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O racionalismo de René Descartes, um filósofo, matemático e cientista do século

XVII, é uma abordagem filosófica que destaca a razão como fonte fundamental de

conhecimento. Descartes é frequentemente lembrado por seu famoso lema "Cogito,

ergo sum" ("Penso, logo existo"), que encapsula sua busca por um fundamento

indubitável para o conhecimento.

Descartes buscou um ponto de partida absoluto e indiscutível para o conhecimento,

e encontrou isso na certeza do pensamento. Ele argumentou que, enquanto

podemos duvidar de tudo, incluindo a existência do mundo físico, não podemos

duvidar do fato de que estamos pensando. Portanto, a atividade do pensamento é a

única certeza indubitável.

Além disso, Descartes defendeu uma clara separação entre a mente (res cogitans) e

o corpo (res extensa). Ele via o corpo como uma máquina material regida pelas leis

da física, enquanto a mente era imaterial e governada pela razão. Essa dualidade

mente-corpo influenciou significativamente o pensamento subsequente na filosofia

e na psicologia.

No campo da epistemologia, Descartes acreditava que a matemática era o modelo

para a obtenção de conhecimento verdadeiro e indubitável. Ele defendeu a ideia de

que verdades fundamentais poderiam ser alcançadas através do método dedutivo e

do raciocínio matemático.

Em resumo, o racionalismo de Descartes destaca a primazia da razão como fonte

de conhecimento, a certeza do pensamento como ponto de partida indubitável, a

distinção entre mente e corpo, e a aplicação do método matemático para alcançar

verdades fundamentais. Essas ideias tiveram um impacto duradouro na filosofia e

na abordagem científica.

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