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INSTITUTO DE FILOSOFIA SANTO TOMÁS DE AQUINO – INFISTA

CURSO DE FILOSOFIA

CRISTIANO HENRIQUE TAMBORLIN

A CONCEPÇÃO ANTROPOLÓGICA EM RENÉ DESCARTES

SÃO CARLOS-SP
2020
CRISTIANO HENRIQUE TAMBORLIN

A CONCEPÇÃO ANTROPOLÓGICA EM RENÉ DESCARTES

Trabalho apresentado ao Instituto de Filosofia Santo Tomás


de Aquino - INFISTA, como parte dos requisitos para
aprovação parcial no Curso de Filosofia.

Orientador: Prof. Ms. Pe. Jorge João Aparecido Nahra

São Carlos-SP
2020
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema central a antropologia filosófica na visão do filósofo
René Descartes. Para isso, busca responder à seguinte pergunta de pesquisa: Qual a concepção
de homem para o filósofo René Descartes? Com o objetivo de responder a esta pergunta, buscar-
se-á apresentar a concepção de homem presente nos escritos de René Descartes, por meio das
obras de historiadores e comentadores da sua filosofia, ou seja, a metodologia será por meio de
pesquisa bibliográfica.
O estudo da antropologia filosófica é essencial para que seja possível compreender
quem é o homem, principalmente no atual contexto em que, cada vez mais, a própria
compreensão que o homem tem de si, é colocada em questionamento, e as verdades existentes
se apresentam de forma passageira e líquida. Compreender as diferentes formas de pensar o
homem é criar a possibilidade de resgatar a necessidade de o próprio homem entender sua
essência.
René Descartes é um clássico, e sua obra apresenta influências significativas ao longo
de toda a história da filosofia, já há mais de três séculos. Ele tem uma relevância, no âmbito
antropológico, principalmente por introduzir uma nova concepção de homem, no contexto do
início do período moderno, unindo uma visão de mundo da modernidade com a tradição até
então existente. Mesmo que alguns aspectos do pensamento cartesiano sobre a concepção de
homem relacionados à ciência estejam superados, a concepção antropológica cartesiana merece
ser estudada pois apresenta grande relevância não apenas compreender sua visão de homem,
mas a forma de construir seu raciocínio para chegar a sua compreensão. Além disso, todo o
trabalho filosófico desenvolvido por Descartes traz em si, como pano de fundo, uma
preocupação com a compreensão de quem é o homem.
No presente trabalho, buscar-se-á apresentar inicialmente quem foi René Descartes e o
contexto em que ele viveu, além das suas principais influências. Em seguida, serão apresentados
os aspectos que são responsáveis pela construção da compreensão antropológica presente em
René Descartes: o método e a dúvida metódica, o cogito, a concepção mecanicista de homem
e, por fim, o dualismo cartesiano, corpo e alma.
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2 A CONCEPÇÃO ANTROPOLÓGICA EM RENÉ DESCARTES

2.1 Vida de René Descartes

René Descartes nasceu em La Haye, em 1596. Estudou no colégio jesuíta de La Flèche,


na cidade de Anjou, concluindo a licenciatura em direito pela Universidade de Poitiers.
Participou da Guerra dos Trinta Anos, no período de 1618 a 1620 (REALE; ANTISERI, 2005).
É considerado o pai da filosofia moderna, pois, como afirmam Reale e Antiseri (2005,
p. 283):

[...] assinalou uma reviravolta radical no campo do pensamento pela crítica a que
submeteu a herança cultural, filosófica e científica da tradição e pelos novos princípios
sobre os quais edificou um tipo de saber, não mais centrado no ser ou em Deus, mas
no homem e na racionalidade humana.

As obras de Descartes apresentam um rompimento com grande parte da tradição do


pensamento medieval. Ele atribui a si uma missão de salvar o pensamento moderno, uma vez
que via na filosofia até então existente: “[...] a ausência de uma séria metodologia, capaz de
instituir, controlar e ordenar as ideias existentes e guiar à busca da verdade.” (REALE;
ANTISERI, 2005, p. 284). O que o leva a ver a: “[...] necessidade urgente de enfrentar o
problema da objetividade da razão e da autonomia da ciência em relação ao Deus onipotente.”
(REALE; ANTISERI, 2005, p. 285).

