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FACULDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
(Gestalt- Comportamental- Humanista)

Rio Branco
2013
ELICLEI RODRIGUES DAMASCENO
LUCIANA BABISKI MADEIRA ARRUDA

PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
(Gestalt- Comportamental- Humanista)

Trabalho apresentado com o objetivo de


obtenção parcial da nota da 1º NPC do
curso de Psicologia, 2º ano, turno
vespertino, na disciplina de Psicologia da
Aprendizagem, ministrada pela Docente
Esp. Kelly Albuquerque.

Rio Branco
2013
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................4
2. PRIMEIRAS PALAVRAS.........................................................................5
3. A APRENDIZAGEM NAS TEORIAS PSICOLÓGICAS............................6
4. APRENDIZAGEM – PSICOLOGIA DA GESTALT...................................7
5. APRENDIZAGEM – TEORIA COMPORTAMENTAL...............................9
6. APRENDIZAGEM – HUMANISMO.........................................................11
7. CONCLUSÃO..........................................................................................12
8. BIBLIOGRAFIA........................................................................................13
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INTRODUÇÃO

Este trabalho possui como tema central, a Aprendizagem.


Seu foco principal está na ligação da Aprendizagem com a Psicologia da
Gestalt, a Teoria Comportamental e Humanismo.
O texto está organizado num breve panorama sobre o tema acima
relacionado juntamente com algumas reflexões de Paulo Freire a respeito do que ele
chama de Pedagogia da Autonomia.
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PRIMEIRAS PALAVRAS

Para compreender a aprendizagem e seus diversos processos e contextos, é


necessário conhecer epistemologicamente a palavra aprender.

Aprender, do latin aprehendere, que significa agarrar,


pegar, apoderar-se de algo.

A palavra aprender está relacionada à mudança, à significação e à ampliação


das vivências internas e externas do indivíduo.
Para Paulo Freire, aprender tem relação estreita com ética, respeito,
dignidade e autonomia do educando.
Freire afirma que, mais que um ser no mundo, o ser humano é uma Presença
no mundo, com o mundo e com os outros. Presença que, reconhecendo a outra
presença como um “não-eu” se reconhece como “si própria”. Presença que se pensa
a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que
faz, mas também do que sonha, que constata, compara, avalia, valora, que decide,
que rompe.
Vygotsky (1989) dizia que a aprendizagem era um processo CRUCIAL no
desenvolvimento do Homem.
Cecília Meireles (1997) ilustra a aprendizagem com seu poema:

Traça a reta e a curva, a quebrada e a sinuosa. Tudo é


preciso. De tudo viverás. (...) Traçarás perspectivas,
projetarás estruturas. Número, ritmo, distância,
dimensão. Tens os teus olhos, o teu pulso, a sua
memória. Construirás os labirintos impermanentes que
sucessivamente habitarás. Todo o dia estará refazendo
o seu desenho. Não te fadigues logo. Tem trabalho para
toda a vida.

É complexa e plural a temática aprendizagem.


Mesmo na psicologia, nos deparamos com distintas concepções de sujeito e
formas de se compreender a constituição do conhecimento humano.

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A APRENDIZAGEM NAS TEORIAS PSICOLÓGICAS

As teorias que abordaremos brevemente neste trabalho, pertencem às


correntes da Psicologia Clássica, surgidas a partir do início do século XX.
Cada uma delas apresenta uma visão particular do fenômeno psíquico, do
comportamento e do desenvolvimento humano e como a percepção, atenção,
pensamento, consciência, inteligência, criatividade, memória e motivação interferem
no aprendizado do sujeito, uma vez que, essas forças atuam de forma dinâmica e
integrada dentro do ser humano.
Lajonquiere (1992) alerta que:

... Os processos psicológicos são entidades não


controláveis, não mensuráveis e inapreensíveis.

A mente humana é parte de uma história, de uma vivência subjetiva que se


constitui num corpo que transcende e engloba também um aparato biológico. Sem
dúvida, o aprendizado humano se emaranha dentro da complexidade do “ser” e
“existir” do sujeito e de suas relações no mundo e com o mundo.
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APRENDIZAGEM – PSICOLOGIA DA GESTALT

A teoria da Gestalt surgiu na Alemanha no início do Século XX,


representando um movimento de contraposição â Psicologia Comportamental e
Introspeccionista.
Os Gestaltistas postulava que a percepção humana apresenta um sentido de
totalidade, de conjuntos unificados. Para eles, um dado essencial da investigação
psicológica é a experiência cotidiana na sua forma natural, ou seja, quando o sujeito
não foi submetido a algum treino ou situação de aprendizagem.

Gestalt, derivada do termo alemão Gestalten, que


significa dar forma, dar estrutura significante.
(Ginger, 1995)

Idéias e Conceitos Gerais da Gestalt

Esta perspectiva teórica acredita que o ser humano aprende através da


percepção. Percebe totalidades num contexto sensações individuais, e, não
estímulos isolados.
São as formas perceptivas que possuem significado, não sendo elementos
confusos ou aglomeradas de sensações individuais.
A percepção tem sua origem na relação do sujeito com o mundo externo; o
que confere um caráter subjetivo à análise dos acontecimentos vividos na
experiência imediata.
Os Gestaltistas não negam a influencia da aprendizagem e da experiência
anterior. No entanto, em relação ao ato perceptivo, acreditam numa regulação
biogenética. Isto sugere que as leis existiriam de forma universal nos sujeitos,
havendo uma tendência da nossa cognição para o alcance cada vez maior de um
equilíbrio de um todo que percebemos e a parte daqueles objetos percebidos, e para
uma organização do campo perceptivo. Esta tendência, que implica captação de
uma forma mais definida (boa forma), é chamada de lei de pregnância.
A posição Gestaltista da aprendizagem recai sobre a cognição em suas
possibilidades de reestruturação constante e de suas compreensões súbitas, ou
seja, as soluções de impasse ocorrem a partir de uma experiência de compreensão,
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por meio de produção de insight. Esse conceito significa uma compreensão


repentina à solução do problema enfrentado pelo sujeito.

