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Resumo[Aristóteles]

O filósofo: Aristóteles foi um importante filósofo para a Grécia Antiga e para o Ocidente em geral, visto que a
importância dada por ele ao conhecimento empírico e as suas classificações sistemáticas do conhecimento muito
influenciaram a Filosofia Escolástica e Moderna e as ciências modernas que surgiram a partir do século XVI.

Lógica aristotélica: A lógica aristotélica é um sistema de raciocínio dedutivo desenvolvido por Aristóteles.
A lógica aristotélica foi a base para o pensamento científico e filosófico por muitos séculos, até ser questionada
e ampliada por outros lógicos e matemáticos.
O silogismo é o ponto central da lógica aristotélica. Ele é um tipo de argumento dedutivo que consiste em duas
premissas e uma conclusão, que devem seguir regras e princípios para serem válidos. O silogismo permite
chegar a conclusões necessárias e universais a partir de premissas particulares e contingentes.
Um exemplo de silogismo é:
Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal. Nesse
exemplo, as premissas são verdadeiras e o argumento é válido, pois segue a forma correta de um silogismo. A
conclusão segue necessariamente das premissas e não pode ser falsa se elas forem verdadeiras.

Metafísica: É tudo aquilo além do físico, se dividirmos o nome teremos: meta – depois de, sendo assim
metafísica: depois do físico. A metafísica surge quando as necessidades físicas estão satisfeitas, então surgem as
necessidades espirituais, por isso ela é livre por excelência porque vale por si mesma.
Exemplo: são objetos de estudo da metafísica. Algumas das perguntas comumente associadas à filosofia como
"o que somos?", "de onde viemos?", "para aonde vamos?", são perguntas da metafísica.
Ele disse: “Todas as outras ciências podem ser mais necessárias ao homem, mas superior a esta nenhuma”.

Substância: A substância é um dos conceitos centrais da filosofia aristotélica. Ela representa a realidade
duradoura por trás de todas as mudanças e variações observadas no mundo. Aristóteles considerava a substância
como aquilo que é independente de quaisquer outras coisas e que existe por si mesma.
Na sua visão, as substâncias individuais são coisas concretas e particulares, como uma pessoa, animal ou árvore.
Elas têm uma existência independente.

Acidente: São atributos ou características que pertencem a uma substância particular, mas que não são
essenciais para definir a natureza dessa substância. Os acidentes são como características contingentes que
podem ser observadas em uma substância, mas não são parte integrante de sua essência. Por exemplo, o amor é
acidente e não substância, pois existem em alguém, não é possível apontar para o amor sem ver a pessoa que
ama.

Potência e Ato: A potência, em termos aristotélicos, refere-se à capacidade ou potencial inferente de algo
para se tornar algo a mais ou realizar uma ação. É como a capacidade latente de um objeto ou ser para se
transformar ou mudar de estado. Aristóteles usou o exemplo da semente como representação da potência. Uma
semente de carvalho tem o potencial de se desenvolver em uma árvore adulta.
O ato é o estado atual ou a realização da potência. Continuando com o exemplo da semente, quando ela cresce e
se torna uma árvore adulta, ela está em estado de ato.

As Quatro Causas: Aristóteles as causas primárias, por isso definiu que elas tinham que ser finitas e
divididas em quatro tópicos:
• Causa Material - que diz respeito à matéria prima, o elemento sensível do qual é feito;
• Causa Formal - diz respeito a forma, qual a essência da substância;
• Causa Eficiente - o meio pelo qual a causa material se transformou na causa formal, o que originou o
movimento da substância;
• Causa Final - a finalidade do processo;
As duas primeiras causas são sobre a matéria e a forma, já as duas últimas são sobre os meios e o objetivo. Um
possível exemplo de um objeto que se encaixe na teoria das quatro causas de Aristóteles é um livro. Veja como
podemos identificar as quatro causas de um livro:
•Causa Material: É o papel, a tinta, a cola e outros materiais que compõem o livro físico.
•Causa Formal: É a forma de um livro, com capa, páginas, letras, etc. Também é o conteúdo do livro, com seu
tema, estilo, argumentos, etc.
•Causa Eficiente: É o autor ou os autores que escreveram o livro, bem como os editores, revisores, ilustradores
e outros profissionais que participaram da sua produção.
•Causa Final: É o propósito ou a função do livro, que pode ser informar, educar, entreter, persuadir, etc.

