temas contemporâneos e por
vezes polêmicos e servem para auxiliar na condução do posicionamento coletivo da
categoria frente a esses assuntos.

As notas técnicas são documentos oficiais do Conselho Regional que combinam


fundamentação teórico-metodológica com recomendações ético-políticas à categoria.
Vale esclarecermos ainda que existem notas técnicas dos conselhos regionais. Então, é
importante que cada profissional pesquise quais são as notas técnicas produzidas e
divulgadas na sua região.

6.3 Eventos Científicos e Congressos na área de Serviço Social no Brasil

Além de diversos seminários e congressos que são organizados de acordo com a área
específica de trabalho, como por exemplo: direitos humanos, habitação, pessoas em
situação de rua, famílias etc., existem eventos específicos direcionados para nossa
categoria profissional. Dentre eles, destacamos:

Congresso Brasileiro de Serviço Social (CBAS): Já na 16ª versão, acontece de três em


três anos.

Visite o site do último CBAS: http://www.cbas.com.br/.

Veja também a agenda de encontros da ENESSO (Executiva Nacional de Estudantes de


Serviço Social): https://enessooficial.wordpress.com/agenda-de-encontros/.

Todos os conselhos regionais também possuem reuniões e comissões que


periodicamente organizam eventos com temas relevantes para a categoria
profissional, visite o site do CRESS de sua região e fique atento a agenda de eventos.

6.4 As orientações para registro e exercício profissional

Para a primeira inscrição, o recém graduado deverá levar os seguintes documentos no


Conselho Regional de Serviço Social de sua região:

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• Original e cópia do Diploma de Bacharel em Serviço Social ou Certidão de
Colação de Grau expedido por estabelecimento de ensino superior do país,
devidamente registrado nos órgãos oficiais competentes;
• Original e cópia das declarações de exercício de estágio, assinadas pelos
supervisores de campo e supervisor acadêmico ou coordenador do curso ou
coordenador do estágio. A exigência da declaração aplica-se aos formandos a
partir de dezembro de 2011;
• Original e Fotocópia do R.G;
• Original e Fotocópia do Título de Eleitor;
• Original e Fotocópia do Cadastro de Pessoa Física – CPF;
• Duas fotografias 3×4 recentes, com fundo branco, nítida e com roupa escura;
Original e Fotocópia da Certidão de casamento
• (apenas no caso do nome não estar alterado no R.G.);
• Original e Fotocópia do comprovante de quitação com o serviço militar
obrigatório (para requerente brasileiro do sexo masculino);Fotocópia do
comprovante do tipo sanguíneo (opcional);
• Fotocópia do comprovante de endereço.

Em caso de envio pelo correio, mandar a cópia autenticada de todos os documentos,


frente e verso.

A inscrição possui três etapas:

1ª Etapa:

Preenchimento do Requerimento e Declaração (pegar o modelo no site, por exemplo:


http://cress-sp.org.br/inscricao/primeira-inscricao/) nos casos cuja inscrição seja em
São Paulo / 9ª região.

Você poderá obter o requerimento e a declaração também em na sede e/ou


seccionais.

Importante: não se esqueça da assinatura no requerimento.

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Documentos a serem preenchidos: Requerimento de Inscrição, a Declaração de
Inscrição, a Declaração de Estágio e o Requerimento do Documento de Identidade
Profissional (DIP).

São requisitos do requerimento DIP:

• Formulário impresso em papel branco;


• Assinatura com caneta preta com ponta média;
• Assinatura sem falhas ou muito fraca;
• Assinatura dentro da área branca;
• Foto com fundo branco;
• Foto nítida (com menos brilho, sem muito flash);
• Foto com roupa escura;
• Todas as imagens sem rasuras, sem sujeira, sem carimbo ou marcas.

2ª Etapa:

Entregar o Requerimento e declaração com os documentos necessários na sede do


CRESS ou via Correio (Carta Registrada ou Sedex).

3ª Etapa:

O Setor de Inscrição entregará no atendimento individual ou via e-mail, os seguintes


boletos para pagamento imediato: A taxa de Inscrição (a partir de 02/01/2019 o valor
é de R$ 91,73) e da anuidade proporcional, dependendo do mês que a inscrição for
feita.

Em substituição ao Diploma, será admitida Certidão de Colação de Grau que atenda


aos seguintes requisitos: documento original, devidamente assinado pelo
Reitor/Diretor ou seu responsável legal e emitida por Unidade de Ensino com o curso
de Serviço Social oficialmente reconhecido, no qual conste obrigatoriamente: timbre
da unidade de ensino; data de reconhecimento do curso de Serviço Social; data de
colação de grau e nome do Bacharel em Serviço Social (Resolução 588 de 16/09/2010 –
inciso II).

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No caso de Assistente Social diplomado em país estrangeiro, o diploma deverá estar
revalidado e registrado em órgão competente no Brasil.

Importante: É necessário assinar o diploma. Para envio pelo correio é exigida cópia
autenticada, frente e verso.

Se a fotocópia do comprovante de endereço não estiver em nome do requerente,


deverá ser providenciada uma declaração do titular do comprovante acompanhada de
fotocópia do documento de identidade do titular.

6.5 Sítios eletrônicos do conjunto CFESS/CRESS

A seguir, sugerimos alguns sites importantes tanto para pesquisas acadêmicas no


decorrer da formação profissional como também ao término da graduação.

• Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social:


http://www.abepss.org.br/
• Conselho Federal de Serviço Social: http://www.cfess.org.br/
• Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo: http://cress-sp.org.br/
• Conselho Regional do Rio de Janeiro: http://www.cressrj.org.br/conjunto.php
• Conselho Regional de Santa Catarina: http://cress-sc.org.br/
• Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social:
https://enessooficial.wordpress.com/enesso/

Visite-os sempre que precisar.

Conclusão

Este bloco teve como objetivo apresentar subsídios para o trabalho do assistente
social, em especial no que concernem as normatizações da profissão, buscando auxiliar
o profissional de acordo com sua necessidade cotidiana. Também buscamos orientar o
processo de registro do assistente social, que deve realizar seu registro após a
conclusão da graduação, e finalmente, indicamos eventos importantes e também sites
para que os profissionais permaneçam em constante formação e capacitação para
melhor desempenharem suas funções como assistentes sociais.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. LEI No 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente


Social e dá outras providências. Brasília: out/2018.

CFESS (Org.). Atribuições privativas do/a assistente social em questão. Brasília: CFESS,
2012b. Disponível em: https://bit.ly/2PrG5tI Acesso em dez. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS – BRASIL). Código de ética do/a


assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. - 10ª. ed. rev. e atual.
- Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2012.

CFESS (Org.). Conselho Federal de Serviço Social. Legislação e Resoluções sobre o


trabalho do/a assistente social. Conselho Federal de Serviço Social - Gestão Atitude
Crítica para Avançar na Luta. – Brasília: CFESS, 2011.

CRESS-SP (Org.). Primeira Inscrição. In: Conselho Regional de Serviço Social de São
Paulo 9ª região. Disponível em: https://bit.ly/2E1WGPi. Acesso em dez. 2019.

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