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 Uma vez feito o processo de simplificação Descartes propõe uma terceira regra, Seguir

um ordenamento, de modo que começando pelas coisas mais simples e fáceis de


entender, progredindo gradualmente para abordagem dos problemas mais complexos,
permita um caminho mais acessível a verdade almejada.
 A quarta regra cartesiana está centrada no que se diz ser as enumerações, os
processos elencados até aqui podem ser vistos como um caminho, logo aqui na quarta
regra é a parte de revisão da rota, prestando atenção nos detalhes sem deixar que
fiquem aspectos obscuros ou omitidos, tendo a certeza de que não há lacunas.
 Sintetizamos então todo o percurso em palavras: evidência, análise, síntese e a
verificação.
 Considerado o pai do racionalismo, sabemos que Descartes instituiu a dúvida e o uso
da razão, deixando de lado a acreditação cega no senso comum, assim, seria a busca
intelectual pela verdade, assim concluiu que a única coisa da qual podia ter certeza
era de sua dúvida, mas dúvidar é pensar, é e com uso da avaliação racional que a
filosofia poderia, por exemplo, chegar a construir um conhecimento indubitável até
para aspectos acima do mundo físico, como, as idéias, Deus, a imortalidade da alma
etc. Assim, em meio a esse contexto surge a sua célebre conclusão: “Penso logo
existo”.
 Descartes, costumava apartar-se da vida social e dedicar-se a reflexão, tinha como
certeza sua capacidade de pensar, assim, ele percebeu que a introspecção, ou seja, a
razão e a reflexão, era um caminho válido na busca pelo conhecimento.
 Idéias inatas: Descartes acreditava que a razão (imaterial) diferente do corpo
(material) teria um trabalho puro e independente que seria o pensar, logo a alma
também envolvida nesse aspecto estaria mais próxima da razão sendo mais fácil então
para a razão conhecer a alma que o corpo, assim a razão se encontraria com idéias que
se apresentariam com tanta clareza e nitidez que mereciam ser aceitas como
verdadeiras, essas idéias, não seriam fruto de mera aprendizagem, mas elas eram
parte natural da mente, por exemplo, ele demonstra que uma criatura imperfeita, era
capaz de sustentar idéias perfeitas, ora se ele mesmo era imperfeito, não poderia
gerar idéias perfeitas por sí mesmo, então essas idéias deviriam ter sido inseridas em
sua mente por algo mais perfeito que ele, algo digno de toda perfeição possível, ou
seja, Deus. As idéias inatas, ou seja, idéias com as quais já nascemos, teriam sido
colocadas em nossa mente por Deus. Fariam parte dessas idéias conceitos como,
infinito, unidade, perfeição, os axiomas matemáticos e a própria idéias da existência
de Deus.

Informação Sensorial: Descartes afirma que devemos confiar nas informações que
obtemos através dos sentidos, ou seja, do paladar, do olfato, da visão etc, para ele
Deus, sendo perfeito, não nos daria sentidos enganosos, no entanto, antes deviríamos
nos certificar de que analisamos bem a informação passada por nossos sentidos, para
não entendermos erroneamente a mensagem. Alguns filósofos afirmam que os
sentidos nos enganam, mas Descartes pensa diferente.

Parte 2

 Contudo, muitos estudos, existentes na época de Descartes, já mostravam que suas


análises sobre o comportamento reflexivo, estavam incorretas, existiam muitas
evidências que os nervos não eram ocos, de que havia dois tipos de nervos, os
sensoriais, que levam informação sensorial até o cérebro, e os nervos motores, que
levam informação do cérebro para os músculos, também já se sabia que muitos
animais continuam a se movimentar e a reagir a certos estímulos, mesmo depois de
decapitados, apesar de todas as evidências, Descartes nunca modificou sua posição.
 Mente e corpo: Como vimos, Descartes acredita que todos os comportamentos
animais, bem como os seus processos internos, podem ser explicados mecanicamente,
no caso do ser humano as explicações mecanicistas também dariam conta de muitos
de nossos comportamentos e processos internos, mas no caso humano, haveria uma
importante diferença. Apenas os seres humanos possuem uma mente que oferece
consciência, livre escolha e racionalidade, ademais a mente não é uma entidade física,
ou seja, o corpo ocupa espaço, mas a mente não. A mente para Descartes é um
elemento não físico que influencia que influência o corpo físico, ele afirma com todas
as letras que os seres humanos possuem um corpo que funciona de acordo com
princípios físicos, e uma mente que não é física, entretanto esses dois elementos
interagem, ou seja, influenciam-se mutuamente, como a mente não é física, ela não
pode ser localizada em nenhum local específico, para descartes a mente permeia todo
corpo físico ainda assim ele procurou por um local no corpo através do qual a mente
pudesse exercer sua influencia sobre ele, esse local segundo descartes seria a glândula
pineal.

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