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19/12/2022
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Joaquim Carlos Salgado
Jäger - > Paideia: ajuda a entender a psique - > Estrutura-se - > H = animal racional
- 2 características:
3 períodos: Composta por 3 dimensões: * Sensibilidade
- Cosmológico - Arete: heróica * Entendimento
- Antropológico - Techne: política
- Sistmético - Sophia: científica
Para Hegel o princípio fundamental do idealismo é que nada existe para o homem
a não ser no pensar. Tudo tem de estar no plano do pensamento. A realidade da
coisa para o homem dá-se no pensamento. Não que o pensado seja o real, ou o
ideal oposto ao que existe fora dele. [...] A realidade para Hegel só se mostra como
tal como idealidade, realidade no plano do pensamento. Esse conceito de
idealidade pelo qual o pensável é o real ou em que o real é pensável e o verdadeiro
é o pensável, é o princípio supremo do idealismo, segundo Hegel, e mesmo de
toda a filosofia, na medida em que é saber no plano infinito do pensar. (1996, p.
118)
Conforme Salgado:
A Lógica é exatamente o pensar do infinito na finitude e vice-versa. Todos os
momentos lógicos, ser, essência e conceito, trazem, cada um no seu nível
(imediatidade, mediação e totalidade mediatizada), a dialética do finito e do
infinito, que não é apenas a negação do finito, a sua eliminação, a sua ausência,
nem a seriação do finito negado sucessivamente nos outros finitos, que se
apresentam interminavelmente como sucessão de termos, ou finitos que
suprimem a sua finitude indefinidamente [...] pensar cada coisa na afirmação de si
mesma e ao mesmo tempo na sua negação, dissolvendo “cada determinação finita
em toda infinitude das suas relações. Pensar o infinito é pensar cada coisa como
não sendo ela mesma”, numa dissolução universal das suas determinações ou
relações”2 (1996, p. 119)
[...] é de extrema importância ter em conta que Hegel trata das formas lógicas com
que o pensável se determina, não do que ocorre na relação física. A modificação
do quantum, quantidade limitada, determina a modificação da qualidade, vale
dizer, a quantidade limitada (a qualidade é a categoria do finito, do limite)3. Do
mesmo modo que a categoria da quantidade constitui a negação da qualidade, a
negação dessa negação é o quantum posto como ser-aí, como qualidade. (1996,
p. 125)
(Pp. 137/138)
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3
WL, 5, p 277.
1º momento: ser, o puro aparecer (Schein), que é oposto a
2º momento: essência, que é a explicação do ser (que não é um nada), volta a este (ser) e
aparece nele (ser) refletida;
3º momento: existência, a essência manifesta-se, aparece. O que está presente e que dá a
razão de si (que mostra a sua essência) é o existente. Existência é, portanto, o ser que mostra
a sua essência.
Segundo Salgado:
A dualidade da essência, a que se refere Hegel, atinge em Kant uma maior nitidez e
diversidade. O problema da essência é deslocado para a esfera do sujeito. Para resolver o
problema da explicação da essência, Kant desdobrará o objeto em: - (a) coisa em si e
- (b) fenômeno
(a) Aspecto objetivo do objeto: o em si não oferece resposta à quididade (essência) do obj
(b) A essência (explicação) do fenômeno (Schein) é (estava no objeto) deslocada para o
sujeito e, esse aspecto do objeto que ocorre compartimentadamente no sujeito tem
explicação no próprio sujeito (p. 139).
- Ser: intuição Aspecto subjetivo do objeto
- Essência: explicação do fenômeno pelo entendimento
O ser “aparece no conceito” (1996, p. 150). “Pensar o real é pensá-lo em todos os seus
momentos, num processo global” (p. 151).
“A ciência que conhece a ideia, a filosofia, é ela mesma, como pensar por conceito, esse
próprio ‘desenvolvimento pensante’.”
4
Enz. 9, § 247.
No conceito de ideia está o resultado de todo o processo dialético, o momento
propriamente especulativo, em que a identidade e a diferença encontram a sua
superação como termos opostos; ser imediato e essência mediata, identidade e
diferença são postos no momento do racional positivo do pensamento
especulativo como superados na sua unidade. O momento especulativo é, pois, o
momento do positivo mediatizado pela negação5, ou da identidade e da diferença.
Por isso, caracteriza a ontologia hegeliana, como o momento do ser caracteriza a
metafísica clássica (Lima Vaz). Somente dos momentos positivos se faz a
ontologia: ontologia do imediato positivo e ontologia do objetivo mediatizado.
Da negação da essência não se faz metafísica; corresponde à divisão introduzida
pela crítica à metafísica dogmática. (pp. 194/195)
Salgado, citando Hegel: “A análise do começo daria, assim, o conceito da unidade do ser e
do não-ser – ou, de forma reflexa, o conceito da unidade do ser distinto e do ser indistinto –
ou ainda o da identidade da identidade e da não-identidade”6. “Essa é a primeira definição
do absoluto” (p. 196).
