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Corpo e alma, na verdade, não são duas substâncias que se somam, mas
os princípios constitutivos de uma única substância. Por isso, a psique não
é o reino no qual age um espírito puro independente do corpo, mas é
preciso considerar a existência da parte vegetal e animal da psique da qual
se originam sensações e fantasias que fogem ao controle direto da vontade
e da consciência e se situam abaixo da consciência (subconsciente). No
subconsciente se situam, por exemplo, as imagens sensíveis que se
encontram em nós sem que mantenhamos uma memória consciente:
automatismos do instinto, automatismos adquiridos com o hábito,
sentimentos (atrações, repulsões, agressividade, afetividade) que nos
movem e nos influenciam e sobre os quais devemos, com esforço, dirigir a
atenção da vontade e da inteligência para podermos tornar-nos
conscientes e para poder guiá-los em direção ao que é bom objetivamente.
A psique, então, não compreende apenas a parte da consciência e da
vontade, mas também a parte do inconsciente – obviamente, entendido em
sentido etimológico e não no sentido freudiano – na qual se move tudo o
que há em nós de vegetal (vida orgânica) e de animal (funções da
sensibilidade): isso constitui propriamente o subconsciente e é o lugar de
onde se originam todos aqueles impulsos do comportamento situados
abaixo da consciência.
A psicoterapia deve ter em conta o fato de que nas zonas mais profundas
da psique humana existe a memória e a necessidade do sagrado, e que o
amor de Deus e a esperança da vida eterna representam a principal e mais
potente motivação capaz de iluminar e encorajar o ser humano nas
dificuldades da vida, capaz de suscitar e manter nele a vontade de curar,
mesmo frente às dificuldades mais graves que superam as forças
humanas.
Escreve São Pio X no seu Catecismo Maior: “a alma é a parte mais nobre
do homem, porque é substância espiritual, dotada de intelecto e de
vontade, capaz de conhecer a Deus e de possuí-lo eternamente. [...] a
nossa alma não se pode nem ver nem tocar porque é espírito. [...] a alma
humana não morre nunca: a fé e a própria razão provam que ela é imortal”.
(3)
Sobre o termo alma, que deriva de ánemos (sopro, vento), se entende o
princípio primeiro da atividade de todos os seres viventes.
Esta pergunta é o sinal de que, para o homem, nos dados provenientes dos
sentidos resta um objeto a conhecer que os sentidos não podem capturar.
Qual é, então, este objeto? Este objeto é a essência de uma coisa, aquilo
pela qual uma coisa é o que é: o por quê existe e por que existe deste
modo.
Na maior parte dos casos, o suicídio não é um ato de amor pela morte em
si própria, mas uma fuga à dor.
Em alguns casos raros, o suicídio é o fruto da soberba, isto é, da
desordenada estima de si mesmo. O soberbo pode chegar a refutar a sua
dependência ao Criador até o ponto de querer ser dono do momento de
sua morte. O filósofo ateu Friedrich Wilhelm Nietzsche, em Assim Falou
Zaratustra, chega a exaltar “a livre morte, que vem a mim, porque eu
quero.” Zaratustra não deseja a morte por si mesma, mas procura rebelar-
se à sua condição de ser – mortal – dando-se a morte. (6)
O homem é uma substância feita de alma e corpo; alma e corpo não são
duas substâncias ligadas entre si, mas são a forma e a matéria da mesma
substância homem.
Desta maneira, não se entende como o guiador, uma vez que tenha
decidido – e se trataria de uma decisão espiritual tomada pela alma – levar
a máquina a uma certa direção (por exemplo, de afrontar um perigo), se
puxe atrás e não consiga fazê-lo.
A natureza espiritual da alma exige que a sua origem seja devida a uma
intervenção direta de Deus. De fato, a alma não pode ser produzida por
substância material pré-existente sendo-lhe superior; nem pode ser
produzida pela substância espiritual pré-existente dos pais. De fato, este
tipo de geração exigiria que o espírito dos pais comunicasse uma parte de
si, mas isto não é possível, porque o espírito não é divisível como a
matéria. A alma por isso é criada diretamente por Deus no mesmo
momento no qual acontece a fecundação humana.
O espiritismo e a reencarnação
Certamente, não podem vir de Deus, porque Deus não pode ser captado e
obrigado a responder às nossas perguntas.
Na doutrina da reencarnação:
Notas:
2) cfr Pierre Marie Emonet O.P., Mirella Lorenzini O.P., Conoscere l'anima
umana, elementi di antropologia filosofica, edizioni studio domenicano,
Bologna 1997; cfr Gianfranco Basti, Il rapporto mente-corpo nella filosofia e
nella scienza, ed. studio domenicano, Bologna 1991, in particolare da pag
265 a pag 269; cfr Tommaso d'Aquino S. Th., I,76,8c, eccetera; cfr Corrado
Manni, Il risveglio dal coma? Attenzione a non dire eresie, Il Medico d’Italia,
n.6, 7 marzo 1995, p. 9
3) San Pio X, Catechismo Maggiore, ed. Ares, Milano, sesta edizione 1987,
n.50, 51, 52 p.22.
5) cfr San Tommaso d’Aquino II Sent. Dist.XIX q.I, 1, art.1; Summa contra
Gentiles lib.II, cap.49; cfr Gabriele Paolo Carosi, Compendio di filosofia, ed.
Paoline, Roma 1984, pp.396-397
6) cfr Ramòn Lucas Lucas, L’uomo spirito incarnato, compendio di filosofia
dell’uomo, ed. San Paolo, Milano 1993, pag 314-330; cfr San Tommaso
d’Aquino, Summa Teologica I, q. 75, a. 6
7) Pierre – Marie Emonet O.P., trad. it., in Pierre Marie Emonet O.P. e
Mirella Lorenzini O.P., Conoscere l’anima Umana, ed. Studio Domenicano,
Bologna 1997, pp.10-11.
8) cfr Armando Plebe, Storia del pensiero, vol.II, ed. Ubaldini, Roma 1970,
pp.106-107
10) S Agostino, Le Confessioni, ed. Paoline 1975, trad. di Aldo Landi, , libro
VIII, cap. IX , p 257.
12) cfr Fernando Palmés S.J., Gli errori dello spiritismo, I Di oscuri, trad. it.,
Genova 1989, pp.388-392
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