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A Formação do juízo de consciência segundo os racionalistas.

Os Racionalistas, apresentam a sua visão admitindo que a natureza do juízo da


consciência é a razão ou intelecto e que as leis morais e éticas são criação da razão
humana. Existe uma obrigatoriedade sobre o juízo da consciência humana para fazer
uma distinção entre razão teórica e prática. Neste caso, a razão teórica entende-se como
capacidade natural de distinguir a verdade e o erro, enquanto a razão prática, é o
movimento originário e espontâneo da razão bem essencial ou principal.

Vigotski (1924), conceitua a consciência, como um mecanismo que filtra o mundo,


tornando possível a atuação do sujeito. Ela filtra a realidade e a modifica. Dessa forma,
a consciência refletiria a realidade, sobre a realidade e sobre si mesma.

A razão formula regras de acção e nos leva a seu comportamento impondo a verdade
por meio do imperativo categórico das obrigações dum principio social. Quer dizer, boa
vontade de agir do homem consiste em conformar-se com as leis e devem ser cumpridas
sem sentimento.

É possível verificar que ao longo do tempo a filosofia abordou a consciência em duas


vertentes: consciência intencional ou não intencional. De acordo com Edmund Husserl
(fundador da fenomenologia), a consciência é uma actividade direcionada para alguma
coisa da qual há consciência. A não intencional consiste a um mero reflexo da realidade
que é apresentada.

Segundo Descartes, pensar e pensar que pensamos são coisas iguais (Penso, logo
existo).

Descartes fundamenta a sua ciência na racionalidade para sustentar as suas deduções e


conclusões. Qualquer pessoa é capaz de obter conhecimento se prestar atenção, se não
falhar, e que para tanto é necessário muito treinamento. Para o pensamento cartesiano,
mente e corpo são bem diferentes: o corpo é sempre divisível enquanto a mente é
indivisível.

Kant fez a distinção entre a consciência empírica, que faz parte do universo dos
fenômenos e a consciência transcendental, que capacita a associação de todo o
conhecimento com a consciência empírica.

Hegel aborda a consciência como um crescimento dialético, que atinge um nível


transcendente, alcançando a sua superação. Faz também a distinção entre consciência
empírica, racional e teórica. Os racionalistas entendem que a razão e a lógica são a
única fonte que gera o conhecimento humano.

Os filósofos racionalistas também defendem que a intuição é parte da construção do


conhecimento e também acreditam que os seres humanos possuem conhecimentos
inatos. As acções do homem se impõem por si só independentemente da vantagem que
esta pode originar. O juízo da consciência do homem é a principal e autónoma devido
ao seu intelecto. Não provém duma conduta ou norma superior, nasce do homem e o
fim, é a razão.

Conclui-se que é preciso agir sob imperativos porque, a razão humana é para definir o
Bem e Verdade, quer dizer, nesta concepção dá-se mais relevo a própria consciência em
relação aos sentimentos.

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