A Lógica nada mais é do que o sucessivo definir, cada mais concreto ou mais
verdadeiro, do absoluto. O especulativo é o momento próprio do conceito ou da
unidade diferenciada introduzida pela mediação da essência, ou a unidade
diferenciada do conceito, que é a verdade da unidade indiferenciada do ser. (p. 196)
Para Salgado:
Não há algo como sujeito, a que se atribuem predicados. O ser põe-se em
determinações. Ao surgir como começo, o ser é indeterminado; para falar do ser,
dar suas determinações tem-se de determiná-lo. Mas o falar do ser é o seu próprio
desdobramento; o falar é o desdobrar-se do pensar. Não persiste o paradoxo. A
Explicatio é exatamente o falar do ser, a introdução da determinação. (p. 196)
Segundo Salgado:
O pensamento puro é para Hegel o princípio da Ciência ou Lógica, um princípio
ontológico e não no lógico [...]. Não se trata de uma ontologia fundada
imediatamente na realidade, natural ou espiritual, mas de uma ontologia que tem
por objeto o ser como pensável; [...] que passou pelo momento crítico [...] não é
[um modelo] da metafísica clássica ingênua, isto é, anterior à crítica da capacidade
de conhecer da razão, metafísica do entendimento, que se mostrou incapaz de
alcançar os objetos transcendentes, nem de [...] [fixar-se] no fenômeno oposto à
coisa em si, como único objeto do conhecimento.
5
WL, 5, p. 52.
6
Wl, 5, p. 74; Differenz, 2, p. 96.
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WL
Em Kant ideia (de justiça) é - projeto (cuja realização se persegue na H indefinidamente)
- (concebe a H como progresso ético para a liberdade)
3) SALGADO, Joaquim Carlos. A ideia de justiça em Kant. 1986 (1ª), 1995 (2ª), 2012 (3ª)
Inteligível = moral visa um bem externo
A felicidade em Aristóteles é estado de espírito da felicidade.
“eu + daimon + ia”
Máximas (B 840): princípios individuais subjetivos de ação
Móbil (sensíveis)
Mérito p/ ser feliz (dignidade)
A ética kantiana se caracteriza pela vontade boa
É pura
Independente do sensível
A reminiscência de Platão é a priori.
O belo (Banquete) é o caminho p/ o bem.
No Fédon aparece a ideia. Na República a ideia do bem.
A vida de cristo como um ensinamento moral.
Hegel, na juventude, defende o cristianismo como
Sto. Agostinho: o amor de Deus (e não o temor).
Unidade segundo fins, e não como causalidade (causa é sempre eficiente p/ Kant).
No plano prático, tudo aquilo que pode existir.
A filosofia moral de Kant tem uma influência de Sto. Agostinho.
Convicção - > Lógica, objetiva, analítica
Persuasão - > Emocional, subjetiva
Objetivo p/ Kant é universal.
Retórica (Aristóteles): Cícero, Ato. Vieira (Cristão)
(Profano) - Catilinares. O que é a defesa e limite
Ciências: conjunto de verdades certas (Aristóteles)
Certeza (objetiva)
Em Hegel, tem-se o saber c/ a unidade entre certeza do sujeito e verdade do objeto.
Na filosofia (Parmênides), vê-se doxa (opinião) e episteme (ciência).
* Cria a ontologia
* Cria princípios da lógica
Cf. a metafísica de Salgado, o pensamento tem que ter as características: * Universal
* Necessário
* Livre
4) SALGADO, Joaquim Carlos. A ideia de justiça no mundo contemporâneo, 2006
5) “Justiça em Números”
O funcionamento das formas de solução dos conflitos envolvendo ofensa de diretos das
pessoas é medido pelo Conselho Nacional de Justiça (órgão auxiliar do poder judiciário
criado com a Emenda Constitucional n.º 45/2004) por meio de um projeto denominado
“Justiça em Números” divulgado por meio de relatório anual (desde 2009). Essa análise pode
ser caracterizada como uma abordagem feita a partir de um aspecto quantitativo da realidade
judicial brasileira e sintetizada nos seguintes tópicos:
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Segundo relatório estatístico produzido para diagnóstico e monitoramento de dados sobre o Poder
Judiciário (série “Justiça em Números” edição de 2020) publicado anualmente pelo Conselho Nacional de
Justiça. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-
em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf.
6) TRIVISONNO, Alexandre T. G. A Teoria da Estrutura Hipotética das Normas Jurídicas
de Kelsen. Revista Brasileira de Estudos Políticos, v. 121, p. 73-120, 2020.
7) FISS, Owen. As formas de justiça. In. Harvard Law Review, v. 93, 1979
8) SILVA, Paulo Eduardo Alves da. Resolução de disputas - métodos adequados para
resultados
2. definição de actio romana e maximum ético em Joaquim Carlos Salgado, A [manuscrito] / 2017 - (
Dissertações )
- VIEIRA NETO, Levindo Ramos; SALGADO, Joaquim Carlos. A definição de actio romana e maximum
ético em Joaquim Carlos Salgado. 2017. 100 f Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais,
Faculdade de Direito. Disponível em: <http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASXHQA>. Acesso em: 26 fev.
