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SÉRIE IVR-Genealogia Secreta do Ser Humano

Índice

Aula 1 – Genealogia secreta do Ser Humano

Aula 2 – Princípio Vital

Aula 3 – Princípio Emocional

Aula 4 – Mental Concreto

Aula 5 – Mental Abstrato

Aula 6 – Intuição Pura

Aula 7 – Princípio Búdico

Aula 8 – Os Cinco Elementos

Aula 9 –

Aula 10 – Ioga dos Cinco Elementos I

Aula 11 – CHACRA ou CENTRO DE FORÇA

Aula 12 –

Aula 13 –

Aula 14 –

Aula 15 – Genealogia secreta da Terra como Ser Vivo

Aula 16 – Genealogia secreta do Ser Humano e da Terra como um Ser Vivo

Aula 17 – “O número 3 reina por toda a parte no universo. E a mônada é o seu princípio”...

Aula 18 – Chacra Cardíaco

Aula 19 – Símbolos que expressam a Realidade do Ser Humano e da Terra

Aula 20 – “O verdadeiro discípulo é aquele que procura guiar e salvar os homens, sem
distinção alguma”

Aula 21 – Colégios Iniciáticos

Aula 22 - 1º Estudo comparativo sobre Avataras


Aula 23 – 2º Estudo comparativo dos Avataras

Aula 24 – 3º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 25 – 4º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 26 – 5º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 27 – Hierarquias Criadoras

Aula 28 – Ordem como cobertura dos Avataras

Aula 29 – Medidas áureas

Aula 30 –

Aula 31 – Iniciação do Mental Abstrato associado à Filosofia

Aula 32 – 6º Estudo Comparativo dos Avataras

Aula 33 – “Deus se divide, para consumar o Supremo Sacrifício”

Aula 34 – Mistérios da Deusa Mayá

Aula 35 – Divina Acústica

Aula 36 – 2º Estudo sobre as Catedrais

Aula 37 – O que é Kabballah ou Cábala?

Aula 38 – Dimensão ! Dimensão ! Dimensão ! Dimensão !

Aula 39 – “Onde será o limite da percepção consciente?”

Aula 40 – Chaves Numérica e Geométrica

Aula 41 – Psicoterapia Transcendental ou Eutanásia Interna

Aula 42 – Linguagem Mitológica

Aula 43 – As leis vulgares não se seguem com o Ocultismo e com a Filosofia dos Avataras; cada
uma tem sua ação, nos respectivos planos

Aula 44 –Shamanismo e o Avatara de Avalokite-Iswara

Aula 45 – Jesus, o Cristo, e Judas

Aula 46 – Tulkuismo

Aula 47 – Tulkuismo – Estudo II

Aula 48 – Simbolismo da Rã Fenebre

Aula 49 – Tulkuismo – Estudo III


Aula 50 – Pesquisas sobre o Dia de São João, 24 de junho de cada ano

Aula 51 – Exteriorização da Motricidade ou Desdobramento

Aula 52 – O que é intuição?

Aula 53 – A Esfinge filosófica como alegoria do Ser Humano

Aula 54 – Indivíduo e Personalidade

Aula 55 – Iniciação Real

Aula 56 – Avatara em ação

Aula 57 – Importância do mês de março e Signos do Zodíaco

Aula 58 – A Eubiose e os Versos de Pitágoras

Aula 59 – Como se deve estudar iniciaticamente?

Aula 60 - Como se deve estudar iniciaticamente?

Aula 1: Genealogia secreta do Ser Humano

“ Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a vã filosofia”, afirmou Shakespeare,
no seu famoso Hamlet.

Sim, o Homem é um deles. Dependendo dos olhos que o olham... Uns, olham, apenas. Outros
olham e vêem externamente. Outros já o vêem internamente, isto é, em anatomia. Outros
buscam-lhe o cerne, ou o sentido, o dinamismo desse ser, a mola invisível que está além das
partículas de seu cérebro. Rebuscam-lhe a mola, dão-lhe o nome de alma, de psiquê e também
de pneuma. E o que impulsiona essa mola, pneuma, sopro? E surge o Hálito... ... A Criatura
Humana é complexa e nossos sentidos são limitados. Complexa é a Natureza. Olhamos, por
exemplo, uma árvore. Como a Criatura Humana, dependendo dos olhos que a olham, pode
ser, apenas, uma árvore. Para outros, é útil. Para outros, um vegetal. E para outros que
mergulham na sua observação, já vai sendo dividida em raízes, caule, folhas, flores, frutos...
Outros mergulham mais fundo e vão encontrar suas famílias. Outros buscam suas essências.
Assim é uma verdade que, para obtermos o conhecimento de tudo quanto nos cerca,
necessitamos utilizar várias dimensões. Não podemos, para observar e concluir, utilizar apenas
uma dimensão. Temos que utilizar duas dimensões e mergulhar de fato, na terceira dimensão,
coisa que raramente fazemos, mas... se pudéssemos ver através de uma quarta dimensão, não
penetraríamos nos mistérios de que fala o pensamento famoso que abre estas linhas?

Tentaremos agora, então, modestamente iniciar um longo estudo com os conhecimentos de


que dispomos, para, passo a passo, penetrar na complexidade da Criatura Humana, olhada, à
primeira vista, e percebida, apenas, como um todo. E, realmente, é uma unidade. Um
organismo ou uma reunião de órgãos que funcionam como um todo, complexíssimo,
entretanto. Então tentaremos, partindo do aspecto mais denso, do material, atingir o mais
sutil. Segundo a “Ciência das Idades”, a genealogia humana é composta de sete princípios ou
elementos, cada um com seu trabalho ou função. Partindo, como prometemos, do mais denso
ou concreto para o mais sutil ou abstrato, temos a seguinte seqüência:

Princípio Físico ou Corpo Físico ou Somático – é constituído pelos vários sistemas: ósseo,
nervoso, circulatório, respiratório, glandular, por demais conhecidos de todos.

Princípio Vital ou Corpo Vital – como que envolvendo o Físico da Criatura Humana; é o doador
e distribuidor da energia ou energias sutis, expressão das sete Energias emanadas do Sol que
os orientalistas denominam de Tatwas ou Forças Sutis da Natureza.

Princípio Emocional ou Corpo Emocional (afetivo-emocional) – que, vulgarmente, é chamado


de Astral. Rege os sentidos. A Criatura sensaciona ou percebe através dos sentidos.

Princípio Mental-Concreto ou Comparativo – leva à conclusão do que se percebe pela


comparação. Muito ligado, muito influenciado pelo Princípio anterior ou pela ação dos
sentidos, o Mental Concreto como que não permite abstração. A Criatura, agindo através
deste Mental, necessita sempre ver, tocar (ação, influência dos sentidos), para se certificar ou
acreditar. É o Princípio inteligente comparativo, também denominado de concreto.

Princípio de Abstração ou Corpo Mental Abstrato ou Inteligência Abstrata – Poderíamos,


também, dizer, utilizando outra linguagem, Fator de Inteligência Abstrata. É o Princípio ou são
Fatores do Mental Abstrato ou são os Fatores do Mental ou Inteligência que permitem à
Criatura Humana raciocinar a três dimensões ou em profundidade.

Princípio da Intuição ou Mente Intuitiva – não comum ou dito de outro modo, não é
encontrado comumente na Criatura Humana. É o Princípio que caracteriza a Criatura Genial –
o “Gênio”.

Princípio Crístico ou, segundo os orientalistas, Átmico – Só encontrado na Face da Terra, até
nosso dias, nos Seres que se têm distinguido por sua capacidade superior a toda Criatura
Humana, de apontar um Novo Caminho à Humanidade, tal como o fizeram: Lao-Tsé, Krishna,
Gautama-Buda, Jesus, o Cristo e vários outros.

Esses Princípios ou Corpos funcionam num conjunto que, se harmônicos, denomina-se


saudável ou portador de saúde. Se desarmônicos, doente ou portador de doença. Cada
princípio citado tem uma tônica, uma vibração característica que funciona em harmonia com o
todo ou em equilíbrio. Está saudável, tem saúde, expande alegria, tranqüilidade. Portanto, o
desequilíbrio entre os Princípios, a desarmonia, gera várias doenças, tanto psíquicas como
físicas, ou melhor, psicossomáticas. Tonalidade de tristeza, irritabilidade, numa palavra:
intranqüilidade.

Pelo que observamos em nossas pesquisas, a “Genealogia Secreta do Ser Humano” baseia-se
na expressão matemática representada pela augusta presença dos números 3 e 7 e a Unidade
(1) que é o Princípio da Vida. Por isso a “Ciência das Idades” chama a atenção dos estudantes
do assunto para as várias formas, através das quais se apresenta os números 3 e 7... Na
límpida fonte dos conhecimentos da Sabedoria ETERNA, encontramos as sábias palavras:

“A Tríade ou Lei do Ternário é, pois, a Lei constitutiva das coisas e a verdadeira chave da vida,
já que a mesma se nos apresenta em todos os graus da escala da existência, desde a
constituição das células orgânicas, até a constituição hiperfísica dos seres humanos, do
Universo e... de Deus...”

Em Pitágoras, o Pai das Ciências Exatas, a Matemática, encontramos nestas palavras, LUZES
que nos norteiam em direção aos Caminhos que nos conduzem aos aspectos da VERDADE:

“O número três (3) reina por toda a parte do Universo. E a Mõnada (a Unidade) é o seu
princípio”.Assim é que, partindo da Unidade, como dissemos na fluência da idéia desenvolvida
neste estudo, logo encontramos o número 3 e a seguir o 7, perfazendo aquele misterioso
número que é o 1 3 7 de que os Livros mais sagrados evitam falar... dada a abstração que ELE
encerra. Por exemplo, tomando-se o próprio Ser Humano:

é constituído de cabeça, tronco e membros (3);

a cabeça é formada de crânio e faces (direita e esquerda) (3);

membros superiores: braço, antebraço e mão (3);

dedos: falange, falanginha e falangeta (3);

membros inferiores: coxa, perna e pé (3);

na cabeça encontra-se a presença do número 7, através dos 7 orifícios que ligam o Ser
Humano ao mundo exterior: 2 olhos, 2 ouvidos, 2 narinas e a boca (7)...

E o maior mistério se oculta no 3 e no 7 no que se refere à ação dos sons e das cores. É do
conhecimento de todos que as cores do espectro solar são 7, de acordo com os raios de luz,
simbolizados em várias doutrinas, escrituras sagradas, das quais citamos os 7 Arcanjos, da
Igreja Católica; 7 Elohim, dos hebreus; 7 Dhyanis-Choans, dos orientalistas... E cada um destes
elementos possui a sua tônica natural.

O valioso número 7 expressa ainda, os sete estados de consciência ou estágios, pelos quais a
Humanidade tem de passar, para poder alcançar a sua evolução completa na Terra, dos quais,
os citados como sendo os 7º, 6º e 5º Princípios, são considerados superiores e os 4 outros,
denominados inferiores... Em futuras épocas ou ciclos, os 3 Princípios Superiores serão
cavalgados pela própria Humanidade redimida, superada... Este ato é denominado pelas
tradições antigas de “Manifestação do Kalki-Avatara”. Sim, o Guerreiro descido das nuvens
cavalgando o Cavalo Branco. Guerreiro no sentido de Forças Mantenedoras da Justiça Divina
que não falha. Cavalo Branco, no sentido de Força Positiva.

As 7 cores do prisma solar se apresentam através dos olhos, de modo que nos impressionam
pela sua harmonia colorida. Referimo-nos à visão que nos oferece o Arco-Íris, Arco de Ísis. São
os raios solares projetados na Natureza, vitalizando-a.
Os Livros Sagrados da Índia primitiva representavam pelas cores, as 7 Forças Universais, as 7
Forças Sutis, os 7 Tatwas, já referidos neste estudo. Essas 7 cores do espectro solar constituem
uma linguagem pictórica. Ela é usada para representar os Planetas da teogonia sideral, os 7
dias da semana e os Arcanjos que presidem esses 7 dias. Estabelecendo um relacionamento
entre essas 7 cores e a representação alegórica dos Planetas, dias da semana e Arcanjos do
catolicismo, temos:

Dia Planeta Arcanjo Cor

1º) Domingo Sol Micael cor alaranjada

2º) Segunda-feira Lua Gabriel cor violeta

3º) Terça-feira Marte Samael cor vermelha

4º) Quarta-feira Mercúrio Rafael cor amarela

5º) Quinta-feira Júpiter Saquiel cor púrpura

6º) Sexta-feira Vênus Anael cor azul

7º) Sábado SaturnoCassiel cor verde

Todos esses elementos naturais têm como origem um Ponto Único: o Sol que corresponde ao
Deus da Natureza, à Unidade. Tudo isso em ação no Ser Humano, tem como comando uma
Consciência, a qual, harmônica, equilibrada, com pureza e luminosidade, poder-se-á considerá-
la o espelho da Consciência Universal. Se esta estivesse atuando nos representantes da
Humanidade, haveria a compreensão que já é tempo de existir, havendo um só padrão
monetário, uma só língua, uma só religião, uma só filosofia de vida, a Felicidade que todos
almejam... Os que se aproximam dessa Idéia, adotam a expressão: “Um por todos e todos por
um”.

Não devemos deixar apagar de nossa memória, as palavras do Profeta Isaías, querendo dar
uma idéia do brilho da Auréola que cerca o Deus J E O V A H !

“ Que ELE é sete vezes maior do que a luz do Sol e semelhante à luz de sete dias reunidos ”.

ALEA JACTA EST !

Aula 02 - Princípio Vital


No estudo anterior, IVR 01, falamos sobre a “Genealogia Secreta do Ser Humano”, que figura
como portadora de uma constituição composta de 7 Princípios. Isso nos permite concluir que o
Ser Humano é uma miniatura do Grande Universo, visto que este é constituído de 7 Planos e o
Ser Humano de 7 Princípios ou, se quiserem, de 7 sub-Planos. Essa idéia permitiu à “Ciência
das Idades” classificar o Cosmos como sendo o Macrocosmo e o Ser Humano de Microcosmo.
Na “Ciência das Idades” encontramos, com o título de “Cosmogênese”, o estudo da origem do
Cosmos, e com o de “Antropogênese”, o que estuda a gênese do Ser Humano. Poderíamos
dizer também: o Cosmos é o Grande Setenário que abarca a Tudo e a Todos, senão, o Grande
Mundo, o Universo, e num plano mais concreto a constituição do Ser Humano que, assim
como o Cosmo, é tríplice em sua Essência, porém é sétupla em sua evolução. Fazendo um
relacionamento com a Filosofia Chinesa, observamos que nela se fala nos 7 Céus. De vez que o
Ser Humano é o reflexo dos 7 Planos Universais, ocupamo-nos aqui do segundo dos 7
Princípios de que é constituída a estrutura do Ser Humano – o Princípio Vital.

Por isso dizem os Irmãos Maiores da Humanidade, senão, os que são conhecidos como
“Mestres da Sabedoria Eterna”, que estudando o elemento humano na base do “gnôth
seauton” (Conhece-te a ti mesmo), conhecer-se-á, facilmente, todos os mistérios do Grande
Universo... Basta, para isso, aumentar infinitamente a dimensão humana.

O Princípio Vital é o distribuidor e mantenedor da Vida, da Força Vital, para todo o sistema
orgânico. Quando a Energia Vital é má distribuída, dá origem à doença do Corpo Físico. Doença
é desequilíbrio. A Energia do Corpo, do Princípio Vital interpenetra-se nos demais Princípios.
Mas, por uma questão didática, são divididos e estudados separadamente. Agora,
pretendemos dar esclarecimentos acerca do Princípio Vital. Ele tem outras classificações, em
outras línguas: em sânscrito, na filosofia oriental, é Linga-Sharira, ou seja, condensador de
Prana (Vida Cósmica); na Vedanta, Prana-Maia-Kosha; na Taraka-Raja-Ioga, os Princípios Vital e
Físico são denominados de Sthula-Upadhi; no Ocidente ambos são denominados de “Corpo”
(Corpo Físico). O “Vital”, como tudo que existe na Natureza, tem 7 sub-Princípios ou sub-
Planos. A história da Branca de Neve e os 7 Anões ou Gnomos, alegoriza a divisão do Corpo
Vital-Humano.

O Ser Humano absorve os atributos desses 7 sub-Planos através dos alimentos naturais, pois
eles recebem os raios solares e os retransmitem através da alimentação frugívora, vegetariana,
como que conversando ou sendo agraciados pelos 7 amiguinhos da Branca de Neve. Esses,
alegorizam também as 7 Forças Sutis da Natureza, os Tatwas, os quais agem
predominantemente na natureza humana, desde que o indivíduo tenha estrutura, não seja
egoísta, tenha evolução interna para ser alvo de tal acontecimento.

Todas essas Forças aguçam muitíssimo os 5 Sentidos da humana criatura. Há dois outros que
ainda se acham embrionários na humana vida.

O estudante deste assunto aprimora seu equilíbrio através do Corpo Vital, seguindo:

A alimentação natural (frutas, verduras, óleos, etc), desprezando os alimentos industrializados.

Além da alimentação natural, o que mantém a distribuição da energia pelo organismo é a


aplicação dos métodos acupunturistas...
Ensinou ao mundo, um admirável espiritualista que viveu entre os homens até o ano de 1963,
que o Corpo e o Princípio Vital mantém uma perfeita justaposição. Quando o Corpo Físico está
robustecido, o Vital está em perfeito equilíbrio com ele. Com efeito, quando um indivíduo
portador do dom de ver as coisas em quarta dimensão fitar um moribundo e verificar que seu
Corpo Vital (Duplo-Etérico) se projeta fora do Corpo Físico, poderá sentenciar: “tem poucas
horas de vida física: a morte não tardará”. Após a decomposição do Corpo Físico, o Vital segue
o mesmo processo, ou seja, também se decompõe ou desassocia, permanecendo, no caso,
apenas o Afetivo-Emocional.

Compreendemos que a Matéria é eterna, infinita e variável em seus elementos. Nada nasce;
nada morre, em termos absolutos. O que existe, se mescla, se separa, se confunde ou se
distingue. O nascimento é, pois, uma composição; a morte, uma decomposição. Entre a
matéria bruta e a matéria Força, há uma infinidade de graus intermediários, pois existem
estados de matéria tão sutis que resultam para nós, a três dimensões, em algo que
poderíamos chamar de planos ou energia sutilíssima. A esses estados de energia chamamos de
Força, isto é, as Forças Sutis da Natureza. Há um tipo de Força sutilíssima, abstrata, sem forma
rígida, física, mas que está presente e ativa e que cria e coordena todas as coisas.

O objetivo dos estudantes da “Ciência das Idades” é promover, por meio de exercícios, práticas
especiais, a perfeita tessitura desses Princípios. Essa tessitura sendo perfeita, não permitirá a
desagregação de tais Princípios, o que propiciará àquele que perde o Corpo Físico, continuar
com a consciência, embora vivendo em outros planos, com formas mais sutilizadas.

Dizem os cristãos que o Homem foi feito de barro, de argila, logo, de energia física, mas o seu
Vital e a sua Alma o foram pelo Hálito Divino, também denominado de Prana (Vida Universal,
Hálito de Brahmá).

Encerramos este estudo, com estas palavras do Hino a Demeter, Deusa das Terras Cultivadas;
das messes, entre os gregos; Ceres dos romanos, o que equivale a dizer, a Natura, Mãe dos
Homens, logo, a Grande Mãe dos humanos seres, porque Ela alegoriza a Vida, a Vida natural:

“ Feliz o Homem da Terra que contemplou os Mistérios Divinos !

Seu destino, além da tumba, não será o mesmo dos mortais vulgares.

Só os homens puros adoram os Deuses;

O vulgo, ignorante, às fadas e aos duendes “.

Estas palavras estão querendo mostrar a diferença que caracteriza as duas correntes
evolutivas em que se divide a Humanidade: a dos chamados Mestres, dos Iluminados...,
constituída pela maioria dos que se acham em contato com os Mistérios dos Deuses e a grande
massa, a quem esses Mistérios só podem ser dados por parábolas, linguagem simbólica e
vários outros processos já consagrados pelos séculos.
“ Mens sana in corpore sano ! “

Espírito sadio em corpo são !

Aula 03 - Princípio Emocional

No estudo anterior, IVR 02, procuramos apresentar esclarecimentos sobre o “Princípio Vital”, o
segundo dos 7 enunciados na IVR 01 e, neste trabalho, pretendemos nos ocupar do “Princípio
Emocional”, ou seja, o terceiro dos 7 Princípios.

Este terceiro “Princípio” é também denominado de “Plano Astral”, anímico, de ânima... Os


orientalistas o denominam de “Kama-Rûpa”.

KAMA (sânscrito) é desejo, sensações;

RÛPA é forma, corpo, objetos, objetivos;

KAMA-RÛPA é o corpo dos desejos, das sensações, o que produz ou estimula o desejo, os
prazeres físicos.

No Ocidente, principalmente no Brasil, é também classificado como sendo “Corpo Astral”. Esta
expressão já se tornou vulgar, usada até como gíria. Quando se quer referir a um ambiente
desarmônico, pesado, necromante, horrível, diz-se: “isso é baixo astral”. Perdoem-nos, mas
esta é uma expressão imprópria para designar um péssimo ambiente. Para os conhecedores da
“Ciência das Idades” o termo astral, para qualificar o terceiro Princípio, é impróprio. Muito
mais adequado é chamá-lo de “afetivo-emocional”. A palavra afetivo deriva de afeto, que vem
do verbo afetar. Afetar quer dizer tocar, atingir. Afeto é um sentimento. O sentimento é a
expressão psíquica da sensação que é levada ao cérebro. Disse Aristóteles: “Nada há no
cérebro que não vá através da sensação”. Então, a sensação é psicossomática e o sentimento é
psíquico. Afeto é. Como dissemos, sentimento. Afetividade é o resultado das sensações que
psiquicamente traduzimos como sentimentos. Logo, afetivo-emocional, são os sentimentos
intensamentes postos em curso.

ASTRAL aplicando a Chave de Conhecimentos adotada pelos hebreus, para decifrar as palavras
dos Livros Sagrados, TEMURA, temos que este termo Astral converte-se em dois outros. AST,
permutando as letras que o compõe, forma SAT e RAL. Aplicando a mesma Temura, temos
LAR.

SAT (sânscrito) é sinônimo de ser, existência, essência, realidade, real, bondade, pureza e
vários outros significados.

LAR (sentido figurado) a família, a casa de habitação. Deriva do latim LARE, senão, a parte
da cozinha onde se acende o fogo. Daí o nome Lareira ao lugar especial para se aquecer ao pé
do fogo, do LAR. Lareira como sendo um local aconchegante para conversar intimamente, para
se meditar, pensar, para se aquecer o cérebro pelo estudo. É o ambiente onde se aquece a
Alma, o Emocional, com o fogo do entusiasmo, para realizar a transformação do EMOCIONAL,
repetimos. Um lar feliz, harmônico, equilibrado, reacende a pureza, a bondade, a
tranqüilidade, e é o ponto de apoio, talvez, de uma nação...

PLANO ASTRAL (também denominado de Mundo Astral) – o termo Plano é melhor, porque se
trata de uma região do universo imediata aos Planos Físico e Vital. Empregamos este termo
“imediata”, neste sentido, porque os planos universais não são zonas ou capas superpostas,
senão, melhor dizendo, esferas concêntricas que se interpenetram, sem estarem separadas
umas das outras mas, por diferença de sua constituição respectiva. Neste Plano a vida é mais
ativa e a forma é mais plástica do que no Plano Físico. A matéria astral é muito mais sutil do
que a do Plano Físico, denso, de sorte que penetra facilmente todo o corpo de nosso Plano
Terrestre. Os elementos astrais são combináveis neste Plano, assim como o são os objetos do
Plano Objetivo (Físico)...

Inserimos aqui um ensinamento do grande Plutarco, oferecido ao Mundo em sua magistral


obra “Ísis e Osíris”: “Erram grandemente os que confundem o Espírito ou Inteligência (Nous)
com a Alma (Psychê). Não menos erra quem confunde a Alma (Psychê) com o Corpo (Soma).
Da união do Espírito com a Alma, nasce a Razão; da união da Alma com o Corpo, nasce a
Paixão. Daqueles três elementos, a Terra deu o Corpo, a Lua deu a Alma e o Sol deu o Espírito.
Donde se conclui que o Homem Justo, consciente de todas as coisas é, ao mesmo tempo, em
sua vida física, um habitante da Terra, da Lua e do Sol”...

Comumente Alma e Espírito são definidos como sendo o mesmo elemento. Confunde-se um
com o outro e, na realidade, são dois elementos distintos. Assim como o Corpo se desgasta,
sofrendo deformações devido a doenças, graves enfermidades, os termos também se
desgastam, se degradam com o mau uso, com o seu emprego de modo impróprio. Por
exemplo, o que atualmente se denomina de “espiritismo” deveria ser animismo, derivado de
ânima, alma... Os animistas têm o centro de interesse focado no Corpo Emocional, senão, no
afetivo-emocional, pois só consideram real o aspecto chamado fenomênico. Espiritismo,
realmente, é o estudo das coisas do Espírito (Nous, dos gregos) ou então o aprimoramento da
mente pelo estudo, meditação, etc... “NOUS”, por falta de conhecimento mais profundo sobre
o assunto, tem sido empregado muitas vezes como Alma. Daí, possivelmente, a confusão.

O termo Emocional, outrora, quando se usava a ortografia etimológica, era grafado com dois
“emes”, ou seja, Emmocional. Dividindo este termo em dois, temos: em mais moção.

MOÇÃO ação, movimento, mover-se, efeito de mover. Logo, Emocional tem o sentido
de movimento, o sentimento posto em curso, como dissemos acima, vibrando mais
intensamente do que os Princípios Físico e Vital. Ora, quando o grande Plutarco falou em
Paixão, foi no sentido emocional, do plano sensorial ou das sensações, onde a mente superior
não atua.

O conjunto Alma e Corpo poderão ser considerado como elemento formador da


“Personalidade”... A palavra Pessoa, equivale a Persona, podemos dizer assim, pois é o veículo
que serve ao conjunto, isto é, à Personalidade, logo, Personalidade pode ser definida como
sendo o elemento pelo qual o Som se manifesta, entra em ação. Isso porque todos os corpos,
em todos os planos, têm a sua tônica, a vibração que lhes é peculiar. Não é debalde que já
vulgarmente se diz que alguém tem boa ou má vibração, de acordo com o comportamento
que apresenta.

ALMA permutando as letras, conforme indica a “Temura” (hebraica), dá a palavra LAMA – são
os adeptos do “Lamaismo”. Que é lamaismo? É a religião do Espírito na Matéria, senão, que
considera a Matéria (energia) como sendo o Espírito materializado (encarnado) ou, então, o
Espírito como Matéria sutilizada, purificada... Alma, na Língua Portuguesa; Psychê, em grego;
Nephesh, dos hebreus, encontrada na Bíblia, é o Princípio ou Sopro de Vida que anima a todos,
desde o infusório até o Ser Humano. O Homem, propriamente dito, é o portador do intelecto,
senão, o elo entre o seu Espírito ou Mente superior e a sua Personalidade. É o EGO, o
indivíduo, indiviso, o EU que se desenvolve por meio de processos especiais, realizando a
evolução. A Alma constitui o registro das experiências passadas. Caminha de corpo em corpo e
evolui através do conhecimento obtido pelas experiências que a Mente analisa e lhe permite
assim, evoluir. Daí resulta conceber-se que o presente é o fruto do passado e criador do
futuro. Por isso se usava o provérbio chinês: “Quando se nasce, começa-se a morrer e, quando
se morre, começa-se a nascer”.

A Emoção, em si, é como um laço unindo o Mental ao Afetivo, ao Vital e ao Físico. O


movimento de um laço não é circular? A respeito de Emoção, inserimos aqui a palavra sábia do
Dr. Maranón, quando realizou conferências no Ateneu de Madri, Espanha:

“A Emoção é, quase exclusivamente, toda a nossa vida. Por isso, por que não nos interessamos
pelo mecanismo de sua origem? A Emoção produz-se naquele plano interessante da fisiologia
do ser, em que a vida psíquica se põe em contato com a vida orgânica e vegetativa. A Emoção
só preocupou o homem de ciência, no aspecto espiritual. Era a Emoção vista tão de cima que,
se me permitem a expressão, usarei de um exemplo: é como uma copa frondosa de uma
árvore, cujas ramas se estendem até a especulação filosófica, e não foi vista de baixo para
cima, seguindo o tronco de origem, com suas raízes que se oprimem no campo da vida
vegetativa. Por isso esteve tanto tempo retardada a marcha de seu conhecimento, apesar da
abundância da literatura acumulada sobre ela, em todas as línguas. Ora, o mecanismo da
Emoção ficou desconhecido até que entrou no campo das experimentações. Na antiguidade,
por exemplo, com a observação da expressão fisionômica como reflexo do estado interior,
surgiu uma série de estudos que podem agrupar-se em três setores: artístico, pseudo-científico
e científico. A Emoção vai se expressando, primeiro, por meio das atitudes e gestos do Corpo,
embora que o rosto, varie de expressão, apenas. Pouco a pouco a arte vai apresentando a
figura humana em estados espirituais, com a expressão dos olhos, a contração da boca e dos
ângulos faciais. A gradação biológica da Humanidade seguiu, sem dúvida, idênticos processos
na expressão dos estados emotivos. Compõe-se a Emoção de 3 elementos: um, psíquico;
outro, expressivo e ainda outro, vegetativo. É o mesmo que dizer, pelo que depende de uma
impressão sensorial, uma idéia, uma lembrança (psíquico); em um conjunto de atos que
realizamos para exteriorizar a Emoção (expressivo); e por último, o que está constituído por
modificações orgânicas da vida vegetativa (vegetativo). É importantíssimo o estudo das
glândulas de secreção interna no mecanismo da emoção. Elas intervém a par do sistema
nervoso. A atuação da tiróide é indubitavelmente comprovada pelo comportamento
emocional das pessoas hipertiroídeas”.
Embora só em estudo posterior a este falaremos no entrelaçamento ou interrelacionamento
dos 7 Princípios, corroborando as idéias do Dr. Maranón aqui citadas, lembraremos aos
leitores que energia é movimento, logo, não há vida sem movimento e, em sendo assim, em
emoção ou em movimento está permanentemente o Homem. “Penso, logo, existo”. À medida
em que o Homem evolui, a Paixão passa à Razão. Logo, a Emoção impulsionada pelo Princípio
Afetivo, passa a ser motivada pelos Princípios superiores. A Ciência das Idades, para esse
desiderato, aconselha educar a sensibilidade humana através do Bom, do Bem e do Belo, isto
é, buscando a poesia no som, nas cores, no movimento e no verbo. A exemplo do que
dizemos, citamos Guerra Junqueiro que ouvindo a “Sonata ao Luar”, de Beethoven, escreveu
estes versos:

“ O luar fulgente, o luar dormente, o luar silente

Vaporoso, mavioso, harmoniosamente

Submerge em sonho, em nupcial balsâmico torpor,

A terra que amamenta as florestas vorazes,

Imortal Virgem-Mãe de robles e lilazes... “

Paciência – Amor – Sabedoria

Sebastião Vieira Vidal - 28/08/1983

Aula 04 - Mental Concreto

Na seqüência desta série de trabalhos sobre os “Princípios da Genealogia do Ser Humano”,


ocupamo-nos aqui, com aqueles que talvez, sejam os mais importantes da série porque
completam o setenário, já referido nas monografias anteriores. Tal como já foi esclarecido, os
7 Princípios, embora estando interligados, interpenetrados, por uma função didática foram
apresentados separadamente. Entretanto, os Princípios de que nos ocuparemos hoje, serão
tratados em duas etapas, porque sendo de natureza sutilíssima, acham-se interligados,
principalmente em suas funções.

Do quarto ao sétimo Princípio expressa-se uma idéia unitária, motivo pelo qual se fala na
Inteligência, entretanto, ela pode ser dividida em 4 aspectos (4 Princípios) com características
bem definidas. O Ser Humano, senão o Homem, é o único ser que possui a linguagem
articulada e que lhe é propiciada por um desenvolvimento maior do cérebro. Pela sua natureza
o Homem é um pensador. E o órgão do pensamento é o cérebro. O cérebro é um potentíssimo
dínamo transformador de vida energia, de energia pensamento, em vida consciência,
elaborada, trabalhada.
O Criador, segundo o Gênese, criou o Homem “à sua imagem e semelhança”, dotando-o do
Poder criativo mental, além da criação física. Logo, o Homem recebeu do Criador uma
admirável dádiva – a MENTE. Pensemos, pois, no termo Mente em seus vários aspectos ou
sinônimos. MENTE, segundo Dr. Antenor Nascentes, é o “Conjunto de faculdades intelectuais;
inteligência, entendimento; idéia, imaginação e vários outros significados”. Em Psicologia
(ainda segundo o Dr. Antenor Nascentes) é “A totalidade dos processos psíquicos e
inconscientes, regidos pelo cérebro e pelo sistema nervoso central e que dirige o
comportamento de um organismo. A consciência humana, elaborada no cérebro e que se
manifesta especialmente através do pensamento, do raciocínio, da percepção, da vontade,
etc.” (do latim Mens e entis).

Para a Ciência das Idades, a MENTE tem funções diversas e segue a Lei natural e conhecida,
isto é, quando se manifesta, o faz através dos polos positivo e negativo, em planos superiores
e inferiores, etc. Quando se manifesta positivamente, o faz através do polo que o Gênese, as
religiões, denominam de “Serpente do Bem, Árvore do Bem”. Se se manifesta em sentido
contrário, “Serpente do Mal”. Quando faz um trabalho positivo para o Bem da Humanidade,
diz-se: “A Serpente do Bem enroscada no tronco da Árvore da Vida”; quando o faz em prejuízo
da Humanidade, é “A Serpente do MAL, enroscada na Árvore da Vida”. Essa alegoria acha-se
no Caduceu de Mercúrio, isto é, duas Serpentes enroscadas num pedestal de uma Taça, como
que bebendo algo nela. O Caduceu de Mercúrio alegoriza o indivíduo, tendo nele, na sua
constituição, os dois elementos, desejosos de dominar a sua Mente, a Taça. Usando a
linguagem geométrica, esse símbolo está representado por dois triângulos entrelaçados, um
de cor branca com o vértice para cima e outro negro, de vértice para baixo.

A Serpente ziguezagueando nos dá a idéia de força em ação. Por isso a Serpente do Bem, no
seu ziguezaguear, expressa a fase construtiva, as idéias nobres do Homem e quando isto
acontece com a Serpente do Mal, é uma fase destrutiva, ou seja, que está agindo o
pensamento negativo...

Os símbolos citados esclarecem o comportamento dos homens, na marcha da vida normal


que, quando agem em função da Mente, os elementos de ação podem ser classificados como
sendo a ação da inteligência superior ou da inteligência inferior. Os fins pelos quais age a
Mente, serão identificados como Mente Superior e Mente Inferior.

Mente e Manú são palavras que vêm de uma mesma fonte. Manú deriva da raiz da Língua
Sânscrita, MAN – “Pensar”, logo, Manú é o pensador por excelência. Por isso MAN ou MANAS
é MENTE, agindo em seus vários aspectos, em vários planos.

Entre os orientais, MENTE tem como sinônimo MANAS – Man mais AS. Man, já vimos, é Mente
e AS, como sufixo, dá o sentido de Hálito, AR, algo de natureza sutilizada.

Manas ou Mente é a faculdade que faz do Homem um ser pensante, inteligente, fazendo-o
distinguir-se dos brutos. Logo, ele é, principalmente, Mente, Razão, Pensamento,
conhecimento... E a Mente é a estrela guia do Ser Humano. Entre muitas funções, muitos
sentidos de Manas ou Mente, apresentamos aqui os seguintes: Manas ou Mente inferior,
Kama-Manas... Ora, Manas ou Mente inferior é a Mente ou inteligência ligada às coisas, como
se diz comumente “terra-a-terra”, sem um raciocínio esclarecido, isento de discernimento, de
critério. Caracteriza-se pelo sentimento passional. É a Inteligência sob o domínio das
satisfações negativas, dos desejos, ou, dito de outro modo, o aspecto da mente concreta ou
comparativa, pode-se dizer que, dominada pelo afetivo-emocional.

Quando o Ser Humano desperta para a vida terrena ou nasce, como se diz comumente, é ao
longo da primeira infância, através do amadurecimento dos nervos motores e sensitivos que
vai percebendo e reconhecendo o ambiente no qual passou a viver. Constituem eles a porta
pela qual, de fato, entra e pode agir, nesta vida. Já sabemos que, para a Ciência das Idades,
trata-se da ação do terceiro Princípio ou Afetivo-Emocional como já foi dito, e estreitamente
ligado ao quarto Princípio ou Mental Concreto ou Comparativo. Está em plena ação a Mente
Inferior, também chamada de quaternário da forma.

Quando adolescente (de adolescere, “crescer”) ou crescendo, o Ser Humano tem uma outra
possibilidade, relativamente, à sua espera, para continuar sua evolução. Já conhecendo os
ambientes (diga-se de passagem, externamente) que o rodeiam, tendo os olhos ou os sentidos
abertos para o mundo, uma outra porta está à sua disposição: o Quinto Princípio ou, em outra
linguagem, as características da Inteligência Abstrata ou Mente Abstrata. São os olhos que se
abrem para agir, não no mundo imediato mas mediato. Em outras palavras, passa da
percepção a uma e duas dimensões, para a percepção a três dimensões.

Digamos, tomando como exemplo bem simples, o aprendizado da leitura e escrita. Na primeira
etapa, lê apenas; na segunda etapa, lê e compreende o que lê. Podemos, ainda, para melhor
compreensão do que significa o Mental Abstrato, dar outro exemplo de aprendizagem, este no
campo da matemática. Em Aritmética age o Mental Comparativo ou Concreto (Quarto
Princípio). Vejamos: uma pêra mais uma pêra, são duas pêras, então,

1 + 1 são 2. Quando o estudante passa à álgebra, começa a lidar com o símbolo, por exemplo:
a + b = c. Começa então, a ter necessidade de lançar mão do Quinto Princípio ou Mental
Abstrato. Pensamos que, com estes exemplos bem simples, levamos o leitor a encontrar
outros, bem menos simples, de onde chegará aos mais complexos. Temos utilizado nestes
trabalhos, ora a linguagem da Ciência das Idades, ora a linguagem da Ciência dos nossos dias.
Com isso, tentaremos iniciar uma familiaridade com a linguagem simbólica que apresenta para
a maioria das pessoas, certa dificuldade de penetração no seu sentido, por não ser usada
freqüentemente. Por outro lado, a linguagem simbólica, forçando a utilização do Mental
Abstrato (porta que se abre para dar entrada no plano da Mente Superior) propicia ao
estudioso, evoluir, logo, conseguindo trabalhar seus Sexto e, quiçá, Sétimo Princípio, como diz
o pensamento de Krishna:

“Como um Sol único que ilumina o mundo inteiro, assim o único Espírito que ilumina toda a
Natureza. E quem, mediante a Sabedoria Espiritual, percebe essa diferença entre a Alma e a
Matéria, entre o Espírito e a Natureza, entre o Conhecedor e o Conhecido, percebe também
como se liberta a Alma da Matéria e da Personalidade, e alcança a Consciência Espiritual, em
que tudo se vê como uma só Realidade, sem ilusão e erro”.
Quem alcançar este objetivo, venceu grande etapa da Vida.

Aula 05 - Mental Abstrato

Ocupamo-nos neste trabalho de número 5 da Mente Abstrata ou Inteligência da mesma


natureza. Mas apesar de ser abstrata, envolve, atua nos demais Princípios inferiores,
principalmente no Físico. Este ato poder-se-ia, embora pareça estranho, dizer, o abstrato
tornando-se concreto, ou seja, a concretização do abstrato, do subjetivo...

Por exemplo, a idéia é abstrata mas toma forma, concretiza-se através do cérebro. Por isso
compreendemos o fato de que a Mente (Manas) modele a forma. Graças a isso, opinou
Humphy Davy: “o mundo material não é, senão, a série de cristalizações, aliás, feita no mundo
do pensamento”. Daí as frases: “penso, logo, existo”; “sou quem sou”.

Quando pensamos em algo, produzimos vibrações em nosso corpo mental. Se pensamos com
mais intensidade, estas vibrações se traduzem em ondas de pensamento, análogas às
descobertas por Hertz, em cujas leis descansam a telegrafia sem fios, as comunicações através
das microondas, rádio, televisão... Ora, o cérebro humano é um verdadeiro aparelho que pode
receber e transmitir pensamento de um ponto a outro, isto dependendo de aprimorá-lo para
essa finalidade.

A função faz o órgão, logo, o mecanismo do pensamento tem, no ser humano, órgãos que lhe
correspondem: “existe no cérebro humano a glândula pineal, epífise, cujas funções são quase
desconhecidas dos ocidentais e que, no mecanismo do pensamento, desempenha a mesma
função que as antenas, em telegrafia sem fio, em torres de microondas, rádio, televisão, etc.
Este órgão é rudimentar na maioria dos membros da Humanidade, e, segundo a teoria que
expomos, tanto capta pensamento ou pensamentos, como transmite. Se conseguirmos pensar
intensamente, sustentando certa tenacidade, sentiremos como que uma ligeira coceira na
região onde se encontra esta glândula, suave vibração... Isto significa que nela flui corrente de
pensamento que se escapa pelo órgão, em forma de ondas, as quais se transmitem em todas
as direções, impressionando, em seu caminho, as outras glândulas similares que podem
receber, perfeitamente, a onda de seu desenvolvimento que está apta para estabelecer o elo.
Estas correntes, geralmente, passam desapercebidas para a maioria dos homens, cujo órgão
esta apenas em via de despertar, mas chegará a época em que nossa evolução nos permitirá
receber e transmitir, à vontade, as ondas de pensamento. Apesar de nosso incipiente estado
de evolução, temos em alta consideração o pensamento, julgamo-nos senhores de tão alto
poder. O pensamento é uma Força e esta Força é o Intelecto. Ela coloca em ordem o caos,
quando ele existe, ordena o desordenado. É a causa formadora e não conhece o repouso, está
permanentemente em atividade. Não há para ela o impossível, nem pretérito, nem futuro.
Está atuando sempre no presente e graças a ela (Força), somos o que somos, nos movemos e
pensamos.

