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O S

I L O

F I
A

Aristóteles
A teoria aristotélica das quatro causas
Aristóteles distingue a ciência em três:
Ciências Teoréticas: aquelas que
buscam o saber em si mesmo
(metafísica, física e matemática)
Ciências Práticas: por meio da qual se
busca o saber para o aperfeiçoamento
moral
Ciências Poiéticas: nesta se busca o
saber em função do fazer, ou seja, com
o objetivo de produzir determinados
objetos.
Pode-se definir, a filosofia primeira nos
seguintes termos:
"Com efeito, a "filosofia primeira é
precisamente a ciência que se ocupa das
realidades-que-estão-acima-das-realidades-
fisicas. E, nas pegadas da visão aristotélica,
definitiva e constantemente, toda tentativa
do pensamento humano no sentido de
ultrapassar o mundo empírico para alcançar
urna realidade metaempírica passou a ser
denominada "metafisica". São quatro as
definições que Aristóteles deu da metafisica:
a) a metafisica "indaga as causas e os
princípios primeiros ou supremos"; b)
"indaga o ser enquanto ser"; c) "indaga a
substância"; d) "indaga Deus e a substância
suprassensível" ". (REALE, 2003, p. 195)
Para que serve a metafísica?
"Que, depois, ela não tenda a realizar coisa
alguma, fica claro a partir das afirmações
dos que por primeiro cultivaram a filosofia.
De fato, os homens começaram a filosofar,
agora como na origem, por causa da
admiração, na medida em que, inicialmente,
ficavam perplexos diante das dificuldades
mais simples; em seguida, progredindo
pouco a pouco, chegaram a enfrentar
problemas sempre maiores, por exemplo, os
problemas relativos aos fenômenos da lua e
aos do sol e dos astros, ou os problemas
relativos à geração de todo o universo. Ora,
quem experimenta uma sensação de dúvida
e de admiração reconhece que não sabe; e é
por isso que também aquele que ama o mito
é, de certo modo, filósofo: o mito, com efeito,
é constituído por um conjunto de coisas
admi-ráveis.De modo que, se os homens
filosofaram para libertar-se da ignorância, é
evidente que buscavam o conhecimento
unicamente em vista do saber e não por
alguma utilidade prática. E o modo como as
coisas se desenvolveram o demonstra:
quando já se possuía praticamente tudo o de
que se necessitava para a vida e também
para o conforto e para o bem-estar, então se
começou a buscar essa forma de
conhecimento. É evidente, portanto, que não
a buscamos por nenhuma vantagem que lhe
seja estranha; e, mais ainda, é evidente que,
como chamamos livre o homem que é fim
para si mesmo e não está submetido a
outros, assim só esta ciência, dentre todas as
outras, é chamada livre, pois só ela é fim
para si mesma". (ARISTÓTELES, A Metafísica,
982b11-27)
Aristóteles apresenta a metafísica,
primeiramente, como busca pelas
causas primeiras, portanto, é preciso
estabelecer quais e quantas são essas
causas. Ele argumenta que as causas
devem ser finitas quanto ao número e
no que se refere ao mundo do devir
são quatro:
1) causa formal;
2) causa material;
3) causa eficiente;
4) causa final.
Substância: essência e acidente

A substância é “aquilo que é em si


mesmo”, o suporte dos atributos.
Esses atributos podem ser
essenciais ou acidentais: a essência
é o atributo que convém à
substância de tal modo que, se lhe
faltasse, a substância não seria o
que é; o acidente é o atributo que a
substância pode ter ou não, sem
deixar de ser o que é.
Matéria e forma

A matéria é o princípio
indeterminado de que o mundo
físico é composto, é “aquilo de que é
feito algo”. A forma é o princípio
inteligível, a essência comum aos
indivíduos da mesma espécie pela
qual todos são o que são, enquanto
a matéria é pura passividade e
contém a forma em potência.
Potência e ato

A potência é a capacidade de
tornar-se alguma coisa, é aquilo que
uma coisa poderá vir a ser. O ato é
a essência (a forma) da coisa como é
aqui e agora.
Teoria das quatro causas

Há quatro sentidos para causa:


material, eficiente, formal e final.
Por exemplo, numa estátua:
1. A causa material é aquilo de que
a coisa é feita (o mármore);
2. A causa eficiente é aquela que
dá impulso ao movimento (o
escultor que a modela);
3. A causa formal é aquilo que a
coisa tende a ser a forma que a
estátua adquire;
4. A causa final é aquilo para o
qual a coisa é feita (a finalidade
de fazer a estátua: beleza, glória,
devoção religiosa etc.).

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