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Matrizes do Pensamento

em Psicologia -
Behaviorismo
NATALÍ ROMANCIUC MURARI
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COMPETÊNCIAS:

O • CONHECER OS PRESSUPOSTOS DO
BEHAVIORISMO
BEHAVIORISMO • BEHAVIORISMO RADICAL

FRENTE AS •


QUESTÕES CLÁSSICAS
APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO
QUESTÕES COMPORTAMENTO

SOCIAIS
RESULTADOS:
• CAPACIDADE DE APLICAR A ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO EM DIFERENTES
CONTEXTOS DE ATUAÇÃO
AULA: Nº 11
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COGNITIVO COMPORTAMENTAL
TERAPIAS CONTEXTUAIS DE - HISTÓRIA
TERCEIRA ONDA - CONCEITOS
- ESTRUTURA
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• HISTÓRIA
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CONTEXTO HISTÓRICO
 Sartre (1905-1980) – a sua obra ‘’o Ser-para outro,
consistia verificar a constatação de se a única realidade é
o ‘’Somente-Para si’’.
Mas também para verificar se Avaliando a consciência de
existe alguma estrutura todos os objetos, aceitando
própria a consciência que um ‘’ego’’ empírico inserido
estabelecesse esse no mundo.
pressuposto.

Ideia de ‘’Olhar’’ – Desenvolvendo a ideia de consciência


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‘’Olhar’’
 Olhar o outro não gera alienação,
mas desenvolve habilidade prévias
que o faz consciente.

 EXEMPLO?
 Quando me torno consciente das
questões culturais em que vivo e que
 A consciência gera ações e fui educada, consigo perceber
moldam situações de forma nuances desse histórico, no meu
próprio eu e nos outros.
que tragam consciência
para o sujeito
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Reflexão

FILME: A BRUXA, MATRIX


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RELAÇÃO COM A GESTALT
 Gestalt, em seu formato original, estuda como os seres
percebem as coisas e com o campo perceptivo, organiza
elas através ‘’das boas formas’’ ou ‘’gestalts fortes e
plenas’’;

 Consideram que os fenômenos psicológicos, físicos,


biológicos e simbólicos constituem um conjunto
autônomo indivisível, organizando a lei interna.
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ORGANIZAÇÃO PERCEPTUAL
 Quando há um estímulo físico tentamos compreende-los
através de uma organização perceptual;
 Porém, essa organização poderá ocorrer diversas vezes,
mas sua percepção acontecerá uma de cada vez;

 Caso aja a reorganização da percepção consciente você


precisará alterar o foco, fazendo uma de cada vez.
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ORGANIZAÇÃO PERCEPTUAL

 Essa percepção acontece através de uma totalidade, não


isoladamente;

 Dizendo que: ‘’o todo é maior que a soma de suas


partes’’;
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 A primeiro filósofo a falar disso foi o filósofo austríaco


Christian Von Ehrenfels;

 Seus estudos demonstravam para a existência de


‘’objetos perceptivos’’;
 Como as formas espaciais e as estruturas rítmicas – que
são formas ou relações estruturais.
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Behaviorismo
 É o estudo do comportamento que observa as reações
visíveis;
 John B. Watson, Kanton e Dougall que iniciaram os
estudos;
 Classificando como uma Psicologia Objetiva; os únicos
comportamentos inatos eram o medo, a raiva e o amor;
todo o restante era produzido por condicionamento
(Pavlov);
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Gestalt e Behaviorismo
 Encontram objetos de estudo parecidos;
 A Gestalt encontra condições para estudar o comportamento
humano através da maneira como o individuo percebe determinado
estimulo – buscando o melhor estimulo para manter a ‘’boa forma’’;

 Behaviorismo: tem aspectos mais mecanicistas e fisiológicos;


 Porem, após estudos iniciados por Wundt percebe-se que há
condições de estudar a subjetividade do sujeito e relaciona-los à
contextos variaveis
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Edward C.
Tolman
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Tolman e os mapas cognitivos