Sendo a Mente Abstrata, ela tem tanto Força quanto ou, talvez, mais do que a chamada Força
Física. É ela que mantém os quatro Princípios inferiores. Sim, vemos o fio que conduz a
energia, a força elétrica, sabemos que existe pelo que produz, mas não a vemos. Nossa cabeça
é visível, mas não se vê o chamado intelecto, o pensamento, a força que o produz... Por ser
abstrato não quer dizer que esteja em estado de latência. Desde que haja aparelho próprio,
esta Força, energia, está sempre presente para movimentá-lo, ativá-lo. A Mente ou
Inteligência humana limita muito a Idéia ou os fatores da Inteligência abstrata, através dos
quais ela chega a manifestar-se. Analisa a forma mas não o faz perquirindo a causa que deu
motivo à existência da forma. Quer saber do produto mas não do produtor. Extasia-se diante
da Natureza mas, em muitos, rejeita seu Criador. Os estudiosos da “Ciência das Idades”
classificam de Mente, Manas, Mental, Inteligência Abstrata, essa ligação entre o Mental
Concreto e os 6º e 7º Princípios de nossos estudos. Mente ou Mental Concreto constitui a base
da Pirâmide que tem como vértice os citados 6º e 7º Princípios (Intuição e Crístico). Por
exemplo, o inventor é intuído, vai ao laboratório para tentar dar forma àquilo que se chama de
idéia ou intuição. Com as indagações, vai pesquisando, aplicando os conhecimentos já
adquiridos, através do Mental Concreto ou Comparativo, e a Idéia vai se desenvolvendo até
tomar a forma, isto é, ser considerada uma invenção. O trabalho de pesquisa, experimentação,
constitui algo como se fora um trabalho de parto (Mayêutica) e o que se tornou “invenção” ou
“criação” é como se tivesse dado à LUZ a um ser ou a um filho, ou seja, que foi elaborado
durante muito tempo.

Usando uma linguagem diferente da usada nos nossos primeiros estudos, podemos considerar
a Mente Abstrata (Manas), dividida em 3 setores:

Mente ou Inteligência Divina, ligada ao plano da abstração;

Inteligência, propriamente dita, a Força do Intelecto, a Auto-Inteligência;

Inteligência Emotiva (ou instintiva). Esta é denominada pelos orientalistas de Kama-Manas,


senão, o corpo dos desejos à parte dita, instintiva.

A Mente Divina acha-se num plano tão elevado que se confunde ou se resolve no Plano da
Intuição. Sim, está interligada ao Plano ou Princípio da Intuição. É algo que se poderia
denominar de Supra-Mental ou Supra-Inteligência. É a ponte que conduz ao Supremo Plano
onde há a beleza do Som, do Verbo, a Harmonia das Esferas – para Pitágoras. Ela se manifesta,
por exemplo, nos gênios da Música como: Bach, Wagner, Beethoven, Schubert, Shumann, Vila-
Lobos e muitos outros que compuseram peças de Música Arte.

A Mente Divina propicia ao pensador a Idéia global das cousas universais. Permite ao Ser
Humano altamente evoluído, penetrar e transmitir as idéias mais transcendentais, com
expressão clara, palavras simples. Transmite, assim, a Idéia, tanto aos sábios, aos cientistas, ao
alfabetizado, quanto ao analfabeto. É capaz de transmitir um conhecimento abstrato, a Idéia,
tanto ao adulto, ao jovem, como à criança, usando, naturalmente, uma linguagem adequada
para cada mentalidade. Com efeito, mentalidade é igual a mental mais idade, logo, comunica o
pensamento conforme a idade de entendimento ou capacidade de compreensão. A Mente
Divina em seu aspecto mais próximo do Homem, dito inteligente, tem estreita ligação com o
pensamento filosófico.
A Mente ou AUTO-INELIGÊNCIA é o aspecto da Mente ou Inteligência que se desenvolve,
principalmente, pelo raciocínio comparativo, quantitativo. Vemos a sua ação nas pesquisas
científicas, onde a base é estatística. Busca-se a comprovação quantitativa por excelência. É o
que oferece a descoberta de algo, seguindo uma série de raciocínios, baseado em
informações, já do conhecimento científico, já consagradas pelo tempo e comprovadas pela
experiência quantitativa. É a “ciência positiva”.

MENTE EMOCIONAL ou INSTINTIVA – É Mente Emocional ou Intintiva porque está aderida ao


corpo físico. É a Mente ou Inteligência em função do Afetivo-Emocional. É o aspecto da
Inteligência mais usado pelos seres humanos, que facilitam, inclusive, a industrialização de
vários objetos que proporcionam o conforto, a sensação agradável do Corpo Físico. A nossa
civilização tem sua base neste tipo de inteligência. Esse fator de inteligência, chamado na
linguagem que expusemos acima de “Mente Instintiva”, levou a ciência a experimentar e criar
coisas mais artificiais do que naturais. Propiciou a invenção de infinitas formas alimentícias e
objetos do uso humano, industrializadas agradáveis aos sentidos do paladar, tato, olfato, etc.
mas ilusórias e que provocam desequilíbrio no Ser Humano.

O grande Hermés – o Trimegisto – ao Primeiro de seus “Oito Princípios” que ofereceu ao


Mundo, deu o título de PRINCÍPIO DE MENTALISMO. Disse: “O Todo é MENTE – o UNIVERSO é
MENTAL”. Princípio, nesse caso, tem o sentido de origem das coisas. Tem um sentido
altamente filosófico.

Estes três tipos de Mente ou Inteligência já proferidos neste trabalho, estão muito bem
caracterizados ou explicados num artigo do Dr. Mario Roso de Luna, encontrado em seu Livro
“Simbolismo das Religiões do Mundo”. Inserimos aqui um trecho desse artigo, para que os
leitores possam ir se habituando com a linguagem simbólica, que exige meditação do
estudante da Verdade, o que desenvolve a Mente Abstrata. Esse exercício de meditação está
para o desenvolvimento da Mente Abstrata, assim como o exercício de aritmética está para o
desenvolvimento do raciocínio comparativo.

Dr. Roso de Luna: “O Homem, a tríplice maravilha de Hermés, o Trimegisto, é Anjo (portador
da Mente ou Inteligência Divina), é Pensador (domina a Inteligência, a Auto-Inteligência, o
Intelecto), é Animal (portador da Inteligência Instintiva, emotiva), em uma peça, em um
conjunto. Como Anjo, é um Raio Divino do Logos Demiurgo – de Platão. É tão eterno e
perpétuo como o Sistema Planetário, anunciado pelo SOL de onde provém. Pela centelha do
pensamento que o reveste, é algo amoroso, volitivo e idéico, que reencarna, que une ou enfia,
em seu fio de ouro e sem sexo, vidas sucessivas ou seriadas, com corpos físicos (diferentes dos
astrais) terrestres, sobre os quais toma forma ou reencarna, para desencarnar depois, mil e
uma vezes, em movimentos incalculáveis. Alexandre, César, Napoleão, fora de dúvida, são
seres humanos distintos e de épocas distintas. Sua Tríade suprema, porém, sua tônica no
concerto humano, acaso não poderá ser a mesma, através de suas correspondentes
personalidades e presidindo as tremendas obras destruidoras e reformadoras da Lei de Causa
e Efeito ou de sua missão ao largo dos tempos?... As diferentes personalidades históricas
nascem, vivem e morrem, como flores de um dia. Suas personas ou máscaras são distintas,
porém estão presididas sucessivamente ao longo de suas respectivas vidas, na Face da Terra,
por uma entidade reencarnante – Pensamento Coordenador”.
O que se sabe, fica diminuído diante do que não se sabe ! ! !

Aula 06 - Intuição Pura

Na seqüência de nossos estudos sobre os “Princípios Humanos”, alcançamos o 6º dos Sete da


Genealogia Secreta do Ser Humano, mencionados na IVR nº 01. Este 6º Princípio do setenário
humano, corresponde ao sexto sentido e ao sexto Estado de Consciência. O 6º Princípio ainda
não se acha plenamente desenvolvido na maioria das criaturas humanas de nossa época. O
órgão de sua função ainda, em geral, se encontra em ação muito rudimentar na estrutura
humana. Esse órgão é a glândula pituitária ou hipófise que permite o sexto sentido. Sem essa
glândula em plena atividade, vibrando, a criatura humana jamais terá a possibilidade de
alcançar o sexto sentido ou o 6º Princípio, a que nos referimos em monografias anteriores.
Esse Princípio é classificado como sendo o Plano da Intuição pura, onde o conhecimento é
direto, não havendo necessidade do raciocínio para produzir-se uma grande obra.

O 6º Princípio esboça-se no Homem considerado muitíssimo inteligente ou senhor de


inteligência de nível dito superior. São criaturas que, por vezes, têm idéias notáveis, idéias que
se destacam, como Newton, por exemplo, descobrindo a Lei da Gravidade, ao ver cair da
árvore, uma maçã. Como, no caso de Arquimedes, descobrindo a célebre Lei da Hidrostática,
ao mergulhar numa banheira. Seu grito “Eureka!” (achei), esclarece bastante o instante da
intuição. Usualmente classificam-se esses momentos como de “inspiração” . Pablo Picasso
também usou o verbo “achar”, quando negou a um jornalista que concluíra, observando a sua
obra, ser ele um pesquisador: “Eu não pesquiso. Eu acho!”. E assim, poderíamos citar muitos
outros exemplos. Esses Seres são considerados, conforme a “idéia” ou a inspiração ou o 6º
Princípio ou as características de intuição sejam menos ou mais freqüentes, como “geniais” ou
gênios. Neles, a glândula hipófise já atua consideravelmente. No dia em que a idéia for
permanente no Homem, a expressão “ter uma idéia”. desaparecerá, porque ele terá
conquistado plenamente, em sua evolução, o 6º Princípio. A Ciência das Idades sempre adotou
processos para estimular gradativamente, as funções da glândula pituitária ou hipófise,
permitindo ao discípulo, ao estudioso, atingir os planos sutilíssimos do saber, ou dito de outro
modo, penetrar além das três dimensões. Como já vimos na monografia nº 5, a meditação é
um exercício que facilita a penetração no plano da intuição. Desenvolvendo-se assim, a
hipófise ou o 6º Princípio, o Homem desliga-se do Mental Concreto ou Comparativo. Dito de
outro modo, deixa de ver fora, para ver dentro. Os sentidos continuam existindo, mas não
transbordando dos seus limites. Por exemplo, os olhos continuam descortinando o ambiente
que os rodeia, fazendo o que lhes compete, mas o homem tem, com o auxílio da hipófise, a
possibilidade de ver dentro. Vai além da abstração, atinge um plano mais sutil ainda, como já
dissemos. Não só vê dentro: “ouve” também, dentro. Beethoven, surdo pela ineficiência da
audição, captava, em outra dimensão, os temas sonoros de sua portentosa obra. Era senhor da
suprema “inspiração”, traduzindo para a pauta musical, inclusive, suas 9 grandiosas Sinfonias.

Milton, embora cego (sentido da visão) teve a visão ou inspiração do “Paraíso Perdido” que
ditou para sua sobrinha. Gênios!

Neste fim do Século XX, infelizmente, a juventude, pessimamente orientada, deslumbrou-se


com a narrativa de Aldous Huxley sobre suas experiências com LSD. Essa droga exacerba a
ação da glândula pituitária que, entrando em funcionamento exagerado, ou melhor,
descontrolado, produz as visões descritas por aquele escritor inglês, falecido em 1963, e
experimentadas com freqüência, por quantos buscam ansiosamente fugir aos problemas
próprios que não conseguem resolver.

“A Natureza não dá saltos”, já é proverbial... mas ... embora caoticamente, o Homem


comprovou a existência de uma quarta dimensão ou a existência do Princípio que permite
penetrá-la.

O 6º Princípio ou da Intuição é conhecido na filosofia oriental com o nome de “Budhi”. Quando


é bafejado pela Luz esplendorosa do 7º Princípio, o Crístico, é denominado de Budhi-Taijasa.

TAIJASA – sânscrito – é do gênero feminino e quer dizer “radiante”, chamejante (de Tejas-
Tatwa, Força do Fogo). Na filosofia vedantina, Taijasa é um Centro de Consciência Cósmica,
donde emanam os Devas. Devas, na teogonia oriental correspondem ao que chamamos de
Anjos, no Ocidente e, às vezes, Deuses. Por exemplo:

Manas (Mente) – Manas-Taijasa – a Mente radiante, iluminada pela LUZ da Intuição pura;

Budhi-Taijasa – é o Plano da Intuição, também denominado de Plano da Inspiração, que se


torna resplandescente pela ação da Luz do Princípio Crístico ou Átmico (que será matéria para
a próxima monografia)

Vejamos o que H. P. B. diz em seu Glossário Teosófico sobre a pituitária ou hipófise:

“É um órgão de visão psíquica. Visão psíquica que é causada pelo movimento relacionado com
o nervo ótico e assim afeta a vista e dá origem à alucinação, etc. Seu movimento pode produzir
rajadas de luz, como as causadas pela pressão sobre o globo ocular. A embriaguez e a febre
produzem ilusões da vista e do ouvido, mediante a ação do corpo pituitário”.

Agora, talvez para iniciar os leitores no exercício da reflexão, vamos transcrever alguns
trechos, cuja linguagem, um tanto simbólica, pode servir como tema de meditação:

De Gautama, o Buda:
“A Mente iluminada, é maior do que um Anjo, um Deus. A razão intuída está acima do
sacerdote e da revelação. O domínio de si mesmo, é melhor do que o jejum, do que a prece. A
caridade é maior do que o sacrifício e o culto”.

De Roso de Luna:

“Não se deve esquecer o tesouro de que a devoção vem de Deva, em sânscrito, e Anjo, em
nossa língua. Devoção significa dedicação, afeição, isto é, respeito aos trabalhos, aos ideais
elevados dos Gênios, dos Deuses, senão, os Inspiradores da Humanidade. Devas, Anjos,
Gênios, senão os que inspiram os Gênios da Música, Pintura, Escultura, etc. e atuam no Plano
Divino e no da Inspiração Celeste. O Poeta, com sua admirável imaginação, alça vôo
imensurável às regiões da Suprema Inspiração, porque é portador da sensibilidade do Plano
“Bhudico”. Por isso dizem ser ele um divino rebelde, um Prometeu. Prometeu, porque sobe
com a imaginação até alcançar os Céus, a fim de roubar o Fogo Celeste, para animar os
homens primitivos, simbolizando com isso, que o Homem deve fazer o mesmo, isto é, roubar o
Fogo da Sabedoria Divina, para animar a si mesmo e aos seus irmãos de Humanidade, até que
Ele, o FOGO, viva permanentemente no coração de todos”.

Agora um trecho do Livro Ciências Ocultas, do alemão Rodolfo Steiner, inserido também por
Mário Roso de Luna, no seu “Livro que Mata a Morte (El Libro que mata la muerte)”, porque
dá uma idéia de como se chega àquele Plano de elevada sublimidade, embora o estudo das
coisas transcendentais esteja muito desgastado na nossa ERA, enquanto outrora se falava com
grande interesse em Ciências Ocultas.

“Por isso, com grande acerto, escreve o teósofo alemão Rodolfo Steiner, em sua obra “Ciências
Ocultas” que todo o ocultismo repousa nestas duas idéias: a de que por cima deste mundo
visível, existe um mundo superior e invisível, que nossos velados sentidos animais não podem
alcançar: e a de que, não obstante isso, o Homem é capaz de desenvolver em si, certas
faculdades ainda latentes em seu ser, mercê das quais lhe é possível conseguir, nesta vida
física mesmo, o conhecimento claro aludido. Estas faculdades, hoje em germe, chamam-se
“Imaginação” e “Intuição” que, em todo o curso da História, elevaram o Homem daquela sua
condição de animal, dando-lhe as belas-artes, com suas mágicas obras que se chamam poemas
literários e musicais ou com seus mágicos padrões que se chamam primores de arquitetura,
escultura, pintura, coreografia, etc. E essas, os seres inferiores jamais atingiram, porque estão
abaixo, na escala zoológica, coisa, aliás, muitíssimo sabida. A “Imaginação” e “Intuição”
também deram as ciências para que estas florescessem em felizer e belas pesquisas dos
homens que, sob faíscas de genialidade como violáceos relâmpagos em tempestuosas noites,
puderam vislumbrar hipóteses. Então, estas passaram a teoria que, por seu turno, passaram a
fatos científicos indiscutíveis. Essa prodigiosa conquista só tem beneficiado a indústria de
todas as nossas necessidades e egoísmos, indústrias que primam em não dar atenção, muito
ou pouca, àqueles abnegados homens-cientistas que “lhes levaram as galinhas”, como diz a
célebre fábula de Iriarte... “Imaginação e Intuição”, alavancas divinas do progresso humano!
Quantos não haveis sido escarnecidos pelo notório “porcos de Epicuro”, aqueles que se
refestelaram na felicidade, como um Deus Indra no pântano lodoso ou como um Fafner
wagneriano, com seu ventre descomunal a cobrir o tesouro dos Nibelungos! Ó , nobres dons
celestes injustiçados! “...

Se, para obter a felicidade, precisamos ter sensibilidade equilibrada, que faremos para tê-la?
Sim, tal felicidade requer justificativa de outra vida mais elevada, cantada por Carlos Navarro:

“ Para sempre romper quaisquer cadeias;

Tornar a negra noite em claro dia;

Derramar esperanças a mancheias

E converter a dor em alegria...

Trocar os ódios feros em amores;

Dar inefável bem por mal profundo;

Abrir caminhos de olorosas flores;

Gozar do Paraíso neste Mundo...

Dirigir o Mental rumo às Estrelas,

Para trazer a Luz que existe nelas;

Fazer a eterna Paz; matar a guerra;

Por em xeque o regime dos mil sesmos;

Repartir por igual o chão, a terra,

E ser os donos de nós mesmos! “

Para felicidade e conhecimento da Verdade,

Mantenhamos o Físico e a Alma equilibrados;


Gozemos da confiança dos Deuses,

Mantendo a Mente e o Coração iluminados...

Aula 07: Princípio Búdico

Conseguimos, afinal, chegar nestas nossas monografias, ao Sétimo Princípio da Genealogia


Secreta do Ser Humano. Sentimo-nos gratificados com este resultado, porque é trabalho que
demanda muita disposição, para levar a bom termo estudos desta natureza abstrata. Maior
satisfação teremos, se ele tiver boa aceitação e se tornar útil a alguém.

Para se passar do hábito de perceber as coisas a três dimensões, para tentar percebê-las numa
dimensão mais, digamos, profunda (se assim nos fizermos compreender melhor), teremos que
enfrentar um trabalho árduo. Entretanto, o estudo de natureza abstrata, por se encontrar em
planos mais elevados, mais luminosos, mais sutis, oferece mais segurança às nossas
convicções. Fala mais dentro de nós. Fala mais em nosso íntimo, embora de modo
inconsciente, muitíssimas vezes. O que se passa em nossa esfera de ação na nossa vida,
voltados para a superfície da Terra, é de natureza transitória. Vivemos nesta época, Século XX,
em média 65 anos, segundo as estatísticas e quase que todo tempo absorvidos pelo
imediatismo de nossas necessidades. Regra geral, preocupamo-nos em apreender a origem do
Ser Humano, através da Antropologia, sem admitir os conceitos dos seus princípios de origem,
dos seus princípios transcendentais. Através dos conhecimentos oferecidos pela “Ciência das
Idades”, através de suas informações, conseguimos talvez nos aproximar desse Sétimo
Princípio, que constitui as pautas de nosso estudo. Embora o interesse humano seja mais
conduzido para o sentido chamado materialista, do Mental Concreto, Comparativo, que,
quando dirigido com afinco, leva até a erudição, conforme seja a natureza da criatura humana,
ela pode ser chamada a procurar, a se identificar com planos mais abstratos ou
transcendentes, do conhecimento. No caso, esses conhecimentos passam a fazer parte da
natureza humana. São trazidos para a vida do cotidiano não ficando, apenas, na periferia.
Focalizam as coisas de um plano mais abstrato mas, ainda assim, limitam o conhecimento, não
atingindo o porque delas existirem. Por exemplo, Hertz descobriu o método de captar as ondas
vibratórias mas não conseguiu saber ou não se importou em saber sua origem na formação
dos Mundos, dos Planos. É muito importante refletir-se sobre o porque do rumo tomado pelo
conhecimento no Ocidente, até nossos dias. Devido, certamente, a interesses mal
intencionados, no Ocidente o conhecimento tomou um caminho onde “o ver para crer” fez-se
norma de conduta. É importante também observar a tendência humana para deturpar o
verdadeiro sentido das palavras ditas “sagradas”, que são de natureza abstrata. Não
penetrando no seu real sentido, passa a empregá-las no sentido figurado e, com isso, são
deturpadas. Assim se disseminou uma espécie de preocupação em estudar, compreender, algo
de natureza infinita, com o Mental Comparativo, concreto, de natureza finita. Esse
comportamento tem levado o Homem a dar interpretações inadequadas ou a fazer mau uso
das palavras. Elas passam a ser interpretadas segundo o conceito de seu intérprete e assim
afastam-se de seu sentido de origem ou sentido real. Desse modo, por vezes, chegam até a um
sentido contrário ao verdadeiro. Por exemplo, as palavras de Jesus, o Cristo, têm sofrido tantas
interpretações, ao longo de sua idade, que o Papa Paulo VI, se não nos enganamos no nome,
manifestou o desejo de que a Igreja Católica voltasse ao Cristianismo primitivo. Os tradutores
intérpretes dos Livros Sagrados, orientadores de seitas religiosas, tecem tantos comentários,
alongam-se em tantas explanações, acrescentam tantas palavras às frases primitivas, que
acabam por contar um história completamente diferente da original. Isto porque, podemos
dizer, o conhecimento humano é realizado sofrendo as limitações do Afetivo-Emocional e isso
leva a se ver as coisas, circunscritas pela autonomia do Mental Concreto e não há nenhum
esforço para se acionar o Mental Abstrato e a Intuição. Não há interesse pelo desenvolvimento
da Inteligência Abstrata, através da meditação. O método de estudo da “Ciência das Idades”,
tem como escopo ampliar a percepção mental, através do processo de meditação, usando a
linguagem simbólica para diminuir as limitações do Mental Concreto, dilatando-o,
transformando-o em Abstrato, alcançando a Intuição e fazendo despertar o Princípio Crístico.
Naturalmente, segundo o grau de evolução alcançado pelo discípulo ou pelo estudioso da
Ciência das Idades, ou dito de outro modo, segundo o ponto de evolução em que se acha o
Homem, quando inicia estes estudos, alcançará uns tanto por cento desses Princípios e assim
seguirá a evolução pela vida afora, até estar integralmente constituído ou integrado à Vida
Una. Seres há, grandes Seres, que vieram à Face da Terra trazendo a chamada “Ciência das
Idades”, até o Homem em evolução, através dos tempos, todos eles portadores do Sétimo
Princípio ou Princípio Crístico ou Átmico. Conforme a época em se apresentaram, traduziram
aquela Ciência, cada um com uma linguagem e com roupagens diferentes, usando palavras,
roupas e hábitos da época em que viveram nesta Face da Terra. Citaremos alguns dentre eles:
Hermés, o Trimegisto; Orfeu; Moisés; Tissoo-Krishna; Gautama-Buda; Jesus-Cristo. Muitos
outros trouxeram a sua palavra crística ou átmica, tais como Pitágoras, Platão, Roso de Luna,
Henrique José de Souza e outros anteriores. A palavra que dissemos, crística, portanto de
Seres que são portadores de um Corpo Integral, permite-lhes com o Poder de sua sabedoria,
acender nas criaturas humanas, a Chama do Fogo do Espírito Santo, a Centelha Divina, senão,
um fragmento da Vida Universal. Quando começa a bruxulear essa luzinha íntima – Semente
do Sétimo Princípio que medrou – o Ser Humano começa a ascender na escala do Sétimo
Princípio ou, dito de uma forma poética e simbólica, começa a escalada das estrelas.

Para simbolizar a ação dessa Chama, as várias religiões em sua ritualística, batismo, missas
(messes, missões) e quaisquer atos de natureza litúrgica, ou seja, a integração da
Personalidade nele, é o que se chama de Pentecoste. As línguas de fogo que desceram sobre
as cabeças dos Apóstolos de Jesus, o Cristo, simbolizam a realidade, isto é, a Iluminação dos
Apóstolos pelo Fogo, pela LUZ deste Sétimo Princípio, o Crístico. Nesse fato da liturgia cristã,
ficou gravado como símbolo, tão elevado evento. O simbolismo da Centelha Divina,
expressando a Chama do Fogo do Espírito Santo, converteu-se na chama usada nas lamparinas
acesas nos Santuários, como proteção de algo superior. Esse ato do uso de uma lamparina, nas
casas de antigas famílias, era venerado pela criatura portadora de certa religiosidade pura,
sincera. A força do FOGO desse Sétimo Princípio agindo, vinda das noites dos tempos, talvez
como Inconsciente Coletivo, fixou na mente das criaturas humanas, o uso de uma lamparina
acesa, no quarto ou num pequeno oratório, mantendo, portanto, a ligação da criatura, pouco
importando o grau de instrução, a Deus... a Zeus... Sim, a esse Plano do qual estamos falando.
Por isso dizem, “A Divindade está em todos e em toda a parte”.
A Ciência das Idades classifica esse Sétimo Princípio com os títulos Crístico e Átmico.
Consoante a concepção ocidental, é Crístico e conforme a concepção oriental, é Átmico.

Procuraremos, agora, esclarecer o que é o termo Crístico, Princípio Crístico de Cristo.

CRISTO (Crístico) não é o nome de um SER; é um título honorífico, talvez agraciado pelo
Eterno, por Deus... àqueles que são portadores do Sétimo Princípio. É de natureza do sétimo
estágio evolucional humano. Por exemplo, Jesus, o Cristo; Gautama, o Buda, etc., já
esclarecido anteriormente.

O Professor Henrique José de SOUZA, um dos maiores espiritualistas do Século XX, amicíssimo
do Dr. Mario Roso de LUNA, ensinou-nos também, no seu Livro “Verdadeiro Caminho da
Iniciação”, a distinguir o sentido dessas duas palavras: CRESTOS e CRISTO.

CRESTOS – é o Ser Humano que está realizando as etapas evolucionais. É o Homem da


dor, da luta, das provas, transformando o seu Afetivo-Emocional, no Princípio da Intuição e,
naturalmente, identificando-se como o Átmico.

CRISTO – é aquele que se tornou ungido, iluminado, penetrou na Essência de Deus, Brahmá.
Sua Vida é semelhante à Vida Universal. Integrou-se na Vida Una. Por isso Jesus, o Cristo, usou
a frase: “O meu PAI e o vosso Pai”.

Passamos agora, à análise da palavra ATMÃ, de Átmico:

ATMÃ – (que deu Átmico) – em pâli quer dizer: “Sopro de Vida”, movimento, etc. Em
alemão, com a pronúncia mais ou menos idêntica, significa: respirar, respiração (movimento
do Ar, Vayu).

Respiração ou o ato de respirar, conduz-nos à idéia do poder, do trabalho do Sistema


Respiratório, na vida do Ser Humano e das demais formas viventes.

Aula 08 - Os Cinco Elementos


A Civilização no Globo Terrestre, nos nossos dias, alcançou, de fato, uma tecnologia admirável.
A ciência positiva atingiu, também, um nível elevadíssimo de progresso, quase atingindo a
concepção de realização de milagre. Ela triunfou no mundo das descobertas, das invenções, na
aparelhagem de precisão que merece orgulho dos que trabalham com a inteligência criativa.
Mas noutro ponto de vista, esse imenso progresso intelectual, está permitindo que o Ser
Humano se divorcie da Natureza, da Vida natural e sadia.

Com o uso dos agro-tóxicos, inseticidas e muitos outros produtos químicos, com a finalidade
de combater as pragas dos elementos hortigranjeiros, o Ser Humano foi afastado da Vida
natural, logo, aproximando-o da morte, da destruição orgânica.

Baseados nos estudos anteriores, pretendemos anunciar o processo pelo qual o Humano Ser
pode, ainda, se harmonizar com a Natureza e ser por ela auxiliado em sua manutenção
psicossomática e por ela ser alimentado, naturalmente... Por exemplo, ingerindo laranja,
caqui... estamos absorvendo os elementos da Natureza denominados de Prithivi: elemento
sólido, terra, que se apresenta de cor alaranjada (já estudado em monografias anteriores).
Com o alimento tomate, sem a ação de agrotóxicos, ingerimos o elemento denominado de
Tejas, calor, fogo da vida. Com os elementos aquáticos, absorvemos Apas, água, os líquidos, e
assim por diante.

Os seres humanos têm a vida baseada nos elementos: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, senão, os 5
Elementos que correspondem aos 5 sentidos: Tato, Gosto, Olfato, Audição e Visão.

A Vida Universal tem a sua base, segundo as tradições antigas, no Hálito. O Hálito, realmente,
é a base da Vida. Com efeito, pode-se passar sem se alimentar, sem água, sem calor, mas sem
ar, não. Não se pode manter o regime de jejum, sem respirar. Então, para se harmonizar com a
Natureza, precisamos, desde logo, estimular determinados órgãos, a fim de ativar suas
funções, para produzir ou aumentar a capacidade de produzir elementos vitais ao corpo. São
elementos invisíveis aos olhos físicos, mas existem e são necessários à economia orgânica. Por
exemplo: vê-se com os olhos, a árvore com toda a sua galharia, entretanto, não a sua seiva que
é o alimento importante à sua vida. Se não houver seiva, a árvore fenece.

Se a parte basilar da Vida é o AR, o Hálito, então, o primeiro passo a dar é harmonizar a
natureza humana com esse Elemento. Harmonizar a natureza humana com a Natureza
Universal. Observamos que o Globo Terrestre tem um ritmo quaternário; as marés têm 4
movimentos; a Lua tem 4 fases; a orientação humana tem base nos 4 Pontos Cardeais...
Baseados nessas informações e sendo o AR, o principal Elemento para a Vida em nossa esfera,
então vamos harmonizá-lo com os 4 Elementos universais, agindo como poder do Hálito ou Ar.
Vamos promover um certo ritmo no nosso sistema respiratório, com a prática:

inspirar (o ar) pela narina esquerda, até encher os pulmões;

manter os pulmões cheios, conforme a resistência de cada um;

expirar pela narina direita;


manter os pulmões vazios, com pouco ar, para depois recomeçar a respiração novamente no
item 1...

Após a prática desse exercício respiratório durante alguns anos, há outro, também de grande
importância para a evolução espiritual da criatura humana: coloca-se o praticante em posição
de lotus, pernas cruzadas, as mãos juntas no umbigo, como que formando conchas, respiração
pelas duas narinas, suavemente. Esse exercício promove muita calma e tranqüilidade. Nessa
posição, após o exercício respiratório, o praticante pensa nas seguintes palavras: “Tat Twan
Asi”, com o sentido de “EU SOU ELE. Eu me identifico com Deus – Zeus – com a minha
Consciência Superior e ELA está se ligando a MIM”. Com esse exercício, com essa prática
espiritual, os iniciados elevam a mente ao Nirvana, ao mais alto estágio que pode alcançar o
Ser Humano. Por isso disse Santo Agostinho: “nós viemos da Divindade e nos esquecemos”.

Esse divórcio entre a Mãe Natureza e a natureza humana, tem como efeito as doenças, o
desequilíbrio da harmonia orgânica. E, se o fato é psicossomático, surge a dor, os sofrimentos
físicos. Se o Ser Humano soubesse respirar conforme a respiração perfeita, haveria o equilíbrio
de sua personalidade... o indivíduo estaria perfeitamente ajustado às Leis da Natureza. Como
se poderá harmonizar com a Natureza, se se respira um ar poluído?

Os antigos Livros Sagrados consideram o Ser Humano como sendo formado de pequenas vidas,
sim, entidades minúsculas como que formando, em seu conjunto, a parte psíquica ou anímica
dos órgãos físicos. Animam, alma, o que anima, impulsiona o órgão físico. Há o preceito: “a
função faz o órgão”. No caso, a função age como elemento vital do órgão. Acham que o órgão
tendo função, tem consciência dela, sabem o papel que lhes cabe na engrenagem humano-
orgânica. Quando há algo negativo no bom funcionamento de um rim, o outro passa a exercer
uma função dupla, sem a necessidade de receber ordens superiores. Se cada órgão tem
consciência de sua função, compreendemos que o Ser Humano é um pequeno universo em
atividade, por isso se fala em “microcosmo”, isto é, o Ser Humano é considerado um pequeno
universo. Seu organismo registra todos os fenômenos do Grande Universo.

Esses 5 Elementos de nossos estudos, não funcionam arbitrariamente. Têm seus pontos de
localização no corpo humano e, muitas das vezes, em muitos casos, a interferência do
indivíduo perturba, modifica as regiões onde devem agir esses Elementos, isto é, em locais
próprios. Atuam de certo modo fazendo com que eles mudem de seus respectivos lugares. O
clarividente ou portador de visão em quarta dimensão, percebe quando o físico do Ser
Humano apresenta certos tons no seu conjunto, no seu ambiente, no seu aura, que estão fora
de seus respectivos lugares. Esses Elementos são classificados, consoante a sua freqüência
vibratória, com as cores: o Elemento sólido, Prithivi, é reconhecido pela tonalidade amarela-
alaranjada; a cor do Elemento Água, Apas, vai de roxa a violeta claro; do Fogo, vai do tom
vermelho mais denso ao desbotado (Tejas); do Ar, Vayu, vai do verde mais denso ao mais
claro. Todas as cores dependem da natureza ou de como o indivíduo se comporta, se se
encontra puro ou carregado. Se está positivo, as cores se apresentam com tons luminosos,
suaves, leves. Se é mau, grosseiro, o tom se torna mais pesado, mais inerte, vibração com
pouca intensidade.
É importantíssima, na classificação espiritual do indivíduo, a magia das cores, influenciando na
estrutura física, no comportamento da criatura humana. Por exemplo, uma criatura colérica,
odienta, violenta, perversa, com o pensamento nesse setor, acaba conduzindo o fogo que
funciona na genitália e na região de digestão, para a cabeça, para a região do Éter, que deve
sempre permanecer fria, quando há uma perfeita harmonia funcional dos órgãos. Sim, o Fogo
sobe e o Éter desce e os Elementos funcionam impropriamente, fora de seus respectivos
lugares. Com isso, o indivíduo perde a coordenação, passando a agir desordenadamente. A
desassociação desses órgãos, a desarmonia deles, agindo sem uma coordenação, pode
promover a loucura. Os neuróticos não podem ter esses Elementos nos seus respectivos
lugares, por isso não possuem equilíbrio emocional.

O importante na evolução espiritual do indivíduo é colocar os 5 Elementos de nossos estudos,


nos respectivos lugares do corpo. Não permitir que suas cores, suas vibrações funcionem em
lugares impróprios. Estando tudo perfeito, em harmonia, há uma identificação entre o
indivíduo e a Mãe Natureza. Esse acontecimento é o que se poderia chamar de “FELICIDADE”.

O ser feliz, no ponto de vista real, é o fato de se conseguir purificar os Elementos grosseiros da
Genealogia Secreta do Ser Humano. Sem esse trabalho, o indivíduo não dá um passo na
escalada da sua evolução superior. Se quer ficar com peso de chumbo, é só manter-se
grosseiro, pesado, denso, mas quer atingir o peso de algodão, é preciso purificar-se.
Organicamente, os homens possuem os mesmos órgãos, mas variam na sutileza da
sensibilidade.

A Ciência das Idades, para promover a harmonia no trabalho das pequenas vidas, das
pequenas consciências que, num conjunto, forma o Ser Humano, lançou mão do som, da
forma, da cor e da luz. Usando o som, na sua harmonia primorosa, criou uma série de hinos, os
quais são denominados de “mantrans”, a fim de harmonizar as funções, as vibrações, quando
há desequilíbrio da harmonia dos órgãos do corpo da criatura humana. Por exemplo, do
mesmo modo que a missão dos medicamentos é reparar o equilíbrio das funções orgânicas,
assim o som, os mantrans, têm a função de reparar as funções psicossomáticas, equilibrando-
as.

Ligeira explicação do sentido do mantram: “Os mantrans são certas combinações de palavras,
dispostas ritmadamente, mediante as quais se originam certas vibrações que produzem
determinados efeitos positivos, na genealogia secreta do Ser Humano”.

Como ensina a Ciência das Idades, cada sonido na matéria física desperta um outro sonido
correspondente nos reinos invisíveis ou em outras dimensões e incita a ação de algumas
Forças do lado secreto da Natureza mais sutil. O sonido é a linguagem mais eficaz e é poderoso
agente para harmonizar a natureza humana com a natureza subjetiva.

Deus conversa com os homens, através da linguagem da Música-Arte!

Aula 10 - Ioga dos Cinco Elementos I


A Ciência das Idades ensina-nos que há uma perfeita correspondência entre a ação dos
Elementos Físicos e os Elementos sutis da Natureza, os quais são denominados Tatwas,
conforme já estudamos em monografias anteriores. Do mesmo modo que somos alimentados
pelos raios solares, através dos alimentos vegetais, frutíferos, etc., também o Ser Humano
pode ser alimentado pelos Elementos sutis da Natureza, os Tatwas.

Por exemplo, o Ser Humano, através da laranja, absorve, embora em pequena porcentagem, o
Elemento Prithivi, sólido, coloração alaranjada; através do tomate, pode ingerir o Elemento
Tejas e assim por diante...

Para que esses Elementos da Natureza, mais sutis, sejam mais atuantes no organismo humano,
há uma prática que possibilita haver uma absorção mais potente, para haver uma
harmonização mais perfeita entre a natureza humana e a universal.

A base para se promover a harmonização dos elementos físicos e os de natureza sutil, os


Tatwas, é pôr em prática o trabalho da mente, como elemento criador. Os sábios antigos
diziam: a Natureza cria geometrizando. Se a Natureza cria geometrizando, o Ser Humano, para
se harmonizar com ELA, tem necessidade de usar as expressões geométricas ou, lançando mão
de outras palavras, a Chave Geométrica dos Conhecimentos Superiores.

A Linguagem da Natureza é constituída de forma (geométrica), som, cor... ... Os naturistas


orientais, espirituais, usam uma prática para essa harmonização da natureza humana com a
universal: a Ioga. Em nossas monografias IVR, não falamos ainda no termo “Ioga” e, com isso,
poderá surgir a pergunta: que é Ioga?

Ioga quer dizer união, ligação, harmonização da criatura humana com a Natureza. E, via de
regra, aquela está sempre contra esta. O Homem, para viver, tem por alvo destruir os filhos da
Grande Mãe que é a Natureza. Logo, Ioga ou Iogui é o bom filho que quer viver em harmonia
com a sua Genitora, a Natureza. Como se trata de extrair a parte vital dos Elementos Terra,
Água, Fogo, Ar e Éter, é uma prática denominada de Ioga dos 5 Elementos, isto é,
harmonização dos 5 sentidos humanos com os 5 Tatwas ou Forças Sutis da Natureza. Entram,
também, nessa prática, os sentidos conhecidos, respectivamente, o Tato, o Gosto, o Olfato, a
Audição e a Visão.

O Ser Humano, de braços e pernas abertos, formam a figura de uma estrela de cinco pontas e
cada ponta da estrela corresponde à ação de um dos 5 Elementos.

De modo que tomamos a liberdade de começar com o Elemento Ar, ou seja, o exercício
respiratório. Vamos dividir o exercício respiratório em 4 tempos, para ficarmos em harmonia
com os movimentos das marés, senão, os 4 movimentos delas:

Inspirar o ar pela narina esquerda, até encher os pulmões;

Manter os pulmões cheios, conforme a resistência de cada um;


Expirar o ar pela narina direita;

Manter os pulmões vazios ou com pouco ar, começando, novamente, pelo ítem 1.

Isso começando, durante uns 10 minutos. Com a prática, poderá ser aumentado o tempo...
Esse exercício deve ser feito de pé e com o pensamento bem livre, porque esta Ioga ou
Exercício tem a finalidade de ensinar ou ordenar o nosso sistema de pensar, isto porque,
quando se fica em silêncio, isolando nosso pensamento das coisas externas, nossa cabeça se
enche de uma quantidade imensa de pensamentos de natureza negativa, opondo-se ao que é
certo. Então, embora vindo esses pensamentos negativos, deve-se forçar a pensar nas figuras
geométricas, determinando a zona do corpo humano onde deve ser a sua ação, conforme a
freqüência vibratória de cada Elemento.

Inicia-se mentalizando um quadrado, um quadrilátero de cor alaranjada, dos pés aos joelhos;
símbolo da Terra, com o nome de Prithivi; tem um som de “RÉ” gravíssimo; quem não possuir
instrumento para dar o som, o faz pronunciando a palavra “LAM”. Esta palavra deve ser
pronunciada, puxando para o tom nasal. Representa no organismo humano, o Sistema Ósseo,
logo, promove o fortalecimento desse Sistema.

A seguir, deve-se pensar num crescente lunar de cor violeta, com as hastes voltadas para cima,
indo dos joelhos ao umbigo. Representa o Elemento Água; tem o nome de Ápas. O som é “LÁ”
e a palavra tônica é “VAM”. Representa no organismo humano o Sistema Nervoso.

A figura geométrica do próximo elemento ou Tatwa é um Triângulo vermelho que tem sua
base no umbigo e o seu vértice no coração. É o Elemento Fogo agindo em outras dimensões
além da 3ª, que é a do corpo físico. Seu nome é Tejas; o som correspondente é a nota “DÓ”
médio. A palavra que lhe dá a tônica é “RAM”. Está em relação com o Sistema Sanguíneo.

A figura geométrica deste quarto Elemento, é um Hexágono verde que vai do coração, pelos
lados, até a fronte; o Elemento é o AR e tem o nome Vayu. A palavra da tônica é “PAM” e o
som é o “FÁ”. Está relacionado com o Sistema Respiratório.

A figura geométrica desse Elemento, o ÉTER, é um crescente lunar, em vertical, com as pontas
voltadas para o lado esquerdo e apoiando-se no olho deste lado. É de cor azul celeste, nome
AKASHA; o som é “SOL” e a palavra correspondente é “HAM”. Atua sobre o Sistema Glandular.
Esse Sistema Glandular, funcionando no Ser Humano, tem uma ação, um efeito que podemos
dizer: algo semelhante à ação dos astros em relação ao Sol.

