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AMUR RACHIDE

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A deontologia quando enformado num "Código Deontológico, corresponderá a um


conjunto de normas, características principais da ética que regulam o comportamento
ético de um colectivo profissional, por outras palavras, trata-se de um conjunto de
princípios de ética e Moral que presidem e inspiram o exercício de uma actividade
profissional e o comportamento dos profissionais que o formam.

Trace de distinção

A pessoa humana nasce com direitos e com deveres, é constituída de inteligência,


consciência moral (que aspira distinguir o bem e o mal) e livre (faz escolhas e toma
decisões). Por isso, ela é responsável pelo que faz ou deixa de fazer. De facto, pode
e deve ser responsabilizada em todas as suas acções, já que a responsabilidade é sinal
de reconhecimento da dignidade da pessoa humana, A responsabilidade decorre da
liberdade no acto da decisão e no quadro geral do agir humano.

Importa distinguir os conceitos de normas morais e éticas, e normas legais estão


contempladas nas regras deontológicas.

De acordo com Monteiro e Freira (2014), a noção de "pessoa’’, estão fundidas as


mais dignificantes características do ser humano, que fazem dele valor supremo, a
fonte e o critério de qualquer apreciação valorativa, traz a obrigatoriedade de se
concretizar algumas características distintivas, a ser exploradas neste conceito de
partida:

 Singularidade: cada ser humano é único, irrepetível e insubstituível;


 Unidade: cada ser humano é um microcosmo, um centro de decisão, uma
totalidade concreta, uma unidade psicorgânica, psicológica e moral;
 Autonomia: cada ser humano é agente na orientação da sua vida, não se deve
guiar exteriormente pelo medo ou outros interesses; deve guiar-se pela sua
consciência e responsabilidade;
 Interioridade: em cada ser humano há um espaço de reserva e de intimidade,
inacessível, inviolável, que pessoa alguma, instituição ou poder podem
violentar, seja qual for o pretexto;
 Abertura: singularidade, unidade e autonomia podem esgotar a noção de
indivíduo, mas não esgotam a noção de pessoa, a relação com os outros, o ser-
no-mundo-com-os-outros é, tanto como as anteriores características, uma das
notas constitutivas da pessoa.

 Projecto: a pessoa realiza-se, na sua liberdade, pelas suas aspirações e pelo


modo como as concretiza, aperfeiçoando o seu mundo e o dos outros.

O poder de distinção

De acordo Figueiredo, (2008) dissemos já que ética começa por se distinguir de Moral a
partir da raiz etimológica de cada um dos vocábulos, realmente, a tradução latina "mos",
"mores' da palavra grega "ethos" resultou numa diferença significativa de sentido. Essa
diferença determina também a distância que é preciso garantir entre Ética e moral, que
realmente não se equivalem totalmente, a partir das diferenças na palavra, comecemos,
pois, por delimitar os domínios da Ética e os da Moral.

Distinção entre ética e moral


A Ética e a Moral não devem ser confundidas, enquanto a Moral é normativa, a ética não
é necessariamente e busca explicar, justificar e criticar os costumes de uma determinada
sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução dos seus dilemas mais comuns, o
acto moral supõe um sujeito real dotado de consciência moral, isto é, da capacidade de
interiorizar as normas ou regras de acção estabelecidas pela comunidade e de actuar de
acordo com elas. os ditados populares (Figueiredo, 2008).
Por exemplo, são formas de perpetuar e até controlar normas morais vigentes, são fontes
menos formalizadas de Moral. Veja-se o exemplo seguinte:
Quem tudo quer tudo perde, mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
(Valorização da humildade, do comedimento, da simplicidade. Forma de controlar a
ambição pessoal como possível foco de desarmonia);

