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Fundamentos da
Terapia
Cognitivo-
Comportamental
Esta aula é uma produção coletiva dos docentes do Centro de Estudos em Terapia
Cognitivo-comportamental
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Foi utilizado inicialmente em 1913 em um artigo denominado
“Psicologia: como os behavioristas a vêem” por John B.
Watson (1878-1958).
"Behavior" = comportamento
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BEHAVIORISMO
Metodologia
• Usar procedimentos objetivos na coleta de dados,
rejeitando a introspecção.
• Observar consensualmente.
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Pavlov descobriu por acaso que poderia condicionar o cão a salivar
diante de um estímulo neutro
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S => R
• ESTÍMULO referia-se tanto a ação de uma fonte de energia
sobre o organismo, quanto a operação realizada pelo
experimentador em seu laboratório.
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
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Behaviorismo Radical
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)
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Behaviorismo Radical
• Aceita estudar eventos internos
• Skinner não separa mundo interno de mundo
externo
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CETCC
TERAPIA COMPORTAMENTAL
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o Joseph Wolpe (1915-1998) – psiquiatra
o II Guerra – Trabalhou num hospital psiquiátrico militar
“Neurose de Guerra” (hoje TEPT)
o “Pioneiro da Terapia Comportamental”
WOLPE o DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
o TREINO DE ASSERTIVIDADE
o INIBIÇÃO RECÍPROCA exposição gradual
o Psicoterapia por Inibição Recíproca (1958)
o A Prática da Terapia Comportamental (1969)
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o Albert Bandura (1925) – psicólogo canadense
o APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL (MODELAÇÃO) foi importante
por chamar a atenção para os fatores cognitivos na terapia
comportamental = o indivíduo aprende ao observar o
comportamento de outra pessoa - o comportamento é aprendido
com mais eficácia se o observador o praticar posteriormente
BANDURA
(embora isso não constitua uma condição necessária)
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COGNITIVISMO
2ª. Onda
ORIGENS
COGNITIVISMO
O termo cognição inclui ideias, construtos
pessoais, imagens, crenças, expectativas,
atribuições, etc.
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“Se pudermos reorientar
nossos pensamentos e
emoções e reorganizar nosso
comportamento, então poderemos
não só aprender a lidar com
o sofrimento mais facilmente, mas,
sobretudo e em primeiro lugar, evitar que muito dele
surja”
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“Encontrar uma sensação de sentido da vida
ajuda a servir como um antídoto para o
desespero e a desilusão”
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• “Não são as coisas que nos perturbam, mas a visão
que temos dessas coisas”
( Epictetos I d.C)
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1960 - Unificação das formulações cognitivas e comportamentais
na Psicoterapia
Beck defendeu a inclusão de métodos comportamentais desde o início de seu
trabalho.
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o Albert Ellis (1913-2007)
o TERAPIA RACIONAL EMOTIVA COMPORTAMENTAL (TREC)
o A 1ª psicoterapia contemporânea com clara ênfase cognitiva, tomando os
construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos.
o MODELO ABC os acontecimentos ativadores (A) passam pelo sistema de
ELLIS crenças (B) do sujeito antes de despertarem as consequências (C)
emocionais ou a conduta.
o DIÁLOGO SOCRÁTICO o terapeuta questiona o paciente por meio de perguntas engenhosas que
estimula a pessoa a perceber mais claramente suas distorções = sobre a real validade das crenças e sobre as
evidências de que o sujeito dispõe para acreditar nelas.
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o Tratamento psicodinâmico dos seus pacientes com depressão
análise de sonhos, verbalizações e associações livres.
o Psicanálise depressão = raiva inconsciente e inaceitável contra
pessoas próximas que, reprimida, era redirecionada ao self =
hostilidade retrofletida (que não era confirmado nos relatos dos sonhos
dos pacientes).
BECK
o Anomalias nos sonhos, os pacientes eram rejeitados, abandonados ou frustrados
= nas experiências do cotidiano, idem.
o Identificação de tipos específicos de pensamentos, que os pacientes não percebiam
claramente e não relatavam na associação livre.
o Visão negativista identificada na auto avaliação do paciente = autocríticas, baixa
autoestima, culpas, previsões e interpretações negativistas e memórias desagradáveis.
o Temas negativistas presentes em todos os tipos de depressão = reativa, endógena,
orgânica ou bipolar.
o Temas negativistas idiossincráticos questões sociais vitais paciente:
o fracasso sucesso, aceitação rejeição, respeito desdém.
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o TC – TERAPIA COGNITIVA (Cognitive Therapy)
o ESQUEMAS (significado)
o DISTORÇÃO COGNITIVA (Erros de Pensamento)
o TRÍADE COGNITIVA
o MODELO COGNITIVO
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História de Organização
Aprendizagem SITUAÇÃO
Cognitiva
(componentes ATUAL (componentes
experienciais) estruturais)
CRENÇAS
CENTRAIS Processamento
esquemático
Comportamento (de significado)
ESQUEMAS
Ativação de
sistemas
(Cognitivos, Interpretação
Motivacionais,
Afetivos,...)
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VISÃO DE SI
(self)
VISÃO DO
VISÃO DO OUTRO FUTURO
(contexto (objetivos)
ambiental)
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Crença
Central
Crenças
Intermediárias
Corporal
Emocional
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Situação Crença
Antes Central Estratégias
Repetiu 7ª série Não termina o que começa.
Crenças
Intermediárias
Tristeza 28
Situação Crença
Antes Central Estratégias
Bullying na escola Não interage com colegas.