Observamos, apenas, que esse exercício respiratório deve ser feito em local onde a renovação
do ar deve ser permanente, de preferência em lugar isolado e em contato com a Natureza.
Horários preferíveis são: de 5 às 6 horas (da manhã); das 12 às 13; às 20 e às 3 da madrugada...
Existem casos em que a nossa interferência perturba as regiões onde os 5 elementos atuam,
fazendo com que eles se mudem de seus respectivos lugares. O clarividente ou o que possui
percepção da 4ª dimensão, pode perceber quando o corpo físico do Homem apresenta certos
tons, no seu conjunto, que estão fora de seus respectivos lugares, logo, agindo
impropriamente.

O Elemento sólido, Prithivi, por exemplo, vibra em todas as tonalidades que vão do amarelo
alaranjado, denso, ao mais claro... ...

A cor violeta do Elemento Água, vai do roxo ao violeta claro;

Do Fogo, vai do vermelho mais denso ao mais desbotado, rosa muito claro;

Do AR, Vayu, vai do verde mais denso ao mais claro.

De modo que todas as cores relativas aos Tatwas ou Elementos sutis dependem da natureza,
do estado de ser em que se encontra o praticante, se está puro ou perturbado, carregado. Se o
praticante estiver equilibrado, puro, as cores dos Elementos, ou Tatwas, apresentam-se aos
olhos do clarividente com os tons luminosos leves; se o praticante estiver com idéias impuras,
grosseiras, com ódio, rancor, revoltado, os Elementos se tornam mais pesados, mais inertes,
sem vibrarem com tanta intensidade como nos outros casos. Por exemplo, uma criatura
colérica, odienta, tanto age neste setor que acaba levando o fogo, que deve funcionar na
região da digestão, para a cabeça, o lugar do Elemento Éter, que é uma região que deve se
manter fria. Sobe o Fogo e o Éter desce um pouco de seu plano, resultando daí que o indivíduo
começa a agir sem coordenação, sem harmonia.

Concluímos, portanto, que o primeiro passo para podermos caminhar na Senda da Libertação,
consiste em purificar os elementos grosseiros, em nós existentes. Sem isso, não se dará nem
meio passo à frente, porque um instrumento de chumbo tem densidade diferente de um de
algodão.

Nessas monografias falamos, repetimos, abusivamente do termo “Natureza”. O som da


pronúncia desta palavra, fecundou a nossa mente e com isso pode surgir a pergunta: que é
Natureza? E logo está com a palavra o sábio Confúcio:

_“A ordem estabelecida pelo Céu, chama-se Natureza; o que está conforme a Natureza,
chama-se L E I; o conhecimento da LEI, chama-se instrução... A Lei não pode variar, nem na
espessura de um fio de cabelo; se variasse, não seria Lei; por isso o sábio investiga sobre o que
não vê e não ouve (ou é oculto) até o mais remoto. Antes que as paixões tenham nascido na
alma, esta se encontra no estado do “meio” (no meio termo); quando estas paixões alcançam
uma medida justa, chama-se equilíbrio. O meio é a grande base da Natureza (é o Tau, Balança,
ora, o nome próprio dado pelo antigo chinês é TÁO). Quando o “meio” ou o “equilíbrio” está
perfeito, o Céu e a Terra estão tranqüilos e todas as coisas evoluem. O sábio mantém-se
invariavelmente no meio, no equilíbrio, mas o vulgo o viola por causa da sua corrupção. Kung-
Tsé disse: “Ó! Quão sublime é o meio ou o ‘equilíbrio invariável’, porém, quão poucos sabem
manter-se nele! “...Assim, o Imperador Chum examinava as mínimas respostas dos que o
circundavam, ocultando as más e publicando as boas.

IOGA DOS CINCO ELEMENTOS

Aula 11- CHACRA ou CENTRO DE FORÇA

Na monografia anterior, IVR 10, dissertamos, por vez primeira, sobre a prática de IOGA.
Falamos sobre a IOGA dos CHACRAS ou CENTROS DE FORÇA SUTIL localizados na estrutura
Vital da Genealogia Secreta do Ser Humano (monografia IVR nº 2).

Que é CHACRA? Literalmente, em sânscrito, é roda, disco, dando idéia da Vida em Movimento,
em eterna dinâmica. É a Vida em contínua atividade, girando, girando... ...

CHACRAVARTIN – No hinduismo, há o nobre título de Chacravartin, dado ao Ser ou Deus que


tem o dom de movimentar a Roda da Vida. Esse título é dado a quem tem a função de poder
movimentar a Roda da Vida. É algo com as funções sagradas, semelhante ao que no Ocidente é
Papa-Pontífice... O Buda Sidharta era considerado como capaz de exercer essa suprema
Missão, de movimentar a Lei da Evolução Espiritual.

Os Chacras do corpo humano, os principais, são em número de 7. Sim, os 7 principais, havendo


outros de secundária importância. São 7 Centros de Força Sutil, localizados em
correspondência aos plexos do corpo humano. Eles transformam a energia da estrutura vital,
para os órgãos físicos.

Os órgãos do corpo humano mantém a vida do corpo físico e os Centros de Força Sutil –
Chacras – têm a mesma função no Corpo Vital. Este é como se fora a alma, a parte dinâmica
daquele. Os orifícios da cabeça são para servir de entrada à Vida Energia. Na parte interna do
crânio há, porém, certa glândula, epífise ou pineal, ainda pouco estudadas as suas funções,
mas que merece especial referência pela influência que exerce nas funções do organismo.
Dela, partem 7 forças ou substâncias que se derramam pelo organismo. É algo como que, se
dela, sete substâncias se derramassem pelos 7 Chacras principais. A sua potência é de tal
natureza que abriu 7 cavidades na massa craniana, em relação aos 2 olhos, 2 ouvidos, 2
narinas e a boca, igual a 7.

Na cavidade abdominal localiza-se o aparelho digestivo, com seus anexos. São órgãos
importantíssimos, o estômago, intestinos delgado e grosso, fígado, pâncreas, rins e supra-
renais, etc. Na cavidade toráxica, temos o coração entre os dois pulmões e mais outros órgãos
secundários. Ainda na caixa craniana, encontramos o encéfalo que podemos dividir em dois
hemisférios cerebrais, o istmo do encéfalo, além do cérebro-protuberância e bulbo, todos
como órgãos de aperfeiçoamento funcional.
Os 7 Chacras principais ou Centros de Força Sutil estão distribuidos no corpo humano e têm
como base a Coluna vertebral. A Ciência das Idades considera esse sistema de distribuir a
energia vital pelo corpo físico humano, de grande importância. Para isso, necessário se torna
que se tenha um corpo purificado, a fim de assimilar essas 7 energias universais. A ação dessas
energias sutis nos órgãos físicos, é semelhante à energia elétrica conduzida pelo fio.
Externamente não se vê a energia, mas se for tocada, a mão recebe o choque. Esses Centros
de Força são como que 7 transformadores dos 7 Raios Solares, para vitalizar o corpo humano.

A Ciência das Idades, principalmente no Oriente, determina a potência, ou, com outras
palavras, a freqüência vibratória dos Chacras, como se fora um loto, com tantas pétalas como
o potencial que representa. Se um tem 4 pétalas, o de maior potência terá 7 e outro 10 e assim
por diante. Cada pétala do loto ou chacra é representada por uma cor. Esses Centros de Força
(Rodas) transformam a Vida Energia Universal em Vida Humana. Eles representam a parte
dinâmica dos plexos do humano corpo.

Tomamos como base, para localizá-los no corpo humano, o sentido de descida, da cabeça ao
cóccix. São alimentados por elementos que se acham na coluna vertebral que se denominam
de Nádis.

Nádis (sânscrito) Nádis é o nome dado aos plexos, gânglios, nódulos e, em geral, a todos os
Centros de Força Vital ou nervosa do corpo. A Ciência das Idades fala que seis nádis são
conhecidos e há outro, situado cerca da vértebra cervical, denominado de “Atlas”, que é
desconhecido.

Primeiro – No vértice da cabeça há o Chacra ou Centro de Força mais potente e de maior


freqüência vibratória, com o nome sânscrito de Sahasrâra ou Bramanandra; em português,
Coronal; é denominado, também, de Lótus das mil pétalas; cores: no centro é amarelo e as
bordas são de cor púrpura. Todos os Chacras vibram da esquerda para a direita, como se fosse
o movimento do relógio. Este Centro de Força liga o Ser Humano ao cosmo e tem sua base
física na glândula pineal ou epífise.

Segundo – A seguir, há o Chacra ou Centro de Força da Fronte. Em sânscrito, é Ajnã; em


português, Frontal; tem 96 pétalas e base na glândula hipófise-pituitária; cor: violeta do lado
esquerdo e rosa-claro do lado direito. Fortalece a inteligência ou os órgãos da sabedoria
eterna. Os hindús o denominam de “Olho de Shiva”. Os egípcios, de “Ureus mágico” (por essa
crença, todo o quadro com retrato de faraós, mostra-os com uma serpente na cabeça
(serpente, símbolo da inteligência).

Terceiro – Em terceiro lugar, há o Chacra que se acha na laringe. Nome sânscrito, Vishuda;
português, Laríngeo; cor azul-elétrico; órgão da palavra, do Verbo. É denominado pela Ciência
das Idades, ANTAKARANA.

Antakarana – é ponte ou ligação entre a cabeça e o tronco. Em sentido figurado, é ligação


entre a inteligência superior e a inferior. Tem vários significados diferentes, consoante a seita
ou escola filosófica.

Quarto – este Chacra é de suma importância, pois corresponde ao órgão do coração. É o


dínamo que dá impulso à Vida. É o nosso relógio universal. Nome sânscrito, ANAHATA;
português, Cardíaco; cor amarela; base física, o coração. É algo como se fora um loto com 12
pétalas; cada pétala tem um caracter do alfabeto sânscrito. É algo como se fora o mostrador
de um relógio mas, em vez de números, marcando as horas, há letras do alfabeto sânscrito,
como que marcando os ciclos da evolução da alma humana. Seu centro é constituído pelo
desenho do Hexágono Sagrado, isto é, dois triângulos entrelaçados: um de vértice para cima,
cor branca, e o outro de vértice para baixo, de cor negra. O triângulo de vértice para cima,
branco, expressa as tendências positivas, de natureza espiritual, e o de vértice para baixo, as
tendências negativas. No campo abaixo do Hexágono, há um pequeno espaço, onde figura o
YAK expressando o aspecto anímico da humana criatura. Por exemplo, o Chacra Cardíaco ou
Anahata representa o Sol, o poder do Sol e as 12 pétalas, o poder emanado dos 12 Signos do
Zodíaco. Ele é o poder equilibrante da personalidade, pois, há três Chacras superiores –
Vishuda, Ajnã e Sahasrâra – e, como veremos, há três para baixo – Manipura, Swadistana e
Muladhara.

Quinto – Na região do umbigo, há o Centro de Força que liga o Ser Humano ao mundo astral,
anímico. É o Chacra usado para a baixa magia, por isso deve ser equilibrado pelos que já foram
citados. O nome em sânscrito é MANIPURA; em português, Umbilical; base no corpo físico, o
umbigo. Tem 10 pétalas com as cores alternadas, verde e vermelha, como que colocando em
grande velocidade, movimento, a fusão de Tejas e Vayú. A fusão desses 2 Tatwas, fortalecendo
ou defendendo o ambiente áurico da criatura. O seu movimento representa a luta de duas
Forças que procuram se fundir, dando origem a uma terceira, a proteção da criatura contra as
setas do poder negativo, contrário à evolução do discípulo.

Sexto – O Centro de Força localizado no Baço, região esplênica. Nomes: sânscrito, Swadistana;
português, Baço ou Esplênico. Tem 6 pétalas e como que um botão ou ponto no centro. É
como um disco luminoso, com as cores laranja, violeta, vermelha, amarela, púrpura, azul e
verde. O botão ou ponto central é púrpura. Vitaliza a região do pâncreas, baço, rins, etc. É
envolto por uma rede dourada, com o sentido de defesa. Os médiuns têm essa rede destruída,
por isso perdem o controle de si próprios, ficando à mercê das forças de baixo astral.

Sétimo – o Chacra ou Centro de Força localizado no cóccix, onde arde o fogo da vida,
denominado de Kundaline. É a base da vida física. Nome em sânscrito é Muladhara; em
português, Chacra Raiz. Tem 4 pétalas do formato da Cruz de Malta, duas em posição vertical
de cor alaranjada, semelhante a cor de tijolo, e duas horizontais de cor amarela, também
escura. Seu movimento é diferente dos demais: gira da direita para a esquerda, tendo como
base o cóccix. Os demais Chacras giram da esquerda para a direita.

A prática dessa Ioga ou exercício mental superior, tem a finalidade de harmonizar o Ser
Humano com os 7 Planos do Universo, como que puxando para os órgãos físicos a energia
universal, a Vida Energia. Cada Chacra alimenta, fortifica, os órgãos localizados nas respectivas
regiões onde estão agindo.

_No aspecto físico, no mundo dos homens, estes são classificados pelo que possuem do poder
material, são classificados pela quantidade de dólares e não pelos dons naturais, ligados às
coisas superiores. No Mundo ou Plano Iniciático, as humanas criaturas são qualificadas pela
luminosidade, pela freqüência vibratória, pelo equilíbrio das funções desses 7 Centros de Força
ou Chacras. Assim como os Raios emanados do Sol visível alimentam a vida física, na
Genealogia Secreta do Ser Humano, a Alma Humana é alimentada pelos 7 Raios emanados do
Sol Espiritual, de Zeus, Deus, Brahmá, enfim, pelo Poder luminoso de algo que, com a limitação
dos sentidos humanos, não é alcançado ou entendido.

O que se poderia dizer: a Vida Energia universal transforma-se, através dos Chacras, em Vida
Humana. Assim como a função faz o órgão, também os Chacras fazem o movimento da Vida.

Agora, transcrevemos, nesta monografia, excelente trecho da “Concepção Sintética do


Universo”, de autoria do polígrafo espanhol, Dr. Mario Roso de Luna:

“O Logos não é um pensamento morto, porém um Ser Vivente e eternamente fecundo, que
põe toda sua ação em realizar fora de Si as riquezas de Seu infinito poder, e o universo que é
sua obra, sua manifestação sensível, necessariamente deve participar deste caráter. E no
fundo das transitórias formas viventes, os fenômenos materiais e os psicológicos estão
emaranhados como em um novelo misterioso e por isso dizia Schelling, confirmando as idéias
do grande Leibnitz, que a Natureza não é uma massa inerte, para quem sabe compreender
seus alcances sublimes, porém a força criadora do universo, força sempre eficiente, primitiva,
eterna, que abarca em seu seio, todo o conjunto daquelas formas transitórias, ardilosas
chispas da ilusão de um dia; tudo quanto nasce, perece e renasce em perpétuos ciclos”.

Reproduzimos, ao lado, um gráfico com a distribuição dos Chacras pelo Corpo Humano.

Aula 15 - Genealogia secreta da Terra como Ser Vivo

Mantendo a continuidade da Série de estudos IVR, acerca da Genealogia Secreta do Ser


Humano e da Terra, como sendo um ser vivo, prosseguimos com o método da analogia,
estabelecendo, sempre, o confronto da função orgânica do Ser Humano com os elementos
vitais da constituição da Terra. A Terra é a Grande Mãe que nutre seus filhos com a sua própria
vitalidade, pouco importando a espécie de seres viventes.

Os seres viventes e, principalmente, o Ser Humano, possuem como órgão essencial à vida, o
coração, mas a Terra tem como elemento principal da vida, a Natureza.

CORAÇÃO (medicina) É um órgão oco, envolvido pelo pericárdio e é constituído,


principalmente, por músculos, o miocárdio, é revestido pelo endocárdio. Divide-se em 4
cavidades: a aurícula e o ventrículo que formam o coração do lado direito e a aurícula e o
ventrículo esquerdos que formam o coração do lado esquerdo. A aurícula e o ventrículo
comunicam-se por válvulas (tricúspide à direita e mitral à esquerda) que permitem a passagem
do sangue, no sentido da aurícula para o ventrículo. O sangue é trazido pelas veias cavas até a
aurícula direita, passa para o ventrículo direito que o envia aos pulmões, onde o sangue se
desfaz do gás carbônico e é carregado de oxigênio, voltando à circulação, através do corpo,
pelas veias aorta, coronárias e demais.

O Globo Terrestre também tem seu coração que é denominado de AGARTHA ou Coração
Flamejante. Sobre o termo Agartha, embora já tenha sido analizado em monografias
anteriores, aqui repetimos, dividindo-o em AG + HARTHA:
AG Prefixo de Fogo, mas Fogo Universal, como elemento da Vida Divina, purificador das
formas que mantém a Vida.

HARTHA Quer dizer coração, purificador do Hálito Divino.

AGARTHA É, portanto, o Coração da Terra, pulsando no ritmo da Harmonia Universal.

Se no corpo do Ser Humano e no dos seres viventes existem veias como condutos do sangue
que é vida, no Globo Terrestre também há rios subterrâneos e outras torrentes dágua que
fazem circular a AQUA-VITAE QUE É VIDA TREPIDANTE. Com efeito, no interior da Terra há um
perfeito sistema de irrigação, à semelhança do sistema vascular no humano organismo. Os
rios, em Agartha, descem pelo lado esquerdo do Globo Terrestre e sobem pelo lado direito, à
guisa dos movimentos feitos pelo sangue através da aurícula e do ventrículo no homem.

A Agartha, em vez de ser constituída de músculos, à semelhança do homem, que representam


força, vigor, pujança, é constituída de camadas rochosas, vórtices de energia, galerias imensas,
envolvendo a parte central. Há um sistema de defesa perfeito, ao seu coração que é Agartha.
Alegorizando as grandes cavidades, há imensas entradas, as quais o Dr. Roso de Luna
denominou de lugares jinas, guardadas pelo poder magnético, próprio dos lugares onde se
acham no Globo Terrestre. Embora estas entradas não sejam do conhecimento dos seres da
Face da Terra, entretanto, são mencionadas em quase toda a história apresentada pelos
historiadores de valor e estudiosos desses assuntos. Sim, os que fazem “história” e não
“estória”.

A ciência materialista não aprova a existência dos Mundos Interiores porque foca sua visão
para o mundo fenomênico, tem seu ponto de interesse para a parte externa do Globo
Terrestre e não despertou, ainda, seu interesse para a vida do interior da Mãe Terra...
Preferem pesquisar a existência da vida humana, em pontos, no grande espaço, fora da Terra,
do nosso Globo. Preferem descobrir a existência da vida na Lua, em Marte, em Vênus, Saturno
e, no entanto, se esquecem que no interior da Mãe Terra há um perfeito organismo, em plena
ação, em sublime dinâmica.

Apresentamos, agora, outra analogia que nos parece ser de suma importância, para esclarecer
nossos estudos. Pensamos num exemplo da Mãe Natureza, que constitui para nós admirável
lição dela:

1º) A gestante mantém em seu útero o feto, o rebento, com a sua própria vitalidade, a
vitalidade que lhe oferece a Mãe maior, a Natureza, a Mãe Terra. No útero, o rebento está em
estado embrionário; é uma semente humana, com o potencial de uma longa vida, mas
concentrada, aguardando o momento em que poderá desabrochar o seu potencial, para
atingir o esplendor da vida ativa. Logo após deixar esse estado de vida, pelo fenômeno do
nascimento, perde essa tranqüilidade, para receber os impactos, os choques de outro
ambiente mais rigoroso. Com isso e com a falta de ação motora em seus membros, torna-se
inseguro porque tem de começar a lutar pela sua sobrevivência. Já precisa procurar a
alimentação e, para ter esta, depende da vontade de outrém. Começa a usar, então, o som, a
linguagem natural, o choro, demonstrando as suas necessidades, a fome, etc.
2º) De modo análogo, compreendemos que o Globo Terrestre também tem o seu ônfalo, tem
seu útero, onde mantém, seus filhos em eterna primavera, usando a própria Vida Universal.
Nesse ambiente, mantêm as perfeitas formas, perfeitos corpos, senão, os seres que já
conquistaram a sua máxima perfeição em todos os planos da evolução. Esse centro de vida da
Terra, possui outros nomes: Sancta Sanctorum da Mãe Terra, Laboratório do Espírito Santo,
Erdemi, Belovedye, etc. Belovedye, ou seja, Belo e Vedye, Vidya, senão, o belo conhecimento
ou bela sabedoria.

3º) A obra póstuma de Saint-Yves D’Alveydre, intitulada “La Mission de L’Inde”, publicada em
1910, descrevendo o misterioso centro iniciático denominado de “AGARTHA”, seu autor só
permitiu que sua obra viesse a lume 30 anos depois de a ter escrito. Até então, jamais se
ouvira falar, em toda a Europa, na palavra Agartha e nem em seu Chefe, que na época era o
Brahamatmã.

À escola budista do Norte da Índia, dá-se o nome de “Mahayana” ou “Grande Barca” e à do


Sul, “Hinayana” ou “Pequena Barca”. “Barca da Salvação” era o nome que os egípcios davam à
barca que conduzia Osíris, “o Vitorioso”, através do Mar da Serenidade, ou seja, de um país
para outro, isto é, do mundo humano para o mundo espiritual. Se admitirmos, pois, como real
sem nenhum sentido secreto, a “barca de Noé”, salvando-se com a sua família, povo ou ramo
racial, nós teremos que ele serviu-se dela para transportar-se de um país para outro, como
fazia Osíris. E a tradição nos diz que esse “país”, atualmente, é conhecido com o nome,
singularmente parecido com o de “barca”, ou seja, AGARTHA... ... ...

Ferdinand Ossendowsky em sua obra “Brutos, Homens e Deuses_”, relata algumas palavras
que ouvira do Lama Gelong, favorito do Príncipe Chultum Beyli e, com o próprio Príncipe,
acabou por fazer-lhe a descrição do reino subterrâneo.

Respondendo a uma pergunta, disse:

“Ninguém pode ou sabe dizer-nos onde esse reino se acha; uns apontam o Afeganistão, outros
a Índia. Todos os homens desta conhecida região, são protegidos contra o mal, e o crime não
existe no interior de suas fronteiras. A ciência lá se desenvolveu tranqüilamente; nada ali está
sujeito à destruição. O povo subterrâneo atingiu o mais alto saber. Trata-se, hoje, de um
grande Reino, contando milhões de habitantes, sobre os quais reina o “Rei do Mundo”. Ele
conhece todas as forças da Natureza, lê em todas as almas humanas e no grande Livro do
Destino. Invisível, reina Ele sobre 800 milhões de homens que estão sempre prontos a
executar as suas ordens”.

O Príncipe Chultum Beyli acrescentou:

“Este Reino é Agarti – Agartha – Estende-se subterrâneamente por todo o mundo e para ele há
entradas por meio de passagens ou entradas na superfície da Terra”.

No desenvolvimento deste nosso estudo, embora bem transcendente e levando-nos, se não


tivermos boa estrutura mental, às raias do inverossímil, compreendemos que o nome Agartha
dá-nos a idéia de Fogo, mas Fogo Criador, Foga da fulgurante inteligência. Por isso, com o
intuito de homenagear a Agartha, reproduzimos, como preito de eterna gratidão, a evocação
ao Pai do Fogo Sagrado, reinando nesse Reino, homenageado com as palavras que se seguem:
“Ó ! Imortal, eterno, inefável e sagrado Pai de todas as coisas, conduzido no carro que desliza
sem cessar pelos mundos, que dão sempiternas voltas! Dominador dos etéreos campos, onde
se assenta o Trono do teu Poder, de cujo vértice teus poderosos olhos tudo vêem e teus
formosos ouvidos tudo ouvem! Escutas a prece de teus filhos, aos quais amaste desde o
começo dos séculos. Tua eterna majestade resplandece sobre o mundo e sobre o céu das
estrelas. Estás acima de tudo, ó fogo faiscante, que por si mesmo se estende e se alimenta por
seu próprio esplendor; saem da tua essência inesgotável, fontes de LUZ que se difundem em
teu Espírito Infinito! Esse Espírito Criador de tudo! Ó Pai Universal, criaste tua essência
adorável! É dever nosso louvar e adotar a tua sublime vontade, com ardente ânsia de possuir-
TE! Ó Pai! Ó maior das Mães, exemplo admirável de ternura materna! Ó Filho, Flor de todos os
filhos! Ó Forma de todas as formas! Alma, Espírito, Harmonia e Nome de tudo quanto existe!
Nós te adoramos”...

Se alguma prece possui valor, esta ao menos encerra em si os grandes mistérios da Vida
Universal, da Fonte de Energia que a tudo, a todos banha. Ao ouvi-la, parece, com efeito, que
acende em nós o Fogo secreto que nos aproxima da Divindade, como verdadeira Usina que é,
de Força, Luz, Calor, para não dizer Vontade, Sabedoria e Atividade. É ainda do mesmo
Porfírio:

“Existe na Divindade uma insondável profundeza ardente. O coração humano jamais deverá
temer o contraste desse Fogo adorável, porquanto não será por ele destruído. Ele é doce Fogo,
cujo feliz e tranqüilo calor determina o encadeamento das causas, a harmonia e vital
continuidade do mundo. Nada existe que não seja por ele alimentado, pois é ele a própria
essência divina. Ninguém o gerou. É sem Pai nem Mãe... nem cousa alguma! Mas tudo sabe e
nada lhe pode ser ensinado. É imutável nos seus desígnios e seu nome é inefável. Eis, aqui, o
que é Deus. Nós, míseros Mensageiros seus, nada mais somos do que uma partícula SUA”.

“Bestas, Homens e Deuses” na edição da Editora Hemus

Aula 16 – Globo, Terra, Matéria, Mater Réa

Abordamos nesta monografia IVR nº 16, o assunto com o título “Globo, Terra, Matéria, Mater-
Réa. Alimentação, para a perfeita manutenção do corpo físico”.

A Ciência das Idades divide o Espaço sem limites, o Absoluto, em 3 imensos planos,
denominados de 3 Sóis, 3 Logos. Os cabalistas o fazem, denominando-os de 3 Tronos. A nossa
Terra é o plano mais limitado. É o terceiro aspecto ou terceira Hipóstase do Todo, do Absoluto.
Na filosofia oriental, esses 3 Aspectos, 3 Planos ou Tronos, são denominados de “Vâchs”. Vâch
é o Verbo, o Logos, a Vida Universal como SOM, plasmado com vida e forma no nosso Plano
objetivo. É a idéia, o Poder Criador plasmado.
Esse terceiro Plano, terceiro Logos, ou melhor, terceiro Aspecto do ABSOLUTO plasmado, foi
designado pelos portadores da Ciência das Idades, com as seguintes expressões: o Espaço com
Limites, a extensão da Substância Universal. Isto é, o Som transformado em formas estáveis
ou, por outras palavras, o Verbo animando as formas estáveis. É o Corpo do Universo, onde
evoluem os imensos ciclos (também denominados de Sistemas Evolucionais) e os ciclos
menores (chamados de cadeias, raças, etc.). Esse 3º Aspecto ou Plano, é, também, ternário.
Por isso mencionam, os doutos da Sabedoria, as 3 Vâchs do mundo físico. Por exemplo: o som
agudo, no Plano da Consciência Mental, é “Pantcha-Vâch”, dano origem às idéias, ao
pensamento, onde ressoa o som da consciência espiritual, o som como criador das imagens
mentais (no físico). O plano de consciência mais elevado do mundo físico, material.

O Plano Vital (do Plano Físico ou contraparte deste) denominando de “Mandriani Vâch”, é o
dinamismo do Som expresso em idéias diversas, a Idéia plasmada em linguagem natural, saída
do próprio Logos. É o Plano vivificador das formas rígidas, o Plano de Consciência que identifica
o Ser Humano com o Ser Psíquico ou Consciência Emocional.

No Plano Físico, propriamente dito, o Som devidamente modelado no Plano Vital que se
plasma no Físico, nas formas que conhecemos, chama-se “Vatica-Vâch”, a forma, a consciência
física. Além desses três, há um 4º Princípio, denominado de “Paravâch”, de natureza mais
transcendente que, realmente, é o Ego ou o Deus Interior da Humana Criatura.

VÂCH – é a imensa força subjetiva criadora que, emanando, também, da Divindade, do Plano
Divino, passa a ser o Som manifestado no “Mundo da Linguagem”, isto é, a expressão concreta
da Ideação e, por conseguinte, é a “Palavra” ou Logos.

Realizamos esses estudos, porque a Verdade não se modifica, porém é modificada pela
limitação mental do Ser Humano. Daí o aforismo do talentoso Professor Henrique José de
Souza:

“A Verdade não se modifica; nós, sim, modificamos e, por isso, se modifica para nós o aspecto
da Verdade. Não há nada mais elevado do que a Verdade e, por isso mesmo, é que a sua
aquisição é o mais elevado dos ideais humanos; o ideal mais elevado do universo, há de ser um
ideal universal.

Há uma diferença muito sensível entre perceber e entender a Verdade: podemos percebê-la
com o coração e entendê-la com o cérebro ou, melhor, podemos sentir a Verdade
intuitivamente e examiná-la, intelectualmente. Se os que vivem neste século, cultivassem a
faculdade de perceber a Verdade pelo coração, examinando depois por meio da inteligência o
que sentiram, muito breve teríamos por toda a parte uma condição melhor e mais feliz da
sociedade. Porém, a desgraça de nossa época consiste em que as faculdades intelectuais
foram levadas ao último extremo do seu poder de resistência, para as formas exteriores das
cousas, sem perceber seu caráter espiritual, por meio do poder da intuição.

A intuição é mais atrevida do que a própria inteligência e, por isso mesmo, foi a Voz que guiou
a todos os descobridores.”

Pois bem, quando o Homem chegar a dominar-se conscientemente, dominará também a


natureza que, submissa e escrava, obedecerá às suas ordens. Porém, enquanto imperar o
egoísmo entre os homens, os elementos transbordados, serão tão caprichosos e cruéis como a
humana natureza.

Com o desenvolvimento da Auto-Vontade, da Auto-Inteligência e da Emoção instintiva, ligada


à vida material, o Ser Humano promoveu o progresso da tecnologia e indústria e,
consequentemente, dos conservantes, anilínicos e outros elementos químicos, usados nos
processos dos produtos alimentícios e, mais ainda, a aplicação dos antibióticos, inseticidas e
agrotóxicos, na terapêutica, nos vegetais, frutas, etc, tornando a vida humana hodierna,
artificial e seguindo um regime que afasta o Ser Humano da vida natural, proporcionada pelos
alimentos puros da Natureza. Por isso, achamos prudente inserir nesta monografia, da
Genealogia Secreta do Ser Humano, os ensinamentos escritos no “Verdadeiro Caminho da
Iniciação”, do Filósofo e Professor Henrique José de Souza:

“Os homens que praticam rigorosa austeridade, não ordenada pelas escrituras (os místicos
devocionais, quase sempre eróticos, desequilibrados, etc., para não dizer logo, fanáticos e
supersticiosos, pois que lhes faltam aqueles ‘lampejos de gênio’ a que se referia Roso de Luna)
e, no entanto, continuam possuídos de egoismo e vaidade (outros ‘gênios malfazejos’ que
interdizem a humana evolução), deixam-se impulsionar pela violência de seus passionais
desejos e, atormentando incessantemente, o conjunto dos elementos constitutivos de seus
corpos ou de tudo aquilo que faz parte da destruição, da vida desequilibrada.

De três espécies são os alimentos gratos aos homens, como três, os sacrifícios, as austeridades
e as dádivas da Mãe Natureza. Ouçam as suas definições:

Os alimentos que aumentam a vitalidade, a energia, o vigor, a saúde, o gozo e o bem-estar, são
os oleaginosos, apreciáveis, nutritivos e agradáveis, são os preferidos pelos homens puros...

Aos passionais apetecem, quase sempre, os alimentos amargos, ácidos, salgados, quentes,
secos e ardentes, os quais ocasionam moléstias, dores ou sofrimentos que acabam por causar
a morte.

Os homens tenebrosos preferem os alimentos rançosos, avariados (com vistas aos amantes do
‘faisandê’, do camembert, rocquefort e outras coisas mais), insossos, podres, corrompidos,
quando não, as sobras de alimentos deteriorados.

Puro é o sacrifício oferecido pelos homens, sem visarem recompensa alguma. E...
principalmente quando, com o aconselhado nas Escrituras, se acham firmemente convencidos
de que, ao oferecerem o sacrifício, não fazem mais do que um dever.

Passional é o sacrifício oferecido, visando resultados pessoais (fruto de um esforço obrigatório)


ou por simples ostentação.

É sacrifício tenebroso, o oferecido contrariamente à Lei, por homens faltos de fé, sem
distribuir alimentos nem entoar cânticos, nem fazer dádivas aos sacerdotes, etc, etc.

A reverência tributada aos Deuses, aos Sábios, aos Mestres; a pureza, retidão, continência e
mansidão, concorrem para a austeridade do corpo. A conversação honesta, amena, verídica,
além do habitual estudo das coisas superiores, concorre para a austeridade das palavras. A
agudeza mental, a igualdade, o silêncio, concorrem para a austeridade da mente. Pura é essa
tríplice austeridade se, com excelente fé, a praticam os homens harmonizados, sem visarem
esperança nem recompensa.

É passional, variável e transitória a austeridade que se leva a cabo por simples ostentação, com
o propósito de atrair estima, honra e respeito.

Tenebrosa, ainda, a austeridade dimanante de prejuízos e praticada com torturas corporais ou


com intenção de prejudicar a outrem.

Puras, também, as esmolas feitas a verdadeiros necessitados (sim, porque aos falsos só servem
para lhes aumentar os vícios), com generoso desinteresse, sem oportunidade de lugar e de
tempo e sem outro objetivo que o cumprimento do dever.

Passionais as esmolas feitas a contragosto, com a esperança de que as mesmas se


multipliquem ou tragam outras recompensas.”

E tudo isso está sintetizado nas palavras, abaixo transcritas, de um nobre conselheiro da
Humanidade:

“Vida pura, mente livre e sem preconceitos; coração puro, intelecto sequioso de
conhecimentos; percepção espiritual lúcida, fraternal carinho para com toda a Humanidade;
boa disposição para receber e transmitir conselhos e instruções, boa resignação e ânimo nos
sofrimentos das injustiças pessoais que nos possam afetar; firmeza inabalável de princípios;
valorosa defesa dos injustamente atacados; devoção perseverante com o ideal do progresso e
perfeição da Humanidade...”

Todos esses conselhos servem de tema de meditação para quem, de fato, deseja progredir na
espinhosa Vereda que conduz à Vida Universal, à Vida, realmente, Espiritual.

É assim que o Homem Conhece-se a si mesmo ! ! !

Aula 17 - “O número 3 reina por toda a parte no universo.

E a mônada é o seu princípio”...

(diz um oráculo de Zoroastro)


E Pitágoras fez, desse aforismo, o centro de sua teogonia e o fundamento das ciências.
Edouard Schuré assim se refere a ele, nesse particular:

“O mérito incomparável de Pitágoras, consiste em haver formulado com a nitidez característica


do gênio grego. Já velada nos escritos de Platão mas completamente incompreendida por
todos os filósofos posteriores, tal concepção, só por alguns raros iniciados das ciências ocultas,
entre os primeiros dos quais é preciso colocar Fabre d’Olivet, tem sido penetrada no nosso
tempo. Vê-se, no entanto, que larga e sólida base, a lei do ternário universal oferecia à
classificação das ciências e ao edifício da cosmogonia e da psicologia”.

Vejamos um pouco mais ainda do pensamento de Schuré sobre Pitágoras e a filosofia que este
transmitiu pois, assim, fundamentamos largamente o assunto principal que pretendemos
abordar nesta IVR nº 17.

“A Mônada representa a essência de Deus; a Díade, a sua faculdade geradora e reprodutora. É


esta que gera o mundo: expansão visível de Deus, no espaço e no tempo. Ora, o mundo real é
tríplice, pois, pela mesma forma porque o homem se compõe de três elementos distintos, mas
fundidos uns nos outros, o corpo, a alma e o espírito, assim o universo se divide em três
esferas concêntricas: o mundo natural, o mundo humano e o mundo divino. A Tríade, ou lei do
ternário, é pois, a lei constitutiva das coisas e a verdadeira Chave da Vida, visto que ela se nos
depara em todos os graus da escala da existência, desde a constituição da célula orgânica, até
a constituição hiperfísica do homem, do universo e de Deus (da Unidade, dizemos nós). Assim,
desta sorte, como por encanto, ao espírito maravilhado, a estrutura interna do universo,
mostra as correlações infinitas do macrocosmo e do microcosmo. É, enfim, como uma luz que
trespassa as coisas, para as tornar transparentes e que faz reluzir os mundos pequenos e
grandes, com tantas lanternas mágicas.

Da mesma maneira que o ternário divino se encontra na unidade de Deus, a Mônada, assim o
ternário humano se concentra na consciência do eu e da vontade que funde todas as
faculdades do corpo, da alma e do espírito, na sua unidade viva. O homem, porém, só
consegue realizar a sua própria unidade de uma forma relativa pois que a sua vontade, agindo
sobre todo o seu ser, não pode, entretanto, agir simultânea e plenamente sobre os seus três
órgãos, quer dizer, no instinto, na alma e no intelecto. O universo e o próprio Deus só
alternativa e sucessivamente se lhe revelam, refletidos por esses três espelhos:

Primeiro: visto através do instinto e do caleidoscópio dos sentidos, Deus (a Unidade, o


Todo, dizemos nós) é múltiplo e infinito, como as suas manifestações, como as suas
manifestações, daí, o politeísmo, onde o número de deuses é ilimitado;

Segundo: visto através da alma pensante, Deus é dúplice, quer dizer, espírito e matéria.
Daí o dualismo de Zoroastro, dos maniqueus e de muitas outras religiões;

Terceiro: visto através do intelecto extreme, é tríplice, quer dizer, espírito, alma e corpo
em todas as manifestações do universo, daí os cultos trinitários da Índia (Brahmá, Vishnú e
Shiva), e a própria Trindade do cristianismo, Pai, Filho e Espírito Santo.
Originariamente, acrescentamos nós, segundo H. P. B., nos Vedas, a Trimurti indiana é
composta de Agni, Vâyu e Sûrya, ou seja, o fogo terrestre, o fogo atmosférico ou aéreo e o
celeste, porque Agni é o Deus do Fogo, Vâyu, do ar, e Sûrya é o Sol. Poderíamos acrescentar
muitos outros exemplos mas mencionaremos apenas mais uma tríade, por ser por demais
citada e para não esquecer o Egito, onde Pitágoras também viveu. É ela: Osíris, Ísis e Hórus.

Pitágoras (do grego Pythagoras) é o nome com que ficou conhecido esse extraordinário SER
que passa por ter nascido em Samos, Ilha da Jônia, no VI século antes da Era Cristã e que, entre
os Iniciados, é dado como um Avatara, como o foram Orfeu, Fo-Hi, Krishna, Çakyamuni, o
Buda, Jesus, o Cristo, e tantos outros, todos oriundos do mesmo plano ou do País de Erdemi,
Agartha. Todos esses Seres têm, sempre, seu nascimento contado de uma forma lendária e
isto diz muito. Diz-se que Pitágoras (palavra que quer dizer Sacerdote de Pitá; Goro =
Sacerdote; Pitá, raiz de Pithis, Pitris = Pai), nascido em Samos, foi concebido em Sidon, Fenícia,
a conselho da Pítia do Templo de Delfos, a quem, então jovens, seus pais haviam consultado,
durante uma viagem e que lhes predissera que teriam um filho predestinado a “ser útil a todos
os homens e em todos os tempos mas que deveria ser concebido, moldado e nascido longe
das influências perturbadoras, de sua pátria”. Ainda no ventre materno, seus pais o votaram,
com fervor, “à Luz de Apolo”. Com um ano de idade, foi conduzido pela mãe ao Templo de
Adonai, num vale do Líbano, onde foi abençoado pelo Patriarca. Desde cedo manifestou-se sua
ânsia de saber, que os pais sempre encorajavam. Assim, ensinavam o princípio da física. Aos 20
anos, já havia travado conhecimento com Anaximandro e Tales de Mileto. Tudo lhe
interessava, mas a contemplação do céu o fascinava e ele buscava alia a Unidade do grande
Todo. Em seu cismar, certo dia, lembrou-se mais detalhadamente, dos racontos de sua mãe,
sobre a sua infância e veio-lhe à mente as frases que lhe ouvira, repetindo o hierofante do
Adonai:

“Ó mulher da Jônia, o teu filho será grande pela sabedoria, mas lembra-te de que, se os gregos
ainda possuem a ciência dos deuses, a ciência de Deus só se encontra no Egito”.

Pitágoras empenhou todos os seus esforços e conseguiu que o tirano Policrates, que se gabava
de proteger os filósofos, o incluísse entre os seus protegidos, o que de fato aconteceu, dando-
lhe uma carta de recomendação para o faraó Amasis que o apresentou aos sacerdotes de
Mênfis. Estes não acreditavam nos gregos, julgando-os superficiais e volúveis. Pitágoras,
entretanto, era dotado de paciência, coragem, fé na sua Estrela e uma vontade
inquebrantável. Vencendo todas as duras provas a que foi submetido, sua iniciação durou,
segundo Schuré, vinte e dois anos, durante os quais apreendeu todas as experiências dos
sacerdotes egípcios, vencidos pela sua extraordinária personalidade e bebeu-lhes a enorme
sabedoria. Alcançara já, o mais alto grau do sacerdócio, quando Cambises invadiu o Egito,
destruiu o Templo de Amon e saqueou o de Tebas e de Mênfis. Assistiu aos horrores porque o
faraó Psmético e a família real passaram e viu-se internado na Babilônia, juntamente com uma
parte do sacerdócio egípcio. Ali teve a oportunidade de relacionar-se com o alto sacerdócio da
Babilônia, composto de antigos sacerdotes caldeus, dos sobreviventes do magismo persa e da
elite do cativeiro judeu que continuava praticando seu culto, num dos recantos da cidade.
Nesses contatos, muito aprofundou seu saber, confrontando essas religiões e daí verificou que
todas elas eram raios de uma Verdade única, percebida por vários graus de inteligência e por
vários movimentos sociais. Amadurecido psíquica e espiritualmente conseguiu, através de um
compatriota influente junto do Rei dos persas, o retorno à sua pátria, depois de 12 anos de
cativeiro, na Babilônia. Assim, conseguiu encontrar ainda viva sua mãe que teve a alegria de
revê-lo, como sonhava, sob a túnica branca de sacerdote egípcio. Pouco tempo ficou em
Samos, após esses 34 anos de ausência. Sua pátria esmagada, destruída, fê-lo dirigir-se à
Grécia, levando consigo sua genitora. Só depois de ter percorrido todos os templos gregos,
entrou no de Delfos, onde já o esperavam como um Mestre. Permaneceu nele pelo espaço de
um ano, durante o qual transmitiu aos sacerdotes, todos os segredos de seu saber e preparou
a pitonisa Teocléia, para o seu ministério. Partiu, então, para fundar a sua Escola Iniciática e
escolheu, para edificá-la, as terras de Crotona, na Itália Meridional, no Golfo de Tarento. Aí
chegando, produziu uma verdadeira revolução com sua palavra eloqüente e sábia, afastando a
mocidade das influências perniciosas de sua vizinha cidade, Sibaris, onde o luxo, a
licenciosidade e, consequentemente, a ignorância imperavam. Sonhava fundar uma instituição
para uma iniciação laica, tentando transformar a organização política das cidades, dando-lhes
uma base filosófico-religiosa, mas religiosa no seu real sentido, ou seja, no contido na raiz da
palavra, o verbo religo, religare, tornar a ligar. Religião, com elos da Sabedoria ou Ciência das
Idades, segundo o Professor Henrique José de Souza. Pitágoras realizava assim, as conclusões a
que chegara, unindo todos os elos da Religião-Sabedoria, trazida para a Face da Terra pelos
Mestres dos País de Erdemi, os AVATARAS.

