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SKINNER

• Psicologia científica-experimentalista: o estabelecimento do objeto de estudo -


o comportamento; a suposição do comportamento como determinado; a
pretensão de fazer uma análise científica do comportamento a partir da noção
de ciência proposta pela ciência natural; o estudo realizado a partir do dado
empírico; o afastamento de toda metafísica do saber científico; a proposta de
previsão e controle. Suas principais justificativas para o empreendimento de uma
ciência do comportamento humano são os resultados práticos para a sociedade
- daí a ênfase na predição e no controle.

• "qualquer condição ou evento que tenha algum efeito demonstrável sobre o


comportamento deve ser considerada" (Skinner, 1953/1970, p. 21). Essas
condições (ou eventos) deveriam ser descobertas e analisadas,
preferencialmente, de forma quantitativa

• Skinner sempre justificou (e lutou) por uma ciência do comportamento com base
na crença de que ela poderia ajudar na resolução da maioria dos grandes
problemas com que nossa cultura convive. Para ele, o sentido último do
empreendimento de uma análise do comportamento não era teórico, mas
prático: o objetivo final dessa ciência seria o de promover a sobrevivência da
cultura

• Análise funcional: relações do organismo como um todo com eventos do


ambiente a sua volta; identificação de relações ordenadas entre eventos da
natureza. A análise funcional promove a identificação de relações de
dependência entre eventos, ou de regularidades na relação entre variáveis
dependentes e independentes, mas com respeito às quais o uso dos conceitos
de causa e efeito não seria mais apropriado, uma vez que implicaria suposições
(metafísicas) além do alcance de uma ciência.

• Liberdade e Controle:

• Ser livre é um sentimento que vem sendo defendido há tempos,


com o erro de ser enfatizado como "estado de espírito associado ao
fato de fazer o que se quer fazer" . Um homem livre seria aquele que
pode agir segundo sua vontade e pode realizar as escolhas de
acordo com o que pensa. Esta realização das vontades, e propósitos,
só é possível quando não há obstáculos. Assim, ser livre é estar
longe de empecilhos que o impeçam de exercer a liberdade.
MAS... ser humano vem lutando pela sua "liberdade" para evitar
situações ou pessoas aversivas, ou seja, a sensação de ser livre está
relacionada à fuga ou à esquiva de estímulos adversos (Skinner,
1993). Ninguém faz o que quer, e sim, o que tem que fazer para
evitar a punição ou escapar dela. Na verdade, são comportamentos
selecionados pelo valor de sobrevivência, e a luta pela liberdade do
ser humano tem sua funcionalidade.

• Nota-se que há uma falsa noção de liberdade, pois, analisando


segundo a ciência do comportamento, o "sentir-se livre" está sendo
mantido por reforço negativo (ausência de consequências punitivas),
ou seja, o controle continua presente. Na verdade, todo
comportamento humano é controlado por uma variável ambiental,
mais especificamente pela história de reforçamento, não há
alternativa.

PIAGET

• A psicologia é a ciência que investiga o comportamento humano e, portanto,


investiga como o ser humano aprende e se apropria do conhecimento.
Especialmente, admite o método experimental de pesquisa, fato que chamou a
atenção de Piaget.

• A formação inicial de Piaget na biologia influenciou todo o desenvolvimento da


sua teoria, primeiramente, na perspectiva dos instrumentos científicos utilizados
por ele como comprovadores empíricos, sempre baseados em métodos
científicos rigorosos, isto é, possíveis de serem replicados → ENFASE NA
PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA; CONTINUIDADE DOS OBJETIVOS DA PSICOLOGIA
CLÁSSICA

• Epistemologia Genética: Segundo a Teoria Epistemológica Genética, conforme


surgem solicitações do meio, as estruturas da inteligência vão se construindo e,
a partir de novas solicitações, o sujeito tem a possibilidade de reorganizá-las,
vivenciando constantes mecanismos de assimilação de novos objetos a
esquemas já existentes e mecanismos de ampliação do conhecimento
denominados acomodação. Para o autor, o conhecimento não pode ser
simplesmente imposto pelo meio ao sujeito, como um reflexo das propriedades
do ambiente (empirismo), tampouco estaria inteiramente pré-formado no
sujeito, apenas aguardando a maturação (apriorismo). O recém-nascido traz
consigo condições de vir a se tornar inteligente e, conforme age sobre o mundo,
constrói estruturas que lhe permite cada vez mais se adaptar às novas situações,
de maneira a construir estágios sucessivos de desenvolvimento

▪ Este modelo fez com que Piaget explorasse áreas da ciência como
a biologia, filosofia, epistemologia, lógica, matemática, física, etc.
Vê-se que há, com sua teoria, uma consolidação além de somente
a psicologia como ciência, mas sim da psicologia como uma
unificação ou rede integrada de diversos ramos científicos.
Estudar o comportamento, objeto da psicologia, é estudar tudo:
Piaget vai além de só firmar a Psicologia como ciência.

VYGOTSKI

• É através da análise da realidade científica, e não mediante raciocínios


abstratos, que pretendemos obter uma ideia clara da essência da psicologia
individual e social – como aspectos de uma mesma ciência – e do destino
histórico de ambas. E dos mesmo modo que o político extrai suas regras de
atuação da análise dos acontecimentos, nós extrairemos dessa análise nossas
regras para organizar a investigação metodológica

• 1. descobre-se algo importante (A), que modifica as ideias sobre um fenômeno


(B) e recoloca as bases do grupo de fenômenos (C) em que aquele fenômeno (B)
foi observado ou formulado; surge uma nova ideia;
2. essa nova ideia torna-se mais abstrata e descontextualizada de sua origem,
embora ainda necessite dela para sua validação;
3. a nova ideia impregna a disciplina na qual surgiu e por ela é também
modificada; descontextualiza-se, expandindo-se para outros ramos afins,
modificando o alcance da disciplina de origem; torna-se um princípio explicativo,
transfere-se para disciplinas de fronteira, que a modificam mais ainda; IPUSP -
HFP - LMSimão
4. a ideia descontextualiza-se mais ainda, funcionando como ponte entre
disciplinas de fronteira; ou então migra para outros âmbitos como um princípio
universal ou uma ideologia;
5. a ideia incha-se e estoura como bolha de sabão porque tão descontextualizada
que está, não resiste como ideia científica; como ideologia, converte-se em um
fato da vida social, de onde tinha surgido.; aparece, então, sua natureza social e
ideológica, e ela estará submetida às mesmas leis que, segundo Engels, regem a
luta social.

Análise crítica do objeto da psicologia (o psíquico? o comportamento? o


inconsciente?) e de seu método de abordá-lo pelas: reflexologia; Gestalt;
psicanálise; e personalismo.

• Sua análise o levou à constatação da existência de uma crise metodológica, já


que a forma de se acessar o humano por caminhos opostos parecia estar
equivocada. Sua proposta era que se estudasse o ser humano em sua totalidade,
tomando-se como central a relação social dialética e de interdependência em
sua constituição

MEARLEAU PONTY E BISWANGER

• Merleau-Ponty, por sua vez, procura explicitar uma concepção fenomenológica da


experiência da espacialidade que nos apresenta o espaço como um espaço existencial,
um espaço vivido. A experiência da espacialidade deve ser compreendida a partir da
experiência de um corpo próprio enraizado no mundo.

• Assim, para Merleau-Ponty, a relação entre objetos no espaço está, desde o início,
fundamentada em minha relação com as coisas, que não é linear e nunca é totalmente
elucidada.

• Eu e mundo, sujeito e objeto, atualizam-se e articulam-se em um campo de experiências


para além da perspectiva dicotômica. Daí o termo comunhão ou coexistência: ser e
mundo estão mutuamente implicados em uma dinâmica de reconhecimento e
reencontro, determinada não por um ou por outro, mas pelos dois em sua relação

• Se a alucinação não tem uma validação objetiva, no sentido de ser apenas uma
percepção falha, ela tem um valor existencial. É um fenômeno expressivo da existência,
como qualquer gesto intencional, e, como tal, é provida de sentido

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