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Apresentação
René Descartes teve medo de publicar o seu livro “Tratado do mundo”, resolveu
então preparar o ambiente com as suas ideias com a publicação de “Discurso do Método”,
pois ficou sabendo que a Inquisição de Roma havia punido Galileu Galilei com prisão
domiciliar devido a publicação de sua obra “Diálogo Sobre os Dois Principais Sistemas do
Mundo”, milhares de cópias foram recolhidas e queimadas pela Igreja Católica. Essa obra
pretende buscar a verdade suprema por meio de uma metodologia científica segura.
Divisão do Livro
Primeira Parte
As pessoas da época não queriam obter neofilia, avançar nas ideias através da
razão ou bom senso, não é suficiente ter o espírito bom o importante é aplicá-lo bem
através de método, isso que diferencia o homem do animal, o propósito da obra não é o de
ensinar os outros a conduzir a vida, mas o de relatar como o autor conduziu a sua. Estudou
Letras numa das melhores escolas da Europa, onde acreditava haver homens sábios, leu
todos os livros da época, quando se formou constatou a própria ignorância, aprendeu sobre
as verdades e falácias das ciências da época, se apaixonou pela poesia e viu que pelo
menos nessa área, o dom era mais importante que anos de estudo, reconheceu a
importância da matemática além das aplicações mecânicas, venerava a teologia e admitia
que não precisava de nenhum dom especial vinda do céu para analisar seus textos, a
maioria das ciências se baseiam em princípios filosóficos, seus conhecimentos então eram
considerados pouco firmes já que criticava a filosofia, fugia de alquimistas, previsões de
astrólogos e de mágicos, abandonou a letras e resolver ir em busca da verdade suprema
através da aprendizagem do grande livro do mundo, ou seja, a experiência pessoal,
valorizava o discernimento.
Segunda Parte
Terceira Parte
Primeira máxima, seguir Deus e a religião que foi colocada em seu caminho desde
cedo, segunda máxima é ser firme nas decisões sem ficar mudando de opinião a toda
instante, a analogia feita seria como um viajante perdido na floresta que caminha de um
lado para o outro dando voltas, terceira máxima é procurar vencer a si mesmo antes do
destino e de modificar os seus desejos antes do que a ordem do mundo.
Quarta Parte
René Descartes realiza meditações sobre Deus e a alma (metafísica), diz que os
homens mais sensatos, ou seja, capazes de raciocinar sobre coisas simples da geometria
cometem paralogismos, um dos motivos que levou a duvidar ou descartar em seu espírito
supostas verdades que pareciam ser mais verdadeiras do que seus sonhos.
Penso, logo existo, isso quer dizer que para pensar é preciso existir, a partir disso
surge os silogismos, ele também descobre que ele era uma essência ou natureza (alma)
que consistia somente no pensar, e não precisava estar em lugar algum ou depender de
qualquer coisa material, sendo a alma distinta do corpo.
Ele se considerava o ser menos perfeito, pois tinha tinha dúvidas, inconstância e
tristeza, então ele provinha de Deus que era o ser mais perfeito e tinha isenção dessas
emoções, mas com elementos como ser imutável, onisciente, todo-poderoso e eterno.
Todos os filósofos em suas escolas tinham a máxima que tudo que está no entendimento
primeiro passou pelos sentidos, porém somente os sentidos não poderiam garantir-nos
coisa alguma, se nosso entendimento não intervisse.
Quinta Parte
René Descartes, aborda a questão da luz emanada pelo sol e das estrelas
fixas que se refletem em outros corpos, também fala sobre a transmutação da
cinzas em vidro, da anatomia e fisiologia da época que se tinha do coração e do
pulmão dos animais serem idênticos ao do homem, chegando à conclusão que a
alma está relacionado com o pensar, sendo distinta do corpo, a alma dos animais
não eram tão desenvolvidos, embora pegas e papagaios conseguissem articular
palavras como nós, mas não conseguem falar como nós, a disposição dos órgãos
dos animais era semelhante como o do relógio que possui molas e rodas, por fim
chega a conclusão que nossa natureza é totalmente independente do corpo e
imortal.
Sexta Parte