E, sendo um deles, buscou Crotona como uma ponte, de onde a sua filosofia alcaçaria,
futuramente, o Ocidente. Por isso seu Instituto visava sempre, conduzir ou educar os homens
para uma sociedade, onde o lema fosse a busca da Verdade ou da L E I que a tudo e a todos
rege. Como L E I, é inexorável e daí penetrar nos seus Mistérios Maiores ou Menores, é
realmente abrir os olhos e ver o Caminho Real da Evolução ou, por outras palavras, o sentido
Real da Vida, na Face da Terra. Volvamos então o olhar para o Templo de Delfos que, segundo
Ésquilo, em as Eumênides, através dos séculos foi dedicado, primeiro à Terra, a seguir, a Têmis,
a Justiça, e foi ainda, consagrado a Febe e, por último, a Apolo, o Deus Solar que o celebrizou.
Nesse majestoso Templo, lemos a inscrição que, em nossos dias, já é bastante conhecida mas
bem pouco vivenciada: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.

Como conhecer-se a si mesmo? Procurando desvendar, primeiro, os mistérios do nosso corpo


ou penetrando no funcionamento desta organização, o soma. Entretanto, é pensando (“Penso,
logo existo”) ou agindo através da mente, da inteligência, que é parte do soma mas não é o
soma, que alcançado o conhecimento ou sabendo o que somos, saberemos o que é o Universo
e os Deuses. Assim, através dos sentidos ou das sensações, temos conhecimento de algo, mas
é através do raciocínio, da inteligência ou através da reflexão que alcançamos o saber, a
sabedoria.

Perdoem-nos a filigrana mas não é pelo fato de conhecermos alguém, que sabemos quem ele
é. Então há uma grande diferença entre conhecer e saber ou conhecimento e sabedoria.
Conhecemos uma fruta, uma laranja, por exemplo, porque nos foi mostrada ou a vimos numa
casa de frutas. Começaremos a saber o que é essa fruta, quando lhe tiramos a casca e os
caroços e ingerindo-a, mastigando-a, sentimos o seu sabor. É, entretanto, juntando esse
conhecimento ao estudo de tudo quanto a botânica já pesquisou sobre ela, que saberemos o
que é essa fruta e poderemos assim, pensar sobre suas propriedades, experimentá-las, e,
comparando-as com outras, chegaremos a muitas conclusões a seu respeito e a respeito de
muitas outras frutas. Então, foi através de nossos sentidos, no exemplo dado, visão e gosto ou
paladar, que conhecemos aquela fruta, mas foi através de nossa mente, pensando, refletindo,
que soubemos o que ela é. Assim, conhecer é ação dos sentidos e saber é ação da mente. Os
sentidos levam às sensações, as sensações aos sentimentos.

Percorremos o caminho da ponte corpo-alma (ou psique). “Penso, logo existo”... Sábia
conclusão chegada, pela ação da mente, dito de outro modo, da inteligência. “Pensar”,
raciocinar, partindo de uma motivação afetiva ou sentimental é uma ação ou um movimento,
moção, pondo em curso, intensamente, os sentimentos, daí emoção, ou seja, a mente agindo
baseada nos sentimentos, dito de outro modo, nos afetos. Plano da alma ou da psique. Aí
temos Corpo e Alma. Falta-nos falar do Espírito.

O Espírito é o Hálito Divino, a Luz Primordial, a Essência que vitaliza essa dualidade, sem o que
ela não existiria. É a luz que brilha no olhar, a Centelha, a Chama que vitaliza corpo e alma
permitindo-lhes evoluir, através dos múltiplos nascimentos e mortes, nesta Face da Terra,
enquanto o homem não alcançar o plano da perfeição. A Sede do Espírito é o Chacra Vibhuti.
Assim como na Estrela de Salomão, ou no Hexágono Sagrado, o ponto marcado no centro do
entrelaçamento dos dois triângulos é a origem da sua existência, assim o Chacra Vibhuti, no
centro do Chacra Cardíaco, situado no homem, entre os três Chacras superiores e os três
inferiores, como mediador e equilibrante. É o ponto de usa origem, é o Espírito, o Hálito, a
Essência Divina.

Como se vê, analisando esses símbolos arqutipais, o homem é um microcosmo. Nasce e


renasce nesta Face da Terra, entre o caminho da esquerda e o da direita ou entre o que foi o
seu passado, o ponto de evolução alcançada, e o seu futuro, a evolução alcançável. São as suas
tendências negativas (que o prendem ao passado ou prendem a hábitos, a conceitos firmados)
e tendências positivas (as que o impulsionam a buscar novos esclarecimentos).

Na fase do renascimento, nesta Face da Terra, o embrião vive num ambiente propício ao seu
desenvolvimento, durante nove meses. Findo o tempo em que o ventre materno é o ambiente
necessário ao preparo do corpo, para viver respirando através dos pulmões, o feto enfrenta a
primeira estreita vereda da vida, na Face da Terra. Começa aí a luta pela vida, como se diz
comumente. Vencida a estreita vereda ou nascendo, sente desagradavelmente a diferença de
temperatura; abrem-se os alvéolos pulmonares à entrada do ar e isto dói. A essa sensação
desagradável e, mais do que isso, dolorosa, chamamos de medo. O nascituro ou suas células
nervosas vivas, reagem a ele e se distende, gritando ou chorando. A este movimento
denomina-se ira. Temos aí, os dois primeiros movimentos ou moções. Daí chamarem-se
emoções primárias ao medo e à ira. Mas o bebê, depois de receber ainda outros cuidados, que
lhe são dolorosos, é convenientemente agasalhado e posteriormente alimentado. Sente-se,
então, agradavelmente. Volta a sentir-se aconchegado e essa sensação-emoção é denominada
amor. O adormecer o revigora, produz-lhe bem-estar, sensação agradável. Eis porque amor, na
Face da Terra, é lutar, é conquistar. Assim, o Ser Humano viverá nesse triângulo emocional:
medo – ira – amor, confirmando mais uma vez o aforismo que encabeça esta IVR nº 17, pela
vida afora. O mundo impõe-lhe uma série de condições para conviver com a multidão de seres
humanos, como ele, movimentando-se ou agindo dentro dessas emoções. As condições quase
sempre são impostas e raramente, como seria o justo, convenientemente explicadas e
vivenciadas. O Ser Humano depara-se com o gigante do Dever, como explica brilhantemente
Mira y Lopes_. Deve ser forte, deve ser inteligente, deve ser belo, deve ser rico, deve...

Isto quer dizer que deve ser mais forte, mais inteligente, mais belo, mais rico e muitos outros
mais, para ser aceito ou, dito de outro modo, para ser amado ou para se sentir
agradavelmente, ou feliz. Esses juízos de valor, além de tudo, mal transmitidos e mal
compreendidos, geram basicamente uma sensação de desvalorização, comumente chamada
ou mais conhecida como “sentimento de inferioridade”... “sentimento de menosvalia”.

Muitas vezes, esse sentimento se transforma em sentimento de superioridade, dando origem


aos chamados, comumente, “vaidosos”. Precisamos salientar aqui que estamos dando apenas,
noções desse mecanismo, que pode parecer muito simples mas, na verdade, muitíssimo
complexo, pois depende basicamente do temperamento do Ser Humano ou da sua
personalidade. Segundo sua têmpera, as intensidades das três emoções e suas combinações,
diante do “Gigante Dever”, imposto pelo meio ambiente, o mundo, suas reações ou seu
caráter terão uma gama infinita de variedades. Segundo, ainda, a ação da mente esteja
principalmente tangida pelas emoções primárias ou afetivo-emocionais, ou esclarecida por
uma visão não só inteligente mas onde a Centelha do Espírito comece a agir, surgindo a razão,
a conduta ou o caráter do Ser Humano, varia muito. Quando a mente está sob a ação dos
sentimentos ou do plano afetivo-emocional, a tendência do Ser Humano é justificar todos os
seus atos e, não, analisá-los. São chamadas “racionalizações”, por Freud. Os ardis da emoção,
do medo e da ira, na conquista do valor (para se sentir agradavelmente), seja qual for a capa
com que se apresente, dominarão a conduta do Ser Humano, sob mil disfarces. Em nossos
dias, o mundo tem uma linguagem psicológica que, adequadamente transmitida, pode muito
auxiliar a criatura humana que, realmente, queira olhar-se e ver-se. A Sabedoria das Idades,
entretanto, usando outras linguagens, sempre esteve a serviço da evolução do Homem. Na
“iniciação”, da qual tivemos um pequeno esboço, através da vida e da obra de Pitágoras,
também aqui apenas esboçadas, esclarecendo-se a mente do iniciante ou discípulo e
exercitando suas forças através das chamadas “provas”, trabalhava-se sua alma ou psique. Um
exemplo claro, insofismável desse trabalho psicológico, é o encerrado no “Chacra Cardíaco”
onde cada pétala sua contém as chamadas Nidhânas e Escandas humanas, isto é, suas
tendências positivas e negativas. Meditando sobre elas o discípulo alcança a Razão e vai
evoluindo, esforçando-se, num trabalho árduo, para superar essas necessidades afetivas ou,
ditas de outro modo, sentimentais, emocionais, que o cegam. Há que se transformar, pois só
assim alcançará, realmente, a sabedoria ou será um sábio.

Lisis, sintetizando a Filosofia de seu Mestre, Pitágoras, dividiu seus famosos “Versos de Ouro”,
em três partes ou três degraus da Iniciação. São eles: Preparação – Purificação – Perfeição
(mais uma vez uma tríade).

Aqui ficam alguns versos da terceira parte:

“O homem vive e morre a procurar um bem,

Sem nunca reparar nos bens que em si contém...

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Porque não descobriu que transporta consigo,

Um farol, para o guiar a salvamento e abrigo.”

E numa próxima IVR, o estudo do “Chacra Cardíaco”, será o assunto escolhido.

Emilio Mira y López em “Quatro gigantes da Alma” – O Medo, A Ira, o Amor e o Dever – Editora
José Olympio

Aula 18 - Chacra Cardíaco

Os Centros de Força Sutil, os Chacras, eram representados pelo Loto, devido à sensibilidade
poética dos estudiosos do assunto. Isto porque o Loto (do grego lotós) é planta sumamente
ocultista, sagrada, no Egito, na Índia e em outras partes do Mundo.

“Houve um tempo em que o Mundo era concebido como se fora um Loto (Padma) de outro”.

Pétalas – cada uma das pétalas florais, comumente é colorida e sedosa, cujo conjunto forma a
corola das flores que envolvem, imediatamente, os estames.

Consoante a linguagem da tecnologia de nossos dias, o potencial de algo é classificado pela sua
freqüência vibratória; se se trata de um motor, é classificado pelo número de rotações por
segundo, etc. Se pensarmos em termos do Representante do Reino Vegetal, do Rei deste
Reino, o Loto, classificá-lo-emos pelo número de pétalas de que é constituído. Por exemplo, o
Chacra Raiz ou Muldhara é representado graficamente como um Loto de 4 pétalas; já o Chacra
Anahata (Cardíaco) o é com 12 pétalas, logo, tem três vezes mais potência que o Muladhara. O
Vishuda, com 16 pétalas, tem quatro vezes mais potência; o Ajnã (Frontal) tem 96 pétalas e,
finalmente, o Sahasrara, tem 960 ou 1000 pétalas.

Deixamos propositalmente para esta IVR nº 18 o assunto sobre o Chacra Cardíaco. O valor das
pétalas que o compõem, estão assim apresentadas: em primeiro lugar, em frases sintéticas, a
apresentação do valor positivo, expressando as tendências positivas, denominadas de
“Escandas”; em seguida, também em frases simbólicas, o sentido negativo da pétala ou
tendência desta natureza. Assim seguem as demais, com esse sentido, até concluir as 12
pétalas.

De vez que é mais fácil desenvolver-se as tendências negativas do que as positivas, há 14


pétalas ou grupos de Nidhânas, em vez de 12.

O contexto desses grupos, tem o sentido de temas de meditação, como se o indivíduo


estivesse realizando uma auto-psicoterapia.

Descrição das pétalas do Chacra Cardíaco superior, bijans, tônicas, frases sintéticas de cada
pétala, para tema de meditação:
1ª Pétala

Escanda – KASINA – Bijam KÃ – Processo oculto para pacificar o astral. Representa o


estado de SUPETICHA, o desejo, a vontade de querer. O discípulo apossa-se dessa idéia,
libertando-se dos mundos das formas, onde nosso EU se encontra aprisionado.

Nidhâna – INDRIA-NIGRAHA-KARMA – Inércia passiva. Falta de disciplina dos sentidos;


indolência, preguiça, cegueira, comprovações desanimadoras de falta de evolução. Na mesma
razão dos movimentos lentos, doentios, dos seres da Primeira Raça. Tal grupo comparar-se-ia,
ainda, ao último dos pecados mortais ou ao último dos sete pecados mortais da Igreja
Romana, ou seja, a mesma preguiça.

2ª Pétala

Escanda – TCHARA – Bijam TCHÃ – Nesta segunda pétala o discípulo começa a destruir a
inércia, a preguiça, passando à atividade, a ter vontade de agir, etc. A vida sensorial e ilusória,
muitas vezes aprazível é, no entanto, reconhecida como filha da mentira. É o momento de
separar da ilusão tudo quanto é verdadeiro, passando o discípulo a meditar profundamente
sobre o seu EU interior, o princípio de vida, seu Jivatmã, ou melhor, sua alma vivente.

Nidhâna – BHAUM-MARA – Tentações terrenas. Tentações inferiores (ou animais), o que


se poderia chamar de “aberrações de todas as espécies”, principalmente de ordem sexual:
querer unir-se a plantas, a animais, o próprio vício solitário... Quando os degenerados da 3ª
Raça Lemuriana, se unem a certos animais parecidos com a nossa lontra de hoje, justamente
por involuírem ou darem ingresso no estado de consciência da raça anterior, onde os seres era
figurados pelos dois reinos ou rondas, por sua vez anteriores, vegetal e animal.

3ª Pétala

Escanda – THARANA – Bijam THÃ. Proteção espiritual do EU Superior. O EU, expressão da


unidade inacessível, começa a envolver o discípulo com sua luz ofuscante. O discípulo começa
a agir no sentido de “Bhudi a Atmã”. Já adquiriu o direito de evocar a proteção do seu EU
Interior; começa a surgir a força que lhe propicia a paz, mas a verdadeira paz interna, ou seja,
da identificação com a sua Consciência Bhúdica.

Nidhâna – SHU-KAMA – Atração para as abjeções, os vícios, sejam quais forem, inclusive o
da bebida, embora que, em sentido evolucional, mesmo se trantando de faltas, erros ou
pecados, relativamente menores do que os do grupo anterior, que vai de encontro, além do
mais, às leis da Natureza ou da própria evolução. Estes dois grupos, 2º e 3º, estariam ligados
ao pecado mortal da luxúria.

4ª Pétala

Escanda – TANU-CHUMI – Bijam TÃ – Domínio da mente. A mente do discípulo passa a


TANU-MANASI, serena como a superfície de um lago tranqüilo. Estando esta pétala desperta,
começa a trepidar o Chacra Frontal. Com o domínio da mente, os vrittis começam a ser
subjugados, os turbilhões mentais não mais afloram à mente do discípulo com a mesma
intensidade anterior. Com o domínio da mente, o Chacra Frontal começa a entrar em ação,
auxiliado por esta pétala. O discípulo começa, então, a perceber os odores das coisas que
pertencem aos planos inferiores.

Nidhâna – LAYA-MUTH – Vacilações, dúvidas, até mesmo para as coisas superiores.


Tendência a atraiçoar seus próprios sentimentos superiores, por isso mesmo, sério obstáculo
para vencer, a quantos se apresente no caminho iniciático. Laya-Muth é ensombrado ou
obscurecido pela Lua, seus raios malfazejos, ao invés de benfazejos, eclipse lunar e, até, cone
sombrio da Lua, para quantos, continuando vacilantes ou em dúvida, jamais tomem uma
deliberação acertada na vida. Tal grupo estaria ligado ao pecado mortal da soberbia, embora
que outros desta série, também o estejam.

5ª Pétala

Escanda – PARAMA – Bijam PÃ – O discípulo começa a pressentir os planos superiores.


Parama é a supremacia, é aquilo que se eleva no caminho da iniciação. O homem começa a
sentir a supremacia.

Nidhâna – BHUTA-MARA – Atordoamento psíquico; tendência para a loucura por falta de


evolução; por isso que estreitamente ligado ao grupo anterior, no que diz respeito à vacilação
para as coisas nobres, a começar por sua própria evolução ou espiritual progresso... Bhuta-
Mara, tentação dos Bhutas ou formas vivas, também grupos, pilhas, reunião de matéria etérica
de permeio com a astral. O tal “coque”, a que se referem as escrituras teosóficas.

6ª Pétala
Escanda – YAGU – Bijam YÃ – O mistério do sacrifício. A renúncia, o mistério da suprema
renúncia. O discípulo começa a sentir a necessidade de praticar os cinco deveres:
Benevolência, Honestidade, Veracidade, Desinteresse, Amor.

Nidhâna – PITRI-MAYA – Falsa adoração, ideal ilusório. Falsa adoração; os que adoram
falsos ídolos ou pitris inferiores. Donde o termo sânscrito, para tal grupo.

7ª Pétala

Escanda – SHAMA – Bijam SHÃ – O Verbo Solar como síntese de todos os EUS. Tudo que
fizermos de sublime produzirá um efeito e a colheita desse fruto não deverá caber a nós e sim
à Humanidade. Lembremo-nos de Ramakrishna, cuja pureza modificou o próprio rumo do
mundo no seu tempo.

Nidhâna – BHUTA-PUTRA – Ingratidão, falsidade, mentira, traição. Os que vêem, também,


as coisas de modo diferente do que são. Nesse caso, julgando os outros por si mesmos. Bhuta-
Putra ou filhos da Terra; egoísmo interesseiro.

8ª Pétala

Escanda – HARI – Bijam HÃ – Deus Conservador, Deus Sabedoria. É o Verbo Solar como
espelho do nosso EU; é quando o referido Chacra se encontra desenvolvido. O discípulo deixa
de ser discípulo e passa a ser Adepto, transformando-se num Homem perfeito e, neste caso, o
seu Chacra Cardíaco adquire uma coloração verde-cana. A sua mente, neste momento, passa a
ficar resplandescente.

Nidhâna – RASOLIASA-KAMA – Perversões corporais. Pervertidos e pervertedores. Sim, os


que se comprazem em perverter a outrém, quer sexualmente falando, quer por meio de
outros vícios. E quando não podem eles mesmos fazerem, exigem dos demais que o façam.

9ª Pétala

Escanda – KHÃ – Bijam KHÃ – Penetra o mundo sem formas. Passa a pertencer às
Hierarquias Arrúpicas.

Nidhâna – SHIVA-PANCHICRITA – Aqueles que não seguem as regras do amor e da


bondade (Fé, Inteligência). Assassinos (o quarto pecado mortal ou ira, ódio... para o 5º
Mandamento ou regra, NÃO MATARÁS, que tanto vale por “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”...
em forma sintética para todas as exigências da Mônada. Sim, na razão do AMOR UNIVERSA).
Os que não sabem conter os ímpetos de cólera, de ódio, de ira, que tanto valem...

10ª Pétala

Escanda – TCHSHARA – Bijam TCHÃ – Kshatria, guerreiro, jina guerreiro dos exércitos
celestes. O discípulo transforma-se em guerreiro, no vencedor, naquele que lutou para
cumprir o seu dever. É um defensor da Lei, um guerreiro divino; já possui a sabedoria.

Nidhâna – DHARMA MADAM – Contrariadores da Lei. Reincidentes no mal, isto é, os que


levam a cair e a levantar sem nunca tomarem uma decisão definitiva (tal grupo está
estreitamente ligado aos 4º e 5º grupos). Nesse grupo se acham os que passam de uma
religião para outra, volvendo ao seu passado evolucional ou iniciático... por não terem achado
o que lhes convinha... Vascilações, portanto, dúvidas, falta de fé e de coragem.

11ª Pétala

Escanda – THARA – Bijam THÃ – Entra na posse do saber místico. É conhecedor do Saber
Solar.

Nidhâna – MATRI-NIKARA – Os que vivem no inferno do sexo ou da falsa maternidade (ou


paternidade). Inimigos da evolução, pouco importa se inconscientemente; os que se negam,
peremptoriamente, à procriação, a ponto de induzir a esposa, esta por sua vez concorde com o
marido, à esterilidade.

12ª Pétala

_Escanda – TAKARA – Bijam TÃ – O vencedor do conduto lunar. Na última pétala, quando o


homem penetra o caminho da libertação, o Chacra começa a brilhar como um resplandecente
sol. É o caminho por onde passam as almas para o Nirvâna. Quando o Chacra se tornar
bilhante como o SOL, o discípulo é um Adepto; ouve a Voz do Silêncio, a Voz do seu EU Imortal.

Nidhâna – JADA-SIDHIS – os de coração e mente frios ou alheios às artes, às formas mais


elevadas da iniciação do Ser Humano. Inimigos das artes. Sim, de todos os recursos de que
lançam mão os grandes gênios, para iniciarem os homens.
13º Grupo de Nidhânas - KLESHA-KARIN

A causa dos sofrimentos. Falso ou criminoso diletantismo mental, quer os escritores de obras
pornográficas, quer os seus leitores. Nas mesmas condições, o cinema, a pintura e quantos são
empregados para um fim completamente oposto ao grupo anterior, por sua vez, pervertido. As
más leituras, a contemplação de figuras indecentes ou nus, nada estéticos ou artísticos, mas
imoralíssimos, tudo, enfim, que exercita os apetites inferiores e prejudica os bons
pensamentos.

14º Grupo de Nidhânas – RATHA-ADHARMA

Os desanimados (também figuram nos 4º e 5º grupos, porém aqui de modo mais amplo ou
definido). Sim, aqueles a quem a coragem falece para vencer os menores obstáculos na
vereda. Em sentido sintético, denomina-se: COVARDIA ou falta de coragem para enfrentar os
mesmos obstáculos.

Aula 19 - Símbolos que expressam a Realidade do Ser Humano e da Terra

Símbolos que expressam a Realidade das coisas enigmáticas !

Há um símbolo que, embora enigmático, constitui uma chave de ensinamentos que dilatam a
limitação da humana inteligência, para se compreender os mistérios da Vida da grande
Natureza, a Natura Naturada. É, realmente, um símbolo indecifrável para a inteligência finita,
obediente à rotina intelectual... Esse símbolo é a Esfinge, na entrada do Deserto, no Egito, no
Vale dos Reis. Quando nela pensamos, associamos, desde logo, a idéia da clássica pergunta:
“Decifras-me ou eu te devoro”. Ela é um símbolo que condensa as 4 forças, as quais servem de
base para a imensa pirâmide evolucional da Terra e do Ser Humano, em variadas dimensões.
Para os que estudam a Ciência das Idades, a Sabedoria Eterna, ela expressa a força quaternária
da Terra.

A Esfinge é constituída dos 4 Elementos da atividade em nossa Esfera:

Flanco de touro alegoria do que é sólido, força bruta;

Garras de leão pujança, força viva, agilidade, firmeza;

Cabeça e seios de mulher símbolo da nutrição, da manutenção da vida

Asas de águia o poder dominador do espaço, do ar...


A Esfinge é, realmente, uma Chave de Conhecimentos, por isso usamo-la com os elementos de
sua constituição, para esclarecimentos dos aspectos da Verdade Única e Imutável, a qual
pesquisamos, dentro da idéia da Genealogia Secreta do Ser Humano e da Terra.

Pensamos, por exemplo, nos elementos que constituem o Globo Terrestre e, aplicando o
método da analogia, observamos algo semelhante entre a Esfinge e o nosso Globo Terrestre,
diferenciando, apenas, a forma de ambos. O Globo Terrestre é constituído de 4 grandes
Elementos, os Reinos: Mineral, Vegetal, Animal e Hominal.

PRIMEIRO – O Reino Mineral caracteriza-se pela dureza, pela coesão máxima da força
centrípeta das suas moléculas. É a materialização da Vontade de Deus, de Brahmã, da Energia
Universal, na expressão máxima do concretismo. A Pedra, por exemplo, tem uma simbologia
vastíssima. Para os arqueólogos da antiguidade, ela tem vida e distribui vida. As fontes de
águas medicinais, muitas das vezes minam de formação de pedras. Mas a Pedra tem vida se
estiver perto da água ou fazendo minar água dela. E, em casos isolados, ela é algo à
semelhança dos peixes: tem vida dentro d’água e morre fora d’água.

Simbologia tradicional – Os maçons têm como emblema máximo, a “Pedra Cúbica”. Daí surgiu
a expressão “lapidar a Pedra Cúbica”, que equivale a aprimorar, equilibrar os 4 Princípios da
humana personalidade... O Decálogo foi escrito em Pedra e os Mandamentos que regem
outros planos de atividade, também. Há inúmeros outros significados, tendo como parte
basilar a expressão “pedra”:

Pedra angular, a fundamental que faz ângulo a um edifício – São Pedro (cujo nome é Pedra) foi
a “Pedra Angular da Igreja de Roma”;

Pedra Ara, Pedra sagrada no centro do altar;

Pedra Filosofal, fórmula secreta que os alquimistas tentavam, para descobrir o processo de
transformar os metais em ouro;

Pedra Fundamental, pedra que é assentada para que encerre uma ata ou documentos outros
(jornais e moedas da época), para marcar o início da construção de um monumento, templo,
etc;

Pedra Preciosa, usada como talismã em anéis, como elemento protetor do Ser Humano. É
usada, também, nos anéis de grau, para representar a profissão dos humanos seres.

O Reino Mineral é um grande auxiliar dos seres humanos: além de oferecer os sais minerais,
para equilibrar o humano organismo, oferece-lhe substâncias para auxiliar a formação do
sistema ósseo.

SEGUNDO – Reino Vegetal é relativo às plantas, sim, planta, ser orgânico, o mais das vezes
clorofilado, em geral privado de sensibilidade e de movimento voluntário... Do latim vegetus –
que cresce vigoroso, robusto...

Quando se pensa na potencialidade do Reino Vegetal, associa-se à idéia da árvore, desde logo,
isto porque a simbologia da árvore é, também, vastíssima. Que é árvore? Do latim ‘árvore’,
vegetal lenhoso, cujo caule chamado tronco, só se ramifica bem acima do solo, ao contrário do
arbusto que exibe ramos desde junto do solo.

Para nosso ponto de vista, a árvore tem uma interessante característica: ramifica-se acima e,
muitas vezes, bem acima do solo mas, também, tem suas raízes que adentram pelo solo. Seu
número de raízes, de tamanhos vários, talvez seja do mesmo número que os galhos da fronde.

Há no Tibete a misteriosa Árvore de Khoomboom ou Koumboum, a Árvore das dez mil imagens
que, segundo dizem, surgira da larga cabeleira do grande Asceta Tsong-Kha-Pa, Reformador do
Budismo, no Século XIV. Nas folhas dessa Árvore, até a mais tenra, há escrita, em caracteres
sânscritos, a palavra mística AUM, digna representante da Trimurti indiana (mesmo sentido da
Santíssima Trindade Cristã): o “A” é igual a Vishnú; o “U” a Shiva e o “M” a Deus, Brahamã...
Há, também, a Árvore Sagrado dos escandinavos, IGGDRASSIL, a Árvore da cosmogonia
escandinava.

Há, pelo Brasil afora e outras partes do Mundo, uma série imensa de inscrições rupestres,
assinalando a passagem de nobres caudilhos ou firmando a passagem de nobres seres,
tangenciadores da idéia dos homens para outros planos, para os ciclos futuros, isto porque a
dinâmica evolucional exige novos modos de apresentação da Verdade Eterna. Em matéria de
simbologia de árvores consideradas sagradas, poder-se-ia apresentar uma lista que dava para
representar uma imensa floresta. Para terminar, apenas lembramos que Gautama, o Buda, foi
meditar à sombra de uma árvore e foi onde entendeu ou descobriu as 4 Grandes Verdades.

Em relação às plantas sagradas, também as há em número infinito. Dizem que o Lotus é o


Deus, o Totem das plantas sagradas, por isso transcrevemos aqui, um trecho de um capítulo da
“Simbologia Arcaica”, do Dr. Roso de Luna, sobre o Loto Sagrado. O seu sentido figurado é-nos
bem interessante:

“O LOTO e outras plantas sagradas são emblemas dos Poderes Criadores, tanto da Natureza
espiritual como da física; é o símbolo mais elevado e arcaico do Cosmos e de seus Deuses: o
Universo, abstrato ou concreto, ou seja, o Fogo e a Água, representantes respectivos, dentro
da mesma ciência moderna, da Energia Cósmica Inteligente que evolui na Natureza e na
Matéria, cujas formas evolucionais são conjugadas com aquela Energia Oculta, ainda não
conhecida dos homens e, dentro da lei matemática, é denominada de “RAZÃO INVERSA”... O
simbolismo fundamental do LOTO é o da “IDEAÇÃO DIVINA” (o ponto dentro do círculo do
infinito), passando por emanações do Subjetivo Abstrato e do Objetivo Concreto, senão, LUZ,
VERBO MANIFESTADO.

Feliz aquele a quem floresce, nesta vida, o loto de seu coração e aquele outro loto do cérebro
pensante. Para ele, a Natureza já não terá mais segredos: o Céu já lhe revelou seus mistérios
mencionados no sóbrio epitáfio de Newton. Tudo o que buscou durante milênios de ciclos em
vão, no mundo exterior, o encontra já, em si mesmo, nesse fundo místico de íntima união com
a “Alma Mundi” que é, segundo Schopenhauer, o caminho secreto e único capaz de fazer
render-se a fortaleza do conhecimento. Por isso os códices Mayas falam nos diversos lotos do
corpo humano (os Chacras ou Centros de Força, no fino e secular invólucro!)”.
TERCEIRO - Reino Animal – Animal, ser organizado, dotado de movimento e sensibilidade.
Reino Animal é o conjunto de todos os animais. Psicologia animal, observações das condições
em que se manifestam os comportamentos inatos de uma espécie determinada, o estudo
experimental de algumas funções psicológicas (percepção, memória, etc.).

Os equinos, muares, bovinos, sempre foram grandes auxiliares do Ser Humano, mas o Homem
nunca teve sentimento de piedade para com eles. Tira o máximo do que podem produzir,
dando o mínimo de tratamento. Após o advento da maquinaria, deveriam ter sido libertados
do sacrifício do trabalho exaustivo, no entanto, inventaram o processo do abate, para
satisfazer a gula dos carnívoros.

Para os que estudam a filosofia transcendental, os animais são partícipes da manifestação da


Vida Una, da Alma Mundi. A Alma Mundi, a Alma Universal alimenta, vivifica os animais, assim
como o Sol, com seus raios fulgurantes, vivifica tudo que se acha na superfície do Globo
Terrestre. Se cada árvore, arbusto e demais vegetais é vitalizado pelos raios solares, assim
também, cada animal é vitalizado pelo poder imenso da Alma Mundi...

Embora haja uma variedade infinita de tipos representando o Reino Animal, entretanto, todos
se acham sob a fronde da Alma Mundi ou Alma Universal. É o que se poderia chamar de “a
unidade na diversidade”: a Alma Mundi como essência, como vida, como parte dinâmica dos
animais e todos os animais sob a fronde da Alma Mundi, ou seja, a diversidade na unidade. Os
animais falam, emitem sons à semelhança do Homem que, também, emite sons transformados
em palavras. A Alma Mundi animando os animais, é algo semelhante a uma nação indígena,
com seus componentes distribuídos em tribos. Vivem numa organização tribal. A Alma Mundi
é como se fora uma imensa nação, distribuindo a sua vida nas diversas classificações da vida
do Reino Animal. De modo que os animais, conforme a sua onomatopéia, têm o seu processo
de comunicação pelo som, linguagem, etc. O bovino, por exemplo, muge, o cavalo relincha, o
carneiro bala, etc. Muitos animais são considerados sagrados, não pela sua forma anatômica,
mas pelo som que produzem. Emitem determinados sons que imitam outros sons que
representam força. O boi produz o som de MO. MO invertido é OM, ou seja, a tônica, o som
característico do Oitavo Tatwa ou Força Sutil da Natureza. À classificação dos diversos tipos de
animais, deveria ser dado o nome de Alma Grupo. O eqüino, o bovino, o carneiro, o caprino,
respectivamente, têm sua experiência coletiva.

ALMA GRUPO ou coletiva – é o que afeta a uma coletividade ou grupo de almas (raças, família,
espécie inteira). É a resultante de forças em mútua relação dos indivíduos que compõem a
coletividade e todos eles são conduzidos, segundo a direção da dita resultante. Cada Alma
agrupada em espécie, é como se fora uma árvore com a sua galharia opulenta e, elas reunidas,
é como se fossem uma imensa floresta anímica.

Certa vez perguntaram a um Mestre de grande saber: “o que aconteceria com a alma de um
cão que morresse?”. Ele respondeu: “é algo como se fora uma gota d’água num oceano”.

Há uma informação da Igreja Grega, que nos motivou a pensar no assunto, acerca dos Animais
simbólicos da Visão de Ezequiel (Mercavah)...
“Entre os primeiros cristãos, a celebração dos Mistérios da Fé, ia acompanhada do ato de
acender as luzes, com o incenso, o triságio (hino religioso à Santíssima Trindade) e a leitura do
Livro dos Evangelhos. Em uma página coberta, estavam gravados o Homem Alado, o Leão, o
Touro e a Águia. Cada um deles representa uma das quatro classes ou planos, à semelhança de
como é modelada a personalidade. Assim, a Águia – associada à idéia de São João – representa
o Éter ou Espírito Cósmico, o onipenetrante olho do clarividente; o Touro – associado a São
Lucas – simboliza as águas da vida, o elemento que é todo engendrado da Força Cósmica; o
Leão – São Marcos – a energia impetuosa, o intrépido valor e o fogo cósmico; enquanto que a
cabeça humana é o Anjo que, junto a São Mateus, é a síntese dos três, combinados no
intelecto superior do Homem e na Espiritualidade Cósmica”.

Observamos que todas as representações de Deuses com cabeça de touro, de águia, leão e
outros animais, são numerosas, mas todos eles representam a mesma idéia.

O que é louvável nesse tipo de estudo, é ter-se em mente, sempre, a idéia da unidade das
coisas. A minúcia tira o espírito, o pensamento filosófico, para se entender a ação do Trabalho
do Todo manifestado, objetivado, em todos os Reinos.

QUARTO REINO – O Quarto Reino, o Hominal, o quarto elemento da Esfinge, com a


forma do Globo, que é a nossa Terra, já está muito bem estudado, exposto, nas primeiras
monografias desta Série IVR...

Aula nº: 20 - Genealogia secreta do Ser Humano

Consoante o aforismo do Filósofo, Professor e Mestre H. J. Souza, “O verdadeiro discípulo é


aquele que procura guiar e salvar os homens, sem distinção alguma”.

Todos os que procuram apreender algo ou aprendem comunicar a outrem algo que já
conseguiram apreender, podem ser considerados discípulos. Mas a vida, geralmente,
manifesta-se através de dois polos e o conhecimento transcendental não foge a esta regra
universal. As tradições, os sábios antigos, dividem o processo da evolução do Ser Humano em
dois caminhos: o direto e o indireto. Os sistemas de iogas, os movimentos isolados e coletivos,
cujos elementos concorrem para os seres humanos abreviarem ou não a sua evolução
espiritual, são considerados ponto de partida para se trilhar o Caminho Direto. A aquisição dos
conhecimentos humanos, conhecimentos relativos, consideramo-los Caminho Indireto.

Consoante uma concepção fundamental da Ciência das Idades, Ocultismo, Teosofia, etc. existe
um poder cósmico equilibrante de todas as ações contrárias à Lei da Evolução, reparador das
injustiças e falhas humanas. Essa concepção se baseia numa das leis mais profundas e amplas
da vida universal, estudada pelos 7 Sábios Gregos, Teósofos, Ocultistas, com particular carinho,
por ser consciência básica em todo o desenvolvimento do estudo da Filosofia Transcendental.
Essa Filosofia tradicional foi secreta até o advento de Buda que a esclareceu perfeitamente aos
olhos de todos, embora que até hoje conceituem-na de modo muito particular.

De acordo com essa mesma Lei, chega-se a afirmativa de que a evolução se faz à custa não
somente de um poder cósmico, estranho ao homem, mas, também, graças ao esforço
individual, processado através de uma ou várias encarnações sucessivas ou ciclos de vida. Ela
também esclarece que, pelo desenvolvimento do poder da vontade, com perseverança e
tenacidade bem orientada, a evolução que se realizaria lentamente, pode ser apressada. De
maneira que, em tempo relativamente curto, o homem poderá desfrutar das mais nobres
aspirações, tanto no mundo físico, como no moral ou espiritual. Se assim não fosse e se os
seres estivessem limitados exclusivamente a um poder sobre-humano, senhor absoluto de
seus destinos, as lutas pela existência e pela melhoria de vida não teriam justificativa e a
Humanidade cairia num primitivismo derrotista, porque, então, faltar-lhe-ia o necessário
estímulo.

O Homem possui a faculdade de escolher livremente o seu caminho, de ser justo ou injusto,
mas no momento em que a escolha foi feita, e aqui é o ponto onde reside o valor do conceito,
fica subordinado aos efeitos das ações que livremente praticou. Esta é a Lei da
Responsabilidade, conseqüência imediata de “Karma” que não foi estabelecida pelo critério
dos homens, mas faz parte do mecanismo natural do Universo.

Já no antigo Egito, os instrutores, pertencentes a um escalão um pouco mais elevado que o das
limitações humanas, ensinavam aos discípulos e estudiosos do assunto, estas três Verdades,
ou melhor, três aspectos da Verdade Única:

A Alma humana é imortal e seu futuro é de um esplendor e desenvolvimento sem limites;

O princípio que vivifica e reside em nós e fora de nós, é imortal e eternamente benéfico; está
fora do alcance dos nossos sentidos físicos, mas é pressentido pelo homem que aspira ao
conhecimento... ...

Cada homem é criador do seu destino, de sua glória ou de sua miséria; legisla para si próprio e
para si decreta a vida, a recompensa e o castigo.

Destarte, o Ser Humano pode aplicar esses três aspectos da Verdade à sua vida e cada um
poderá tornar-se senhor da sua vida e de seu destino. Encontrará a paz de si próprio, a
despeito das tempestades da paixão e da dúvida; pode encontrar a força em si mesmo, não
obstante as desditas no curso da vida; encontrará a luz de seu próprio EU INTERIOR, apesar da
escuridão que o cerca. Os últimos séculos, mais chegados à nossa civilização, se caracterizam
pela divulgação em grande escala de todo o conhecimento humano. Enquanto que na
antigüidade, somente reduzidíssimo número de pessoas possuía algum raro manuscrito ou
conhecia certo ramo restrito da ciência e, na Idade Média, os centros de estudos se limitavam
aos mosteiros, de difícil acesso, vemos hoje um cenário inteiramente diferente: o
conhecimento em toda a sua amplitude e variedade se difunde pelas várias camadas sociais.

Há, porém, um conhecimento que desde milênios permanece secreto, vedado aos olhos da
massa humana, em virtude do rumo que o progresso foi tomando com a conseqüente
diversificação das classes com fundamentos unicamente materiais. Esse conhecimento é, ainda
hoje, cultivado nos chamados Colégios Iniciáticos, espalhados... em diversos rincões da Terra e
classificados segundo o grau maior ou menor de conhecimentos transcendentais, culminando
num Centro, sobre o qual se reserva o mais profundo segredo do seu transcendental trabalho
a favor dos ciclos futuros. De modo genérico, iniciático ou alegórico, poderíamos denominá-lo
de “País das Águas Azuis” ou dos “Lagos Encantados”, cujas margens encerram uma real beleza
e um panorama extasiante.

Cumprimos o dever de esclarecer aos senhores a razão de se fazerem estes mistérios ou, por
outra, manter este segredo.

Na literatura divulgada pela Ciência das Idades, Ocultismo, Teosofia, Esoterismo, encontram-se
bastante referências sobre o assunto. Conforme todos sabem, a Humanidade encarada em
conjunto, não possui certo desenvolvimento interior para receber tão sublime conhecimento e
fazer bom uso do mesmo. A Luz em demasia pode prejudicar o nosso órgão visual. O segredo é
feito, particularmente, porque quem o possui sem uma formação moral, poderá transformá-lo
num elemento prejudicial à evolução humana. A má fé dos seres humanos é uma arma
perigosíssima. Quem conseguir manipular forças ocultas (ocultas porque não fazem parte,
ainda, dos conhecimentos humanos), pode empregá-las como elementos favoráveis à sua
evolução humana como, também, malbaratá-las em realizações inúteis e quiçá prejudiciais à
sua evolução e a de terceiros. Faz parte das leis, dos estatutos de tais Colégios Iniciáticos,
selecionar os que se apresentam como candidatos à Iniciação, sujeitando a diversas provas
todos aqueles que se mostrarem desejosos de atravessar seus admiráveis umbrais.