2018.
4. Dialética da ideia de justiça no mundo contemporâneo [manuscrito] : consciência moral; política; consciência
jurídica e Estado Democrático de Direito, A / 2016 - ( Dissertações )
- ARAÚJO, Diego Manente Bueno de; SALGADO, Joaquim Carlos. A dialética da ideia de justiça no mundo
contemporâneo : consciência moral; política; consciência jurídica e Estado Democrático de Direito. 2016. 92 f
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AKMRFW>. Acesso em: 3 maio 2017.
6. Direito romano na filosofia do direito [manuscrito] : permanência e atualidade do direito romano enquanto
elemento suprassumido na jusfilosofia brasileira contemporânea, O / 2008 - ( Dissertações )
- PINTO COELHO, Saulo de Oliveira; SALGADO, Joaquim Carlos. O direito romano na filosofia do direito
: permanência e atualidade do direito romano enquanto elemento suprassumido na jusfilosofia brasileira
contemporânea. 2008. 271 f., enc. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade
de Direito.
7. Efetividade da justiça no mundo contemporâneo [manuscrito] : entre ética e economia / 2016 - ( Teses )
- SILVA, Nathália Lipovetsky e; SALGADO, Joaquim Carlos. Efetividade da justiça no mundo contemporâneo
: entre ética e economia. 2016. 157 f., enc Tese (doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade
de Direito. Disponível em: <http://hdl.handle.net/1843/BUOS-ASWF44>. Acesso em: 1 mar. 2018.
8. Estado, poder e liberdade [manuscrito]: uma reflexão a partir dos culturalismos de Nelson Nogueira Saldanha
e Joaquim Carlos Salgado / 2018 - ( Dissertações )
- DUARTE COSTA, Layon; HORTA, José Luiz Borges. Estado, poder e liberdade : uma reflexão a partir dos
culturalismos de Nelson Nogueira Saldanha e Joaquim Carlos Salgado. 2018. 234 f. Dissertação (mestrado) -
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito. Disponível em:
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B9KKBD. Acesso em: 21 jan. 2022.
9. Estoicismo imperial como momento da idéia de justiça [manuscrito] : universalismo, liberdade e igualdade
no discurso da Stoá em Roma, O / 2009 - ( Teses )
- MATOS, Andityas Soares de Moura Costa; SALGADO, Joaquim Carlos. O estoicismo imperial como
momento da idéia de justiça : universalismo, liberdade e igualdade no discurso da Stoá em Roma. 2009. 422 f.,
enc. + CD-ROM Tese (doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito. Disponível
em: <http://hdl.handle.net/1843/BUOS-967NC9>. Acesso em: 0.
17. Ideia de justiça - ou o princípio de racionalidade - nos crimes contra a ordem tributária, A [manuscrito] /
2019 - ( Dissertações )
- SANTOS, Mariane Andréia Cardoso dos.; SALGADO, Joaquim Carlos. A ideia de justiça - ou o princípio de
racionalidade - nos crimes contra a ordem tributária. 2019. 226 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal
de Minas Gerais, Faculdade de Direito. Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/DIRS-BC9UKF. Acesso
em: 24 jan. 2022.
18. Impossibilidade da efetivação dos direitos fundamentais nos estados antidemocráticos através da concepção
salgadiana de justiça, A [manuscrito] / 2019 - ( Dissertações )
- LAMOUNIER, Micaela Afonso; SALGADO, Ricardo Henrique Carvalho. A impossibilidade da efetivação
dos direitos fundamentais nos estados antidemocráticos através da concepção salgadiana de justiça. 2019. 103
f. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito. Disponível em:
http://hdl.handle.net/1843/34102. Acesso em: 19 jan. 2022.
19. Interdependência entre liberdade politica e liberdade privada como exigência do estado democrático de
direito [manuscrito]: a síntese operada no pensamento de Kant, A / 2014 - ( Dissertações )
- MELLO, Rodrigo Antonio Calixto de Pina Gomes; SALGADO, Karine. A interdependência entre liberdade
politica e liberdade privada como exigência do estado democrático de direito : a síntese operada no pensamento
de Kant. 2014. 133 f.; enc Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito
Disponível em: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9XMJ6T. Acesso em: 13 out. 2015.
20. Paradigmas no direito e suas anomalias [manuscrito] : hermenêutica dialética e o justo atual segundo uma
consciência paradigmática, Os / 2019 - ( Teses )
- PEIXOTO, Danilo Ribeiro.; SALGADO, Ricardo Henrique Carvalho. Os paradigmas no direito e suas
anomalias : hermenêutica dialética e o justo atual segundo uma consciência paradigmática. 2019. 284 p. Tese
(doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Direito. Disponível em:
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BBWJSN. Acesso em: 22 nov. 2021.