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Principais teorias do
desenvolvimento humano
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O desenvolvimento humano pode ser estudado e pesquisado a partir
de diferentes perspectivas teóricas, desde as ciências biológicas até as
ciências humanas e sociais. Você sabe quais são as principais teorias do
desenvolvimento humano?
Neste capítulo, você estudará três grandes teorias do desenvolvi-
mento humano nas quais se destacam distintas características de seus
pesquisadores: as teorias behavioristas, as teorias cognitivistas e as teorias
psicanalíticas.
Watson e Skinner são teóricos behavioristas, mas há uma diferença fundamental entre
as teorias de ambos. Você é capaz de indicar qual é essa diferença?
Freud considera, segundo Engler (2009), que a busca por prazer e o controle
da libido estão na base de todas as fases do desenvolvimento psicossexual.
Para Freud, o desenvolvimento humano é composto por cinco diferentes
fases: fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e fase genital. A fase
oral vai do nascimento ao primeiro ano de idade, aproximadamente. Nessa
fase, a boca é a zona erógena e a alimentação é a fonte de prazer. A sucção
de quaisquer objetos (bicos ou chupetas, por exemplo) pode ser uma fonte de
prazer complementar. A fase oral, em geral, coincide com o fim do período de
amamentação da criança. A segunda fase do desenvolvimento é a fase anal,
que vai do primeiro aos três anos de idade, aproximadamente. Ao aprender
sobre higiene íntima, por exemplo, a criança se interessa pela região anal e
até mesmo pelas próprias fezes (o que considera uma “criação” sua). Nesse
período, o prazer está diretamente relacionado ao controle dos esfíncteres, a
expulsar ou reter especialmente através do ânus. A terceira fase do desenvol-
vimento psicossexual é a fase fálica, que vai dos três aos cinco anos de idade,
aproximadamente. Esse período é considerado por Freud como crucial para o
desenvolvimento sexual, já que, nessa fase, a criança se concentra nos órgãos
genitais (falo). Nesse período, a energia sexual se concentra no progenitor ou
na progenitora do sexo oposto. No caso dos meninos, a energia sexual é cana-
lizada na mãe e isso pode levar à inveja do pai (complexo de Édipo); no caso
das meninas, a energia sexual é canalizada no pai e isso pode levar à inveja
da mãe (complexo de Édipo feminino). A expectativa de punição devido aos
desejos inconscientes e proibidos, assim como o receio de perder o afeto dos
progenitores, levam à interiorização das proibições e à repressão dos complexos
de Édipo. O período de latência vai aproximadamente dos cinco anos até a
puberdade. Esse período é resultante da resolução dos conflitos vividos na
fase fálica. Com a repressão temporária dos desejos sexuais, recalcamento
libidinal, perde-se o interesse pelo próprio corpo e há um maior interesse em
atividades exteriores sem cunho sexual. Por último, da puberdade ao fim da
vida adulta, vive-se a fase genital. Nesse período, novamente, a energia sexual
se volta para os órgãos genitais. Os conflitos das fases anteriores atingem uma
estabilidade relativa e, nessa fase, alcança-se a maturidade sexual e a pulsão
sexual converge para relações interpessoais.
Se para Freud o desenvolvimento humano tem uma base psicossexual,
para Erikson o desenvolvimento humano tem uma base psicossocial. Segundo
Erikson (1968), em cada fase da vida há uma crise (crises bipolares) que pode
ser resolvida positivamente ou negativamente, o que é determinante para o
desenvolvimento. A primeira crise vai do nascimento até, aproximadamente,
o segundo ano de vida. Trata-se de uma crise de confiança básica × descon-
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