Por esta razão, os métodos de ensino de um verdadeiro centro de cultura transcendente difere
dos processos didáticos conhecidos... Os segredos menores dependem muito da confiança
entre os discípulos e o Mestre, enquanto que os maiores já serão adquiridos com estudos e
realizações internas ou espirituais. Os discípulos vão transformar sua inteligência humana,
turbulenta, imaginativa, em inteligência superior, tranqüila, meditativa, associada ao princípio
intuicional.

A existência e antiguidade dos Colégios Iniciáticos, razoavelmente posta em dúvida em nossos


dias cheios de encruzilhadas, confusões, indiferentismo, pode ser confirmada com os subsídios
repletos de sabedoria legados pelos homens de cujo valor moral não há menor divergência,
como Pitágoras, Platão, Plotino e muitos outros Seres que participaram de seus segredos e a
eles se referem com a maior veneração. Platão, o filósofo iniciado, é bastante claro em suas
insinuações a respeito, embora tivesse envolvido seus relatos com o imprescindível
simbolismo. Diz em Fedro, ao se referir a um dos mais adiantados grau iniciáticos:

“Uma vez iniciado nos Mistérios que a todos os outros supera... vi-me puro e imaculado,
enquanto ficava livre das vestes que me envolviam, chamada corpo, e às quais estamos presos
à Terra como ostra à concha; vi-me livre de males a que, de outro modo, estaria exposto no
futuro. Graças a esta divina Iniciação, pude, também, contemplar benditas visões no seio da
pura luz”.

Além destas palavras, chegamos às seguintes conclusões: para se alcançar um grau elevado, na
iniciação espiritual, torna-se necessário um desenvolvimento gradual e harmônico das diversas
funções humanas, que a conquista da iniciação livra o homem das limitações a que está preso;
que a iniciação faculta a aquisição de um estado superior de consciência que existe na
iniciação espiritual. Historiadores dos mais antigos afirmam a origem dos mistérios se perder
na noite dos tempos, provavelmente, a milhares de anos anteriores ao período histórico.

Vamos pensar, ativar a mente a fim de sairmos da vida rotineira, porque a pior das rotinas é a
rotina da inteligência...

UM POR TODOS E TODOS POR UM, CONSTITUINDO UMA UNIDADE

Aula nº: 21 - Colégios Iniciáticos

No penúltimo trecho da monografia IVR nº 20, lemos estas palavras: “A existência e


antiguidade dos Colégios Iniciáticos, razoavelmente posta em dúvida em nossos dias cheios de
encruzilhadas, confusões, indiferentismo, pode ser confirmada com os subsídios repletos de
sabedoria, legados pelos homens de cujo valor moral não há menor divergência, como
Pitágoras, Platão, Plotino, etc... ... ... ... ...”

Cumprimos o sagrado dever de esclarecer o que representa para nossos estudos a expressão
“a existência de Colégios Iniciáticos” para a aquisição básica de conhecimentos, para se
alcançar a Sabedoria Transcendental, universal, etc”. Ora, tudo o que existiu, existe e existirá
acerca da admirável Sabedoria eterna, tem sua razão de ser. Sim, é um labor semelhante ao de
uma semente. Dela brota o arbusto que após brotar da semente, cresce, cresce, cresce e, no
estágio adulto, transformado em árvore, produz flores e frutos. Estes, depois de sazonados,
tornam-se alimento, vida, portanto. É assim o desenvolvimento do Ser Humano que, também,
obedece a um ritmo de crescimento progressivo, desenvolvimento este impulsionado pela
Natureza, pela Grande Mãe que se acha eternamente gerando...

Observamos: o Humano Ser, do nascimento ao estágio de adulto, amadurecido, sujeita-se


também a vários estágios evolucionais, até alcançar a Idéia de Unidade, da Consciência UNA,
Zeus, etc. Os primeiros estágios do conhecimento universal, da sua aprendizagem, são
realizados nos “Colégios Iniciáticos”. É o primeiro degrau da gigantesca escada para a aquisição
da Sabedoria eterna. É o início da escalada, dos titãs da Sabedoria suprema, ao Céu, ao cerúleo
firmamento da Quinta-Essência, inspiradora dos verdadeiros poetas. Iniciamos a nossa jornada
de esclarecimentos, pensando no sentido, embora erudito da pergunta: “que é colégio?”

COLÉGIO, segundo o Professor Antenor Nascentes, é “estabelecimento público ou particular


de instrução primária ou secundária; corporação de pessoas com a mesma dignidade; (bras.)
estabelecimento de ensino secundário, do segundo ciclo. Do latim ‘collegiu’ – a reunião”.

Consoante o ritmo do labor da Ciência das Idades, há o primeiro escalão de aprendizagem que
constitui a base dos conhecimentos encerrados sob o título de “Mistérios Menores” (da
iniciação dos gregos, pitagóricos). Após completar esse estágio, o Ser Humano ou o discípulo
alcançaria outro plano, outra dimensão, passando a um estágio superior de ensinamentos.
Este estágio superior poder-se-ia chamar de fase da ação, ou seja, a aplicação do que havia
aprendido ou por a teoria em prática. Neste caso o discípulo tomaria a direção do mundo
profano, com o objetivo de lutar para despertar o interesse dos homens, no sentido de
buscarem a Verdade, de realizarem a Demanda do Santo Graal. Despertar o interesse dos
homens para pensarem na Filosofia da Vida Real, Universal, Divina, a Sabedoria Eterna. Divina,
no sentido da Filosofia do vir-a-ser, do futuro, etc., mantendo sempre a idéia: o passado foi pai
do presente; este á grande mãe gerando o futuro e este, constitui a aproximação de Deus, do
Divino, da Grande Unidade: Um por Todos e Todos por Um.

O processo de iniciação poderá ser considerado de dois modos distintos:

A Iniciação Indireta ou Individual, em que o discípulo vai pesquisando os aspectos da Verdade,


procurando decifrar uma série de símbolos, através de pesquisas, sujeitando-se, muitas vezes,
a viagens difíceis. Tem que vencer uma série infinita de obstáculos denominados de provas. Se
ele conseguir vencer todas as provas, tornar-se-á um Diógenes, pois conquistou, dominou a
Filosofia da Unidade.

Há, também, o processo da Iniciação Direta, ou seja, com a Presença de um Avatara no meio
dos homens. Avatara ou a Presença da Divindade como Ser Humano, tal como o foram, por
exemplo, Krishna, Buda, Cristo, São Germano e muitos outros (Avatara será o assunto de um
dos próximos estudos). Este processo de Iniciação Direta ou com a augusta Presença do
Avatara no meio dos homens, o supremo Iniciador dos seres humanos, José Henrique de
Souza, classificou com a trilogia: ESCOLA –TEATRO – TEMPLO

ESCOLA – refere-se ao estágio relativo à aquisição dos conhecimentos gerais: ciência,


filosofia, arte, religião, tudo no sentido da ciência materialista ou profana.

TEATRO – é o processo de transformação da parte psíquica do Ser Humano, através do


drama, do trabalho no cênico palco da vida, no teatro da vivência, burilando os sentidos, a
sensibilidade, através dos atritos emocionais, psicossomáticos, etc.

TEMPLO – é trabalho que tem por finalidade conduzir o Ser Humano a ter percepção da
vibração sutil, a ser intuído, dilatando a sensibilidade para fora das limitações, do sentido
engarrafado da rotina intelectual.

Esses três estágios estão muito bem esclarecidos nas palavras que se seguem:

o ignorante diz: “Eu sei!”

o discípulo, cursando um “Colégio Iniciático”, diz: “Assim aprendi”;

o Mestre diz: “Assim diz a LEI”.

Nos “Colégios Iniciáticos”, os dons superiores, no seu desabrochar, acompanham a aquisição


dos conhecimentos e do poder. Este é um princípio essencial do ensinamento espiritualista ou
secreto: “Pedis e recebereis”. Com o desenvolvimento dos dons elevados, a mente liberta-se
de toda e qualquer autoridade. Isto acontecendo, o indivíduo passa a responder suas próprias
perguntas, senão, começa a ser intuído para responder as perguntas de si mesmo, do mestre e
as de seu semelhante.
Estamos vivendo num mundo de concorrência e de impostores, por isso devemos ter sempre
em nossa mente, viva e bem viva a frase: “Dize-me de que te gabas e dir-te-ei o que te falta”.

Para o indivíduo, o discípulo, isto é, aquele que se predispõe a seguir a vereda dos
ensinamentos espirituais, é bom ter em mente as palavras que dão razão de ser à existência
dos Colégios Iniciáticos. Eis, pois, um grande esclarecimento:

“Nunca o discípulo tem conhecimento perfeito de sua missão, nem de quanto ao seu
progresso diga respeito, a fim de que ele esteja sempre vigilante a novas ordens e, do mesmo
modo, sempre pronto a obedecê-las. Até os Iluminados mais avançados estão sujeitos às
mesmas LEIS, senão, os próprios Avataras de Vishnú... Por isso mesmo a dificuldade, ou antes,
a impossibilidade de se julgar ou de saber diferenciar o que é puramente pessoal e o que é de
origem universal; o que diz respeito aos mesmos e o que provém de outras fontes, como Lei a
favor do mundo em geral”... ...

Nos Colégios Iniciáticos, o Ser Humano, como discípulo, apreende a ser senhor de si mesmo.
Por isso os pitagóricos procuravam realizar desde logo, “o serem senhores de sua vontade e de
seu pensamento”. E, para melhor ilustrar os nossos comentários, transcrevemos, agora, um
trecho dos conselhos pitagóricos:

“Não te esqueças de que deves aprender a dominar as paixões, a ser sóbrio, ativo... Nunca te
deixes arrebatar pela cólera. O primeiro dos deveres para consigo mesmo é aprender a
conhecer-se e ser senhor de si”.

E Pitágoras chamava com insistência a atenção para esta obrigação fundamental:

“Nunca ignores que deves aprender a dominar as paixões. A educação de si mesmo é a


condição fundamental do progresso. Ela dá império sobre si mesmo e sobre os outros.
Ninguém, com efeito, nos pode substituir para por ordem na consciência, fortalecer a vontade,
coordenar os esforços e ser senhor das paixões, porque o esforço de evolução deve ser obra
individual. Por outro lado, não se pode pensar em dirigir a outrem antes de ter aprendido a
dirigir a si próprio, porque só se pode impor autoridade, oferecendo o bom exemplo de mente
lúcida e de retidão. Um homem que seja senhor de si, que reprima os impulsos, que saiba
dominar os nervos, acalmar a emotividade, conservar o sangue frio em todas as circunstâncias,
deixa de estar à mercê dos acontecimentos e das sugestões. Evita, assim, uma série de
dissabores e de insucessos, porque torna o pensamento mais lúcido, o juízo mais são e a
vontade mais poderosa. Adquire o sentimento da ordem e da disciplina. Sente-se dia a dia
mais forte, mais confiante, mais senhor do seu maravilhoso poder voluntário, mais apto a fazer
dominar dentro de si o Espírito sobre a Matéria, a fazer triunfar em volta de si o poder moral
sobre a força bruta...”

EQUILÍBRIO FELICIDADE

O Ser Humano, tendo como ponto básico de sua vida, o centro de consciência focado no Corpo
ou na Estrutura Afetivo-Emocional, tem sua força mental focada na palavra FELICIDADE. Esta
palavra domina o pensamento humano. Que é felicidade?...
Felicidade, segundo o Professor Antenor Nascentes, é satisfação, contentamento, dita,
ventura, bem-estar, bom êxito, sucesso, etc.

Felicidade, segundo nos ensinou o grande Iniciador dos Homens, Professor Henrique José de
Souza, é uma questão de equilíbrio. Equilíbrio na função de todos os órgãos e de todos os
princípios de que é constituída a Genealogia Secreta ou a Personalidade do Ser Humano.

A função faz o órgão e se todos os órgãos da estrutura física funcionarem equilibradamente,


há bem-estar, felicidade física, saúde e harmonia... Mas, o equilíbrio, apenas, dos órgãos, não
é suficiente em relação à “FELICIDADE GLOBAL”. Há necessidade de haver o equilíbrio global
entre o físico, o psíquico e o mental. O equilíbrio funciona nesses três corpos como se fosse um
acorde perfeito. Isto acontecendo, não há sensação de ira, de mal-estar, de pavor e
insegurança. Compreendemos: equilíbrio desses elementos nomeados, produz vida e o
desequilíbrio deles, promove a morte.

O trabalho do ser, em evolução, conforme se apreende nos Colégios Iniciáticos, constitui-se


em procurar estabelecer a harmonia entre a vida do Ser Humano e o meio-ambiente, o que
nos oferece a Face da Terra, a superfície do Globo Terrestre. Quem estabelecer o equilíbrio
entre esses polos da vida, conquista naturalmente, a felicidade.

Os orientais mostram as experiências trabalhadas pelas civilizações, dividindo-as em Escandas


e Nidhânas. Escandas eqüivalem às tendências positivas, construtoras, criativas, elementos
que dão vida; Nidhânas correspondem às tendências negativas que produzem a morte,
natureza destrutiva... A neutralidade conquistada entre esses contrários, é uma vitória do Ser
Humano, porque conseguiu neutralizar a ação dos opostos, dos polos positivo e negativo.

A ação das Escandas (tendências positivas) e das Nidhânas (tendências negativas) constitui os
pratos da balança da personalidade humana. Ora dominam as Escandas sobre as Nidhânas, ora
acontece o contrário. Os adeptos da Filosofia Espiritualista, em sua vida, têm como escopo
manter os pratos da balança equilibrados, como se fora a amálgama do ouro e do cobre.
Erguendo-se o prato da balança relativo às Escandas ou tendências positivas, atingido está um
estágio superior no caminho evolucional, mas se ergue o prato da balança das Nidhânas ou
tendências negativas, o indivíduo vai mal, cai para o polo negativo, está perdendo pontos na
evolução. O certo está, manterem-se os dois pratos da balança em equilíbrio, no mesmo nível,
repetimos. Quando os dois pratos da balança estão em desequilíbrio, a personalidade do
neófito acha-se sempre em conflito. Eis porque atribuem a Jesus, o Cristo, estas palavras
sentenciosas: “Faze por ti que Eu te ajudarei”.

O Professor Henrique José de Souza ensinou:

“O que provoca a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem os pratos de sua
balança em equilíbrio e os seus três corpos em harmonia, em perfeito nível, porque ainda não
se fizeram iguais a Deus, à Harmonia Universal”.
Passamos, agora, da teoria à prática. Para este mister, usamos as palavras: TEMPERANÇA e
INICIATIVA, as quais servem para balancear o comportamento do indivíduo, na escalada da
Montanha, símbolo da conquista da Evolução Espiritual, do supremo Equilíbrio. Com esse
simbolismo, compreendemos que é no cume da Montanha onde se acham a Felicidade e o
Equilíbrio.

TEMPERANÇA quer dizer qualidade ou virtude de quem é moderado ou quem sabe moderar
seus apetites, as paixões, sempre agindo com parcimônia em suas atitudes; quem evita o
exagero em todos os pontos de vista. A Temperança é algo como um exaltação à paz, à calma,
à tranqüilidade, à serenidade e à paciência. Logo, equilíbrio das estruturas da constituição da
Genealogia Secreta do Ser Humano.

INICIATIVA tem o sentido de atividade, diligência para volta do equilíbrio perfeito, também,
para alguns estudiosos do assunto, é considerada iluminação da consciência do Ser Humano.
Ela é o processo pelo qual há manifestação do aspecto positivo da vontade, da esperança.
Esperança no sentido da ação da vontade, na realização de um ideal, levado a efeito com fé,
concretizado pelo esforço permanente.

As tradições do Ocidente dizem: “Deus se dividiu para realizar o supremo sacrifício e, também,
o “crescei e multiplicai-vos”. A Iniciativa é na personalidade da criatura humana, a
manifestação de um fragmento do potencial da Divindade. Daí há o aforismo do Professor
Henrique José de Souza: “Trabalhar para a Humanidade, para servir à Divindade”. Divindade,
Deus, com o sentido do que virá; a soma das experiências do passado, servindo de base para
as realizações de ciclos futuros. Como dissemos, essa Divindade suprema, na criatura humana,
apresenta-se como INICIATIVA. Por isso dizem os sábios: “A voz do povo é a Voz de Deus”.
Quando o povo fala, é o Inconsciente Coletivo que fala.

Com muita freqüência ouvimos falar: “Ele não tem iniciativa... Ela não tem iniciativa”, a fim de
se definir pessoas sem vivacidade. “Fulano não tem iniciativa”, como quem diz: fulano não tem
vontade, não tem vida, não tem capacidade para resolver seus problemas, carece da
experiência alheia... necessita da experiência de outrem. Quando a inércia, a inatividade
domina o corpo, não há iniciativa, é como que a morte tomando o lugar da vida, logo, falta a
iniciativa. Havendo ausência da iniciativa há, consequentemente, o desânimo psíquico, o
falecimento da alma. É o mesmo que se dissesse: “a alma quer agir mas falta-lhe o órgão
locomotor”.

O que podemos dizer com excesso de imaginação: o órgão locomotor na criatura humana é a
iniciativa. Quem não tem iniciativa, não tem “vida”, não tem Deus Interior. Não havendo
iniciativa, não havendo vida interior, manifesta-se imediatamente a sua negação que se
apresenta como calúnia, difamação, maledicência, inveja, ciúme, enfim, a mediocridade.

Pensando em termos de Temperança, associamos desde logo à palavra Temperamento.


Temperamento, segundo o Professor Antenor Nascentes, é têmpera; constituição psicológica
do indivíduo, qualidade que nele predomina, índole. “Mens sana in corpore sano”.

Com o desaparecimento da Atlântida, o Ser Humano vem trabalhando para recuperar o seu
perfeito equilíbrio, como representante da Humanidade, vivendo na Face da Terra, procurando
restabelecer a harmonia dos 7 elementos essenciais à vida física. Dividimo-los, para melhor
esclarecimento, em dois grupos:

1º) grupo constituído dos elementos ou humores: FLEUMA, BILIS e OJAS;

2º) depois da Atlântida, passaram a existir 4 Temperamentos, em vez de três. Esses


Temperamentos são: LINFÁTICO, SANGUÍNEO, NERVOSO e BILIOSO. De vez que esses 4
Temperamentos são determinados por prescrição médica, necessário se torna usar uma
alimentação apropriada, senão não há um perfeito equilíbrio na função dos órgãos do corpo
físico.

O Professor José Henrique de Souza ofereceu esta nobre receita, para os que procuram a sua
realização espiritual:

Temperamento Linfático: Alimentação mista, propendendo para a carne; nada de álcool, a


menos que sem abuso e de vinho puro, nas refeições. Se fuma, faça-o pouco, até que um dia
possa livrar-se desse chamado vício que só o é quando se é por ele dominado. Por exemplo,
não poder dormir sem fumar, não poder comer sem fumar, etc. No verão não deve haver
abuso de gordurosos, carnes, batatas, feijoadas, etc.

Temperamento Sanguíneo: Alimentação mista, propendendo para a vegetariana e frugívera.


No verão, não abuse dos alimentos gordurosos, inclusive carne, excesso de batatas, feijão, etc.
porque isso, no sanguíneo (e também no linfático), pode provocar aumento de pressão arterial
e há o perigo de insolação.

Temperamento Nervosos: A mesma alimentação do primeiro temperamento, em frutas e


legumes. Quanto ao Temperamento Nervoso, exige que não se faça, de nenhum modo, uso de
excitantes e usar, de preferência, tudo quanto contenha cálcio (ovos, peixes) e não se
esquecer de mariscos e outros mais. Evitar abalos morais (o mesmo aconselhado para os
sanguíneos), mais chegados às perturbações cardíacas.

Temperamento Bilioso:O fígado é o regulador da bilis, que deve fluir à razão de um litro em 24
horas, logo, é um órgão básico no equilíbrio do corpo humano. A alimentação deve ser mais ou
menos igual a temperamento anterior (Nervoso), mas evitando gorduras, principalmente se
tiver colite, hemorróidas, etc. que serão debeladas não só por uma alimentação científica,
assim como por exercícios apropriados.

“Não comas sem degustares, para não comeres aquilo


que te pode fazer mal, ao mesmo tempo, ao corpo,

à alma, e ao espírito ou inteligência no Homem”.

Aula nº: 22 - 1º Estudo comparativo sobre AVATARA

Na seqüência do que fora programado, apresentamos o estudo comparativo sobre os


AVATARAS. O conceito do que representa o Trabalho dos Avataras, na dinâmica evolucional
dos seres viventes, é importantíssimo e nos dá uma visão global da ação, da atividade Daquilo
que se concebe como Deus, Brahmá, Jeovah, Buda, etc...

AVATARA (sânscrito – literalmente “descida”) – Encarnação divina – Descida de um Deus ou


algum SER glorioso que progrediu, evoluiu mais além da necessidade de renascimento na
Terra, no corpo de um simples mortal.

Encarnação Divina ou AVATARA (Glossário Teosófico) – “A imaculada concepção é tão


preeminente egípcia como hindu. Segundo diz o autor de “Crença Egípcia”: “Não é a história
vulgar, grosseira e sensual, como na mitologia grega, e sim, assunto refinado, moral e
espiritual”; e, por outra parte, a idéia de encarnação encontramos revelada no muro de um
templo de Tebas, por Samuel Scharpe, quem a analisa deste modo: “Primeiro, o Mensageiro
dos Deuses, o mesmo que o Mercúrio dos gregos (ou o Gabriel do primeiro Evangelho), disse à
virgem rainha Mautmes, que ela tem de dar à luz a um filho, o qual será o rei Amunotaf III.
Segundo, o Deus Knef, o Espírito... e a Deusa Hathor (a Natureza)... apanham ambos a rainha
pelas mãos e colocam dentro de sua boca o signo da vida, uma cruz, que há de ser a vida da
futura criança”, etc, etc. Verdadeiramente, a encarnação divina ou a doutrina do Avatara,
constituiu o maior mistério de todos os antigos sistemas religiosos”.

AVATARA, este termo pode ser dividido em AVA + TARA.

AVA antigo, antepassado, velho, avô.

TARA vinda, chegada. Tara, Tarô, Rota, Torá ou Torah, tem o sentido de LEI. Avatara,
repetimos, é a vinda, a chegada do antigo, do mais antigo, senão, a manifestação do Avô do
Universo, o Ancião das Idades, o Eterno, a Suprema Luz...

Ava-Tara ou Ava-Torá – é a manifestação, a ação da Lei da Evolução através as encarnações.


Encarnações, não no sentido vulgar, mas no da Roda dos Nascimentos e Mortes, promovendo,
perenemente, a transformação das coisas... A doutrina da Roda dos Nascimentos e Mortes é
uma das 4 Verdades, ensinadas pelo Buda.
O que na Índia denominam de AVATARA, corresponde ao que os persas chamam de AVESTA.

AVESTA (Zend) – tem o sentido de LEI. Voz derivada do antigo persa “EBASTÔ, a LEI nas
sagradas Escrituras dos zoroastrianos.

ZEND – significa “comentários” ou “interpretação”. É um erro considerar Zend como uma


linguagem, posto que o dito termo se aplicava, unicamente, aos textos, esclarecendo as
versões do Avesta. Daí o termo Zen-Sar.

ZEND-SAR – significa a si mesmo ou em linguagem que explica o símbolo abstrato, senão, a


linguagem do mistério usada pelos iniciados. Os iniciados usavam o segredo através de uma
linguagem simbólica, para não permitir que a sensibilidade e os sentido limitados dos seres
humanos desgastassem o poder, deturpassem o sentido real dos textos sagrados.

Os Avataras não aparecem, não agem simultâneamente e sim, em ciclos sucessivos, como que
impulsionando a Humanidade, tirando-a de uma inércia, de uma rotina que representa a
involução. A rotina equivale a uma morte aparente. A rotina, seja ela de qual natureza for, é
como uma poça d’água: apodrece e perde a vitalidade.

AVATARA – outro sentido desta palavra; dividimo-la em AR + ATAVA. AR, símbolo da ação do
Hálito Divino, o Sopro da Vida Eternal, a pujança de Prana ou o Poder de Brahmá, Deus, etc.
ATAVA que nos lembra a palavra da Língua Portuguêsa ATAVISMO.

ATAVISMO – reaparição de um descendente de certos caracteres, vindo de um antepassado e


que não havia se manifestado nas gerações intermediárias. Hereditariedade.

Os AVATARAS têm uma hereditariedade divina, pois todos ELES herdam a LUZ, a FORÇA e o
PODER do Senhor das Eternidades, o Avô do Universo, o Senhor de Barbas Brancas.

Inserimos aqui um majestoso ensinamento do Dr. Roso de Luna, do Livro “Simbologia Arcaica”:

“Entre os discípulos de alguns grandes gurus transimalaianos e, ainda, gentes profanas – nos
diz H. P. B. – persiste uma estranha tradição, segunda a qual, Gautama, o Príncipe de
Kapilavastu, não obstante a incineração de seu corpo físico, continua nas regiões terrestres...
(por isso ELE disse: “quando morrer, meu Espírito pairará sobre a Humanidade”).
Misteriosíssimas são, com efeito, encarnações como esta que caem fora da LEI ou círculo geral
dos humanos renascimentos e convém consignar, sobre elas, os seguintes extremos: diz-se no
Oriente que um Avatara é a descida da mesma Divindade Manifestada ou Alma Mundi, na
forma relativamente ilusória de uma individualidade, a qual, por sua vez, pode adquirir
aparência falsamente objetiva no plano físico. Assim se fala nos Avataras de Vishnú, de Adi-
Buda ou de Shiva... A dita forma ilusória não tem passado nem futuro, porque não há
encarnações anteriores, nem, portanto, está sujeito aos kármicos nascimentos subsequentes ,
posto que ao Karma ou à LEI, já não está mais sujeito. Gautama, em certo sentido foi um
Avatara mas, também, ainda que em outro sentido fosse um JIVA-MUKTA, quer dizer, uma
Individualidade poderosa que alcançou o Nirvana ou a Libertação, por merecimento de seus
próprios esforços, tão excelso lugar ou estado que já é a mesma existência, fora do mundo
inferior de causa e efeito ou “Mundo da ação”, sujeito, portanto, à LEI ou Karma. Assim, um
Avatara é, repetimos, a descida da Divindade a uma forma ilusória. Já um Jiva-Mukta é uma
individualidade em que a causa do Karma produzido por seu próprio mérito, é guiada, ainda,
pelo Mestre que tem de iniciá-lo no Mistério do Nirvana; um ser que alcançou o Nirvana,
enfim, pelos seus próprios esforços.

Os budistas têm negado sempre e terminantemente que, como supõem os brâmanes, fosse
Buda um Avatara de Vishnú, analogamente como um homem é a encarnação de seu
antepassado kármico. Sua negativa provém, em parte, de não conhecerem o completo,
impessoal e amplo significado do Maha-Vishnú ou o misterioso princípio da Natureza que não
é o “Deus Vishnú”, mas um princípio que contém, por assim dizer, a Semente do Avatarismo
ou o Bijam, palavra que, por certo, figura muito nos contos de Mil e Uma Noites, isto é, a
própria potencialidade que é a causa das ditas encarnações divinas. Com efeito, todos os
Salvadores do Mundo, os Bodsatwas, os Cristos e Avataras são Árvores de Redenção que
brotam de um só tronco: o Bijam ou MAHA-VISHNÚ. Pouco importando que se O designe com
estes nomes ou com o de ADI-BUDA, Amitaba ou a Sabedoria Primitiva porque, no ponto de
vista oculto, Vishnú é a cifra e resumo da espiritual sabedoria cósmica ou sem atributos
(Nirguna), sabedoria, aliás, reverenciada por todas as mentes e filosofias.

Isto, desde o ponto de vista espiritual e filosófico, não obstante o qual, os iniciados sabem que,
desde o ponto de vista terreno, foi Buda a encarnação direta de um dos 7 Primitivos, os 7
Filhos da Luz ou os grandes Dhyans-Choans de todas as teogonias. Uma verdadeira hipóstase,
enfim, pela qual todos os Avataras são um e o mesmo desde toda a Eternidade”.

Pensando na Lei da Manifestação da Suprema Essência, da Unidade, do Infinito, concebemos


que essa mecânica se processa no sentido das limitações progressivas e, também, gradativas
da Substância UNA que vem desde o Infinito, desde o Imanifestado até a maior limitação, no
plano de maior densidade. De modo que o Absoluto, o Infinito, a Substância Una, por qualquer
motivo, tem necessidade de se conhecer. Com efeito, tem consciência global das coisas mas
não conhece a si próprio, no ponto de vista do detalhe. Isto posto, há necessidade dessa
pormenorização que dá consciência de si próprio, através da manifestação nos planos. Logo, o
Supremo Logos, a Unidade Absoluta, para se conhecer em minúcia teve necessidade de criar
os planos, a Gênese das Hierarquias Criadoras.

Com tudo isso poderá haver a pergunta: se é o Todo, a Consciência Una, infinitamente grande,
consciência global, e, não se conhece a si próprio? Com efeito, não se conhece do ponto de
vista do detalhe, mas tem a visão geral. Por exemplo: nós temos os olhos, vemos a imensas
distâncias; se a visão for ampliada com aparelhos próprios, alcançaremos, por ventura, além
do horizonte. Mas se não possuirmos um espelho ou uma superfície espelhada, não teremos a
menor idéia do contorno de nosso rosto; se não possuirmos esses objetos, não poderemos
saber a cor da íris de nossos olhos. Ora, podemos ter grande cabedal de conhecimento, mas se
não tivermos oportunidade para o diálogo, para a dissertação e discussão sobre qualquer
assunto, não poderemos comprovar nossa capacidade de exposição, de nosso poder
realizativo.
Pensamos em dar este título “Estudo comparativo sobre Avatara”, porque o assunto divulgado
enfoca o aspecto antropogênico da Manifestação, da Idéia como Avatara agindo em
determinado ser, comandando uma civilização. Mas, segundo o Supremo Iniciador dos
homens, Henrique José de Souza, os Avataras têm dois aspectos: o antropogênico e o
cosmogênico. É algo que poderíamos conceber como sendo “a objetivação do subjetivo”. A
abstração tomando forma no cérebro humano, determinando os acontecimentos dos ciclos
futuros.

Por isso a história de todos Eles tem início num monte, numa montanha, por se tratar de
eventos relacionados com o mito solar. É algo como os grandes rios que nascem nas
montanhas e, a seguir, desenvolvem o seu caudal nas planícies, indo ter aos grandes oceanos.

Avataras houve que iniciaram seu Trabalho no cume de uma montanha e a seguir vieram para
a planície, para o seio das massas, da Humanidade, para formar as grandes civilizações futuras.

E toda a Natureza refaz a sua vida com a Presença dos grandes Avataras!

Glória àqueles que fizeram dos Avataras seu Deus Interno!

2º ESTUDO COMPARATIVO DOS AVATARAS

Dando continuidade aos estudos sobre o tema “AVATARA”, realizamos pesquisas, com o
intuito de apresentarmos novos esclarecimentos acerca dessa transcendental Filosofia, que
nos foi legada pelos antigos sábios do Norte da Índia e Oeste do Tibet, que foi o telhado do
mundo. A maior autoridade no assunto, no hemisfério ocidental, foi o Filósofo e Espiritualista
Henrique José de Souza. Seus conhecimentos sobre o assunto eram tão vastos, que somos
forçados a considerá-lo um exemplo de Avatara. ELE nos ensinou: “Avatara é um nome
genérico, abrangendo um imenso ciclo de atividade, impulsionando sempre, no ponto de vista
espiritual, filosófico e científico, a evolução da Humanidade”. Avatara, desejando uma
expressão da Língua Portuguesa, é a ação, o poder do Espírito de Verdade, a fim de
impulsionar a Dinâmica Evolucional. Por isso se propaga que o Espírito de Verdade, quando se
manifesta, se apresenta através de ciclos e não usa as mesmas palavras, não adota os mesmos
hábitos, procurando sempre transcender as ordens estabelecidas. E se assim não o fizesse, não
haveria evolução... De modo que a filosofia avatárica se caracteriza pela Revelação, pela
penetração dos elementos no vir-a-ser. Os Avataras, com suas novas informações cíclicas, dão
determinado impulso na Humanidade, durante certos ciclos, os quais são denominados de
Idades. Essas Idades são chamadas, na Ciência das Idades, de iugas e são assim classificadas:
Idade de Ouro, de Prata, de Cobre e de Ferro. Os ciclos avatáricos começam com o maior
impulso, maior esplendor, máximo potencial cósmico e, na seqüência dos acontecimentos, do
labor evolucional, as coisas vão como que se desgastando, perdendo o potencial, até atingir a
quarta Idade (Kali-iuga ou Idade Negra). Nessa Idade, geralmente, apresentam-se os Avataras
de maior potencial, para promover nova vida, dar início a nova era, etc. Pelo que se
depreende, Avatara é realizado através de um corpo físico de absoluta perfeição, de uma
personalidade mais completa, mas harmônica, existente na Face da Terra, através da qual o
Espírito de verdade revela aos homens o Verbo Divino. Quando fala, imprime nos humanos
seres seu fluxo divinal e colhe deles as experiências terrenas. A Filosofia, os Aspectos da
Verdade concentrados na expressão “Avatara”, requerem, sem dúvida, um complemento de
real importância. Os que meditarem, procurando pensar profundamente sobre o assunto,
procurando o sentido transcendental de tal NOME, compreenderão que AVATARA é a
manifestação, a limitação de Deus, da Divindade, nos planos mais densos do Universo. Com
efeito, esse evento vem do máximo ao mínimo e vai do mínimo ao máximo, atuando sempre e
naturalmente com determinada porcentagem em cada plano de manifestação. É como que
Deus, o Eterno, vindo se individualizando, progressivamente, do Infinito, do Espaço sem
Limites, através dos Deuses, semi-Deuses, Homens e... até o protozoário. Ora, a Essência das
Essências (não há palavras para definí-la) embora sendo de natureza unitária, manifesta-se,
age, realiza de infinitos modos, como multiplicidade e em vários planos, do mais elevado,
refinado, ao mais grosseiro. À proporção em que vai descendo aos planos mais grosseiros, vai
aumentando o número de veículos, de personalidades. Por exemplo, de “um em três”, “três
em sete”, sete em quarenta e nove, etc., obedecendo sempre a chave numérica dos
conhecimentos iniciáticos. A Índia primitiva apresenta a magna idéia de Avatara através da
TRIMURTI. Tri é três e murti é corpo. Três corpos “Trikaya”, têm o mesmo sentido da
Santíssima Trindade dos católicos. A Trimurti indiana é constituída de três elementos
avatáricos denominados de Avataras: de Brahmá, de Vishnú e de Shiva; a Santíssima Trindade
o é de: Pai, Filho e Espírito Santo; os gnósticos falam em Pai, Mãe e Filho; os egípcios têm a
mesma idéia com os nomes de Osíris, Ísis e Hórus.

1º) Avatara de Brahmá – é o mais elevado, mais global, de maior amplitude... ... Brahmá
corresponde à idéia de Zeus, Deus, etc. Tem como raiz o elemento Brig, com o sentido de
dilatar-se, expandir-se. É o ponto misterioso, abstrato, que se acha sempre pulsando, à guisa
de um Coração do Universo. Coração que com seu eterno pulsar mantém o ritmo da Vida do
Cosmos. Segundo os gregos, é de natureza do Primeiro Logos. É o Supremo Criador.

2º) Avatara de Vishnú –o Conservador da Vida... provém da raiz Vich, com o sentido de
penetrar, encher, melhorar, etc.; é a manifestação da energia solar. Vich, como vimos, é
penetrar, encher, etc.; nú, invertido, é um, logo, Vichnú é o Poder de Plasmação da Energia
Celeste, da Vida Una, da Supra-Unidade, penetrando no Ser Humano através dos Chacras,
principalmente pelo Coronal ou Sahasrâra, o que está vivificando a parte psíquica do ser
vivente. Compreendemos que o Avatara de Vichnú é da natureza da Alma-Mundi. Os ciclos de
manifestação dos Avataras de Vichnú são semelhantes aos dos Signos do Zodíaco. Esses ciclos
são em número de 14. Atualmente deve-se estar preparando para o Décimo que começará sua
atividade em 2005, segundo está anunciado, e esse Décimo Avatara de Vichnú tem o título de
Kalki-Avatara.
KALKI-AVATARA – (Glossário Teosófico) “O Avatara do Cavalo Branco” que será a última
encarnação manuantárica de Vichnú, segundo os Brâmanes; de Maitréia, consoante os
budistas do Norte da Índia; SOSIOCH, o último herói e salvador dos zoroastrianos. Há o
anúncio: sentado em um corcel branco como leite, com uma espada desnuda, resplandecente
como um cometa, abrir-se-ão os céus e aparecerá Vichnú, quando chegar ao Décimo Avatara
dessa série, para exterminar os maus, renovar a Criação e haverá o restabelecimento da
pureza”.

3º) Avatara de Shiva – (ou Ziva) é o terceiro elemento de que se compõe a Trimurti indiana;
tem o sentido de destruidor, mas destruidor no sentido de “Destruens et Construens”. Shiva
destrói velhos órgãos com a finalidade de serem substituídos por novos, a fim de manter a
dinâmica, o movimento da circulação da Vida, no sentido da meta evolucional. Na época em
que vivemos, há uma tendência para destruir as velhas ordens das coisas, instituições, hábitos
antigos, para uma nova fase. Os seres humanos estão sofrendo uma transformação geral, pois
há necessidade de haver seres com mais sensibilidade e mente superior, para dar forma à
Sabedoria eterna, a uma vida mais vibrátil. Tudo precisa vibrar com maior dinamismo.

Essa verdade ou esses aspectos da Verdade, já se firmaram no Inconsciente Coletivo da


Humanidade. Essa alegoria de três Avataras está representada em quase todas as organizações
da Face da Terra: os egípcios respeitavam as expressões maçônicas “Menphis, Maisim e
Mizraim” – Grão Mestre e Colunas J e B; os sacerdotes oficiam a missa com dois acólitos;
enfim, há sempre a ação desse Triângulo Indeformável... ...

Nas tradições transimalaianas é venerada, respeitada, a manifestação de AVALOKITEZVARA


QUE, TAMBÉM, É UMA FÓRMULA DE EXALTAÇÃO A UM ELEVADO AVATARA.

Avalokitezvara, “Senhor que mira”. Em interpretação vulgarizada, exotérica, é considerado o


Avatara de PADMAPANI (o Portador do Loto ou o Filho do Loto). Na filosofia transcendental,
“AVALOKI” é o “Mirador”. É algo como Espírito Divino ou Inteligência Superior agindo no
Homem. Usa-se, também, a expressão mística “OM MANI PADMÉ HUM !”, para rogar a sua
ajuda, a sua proteção.

Quando a Escola IOGACHÂRYA declarou Avalokitezvara como Loto Padma-Pani, esta ensinando
como se estabelece a ligação com um ser superior, um Dhyani-Bodhsatwa, senão, um aspecto
de “Amitaba-Buda”... O Dhyani-Bodhsatwa é o reflexo de “Amitaba”, mas ambos são UNO: um
no Céu e outro na Terra. Sim, as duas Faces de Deus, de Brahmá, do Eterno, etc.

No Glossário Teosófico de H. P. B., encontramos um termo que nos chamou a atenção: Aveza-
Avatara.

AVEZA-AVATARA (Gl. Teos.) “Um Avatara parcial; um Ser Humano que recebe um influxo
divino num grau todo especial”.

Quando deparamos com este termo, seu significado nos fez associar o sentido deste nome
com os admiráveis ensinamentos dados pelo Professor J. H. Souza:
“Segundo o presente Ciclo, consideramos três tipos de Avatara: integral, parcial e
momentâneo.

1º - Avatara Integral é quando o impulso da manifestação de Deus, Brahmá, do Senhor das


Eternidades, do Supremo Logos Criador, se faz com 100% do poder máximo do Absoluto,
Daquilo (Daquilo porque não há palavras para definir essa realização). Damos como exemplo
esclarecedor: Krishna, Buda, Aknaton, Ketzal-Kuatl e muitos outros.

2º - Avatara Parcial são os Avataras para impulsionar ciclos menores. Por exemplo: 7
Avataras Parciais são iguais a um BUDA. O trabalho DELES corresponde a 75% do valor de um
Avatara Total ou Integral.

3º - Avatara Momentâneo é o Avatara que age com 50% do valor integral. Quando se
trata de crianças privilegiadas que nascem para uma grande Missão, recebem de quando em
vez esses divinos impactos, como se fossem oráculos ou divinos veículos para que depois de
adultos passem a ser Avatara Integral. Por exemplo:

Outrora, na Mongólia e Tibete, quando esperavam pelo nascimento de um Buda-Vivo,


procuravam identificá-lo através dos Avataras Momentâneos: o novo Buda-Vivo era submetido
ao teste; a criança, aos 7 anos mais ou menos, recebia uma inspiração, ou melhor, entrava em
êxtase e nesse estado de ser revelava aos monges, algo que era somente do conhecimento do
antecessor. Anunciava onde se encontrava determinado objeto que pertenceu ao seu
antecessor e que se achava escondido de tal modo, sem o conhecimento dos componentes da
comunidade.

O Cristo falou aos doutores do Templo aos 13 anos de idade física. No Oriente é comum, em
determinadas datas importantes, jovens de 13 a 16 anos de idade serem avatarizados
momentaneamente, a fim de anunciarem as Verdades do Novo Ciclo. Em casos imprevisíveis, o
Espírito de Verdade pode usar um oráculo honesto para salvar uma situação difícil e perigosa.
O excelso Professor J. H. Souza, por volta de 1924, em Niterói, fez um Avatara Momentâneo
num vendedor de balas de um cinema. O baleiro, de um momento para o outro, passou a
discorrer sobre filosofia... ...”

Encerramos este estudo com as sublimes palavras que devem ser bem meditadas ou refletidas,
porque a reflexão abre as portas da mente para se identificar com a Revelação:

“Evoluindo do perdão ao êxtase, encontrareis o porque de todas as coisa”.


“Peregrinos da Vida, Peregrinos do Perdão! Poderão um dia alcançar a glória de serem eternos
como EU, poderosa Centelha! Porque, para isso, basta todos quererem ter o mesmo Ideal...
Tonifiquem-se com estas palavras”...

Aula nº: 24 - 3º Estudo comparativo sobre Avatara

Com o estudo comparativo sobre Avataras, não devemos nos esquecer do Deus Toth ou Toth-
Hermés, senão ficaria um espaço vazio no trabalho desta série da “Genealogia Secreta do Ser
Humano”.

