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Biografia René Descartes

“Penso, logo existo” é a frase mais famosa de René du Perron Descartes,


mais conhecido como René Descartes, filósofo, físico, matemático e considerado o
fundador/pai da filosofia moderna, que também fez estudos nas áreas da
Epistemologia e Metafísica e foi integrante da corrente filosófica conhecida como
Racionalismo. Nasceu no dia 31 de março de 1596 em La Hayne, antiga província
de Touraine na França e morreu em Estocolmo, na Suécia, no dia 11 de fevereiro de
1650.
Aos oito anos, ingressou no colégio jesuíta Henry Le Grand. Posteriormente,
estudou Direito na Universidade de Poitiers. René se decepcionou com o ensino e
afirmou que a filosofia escolástica não conduz a nenhuma verdade indiscutível, só a
matemática demonstra aquilo que afirma. Em 1618, viajou para Holanda para se
alistar ao exército do príncipe Maurício de Orange. Lá, conheceu Isaac Beeckman,
um matemático e filósofo e recebeu forte influência dele. Rompeu com a filosofia de
Aristóteles, adotada nas academias e, em 1619, propôs uma ciência unitária e
universal, lançando as bases do método científico moderno. Depois de um tempo
servindo nas tropas, voltou para França em 1622 e viveu em Paris até 1629, quando
voltou a viver na Holanda, passando a se dedicar ao desenvolvimento de suas
ideias sobre filosofia e matemática.
Relacionou a álgebra com a geometria, fato que fez surgir a geometria
analítica e o sistema de coordenadas, conhecido hoje como Plano Cartesiano.
Desenvolveu o Método Cartesiano no qual defende que só devemos considerar
alguma coisa como verdadeiramente existente, se pudermos comprovar sua
existência. Também conhecido como Ceticismo Metodológico, segue o princípio de
que devemos duvidar de todos os conhecimentos que não possuem explicações
evidentes. Este método também tem base na realização de quatro tarefas: verificar,
analisar, sintetizar e enumerar
Entre as suas ideias principais estão: a de que a razão é inata ao ser
humano, ou seja, nós já nascemos com as ideias racionais embutidas em nosso
intelecto (o que diferencia a inteligência de uns e de outros é a maneira como
utilizamos a nossa inteligência), de que o conhecimento deve ser claro e distinto,
tudo aquilo que gera dúvida deve ser afastado do âmbito do conhecimento
verdadeiro e de que o conhecimento filosófico deve ser consolidado por um método
que garanta a confiabilidade do que se conhece.
As principais obras de Descartes são “O Tratado do Homem” (1637), “Regras
para a direção do espírito “ (1684), “ Discurso sobre o método” (1637), “As paixões
da alma” (1649) , “A Geometria” (1637), “O mundo ou Tratado da Luz” (1664),
“Dioptrique” (1637) e “Meditações Metafísicas” (1641).
A principal obra de Descartes, “Discurso sobre o método”, é também um
bom jeito para entendermos a complexidade de seu pensamento. Essa obra
apresenta o método cartesiano, as suas justificativas e a sua contribuição para o
racionalismo, Descartes define quais são os métodos e a forma de se atingir a
verdade. A obra é dividida em seis partes, onde o autor discorre sobre regras e
aplicações metodológicas, moral e sua visão sobre a dualidade corpo-espírito.
Revela, ainda, seu desapontamento com a tradição escolástica que aprendeu
quando estudava em Henry Le Grand.
Em “Meditações Metafísicas", o autor aprofunda as reflexões feitas no
“Discurso sobre o método". Descartes apresenta seis meditações, nas quais
discorre a respeito daquilo que, em seu entendimento, pode ser conhecido com
segurança. O filósofo discute as questões metafísicas tradicionais, como a questão
da alma e de Deus. Mesmo sendo cristão, Descartes modifica as estruturas cristãs
ao tratar da alma e do alcance do logos proporcionado por Deus. Também,
apresenta sete objeções feitas por pensadores da época, como o inglês Thomas
Hobbes, as quais Descartes tenta responder.
“Princípios de Filosofia" é uma espécie de manual para o fornecimento de
conhecimento filosófico na educação jesuíta. Descontente com a sua formação de
teor escolástico, o filósofo escreve tais princípios pensando em poder disseminar o
racionalismo já na educação de base, a fim de formar estudantes de acordo com as
sólidas ideias racionais claras e distintas, de uma filosofia racionalista.
As obras de Descartes foram perseguidas pela igreja, por romperem com o
pensamento religioso. A corrente filosófica criada por ele, Racionalismo, sofreu
críticas de empiristas como John Locke e David Hume, mas sua influência e
contribuição para a filosofia, matemática e ciências são inegáveis.

Fontes:
● https://www.ebiografia.com/rene_descartes/
● https://brasilescola.uol.com.br/biografia/rene-descartes.htm
● https://www.gestaoeducacional.com.br/rene-descartes-quem-foi/
● https://www.todamateria.com.br/descartes/
● https://www.suapesquisa.com/quemfoi/descartes.htm

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