 "Ri melhor quem ri por último. “Quem espera sempre alcança."(Promoção da


paciência e desencorajamento da valorização do imediato).
Há quem diferencie a ética e a moral da seguinte maneira: Ética e princípio, moral são
aspectos de condutas especificas, ética e permanente moral e temporário, ética e universal,
moral e cultural, ética e regra, moral e conduta de regra, ética e teoria moral a e pratica
(Madeira, 2003).
A função teórica da ética evita exactamente que esta seja reduzida a uma disciplina
normativa ou pragmática, o seu valor como teoria está naquilo que explica, e não no facto
de recomendar ou prescrever com vista à acção em situações concretas. (Exemplo: ela
não diz em que situações devemos fazer o bem, mas o que é o bem e porque é um valor
fundamental para a pessoa. da mesma forma em relação à justiça, respeito, liberdade,
equidade, distribuição, prudência, etc.)
Distinção entre facto e valor
Os valores não têm uma subsistência propriamente palpável, logo, há que os distinguir
das coisas que pura e simplesmente se nos impõem do imediato interior da realidade, a
vista desarmada, o que se nos afigura são os factos, as coisas, das quais retiramos um
juízo de valor (Gonçalves, 2016).
A par com a crueza das coisas, os valores fazem-se sentir, normalmente, por aversão ou
louvor por determinado gesto ou atitude, os valores resultam de interpretação e exigem
interpretação o valor distingue-se do facto, já que o valor tem uma natureza ideal.
Prudente, legal ou ético
A figura do prudente aparece de saída como a via que pode conduzir à compreensão da
prudência na sua dinâmica de realização, parece próprio ao prudente ser capaz de bem
deliberar acerca das coisas boas e proveitosas, não segundo a parte, mas relativas ao bem
viver no seu todo”. Essa partícula eu, “bem” qualifica o viver de modo a circunscrever
nele a distinção mais fundamental, a diferença específica que faz do homem um vivente
político e ético (Francalanci, 2015)
O mesmo autor afirma que A partir do encontro com a figura do prudente, é possível a
Aristóteles dar uma definição da prudência, como “uma disposição racional que diz
respeito à verdade (marca das virtudes dianoéticas) acerca da ação naquilo que é bom
para os homens”
A prudência deve ser entendida como uma virtude de pensamento que abrange,
contudo, o âmbito da práxis, consistindo no seu estado mais perfeito de realização.
Sendo assim, é preciso que ela seja a um só tempo apreensão de um geral, o significado
das conjunturas nos quais cada ação se insere, e de um particular, a melhor conduta a
realizar a cada vez, já que não há ação propriamente dita sem ter havido apreensão do
particular (Madeira, 2003).
Pensam que nas éticas de justiça só se responde à comum humanidade das
pessoas, mais que à sua individualidade peculiar. Esta distinção pode ser importante para
uma ética do voluntariado. Não é o mesmo interessar-se pelos outros como outros em
conjunto e interessar-se pelos outros em concreto
Se toda a gente faz.… então é aceitável que eu o faça. Dilema resolvido.
Se é legal, é ético. O comportamento ético recai sobre a lei. Em consequência, eu não
tenho obrigação de devolver um objecto perdido, até que alguêm prove que é dele(a).
Dilema resolvido.
Porém, o conceito de justiça vai muito além da dimensão legalista, de facto, uma lei pode
ser justa ou não, a própria lei pode ser, ela mesma, julgada com base em critérios éticos,
portanto, a ética pode julgar as leis como justas ou injustas dimensão legal da justiça deve
ser contemplada pelos cidadãos, muitos por não conhecerem certas leis, não percebem
que são alvo de injustiças, não conhecem seus direitos; se os conhecessem, teriam
melhores condições de lutar para que fossem respeitados.
Cortina (2003) cit por Tolov e Figueiredo, (2020), distingue na ética o justo e o bom: ou
seja, a distinção entre a ética dos mínimos (valores comummente aceites, no plano de uma
sociedade justa) e a ética dos máximos que nos leva ao desenvolvimento de projectos
pessoais de uma vida feliz
queremos destacar a importância e o papel da ética na religião. Enquanto a moral exclui, em nome
de Deus, do sagrado e da norma, a ética busca incluir, em nome de princípios humanos. Neste
sentido, há espaço para o diálogo no campo da diversidade. Porém, o mais importante: como a
ética exige reflexão ela possibilita aos oprimidos e dominados perceberem o sistema de opressão
e dominação que os envolvem.
Reale, (2002, p. 43) cit por Tolov e Figueiredo, (2020) discorda desta teoria, afirmando
que existem atos juridicamente lícitos que não são morais, assim como existem
dispositivos legais que não são imorais, todavia também não são morais, seriam, dessa
forma, amorais, como os prazos processuais que possuem “razões puramente técnicas”
O direito não é declarado, não é descoberto na natureza, nem nos conflitos sociais, mas é
produzido e posto pela vontade soberana, tendo como fundamento o próprio direito.
Exigência de norma moral
A moral é o conjunto de normas, regras e princípios historicamente variáveis que regulam
o comportamento de um indivíduo para com outro e de ambos para com a sociedade
Negativas ou Positivas
Quando vemos uma criança a torturar um gato, temos a intuição sensível da criança e do
gato, mas além disso intuímos também a crueldade, que não é uma realidade, mas um
valor negativo, os valores, pois, são qualidades que as coisas têm, mas que não estão nas
coisas de modo real e sensível, como estão a figura, o peso, a cor, etc.
Tal como afirma o Tolov e Figueiredo (2020) as pessoas têm necessidade de organizar o
seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser
cumpridas (p.17).