Crenças
Intermediárias
Medo,Tristeza
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Eu não sou capaz de ser amado.
Eu sou indesejável.
Eu não sou atraente.
Eu não tenho valor.
Eu não sou capaz de ser querido.
Eu não sou bom o suficiente.
Eu sou imperfeito.
Eu sou diferente. Eu sou desamparado.
Ninguém me quer.
Ninguém liga para mim.Eu sou impotente.
Eu sou mau. Eu estou fora de controle.
Eu sou fraco.
Eu sou vulnerável.
Eu sou carente.
Crenças Centrais de DESAMOR
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Eu sou desamparado.
Eu sou Eu
desamparado.
sou impotente.
Eu estou fora de controle.
Eu sou impotente.
Eu sou fraco.
Eu estouEu fora de controle.
sou vulnerável.
Eu sou fraco.
Eu sou carente.
Eu estou sem saída.
Eu souEuvulnerável.
sou inadequado.
Eu sou Eu
carente.
sou ineficiente.
Eu sou incompetente.
Eu sou um fracasso.
Eu sou desrespeitado.
Eu sou um Eu
fracasso.
sou desamparado.
Eu sou incompetente.
Eu sou impotente.
Eu não tenho valor.
Eu não sou bomEuo estou fora de controle.
suficiente.
Eu sou fraco.
Eu sou inadequado.
Eu sou vulnerável.
Eu sou ineficiente.
Eu sou desrespeitado.
Eu sou carente.
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COMPORTAMENTALISMO
BECK
COGNITIVISMO
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Princípio nº 1: Formulação do problema em termos
cognitivos
A TCC se baseia em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos
cognitivos.
1º) Desde o início, identifica o pensamento atual do paciente e seus
comportamentos problemáticos.
2º) Identifica fatores precipitantes que influenciaram as percepções
do paciente no início de seu problema.
3º) Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e
padrões duradouros de interpretação desses eventos.
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Princípio nº 2: Aliança terapêutica segura
A TCC requer uma aliança terapêutica segura: cordialidade,
empatia, atenção, respeito genuíno e competência.
Boa aliança de trabalho = colaborativa.
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Princípio nº 3: Colaboração e Participação Ativa
A TCC enfatiza a colaboração e participação ativa.
Na TCC há um trabalho em equipe: terapeuta + paciente.
A princípio, o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção
para as sessões de terapia.
A medida que a pessoa torna-se menos problemática e mais
socializada na terapia = fica mais ativa.
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Princípio nº 4: Orientada em meta e focalizada em
problemas
A TCC é orientada em meta e focalizada em problemas =
enumerar problemas e estabelecer metas específicas.
O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que
impedem o paciente de resolver problemas e atingir metas
por si mesmo.
O terapeuta precisa conceituar as dificuldades do paciente e
avaliar o nível apropriado de intervenção.
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Princípio nº 5: Enfatiza o presente
A TCC inicialmente enfatiza o presente (os problemas do
aqui-e-agora).
O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte
foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas
que são aflitivas para o paciente.
Passado: entender as origens das ideias disfuncionais e
como afetam o paciente hoje.
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Princípio nº 6: É educativa
A TCC é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio
terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída.
O terapeuta educa sobre a natureza e trajetória do seu
transtorno, sobre o processo da TCC e sobre o modelo
cognitivo (como os pensamentos influenciam as emoções e
comportamentos).
Ensina a estabelecer metas, identificar e avaliar
pensamentos/crenças, e assim, mudar comportamentos.
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Princípio nº 7: Tempo limitado
A TCC visa ter um tempo limitado.
O terapeuta busca promover alívio dos sintomas do
paciente, facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-lo a
resolver seus problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso
de ferramentas para que ele esteja mais propenso a evitar a
recaída.
A modificação de crenças disfuncionais muito
rígidas/padrões de comportamento = leva mais tempo.
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Princípio nº 8: Sessões estruturadas
A TCC tem as suas sessões estruturadas (há uma estrutura
estabelecida em cada sessão).
O terapeuta: 1) verifica o humor; 2) solicita breve revisão
da semana; 3) agenda da sessão; 4) resumo da sessão; 5)
compromisso da semana; 6) feedback da sessão.
Foco no que é mais importante para o paciente, maximiza o
uso do tempo da terapia.
Promove = autoterapia.
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Princípio nº 9: Identificar, Avaliar e Responder
A TCC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder
a seus pensamentos e crenças disfuncionais.
focalizar um problema específico;
identificar o pensamento disfuncional;
avaliar a validade do pensamento;
projetar um plano de ação.
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Princípio nº 10: Várias técnicas
A TCC utiliza uma variedade de técnicas para mudar
pensamento, humor e comportamento.
Estratégias cognitivas: questionamento socrático,
descoberta orientada, teste de realidade...
Outras técnicas: comportamental, gestalt...
O terapeuta seleciona técnicas com base na formulação de
caso e seus objetivos, em sessões específicas.
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1) Formulação do problema em termos cognitivos
2) Aliança terapêutica segura
3) Colaboração e Participação Ativa
4) Orientada em meta e focalizada em problemas
5) Enfatiza o presente
6) É educativa
7) Tempo limitado
8) Sessões estruturadas
9) Identificar, avaliar e responder
10) Utiliza várias técnicas
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• Filme: Uma sessão breve de TCC
• Jesse Wright e Barbara – vídeo 1
• Livro: TCC de Alto Rendimento para Sessões
Breves
• Jesse Wright, Donna M.Sudak, Douglas
Turkington and Michael E.Thase
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Prática
• Discussão sobre o filme:
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO