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O Guardião do limiar, do umbral, Ser aural, deus ígneo, Eu Superior, Autocentrado.

Se partirmos das informações fornecidas pelo livro gnóstico “Pistis Sophia”, o Guardião do
limiar se encontra justamente entre no último subplano do plano mental concreto, ou seja, na
nota si da oitava das vibrações do mental, a parte mais densa, entre o mental e o astral.
Segundo o livro de Pistis Sophia o Autocentrado é uma emanação se encontra na mesma
região de Pistis Sophia, alma, que é o décimo terceiro eon, creio que um pouco acima em
termo de vibrações. O Autocentrado emana de si as irradiações do desejo e paixões para o
mundo anímico ou astral, daí essas forças atormentarem a alma no plano da sensação.

O Autocentrado, desta forma, se encontra no mundo dos arquétipos do mental concreto, na


parte mais densa, assim, o Autocentrado é um arquétipo. Segundo o mito gnóstico
apresentado no livro apócrifo de João versão longa, Yaldabaoth (o autocentrado) foi criado por
Sophia sem seu par (o Manas Inferior, a Chispas do Espírito-Inteligência que reside no mental
superior ou na parte espiritual do plano mental), isso resultou a queda de Sophia, isso no nível
macrocosmo. No microcosmo Pistis Sophia como a unidade de consciência na alma, criou a
causa da queda da alma na matéria.

O chamado mundo concreto da mente, é a região dos arquétipos das coisas e dos seres dos
planos astrais e físico (sendo o etérico parte desse), as três regiões sutis do plano mental,
encontra-se os seres que fornecem os impulsos para suas atividades. Muito pensam que a
criações mentais do homem comum ficam nessa região, não, essa região não entra as formas
mentais criadas pelo homem comum, as formas mentais do homem comum se localizam no
plano mental, pois a mente do homem comum é mesclada com o desejo é o que na teosofia,
chama-se kama-manas, desejo-mente. A mente comum mesclada ao desejo, é que cria as
formas-pensamentos segundo os impulsos do desejo, desejo que por sua vez é movido pelas
sensações captadas do mundo externo ou físico.

Assim, a chamada faculdade intelectual que no homem se encontra no lado direito do cérebro
(no esquerdo se encontra à vontade), a chamada alma intelectual do homem natural,
encontra-se no cérebro. O homem comum não possui uma razão desperta, ele é irracional, até
mesmo em homens ditos pensadores.

Aquele que possui o Eu Racional (Manas Inferior) desperto é aquele sujeito que funciona no
mundo mental concreto que é o mundo dos arquétipos, homens racionais captam por meio da
razão as formas arquetípicas, por isso na teoria do conhecimento de Platão o nível racional
pertence os matemáticos. A mente criativa do inventor é dotada de Eu Racional, por isso são
capazes de captarem os arquétipos e trazerem para o mundo empírico em forma de inventos,
grandes pinturas ou obras arquitetônicas são frutos da mente que desenvolveu a razão e, por
isso, podem adentrarem ao mundo dos arquétipos. Tomas Jeferson, Leonardo da Vinci, Albert
Einstein, Nicolas Teslas, filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Espinosa, Nietzsche,
Hegel, e outros grandes filósofos que trouxeram pensamentos iluminados à humanidade,
podem ser considerados seres que possuem um Eu racional.

Somente uma mente concreta com sua essência espiritual desperta, pode ser considerada uma
mente racional no real sentido da palavra e não no sentido de uma mera faculdade intelectual
fortalecida que só entende os fenômenos sem compreender suas verdadeiras causas que se
encontram no mundo do pensamento ou dos arquétipos, estes são as causas dos fenômenos
dos mundo físicos e anímicos.
Gurdjieff fala de personalidade e de essência, esta seria a centelha do Espírito Humano
manifestado na personalidade, entretanto nela se encontra adormecida, não ativa. Essa
essência do Espírito Humano é Eu Pensante do mundo mental concreto, dos arquétipos, o
Espírito Humano é o Pensador ou Nous que vive no mental espiritual de onde provem as forças
dos arquétipos.

A inteligência é um princípio espiritual assim como a sabedoria e a vontade. A palavra razão se


banalizou e perdeu o seu real significado, devido o procedimento da ciência materialista ou
positivista, entretanto se formos analisar a racionalidade cientifica que está a serviço da
técnica, da exploração e da opressão, ela de fato é irracional do ponto de vista do real sentido
que a palavra razão possui. Entretanto essa razão dotada de inteligência ou de um princípio
espiritual, é logos criador. Isso que é chamado de razão tanto pela ciência materialista quanto
pelo senso comum, é apenas uma faculdade de raciocínio bem treinada pela cultura, uma
mente lógica associada sempre ao desejo e, por isso, aos interesses egoístas. Esse tipo de
razão destituída de nous (inteligência espiritual) pode de fato conhecer a forma ou o objeto,
mas não pode conhecer a essência. Essa razão pura e prática como chama Kant, não pode ir
além da forma. O próprio Kant afirma que ela pode conhecer o objeto ou forma, mas não sua
essência. A essência da forma ou do objeto é o arquétipo que se encontra no mundo do
pensamento.

Triple Espírito:

Espírito-Vontade

Espírito-Sabedoria

Espírito-Inteligência

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