Toth é alegorizado pelo Touro. O Touro (Taurus), na linguagem simbólica e consoante os


ensinamentos ministrados pelo Professor Henrique José de Souza, é o símbolo vivo de Toth-
Hermés ou Deus Mercúrio... Este Deus é o Patrono da suprema Sabedoria Eterna. O símbolo de
Toth-Hermés ou Deus Mercúrio, segundo a Chave Geométrica dos conhecimentos iniciáticos, é
um círculo encimado por um crescente lunar, com as pontas para cima, e uma cruz na sua
parte inferior. Descrevemos este símbolo, tomando como exemplo o Touro: seu corpo, como
se fora o círculo; as 4 patas, como se fora a cruz sob o círculo e, os chifres, como se fora o
crescente lunar.

O Touro quando muge produz o som de “MÔ” e este elemento invertido, dá OM. OM é uma
saudação mística: “Om Mani Padmé Hum”. É a síntese de outra forma mística de A U M.
Derivam desse elemento, “Toth-OM” e “Toth-OMNES” que, com as palavras já citadas, “Om
Mani Padmé Hum”, procedem da Atlântida e Ariavartha e, em cuja mais excelsa Palavra
Sagrada se encerra o “TOTUM” do Universo manifestado, senão, o processo da ação do Poder
Criador.

O sentido de Toth, egípcio, e Henoch, isíaco, é o da Árvore da Verdade, a Árvore da Vida. É o


Verbo dos gnósticos e a Primeira Emanação ou o Primeiro Aeon dos ofitas e cabalistas; é
Quetzal-Kuatl ou Serpente Luminosa, Irisiforme, dos primitivos mexicanos.

O significado de Toth foi usado por Pitágoras, como sendo a Mônada, a Unidade, o misterioso
Ponto que se expande, que se multiplica... O seu simbolismo biológico universal, está cifrado
no fenômeno da cariocinese ou desenvolvimento celular em todos os seres, doutrina universal
de Toth-emismo ou do zooismo... Toth é, pois, o Logos do Universo; o Logos de cada enxame
nebular ou sideral; o Logos de cada sistema planetário; o Logos ou Anjo de cada planeta, de
cada povo, de cada homem e de cada pensamento.

Toth ou Tot, à parte as relações simbólicas já mencionadas, é a raiz do que a ciência ocidental
da pré-história chama de “Totemismo”, ou seja, a mais primitiva forma religiosa, sim, a do
homem da idade da pedra.
Ensinamentos do Professor H. J. Souza, para seus discípulos, sobre o presente assunto:

“TOTH ou HERMÉS, como o chamavam os gregos, o Trimegisto ou três vezes Mestre, foi a alma
do antigo Egito durante muitos séculos, cidadela sagrada da ciência, refúgio dos mais ilustres
profetas e depósito das mais nobres tradições humanas. Hermés dotou a instituição sacerdotal
egípcia daquela força, pureza e superioridade intelectual que sobrepujou a dos faraós, aos
quais moralmente se os obrigava a exercitar funções de governo estrito e justiceiro, capaz de
por a coberto o povo da mão dos caprichos e fantasias de qualquer despotismo político.

Devido a organização sacerdotal que alcançou a maior perfeição e unidade, pode o Egito,
durante milhares de anos, manter o governo de cinqüenta dinastias e converter-se em foco
luminoso das puras doutrinas que constituíram a ortodoxia secreta da antigüidade, com a sua
Teogonia oculta sob a aparente idolatria de um politeísmo exterior.

O faraó era o representante do corpo sacerdotal, instrumento dos iniciados que, em


corporação, eram os verdadeiros legisladores, graças à força unitária e religiosa dada por
HERMÉS, instituidor dos célebres “mistérios”, simbolizados pela Esfinge e as pirâmides.

Os ensinamentos de Hermés, em essência, se contém no que dizia ao seu discípulo Asklepios:

Nenhum de nossos pensamentos pode conceber Deus, nem nenhuma língua O pode definir; o
que é incorpóreo, invisível e sem forma, não pode ser percebido por nossos sentidos; o que é
eterno não pode medir-se com a curta régua do tempo; somente elevando-se acima das
causas naturais, se pode perceber alguma radiação de Sua perfeição suprema.

Tal como diz Schuré, “HERMÉS” é um nome genérico como os de Manú e Buda. Designa
simultaneamente, um homem, uma casta e um Deus. Homem, HERMÉS, é o primeiro e grande
iniciador do Egito; casta é o sacerdócio depositário das tradições ocultas; Deus é o Planeta
Mercúrio, comparado com a sua esfera a uma categoria de espíritos, de iniciadores divinos
(melhor dito: representava o Raio do Choan ou o corpo físico de Mercúrio). Em uma palavra,
HERMÉS preside às regiões supra-terrenas da iniciação celestial.

A idéia da Unidade essencial, como causa suprema, foi concebida e ensinada por HERMÉS,
como o ensinaram os seus sucessores iniciados através das épocas, países e povos diferentes,
mesmo porque a Verdade é sempre UNA, embora pregada de diferentes modos, de acordo
com a evolução de cada época.

HERMÉS profetizava, dizendo ao seu discípulo Asklepios:

Aqueles que devem dominar a Terra serão enviados e estabelecidos do outro lado do Egito,
em uma cidade que será construída no Ocidente (cidade que aí se subentende como nação ou
país) e onde por mar e por terra afluirá a raça mortal.
E a pergunta que lhe fez Asklepios:

Mas onde estão eles agora, ó Trimegisto?

E a sua resposta imediata:

Estão estabelecidos em grande cidade na Montanha da Líbia. E já vos disse demais !...

TOT, o Trimegisto, proferiu sobre o Egito a seguinte profecia, para que fosse realizada na
Terra:

Egito! Egito! Das tuas relíquias não restarão mais do que as vagas recordações em que a
posteridade será a primeira a não dar crédito... E, sobre a terra fria, palavras, apenas,
contendo a história da tua devoção... O Divino tornará a subir aos céus (o Espírito de Verdade
que, por tantos anos pairou sobre ele, voltaria ao divino, por isso que o deixava abandonado às
suas próprias dores); a Humanidade completamente abandonada, morrerá por inteiro (pelo
que se vê, a profecia estendia-se a mais do que ao Egito, pois todos os povos, como já disse J.
H. Souza, são oriundos daquele tronco e da Índia). E tu, Egito, ficarás deserto e viúvo dos
homens e deuses! Terra santa que eras outrora, amada dos deuses por teu espírito de
devoção, serás a perversão dos santos, a escola da impiedade, o modelo de todos os vícios e
de todas as violências. Então, cheio de desgostos por todas as coisas, o homem não terá mais
pelo mundo, nem admiração nem amor. “

E... a Estrela de Belém, que iluminou os primitivos povos do Egito, hoje ilumina as Terras do
Brasil !...

Aula nº: 25 - 4º Estudo comparativo sobre Avatara

Continuando com esse labor sobre Avatara, cumpre-nos reverenciar com letras de ouro, o
Avatara de Krishna, considerado pela transcendental tradição, como um dos mais elevados,
completos. Ele representou a Vontade máxima de Deus, do Senhor das Eternidades, muito
bem, impulsionando a evolução espiritual do Ser Humano.

Krishna constituiu uma glorificação para a Aryavartha, o antigo nome da Índia.

Aryavartha – Arya, Artha, Arya-Agartha, ou seja, a manifestação do supremo Poder do Áries


Ardente, senão, o Ágnus-Dei, o Cordeiro de Deus tirando os pecados do mundo.

Krishna – este nome pode ser dividido em KRI, SH ou SHIM e NA:

KRI, na linguagem ocidental, equivale ao nome de Cristo, mas o Cristo Universal, ou seja,
Aquele que abençoa e não foi crucificado pelos homens, pelos fariseus. Este nome expressa o
Oitavo Princípio no “Ser Humano”. Isto corresponde ao Humano Ser que logrou alcançar o
mais elevado estágio, na meta da iluminação do Homem... que se qualificou através de seus
atos e trabalhos a favor do próximo, sem visar recompensa.

SH – Shi ou, ainda, Shim, é o Três, a alegoria da Manifestação da Divindade, da LEI Universal
(que é KRI). É manifestação da Idéia Divina, através dos três poderes humanos: Legislativo,
Judiciário e Executivo. Tem como símbolo, o Candelabro das Três Velas, este, por sua vez,
expressa no Ser Humano: Corpo, Alma e Espírito.

NA ou ANA – caldeu – quer dizer céu invisível; a mãe do mar e a mãe terrestre. Daí, talvez, a
origem de Mãe, Maria, Mariana... ... ...

O sentido dessas palavras, nos levam a pensar: Krishna foi realmente um Avatara Integral que,
na sua época, se apresentou para neutralizar o poder negativo, o qual tinha o objetivo de
dominar e retardar a evolução da Humanidade da época.

Os Avataras de Krishna e de J H S, realizaram plenamente o que se expressou pelas divinas


palavras: Escola – Teatro – Templo.

Escola – desenvolvimento da Mente Universal, da Auto-Inteligência;

Teatro – aprimoramento da sensibilidade superior, da Auto-Emoção;

Templo – a ação de Terpsícore, o divino Teatro praticado com assânas, músicas universais,
mantrans, para que a consciência humana possa se integrar na universal.

KRISHNA foi sacerdote, guerreiro e sábio. Como Guerreiro Divino enfrentou os lunares ou
nirmanakayas negros, com o Cisma dos Ionidjas, o que eqüivale nos nossos dias, à luta entre os
que trabalham como idealistas, com sinceridade, e os abutres, os corruptos, ou o que
poderíamos denominar de “solares e lunares”. É a luta entre essas forças opostas que está
muito bem narrada no Bhagavad-Gîta, que é o “Canto do Senhor”. É um episódio do
Mahâbhârata, o poema épico da Índia, que contém um diálogo no qual o “condutor do carro”,
Krishna, e seu discípulo, Arjuna, têm uma discussão acerca da mais elevada filosofia espiritual.
KRISHNA – (sânsc. – Gl. Teos.) O mais célebre Avatara de Vishnú, o Salvador da Índia e seu
Deus mais popular. Foi o Oitavo Avatara, Filho de Devaki e Sobrinho de Kansa, o Rei Herodes
dos hindus que, enquanto o procurava entre os pastores e vaqueiros que o haviam ocultado,
fez matar milhares de crianças recém-nascidas.

A história da concepção e infância de Krishna é o verdadeiro protótipo da relatada no Novo


Testamento, em relação ao Cristo... Ele é representado por uma figura com o corpo esbelto,
cabelos fortemente frisados, com quatro braços, tendo nas mãos uma maceta, um disco
chamejante, uma jóia e uma concha.

Era Filho de Vasudeva e Primo de Arjuna. Para escapar à perseguição de seu Tio Kansa,
Krishna, recém-nascido, foi posto sob o amparo, a guarda, de uma família de pastores que
vivia do outro lado do Rio Yamunâ. Desde muito jovem dedicou-se à prédica e acompanhado
de seus discípulos, percorreu a Índia, ensinando a moral mais pura e realizando prodígios
inauditos. Morreu ao principiar a Kali-Yuga (Idade Negra), há uns cinco mil anos atrás,
transpassado seu corpo e cravado numa árvore, pela flecha de um caçador. Anunciou: ao fim
da Idade Negra aparecerá de novo, para destruir a iniquidade e inaugurar uma Era de Justiça.

No Bhagavad-Gîta, Krishna é a representação da Divindade Suprema ou o Espírito Imortal que


desceu à Terra para iluminar ao Homem e contribuir para a sua salvação. Por isso se
representa ao Deus desempenhando em favor de Arjuna, o papel de guia e condutor de seu
carro no campo de batalha, contra os lunares decaídos, assim como Arjuna é a representação
do Homem, ou melhor dito, da Mônada Humana, como vem prová-lo o significado de Nara
(Homem), que é um dos vários nomes de Arjuna.

No Livro do Dr. Roso de Luna “El Simbolismo de las Religiones del Mundo”, há uma citação
sobre o Avatara de Krishna:

“Os Rishis (Reis), pois, são os que marcam os períodos de tempo nesta Kali-Yuga (Idade Negra)
do pecado e da tristeza, porque, segundo ensinava o Bhâgavata-Purâna, “quando Krishna, o
esplendor de Vishnú, subiu aos céus, a Idade de Kali, durante a qual os homens gozavam no
pecado, invadiu o mundo”. Com efeito, quando os sete Rishis estavam em Magha, principiou a
Idade de Kali (Negra) que compreende 1200 anos divinos, ou sejam, 432.000 anos comuns, e
que alcançará todo seu desenvolvimento sob Nada e seus sucessores (Vishnú Purana, trad.
Wilson IV, 230). Nanda foi o primeiro soberano budista chandragupta, da dinastia dos Morya e
avô de Ashoka.

Encerramos esta monografia com um valioso pensamento de Krishna:

“Como um Sol único ilumina o mundo inteiro, assim o Único Espírito ilumina toda a Natureza. E
quem, mediante a Sabedoria Espiritual, percebe essa diferença entre a Alma e a Matéria, entre
Espírito e Natureza, entre o conhecer e o conhecido, percebe, também, como se liberta a Alma
da Matéria e da Personalidade e alcança a Consciência Espiritual, em que tudo vê como uma só
Realidade, sem ilusão e sem erro.”
Aula nº: 26 - 5º Estudo comparativo sobre Avatara

BUDA e CRISTO

Para complementar o assunto desenvolvido nessas monografias da Genealogia Secreta do Ser


Humano, sobre o estudo comparativo dos Avataras, seria imperdoável se não inseríssemos,
neste quadro, o tema acerca dos sagrados elementos venerados pelos orientais e ocidentais. O
respeito e a veneração tributados aos nomes de Buda e Cristo, são incalculáveis. Têm muito
peso esses dois nomes, embora tenha havido muitos outros Deuses, Avataras, etc. O
pensamento de milhões e milhões de Adeptos, budistas e católicos, criou, sem dúvida,
potentíssimas egrégoras que se apresentam em forma de anjos, etc. Buda no Oriente e Cristo
no Ocidente constituem, com efeito, os patronos da espiritualidade nesses dois Hemisférios. A
rotina do pensamento, da crença, de modo geral, limitou o sentido impessoal, sobre essas
duas Chaves Históricas, do verdadeiro iniciado. Quem quiser penetrar o sentido profundo de
quanto foi escrito sobre Buda e Cristo, usando a mente abstrata, observará que, na verdade,
ELES são Essência, Energia, LUZ, a mais elevada Onda de Vida que é captada, por elevadíssimos
Seres que assim, a manifestam em revelações, sabedoria, a Sabedoria Eterna. Por isso nos
dizem os sábios, os conhecedores da Ciência das Idades: “Senhor Gautama, o BUDA, e Jesus, o
CRISTO – o primeiro no Oriente e o segundo no Ocidente – constituem, nesses últimos século,
os Pratos da Balança Espiritual, aferindo o valor dos homens, em relação aos conhecimentos
sagrados...” Segundo afirmam as tradições relativas à Vida de Gautama, o Buda, Ele disse:
“Quando eu morrer, meu Espírito pairará sobre o Mundo”. De fato, Buda, como Essência,
continua pairando sobre o Mundo, como sói acontecer com a luz do Sol, as ondas sonoras, o
Hálito de Vida, etc. Buda é a Vida Universal envolvendo a tudo e a todos. Quando há
necessidade cíclica, age, manifesta-se como Bodsatwa ou toma forma, a fim de impulsionar a
dinâmica evolucional no mundo dos homens, através de seres preparados iniciaticamente para
tal fim, missão, etc.

BODISATWA – este termo pode ser dividido em Bodi ou Bodhis mais Satwa.

Bodhi tem o sentido de sabedoria. Satwa, verdade, força, estabilidade. Logo, Bodsatwa é
aquele que conquistou o verdadeiro equilíbrio, tornando-se Justo e Perfeito.

Para melhor esclarecer a exposição de nossas idéias acerca deste assunto aqui estudado,
apresentamos as considerações:

Buda – o de imutável e eterna sabedoria abstrata;


Bodha – étimo do termo Buda, com o significado de posse inata da inteligência ou mente
divina que, aliás, é a característica dos Avataras (portadores da Essência de Buda).

Budhâ – é a aquisição da inteligência ou mente divina por esforço próprio da personalidade ou


do Ser Humano. Dá a faculdade de Budhi.

Budhi – Esta é a faculdade de conhecer, é o canal pelo qual se chega ao perfeito discernimento
do bem ou do mal, senão, da ação da polaridade da manifestação da Vida, em todos os setores
de atividade. Pode ser, também, a Consciência Divina, a Alma Espiritual, senão, Atmã-Budhi
(de nossos estudos anteriores) como veículo do ATMÃ ou o supremo Princípio Crístico, ou seja,
o máximo estágio da evolução dos iniciados verdadeiros.

Recorremos ao Dr. Mario Roso de Luna, no seu Livro “Simbologia Arcaica”, para oferecer ao
leitor desta monografia, algo acerca de Jesus, o Cristo. Nessa obra citada, há um trecho de H.
P. B. que transcrevemos:

“Aludindo a Jesus, o grande Iniciado da Galiléia, escreve a nobre Mestra, autora da Doutrina
Secreta:

Seis séculos depois do trânsito de Gautama, o Buda, outro REFORMADOR, tão nobre e tão
amante da Verdade como ELE, aliás, menos favorecido pelas circunstâncias, pois surgiu em
outra parte do mundo, entre gente bastante menos espiritualizada que aquela da Índia. Os
resultados obtidos por ambos os Salvadores do Oriente e do Ocidente, oferecem grandes
analogias. Milhares de almas boas converteram-se às respectivas doutrinas dos Mestres,
porém, os indiciosos inimigos que contra uns e outros suscitaram o sectarismo, os hostilizaram
com maliciosas tergiversações da Verdade que, por sua índole oculta, resultaram duplamente
perigosas. Os brâmanes disseram: ‘Buda, com efeito, é um Avatara de Vishnú que veio
vulnerar com sua doutrina, a fé ortodoxa dos brâmanes e, por isso, devemos detê-lo como
mau aspecto de Deus’... De Jesus, do mesmo modo, disseram também, por sua parte, os
gnósticos bardesianos e outros ortodoxos semelhantes, que Ele era o ‘Nabu’ ou falso Messias
que vinha vulnerar com perigosas doutrinas, as bases das seitas estabelecidas. Acontece,
porém, a bem dizer, a palavra ‘Naba’, em hebreu, significa todo aquele que fala por inspiração
e ‘Nebo’ é o inspirador supremo e não é, senão, o Deus da Sabedoria de Mercúrio, a quem o
monograma hindú dos 7 Planetas considera como ‘Buda Celeste’. Por isso os talmudistas
chegaram a sustentar que Jesus esteve inspirado, em seus ensinamentos, pelo próprio Espírito
Planetário de Mercúrio, o que Guillermo Jones identifica, também, com Gautama, o Buda.

A seguir, inserimos aqui outro trecho sobre o Cristianismo:

Em tempo próximo à Era Cristã, viajando Apolônio de Tiana, em busca dos sábios da Índia
setentrional, encontrou uma comunidade de Adeptos que nada necessitava; possuíam tudo e
denotavam maravilhosos poderes. Julino Martins é testemunha dos poderes extra-físicos de
Apolônio de Tiana, os quais foram adquiridos, como discípulo dos Adeptos. Os gnósticos
cristãos apareceram no segundo século, precisamente na época em que desapareceram
misteriosamente os essênios, o que indicou que eram aqueles os próprios essênios. A Doutrina
Secreta declara que as várias seitas gnósticas foram fundadas por iniciados. Aceitam, sem
dúvida, a metempsicose e a Serpente Sagrada figura em muitas jóias gnósticas. O elemento
budhico que, de modo evidente, domina em sua doutrina, tem sido observado por muitos
eruditos e insignes Adeptos. Os termos Nazar e Nazareth, das antigas Escrituras, equivalem ao
de Adepto e, portanto, resulta clara a relação entre os iniciados e a seita dos nazarenos. Em
realidade, a doutrina secreta dos magos, a dos budistas pré-védicos, dos hierofantes egípcios
de Hermés, assim como a dos Adeptos, iniciados de todas as épocas e nacionalidades, inclusive
os cabalistas caldeus e os nazarenos, tiveram a mesma origem.

O caso de Jesus oferece as mesmas possibilidades que o de todos os Adeptos e Avataras como
Krishna, Gautama e Sankara, os quais, em seus respectivos países, gozam da mesma adoração
que os cristãos tributam a Jesus de Nazareth. Para se perquirir os valores, a importância de um
Adepto ou Instrutor do Mundo, devemos observar este ensinamento:

“Assim é que a semelhança biográfica não se deve buscar nos atos correntes da cotidiana vida
dos Adeptos, senão nos feitos capitais de sua carreira, como instrutores religiosos. Tudo isto se
funda sobre bases astronômicas que, ao mesmo tempo, servem para representar os graus e
provas de iniciação, sendo a mais importante, a descida aos reinos das trevas e da matéria, de
onde surgem como “SOL DE JUSTIÇA”. Assim, pois, esta prova é mencionada na história de
todos os Salvadores, desde Orfeu e Hércules até Krishna e Cristo. Diz Eurípedes: Herácleo
chega do seio da morte, da inferior morada de Plutão... E Virgílio escreve: Ante Ti tremeu a
laguna estígia. Ante Ti se amedrontou o Cão Cérbero. Contigo não se atreveu lutar Tifón. Salve,
ó verdadeiro Filho Jove que és glória dos Deuses (Eneida, VIII, 274). Orfeu busca no Reino de
Plutão a Eurídice, sua perdida Alma. Krishna, símbolo do Sétimo Princípio, desce aos infernos e
resgata seus seis irmãos. Transparente alegoria da perfeita iniciação e que o conjunto dos seis
Princípios se submerge no Sétimo. Jesus descendo, também, aos infernos, para de lá tirar a
Alma de Adão, símbolo da humanidade física. Cuidaram ou trataram alguma vez, os eruditos
orientalistas, de buscar a origem desta alegoria na “Árvore da Vida” ? Segundo demonstram
suas próprias interpretações exotéricas e extraviadas, no Rig-Veda, o mais antigo e fiel dos
quatro livros sagrados dos Vedas, chama-se a esta alegoria, raiz, a semente dos futuros
Salvadores; Vishvakarmam, o 7º Princípio, “PAI”, mais além da compreensão dos mortais. No
segundo Aspecto é Surya ou o Filho que se oferece em sacrifício a si mesmo. No terceiro, é o
iniciado que sacrifica seu ser físico ao espiritual, na mais perfeita, admirável e incompreendida
das renúncias redentoras em prol da Humanidade. Assim, a chave da iniciação, nos grandes
mistérios da Natureza, está forjada no Vishvakarmam, o “omnieficiente” que, misticamente,
chega a ser Vikartana ou “o SOL privado de seus raios” que sofre a causa de sua ardente
natureza e depois alcança a glória por purificação. Temos aqui o segredo da maravilhosa
semelhança entre as biografias místicas dos Adeptos”.
O supremo Iniciador dos homens livres, Professor Henrique José de Souza, usava saudar, no
ato da realização ministrada por Ele, as sublimes palavras: ADI BUDA VAHAM BUDA. Que é ADI
BUDA?

ADI-BUDA – Adi-Buda ou simplesmente ADI, é o UNO, o primeiro ou a suprema Sabedoria. É


um termo usado por Aryasanga, em seu tratado secreto e, na atualidade, por todos os místicos
e budistas do Norte da Índia. E, ademais, é uma palavra sânscrita e uma denominação dada
pelos primitivos ários à Deidade desconhecida, não encontrando substituição na palavra
Brahmã, nem nos Vedas nem nas obras mais primitivas. Ela significa a Sabedoria Abstrata ou,
como traduz Fitzedward Hall: Adi Buda, a Causa primeira e increada do Todo. Devemos, pois,
transcorrer os “eons” ou ciclos cósmicos de duração indizível, antes que qualquer epíteto
“Buda” fosse humanizado, por assim dizer, para aplicá-lo aos mortais e adjudicá-lo, finalmente
a um, cuja virtude e sabedoria incomparável deram motivos a que fosse adjudicado ao título
de “Buda”, ou seja, a imutável Sabedoria Abstrata...

Atribuem ao grande Gautama, o Buda, as palavras: Quando eu morrer, meu Espírito pairará
sobre a Terra! Se, de fato, Buda designa a Essência Divina, senão, a Vida Energia cósmica,
sempre eterna e permanentemente, pairará sobre a Terra. Quando necessário for, torna a
vibrar, encarnar, ciclicamente, num Bodsatwa, num Salvador, a fim de impulsionar a dinâmica
evolucional da Mônada Humana. Pois assim aconteceu com Krishna, Orfeu, Sankia, Gautama,
Jesus, Ramakrishna e muitíssimos outros Seres que glorificaram a Face da Terra, com a sua
presença. Todos, tendo como escopo transformar a Vida Energia em Vida Consciência. A Vida
Energia como se fora, por exemplo, o Inconsciente Coletivo da Humanidade e, essa Vida
transformada em Vida Consciente, pela ação dos maravilhosos Bodsatwas. Ora, alcançar a
Budeidade e alcançar a Iluminação, tem o mesmo sentido, é o mesmo ato. Cristo, a Suprema
LUZ, a Inspiração Divina, no alto das Montanhas, no cume dos Montes, pairando sobre as
nuvens, de braços abertos, fitando a Humanidade firmemente, conclama os homens à prática
de amar uns aos outros, perdoar seus inimigos, voltando os olhos e a mente para a Divindade,
como símbolo da Unidade. Conclama os seres humanos a se integrarem na Idéia de “Um por
Todos e Todos por Um”. Isto porque o sangue que corre nas veias dos Bodsatwas, Oráculos,
Profetas, corre, também, nas veias de qualquer mortal. Petencoste é o Sangue dos Manús, dos
Bodsatwas, transformando o sangue dos mortais. Ora, a imortalidade também se processa
fisicamente!

ADI BUDA VAHAM BUDA ! ! !

Saber ! Amar ! Perdoar e Trabalhar ! ! !


Aula nº: 27 - HIERARQUIAS CRIADORAS

Apresentamos o estudo da mecanogênese dos Avataras, através de várias monografias. Agora


vamos nos propor pensar nas Hierarquias Criadoras, complementando a Missão dos Avataras.
Este assunto, Hierarquias Criadoras, demonstra a individualização progressiva da Suprema Luz
até o Ser Humano e até o infusório.

Atribuem ao grande Heródoto, as palavras: “a construção das pirâmides foi realizada do


vértice para a base”. Isso constitui um absurdo para a ciência materialista, no campo das
limitações de sentidos, entretanto constitui um aspecto da Verdade, uma informação útil para
se penetrar na área da abstração e é ponto essencial para se compreender o sentido da
cosmogonia, senão, da Metafísica: da Meta, Metástase Avatárica ou Manifestação da
Divindade.

A Meta do Poder de Criação, da Suprema Mente Infinita, é a transformação da UNIDADE na


multiplicidade de formas viventes, a fim de haver a conversão da Vida-Energia em Vida-
Consciência, o que, dentro da linguagem moderna, significa converter a antimatéria em
energia inteligente, em mente; a Vida-Energia, o poder do pensamento trabalhado pelo
cérebro humano.

Se não nos falha a memória, foi o Padre Antônio Vieira ou outro Pensador do mesmo nível que
afirmou: “Deus cria geometrizando”... ... Logo, compreendemos que o Criador criou os planos
de condensação da Suprema Energia, geometrizando, por isso, alegorizamos os 4 Planos da
Manifestação da Divindade, do Eterno, por 4 círculos concêntricos. Esses 4 círculos, os gregos
denominavam de Logos e mais o Globo físico ou, então, 3 círculos concêntricos e mais um
ponto, no centro do menor. Isso é no ponto de vista de Vida Universal, Energia Cósmica mas, a
parte consciente, a parte luminosa, de energia inteligente, pensante, é denominada de
Hierarquia ou Jerarquia.

HIERARQUIA – consoante a definição do Professor Antenor Nascentes é “ordem de


subordinação das categorias, poderes, patentes, dignidades, qualquer classificação por ordem
(do grego ‘hierarchia’)”.

Essas Hierarquias têm perfeito relacionamento com os Elementos da Natureza – Ar (Hálito),


Fogo, Água e Terra – consoante o quadro estabelecido pelas teogonias sagradas, da
subordinação da Vontade do Logos Criador, de Deus... num sentido progressivo do
Incognoscível ao plano mais limitado ou denso.

O Supremo Instrutor do Mundo, J H S, classificou os Planos de origem das Hierarquias


Criadoras da “VAGAS DE VIDA”, ou seja, a Energia Cósmica que preenche esses espaços vazios.

Do “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de J H S:

“Chama-se Vaga de Vida a uma emissão de Vida do Logos. Podemos distinguir três Vagas de
Vida:
Primeira Vaga de Vida: proveniente do Terceiro Logos (a Terra); dá-se-lhe o nome de Mônada
do Átomo, pois é graças à sua ação que se formam os átomos;

Segunda Vaga de Vida: ou Mônada da Forma, proveniente do Segundo Logos (do Céu). Dá aos
átomos formados pelo Terceiro Logos, o poder de coesão que lhes dá a possibilidade de se
agregarem em formas mais ou menos estáveis;

Terceira Vaga de Vida: ou Mônada da Individualização, proveniente do 1º Logos; dá do EU-


CONSCIÊNCIA, pela união do Espírito mais alto com a forma animal, proveniente dos reinos
inferiores...”

Um outro sentido que se dá ao termo, é de projeção ou transferência de Vida de um globo


para outro, em uma Ronda (tempo de duração). Poderíamos, ainda, chamar de Vaga de Vida à
nova emissão de Vida do Logos, no começo de uma Ronda e que entra no primeiro reino
elemental de um Universo imediato.

Podemos mencionar aqui, o Espírito, a parte sutil, estado de essência expresso pelo artista,
cinzelando a matéria, a fim de modelar as formas harmônicas e perfeitas. De modo que no
nosso plano denso, as Hierarquias Criadoras têm como escopo, modelar formas. Forma tem o
sentido de “Homem de Barro” (corpo físico, limitado, de que falam as escrituras sagradas).

O Bem, o Bom e o Belo são só os três aspectos da Mente do Logos Criador, tentando modelar
as perfeitas formas, de modo que as Vagas de Vida tenham êxito no labor da argila dos
universos em formação. Quanto melhor for a qualidade da argila, tanto melhor será a Obra do
Criador. De modo que Espírito e Matéria, Inteligência e Cérebro, são irmãos inseparáveis na
criação dos mundos e de seus habitantes, respectivamente, Vida-Energia e Vida Consciente.

A Mente Divina do Criador, de Deus, descendo para o campo da Manifestação, atingiu o ponto
máximo de densidade, neste arco evolucional, que simboliza o mergulho do Supremo Criador
no imenso Oceano da Obscuridade absoluta, transformando as trevas em Grande LUZ.

Como elementos primordiais que entram na constituição do Universo, há os 4 Elementos, de


muitas interpretações: AR, FOGO, ÁGUA e TERRA... Os três primeiros não têm forma própria,
somente a Terra se apresenta como sólida... Esses 4 Elementos, apresentamo-los como sendo
a Vida-Energia, a Natureza, os 4 Espelhos de Deus, senão, as 4 Mães-Naturezas, as 4 Grandes
Shaktis. As partes conscientes, portadoras de Mente Criadora, desenvolvida ou a desenvolver-
se, são as seguintes Hierarquias, respectivamente relacionadas com os 4 Elementos da
Natureza, aqui citados: Assuras, expressando a ação do Elemento AR (Hálito); Agnisvatas, com
o Elemento FOGO; Barishads com o Elemento ÁGUA e Jivas, com o Elemento TERRA. Esses 4
Elementos constituem a Cruz Mundanal. Essas 4 Hierarquias constituem a parte consciente do
Universo, com a mente, com a inteligência superior bem trabalhadas. Elas, embora de
naturezas e estágios evolucionais diferentes, trabalham harmonicamente, obedecendo à
Harmonia do Universo. Elas são como os dedos da mão do Ser Humano: todos têm tamanhos
diferentes, mas funcionam harmonicamente. Perfeita idéia de trabalho de equipe. O trabalho
harmônico dessas Hierarquias expressa, perfeitamente, a “Democracia Cósmica”. Cada
Hierarquia funciona, dominando seu Plano, mas obedece à LEI CÍCLICA, representante da
Grande UNIDADE. Isto está muito bem expresso pela sublime frase: UM POR TODOS E TODOS
POR UM ou, então, O UNO NO TODO E O TODO NO UM! No ponto de vista da Matemática
Divina, os Senhores dos 4 Estágios, relativos à Consciência dessas 4 Hierarquias, são
portadores das 4 Dimensões.

Pensando nas dimensões dessas 4 Hierarquias, compreendemos o que representa a base da


grande Pirâmide Evolucional. Baseados no dito de Heródoto, concluímos que essas 4
Hierarquias dão-nos a idéia de que elas foram criadas, mas os seus Criadores são de
Hierarquias subjetivas, sem forma física, mas têm forma e poder luminosos. Elas criam com o
Poder da Mente Universal, enquanto que as 4 outras o fazem do ponto de vista material.

Passamos, agora, a caracterizar as 4 Hierarquias Criadoras, citadas neste estudo e nesta


monografia IVR nº 28. É uma classificação das Tradições e da Ciência das Idades:

Primeira Hierarquia – ASSURAS – Têm o sentido de “Filhos do Hálito Divino”. Seres portadores
do mais elevado estado de consciência, mais alto estágio evolucional, no ponto de vista
espiritual do nosso Sistema de Vida. São os portadores da Vontade Divina.

ASSURAS: AS dá a idéia de escribas, também denominados de “Lipikas”. Precisamos prestar


atenção acerca do termo ASURA: SURA vem de Surya, o SOL, e Sura é como se fossem raios
deste SOL Surya que tem o sentido de Deus, em nossa Língua; A é um prefixo que dá o sentido
de negação, do que é negativo. ASSURA quer dizer “não Deus”, a negação de Deus, logo, é o
demônio, o do poder negativo. Esta Hierarquia está relacionada com o que o Filósofo J H S
classificou em seu Livro “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de terceira Vaga de Vida.

Segunda Hierarquia – PITRIS AGNISVATAS – são os portadores da Supra-Inteligência ou Mente


Divina. São os mais elevados Seres que desenvolveram a Mente Divina. São denominados nas
teogonias sagradas de “Filhos do Fogo”, mas do FOGO como alegoria da ação da Inteligência
Cósmica. São os que individualizam a Mente Universal. Dividimos este termo AGNISVATAS em
AGNIS – que quer dizer FOGO da Vida – e VATES que são os vaticinadores, os poetas, os gênios
inspiradores. Têm o centro de consciência no Todo, por isso vaticinam, porque conhecem o
passado, o presente e já avançaram no futuro do que serão os universos que virão para o
campo da evolução material. Os primitivos vedantinos executavam um Hino de título “AGNI”,
antes de qualquer ação mental, estudo... a fim de estimular o cérebro a penetrar na abstração;
o som tirava-os das limitações rotineiras do mental concreto. Está bem relacionada esta
Hierarquia com a 2ª Vaga de Vida.

Terceira Hierarquia – PITRIS BARISHADS – são os que já desenvolveram plenamente a Supra-


Emoção ou Emoção Divina. Graças ao potentíssimo Poder da evolução dos Membros dessa
Hierarquia, quando foi necessário agir ostensivamente, na primitiva Grécia, Grécia de Platão,
trouxeram para o mundo os conhecimentos do futuro, da revelação, através dos Oráculos,
Pitonisas, porque são portadores de uma hipersensibilidade para as coisas divinas. Esta
Hierarquia está bem relacionada com a Primeira Vaga de Vida de JHS.

Quarta Hierarquia – JIVA – No precioso Livro “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de JHS, há


este majestoso esclarecimento:
JIVA – Palavra sânscrita que significa “EXISTÊNCIA”. É Vida Absoluta, a Vida Cósmica, e as vidas
particulares, princípios vitais permanentes no Ser Humano. Quando Seres Jivas, em evolução
espiritual, atingem o sétimo e último estágio, no ponto de vista espiritual, recebem o nome de
Jivamukta, ou seja, portador de Jivatmã ou o Jiva que se integrou no Atmã, o Sétimo Princípio.
Jiva é, ainda, o Fluído Vital ou Prana.

Os humanos seres que conseguiram atingir o estágio de Jivatmã, o Princípio Crístico, tinham
como escopo equacionar os temas de meditação dos textos sagrados e dormirem sobre os
mesmos. O Ser Humano, o Jiva, e todos os demais que se acham em formação, “fizeram-se” e
não, foram feitos. A evolução espiritual não se faz por decreto, nem por pistolão.

Inserimos aqui, o texto de um Livro Sagrado de Duat, para aqueles que desejam, sinceramente,
subir ou escalar a Montanha da Sabedoria Eterna:

“As águas dos 4 Rios Celestes são aqueles que dão movimento rotativo quaternário à grande
Roda da Vida, onde se espelha a Face do Ancião das Idades. É a região do silêncio móvel, cujo
ruído só ouvem aqueles que não perscrutam apenas através da visão dos dois olhos físicos. O
Olhos Espiritual do duplamente nascido, ali toma forma latente dos Dois Olhos que servem
naquele lugar, de base ao luminoso TRIÂNGULO EXISTENTE NO SEIO DO UNIVERSO. É aí, neste
lugar, onde se acha entronizado o Anjo Intérprete do Som que se transforma em Palavra na
sua Boca. Ele é UM, mas quando fala, é como se fosse três que falassem. No entanto, possui
ELE duas Faces: uma voltada para o Sol e outra voltada para a Terra. A 1ª iluminada pelos raios
deste mesmo SOL ETERNO. Por isso fica ELE sendo, o mesmo SOL NASCENTE. A outra é voltada
para a Terra, enquanto a Lua inverter a ordem das coisas. Sol, Lua e Terra, eis o grande
Mistério para ser decifrado!”

É através da meditação dos textos sagrados que o Ser Humano, constrói a sua pirâmide de
Mente Divina, para alcançar, no seu vértice, o Portal Celeste que ilumina a Alma Humana. EIS A
GRANDE DIFICULDADE!

Aula nº: 28 - ORDEM COMO COBERTURA DOS AVATARAS

A manifestação da Vida Universal, da Energia Suprema e da humana vida se processa através


da ação dos pólos positivo e negativo. Logo, a ação dos pólos é uma LEI Universal que funciona
em vários planos cósmicos. Observemos os dados que se seguem:

Primeiro: Tomando como base de estudo a “Chave Geométrica dos Ensinamentos


Iniciáticos, os dois triângulos entrelaçados, um de vértice para cima e outro de vértice para
baixo, formam a figura sagrada do Hexágono... Nessa admirável figura, observamos o labor do
passado e do futuro evolucional do Mundo, manipulados pela ação do presente.
Segundo: Há a idéia do Espírito e Matéria (Maitreya, etc)...

Terceiro: Entre os maçons, se expressa através do Ouro Filosofal e da Pedra Cúbica.

Quarto: O pensamento humano vive às voltas com as expressões do que se denomina de Bem
e Mal.

Quinto: Os eminentes Kabalistas falam no AVÔ DO UNIVERSO, senão, nos dois Senhores: o de
Barba Branca e o de Barba Negra; a dupla Barba do Eterno.

Sexto: Os valorosos espiritualistas baseiam seus estudos de cosmogênese e antropogênese,


no Triângulo Indeformável e Quaternário Cósmico – base da grande Pirâmide Evolucional. Há o
Ser Humano e a Natureza.

Sétimo: Algo semelhante se dá com a manifestação dos Avataras na Face da Terra, sempre o
fazem através de duas organizações, à guisa de cobertura, de defesa, de duas Colunas: uma de
natureza templária, artística, arquitetônica, beleza... ... ... e a outra, de natureza maçônica,
externa, política, científica, histórica... Consoante os ensinamentos do Excelso Senhor JHS,
Iniciação Assúrica e Jiva. Mistérios Maiores e Mistérios Menores. Essas duas colunas (J e B),
essas duas organizações que acompanham os Avataras, são denominadas de “Ordens”. Por
isso as tradições falam em Ordens Secretas. São Secretas porque seu trabalho é permanente.
Agem como se fora o organismo de um ser vivente: trabalham internamente, não são vistos e
quando um órgão para de funcionar, o seu par entre imediatamente em dupla ação, trabalha
dobrado. Os Membros das Ordens são aqueles que dão com a destra, sem que a sinistra veja
ou tome conhecimento do ato.

Essa teoria que expomos neste estudo, está solicitando uma pergunta: QUE É ORDEM?

ORDEM é sistema, regime, conjunto, ordenação das cousas de maneira que cada uma delas
ocupe o lugar que corresponda à sua natureza e, na ordem geral, se diz das leis gerais em que
pousa a moral – esta palavra tem infinito número de aplicações e acepções. Significa, ainda,
dever, regra, ação equilibrada do Ser Humano.

Consoante a Idéia, os supremos conhecimentos do Supremo Instrutor do Mundo, J H S, há


duas Ordens primitivas e de cunho iniciático: a DÓRICA e a JÔNICA. Embora haja outras,
preferimos pensar nestas.

Dórica – D ... , Devek, união. Daí surgiram as sublimes palavras: “Um por TODOS e Todos por
UM”.

Jônica – J ... , Josephi, beleza, perfeição, Justus et Perfectus...

Destacando as iniciais das duas Ordens primitivas, D ... e J ... (Dórica e Jônica), interpretamo-las
como sendo o Deus Júpiter ou Dever e Justiça ou, ainda, Deva Jupteriano.

A mitologia dos povos está cheia de expressões como estas: “Deuses Alados”, “Cavalos Alados”
e dizem que Júpiter Alado eqüivale ao trabalho do Deus Mercúrio, o Senhor ou Patrono da
Sabedoria Eterna.
Citar os nomes de todas as Ordens Secretas que existiram no mundo, seria a coisa mais
impossível a qualquer autor que se dedicasse a trabalho tão espinhoso. Sim, porque de
inúmeras delas, até os nomes são desconhecidos. Bastava isso, para não se poder dar a
semelhante trabalho, o nome de “História autêntica das Sociedades Secretas”. Por isso,
preferimos citar as maiores, as que estiveram em maior evidência. Por exemplo, a dos Fiéis do
Amor, a que pertencia Dante Alighieri, não eram mais do que uma ramificação da mesma
Ordem dos Monges Construtores.

Que dizer dos Cônegos do Santo Sepulcro, Cônegos do Santo Templo de Jerusalém, Cavaleiros
Beneméritos da Cidade Santa, Cleo de Nicoste da Ilha de Chipre, citada pelo Ministro Wurmb,
em uma das suas cartas. Há, ainda, a Ordem dos Irmãos Asiáticos, os Cavaleiros da LUZ, os
Irmãos Africanos que tanto vale pela Ordem dos Cavaleiros do Deserto que bem poucos
ouviram falar em tal nome; Ordem de Malta, Franco-Maçonaria, Ordem de Aviz, Ordem de
Mariz. E tudo isso ainda é nada, diante do vultoso número de Ordens Secretas aparecidas no
Mundo.

Não podemos deixar de colocar em destaque, a denominada de “MAÇONARIA DOS TRAISHUS-


MARUTS”, dada a sua importância na ordem dos acontecimentos para a Superação dos Ciclos
e a Meta para o Trabalho Evolucional dos Avataras.

Acerca da Maçonaria dos Traishus-Maruts, o Grande Senhor JHS fez vibrar em nosso cérebro
esse nome e, naturalmente, a sua existência e seu Trabalho, mas não detalhou como é a sua
organização nem, com minúcia, o seu Trabalho e como agem, pois o termo “maçonaria” já está
nos advertindo: “o silêncio é de ouro, as palavras são de prata”... O silêncio é de ouro,
sugerindo que quem não fala, pensa, age; a palavra é de prata porque esta desgasta a Idéia,
que é o Espírito de Deus no Ser Humano. Segundo a concepção dos novos maçons, o Grande
Senhor iria agir contra o que determina o Décimo “Landmark”.

Nada impede ao discípulo, no entanto, estudar o assunto, analisando as palavras, os nomes,


dentro da chave dos conhecimentos iniciáticos.

Por exemplo, Traishu-Marut, escrito deste modo, dividimo-lo em Trai, Shu e Marut. Trai tem o
sentido de três e, segundo Pitágoras, este número reina por toda a parte. Dentro do
simbolismo maçônico, expressa o Grão Mestre e as suas Colunas: JAKIM e BOHAZ, Colunas J e
B, João Batista, etc. No ciclo do Oriente era expresso pela Tríade: Buda-Vivo, Traishu-Lama e
Dalai-Lama; no Ocidente, Cristo, José de Arimatéia e Nicodemus; São Germano, Cagliostro e
José Bálsamo (este foi pouco conhecido pela História).

Shu é a 49ª letra do Alfabeto Sânscrito, mas do Alfabeto esotérico, porque o exotérico conta
com 48 letras. O sagrado nome desta letra Shu, tem por grafismo O|O e seu sentido é “Luz”.
Simboliza a cabeça do iluminado, ou seja, Jnânendriya, o órgão do conhecimento perfeito. Por
isso se fala nos 49 Filhos de Fohat e nos 49 de Kundalini e mais os 13 do Triângulo
Indeformável é igual a 111, ou sejam, os 111 Mahatmas ou Sábios Chineses que representam,
no seu conjunto, a Palavra Perdida, pois quando estão em Assembléia, automaticamente está
vibrando o potencial da “Palavra Perdida”.
Maruth – nos Vedas é algo muito místico (místico no sentido de iluminado, de sentir sua alma
vibrar com a métrica da Harmonia das Esferas) e corresponde à Hierarquia de Seres
denominados de Agnisvatas.

Maruth sem o “th” é Marú que pode ser dividido em Ma e Ru:

Ma – Mar da Idéia de Água (esta é vida);

Ru – invertido dá Ur que é Fogo. Logo, é a ação da Água e do Fogo. A combinação destes dois
elementos da Natureza, dá o vapor. Outrora, os vapores mágicos envolviam os oráculos, a fim
de transmitirem aos seres humanos profanos, os grandes aspectos da Verdade, da evolução do
mundo da época.

Traishu-Maruth – tomando-se como chave de conhecimento estas iniciais T e M e invertendo-


as, temos M e T, iniciais do régio título de Melki-Tsedek.

Com efeito, os Traishus-Marutas são os mantenedores do Culto ou da Igreja de Melki-Tsedek.


O Traishu-Lama foi um dos seus Chefes, no velho Ciclo.

Lama = Lá + am ou LAM = Prithivi, Terra!

Lá + ismo ou Lamaismo é a Religião do Espírito na Matéria, ou seja, a materialização do


Espírito.

Lama – invertendo a primeira sílaba para AL, temos o termo ALMA. Pensando em Alma, temos
a idéia da evolução da Alma ou Itinerário de IO em ação.

LAMA – trocando-lhes as letras, temos o termo A MAL ou amal que nos dá o sentido de algo
que é contra o mal, contra o que é negativo.

De modo que a Maçonaria dos Traishus-Marutas tem por escopo aplicar a Maiêutica,
universalmente, ou seja, a arte de partejar as almas!

Mais uma vez repetimos, em homenagem à Ordem do Santo Graal:

O “Culto de Melki-Tsedek” tanto vale por “AMOR, VERDADE e JUSTIÇA” por isso mesmo, os
dirigentes dos povos que não forem harmônicos com esses três espirituais princípios, mais
hoje, mais amanhã terão de ser punidos, através de outras três palavras julgadoras que são as
mesmas que se manifestaram no Festim de Balthazar: MANE – THECEL – PHARES... Pesado,
medido e contado e não “contados serão os teus dias” como julgam os não iniciados nos
Grandes Mistérios da Vida...

AMOR, VERDADE e JUSTIÇA


Aula nº: 29 - Medidas Áureas

“Os fatos se repetem, mas a evolução é sempre diferente” – JHS

“As proporções e simetrias são ritmos da Natureza, reversíveis e contínuos, que se produzem
no espaço”.

Quando o Homem, levado por sua Vontade, manifestada como impulso interior, quer criar
uma forma, ele nada mais faz do que repetir a Natureza, pois é nesta que se encontram a
Harmonia e as Divinas Proporções.

Platão, Vitruvio, Alberti, Pacioli, chegaram a estabelecer duas formas contrapostas de simetria
proporcional, outorgando distintas hierarquias estéticas. Para chegarem a estas classificações,
basearam-se nas diversas maneiras em que é possível dividir uma reta e um espaço. O número
de divisões que se pode efetuar é infinito, mas eles fixaram suas atenções em dois,
especialmente: ou bem dividiam a reta em duas partes iguais e simétricas, ou em partes
desiguais, numa relação de interdependência que Euclides chamou de “MÉDIA E EXTREMA
RAZÃO”.

A divisão igual e simétrica da reta, gera formas iguais e não semelhantes, ao passo que a
divisão da reta ou do espaço, obedecendo às regras da “Média e Extrema Razão”, nos
aproxima das formas que nos oferece a Natureza.

No campo dos seres vivos, a simetria e a proporção mudam de configuração, obedecendo um


ritmo pulsante e assimétrico, que cresce sem aglutinar-se, numa expansão de dentro para
fora. Este crescimento deixa sinal rítmico da sua constante presença em todos os organismos
vivos.

Pitágoras amava estudar estas formas da Natureza e relacioná-las com a geometria harmônica.
Esta geometria tem como chave mestra a divisão de uma reta em “Média e Extrema Razão”,
mãe do pentágono. Segundo Platão, o pentágono é a figura de cuja combinação “Deus serviu-
se para traçar o Projeto do Universo”. Para os pitagóricos, o pentágono era o símbolo da saúde
e da harmonia viva. Em tal figura pode-se inscrever um homem com os braços e as pernas
abertos, de modo que cada perna, cada braço e a cabeça corresponda a um ângulo do
pentágono.

Este é o símbolo do microcosmo.

A divisão de uma reta em Média e Extrema Razão foi chamada por Leonardo da Vinci de
“Seção Áurea” e Kepler deu-lhe o nome de “Seção Divina”.

Em síntese, a Divina Proporção é: um segmento AB que queremos dividir em Média e Extrema


Razão, traçamos uma perpendicular em B, e sobre esta perpendicular determina-se BD que é
igual a AB dividido por dois. Traça-se AD e tomando como centro o ponto D, traça-se um arco
marcando o ponto E. Logo, temos em AD, o segmento DE igual a DB. Fazendo centro em A,
traçando-se um arco do ponto E à reta AB, encontramos o ponto C. O ponto C determina AC e
CB que está na relação pedida, Média e Extrema Razão ou Medida Áurea.

O pentagrama cujas linhas inserem a Medida Áurea, como podemos demonstrar:

As duas linhas menores que formam o comprimento da terceira linha, e a segunda e terceira
linhas formando o comprimento da quarta, dá-nos as proporções do “Corte de Ouro”.

Oculto no interior do pentagrama, está, também, o segredo de onde se originou a partir de seu
triângulo de ouro, o retângulo de ouro, que os gregos tanto admiravam pela beleza de suas
proporções e suas qualidades mágicas.

Este retângulo tem uma forma notável. Pode reproduzir-se matematicamente, uma e outra
vez infinitamente. Basta traçar uma circular menor para criar um irmão menor:

Ou traçar uma circular maior, para criar um irmão maior.

Grandes ou pequenos, eles sempre mantém a mesma proporção. Para os gregos, o retângulo
de ouro representava a Lei matemática da Beleza. Nós o encontramos em toda a sua
arquitetura clássica e, também, em suas esculturas. Na pintura, Miguel Ãngelo, Rafael e
Leonardo da Vinci o usavam como traço principal, como evidência “La Gioconda”. Durante
séculos o Retângulo Áureo dominou o ideal de beleza do mundo ocidental. Na Arquitetura, a
Catedral de Notre Dame, de Paris, é um exemplo vivo.

Usando a faculdade do livre pensar, podemos deduzir sobre a palavra Arquitetura:

AR – hálito, sopro;

QUI ou KI – manifestação da Idéia, da Luz;

TETU ou TETO – cobertura, abrigo;

RA – fogo, lareira, lar.

Podemos concluir daí que Arquitetura é a realização, a objetivação do Abrigo da Vida,


independente da forma que este tenha, desde que esta forma esteja sob as regras que regem
o Universo.

A identidade de relação e proporção determina, pela Medida Áurea, as diversas formas


humanas, vegetais e animais. Por exemplo, o rosto humano, na relação Áurea, se divide não
menos que oito vezes.

No mundo vegetal, as pulsações pentagonais de crescimento, encontram-se no grão de pólen


de certas flores. As flores, em geral, são de forma simétrica pentagonal. O ovário maduro de
muitas flores, obedece ao desenvolvimento de uma espiral logarítmica, sob as regras da
Medida Áurea. A Divina Proporção, também é encontrada no reino vegetal, na disposição dos
gomos da cana e no empuxo do crescimento das plantas. A disposição das folhas no talo, nos
proporciona a seguinte relação: 3, 5, 8, 13..... que é obtida ao fazer passar uma espiral pelos
pontos onde se intersectam as folhas no talo._
Com relação ao corpo humano, todos os segmentos podem ser estudados através da Medida
Áurea, especialmente as falanges dos dedos das mãos, de cuja relação supõe-se que os gregos
tiraram o ritmo dactílico, que usavam em música e poesia.

A relação 3, 5, 8, 13, que existe entre segmentos do corpo humano, encontra-se, também, em
música. O acorde perfeito forma-se com os graus 3, 5, 8 (mediante, dominante e oitava).

Pitágoras usava um Monocórdio, cuja corda estava estendida sobre pontos que a dividiam
proporcionalmente aos graus da escala. Esta relação de proporção foi transladada por
Georgiades ao Partenon. Primeira comprovação: estão na mesma relação, o Monocórdio e os
espaços intercolunares do Templo Grego.

Podemos assinalar, também, a presença da Divina Proporção nas sonatas de Beethoven, nas
sinfonias de Mozart e Haydn.

Estudando as pirâmides do Egito, tumbas e templos reais, encontramos esta mesma Proporção
Áurea.

Na Grécia, além do Partenon, os vasos, as esculturas, eram construídos sob as regras da


Medida Áurea, assim como as catedrais medievais, palácios romanos, a pintura renascentista,
as violas e violinos que saíram das mãos de Saló, Amati, Guarnerius e Stradivarius.

Na vida diária, estão sob as Medidas Áureas certas formas de alguns talões de cheques,
tabletes de chocolate, de selos postais e certos movimentos ondulatórios que percebemos.

Diante de tantos fatos e realidades e através da magia do desenho é que, obedecendo essas
regras, se determinam os instantes rítmicos que compõem o Universo. Ou seja, ela une os
versos.

Tudo está em Tudo !

Sociedade Brasileira de Eubiose

Sebastião Vieira Vidal

Assunto : Genealogia secreta do Ser Humano Série IVR

Data : 09/05/1986 Aula nº: 30

Digitador: Márcio Aurélio Gonçalves Grupo de Rifaina/SP


Aula 31 - Iniciação do Mental Abstrato associada à Filosofia

Que é Filosofia? Segundo os vernaculistas, “estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar
incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade,
quer pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, o Ser (ora “realidade
suprema”, ora “causa primeira”, ora “fim último”, ora “absoluto”, “espírito”, “matéria”, etc.),
quer pela definição do instrumento capaz de apreender a realidade, o pensamento, tornando-
se o homem tema inevitável de consideração. (Do grego philosophía ‘amor à sabedoria’, pelo
latim philosophia). E... com esse labor, vêm as perguntas, com o exercício das indagações,
indagações naturais aos que estudam filosofia: “que é razão?” “Que é consciência?” “Que é
conhecer?” “Que é o ‘conhecer-te a ti mesmo?”... ... E tudo isso nos faz lembrar da doutrina de
Friedrich W. Joseph Schelling, que se caracteriza, sobretudo, pela identificação da natureza e
do espírito.

Recordamos, aqui, as magistrais palavras de Paracelso, expressando os elementos das


faculdades cerebrais do Ser Humano, senão, seus órgãos de conhecimento: “O Espírito é o
Senhor, a imaginação o instrumento e o corpo a matéria plástica”.

Os primitivos filósofos usavam sempre a expressão “Ouro Filosofal”, alegorizando a suprema


Sabedoria Iniciática das Idades. Às crianças se ensina através de contos, brincadeiras sadias,
cânticos, bailados e tudo que lhes estimule o desenvolvimento da inteligência, da indagação
das coisas. Assim também, os seres humanos necessitam de um estímulo cerebral para
despertar, ativar neles o interesse pelas coisas belas, belíssimas.

O Doutor e Sábio Mario Roso de Luna foi um admirável Mestre, nesse grande mister. ELE e o
Excelso Senhor J H S, fizeram com que os homens deste Século, avançassem o equivalente de 7
séculos.

O ouro físico é efêmero, mas o Ouro filosofal é eterno e tem cotação perfeita em vários planos
de atividade da Sabedoria Eternal.

Aplicando o esquema de como se inicia através dos Mistérios Menores, apresentamos um


trabalho do Dr. Roso de Luna, com o título “O TESOURO OCULTO”.

Tesouro Oculto, para os excelsos iniciadores dos homens, tem o sentido de lhes fazer botar
para fora do cérebro, de fazer desabrochar de dentro deles, a oferta que a Natureza lhes deu:
o auto-conhecimento; fazer desenvolver o talento que jaz, embrionariamente em seu íntimo,
em seu interior, senão, fazer desabrochar o potencial do EU Interior. Sim, cada homem é a
semente de um Buda, de um Cristo, de um Deus....

Eis o trabalho do Dr. Roso de Luna:

“Está escrito em letras de fogo nos velhos livros iniciáticos que Platão consultou para escrever
o seu ‘Banquete dos Deuses’, que os homens da Idade de Ouro discerniram tal felicidade e tão
imenso saber e tão gigantesco poder, que os deuses tiveram inveja deles, temendo, com
razão, que esses mesmos homens lhes usurpassem, um dia, todo o seu enorme e secular
poder. E assim, conseguiram os deuses arrebatar aos homens o tesouro da felicidade.
Perdendo estes a sua maior riqueza, logo caíram na orfandade e na mais triste penúria, ficando
neste tristíssimo estado de miséria, hoje adivinhado pela ciência da Pré-História.

Mas, como sempre sucede, não viram os deuses que tamanho despojo tinha uma segunda
parte arquipelogada, a saber, que os homens, como bons rebeldes de nascimento, nunca se
resignaram com tal desdita, tratando, desde o primeiro dia que se seguiu ao despojo,
reconquistar o perdido tesouro. Com isto, antecipavam-se simplesmente à famosíssima
empresa de muitos séculos mais tarde, quando intentaram os gregos de Jasão procurar o
áureo “Tosão da Cólchida ou Calcídica”.

Não é possivel narrar em linguagem humana os loucos e inauditos esforços que, desde então,
século por século, instante por instante, vem realizando a Humanidade para reconquistar o
que outrora lhe foi roubado. Viram assim, os deuses, que estariam perdidos se não ocultassem
convenientemente o “Tesouro da Felicidade” num sítio onde os homens jamais pudessem
encontrá-lo.

Mas onde encontrar um lugar seguro? Indagavam preocupados os deuses.

Nas mais recônditas alturas dos mais altos montes, disse um deles.

E quando esses terríveis “nibelungos” lá chegarem, com suas minas e instrumentos? Ponderou
outro.

Nas profundezas do Oceano..., sugeriu outro deus.

Para que de lá o tirem com suas malditas redes e com seus submarinos.

E assim cada deus formulava uma idéia e nenhuma servia, pois que os espectros de esquis,
aeroplanos, da radiotelegrafia, ameaçavam sempre qualquer lugar onde se pudesse esconder
o Tesouro. Não, não havia lugar onde pudesse ser oculto, pois os homens (que também são
deuses e que apenas disto estão esquecidos, por terem bebido outrora das águas Letes,
achando-se, desde então, adormecidos) despertarão um dia, de tão longo “encantamento”,
soando para os deuses a hora do ocaso, cumprindo-se o que disse São Paulo, que até os anjos
seriam julgados um dia pelos humanos. A mesma coisa pensava Wagner, na sua gigantesca e
derradeira parte do seu drama musical: “O Anel dos Nibelungos”...

Finalmente, o mais esperto dos deuses, não se sabe bem se Nanada ou Mercúrio, assim falou:

Néscios! Se quereis que o homem jamais encontre aquilo que busca, escondei o seu Tesouro
em seu próprio e inconstante coração. Assim, por mais que procure o Tosão de Ouro, jamais
lhe ocorrerá buscá-lo dentro de si mesmo, pensando, logicamente, que se em justiça o
Tesouro é seu, não poderá nunca dele apartar-se, segundo as leis insondáveis do Karma da
Justiça que rege os homens... do mesmo modo que os deuses.

O conselho foi aceito por unanimidade e seguido ao pé da letra. O Tesouro, por arte mágica,
pouco ou nada explicável para a nossa obtusa mente, passou, desse modo, ao coração de
todos e de cada um dos mortais que, embora notando neles algo de estranho, nunca
imaginaram que esse algo fosse precisamente aquilo de cuja perda tanto lamentavam. E
viviam procurando o Tesouro que dentro de si traziam.

Idades e idades passaram e os deuses continuavam a ver das olímpicas alturas, como e de que
maneira em busca de vão fantasma de felicidade, os homens adormecidos dilaceravam-se
como feras, uns aos outros. Não contavam, porém, os imortais com aquilo que fatalmente teve
de se cumprir. Quer dizer que chegou a plenitude dos tempos, anunciada pela profecia, ou
seja, o dia augusto em que o Titan Prometeu, estendendo o braço, acendeu a Tocha do
Pensamento, esse mesmo e inextinguível Fogo de Amor que alimenta o Sol e que faz
resplandecer os céus. Com a Tocha Mental assim acesa, foi despertando mais ou menos e
sucessivamente em todos os homens um fogo igual ao primitivo. Ao clarão de semelhante Luz,
puderam contemplar, por fim, o interior do peito, vendo ali brilhar, mais puro do que nunca, o
“Tosão de Ouro”, o Tesouro da Felicidade Oculta. Desde então, os homens se esforçaram cada
vez mais em retirar o Tesouro, para pô-lo no sítio de antanho; para isto, faltava-lhes, porém,
como a Archimedes para erguer o mundo, um ponto de apoio. E assim continuaram por
bastante tempo, até que alguém inventou um artefato mental, verdadeiramente pasmoso,
sem similar, com o qual vêm explorando, sem poder extinguí-la, a divina Mina...

Este artefato do pensamento, movido pelo sentimento e assentado sobre diamantinos


alicerces de verdade, que ninguém nem coisa alguma pode destruir, chamou-se “Filosofia”...

E no frontispício do templo, onde o artefato foi guardado desde aquele dia feliz,
cuidadosamente oculto aos olhares profanos e indiscretos daqueles que são maus por serem
ignorantes, vê-se escrito:

Oh, Homem, conhece-te a ti mesmo ! “


Aula 32 – 6º Estudo Comparativo dos Avataras

Completando o estudo comparativo dos Avataras, concluímos que ELES, em suas


manifestações, se tornaram mais freqüentes, nesse período que a Ciência das Idades
denomina de Quinta Raça-Mãe ou Raça Ariana. A tônica dessa primorosa Raça tem sido o
desenvolvimento da Mente Superior, da Inteligência Criadora, adquirindo as características do
Quinto Plano Cósmico. Na classificação dos planos cósmicos, corresponde ao estágio de Atmã.
Atmã, na classificação da Cosmogênese, é o Quinto, mas no aspecto da Antropogênese é o
Sétimo Princípio.

Como conclusão desse tipo de trabalho acerca da Manifestação dos Avataras, nesta série da
Genealogia secreta do Ser Humano, saltou de nossa cabeça a pergunta: qual a razão de ser
dessa freqüência na manifestação dos Avataras, nesse período de ação da Raça Ariana?

Conforme os acontecimentos relativos à tônica imprimida pela LEI da Evolução Humana,


compreendemos: “O Gênero Humano foi criado para ser feliz, não para ser desgraçado, e
imaginar que o natural destino da Humanidade consiste em viver martirizada é, além de
impiedade absurda, uma atroz impostura, porque não cabe pensar nem um momento, que as
faculdades de adquirir virtudes nos tenham sido dadas pela Natureza para ficarem inativas ou,
o que é pior, para se destinarem ao nosso tormento e ruína. Grande tortura é que a verdade,
assim tão consoladora, seja axiomática, quase instintiva, como todas as que levam em si o selo
da própria Natureza... É pobre a sentença de Deus, quando criou o primeiro casal: “Crescite et
multiplicamini et implevit terram”. Assim se diz, porém melhor fora dizer-se: “Crescei,
multiplicai-vos e sede felizes!”

À primeira vista, parece que o homem é feliz enquanto goza; logo, se fosse possível uma
sucessão dilatada de prazeres, sem perturbação ou insipidez, teríamos a felicidade no seu mais
alto grau. E é tão universal a coincidência neste ponto, que todas as religiões estão de acordo
em proclamar a existência de um paraíso ou glória, onde o justo, depois de morto, goza, sem
interrupção, a ventura mais fecunda e perdurável que a imaginação possa conceber.
Com a finalidade de recuperar a felicidade dos humanos seres, os Avataras penetram no seio
da Humanidade, sujeitando-se a toda sorte de sacrifícios, saindo da esfera tranqüila, luminosa,
para virem partejar a Humanidade, desvalida por ter feito do trabalho um pecado e da vida um
processo de morte. Para mostrar aos homens a causa que os fez infelizes, o excelso Orientador
dos Homens, JHS, legou aos seus discípulos as sublimes palavras:

“O que provoca a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem o ovo-áurico
perfeito, isto é, não serem iguais a Deus”. Deus, no sentido de harmonizar a sua vida com a
Mãe Natureza. Com efeito, se Deus, o Criador, fez o Homem à sua imagem, à sua semelhança,
esse Homem só poderia ser feliz, harmônico, equilibrado em relação aos Mandamentos da
Vida, se agisse à semelhança do Criador, num mesmo plano de vida, de ação. Os Aspectos da
Verdade, não sendo bem assimilados pelos seres humanos, desgastam-se, deterioram-se, logo,
convertem-se em mentira, em falsas verdades. É algo semelhante ao fato dos seres que,
passando a usar alimentos deteriorados, comprometem a sua saúde, provocam uma
desarmonia em seu organismo.”

Estabelecendo o método analógico, acerca desse tipo de estudo, fazemos a comparação: os


órgãos de que se compõe o Corpo de um Avatara, de um Buda, de um Cristo, são os mesmos
de que se compõe o corpo de um ser humano comum, apenas a função, o potencial, a
dinâmica das células do Corpo de um Deus difere das do ser humano comum. Daí surgiu a
tradição do Rei de sangue azul. Não há sangue azul, mas esta classificação é para definir a
genealogia de um ser mais evoluído do que o comum da Humanidade. Se os órgãos de um ser
elevado têm função completa, agem com 100% de sua potencialidade, os órgãos do ser
comum, humano, agem com porcentagem muito menor, digamos, 5, 10, 15%, apenas.

Há uma citação de determinado Livro Sagrado, traduzido pelo Excelso Senhor JHS, que ensina:

“O Deus da Terra é o mesmo Deus Celeste, mas tem o nome com o qual ELE se reveste”.

De modo análogo compreendemos que o Homem da Terra é o mesmo Homem Celeste,


iluminado, perfeito. Mas o que acontece: o Homem da Terra tem o “ovo-áurico” dilacerado
pelas vibrações distônicas, desarmônicas, fruto dos atos e pensamentos de natureza negativa,
eivada de ódio, egoísmo, perversidade...

Enquanto que o Ser Celeste sabe se dar, proporciona a outros alegria, bem-estar, funciona de
modo muito positivo. Por isso disse Santo Agostinho: “Deuses fomos e nos temos esquecido”.
E os Avataras à Face da Terra vêm, se manifestam ciclicamente para lembrarem aos
componentes da Humanidade, da sua deífica origem, aliás, o que fez admiravelmente Santo
Agostinho.

O eminente Avatara de nossa Era ofereceu esse conselho, para que os filhos dessa nossa
Esfera voltem a ser felizes:
Quando um povo colocar a instrução acima do dinheiro; quando todas as honras forem para o
homem instruído, sábio, benfeitor, o pobre, atraído pelas fulgurações de semelhante ideal,
imitará o exemplo que lhe apresentam, porque o povo é um grande imitador e segue o
caminho que lhe traçam os que lhe vão à frente. Se neles encontra apenas o vício, ao vício se
vê conduzido, ao contrário, se à virtude, para esta se voltará do mesmo modo.

Por isso nos ensinou o Avatara, senão, o Supremo Orientador JHS:

Não pode consolar-nos a mentira, nem em paz pode viver por muito tempo quem de mentira
vive, porque a verdade lhe tolhe o passo com a frieza da sua realidade e justiça. Os que
alicerçam a sua própria história com perfídias, negando cinicamente a crença que a sua própria
insinceridade diminui, vivem sempre em estado precário; sua vida é uma promissória, cujo
vencimento chegará antes do prazo marcado ou terminado. A verdade, pouco importa qual
seja, deve ser praticada, mesmo que para confessar um crime... Combater com ela é livrar-se
de todas as ciladas e prevenir-se contra todos os possíveis perigos; é limpar o ar de miasmas e
o espaço de sombras, o coração de rancores e dúvidas. Morrer é afogar-se em mentiras; cair
no cisma em que caiu Hamlet e debater-se como Segismundo, em uma luta estafante e inútil.
Há quem tema a verdade, porque nela se executa sem querer, porque é a força dos que vão
vivendo do seu próprio medo e dos demais. Porém, os que fizeram da sua vida um culto e
vivem com os olhos abertos às eternas verdades, asfixiam-se, justamente, quando os seus
pulmões são obrigados a respirar o ar da mentira, que sempre foi o ar da escravidão...”

E... todos os homens possuem nas profundezas de seu ser, imenso tesouro que não sabem
avaliar. Com perseverança e coragem, um dia o encontrando, sentir-se-ão para sempre
felizes....

V E R D A D E – estas sete letras sublimes conduzem aos altiplanos do Sétimo Princípio, o


ÁTMICO !...
Aula 33 - Deus se divide, para consumar

o Supremo Sacrifício” do livro de Dzyan

Com as informações que temos à mão e usando a Chave Geométrica, uma das que nos
auxiliam a encontrar a porta da Sabedoria Eterna, procuraremos analisar os conhecimentos
inseridos no símbolo da Árvore Sephirotal. Pois bem, acerca do termo Sephirotal, encontramos
o seguinte esclarecimento no Livro “O Verdadeiro Caminho da Iniciação”, do Excelso Sábio e
Mestre, Professor Henrique José de Souza:

“Sephirot (em hebreu, “os números”; Cabala) – Princípios divinos formativos, emanados do
Ain-Suph (o Absoluto) em uma década primordial:

1º - KETHER A Côroa, a Causa das Causas, o Pensamento

2º - CHOCHMAH A Sabedoria

3º - BINAH A Inteligência

4º - CHESED A Graça

5º - GEBURAH O Rigor

6º - TIPHERETH A Beleza

7º - NETZAH A Vitória

8º - HOD A Glória

9º - YESOD O Fundamento

10º - MALCHUT O Reino

As três primeiras Sephirot (Kether, Chochmak e Binah) são chamdas “superiores”. Formam o
Ternário Divino (ou Tríade Superior teosófica) e correspondem às 3 Hipóstases da Trindade. As
outras sete são inferiores, representando a construção. Segundo Erza-Ariel, um dos grandes
Mestres da Cabala, “as Sephirot representam tudo quanto existe”. O seu conjunto é a
MERCABAH, o Carro (Visão de Ezequiel) conduzindo Deus (como Sol Espiritual, haja visto
“Apolo descendo ao mundo no seu carro de ouro” e na razão inversa, “Elias subindo ao céu”
dessa maneira...) por sobre a Terra.

Pitágoras, por sua vez, ensinava que a Grande Mônada agia em Díada Criadora; desde o
momento em que Deus se manifesta, torna-se duplo: Essência indivisível e substância divisível,
princípio masculino ativo, animador e princípio feminino, passivo ou matéria plástica
animada”.

Permitindo que a mente voe e entre no plano do abstrato, pousando no campo do não-
comparativo, da dinâmica permanente, portanto, no campo ou plano do tempo e não do
espaço, poderemos raciocinar com mais liberdade. Quando lemos “Deus se divide...” ou “A
Grande Mônada agia em Díada Criadora...”, percebemos que Deus, o Criador, o Impulso Inicial
deixa de ser UM para ser TRÊS, ou seja, o Impulso mais o Princípio Ativo e o Princípio Passivo.
Relacionando com a Árvore Sephirotal seria:

Kether - o mais elevado, o Macrocosmo;

Chochmah - Sabedoria, o Pai;

Binah - Entendimento, a Mãe Suprema.

Podemos relacionar, também, com Salomão e suas duas Colunas e com o Triângulo
Indeformável, como dizem os mais elevados Mestres e Sábios, Vontade, Sabedoria e Atividade.

“O grande Orfeu, fazendo vibrar as cordas de sua Lira, ensinava-nos que devemos trazer a
chamada ‘Vina de Shiva’, das escrituras orientais, cujas três cordas desferidas em uníssono,
fazem vibrar as sete da gama musical celeste, por isso mesmo representam elas: Harmonia,
Melodia e Ritmo”.

_A Tríade “Superior” bombardeando a Tríade “Inferior”, como aspecto sombrio do superior,


através do Quaternário equilibrante. De onde o UM torna-se TRÊS e SETE:

O Triângulo “Superior” dando forma à Idéia e o Triângulo “Inferior” materializando a Idéia. O


que liga estes dois extremos no Ser Humano, é o Sistema Neuro-Espinhal, no qual encontram-
se os sete principais Centros de Forças (Chakras) que mantém a vida no corpo. Estes Chakras
vibrando em uníssono como os Elementos que compõem a constituição da Terra e a Humana,
ou seja, Éter, Vayú (Ar), Tejas (Fogo), Apas (Água), Pritivi (Terra), formam, portanto, com este
conjunto, a figura geométrica pentagonal. Para Pitágoras, o Pentágono é o símbolo da saúde e
da harmonia viva. A manutenção do equilíbrio destes elementos, torna o indivíduo sadio, não
permitindo a inversão dos triângulos superior com o inferior.Muita razão tinha H. P. B. em
afirmar na sua “Doutrina Secreta” que “a parte interna do cérebro apresenta a mesma
conformação dos órgãos sexuais, quer no homem quer na mulher”. A maioria dos
desequilíbrios mentais se acha estritamente ligada aos sexuais.

E é para que haja sempre dinâmica que o Eterno, Deus, o Manú, manifesta-se de ciclo em ciclo,
trazendo novos conhecimentos, novas músicas, novas yogas, a fim de que o corpo ou o Ser
Humano evolua e esteja sempre pulsando e vibrando em uníssono com o Universo, o Criador,
obedecendo, assim, um ritmo pulsante e assimétrico, sempre mantendo a expansão de dentro
para fora.

“Acalmar sem deprimir, tonificar sem excitar, eis a grande dificuldade !”

Aula 34 - Mistérios da Deusa Maya

O maravilhoso nome “MAYÁ”, invertendo-lhe a posição das letras que o compõe, dá YAMA...
YAMA é a expressão do Executivo, na ordem dos quatro nomes: Manú (Poder Legislativo);
YAMA (Poder Executivo); KARUNA (Poder Judiciário) e ASTAROTH (Poder Coordenador).
Chama-se Mayá, a “ilusão dos sentidos” e conclui-se logo que é a ilusão dos sentidos
provocada pelo Poder Executivo da Natureza, a fim de que seja executado algo de sua
Vontade, no Plano da Criação.
Mayá é o diáfano véu da fantasia que separa a visão ilimitada da limitada, a fim de provocar a
distensão do interesse do Ser Humano, para realizar algo que se acha nos Mandamentos da
Lei, da evolução física, no plano limitado.

Mayá é como se fora um teste aplicado pela Maiêutica natural, a fim de levar o Ser Humano ao
interesse pela meditação, para que se identifique com os aspectos da Verdade Eterna. Mayá é
como se fora um teste adotado nos colégios iniciáticos, para obrigar os discípulos à prática da
meditação, isto é, completar em seu ser aquilo que se lhes apresenta como algo incompleto
para a sua realização espiritual. E esse algo incompleto é o que se pode chamar de “VELADO”.

Voltaire dizia: “Existe no mundo uma Instituição de grande valor que é a dos Mistérios”. Que
são os Mistérios? Mistérios são ensinamentos VEDADOS ou VELADOS aos que não possuem
inteligência ou treinamento próprios para receberem algo mais velado ainda, para a
humanidade vulgar. Por isso que os mais adiantados se fazem Adeptos, para servirem de guias,
orientadores, aos não iniciados.

Jesus disse: “Felizes daqueles que não viram e creram (na realização dos fenômenos extra-
físicos, naturalmente)...” Esse não possuem mayá, ilusão dos sentidos, nem interna nem
externa... Crêem porque sentem, porque viram através da mente e do coração.

Os ignaros homens que necessitam de mayá, de ilusão, baseados nos interesses pessoais,
egoístas, temem ver as coisas certas e atiram pecha de embusteiros, de praticantes de
truques, aos portadores de poderes extra-físicos, trazidos de experiências, de trabalhos de
vidas passadas e que lhes permitiram realizar fenômenos de estranha natureza. E... se esses
supremos Seres nasceram com essas possibilidades, é porque tornaram-se privilegiados a fim
de realizar determinadas missões de natureza extra-física. Esses poderes, denominados de
“sidhis”, são próprios para Seres de determinada hierarquia, para levarem avante certas
missões, a fim de impulsionarem a Humanidade a subir os degraus da sacrificante Escada de
Jacob ou da Evolução.

Nos finais de ciclo, de uma era, quando a degradação atinge o mais alto nível de sua ação
destruidora, quando a espiritualidade atinge o ponto zerto e a corrupção o grau máximo, os
incréus das Coisas Divinas assumem o aspecto de quantidade, da ilusão, da imaginação
negativa.

É quando o mágico tem mais valor do que o mago. Por isso que o Professor Henrique José de
Souza, no início de sua Missão, em Niterói, por volta do ano de 1924, realizou um evento para
convencer os incréus de que a sua Missão, Missão dos Sete Raios de Luz para o Ocidente, não
era de natureza comum, vulgar, mas de natureza divina, universal. De modo que usou uma
verdadeira MAYA, para convencer os incréus de usa própria integridade espiritual que a Obra
que realizava era de origem superior às demais que povoam a Face da Terra.

Numa sessão memorável, a porta do Santuário, onde se realizavam as ritualísticas, se


encontrava fechada, lacrada com papel colado e trazendo a assinatura da Diretoria Social. Na
presença de centenas de membros presentes, houve a realização do fenômeno (aliás, que bem
poucos podem realizar): a porta abriu-se, sem que ninguém a tocasse. Todos os presentes
viram a porta se abrir, sozinha... ...
No Tibete há essa tradição em que o Traishu-Lama, em rituais de alta importância, ao se
aproximar do Santuário ou do Templo, a porta se abre sozinha. Mistérios do verdadeiro
Shamanismo...

As Iogas dadas por JHS, desde o início de sua Missão, de sua Obra, são de sua autoria. Seu
Trabalho foi sempre relativo ao futuro da evolução da Mônada Humana; sua Magia foi sempre
aplicada para elevar a parte espiritual do Ser Humano e não degradá-lo com processos de
faquirismo e bem-estar corporal. Sempre estimulou os discípulos, no sentido de orientarem
seus esforços para a sua própria realização, dando sempre a idéia do “Faze por ti que EU te
ajudarei”.

A Grande Mayá, segundo os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, está no Segundo Trono ou
Logos, porque é o sublime lugar, no grande Universo, onde se encontra o plano e a suprema
Energia a ser trabalhada nos futuros ciclos, nos futuros universos, embora tendo eternidades
pela frente. Pois bem, os eminentes Kabalistas, Iniciados, Iluminados, diriam: “Quod superius
sicut quod inferius” ou então, repetindo o que ensina a Tábua Esmeraldina, de Hermés: “O que
está em cima é o mesmo do que se acha em baixo e o que se acha no meio, a ser realizado, é a
Grande Mayá, que está sendo tecida pela divina Aranha de Ouro...”, ou seja, de ouro porque
não é venenosa... nem rancorosa... Recorremos, novamente, às divinas palavras do Supremo
Instrutor do Mundo JHS: “É o lugar ou Ponto onde se une e desune o Plano Rúpico (com forma
densa) do Arrúpico, senão, o Plano Físico denso, do luminoso, Abstrato”.

A Grande Mayá direciona as três universais Energias, denominadas pela Filosofia Oriental de
“Três Qualidades da Matéria”: Satwa, Rajas e Tamas. E... talvez a Grande Mayá seja o Lugar
Intermediário, denominado do “Sim ou Não”, pois bem, é o lugar da grande dúvida, para os
que estudam com afinco as Cousas do Céu, de Mayá e da Terra.

À entrada dos desertos é onde mais essa Maya se manifesta, por exemplo, no Deserto Africano
do Sahara, se reproduz ao olhar do homem comum uma série de miragens, conduzindo os
olhares cobiçosos dos transeuntes, desviando-os das rotas ou caminhos, para que não
alcançem os lugares sagrados, os locais jinas, velados, etc. O Excelso JHS, a respeito desses
locais, ensinou: “Os cientistas denominam de miragem e nós outros, de Lugares Jinas, de onde
vieram seres terrenos e depois nunca mais voltaram...” Pois assim foi no Tibete, no Deserto de
Gobi, cujo nome eqüivale ao Rei dos Gnomos ou Jinas.

Preenchemos o espaço desta monografia, acerca do valoroso termo Mayá, com a transcrição
de um trecho do sublime Livro do Dr. Mario Roso de Luna, com o título de “Livro que Mata a
Morte” que, além de ilustrar este estudo, nos dá uma idéia transcendente sobre o sentido de
Mayá, no plano filosófico ou metafísico:

“MAYA ou Ilusão (de Ilus, nada, lodo, queda) é, com efeito, um elemento que entra em todos
os seres finitos, onde todas as coisas existentes possuem somente uma realidade relativas e
não absoluta, já que a aparência que o número oculto toma no respectivo plano de cada
observador, depende do correspondente poder de cognição que possua este último.
Para a vista não educada do selvagem, qualquer pintura é uma confusão incompreensível de
linhas e manchas de cor, enquanto ali mesmo, a vista já educada descobre o objeto que o
artista tentou representar. A existência única, absoluta e oculta, ou seja, a divindade, contém
em si mesma os números das mais altas realidades, ou melhor dito, de todas as realidades. Por
isso, nada é permanente senão ELA, e cada existência nada mais é do que uma etapa do ser.
Donde se conclui que os mais elevados “Dhianis-Choans siderais” ou “anjos” de outras
teogonias, são sombras de realidades ainda mais superiores. Apesar de tudo, todas as coisas
são relativamente reais, pois o conhecedor é também uma sombra, uma reflexão de algo mais
alto que ele e, portanto, as coisas conhecidas são tão reais para ele como ele o é para si
próprio. Por efetivas que nos pareçam as coisas, antes de passar e depois de haver passado
pelo plano de nossa objetividade, ao manifestar-se neste plano já não são mais que
relâmpagos fugazes. Em qualquer estado que atue nossa consciência, tanto nós mesmos como
as coisas pertencentes àquele estado, são ao mesmo tempo, nossas únicas realidades. À
medida, porém, que nos vamos elevando na escala evolutiva, nós nos damos conta de que
durante nossa permanência nos planos já transcendentes, através dos quais acabamos de
passar, não fizemos senão tomar equivocadamente a realidade por sua sombra ou projeção. E
nos inteiramos de que o progresso do EU para o alto consiste em uma série progressiva de
despertares, com a conseqüente idéia, em cada despertar, de que assim tocamos então, a
definitiva realidade. Apesar disso, torna-se claro que só quando nos submergimos no pélago
da Consciência Absoluta, poderemos dizer que toda maya cessou”.

Para terminar o presente estudo, usaremos as palavras:

Que as lutas travadas nesse plano de ilusão,

Nos livrem da Deusa Maya!

Senzar, a Luz de Deus, é nossa Vida,

Vive no nosso coração.

Repudiar a nefasta corrupção,

É buscar a perfeição!
Aula 35 - Divina Acústica

“Nada inventamos, nada criamos, tudo existe em tudo”

Dando seqüência aos estudos que abrangem a Genealogia Secreta do Ser Humano,
procuraremos falar sobre a Divina Acústica, tomando como exemplo uma época e uma linha
filosófica.