2.2 Influências para o pensamento de René Descartes

Como primeira influência para o pensamento de René Descartes, devemos considerar


os estudos que ele teve no Colégio jesuíta de La Flèche, marcadamente humanístico e
influenciado pela concepção filosófica escolástica e aristotélica, que o levaram, mesmo que
reconhecendo a importância e a qualidade dos estudos no Colégio, a criticar as bases do
pensamento filosófico existentes até aquele momento, afirmando que eles apresentavam
ausência de objetividade e certeza. Ele se propôs, portanto, a: “[...] reconstruir a filosofia sobre
bases estritamente racionais, pois, como as humanidades já lhe tinham indicado, os sentidos
eram imprecisos e pouco confiáveis.” (VARES; POLLI, 2005, p. 52). Logo, o conhecimento
verdadeiro só poderia advir da razão (VARES; POLLI, 2005).
Além disso, Descartes vive num período fortemente influenciado pelo pensamento
Renascentista, o Humanismo, que pregava: “[...] uma sabedoria humana cujas condições de
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existência estão fora dos domínios da Teologia e que se define pelo mais alto grau de perfeição
de que nossa natureza é capaz.” (MARQUES, 1993, p. 16). Este movimento apresenta uma
preocupação com a cultura e a erudição que traz uma revitalização dos clássicos, além de se
preocupar com a utilização e o domínio da natureza pelo homem (MARQUES, 1993).
Vares e Polli (2005) afirmam que Descartes teve influência de diferentes correntes do
pensamento filosófico, destacando-se o pensamento platônico e o ceticismo ético de Montaigne.
Com relação ao pensamento platônico, o pensamento de Descartes herda, mesmo que não em
sua totalidade, a teoria do dualismo entre corpo e alma. As duas teorias têm diferenças
significativas: “[...] porém a aproximação entre elas é inegável.” (VARES; POLLI, 2005, p.
54). Já, com relação ao ceticismo ético de Montaigne, vê-se que o conceito de dúvida, adotada
enquanto método, tem grande influência sobre o pensamento cartesiano, porém não é tomado
de forma completa, uma vez que: “A dúvida metódica cartesiana não pressupõe em nenhum
momento a suspensão de todo o juízo” (VARES; POLLI, 2005, p. 55). Descartes utiliza-se da
dúvida apenas como um: “[...] primeiro passo para com a mesma dúvida refutar o ceticismo”.
(VARES; POLLI, 2005, p. 55).
Além dessas principais influências filosóficas, Descartes recebe uma importante
influência das ciências racionais, como as ciências matemáticas e geométricas (VARES;
POLLI, 2005). O movimento do racionalismo, característica marcante do pensamento de
Descartes: “[...] é o movimento ou o ponto de vista que acentua o poder da razão de entender
verdades substanciais sobre o mundo e correspondentemente considerar a ciência natural como
um empreendimento a priori [...]” (MARQUES, 1993, p. 35-36), sendo fundamental a
necessidade de constituição de sistemas. Com a sua construção de saber, Descartes pretende
dar uma finalidade concreta ao conhecimento, estabelecendo uma nova estrutura filosófica,
além de melhorar ou até mesmo corrigir as condições de existência do homem, “[...] pela
aplicação da mecânica, da medicina e da moral.” (MARQUES, 1993, p. 36).
Já com relação ao mecanicismo, pode-se defini-lo como: “o movimento do pensamento
que supõe, à base de todos os fenômenos naturais, certa configuração de massa em movimento.”
(MARQUES, 1993, p. 39), que teve grande influência sobre a concepção mecanicista de
homem, desenvolvida por ele.

2.3 O método e a dúvida metódica

Diante de seu objetivo de construir um método que fosse capaz de levar a um


conhecimento verdadeiro acerca de tudo o que se possa conhecer, Descartes elabora, na obra o
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Discurso do Método, as regras de seu método, que são quatro:


1. Evidência:

Nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que a conhecesse evidentemente
como tal; ou seja, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e não incluir
em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse tão clara e distintamente ao
meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida. (DESCARTES,
2001, p. 23).

2. Análise: “Dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas
quantas fosse possível e necessário para melhor resolvê-las.” (DESCARTES, 2001, p. 23).
3. Síntese: “Conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais
simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por degraus, até o
conhecimento dos mais compostos [...]” (DESCARTES, 2001, p. 23).
4. Controle: “Fazer em tudo enumerações tão completas, e revisões tão gerais, que eu
tivesse certeza de nada omitir.” (DESCARTES, 2001, p. 23).
Estabelece ainda que os sentidos não são suficientes para nos trazer a verdade, podendo
ser, inclusive, enganadores, não sendo possível afirmar se o mundo ou a realidade realmente
existem, ou se são fruto apenas de um sonho ou ilusão causada por um gênio maligno e
enganador. Após estabelecer os passos de seu método, Descartes passa a buscar uma primeira
verdade, que fosse irrefutável e certa:

Enquanto averiguava que tudo poderia ser ilusão, encontrou pressupostos de uma
primeira e certeira afirmação. A partir do método da dúvida, era necessário que o eu
que pensava fosse alguma coisa, afinal: se duvido, penso. A partir dessa primeira
constatação, utilizando o método dedutivo, desemboca numa primeira certeza:
“Penso, logo existo” (VARES; POLLI, 2005, p. 56).