Tais normas são aceites como obrigatórias, e assim as pessoas compreendem que têm o
dever de agir desta ou daquela maneira, por isso, o comportamento é o resultado de
normas já estabelecidas, por conseguinte, comportamento é submetido a um julgamento
que pode ser negativo ou positivo.
Os impactos positivos e negativos das Tecnologias de Informação e Comunicação para a
sociedade, questões como invasão de privacidade, acesso não-autorizado a sistemas,
roubo de dados, pirataria de software, disseminação de vírus de computador, envio de
mensagens não-solicitadas, pedofilia, entre outros crimes estão sujeitos a penalidades
previstas em leis (Tolov & Figueiredo, 2020).
Essas penalidades se aplicam a todos os cidadãos, sendo que o profissional da área de
Computação e Informática deve ter ainda mais responsabilidade no seu comportamento
moral e ético, ser ainda mais responsável pelos seus actos elas diferenciam-se das normas
do Direito, já que estas também regulam as relações entre os homens, mas têm o poder
coercitivo emanado pelo Estado que as normas morais não têm. As normas morais são,
além disso, menos específicas que as jurídicas.
Acções ou Consequências
Quando falamos de consciência moral, necessariamente pensamos no agir, a consciência
é tudo que existe no contexto de cada sujeito, que nos leva a vivenciar o amor, a liberdade
e os afectos que não se podem aprisionar, assim, a consciência moral tem de se opor à
alienação, à ingenuidade, ao aprisionamento dos que têm poderes. Através da nossa
consciência é que podemos fazer ou não alguma coisa, sendo assim responsáveis e livres,
pois somos capazes de pensar.
Probabilidade de ser descoberto e suas consequências, por engano facturei um cliente a
mais, não o aviso e espero que o cliente reclame, se este não reclamar então o dilema está
resolvido (Madeira, 2003, p.26)
À capacidade do ser humano de julgar as suas acções, decidindo se são correctas ou não,
escolhendo o seu caminho na vida, denomina-se "consciência moral, a consciência de si
mesmo, ou autoconsciência, confere ao ser humano a capacidade de julgar acções e de
escolher, dentre as circunstâncias possíveis, o seu próprio caminho na vida. Dentro da
teoria moral, a consciência é uma função que permite ao ser humano distinguir entre o
que é desejável ou indesejável.
Raciocinar Versos Racionalizar
O importante nesta ética da justiça é a racionalidade à qual Ricoeur chama lógica da
equivalência. Esta lógica converte-se num princípio vector da sociedade de maneira que
os bens e as funções de todos os que participam na cidade ordenam-se segundo as regras
da equivalência e os princípios como o famoso: dar a cada um o que lhe pertence.
De acordo com Schettini et al. (2018) se é verdade que não há legitimação das regras
morais sem um investimento afectivo, é também verdade que tal legitimação não existe
sem a racionalidade, sem o juízo e a reflexão sobre valores e regras e isso por três razões,
pelo menos.
A primeira: a moral pressupõe a responsabilidade, e esta pressupõe a liberdade e o juízo.
Somente há responsabilidade por actos se houver a liberdade de realizá-los ou não. cabem,
portanto, o pensamento, a reflexão, o julgamento para, então, a ação.
Em resumo, agir segundo critérios e regras morais implica fazer uma escolha e como
escolher implica, por sua vez, adoptar critérios, a racionalidade é condição necessária à
vida moral.
A segunda: a racionalidade e o juízo também comparecem no processo de legitimação
das regras, pois dificilmente tais valores ou regras serão legítimos se parecerem
contraditórios entre si ou ilógicos, se não sensibilizarem a inteligência. É por essa razão
que a moral pode ser discutida, debatida, que argumentos podem ser empregados para
justificar ou descartar certos valores e, muitas vezes, é por falta dessa apreensão racional
dos valores que alguns agem de forma impensada.
Tomando-se o exemplo da mentira, verifica-se que poucas pessoas pensaram de fato sobre
o que é a mentira. A maioria limita-se a dizer que ela corresponde a não dizer,
intencionalmente, a verdade. Na realidade, mentir, no sentido ético, significa não dar uma
informação a alguém que tenha o direito de obtê-la. Com essa definição, pode-se concluir
que mentir por omissão não significa trair a verdade, mas não a revelar a quem tem direito
de sabê-la (Schettini et al., 2018).
Portanto, pensar, apropriar-se dos valores morais com o máximo de racionalidade é
condição necessária, tanto à legitimação das regras e ao emprego justo e ponderado delas,
como à construção de novas regras.
Finalmente, há uma terceira razão para se valorizar a presença da racionalidade na esfera
moral: ter a capacidade de dialogar, essencial à convivência democrática, de facto, viver
em democracia significa explicitar e, se possível, resolver conflitos por meio da palavra,
da comunicação, do diálogo, significa trocar argumentos, negociar, essas capacidades são
essencialmente racionais, dependem do pleno exercício da inteligência.
A possibilidade que o indivíduo tem de poder escolher o seu caminho define-se como
liberdade. Evidentemente, a liberdade é algo que não se exerce no vazio, mas dentro das
limitações impostas pelas circunstâncias. A liberdade e a consciência estão intimamente
relacionadas, isso porque só tem sentido julgar moralmente a acção de uma pessoa se esta
acção foi praticada em liberdade. Quando não se tem escolha (liberdade), é impossível
decidir entre o bem e o mal (consciência moral).
A partir do momento em que estamos livres de escolher entre esta ou aquela acção,
tornamo-nos responsáveis pelo que praticamos. Esta responsabilidade pode ser julgada
pela consciência moral do próprio indivíduo ou do grupo social (consciência social).

Em suma somos de opinião que a ética devera ser assumida como acto de exelencia e
moral são aspectos de condutas especificas, ética e permanente moral e temporário, ética
e universal, moral e cultural, ética e regra, moral e conduta de regra, ética e teoria moral
a e pratica moral são aspectos de condutas especificas, ética e permanente moral e
temporário, ética e universal, moral e cultural, ética e regra, moral e conduta de regra,
ética e teoria moral a e pratica.

Referências Bibliográficas
Figueiredo, A. M. (2008). Ética: origens e distinção da moral. Saúde, Ética & Justiça.
Brasília. 3(1)1-9.

Schettini, E., Cunha, M., & Araújo, C. E. L. (2018). Process tracing nas Ciências Sociais:
fundamentos e aplicabilidade {catalogado na fonte pela Biblioteca Graciliano Ramos
da Enap}. Brasília.

Tolov, C. A & Figueiredo, B. A. F (maio, 2020). A Moral e a Ética nas Relações de Poder.
Rev. Mult. Psic. Edição eletrônica 14(50) 488-508. DOI:
10.14295/idonline.v14i50.2457

Francalanci, C. (Jul-Dez de 2015). A ética, ou a acção de julgar entre o bem e o mal:


reflexões arendtianas em torno a Billy Budd. Cadernos de estética aplicada. Rio de
Janeiro, Brasil. 19(17). 88-102. DOI: 10.22409/1981-4062/v17i/207

Monteiro, H & Freira, P. D. (2014). Ética e Deontologia. Plural Editora Lda.

Madeira, P. J. (2003). Ética e deontologia - Uma visão aplicada a profissionais de gestão


e contabilidade. Jornal do técnico de contas e da empresa.

Gonçalves, J. R. (2016). Ética geral e profissional: ensaios e reflexões. Editora


processus. Brasília.

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