Exemplo de figura Gestaltista em que nota-se, à primeira vista, a


compreensão do todo e não de suas partes isoladas.
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APRENDIZAGEM – TEORIA COMPORTAMENTAL

O termo comportamentalismo deriva da palavra inglesa Behavior


(comportamento) e refere-se a um movimento iniciado nos EUA por John Broadus
Watson (1878-1958), no início do século XX.
Segundo Watson,

...O que nós somos é o que fazemos, e o que


fazemos é o que o ambiente nos faz fazer."

A abordagem comportamental reúne uma grande variedade de autores, que


precisam ser entendidos em suas especificidades conceituais.
O objeto de estudo dessa parte da psicologia, é o comportamento humano
publicamente observável.

O Behaviorismo Comportamental e seu Método

A escola Behaviorista se funda no ano de 1913, tendo Watson como


precursor. Uma idéia central em sua teoria foi rever posições mentalistas no estudo
dos fenômenos psíquicos. Para ele, a psicologia, deveria tratar objetivamente o
estudo da conduta humana.
Watson definiu o comportamento como as modificações percebidas no
organismo, ocorridas em virtude de estímulos. Tais estímulos poderiam ser
provenientes do meio externo ou do próprio organismo, como palpitações, reações
musculares, etc.
Os comportamentos seriam, então, as manifestações reflexas, as respostas
que o organismo emite quando estimulado e a atividade do organismo como um
todo.

A Aprendizagem e Watson

Watson tinha uma visão mecanicista de aprendizagem cuja causa está,


necessariamente, em um determinado efeito sobre o indivíduo.
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A Aprendizagem e Skinner

Para Skinner, eventos/comportamentos de caráter mental como o pensar,


sentir, ouvir, ver, dentre outros, não são úteis para explicar a conduta humana. Sua
abordagem afirmava que o comportamento humano era sempre influenciado de
alguma forma, como consequência de um estímulo.
O comportamento, segundo Skinner, seria passível de reforço, previsão e
controle. Em sua concepção Behaviorista sobre o processo de ensino, acredita que,
o método e a eficácia da estruturação dos recursos externos, são os principais
promotores da aprendizagem, e isto ocorre em virtude da forma como esquemas de
reforçamento são organizados, para gerarem resultados.
Na análise do comportamento humano, o ensino é uma ação planejada, a
qual depende de um professor que organize, avalie e especifique a atividade do
aluno, as circunstâncias em que o aprendizado pode ocorrer e suas consequências.
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APRENDIZAGEM – HUMANISMO

O termo Humanismo, em seu sentido histórico, refere-se a um movimento de


cisão com os valores medievais, evidenciado no período do Renascimento. A ênfase
passou a residir progressivamente no reconhecimento do ser humano como
elemento central do mundo; o indivíduo foi posto num lugar de possibilidades de
escolhas, de atuação e transformação da realidade. A tradição teocêntrica é
substituída pela emergência de um novo modo de pensar e explicar o próprio
destino frente as crises que acompanhavam as transformações na sociedade
europeia da época. Um período em que ocorrem mudanças no âmbito econômico e
cultural, abrangendo todas as esferas da vida em sociedade, com a emergência de
novas concepções científicas e políticas que inauguraram o início da era moderna.

Aprendizagem e Carl Rogers

Acreditava que o ser humano era dotado de uma capacidade de crescimento


constante, de atualização permanente de suas potencialidades. O sujeito, segundo
Rogers, é passível de constantes mudanças em seus processos subjetivos. Deste
modo, afirmou, que todos os seres humanos e todos os organismos há uma
tendência em direção à realização construtiva.
Rogers enfatizou a importância do ser humano ser autentico. Acreditava que
o professor tem função de facilitador, e deverá contar, com o desejo de participação
do aluno. Propôs uma educação humanista que tenha como condição prévia a
existência de professores (facilitadores, líderes), seguros de si e de seus
relacionamentos, confiantes na autoaprendizagem a na capacidade dos alunos no
que tange ao pensar e ao agir.

Os educadores precisam compreender que ajudar as pessoas a se tornarem pessoas é muito


mais importante do que ajudá-las a tornarem-se matemáticas, poliglotas ou coisa que o valha.
Carl Rogers
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CONCLUSÃO

Três correntes da Psicologia, surgidas no início do século XX, foram


abordadas neste breve trabalho.
A Psicologia da Gestalt, cuja aprendizagem representa uma reestruturação
do campo perceptivo para a superação de problemas.
O Behaviorismo, destacando a concepção de Skinner, para quem a
aprendizagem ocorre em função dos esquemas de reforçamento.
O humanismo, de Carl Rogers, no qual a aprendizagem é um meio de
autocrescimento, de desenvolvimento da autonomia a da capacidade de criação e
expressão.
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BIBLIOGRAFIA

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico:


Explicitações da Normas da ABNT. 15.ed, Porto Alegre: Costoli Soluções Gráficas,
2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 38. Ed, São Paulo: Paz e Terra, 2008.

NUNES, Ana Ignez Belém Lima; SILVEIRA, Rosemery do Nascimento. 3. Ed,


Brasília: Liber Livro, 2011

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