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"O Discurso do Método" é uma obra filosófica escrita por René Descartes e publicada em 1637.
Neste livro, Descartes expõe sua busca por um método seguro para a obtenção do
conhecimento. A centralidade dada à razão é evidente, pois ele destaca a necessidade de
questionar todas as crenças a fim de encontrar fundamentos inabaláveis. O autor estabelece
seu famoso "Cogito, ergo sum" como um ponto de partida indiscutível, ressaltando que, através
do ato de pensar, ele confirma sua própria existência. A razão é a ferramenta que permite a
análise crítica e a construção do conhecimento, seguindo um método claro e distinto. Descartes
argumenta que a razão é uma capacidade universal do ser humano que possibilita a
compreensão lógica e sistemática do mundo. Ele também divide a mente (res cogitans) da
matéria (res extensa), estabelecendo assim as bases para a filosofia do dualismo. O livro é
dividido em seis partes:
O Cogito: Ele chega à conclusão de que, ao duvidar de tudo, resta apenas a certeza de que
está pensando, o famoso "Cogito, ergo sum" (Penso, logo existo). Isso se torna a pedra angular
de seu sistema.
Distinção da Mente e do Corpo: Ele introduz o dualismo, a separação entre a mente (res
cogitans) e o corpo (res extensa), destacando como são distintos e, ao mesmo tempo,
interagem.
O Método Cartesiano: Descartes apresenta seu método para resolver problemas, que envolve
a divisão das questões em partes menores, análise crítica e reconstrução do conhecimento a
partir de conclusões indiscutíveis.
As Regras da Moral: Ele propõe um conjunto de regras éticas que devem guiar a conduta, uma
moral baseada na razão.