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TEMAS: FORMAÇÃO DO JUÍZO DE CONSCIÊNCIA SEGUNDO OS RACIONALISTAS.

O racionalismo é uma corrente filosófica que concebe a razão como a principal fonte do
conhecimento. Apesar de considerar que existe uma interação entre o sujeito cognoscente e o
mundo sensível, a experiência sensorial/corporal é secundária e, por vezes, prejudicial ao
conhecimento. Assim, no racionalismo, o corpo ocupa um lugar secundário ou é desconsiderado
na compreensão dos fenômenos e na apreensão dos significados nas línguas.

Conforme afirma Johnson (1987), o racionalismo trata o significado e a racionalidade como


puramente conceptuais, proposicionais, algoritmos.
Os conceitos são entendidos como representações mentais gerais, como entidades lógicas. O
conceito de “cadeira”, por exemplo, aplica-se a todas as cadeiras, já que há especificação das
propriedades que as cadeiras têm em comum. Além disso, para o racionalismo, dar o significado
de um enunciado particular é dar as condições sobre as quais ele será verdadeiro, ou as condições
sobre as quais ele estaria “satisfeito” para representar algum estado-de-coisas no mundo.
A corrente racionalista, que via a mente como dotada de um conhecimento não aprendido
culturalmente, mas dado a priori, antes do nascimento, influenciou um importante paradigma
linguístico, iniciado no final da década de 1950: o Gerativismo, para o qual todos os seres humanos
possuem um dispositivo inato para aprender uma língua, conhecido como Gramática Universal,
dado pela Faculdade de Linguagem (CHOMSKY, 1986; MIOTO et al., 2007).
Racionalista, Platão considerava a existência de dois mundos: i) o mundo sensível, percebido pelos
sentidos e ii) o mundo inteligível, onde está o raciocínio e a intuição. Para ele, quando o homem
observa a realidade, ideias inatas, anteriores ao contato cultural, vêm à tona. As coisas do mundo
sensível são apenas cópias imperfeitas do mundo das ideias. Diz o filósofo que a alma participou
do mundo das ideias antes de integrar-se a um corpo. Depois de integrada e encarnada ao mundo
terreno, traz consigo ideias inatas daquele mundo, que se configuram como princípios gerais para
a apreensão do conhecimento. Assim, para Platão, nada no mundo físico oferece ao homem o
conhecimento real, uma vez que os objetos perceptíveis estão sempre mudando, enquanto suas
essências são fixadas.

Durante a formação do juízo de consciência, o individuo pode constatar que se encontra duvidoso
perante o acto, então não deve agir, ou pode usar, certos mecanismos para agir:
• Método directo, procurar estudara realidade ou perguntar, esclarecer todas as dúvidas que
venham em volta deste acto, com todos os meios que estejam ao nosso alcance ou
• Método indirecto, que consiste em acto prático, fazer aquilo que lhe aparenta ser mais
certo e não obrigar a obrigação duvidosa.

Portanto, no facto ético que consiste na capacidade de julgar se o acto é Bom ou Mau, tem que
partir do juízo da consciência de como queremos agir. Apesar de percebermos que o acto humano
é individual e as emoções são exteriores, a pessoa tem a capacidade racional de formar opinião
perante algo. Tal capacidade, deve englobar as seguintes percepções ou qualidades:
- Não realizar o Bem como algo particular;
- O Bem deve ser relativo a liberdade;
- O Bem deve ser pessoal com reflexos sociais;
- O Bem deve ser humano e voluntário;
- O Bem deve ser relativo as normas e;
- O Bem deve ser incondicionado.

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