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1.ARISTÓTELES
- Organon (lógica)
- Metafísica (além da natureza)
- Física (natureza, animais e o cosmos)
- Poética (arte)
- De animo (psiché, psicologia)
- Ética a Nicômaco (ética, felicidade)
Alguns conceitos presentes na obra:
-Ética teleológica- Para Aristóteles nenhuma ação é feita sem ter em vista um
fim, um télos. Ou seja, tudo tem uma finalidade.
-Justa medida- Toda a ação que visa a excelência, tem que possuir em sua
base um meio termo entre o excesso e a falta.
-Tipos de governo
um monarquia tirania
Em sua obra Aristóteles busca superar seu mestre a partir de uma reformulação
do dualismo, e não com a extinção do mesmo. Aristóteles apresenta para nós
uma realidade única, formada por uma composição de substâncias individuais.
Não há, portanto, uma separação de fato nestas substâncias individuais, elas só
aparecem com seus princípios em totalidade. Contudo, tais princípios podem ser
pensados em separado, enquanto constitutivos da mesma. Simplificando, não é
possível verificar os dois enquanto substâncias diferentes, mas apenas como
princípios de uma mesma substância. Assim sendo o autor vai nos apresentar
uma série de dicotomias que compõe as diversas substâncias, suportam suas
causas e estruturam sua existência. Contudo, estas dicotomias são resultado da
análise teórica, e não da presença isolada destas partes enquanto partes
diversas.
6. MATÉRIA X FORMA
7. ATO X POTÊNCIA
8. ESSÊNCIA E ACIDENTE
Essência pode ser pensado como a substância em seu modo mais direto,
o de base fundamental da coisa. Assumindo tal fato, temos clareza que a
essência é aquilo que se for mudado, muda diretamente o que aquela coisa é.
Ou seja, mudar a essência é mudar o próprio ser. Já acidente são características
que se articulam como o suporte essencial, ou seja, caso alteradas, seja por
variação ou por transformação direta, não retirar o caráter de ser de algo. Por
exemplo: um carro pode ser vermelho ou amarelo, sem que isto altere o próprio
carro, mas se tirarmos suas rodas ele perde uma de suas características centrais.
9. AS QUATRO CAUSAS
2. (Ufu 2013) [...] após ter distinguido em quantos sentidos se diz cada um
[destes objetos], deve-se mostrar, em relação ao primeiro, como em cada
predicação [o objeto] se diz em relação àquele.
Aristóteles, Metafísica. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
3. (Pucpr 2010) Aristóteles afirma, na sua Ética a Nicômaco, que todas as nossas
ações visam a um fim e esse fim é o seu bem, ou seja, “aquilo a que todas as
coisas tendem”. De acordo com a posição do autor sobre esse tema, seria
correto afirmar que:
III. Para Aristóteles é a Política que deve ser considerada essa “arte mestra”,
já que ela estuda o “sumo bem”, do qual todos os “bens” menores dependem.
5. (Pucpr) “Embora valha a pena atingir esse fim - o sumo bem - para um
indivíduo só, é mais belo e mais divino alcançá-lo para uma nação ou para as
cidades - Estados.”
(Fonte: Aristóteles. Ética a Nicômaco. In: Os Pensadores, São Paulo: Abril Cultural,1973, livro I,
p.250).
TEXTO I
TEXTO II
Nenhuma vida humana, nem mesmo a vida de um eremita em meio à natureza
selvagem, é possível sem um mundo que, direta ou indiretamente, testemunhe
a presença de outros seres humanos.
ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
É pois manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos
que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira
causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por causa
a substância e a essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção última, e o
primeiro “porquê” é causa e princípio); a segunda causa é a matéria e o sujeito;
a terceira é a de onde vem o início do movimento; a quarta causa, que se opõe
à precedente, é o “fim para que” e o bem (porque este é, com efeito, o fim de
toda a geração e movimento).
Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. De Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A.
Cultural, 1984. p.16. (Coleção Os Pensadores.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que
indica, corretamente, a ordem em que Aristóteles apresentou as causas
primeiras.
a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa formal.
b) Causa formal, causa material, causa final e causa eficiente.
c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa final.
d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final.
e) Causa material, causa formal, causa final e causa eficiente.
10. (Uel 2013) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a
Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de
correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.”
(CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
p.186.)
12. (Uel 2007) “Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Sinal disso
é o prazer que nos proporcionam os nossos sentidos; pois, ainda que não
levemos em conta a sua utilidade, são estimados por si mesmos; e, acima de
todos os outros, o sentido da visão”. Mais adiante, Aristóteles afirma: “Por outro
lado, não identificamos nenhum dos sentidos com a Sabedoria, se bem que eles
nos proporcionem o conhecimento mais fidedigno do particular. Não nos dizem,
contudo, o porquê de coisa alguma”.
a) A Ética ou a Política.
b) A Física e a Metafísica.
c) A História e a Metafísica.
d) A Filosofia Primeira ou a Metafísica.
14. (Ufu 1999) "E se indagamos quais são os princípios ou elementos das
substâncias, relações e quantidades - se são os mesmos ou diferentes - é claro
que quando os nomes das causas são usados em vários
sentidos as causas de cada um são as mesmas, mas quando distinguimos os
sentidos elas são diferentes".
(Aristóteles - Metafísica - Editora Globo - Porto Alegre.)
O texto de Aristóteles refere-se à distinção das causas em sua teoria da
causalidade. Quais são as causas aristotélicas? Descreva a especificidade de
cada uma delas.
15. (Enem PPL 2012) Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo?
São todas as coisas objetos de possíveis deliberações? Ou será a deliberação
impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas
eternas e imutáveis, tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas
mutáveis, como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol, pois nenhuma
delas pode ser produzida por nossa ação.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007. (adaptado).
Resposta da questão 1
O pensamento aristotélico era mais difícil de ser conjugado com o pensamento
cristão uma vez que valorizava a investigação científica e não pressupunha a
existência de um plano superior.
Gabarito: a
Resposta da questão 2
Em Categorias, Aristóteles concebe a substância apenas como indivíduos e
define distinções lógicas importantes entre tipos de atributos que se referem a
estas substâncias, já em Metafísica, o filósofo engendra uma análise fundante
sobre a substância mesma e a posiciona diferentemente como um complexo de
matéria e forma. De maneira geral podemos tomar a substância como o ser dito
de várias maneiras: 1) ela é o princípio da realidade e do conhecimento, 2) é a
causa por excelência sendo em todos os sentidos causa formal, material,
eficiente e final, 3) é o suporte de propriedades essenciais e 4) é a essência, ou
seja, aquilo sem o qual a coisa deixa de ser o que é.
Gabarito: c
Resposta da questão 3
Somente a assertiva IV é falsa. Para o filósofo, as virtudes do pensamento e as
virtudes do caráter são os principais componentes da felicidade. Desta maneira,
não se pode dizer que o homem deva possuir um acesso ilimitado aos prazeres
para ser feliz, ainda que, em certa medida, necessite da posse de certos bens
para alcança-la.
Gabarito: e
Resposta da questão 4
Aristóteles concebe quatro causas primeiras que explicam a origem, o motivo e
o ser das coisas (essências): a causa material (a matéria que é feita uma coisa),
a causa formal (a forma que uma essência possui), a causa eficiente (a origem
da essência) e a causa final (que dá a razão para alguma coisa existir). É em
relação a esta última causa que se pode dizer que Aristóteles compreende um
fim para toda realidade da natureza dos seres.
Gabarito: e
Resposta da questão 5
Uma das frases célebres de Aristóteles é “o fim da política é o bem propriamente
humano”. Uma vez que para ele o homem é um animal político, podemos afirmar
seguramente que é somente na política que o imperativo ético se satisfaz. Assim,
somente a alternativa [B] é correta.
Gabarito: b
Resposta da questão 6
Resposta da questão 7
Retomando a reflexão clássica em relação ao espaço público e à política,
Hannah Arendt desenvolve a ideia de mundo comum, que corresponde ao
espaço em que estamos em companhia dos outros e onde há um interesse
comum, ou seja, onde há uma articulação coletiva.
Gabarito: c
Resposta da questão 8
A resposta para esta questão encontra-se no próprio texto do enunciado. A
afirmação de que “a união reúne as qualidades de cada um” está em nítida
relação com a alternativa [A], a única alternativa correta. Vale ressaltar que a
proposta política de Aristóteles pode ser considerada como o inverso da visão
platônica.
