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6-RESUMO MNEMÔNICO:

René Descartes – Discurso do Método


RESUMO SÍNTESE

René Descartes (31/03/1596, França; 11/02/1650, Estocolmo – Suécia): foi um dos mais importantes
filósofos, matemáticos e cientistas de sua época e se situa no período da Filosofia Moderna (muitas vezes
é retratado como o ‘pai’ da Filosofia Moderna). É conhecido pela invenção das coordenadas cartesianas, a
geometria analítica (álgebra + geometria) e pelo COGITO cartesiano, ou seja, ‘Penso, logo existo’, ideia esta
desenvolvida em suas principais obras: Discurso sobre o método e Meditações .

A obra Discurso do Método, para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências foi
publicada em 1637 e o texto é um prefácio de uma série de ensaios científicos (Dióptrica, Meteoros,
Geometria), depois foi transformado em livro, dividindo-se em outros livros. É um dos primeiros livros
escritos em Francês (linguagem vulgar) e não em Latim (linguagem douta).

A obra utilizada para o estudo foi a versão da coleção Os Pensadores, edição de 1973, editora Abril
Cultural, tradução de Jacob Guinsburg e Bento Prado Jr.
6-RESUMO MNEMÔNICO:
René Descartes – Discurso do Método
RESUMO SÍNTESE

O livro trata essencialmente de um prefácio para a aplicação de um método mais preciso na investigação
das coisas filosóficas e científicas. Está escrito em primeira pessoa (‘eu’) e o autor narra a sua busca pelo
princípio indubitável e a verdade fundamental do conhecimento. Descartes encontra suas respostas no
COGITO, ou seja, ao duvidar de tudo ele não pode duvidar de que está pensando e de que existe enquanto
pensa. Consequentemente ele ‘pensa, logo existe’. O livro está dividido em seis partes:

i) CONSIDERAÇÃO SOBRE AS CIÊNCIAS: onde Descartes inicia uma investigação autobiográfica sobre a
formação de seu conhecimento e dos conhecimentos de sua época, com isso ele quer encontrar critérios
seguros para identificar o que é verdadeiro e o que é falso sobre tudo o que ele aprendeu, ou seja, o
pensador quer utilizar de sua própria razão para encontrar o que é fundamentalmente conhecimento.
ii) AS PRINCIPAIS REGRAS DO MÉTODO: nesta parte, Descartes continua a sua investigação autobiográfica e
estabelece quatro regras básicas do método (1- aceitar como verdadeiro apenas o que é claro e evidente; 2-
dividir as dificuldades em partes para melhor compreendê-las; 3- ir do simples ao composto, complexo; 4-
enumerar e revisar, sem omitir nada.
iii) AS REGRAS DA MORAL PROVISÓRIA: enquanto Descartes está buscando o conhecimento seguro e o
fundamento certo das coisas com o seu método, para orientar-se no mundo, ele cria uma moral provisória
com quatro máximas (1-obediência às leis e aos costumes, à religião de nascimento, à moderação, seguir os
sensatos, voto de pobreza de opinião; 2-ser firme e resoluto nas ações; 3-vencer a si mesmo e modificar os
próprios desejos, antes de lutar contra a fortuna (destino, fado) e o mundo; 4-cultivar com todas as forças a
razão e buscar sempre conhecer a verdade metodologicamente).
6-RESUMO MNEMÔNICO:
René Descartes – Discurso do Método
RESUMO SÍNTESE
iv) AS RAZÕES DA EXISTÊNCIA DE DEUS E DA ALMA HUMANA COMO FUNDAMENTOS DA METAFÍSICA:
nesta parte, Descartes fala sobre suas primeiras meditações e inicia a sua dúvida radical sobre todas as
coisas. Na busca pela verdade, Descartes rejeita o duvidoso, pois busca o indubitável. Ele duvida de todas as
coisas, no entanto, era indubitável que ele pensava enquanto duvidava de tudo e, por isso, ele era alguma
coisa. Descartes notou a verdade indubitável e fundamental de toda a Filosofia centrada no ‘Eu penso, logo
existo’. Além disso, Descartes conclui que ele existe enquanto pensa e que ele era uma substância pensante,
independente de tudo o mais, ou seja, algo imaterial. Logo, esse ser pensante e imaterial é a alma, que é
distinta do corpo (material). Refletindo que o conhecer é mais perfeito que o duvidar, e que o ser de
Descartes não é perfeito, o filósofo começou a buscar a origem da perfeição e a encontrou não nele mesmo
(pois ele é imperfeito), mas em Deus (Ser perfeito), que colocou nele a ideia da perfeição, pois somente Ele
é perfeito e Ele colocou em nossa alma a ideia da perfeição.
v) QUESTÕES DE FÍSICA E EXPLICAÇÕES DO MOVIMENTO DO CORAÇÃO E DA MEDICINA, E DAS
DIFERENÇAS ENTRE A ALMA HUMANA E A ANIMAL (CORPO-MÁQUINA): aqui, Descartes pretende mostrar
as outras verdades que ele deduziu da primeira (cogito, alma, Deus), mas se atém a algumas que seguem o
critério da clareza e da distinção. Ele discorre sobre alguns aspectos da Física, da Medicina, do Corpo e da
Alma, do Coração, sobre a relação entre o animal e a máquina, e o aspecto maquinal do corpo humano e a
imortalidade da alma.
vi) AVANÇO NAS PESQUISAS DA NATUREZA E OS MOTIVOS DA OBRA: por fim, Descartes aponta para a
possibilidade de avanço nas pesquisas da natureza e as razões que o levaram a escrever a respectiva obra.

*DESTAQUE PARA AS PARTES I, II, III E IV DA OBRA.

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