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Hoje, vamos explorar aspectos essenciais da filosofia de René Descartes, com foco em "Substâncias e

Fundacionalismo" e "Críticas a Descartes".

Descartes delineou duas substâncias fundamentais: a res extensa (matéria) e a res cogitans (mente). Essa
dualidade substancial fundamenta sua filosofia, com a mente sendo a essência do pensamento,
destacada pelo"Cogito, ergo sum" ("Penso, logo existo").

No âmbito do fundacionalismo, Descartes buscava certezas claras, fundamentando o conhecimento nas


ideias claras e distintas.

Vou agora abordar o temo "Dualismo Cartesiano". Esta perspectiva fundamental de Descartes divide a
realidade em duas substâncias distintas: a alma, ou substância pensante, e o corpo, a substância extensa.

Dualismo Substancial: Alma e Corpo

Descartes defende que a alma, ou mente, é a sede do pensamento, da consciência e da vontade. Esta
substância pensante é imaterial, indivisível e escapa às leis físicas. Em contraste, o corpo é a parte
material da existência humana, caracterizada pela extensão física em comprimento, largura e altura. O
corpo, para Descartes, é concebido como uma máquina física regida pelas leis da física.

Principais Verdades Fundamentadas por Descartes:

Existência da Alma:

O ponto de partida é a certeza da existência da alma, fundamentada no ato do pensamento. A expressao


"Cogito, ergo sum" destaca a existência da mente como uma verdade clara.

Existência de Deus, como Ser Perfeito:

Descartes busca fundamentar a existência de Deus como garantia da veracidade das ideias claras e
distintas. A ideia de um ser perfeito, segundo ele, não poderia ser gerada por mentes finitas e limitadas.

Existência de Corpos Extensos:

A terceira verdade essencial é a existência de corpos extensos no espaço tridimensional. Descartes


argumenta que, através da razão, podemos inferir a existência de um mundo material, mesmo que alma
e corpo sejam substâncias distintas.

No entanto, enfrentamos críticas significativas. Uma delas questiona a validade do "Cogito",


argumentando que só podemos afirmar a existência do pensamento, não necessariamente de um "eu"
pensante.

Outra crítica refere-se ao "círculo cartesiano", sugerindo que a prova da existência de Deus e a
confiabilidade das ideias claras e distintas são interdependentes, resultando em um argumento circular.

Além disso, objeções são levantadas em relação ao conceito de ser perfeito, questionando se realmente
temos uma ideia que corresponda à natureza de Deus. Ainda, o dualismo cartesiano enfrenta desafios
quanto à interação mente-corpo, sendo destacada a dificuldade em explicar como a mente, sendo não
física, pode influenciar o corpo.

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