Após chegar a uma primeira certeza, que ele denomina como princípio primeiro da nova
filosofia, o cogito, têm-se, portanto, a certeza da existência de uma essência humana (a alma).
“Porque duvido, penso, e se penso só posso fazê-lo existindo.” (VARES; POLLI, 2005, p. 56).
O homem é, portanto: “uma realidade pensante e está bem consciente do fato fundamental
representado pela lógica da clareza e distinção.” (REALE; ANTISERI, 2005, p. 293).

2.4 O cogito

Cogito, ergo sum (Penso, logo existo): é com este princípio primeiro, que teve origem
na dúvida radical, que Descartes conclui que para pensar é preciso, necessariamente, existir.
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Esta proposição, penso, logo existo: “[...] não é um raciocínio, mas intuição pura, ato intuitivo
graças ao qual percebo minha existência como ser pensante.” (REALE; ANTISERI, 2005, p.
292). E, é a esta existência como ser pensante que Descartes atribuirá o nome de res cogitans,
existência: “[...] sem nenhuma ruptura entre pensamento e ser: a substância pensante é o
pensamento em ato, e o pensamento em ato é uma realidade pensante.” (REALE; ANTISERI,
2005, p. 292).
Como afirmam Vares e Polli (2005), “o cogito (res cogitans) é uma substância fechada,
completa, independente, e portanto, diferente do corpo. [...] A substância alma é aquilo que faz
com que eu exista”.

2.5 A concepção mecanicista de homem

De acordo com Marques (1993), Descartes foi responsável por desenvolver uma teoria
médica com o objetivo de auxiliá-lo na explicação do homem no conjunto do seu sistema
filosófico. A reflexão sobre a medicina, para ele, está diretamente ligada a ideia de sabedoria,
que deve estar relacionada à prática, como pode ser observado ao afirmar que compreende a
filosofia como um estudo da sabedoria: “[...] um conhecimento perfeito de todas as coisas que
o homem pode saber, tanto para a conduta da sua vida como para a conservação da saúde e
invenção de todas as artes” (DESCARTES, 1997, p. 15).
Dentro do período renascentista, temos ainda uma preocupação em trazer para o
conhecimento espaços ainda não explorados pelo homem, e um desses espaços será o
conhecimento sobre o corpo humano, elemento ainda não explorado, destacando-se o estudo da
anatomia. Descartes traz uma concepção de homem-máquina, influenciado principalmente pelo
movimento do mecanicismo: uma concepção do corpo humano como máquina. Marques (1993,
p. 45) afirma que: “Nesta máquina, as funções seguem somente a disposição dos seus órgãos,
sem mais nem menos do que fazem os movimentos de um relógio ou outro autômato com seus
pesos e rodas.” Ainda, é onde os acontecimentos fisiológicos devem ser analisados sem o
auxílio de outras faculdades e virtudes, tendo a alma uma função bem determinada, que é o
pensamento (MARQUES, 1993). Reale e Antiseri (2005, p. 299), ao se referirem sobre a visão
mecanicista do homem, afirmam que:

O universo é uma grande “máquina”, cujos elementos essenciais são matéria e


movimento. Também o corpo humano e os organismos animais são máquinas e,
portanto, funcionam em base a princípios mecânicos que regulam seus movimentos e
relações; isso que chamamos vida é redutível a uma entidade material, isto é, a
elementos sutilíssimos que, veiculados pelo sangue, se difundem por todo o corpo e
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presidem às principais funções do organismo.

De acordo com Vares e Polli (2005), o mundo corpóreo é reduzido à extensão e ao


movimento, não havendo a necessidade de existirem outros atributos para ele existir. Logo,
todo o universo é comparado a uma máquina, e pode ser explicado por apenas dois elementos,
matéria e movimento, incluindo-se nesta explicação, inclusive, o corpo humano.