Primeiro Motor Imóvel: O primeiro motor imóvel é um conceito filosófico proposto por Aristóteles para
explicar a origem e a ordem do movimento no universo. Segundo Aristóteles, tudo o que se move é movido por
outro, mas essa cadeia de causas não pode regredir ao infinito, pois assim não haveria um primeiro motor e,
consequentemente, nenhum movimento. Portanto, deve existir um ser que move tudo sem ser movido por nada,
que é o primeiro motor imóvel. O primeiro motor imóvel é também o ser mais perfeito, pois é puro ato, sem
nenhuma potência ou possibilidade de mudança. O primeiro motor imóvel é também o ser mais feliz, pois ele se
ocupa apenas de si mesmo, contemplando a sua própria perfeição. O primeiro motor imóvel é, portanto, o Deus
de Aristóteles, mas não o Deus das religiões reveladas.

Movimento: Todo movimento é uma passagem da potência ao ato. A potência significa uma possibilidade
intrínseca de um ser, e quando esta possibilidade se concretiza, podemos dizer que este ser em potência, agora, é
um ser em ato.
Um carro amarelo, por exemplo, tem potência para receber a cor vermelha; uma vez pintado, ele será carro
vermelho em ato. Aristóteles afirmava que, na verdade, a mudança pressupõe simplesmente a passagem do ser,
para outra forma de ser.

Espapço e Tempo: Segundo Aristóteles, o espaço é o lugar onde está situada a matéria e a forma, e o tempo
é o número do movimento segundo o aspecto do antes e depois. O tempo depende do movimento, que é
contínuo e infinito, e do agora, que é o limite entre o passado e o futuro. O tempo não existe por si mesmo, mas
é relativo aos movimentos dos corpos.

Categoria: Aristóteles dividiu os seres em categorias para poder os entender melhor, estas são: a substância, a
quantidade, a qualidade, a relação, o onde, o quando, o estar em uma posição, o ter, o fazer ou o sofrer. As
categorias para Aristóteles seriam uma lista de tipos fundamentais de predicados (complemento do sujeito),
como uma lista de diferentes modos fundamentais de existência. A primeira lista significa que as categorias são
aspectos linguísticos e dizem respeito ao modo como a linguagem se comporta, e que são aspectos ontológicos,
que dizem respeito ao modo como a realidade se estrutura. Na linguagem tudo se refere ao sujeito e na realidade
também.

O Éter: Aristóteles dividiu a realidade em duas partes, o mundo sublunar e o supralunar. A diferença entre os
dois mundos está na matéria que são construídos. O mundo sublunar é potência dada pela água, terra, ar e fogo.
O céu é constituído pelo éter, o qual possui potência de passar de um lado para o outro, possibilitando seu
movimento circular Os quatro elementos possuem um movimento retilíneo, por isso sobem e descem, já o éter é
um conceito que foi usado por Aristóteles para explicar o que compõe a região do universo acima da esfera
terrestre. Segundo ele, o éter é o quinto elemento, além dos quatro elementos conhecidos: terra, água, ar e
fogo.O éter é incorruptível, perfeito e imutável, e é o material que forma os corpos celestes, como o sol, a lua e
as estrelas.O éter também está relacionado ao movimento circular e eterno desses corpos, que seguem uma
ordem natural e divina.

A Alma: “A alma é a substância como forma de um corpo físico que tem vida em potência”, ou seja, a alma é
o ato de um corpo possuidor de potência para a vida. Ele constatou que da mesma forma que o universo possui
partes que o permite funcionar perfeitamente, e essas partes sendo diferentes entre si asseguram o
funcionamento de locais distintos, podendo eles ser dependentes ou não, assim é a alma, por isso a separou em
três.

Ética: Agora veremos as ciências práticas que dizem respeito a conduta do homem. Todas as ações humanas
tendem para um fim, e este fim último é chamado de bem supremo, ou felicidade. Aristóteles colocou que cada
homem tem uma versão diferente sobre o que é felicidade, mas todos eles a procuram. O filósofo propôs que a
felicidade ideal é o aperfeiçoar-se enquanto homem, na atividade que o difere dos outros, vivendo a partir da
razão. Dessa forma, ele coloca os valore da alma como valores supremos.

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