▪ Tolman foi quem iniciou o behaviorismo proativo – inseriu variáveis


cognitivas em modelos comportamentais.
▪ Foi Psicólogo e Filósofo, formado em Harvard. Na Alemanha
estudou com Kurt Koffka e se familiarizou com Gestalt e o estudo
das percepções totais.
▪ Queria demonstrar processos cognitivos a partir da estrutura do
behaviorismo – queria demonstrar que os animais poderiam
aprender informações sobre o mundo e usá-las com flexibilidade.
Conceitos 16

▪ Definiu cognições e outros conteúdos mentais – expectativas e objetivos –


como variáveis que mediam o estímulo e a resposta.
▪ O organismo não é compreendido como passivo – como no behaviorismo
clássico – mas quem gerencia as informações. Por isso o nome
BEHAVIORISMO PROATIVO.
▪ Seu paradigma era: E E – um estimulo condicionado e um estimulo
incondicionado que evoca a mesma resposta que se apresenta no reforço.
▪ Para ele os comportamentos ocorriam conforme a detecção a relação entre
os dois estímulos, ganhando recompensas ou evitando punições diante dos
modelos de estimulo-resposta.
▪ Disse isso, por salientar que a aprendizagem dependia do processamento
cognitivo voluntário, com um objeto determinado.
Mapas Cognitivos 17

▪ Esse conceito vai surgir a partir do estudos de Tolman.

▪ Os mapas são as representações de indícios visuais, táteis,


auditivos, que vão configurar o ambiente e permitir a localização
do sujeito no espaço.
▪ Diz que os animais utilizam mapas cognitivos em seu habitat
natural para se orientar.
▪ Ressalta que essas estruturas não são estáticas, mas seriam
estruturas físicas que podem ser verificadas experimentalmente.
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 Quando há um estímulo físico tentamos compreende-los


através de uma organização perceptual;
 Porém, essa organização poderá ocorrer diversas vezes,
mas sua percepção acontecerá uma de cada vez;

 Caso aja a reorganização da percepção consciente você


precisará alterar o foco, fazendo uma de cada vez.
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Psicologia do Outro

▪ Se desenvolveu através das percepções da cognição.

▪ No qual, os fenômenos psicológicos começaram a ter


espaço nos estudos experimentais.

▪ Vendo a sua importância e necessidade de estudos.


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Cognitiva-Comportamental

▪ Vamos relacionar com a nossa atualidade:


a) Tem-se uma abordagem que foca nos processos
cognitivos e fenômenos psicologicos;
b) Se baseia em experimentos, confirmando e ampliando
as suas teorias;
c) Que visa conceitos culturais e os processos envolvendo
a aprendizagem.
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Reflexões

FILME: O LABIRINTO DO
FAUNO
A Revolução Cognitiva na História do homo sapiens 22
▪ Trouxe estudos/pesquisas voltadas para a atenção e memória; com
base experimental dos conceitos cognitivos em conjunto com a
neurociência.

▪ Abriu espaço para as experimentações – através da computação –


da ‘’mente’’ – fenômenos psicológicos.

▪ Em 1951 e 1952 – o termo mente foi inserido novamente no


vocabulário por conta de psicólogos que queriam estabelecer uma
nova filosofia ‘’cognitiva’’, sem estar à sombra do Behaviorismo.
Cinco ideias centrais 23

▪ O psicólogo Steven Pinker, descreveu em ‘’The Blank Slate (2002)’’ cinco


ideias chaves:
1. O mundo mental pode estar enraizado no mundo físico pelos conceitos
de informação, computação e feedback.
2. A mente não pode ter um estado vazio porque estados vazios não fazem
nada.
3. Uma infinita gama de comportamentos pode ser gerada por uma finita
combinação na programação da mente.
4. Mecanismos mentais universair fundamentam variações superficiais
entre culturas.
5. A mente é um sistema complexo composto de muitas partes que se
interagem.
 Atuando assim, contra as filosofias das ciências positivistas e 24
neopositivistas.

 A cognitiva tentou encontrar seu próprio paradigma e a riqueza de seus


conhecimentos.

 Porém, o que atrapalha no processo de enxergar isso como um


‘’Revolução’’ é a percepção de ‘’retomada’’ de questões tratada na
Psicologia lá em seus primórdios.

 Será que realmente foi um Revolução, ou foi somente o questionamento


básico que todos devemos fazer com as ciências.

 Iremos perceber então o ciclo, no qual dentro das ciências e


especificamente na Psicologia, essa reavaliação dos conceitos e
paradigmas.
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Conceitos históricos
▪ A cognitivo seria então uma continuidade da tradição cognitiva
iniciada por Wundt e Titchner.

▪ Continuidade dos conceitos como resolução de problemas,


raciocínio geral, formação de conceitos, entre outros.

▪ No entanto, vemos isso se iniciar com a insatisfação ou a percepção


de observar outras situações que Watson não conseguiu.

▪ Porém, o Behaviorismo Metodológico foi mais famoso e utilizado


nos Estados Unidos, enquanto na Europa o pensamento
estruturalista de Wundt permanecia.
Linguagem e Revolução Cognitiva 26

 Com essa habilidade, desenvolveu-se a capacidade de


transmitir informações, além de consumir, armazenar e
assimilar grandes quantidades de conteúdo e também
nos permitiu imaginar.

 Indicação de Livro: Sapiens – Uma Breve História da


Humanidade de Yuval Noah Harari.
Linguagem e Cognição 27

 No desenvolvimento da teoria nos anos 50, vamos ver


tres pilares principais (Chomsky):
1. Fenômenos psicológicos podem ser interpretados além
do pensamento e comportamento humano.
2. A utilização privada dos sistemas simbólicos vincula-se a
processos discursivos interpessoais.
3. Efeitos psicológicos como emoções, decisões e atitudes,
envolvem fundamentalmente características de
personalidade.
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ORIGEM
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A origem – Aaron Beck

Percebeu que
pacientes depressivos Alterando assim o
Tríade negativa –
tinham visões humor e o
formada na infância
distorcidas sobre si, do comportamento
mundo e de seu futuro
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Antecedentes Filosóficos
▪ Sendo assim, a TCC tem um processo educativo – visando a
psicoeducação do sujeito.

▪ Educar o paciente sobre o seu próprio funcionamento


patológico, o tratamento, suas crenças e pensamentos
automáticos.

▪ O processo então, consiste em uma dupla cooperação, no


qual há uma posição ativa do sujeito com o tratamento.
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Antecedentes Filosóficos

REDUZIR SINTOMAS EM NÃO POSSUI FOCO NO QUE O SUJEITO PRINCIPALMENTE SEU


SEMANAS QUANTIDADE ESPECÍFICA CONSEGUE E NOS SEUS ENGAJAMENTO E
DE TRATAMENTO PADRÕES OBJETIVOS TERAPEUTICOS
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Antecedentes Filosóficos
 Suas origens remontam o século XX – mais especificamente
no formato de aprendizagem do ser humano.

 Neobehaviorismo – 1930 à 1950


Guthrie – Teoria da Contiguidade (1935)
Tolman – Teoria Cognitva (1935)
Hull – Teoria do Reforço (1941)
 Outros que ampliaram:
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Ramificações

Linhas da Terapia Cognitva

•Terapia Racional-Emotiva
•Modificação cognitiva-
comportamental
•Terapia multimodal
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Antecedentes
Psicológicos

TEORIAS
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Teorias

Psicanálise

Behaviorismo Metodológico e Radical

Escola da Gestalt e Gestalt-terapia


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Tratamentos
Depressão

Ansiedade

TOC

Sindrome do Pânico

Transtorno de Humor Bipolar

Dependência Química
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Eficácia

Mudanças de
Percepçãp da Comportamentos
pensamentos
situação pelo e pensamentos
ineficázes e
próprio sujeito funcionais
disfuncionais
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TCC


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Princípios Básicos da TCC
1. Conceitualização Cognitiva:

Organizar diversas informações do paciente – diagnóstico, problemas atuais, modo


de enfrentá-los, distorções cognitivas, crenças disfuncionais, visão de si e do mundo.

2. Aliança Terapêutica:
Relação terapêutica positiva – empatia e verdadeiro interesse de compreensão.

3. Colaboração e participação ativa de ambos:


Estimular o paciente a considerar a terapia como um trabalho de equipe.

4. Foco nos problemas e objetivos:


Listar todas as suas dificuldades e objetivos

5. Ênfase no presente:
Comportamentos atuais e formatos de seus pensamentos e ações.
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Princípios Básicos da TCC
6. Psicoeducação:
Orientação sobre o transtorno, modelo cognitivo e a terapia cognitiva-comportamental.

7. Tempo limitado:
Tem um prazo, porém há casos que é necessário mais tempo.

8. Sessões estruturadas:
Otimizar o processo terapêutico, através da delimitação dos objetivos

9. Discriminar pensamentos e crenças disfuncionais:


Reestruturação cognitiva

10. Técnicas para mudança de pensamento, humor e comportamento:


Solução de problemas
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Crenças

DEFINIÇÃO
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Crença Nuclear – Centrais
▪ Formadas desde a infância e vão se
fortalecendo por toda a vida.

▪ Consiste em ideias globais, absolutistas e rígidas


– isso inclui sobre si mesmo, os outros e sobre o
mundo.

❖ Tríade Cognitiva
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Tipos de Crenças Nucleares

Desamor Desamparo Desvalor

• Sentimentos de • Sentimentos de • Sentimentos de


rejeição incompetência não ter valor
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Crenças Intermediárias
▪ ‘’Pressupostos subjacentes ou condicionais’’

▪ Conjunto de regras, atitudes ou suposições.

▪ Identificado através:
‘’Se ... Então’’ ou ‘’Deveria’’

1. Eu deveria conseguir fazer tudo o que já aprendi.


2. Se eu não sei fazer algo, então não sou boa o suficiente.
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Pensamentos
Automáticos

DEFINIÇÃO
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Pensamentos Automáticos

Nível Aparecem de
Positivos ou Aceitos como
superficial dos forma rápida
Negativos verdadeiros
pensamentos e espontâneo

Ou seja, pensamentos automáticos são as interpretações que


fornecemos às situações. Isso pode ocorrer através de uma
frase, de uma imagem.
‘’Sendo a forma de como lidamos com a realidade’’.
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Fluxo de Pensamento

Coexistência

•Fluxo de pensamentos
manifestos
•Fluxo de pensamentos
inconscientes
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Crenças e
Pensamentos
Automáticos

IDENTIFICAÇÃO
Identificando Crenças e Pensamentos Automáticos 49

O que
estava
pensando
instantes
antes?

Identificar o
que isso
significa –
eu, vida e
futuro
Quais imagens ou
lembranças tenho
nessas situações –
pessoas se sentem,
o que de pior
poderia acontecer
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Modificação de Pensamentos e Crenças

Identificação

Pensamentos
e Crenças
Funcionais

Mudança
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Inicio das sessões
 Definição de objetivos gerais da sessão.
 Checar o humor – através das escalas e de como está a
gravidade dos sintomas.
 Descrição dos problemas principais que o levaram à
sessão.
 Situações rotineiras que trazem desconforto e como lida
com elas.
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Conceituação Cognitiva

Cognição dos transtornos

▪ Investigar aspectos cognitivos do


cliente – diagnóstico clínico,
problemas atuais enfrentados,
estressores e predisposições genéticas
e familiares.
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Deveres de casa

Aprimorar conhecimento cognitivo

Auto monitoramento

Associação de crenças nucleares e intermediárias


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Referencias
 https://maestrovirtuale.com/edward-tolman-biografia-e-estudo-de-mapas-
cognitivos/

 https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Wundt/44298172.html

 MAPAS COGNITIVOS: FERRAMENTAS DE PESQUISA E INTERVENÇÃO EM


PROCESSOS ORGANIZACIONAIS Antonio Virgílio Bittencourt Bastos
(NPGA/UFBA)

 Mapas cognitivos e a pesquisa organizacional: explorando aspectos


metodológicos Antonio Virgílio Bittencourt Bastos Universidade Federal da
Bahia

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