2.6 O Dualismo Cartesiano – Res cogitans e Res extensa

Existem, para Descartes, dois tipos de substâncias, que são: a res cogitans (substância
pensante) e a res extensa (substância extensa). E essas duas substâncias ocorrem juntas no
homem, diferente dos outros animais, de forma claramente distintas entre si: união da alma –
res cogitans, e do corpo – res extensa (REALE; ANTISERI, 2005). Descartes chega à
conclusão de que existimos enquanto coisa pensante e que o mundo (extensão) é como
sentimos.
A alma, entretanto, não é vida, mas pensamento. Sua separação do corpo não tem como
efeito a morte. A morte, por sua vez, é determinada por causas fisiológicas. “A alma é uma
realidade inextensa, ao passo que o corpo é extenso.” (REALE; ANTISERI, 2005, p. 302). Com
essa concepção, Descartes, apoiado em alguns aspectos da teoria platônica, defende a
imortalidade da alma. Porém, diferente de Platão: “[...] não defende a existência de um mundo
de ideias, ao qual a alma retorna com a destruição corpórea.” (VARES; POLLI, 2005, p. 57).
O corpo, ainda, não passa de um autômato, ou seja, uma máquina, que é dirigido por
leis naturais de funcionamento. Neste quesito, Descartes reduz o mundo – res extensa – a
fórmulas que podem ser descobertas e entendidas (VARES; POLLI, 2005).
No entanto, mesmo sendo realidades que nada têm em comum, a alma e o corpo
possuem uma interferência constante entre si, como por exemplo, os nossos atos de vontade
que movem o corpo ou as sensações do mundo externo que se refletem no pensamento.
Descartes descreve essa interação com a analogia de um piloto em seu navio, como a alma que
dirigi o corpo. Com o objetivo de responder como esse processo ocorre, Descartes partiu para
uma investigação dos processos físicos e orgânicos do corpo, definindo que há no cérebro uma
pequena glândula, chamada pineal, onde se aloja a alma, que: “[...] situada no centro do cérebro,
onde se reúnem ramificados todos os tecidos das artérias que veiculam o sangue para o cérebro.”
(REALE; ANTISERI, 2005, p. 302).
Por fim, Descartes apresenta uma preocupação com a capacidade da alma em: “[...]
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vencer as emoções ou, pelo menos, frear as solicitações sensíveis que a distraem da atividade
intelectual, projetando-a para as amarras das paixões.” (REALE; ANTISERI, 2005, p. 303).
Para ele, o que conduz o homem não são suas emoções ou sentimentos, mas a razão: “A
sabedoria consiste precisamente na adoção do pensamento claro e distinto como norma, tanto
do pensar como do viver.” (REALE; ANTISERI, 2005, p. 303).
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3 CONCLUSÃO

Este trabalho teve por objetivo apresentar a concepção de homem na visão do filósofo
René Descartes, utilizando-se da metodologia de pesquisa bibliográfica. Para isso, buscou
abordar as principais contribuições deste filósofo no âmbito da antropologia filosófica,
principalmente suas discussões com relação ao dualismo corpo e alma.
Descartes oferece uma nova concepção de homem, baseada no dualismo corpo e alma,
explicada por meio da existência das substâncias res cogitans e res extensa. Ele, ainda, desloca
sua explicação da esfera estritamente religiosa, característica do período medieval, para uma
visão mecanicista e racional, que, no contexto do período moderno, colocava o homem como
centro da preocupação dos estudos e da construção do conhecimento da época.
Ainda, tem-se a relevância deste estudo ao apresentar a construção de conhecimento e
a revolução inserida por Descartes, com seu método, para chegar à concepção de homem. Com
ele, temos a inauguração do pensamento moderno sobre o homem, que traz a noção de sujeito,
com uma valorização da razão e do seu domínio sobre o corpo, buscando no conhecimento uma
utilidade prática.
Por fim, a partir deste estudo, pode-se concluir que René Descartes traz para o âmbito
da antropologia uma grande contribuição, que reflete até os dias atuais, em sua tentativa de
definir o homem de forma clara e distinta, com a valorização da razão. Existe uma ânsia do
homem em buscar compreender-se num contexto em que muitas respostas são dadas de forma
pronta, porém pouco refletidas por cada indivíduo. Seu método de raciocínio pode ser uma
ferramenta que auxilie o homem a buscar a compreensão de sua essência, por meio da reflexão,
compreendo que não apenas o corpo, enquanto realidade material e extensa, ou apenas a alma,
enquanto realidade pensante, podem ser utilizadas de forma individual para explicar o homem
enquanto sujeito. O homem é uma realidade complexa, que deve ser encarada como tal.
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REFERÊNCIAS

DESCARTES, René. Discurso do Método. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 102 p.

DESCARTES, René. Princípios da Filosofia. Lisboa: Edições 70, 1997. 279 p. (Coleção
Textos Filosóficos)

MARQUES, Jordino. Descartes e sua concepção de Homem. São Paulo: Edições Loyola,
1993. 224 p. (Coleção Filosofia, vol. 25).

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: do Humanismo a Descartes, v. 3.


2. ed. São Paulo, SP: Paulus, 2005.

VARES, S. F. DE; POLLI, J. R. O Dualismo e a Concepção de Homem em René Descartes.


Análise – Revista das Faculdades de Tecnologia e de Ciências Econômicas, Contábeis e de
Administração de Empresas Padre Anchieta, v. 6, n. 11, fev. 2005. p. 51-59 Disponível em:
https://revistas.anchieta.br/index.php/Revistanalise/article/view/419. Acesso em: 12 nov.
2020.

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