Gabarito: a
Resposta da questão 9
A teoria do conhecimento em Aristóteles busca explicar a mutabilidade da
realidade. Para este filósofo, para que se desenvolva um conhecimento
verdadeiro, deve-se compreender as etapas que constituem a realidade,
objetivando com isto, compreender o processo como um todo. Os conceitos
desenvolvidos por ele buscam conhecer a mutabilidade da realidade através da
potencialidade (potência), a capacidade para se transformar em um determinado
objeto e o processo de transformação (ato), a realização da transformação.
Soma-se a isto a relação estabelecida pelo filósofo entre matéria e forma. Assim,
quanto maior for a compreensão da relação entre ato e potência e matéria e
forma, maior será a compreensão da verdade. No livro “Metafísica” para ele
descreve a teoria das 4 causas como sendo: causa material - do que a coisa é
feita; causa eficiente - aquilo que produz a coisa; causa formal - a forma, os
contornos, a aparência, aquilo que a coisa vai ser; e causa final - a finalidade,
aquilo para o qual a coisa é feita.
Gabarito: c
Resposta da questão 10
O argumento de Zenão problematiza a tese de que o espaço, conceitualmente
dado, é divisível. Portanto, o seu argumento parte da suposição da verdade
dessa qualidade do espaço, sua divisibilidade, para provar o seu absurdo. Se
considerarmos possível a divisão do espaço, então teremos que assumir, por
exemplo, que é impossível Aquiles ultrapassar a tartaruga em uma corrida, pois
para Aquiles ultrapassar a tartaruga ele teria antes que ultrapassar a metade da
distância entre eles, e depois a metade da metade, e depois a metade da
metade, assim por diante infinitamente, de modo que Aquiles nunca sairia do seu
lugar de origem. Como isso é absurdo, então o espaço não é efetivamente
divisível e sim uno; também, o movimento é ilusório, pois não existe um percurso
que se percorre, afinal não se pode realmente dividir o espaço.
Gabarito: c
Resposta da questão 11
Para Aristóteles, democracia é o regime da soberania popular, ou seja, é uma
forma de governo na qual os cidadãos exercem pessoalmente o poder legislativo
e judiciário.
Gabarito: e
Resposta da questão 12
As afirmativas I e II são as únicas corretas e de acordo com o texto do enunciado.
Os prazeres não correspondem ao mais alto grau de conhecimento, tampouco a
sabedoria pode ser definida como ciência das causas particulares. Aristóteles
faz uma distinção entre diversas formas de sabedoria, como a sabedoria prática,
a filosófica e a política.
Gabarito: a
Resposta da questão 13
A ciência à qual se referem as duas frases é chamada por Aristóteles, em sua
obra Metafísica, de Filosofia Primeira, responsável por estudar as essências das
coisas. Atualmente, utiliza-se simplesmente o nome de Metafísica (ou, em alguns
casos, ontologia) para se referir a esse campo de investigação filosófico.
Gabarito: d
Resposta da questão 14
A palavra grega para causa é aítia e ela significa literalmente o responsável pela
existência de algo. Na teoria aristotélica da causalidade são descritas quatro
causas, a saber: a causa formal, a causa material, a causa eficiente e a causa
final. A causa formal diz respeito à forma da coisa, ou seja, aquilo que ela é e se
sem não poderia ser o que é. A causa material é responsável pela composição
daquilo de que a coisa é feita. A causa eficiente é responsável pela presença da
forma na matéria. A causa final responde pela finalidade da coisa, isto é,
responde as questões: “por que a coisa é?” e “para que esta coisa é?”.
Resposta da questão 15
Sendo a virtude para Aristóteles o justo meio, então a prudência, phrónesis,
torna-se condição para a virtude, pois a prudência é justamente a capacidade de
se orientar bem, sejam quais forem as circunstâncias, reconhecendo a medida
correta da ação adequada com o desejo, não parcial, de bem viver. A prudência
é guia da deliberação racional, proaíresis, para o estabelecimento de escolhas
que afirmam o autogoverno e a autonomia. Por isso, a ética aristotélica pode ser
definida da seguinte maneira: