Você está na página 1de 4

1. Caraterísticas da moral ético.

Segundo o dicionário de filosofia de Nicola Abbagnano, o termo moral apresenta dois


sentidos: o primeiro deriva do “lat. Moralia; in Morals”, No segundo sentido, deriva
“lat. Moralis; in Moral”.

Chauí (1998) A moral é:

Um conjunto de normas para o agir específico ou concreto. Assim, constitui-se de


valores e preceitos ligados aos grupos sociais e às diferentes culturas, determinando o
que é ou não aceito por este grupo como bom ou correto, (p.25).
Segundo Martinez, o termo “moral” é utilizado atualmente de maneira distinta: é
empregado como substantivo e outras vezes como adjetivo.

1. Quando o termo “moral” for grafado com minúscula e estiver precedido do


artigo definido feminino, “a moral”, refere-se ao conjunto de princípios,
preceitos, comandos, proibições, normas de conduta, valores e ideais de vida
boa que, em seu conjunto, é constituído por um grupo humano concreto em uma
determinada época histórica.
2. Usa-se o termo “moral” com maiúscula (Moral) para referir-se a uma
“ciência que trata do bem em geral, das ações humanas marcadas pela bondade
ou pela malícia”. A rigor, esta ciência não existe. O que existe é uma variedade
de doutrinas como, por exemplo, a Moral católica, protestante, islâmica,
budista, marxista etc.
Cortella (2007) Ética é:

A parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam,


distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo
espelhando a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações
presentes em qualquer realidade social, ( p. 103)

Nicolas (s.d), AB L( 2008) e Chauí ( 1998), os vocábulos moral e ético se referem a


duas idéias diferentes, mas relacionadas entre si: A moral pretende enunciar as regras,
normas e leis que regem, causam e determinam os costumes, inclusive muitas vezes,
anunciando-lhes as consequências. Enquanto que, Ética estuda os valores e normas que
permeiam a conduta humana dentro da vida prática.

As características da moral ético são aspectos principais que moldam a agir humano
apesar de alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem. O nosso agir, o
nosso comportamento, o costumes considerados Bom ou Mau fazem parte extrínseco do
homem e, outros elementos da manifestação podem ser intrínseco é o caso da
consciência, inteligência, etc.
1.1. Características da moral éticos mais usados.
 Ética irredutivelmente deferente dos outros aspectos confundíveis com as
Leis: é utilizada sobretudo pelas correntes utilitarista. A ética não se deve
realizar ao mandato de alguém.

Segundo Cotrim (2002), as normas morais e as normas jurídicas são estabelecidas pelos
membros da sociedade e ambas se destinam a regulamentar as relações humanas.

As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a


categoria como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos
aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do
profissional em ser eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz
a coisa certa.

 Ética relativo a Liberdade: Bem é em relação aos actos livres humanos, aqui
podemos notar a liberdade, os valores morais a apresentarem-se no agir para a
liberdade do individuo.
 O acto moral é Pessoal: O ético é um aspecto humano. A moralidade encontra-
se no individuo não no seu acto a exercer certo algo.

Segundo Cotrim (2002) a Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que


orientam o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a uma dada
comunidade ou grupo social.

Como as comunidades ou grupos sociais são distintos entre si, tanto no espaço (região
geográfica) quanto no tempo (época), os valores também podem ser distintos dando
origem a códigos morais diferentes. Assim, a moral é mutável e está diretamente
relacionada com práticas culturais. Exemplo: o homem ter mais de uma esposa é moral
em algumas sociedades, mas em outras não.

 Acto é humano: a linguagem comum leva-nos a usar os adjectivos “Bom e


Mau. O acto humano é co-extensivo quando abrange todos os seres humanos e
indivíduos, ou quando o valor moral humano estende-se a todos ( Família, grupo
social).

Exemplo:
1.Consciente de si e dos outros: é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos
outros como sujeitos éticos iguais a ele.

2. Ser dotado de vontade: é, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos,


tendências, sentimentos e de capacidade para deliberar e decidir entre as diversas
alternativas possíveis.
3. Ser responsável: é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e
consequências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la bem como às suas
consequências, respondendo por elas.
4. Ser livre: a liberdade não é tanto para escolher entre alternativas possíveis, mas o
poder para autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta.

Chauí (2003) refere que:

Se todos os seres humanos reunissem essas condições de forma plena,


certamente teríamos um mundo melhor. Mas, como isso não ocorre de maneira
espontânea, em muitas situações é necessário formalizar certas normas de
conduta social. É aí que entra o papel do Direito em dar garantias à moral,
( p.125).

 A ética relativo as normas: a atribuição de valor moral aos actos humanos é


feita mediante a sua confrontação com as normas. Os sistemas normativos dizem
como devem atuar os agentes morais, dando-lhes normas práticas de ação. Por
sua parte, faz-se oportuno esclarecer que “a ética é uma disciplina normativa,
não por criar normas, mas por descobrilas e elucidá-las.
 Ética Incondicional: a inconsciência moral é categórico ( o Bom tem uma
categoria) não é hipotético nem distintivo. A obrigação não diz faz aquilo nem
isso. Isso aparece claramente nas coisas onde o valor moral aparece como
obrigatório, como dever.
 Ética Transcendente: este carácter incondicional que encontramos no ético
aparece revestido de valores morais que fazem com que sejam transcendentes.
Significa que nada é superior ao valor moral - Deus.

1.1.2. As 4 fases de livre vontade do agir humano.

Com os conceitos kantianos, o ser humano tem que ser sujeito de sua acção no mundo,
como também tem que assumir sua responsabilidade. Dentro de cada pessoa há uma
possibilidade de perceber e agir no mundo, como também uma problemática que são:
a) Fase de concepção: o homem tem que conceber a seu bem e a livre vontade de
agir perante algo que o convêm, caso contrário não.

“Parece que a natureza não se preocupa com que ele viva bem, mas, ao contrário, com
que ele trabalhe de modo a tornar-se digno, por sua conduta, da vida e do bem-estar.”
(Kant 2014, p.7).

b) Fase de deliberação: Pensar e contrabalançar, implica que qualquer acção


humana é um facto ético consciente.

O ser humano é o único ser que possui a faculdade da racionalidade e que tem a
capacidade de refletir sobre si mesmo, seus problemas, sua vida, sua existência. Essa
faculdade permite ao homem se relacionar com o outro e se agrupar, formando uma
micro-instituição como família, e, macroinstituição como um país.

c) Fase de decidir: Para efectuar algo, deve ser comandado pelo intelecto depois
de avaliado, a decisão é a fase de concretização da acção ou não para a
execução. Com efeito, Kant demonstra a finalidade do dever, asseverando que
este vem do acto mais íntimo de uma pessoa, que irá escolher como agir, seja
por um dever ou por outra finalidade.
d) Fase de execução: acto de fazer a acção.

Kant (2003) afirma “ a execução sendo algo natural do ser humano, constitui uma ação
boa que possa independer de qualquer outra inclinação ulterior, podendo-se ainda
afirmar que seu valor é algo em si mesmo”, (p.22).

A cada fase evolutiva podemos compreender uma forma diferente do que seja o certo ou
errado, assim o homem não é um ente fixo, mas, está sempre em um processo contínuo,
de buscar algo que organiza sua vida. A partir do pensamento de Kant, percebemos que
este processo está dentro da pessoa, em uma dimensão interna, no entanto, não de modo
dependente, já que não somos como os animais que seguem seus instintos, ele não
deveria ser guiado pelo instinto, ou ser provido e ensinado pelo conhecimento inato; ele
deveria, antes, tirar tudo de si mesmo.

Você também pode gostar