Dentro de grandes ciclos, existem ciclos menores que impulsionam e renovam a Humanidade
em seus hábitos, pois sabemos que hábitos são rotina e não dinâmica, obrigando, assim, a
espécie a evoluir em si mesma, num impulso de dentro para fora.

Para exemplificar, tomaremos como exemplo o Século X: a Europa em crise; o poder real
enfraquecido, sendo substituído pelo feudalismo; a tensão popular contribui para que se
espalhe a crença de que o mundo iria se acabar no ano 1000. Os anos que precederam esta
data, levaram os povos a gerarem em si e em torno de si um profundo pessimismo que seria o
refluxo de um fluxo que viria logo após o ano 1000.

Chega o ano 1000 e o mundo não acaba. Algo precisa acontecer... Surge, então, o chamado
Estilo Gótico, as Catedrais Góticas, verdadeiros livros lapidares escritos em baixo relevo, em
suas paredes, em suas ogivas e em seus vitrais. Obra dos excelsos Mestres Construtores! Como
diz Fulcanelli: “Santuário da Tradição, da Ciência e da Arte”.

Nas Catedrais Góticas, as abóbadas ousadas obrigam o Ser Humano, aquele que busca Deus, o
Céu, a voltar seus olhos para cima, seus sentimentos para o alto, exercitando, com este gesto e
sentimento, os chacras superiores, Centros de Força localizados em si mesmo.

Houve, pois, uma mudança de ciclo: se antes o pessimismo reinava, depois o contrário; antes,
o afetivo-emocional, depois, o afetivo-mental.
Gótico – segundo, ainda, Fulcanelli, este termo, aplicado à Arte Francesa que impôs suas
diretrizes a todas as produções da Idade Média e cuja irradiação se estende dos Séculos XII a
XV, alguns pretenderam erradamente, relacionar como vindo dos Godos, antigo Povo da
Germânia. E apesar dos esforços da Academia, para substituí-la por Arte Ogival, a verdade que
sai da boca do povo, no entanto, manteve e conservou a expressão “Arte Gótica”. Há aí uma
razão obscura que deveria obrigar a refletir os nossos linguistas, sempre à espreita das
etimologias...

Qual a razão por que tão poucos lexicólogos acertaram? Simplesmente porque a explicação
deve ser antes procurada na origem cabalística da palavra, mais do que na raiz literal.

Alguns autores perspicazes e menos superficiais, espantados pela semelhança que existe entre
o termo “gótico” e “goético”, pensaram que devia haver uma estreita relação entre a Arte
Gótica e a Arte Goética ou Mágica. Arte Gótica é apenas uma deformação ortográfica da
palavra “Argótica”, cuja homofonia é perfeita, de acordo com a Lei Fonética que rege, em
todas as línguas, sem ter em conta a ortografia, a Cabala tradicional. A catedral é uma obra de
ART GOTH ou de ARGOT. Ora, os dicionários definem o ARGOT como sendo “uma linguagem
particular a todos os indivíduos que têm interesse em comunicar os seus pensamentos sem
serem compreendidos pelos que os rodeiam”. É, pois, uma Cabala falada. Os Argotiers, os que
utilizam essa linguagem, são descendentes herméticos dos ARGO-NAUTAS que viajam no
Nabio ARGO... Falavam a Língua Argótica, navegando em direção às margens afortunadas de
“Colcos”, para conquistarem o famoso TOSÃO DE OURO. Ainda hoje se diz de um homem
inteligente mas muito astuto: “ele sabe tudo, entende o Argot”. Todos os iniciados se
exprimiam em Argot, tanto os vagabundos da Corte dos Milagres – com o Poeta Villon, à
cabeça – como os Frimasons ou Franco-Maçons da Idade Média, “Hospedeiros do Bom Deus”,
que edificaram as obras-primas argóticas que hoje admiramos.

Ainda nos nossos dias, o ARGOT permanece a linguagem de uma minoria de indivíduos,
vivendo à margem das leis estabelecidas, das convenções, dos hábitos, do protocolo, aos quais
se aplica o epíteto de videntes e, mais expressivo ainda, de Filhos ou Descendentes do Sol. A
Arte Gótica é, com efeito, a Art Got, a Arte da Luz ou do Espírito.

O termo GO, de ARGO, poderemos relacioná-lo com a palavra persa “GODA” – Aquilo que
existe por si mesmo – e que deu origem a GOD, GOTHER (Deus).

O Avatara, Deus, abençoando, dá impulso, coloca o Bem em ação mas essa ação necessita de
continuidade, há necessidade de uma manutenção, a manutenção do Bem em ação, logo, da
Benção que é função dos Sacerdotes, dos GÔROS, dos “Hospedeiros do Bom Deus”.

As catedrais góticas eram o refúgio hospitaleiro de todos: os alquimistas costumavam fazer


reuniões sob suas abóbadas, os médicos davam consultas sob suas ogivas. Na Catedral de
Notre-Dame de Paris, a Faculdade de Medicina, abandonando no Século XIII a Universidade,
para viver independente, fixou-se aí, até 1454.

A geometria usada na Arquitetura, através dos Monges Construtores, deu forma harmônica a
um espaço, usando como instrumento as Medidas Áureas. Criaram, assim, clima, fizeram
vibrar o invisível, propiciando a cura do psíquico, instrumentando a Medicina, intuindo os
médicos a realizar a cura física.

Com raras exceções, o plano das igrejas góticas é em forma de cruz latina, estendida no solo. A
cruz é o hieróglifo alquímico do crisol. É no crisol que a matéria prima morre, para ressuscitar
em seguida, purificada, espiritualizada. É a Transformação.

Nas igrejas góticas, suas abóbadas nos propiciam a Divina Acústica e são a reprodução quase
fiel do “Céu da Boca” da criatura humana.

No Livro “O Mistério das Catedrais”, de Fulcanelli, no capítulo intitulado “Conclusão”, se lê:

“A NATUREZA não abre a todos, indistintamente, a porta do Santuário. Nestas páginas, o


profano descobrirá, talvez, alguma prova de uma ciência verdadeira e positiva. No entanto,
não poderíamos persuadir-nos de convertê-lo porque não ignoramos como os preconceitos
são tenazes, como é grande a força das idéias pré-concebidas. O discípulo tirará mais proveito
dele, com a condição, todavia, de não desprezar as obras dos velhos filósofos, de estudar
atentamente os textos clássicos, até que tenha adquirido suficiente clarividência para discernir
os pontos obscuros do manual operatório.

Ninguém pode pretender possuir o grande segredo, se não fizer concordar a sua existência
com o diapasão das pesquisas empreendidas. Não basta ser estudioso, ativo e perseverante, se
falta o princípio sólido, de base concreta, se o entusiasmo imoderado cega a razão, se o
orgulho tiraniza a capacidade de julgar, se a avidez se desenvolve sob o brilho de um astro de
ouro.

A Ciência Misteriosa exige muita justeza, exatidão, perspicácia na observação dos fatos;
espírito são, lógico e ponderado; uma imaginação viva, sem exaltação; um coração ardente e
puro. Exige, além disso, a maior simplicidade e absoluta indiferença em relação às teorias,
sistemas, hipóteses que, fazendo-se fé nos livros ou na reputação dos autores, se admitem
geralmente sem controle. Deseja que os aspirantes aprendam a pensar mais com o seu
cérebro e menos com o dos outros. Pede-lhes, enfim, que procurem a verdade dos seus
princípios, o conhecimentos da sua doutrina e a prática dos seus trabalhos na Natureza, nossa
Mãe comum.

Pelo exercício constante das faculdades de observação e de raciocínio, pela meditação, o


neófito subirá os degraus que conduzem ao SABER.

A imitação simples dos processos naturais, a habilidade junta ao engenho, as luzes de uma
longa experiência, assegurar-lhe-ão o PODER.

Realizador, terá ainda necessidade de paciência, constância, vontade inquebrantável. Audaz e


resoluto, a certeza e a confiança nascidas de uma fé robusta, permitir-lhe-ão tudo OUSAR.

Finalmente, quando o sucesso tiver consagrado tantos anos laboriosos, quando seus desejos
se tiverem realizado, o sábio, desprezando as vaidades do mundo, aproximar-se-á dos
humildes, dos deserdados, de todos que trabalham, sofrem, lutam, desesperam e choram
neste mundo. Discípulo anônimo e mudo da Natureza Eterna, apóstolo da eterna Caridade,
permanecerá fiel ao seu voto de silêncio.

“Na Ciência, no Bem, o Adepto deve para sempre CALAR-SE.”

Isto posto e realizado, o Edifício Humano estará pronto, seus centros de energia vibrarão em
equilíbrio, estará em uníssono com o SOM PRIMEIRO e passará a ser, assim, o emissor da VOZ
DO LOGOS!

Aula 36 - 2º Estudo sobre as Catedrais

Dando seqüência aos nossos estudos sobre as Catedrais, chamou-nos a atenção que a maior
parte das basílicas metropolitanas está colocada sob a invocação da Bendita Virgem Maria ou
Virgem-Mãe. O povo de França chamou a estas Igrejas de Notre-Dame, o da Sicília de Matrices.
São Templos dedicados às Mães (do latim Mater, Matris).

Por que?

Na Catedral de Notre-Dame, de Paris, no pilar central que divide em dois, o vão da entrada, há
uma série de representações alegóricas das ciências medievais. No lugar de honra da Alquimia,
aparece a figura de uma mulher, cuja fronte toca as nuvens (???). Sentada num trono, tem na
mão esquerda um cetro – insígnia de sabedoria – e na direita dois livros, um fechado –
esoterismo – e outro aberto – exoterismo –. Mantida entre os seus joelhos e apoiada no seu
peito, ergue-se a escada dos nove degraus – a Escada Filosofal –, hieróglifo da paciência. Diz-
nos Nicolas Valois: “A paciência é a escada dos filósofos e a humildade é a porta do seu
jardim...”

Palavras de Fulcanelli: “A Catedral aparece-nos fundada na ciência alquímica, investigadora das


transformações da substância original, da matéria elementar (do latim Materea, Raiz Mater,
Mãe). Porque a Virgem-Mãe, despojada do seu véu simbólico, é a personificação da substância
primitiva de que, para realizar os seus intuitos, o Princípio Criador de tudo o que existe, se
serviu”.

Á entrada das igrejas ou catedrais, invariavelmente, deparamos com uma espécie de biombo,
elemento que divide os dois espaços, o exterior e o interior das igrejas. O primeiro,
poderíamos dizer, é o espaço em busca do tempo; o segundo, é o tempo manifestado no
espaço. Eis, na prática, um exemplo claro de mudança de estado vibratório: deixa-se um plano
e penetra-se em outro. Sofrendo, com isso, uma transformação, penetra-se no plano da cruz,
no crisol.

CRI – SOL, faz vibrar em si o Princípio Crístico, tendo com conseqüência o fortalecimento do
Ovo-Áurico. Assim deveria ser, mas estando a maioria dos cérebros humanos a serviço da
malignidade, não há espaço para que reine a felicidade, pois, felicidade é “equilíbrio de vida,
de realizações. Se não há equilíbrio na humana vida, o conceito de felicidade também
desaparece... pois os seres humanos estão com o Ovo-Áurico denegrido, sem consistência. No
Oriente, no Oriente Médio, no Ocidente, há uma infinidade de templos, construídos sob os
cânones das Medidas Áureas, sob os cânones Agarthino, entretanto, foram deturpados,
profanados, perdendo todo o valor vibratório, espiritual, essencial...”

Voltando às figuras herméticas de Notre-Dame.

O segundo baixo-relevo oferece-nos a efígie do Mercúrio filosófico: uma serpente enrolada


numa vara de ouro. A serpente indica a Natureza incisiva e dissolvente do Mercúrio que
absorve avidamente o enxofre metálico e retém-no tão fortemente que a sua coesão não pode
posteriormente ser vencida. “Na nossa Obra, afirmam os filósofos, o Mercúrio é suficiente”.

Segue-se outro baixo-relevo, o de uma mulher de longos cabelos ondulados como chamas.
Pesonificando a calcinação, aperta contra o peito o disco da Salamandra “que vive no fogo e se
alimenta do fogo”.

“Nossos Mestres na Arte têm o cuidado de chamar a atenção do leitor para a diferença
fundamental existente entre a calcinação vulgar, tal como se realiza nos laboratórios químicos,
e a que o Iniciado realiza no gabinete dos filósofos. Esta não se efetua por meio de qualquer
fogo vulgar, não necessita do auxílio do reverbero mas requer a ajuda de um agente oculto, de
um fogo secreto, o qual, para dar uma idéia da sua forma, assemelha-se mais a uma chama.
Este Fogo ou Água Ardente é a centelha vital comunicada pelo Criador à matéria inerte; é o
espírito encerrado nas coisas, o raio ígneo”.

Segundo, ainda, Fulcanelli, em seu Livro “O Mistério das Catedrais”, temos:


“O autor anônimo dos ‘Préceptes du Père Abraham’, diz: È necessário tirar essa água primitiva
e celeste do corpo onde se encontra...significando a semente primitiva de todos os seres, e
não especificada nem determinada na casa de Áries, para engendrar o seu filho. E essa água a
que os filósofos deram tantos nomes, é o dissolvente universal, a vida e a saúde de todas as
coisas. Os filósofos dizem que é nessa água que o Sol e a Lua se banham e que a si próprios se
resolvem na água, sua origem primeira”.

Mais adiante temos:

“O Fogo Secreto dos Sábios é um fogo que o artista prepara segundo a Arte ou que, pelo
menos, pode fazer preparar por aqueles que têm perfeito conhecimento da química. Este fogo
não é atualmente quente, mas é um espírito ígneo introduzido num sujeito da mesma
natureza que a Pedra e, mediocremente excitado pelo fogo exterior, calcina-a, dissolve-a,
sublima-a e transforma-a em água seca, como diz o Cosmopolita.”

Uma terceira figura, também relacionada com a fabricação e qualidades deste fogo secreto,
encerrado numa água que constitui o dissolvente universal, é de um homem que expõe a
imagem do Cordeiro. O cordeiro e o homem, hieroglifo do princípio metálico masculino.
Segundo Pernety: “Os Adeptos dizem que tiram o seu aço do ventre de Áries e, também,
chamam a esse aço o seu imã”.

Seguindo a evolução, no tocante às cores que se encontram descritas em todas as obras


clássicas e que reaparecem na Idade Média, nos vitrais das catedrais góticas, temos:

A cor branca, que sempre designou a nobreza, a candura, a pureza. A vermelha, símbolo do
fogo, assinala a exaltação, a predominância do espírito sobre a matéria, a soberania, o poder e
o apostolado. Citando ainda Fulcanelli: “Obtida sob a forma de cristal ou de pó vermelho,
volátil e fusível, a Pedra Filosofal torna-se penetrante e idônea para curar os leprosos, ou seja,
para transmutar em ouro os metais vulgares que a sua oxidabilidade torna inferiores,
imperfeitos, “doentes ou achacados”.

Paracelso, no seu “Livre des Images”, fala assim nas sucessivas colorações da Obra: “Embora
haja, diz ele, algumas cores elementares, porque a cor azulada pertence mais especificamente
à terra, a verda à água, a amarelada ao ar, a vermelha ao fogo, no entanto, as cores branca e
negra referem-se diretamente à arte espagírica, na qual se encontram também as 4 cores
primitivas, a saber, a negra, a branca, a amarela e a vermelha. Ora, a negra é a raiz e a origem
das outras cores, porque toda matéria negra pode ser reverberada durante o tempo que lhe
for necessário, de maneira que as três outras cores aparecerão sucessivamente e cada uma em
sua vez. A cor branca sucede à negra, a amarela à branca e a vermelha à amarela. Ora, toda
matéria, tendo atingido a 4ª cor no meio da reverberação, é a tintura das coisas do seu gênero,
ou seja, da sua natureza.”

“Para dar uma idéia da extensão que adquire a simbólica das cores e especialmente das 3
maiores da Obra, notemos que a Virgem é sempre representada vestida de azul, Deus de
Branco e o Cristo de Vermelho. São essas as cores nacionais da Bandeira Francesa”.
Ainda com referência às cores, como símbolo de nações, lembramos das cores da Bandeira
Portuguêsa: a verde como Fohat e a vermelha como Kundalini, produzindo uma 3ª cor. E,
como vimos, segundo Paracelso, a cor verde simboliza a água. E foi por meio desta que,
partindo de Sagres, coube a Colombo desvendar as terras do Ocidente ao Norte e a Cabral,
estas terras ao Sul, bafejados pelo hálito da certeza do Infante Dom Henrique de Sagres, com a
missão de desvendar o caminho das Américas, cujo trabalho deu início à Redenção da
Atlântida, ficando assim, a América predestinada para um novo Ciclo civilizador.

Neste processo de vida, sempre existe a presença da manifestação ternária da Divindade. O


Hálito do Pai, a Plasmação da Mãe e a realização do Filho. Três, embora sendo uma única
coisa.

NOTRE ou NOTRI ou ainda, NO TRI, temos ON TRI:

ON – som.

TRI – trindade, três.

O som do Eterno manifestado na divina Trindade, mantenedora da Vida. Na Mãe-Terra, na


Materea, na Raiz Mater, nas Matrices, nas Notre-Dames.

Aula 37 - O que é Kabballah ou Cábala?


Complementando a monografia nº 33, de 15 de junho de 1986, apresentamos este estudo
sobre o misterioso tema KABBALLAH ou CÁBALA que é, aliás, a Ciência de maior importância,
senão, a mais sagrada para aqueles que estudam os aspectos da Verdade. Para os que já
atingiram os portais da superior Sabedoria Universal, a KABBALLAH é, sem dúvida, a chave que
abre os portais da Sabedoria eterna. Os que sabem as chaves kabballisticas, manejam,
dominam todos os Mistérios do Céu e da Terra.

A ignorância dos homens acerca das coisas do Céu, de Deus, faz da Kabballah um juízo errado,
como sendo uma Ciência Hermética, enigmática, secreta, etc.

Na Kabballah, os 10 Princípios Humanos são classificados nas 10 Sephiroth.

SEPHIROTH é plural.

SEPHIRATH é singular.

Por exemplo: as 10 Sephiroth da divisão do corpo humano.

KETHER é a primeira Sephirath.

KABBALLAH – pode-se dividir este nome em KAB + BAL + LAH ou LHA

KAB (o que vale é o som), de modo que KAB ou CAB quer dizer “fechado”;

BAL em Fenício tem o sentido de Deus;

LAH ou LHA – Alah é Deus;

LHA é Espírito;

LHA (Tib.) Espíritos das esferas mais elevadas. Desta palavra derivou o nome LHASSA,
residência do Dalai-Lama. É um antigo termo das regiões situadas mais além dos Himalaias;
significa “Espíritos”, um ser celestial, o super-humano ou para-humano. É um nome para
designar todos os componentes das Hierarquias Celestes.

CÁBALA – escrita desta forma, pode ser dividida em CAB + ALA:

CAB – fechamento, o que é secreto, fechado para determinados seres superiores.

ALA – A + A corresponde às duas Faces do AVÔ DO UNIVERSO: a Face de Barba Branca e a de


Barba Negra. ‘A’ e ‘A’ são dois triângulos, logo, eqüivalem ao Hexágono Sagrado.

‘L’ é um esquadro, ou seja, este instrumento medindo o potencial da descida da Divindade. Um


“A”, expressando a Tríade superior, divina e o outro “A”, a Tríade da Terra. O primeiro A
expressa a inspiração divina e o segundo, o poder realizador, a atividade permanente,
mantendo a Vida Universal.
O Supremo Senhor JHS faz uma pergunta: “O que vem a ser a Cábala?” E Ele mesmo passa a
responder sua inciática pergunta:

“Para se compreender o que é Cábala, mister se faz conhecer, embora de modo sintético, o
significado do termo CÁBALA.

CÁBALA, ou melhor, KABBALLAH quer dizer, em hebreu, TRADIÇÃO. Este termo, que também
se escreve QUABALA, possui diversos significados, justamente por aplicar-se a diversos
assuntos:

Primeiro – Doutrina oralmente transmitida. Os textos hebraicos ‘de boca a boca’, de idade em
idade, de pai a filho, etc. É, pois, uma doutrina oral, que os judeus denominam de LEI ORAL,
em oposição à LEI ESCRITA, que Deus confiou a Moisés, no Monte Sinai. Voltando ELE do
referido Monte, entrou em sua tenda e comunicou a seu irmão Aarão o que havia apreendido
do céu (sempre a mesma lenda dos Manús, que transmitem aos de sua tribo, clã, raça, etc., o
que receberam do céu)... Da mesma revelação tiveram conhecimento Eleazar e Ithamar, filhos
de Aarão; a seguir, os 70 anciãos que compunham o Sanhedrin e, finalmente, todos os
israelitas que desejaram conhecê-la (ou melhor, os que à mesma faziam jus, na razão do
‘Margarite ante porcus’ ou ‘Não atireis pérolas aos porcos’, para que eles, dizemos, não façam
mau uso do que aprenderam), de sorte que os filhos de Israel ouviram a explicação da Lei uma
só vez; os 70 anciãos, duas vezes; Eleazar e Ithamar, três vezes, e Aarão, quatro vezes (na razão
cabalística, digamos assim, dos espirituais merecimentos de cada um, sem falar em outras
chaves numéricas, que não podem ser dadas de público...)

Segundo – Este termo designa, ainda, a interpretação que os rabinos e os doutores judeus
deram, quer do texto da Escritura, quer das palavras e mesmo das letras de que se compõe o
texto e seu real sentido, por meio de certas combinações. Tal espécie de Cábala se divide em 3
partes: a Gematria, a Notaricon e a Themurah.

A Gematria consiste em desdobrar as letras de uma palavra em números, explicando cada


uma, de acordo com o seu valor numérico;

A Notaricon consiste em tomar cada letra de uma palavra por uma inteira dicção;

A Themurah, isto é, mudança, troca, etc., consiste em dar sentido diferente a qualquer
palavra, quer separando, quer transpondo as letras que a compõem.

Chama-se a esta espécie de Cábala, de artificial!

Terceiro – Cábala Prática – É a ciência com cujo auxílio se operam as obras mágicas, as mesmas
de que se serviram Moisés, Josué, Elias e outros Taumaturgos e que não estão ao alcance dos
homens vulgares, por isso mesmo, tomando-as como ‘milagres’. Foi, ainda, com seu auxílio
que Salomão pôde construir o Templo de Jerusalém. Esta Cábala foi consignada em um livro
publicado pelo Rabino Isaac Bem-Abrahão, no começo do Século XVIII. De todas as Cábalas,
entretanto, a mais importante é a Filosófica.
Quarto – Cábala Filosófica – Esta espécie de Cábala contém sobre Deus, o Homem e o Universo
(Aziluth) sublime metafísica. Ela se divide em duas parte principais: uma chamada Bereshit
(Livro dos Princípios), relacionada a tudo quanto diz respeito ao conhecimento da Terra, e
outra, Mercavah ou o Carro, na qual se acham todas as explicações necessárias à inteligência
de todas as verdades. Existem várias razões para ser chamada de Carro, dentre elas, a
relacionada com o carro ou Charriot de Ezequiel. Estas duas ciências são sagradas. Não se pode
falar do Bereschit diante de mais de duas pessoas; quanto a Mercavah ou Mercabah, proibido
é explicá-la diante de qualquer pessoa.”

Que é o Mundo, no ponto de vista dos cabalistas: O mundo emanou de Deus, Jehovah,
devendo pois, ser olhado com tudo quanto nele existe, como o próprio Deus, que está oculto,
incognoscível, incompreendido em sua pura Essência, manifestou-se e tornou-se, por assim
dizer, invisível ao homem por suas emanações (nesse caso, não é visto, mas é sentido ou
percebido em tudo e em todos, justamente por aqueles que mais próximos se acham desse
mesmo Espírito Infinito, etc.) Foram essas deíficas emanações que, no Universo, criaram três
mundos diferentes, embora ligados entre si: AZIAH, IETZIAH e BRIAH, os quais, por sua vez,
correspondem às 3 divisões fundamentais do Ser Humano: NEPHESCH, RUASCH e
NESCHAMAH, respectivamente, Corpo, Alma e Espírito.

“A Kabalah caldéia e a Sabedoria Primitiva eram idênticas. As últimas interpretações do Zohar,


entretanto, são as da Sinagoga dos primeiros séculos, isto é, a Thorah, a Lei dogmática e
inflexível. Assim, aquela Cábala original era completamente metafísica e não se referia, em
nada, ao sexo animal, enquanto que a posteiror ou hebréia, que é a que chegou até nós,
afogou, desgraçadamente, o divino ideal primitivo sob o grosseiro elemento fálico. Entre os
ocultistas orientais, a relação sexual é considerada como um karma que pertence só às
relações mundanas do homem que jaz ainda dominado pela ilusão e como uma coisa que se
deixa de usar à medida em que a pessoa chegue a ser ‘verdadeiramente sábia’. Tanto que
consideraravam como uma circunstância das mais afortunadas a que o Guru ou Mestre
encontrasse no discípulo a devida atitude para a pura vida do Brahmâchârya. Os símbolos
duais ou sexuais eram para eles, meras imagens poéticas da sublime correlação das forças
cósmicas criadoras e, este conceito ideal, resplandece sobre cada ídolo, por grosseiro que ele
seja, nas atestadas galerias dos sombrio templo da Índia e em outras terras, mães dos cultos.
Entre os cabalistas, em troca, desde o Homem Celeste mais elevado até o Quinto Adão de
barro, todos os símbolos estão relacionados com o sexo e a procriação”. Dr. Roso de Luna,
Livro “Simbologia Arcaica”.

Glória e muito esplendor aos eminentes KABALISTAS!


Aula 38 - Dimensão ! Dimensão ! Dimensão ! Dimensão !

Luzes! Luzes! Luzes! Muitas Luzes! E sob as da “Ciência das Idades”, da Sabedoria Eterna, do
Sabeísmo, Janismo, Gnose, Pedra Cúbica do Universo, Pedra Filosofal, Teosofia, Eubiose, etc.,
procurar definir o transcendental sentido da expressão “QUARTA DIMENSÃO”.

Todos os nomes com que se procura definir o que é Quarta Dimensão, fazem parecer que se
trata de vários elementos, no entanto, há vários nomes para definir uma só coisa: a QUARTA
DIMENSÃO.

Se nos encontramos no estágio de 3ª Dimensão, iniciamos o trabalho pela definição de


dimensão, dada pelos vernaculistas.

DIMENSÃO, segundo o Professor Antenor Nascentes, é “medida de uma grandeza no sentido


de comprimento, largura ou altura; tamanho. Geometria – cada uma das extensões que
consideram a medida das figuras e dos sólidos (comprimento, largura e altura); grandeza,
tamanho e proporções. Extensão de compasso da música.”

O acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu dicionário, 7º ítem, diz: “Quarta
Dimensão (Fís.) a dimensão tempo, no complexo tetra-dimensional tempo-espaço.”

Quarta Dimensão, para os matemáticos, tem um sentido complexo e procuram definí-la com a
linguagem matemática...

Para a Ciência das Idades, Teosofista, Eubiose, é algo que define o grau da evolução interna de
cada criatura humana. É a ciência que lembra ao ser humano que ele já era uma partícula da
Divindade, mas se esqueceu disso, demonstrando ao indivíduo que ele é uma Chispa Divina
mas não se apercebeu disso. São os que estão dentro do âmbito da Grande Idéia, que é o
Grande Universo. Dentro do estágio de compreensão dos seus discípulos, o Grande Senhor JHS
deu o ensinamento:
1 – Primeira Dimensão – corresponde ao labor da Natureza, no aspecto de evolução da
substância ou essência que anima o Reino Mineral, a coesão das moléculas da pedra... O
centro de consciência ou da Vida é a durabilidade e está concentrado no aspecto rigidez, no
máximo de densidade. Graças à eternização deste Reino, os Mandamentos, as Leis de Moisés e
de outros Manús estão gravadas na pedra, para se eternizarem.

2 – Segunda Dimensão – Reino Vegetal – com a idéia de comprimento e largura, o


centro de consciência é focado no Princípio Vital. Os representantes deste Reino já se erguem
verticalmente, em direção ao Sol, para receberem a vitalidade solar. É uma Reino dadivoso,
porque socorre, alimenta os elementos dos Reinos seguintes: Animal e Hominal... (da Face da
Terra).

3 – Terceira Dimensão – Reino Animal – de Anima, tem três dimensões: comprimento,


largura e altura. Tem movimento. O centro de consciência está focado no Princípio Afetivo-
Emocional associado ao Mental concreto, o que os orientalistas denominam de Kama-Manas.
É o Princípio, embora conjugado, responsável pela limitação de conhecimentos dos aspectos
da Verdade. Não reconhece como verdade algo de natureza abstrata, de resultado demorado.
Com esse Princípio em desenvolvimento, é preciso ver para crer ou aceitar. Com a atrofia da
glândula Timos e com a redução funcional das glândulas Pineal e Pituitária, os representantes
do Reino Hominal não alcançam o estágio evolucional do seu Reino. Caíram, pois, para a escala
da Terceira Dimensão. Daí a sua classificação de “animais racionais”. A ação permanente de
Kama-Manas reduz o funcionamento perfeito das glândulas Pineal e Pituitária. Com efeito, são
essas glândulas combinadas com o Timos em função, que propiciam a possibilidade da Quarta
Dimensão.

4 – Quarta Dimensão – Para que se tenha a função da Quarta Dimensão, necessário se torna
possuir o dom da abstração. Deve ser um dom natural de uma “para-visão”. Precisa ter o dom
fornecido pelo Sexto Sentido. Os espiritualistas acham que a Quarta Dimensão eqüivale a
dizer: clarividência e clariaudiência. Precisa ter o dom de perceber o Plano Búdico, ou seja, o
sentido de Budi-Taijasa, a associação do Mental Abstrato com Budhi. Esse Princípio propicia o
conhecimento direto. O discípulo passa a perceber as coisas além da forma física. Passa a
perceber o som inaudível aos ouvidos comuns. É conhecimento que é, e, para adquiri-lo, não
há necessidade de estudos, de erudição; é uma sensibilidade superior. O Grande Senhor JHS
dividia a vida humana em dois períodos: um é o período da vida até 40 anos, em média, o qual
deve ser dedicado ao trabalho de procriação e mesmo de afirmação econômica; o outro, de 40
anos para a frente, que deve ser dedicado ao desenvolvimento, à evolução espiritual, à
Superação, à preparação para se ir, aos poucos, passando ao Mundo da Quarta Dimensão. O
verdadeiro Homem, representante de seu Reino, deve se preparar, já em sua vida física, para a
morte, ou seja, a vida noutro Plano ou Mundo.

Para demonstrar esse outro Mundo de outro plano ou de Quarta Dimensão, o Dr. Mario Roso
de Luna escreveu a sua prodigiosa obra com o título de “El Libro que Mata a la Muerte” ou
“Libro de los Jinas”.
Vamos apresentar um exemplo da percepção de um discípulo, quando começam os lampejos
da Quarta Dimensão: apresentaram-nos os excelsos nomes de Teosofia e a seguir Eubiose mas,
os nomes têm o mesmo sentido, encerram a mesma idéia ou têm sentidos diferentes e idéia
diversa? O discípulo, com sua perspicácia ou acuidade mental-abstrata, observa: T – éos – ofia
e Eu – bi – ose.

Téo- sofia é a sabedoria possuída pelos Deuses, pelos verdadeiros homens, algo que
representa o futuro. Daí o termo Theoin, plural de Téo, Deus.

Eubiose – Eu – bi – ose é o processo de conduzir os seres humanos à Unidade, ao Todo, At


Niat Niatat. Com efeito, pensando nas letras que comõem os dois nomes, observamos que
ambos possuem as letras eos e ose. EU, a partícula, a Chama do Eterno, em BI (dois) Eus: o
superior e o humano ou inferior. OSE ou ESO – E, inicial do nome sagrado ETERNO... Eterno ou
ETER + NO ou OM, senão, o OM (8º Tatwa) agindo através do Éter, o Akasha, o Quinto Tatwa. E
é, também, uma tríade. S é a descida ou manifestação em espiral... O é símbolo do Globo
Terrestre, logo, trata-se do Eterno descendo à Terra em espiral. Por esse pequeno detalhe,
observamos: os termos Teosofia e Eubiose são idênticos em significação, apenas foram
empregados em épocas ou ciclos diferentes... conforme a dinâmica evolucional.

Na nossa Esfera, Face da Terra, predomina a Terceira Dimensão e a Quarta Dimensão é


conquistada pelo regime iniciático, pela Iniciação. O que conhecemos com os nomes de
Eucaristia, Ioga e vários outros processos, tem como finalidade o desenvolvimento, o estímulo
de certos órgãos superiores – glândulas Hipófise, Epífise, Tiróides – , reativação do Timos, para
que possa funcionar uma hiper-sensibilidade, visão superior ao padrão humano. Ganhar a
Metástase Avatárica é o mesmo que dizer “conquistar a Quarta Dimensão”.

Quando os maçons primitivos falavam na Pedra Cúbica, estavam falando simbolicamente na


Quarta Dimensão. Aprimorar a Pedra Cúbica, eqüivale a dizer que deve modificar o regime de
vida ou penetrar num processo iniciático.

Quando o Excelso Senhor JHS falou em Escola, Teatro e Templo, a função “Templo” tem a
finalidade de criar ambiente para propiciar o desenvolvimento dos Princípios que levam o
discípulo a uma dimensão superior, a um processo de evolução extra-físico!

Em nosso meio surgem vários clarividentes, clariaudientes, mas de natureza astral. Entram em
ação as reminiscências do trabalho realizado em vidas anteriores. Essas reminiscências
espoucam e se não forem cultivadas, fenecem, ficam sem carga, como baterias descarregadas,
tal com aconteceu a Arigó e outros.

Acerca das dimensões do espaço, diz Helena P. Blavatsky:

“Cada um dos sete ciclos (rondas) vitais de nosso Globo, desenvolve uma dimensão do Espaço.
Porém, não se deve usar a frase “dimensões do espaço”, senão em um sentido figurado. É
absurdo crer que o Espaço possa ser medido em algum sentido. Mais completa é a frase
“dimensões da matéria no Espaço” porque, como disse Bain (Lógica, parte II, pág. 389), ‘o
conceder realidade às abstrações é o erro do Realismo’. Assim, o Espaço e o Tempo são
considerados com freqüência, como com existência, à parte todas as experiências concretas da
mente, em lugar de serem generalizações daquela, em certos aspectos. Porém, ainda em tal
forma, é, também, uma expressão imprópria, pois que, se bem é perfeitamente certo que o
progresso da evolução tem que fazer-nos conhecer novas qualidades características da
matéria, aquelas com as quais nos achamos já familiarizados são, em realidade, mais
numerosas que as correspondentes às três dimensões. As faculdades ou, talvez em termos
mais corretos, as qualidades características da matéria devem sempre ter uma relação direta e
clara com os sentidos do homem. A matéria possui extensão, cor, movimento molecular, odor,
e sabor, que se correspondem com os sentidos existentes no homem. A próxima qualidade
que aquela há de desenvolver e que poderíamos chamar “permeabilidade”, corresponderá ao
próximo sentido de “clarividência normal” que haverá de desenvolver o homem. Assim é que,
quando alguns pensadores tenazes e profundos, como Zöliner, Butlerof e o russo Wagner
imaginaram uma quarta dimensão, para explicar o passar da matéria através da matéria e a
produção de nós encerrados em uma corda fechada pelos seus extremos, o que imaginavam,
realmente, era a sexta qualidade característica da matéria. Em realidade, as três concebidas
dimensões pertencem a um só atributo ou qualidade de matéria que é a extensão e, o sentido
comum se revela justamente contra a idéia de que, sob qualquer condição das coisas, podem
existir mais dimensões que as de longitude, altura e espessura. A mesma palavra “dimensões”,
com efeito, pertence a um estado de evolução e pensamento, a uma qualidade característica
da matéria. Desde que a idéia de matéria surgiu no entendimento humano, não tem sido
possível aplicar mais que em três sentidos tais medidas, porém, semelhantes considerações
não contradizem em maneira alguma, a certeza de que com os progressos dos tempos e com a
multiplicação das humanas faculdades, haverão de multiplicar-se, também, as características
da matéria. É, pois, repetida expressão aquela incorreta maneira de expressar-se, senão, a
mais que concebida “sai” ou “se põe” o Sol...”.

Aula 39 - “Não importa até onde o homem estenda os seus sentidos,

sempre haverá um limite à sua percepção consciente”.

Carl G. Jung

Inspirados pelo conteúdo deste pensamento, veio-nos a pergunta: onde será o limite da
percepção consciente? E citamos, ainda, Jung:

“Alguns dos nossos pensamentos perdem a sua energia emocional e tornam-se subliminares
(isto é, não recebem mais a mesma atenção do nosso consciente) porque parecem ter deixado
de nos interessar e não têm mais ligação conosco, ou então, porque existe algum motivo para
que desejemos afastá-los da vista. “Esquecer”, neste sentido, é normal e necessário para dar
lugar na nossa consciência a novas idéias e impressões. Se tal não acontecer, toda a nossa
experiência permaneceria acima do limar da consciência e nossas mentes ficariam
insuportavelmente atravancadas. Assim como o conteúdo consciente pode se desvanecer no
inconsciente, novos conteúdos, que nunca foram conscientes, podem ‘EMERGIR’.”

Como um impulso, de onde 1 (UM) se torna 3 (TRÊS) e 7 (SETE) (a L E I), é o ETERNO, sendo 1, 3
e 7 ao mesmo tempo, ou seja, 1 como impulso, 3 como manifestação (como disse Pitágoras,
“O número três reina por toda a parte, tendo como origem o número UM”) e o 7 é a Divindade
manifestada no seio da Humanidade (a Mônada evolui através de 7 Planos ou estágios). Como
exemplo, temos a Luz (UM) do Sol que perpassando um prisma de cristal triangular (TRÊS), se
decompõe em sete cores ou Tatwas.

O sete rege a nossa vida; a semana tem 7 dias, dias estes regidos por sete Astros ou Planetas.
E, segundo H. P. Blavatsky, “existe um grande número de planetas, grandes e pequenos, não
descobertos ainda, mas cuja existência era conhecida dos antigos astrônomos e por todos os
Adeptos Iniciados. Somente sete de nossos Planetas se relacionam tão intimamente com nosso
Globo, assim como o Sol, com todos os corpos a ele submetidos em seus sistema. Os autores
antigos enumeravam os Planetas pela seguinte ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte,
Júpiter e Saturno, contando o Sol como Planeta, para fins exotéricos.”

O Sol, nessa relação, sendo o quarto Planeta, lembra-nos o fiel de uma balança, o tubo
luminoso de equilíbrio entre um plano e outro, entre o Plano do Macrocosmo e do
Microcosmo, ligando um ao outro, para que haja a tão propagada Concórdia Universal.

Os egípcios e os hindus dividiam o dia em quatro partes e cada parte se achava sob os influxos
de um Planeta. Passando o tempo, cada dia passou a ser demoninado com o nome do Planeta
que regia a primeira parte, ou seja, o Planeta que regia a parte da manhã. Os Planetas têm
correspondência com os metais, os dias da semana, com os sons, com as cores e com os
Princípios Humanos.

Cabe um esclarecimento: todas as faculdades mentais, emocionais, psíquicas e esprituais são


influenciadas pelas propriedades ocultas da escala de causas, que emanam as hierarquias dos
Regentes Espirituais dos Planetas e não pelos Planetas mesmo.

Assim temos, segundo o Professor Henrique José de Souza, no Livro “O Verdadeiro Caminho da
Iniciação”:

LUA Planeta neutro. Anjo: Gabriel. Metal: Prata. Pedra: Ametista. Dia: Segunda-feira. Cor:
Violeta. Animais: Gato, Cisne e Caranguejo. Flores: Jasmim e Bonina. Perfume para queimar:
Jasmim, Incenso. Perfume para usar: essência de Jasmim. Profissão: Artista.

MARTE Planeta Maléfico. Anjo: Samuel. Metal: Ferro. Pedra: Rubi. Dia: Terça-feira. Cor:
Vermelha. Animais: Lobo, Galo e Raia. Flores: Verbena, Cravo encarnado. Perfume para
queimar: Estoraque; Perfume para usar: Cravo, Verbena. Profissão: Militar.

MERCÚRIO Planeta neutro. Anjo: Rafael. Metal: Mercúrio. Pedra: Topázio. Dia: Quarta-
feira. Cor: Amarela. Animais: Macaco, Papagaio e Peixe-voador. Flores: Cravo amarelo.
Perfume para queimar: Mastique. Perfume para usar: Gardênia, Trevo. Profissão: Escritor,
Médico, Farmacêutico, Mecânico.

JÚPITER Planeta Favorável. Anjo: Saquiel. Metal: Estanho. Pedra: Rubina. Dia: Quinta-
feira. Cor: Púrpura. Animais: Elefante, Pavão e Delfínideo. Flores: as de cor Púrpura. Perfume
para queimar: Açafrão (Urucum, etc). Perfume para usar: Flor-de-maçã. Profissão: Qualquer,
pois o Planeta é propício a todas.

VÊNUS Planeta Favorável. Anjo: Anael. Metal: Cobre. Pedra: Safira. Dia: Sexta-feira. Cor: Azul-
índigo. Animais: Touro, Pomba e Foca. Flores: Miosótis, Hortênsia. Perfume para queimar:
Mirra, Alfazema, Benjoim. Perfume para usar: Idêntico às flores. Profissão: Qualquer,
principalmente médico.

SATURNO Planeta Maléfico. Anjo: Cassiel. Metal: Chumbo. Pedra:Esmeralda. Dia: Sábado.
Cor: Verde. Animais: Bode, Morcego e Siba. Flores: As de cor verde. Perfume para queimar:
Alecrim; Perfume para usar: Os de cor idêntica. Profissão: Lavrador, Sacerdote, Ocultista,
Astrônomo, etc.

SOL Planeta neutro. Anjo: Miguel. Metal: Mercúrio. Pedra: Carbúnculo. Dia: Domingo. Cor:
Alaranjada. Animais: Leão, Águia e Umbla. Flores: Girassol, Sempre-viva. Perfume para
queimar: Sândalo. Perfume para usar: Idêntico. Profissão: Médico, Cargos Administrativos, etc.

As cores dos Planetas são idênticas às dos Tatwas e estas cores estão intimamente
relacionadas com as cores emanadas dos sete principais Centros de Força existentes no corpo
humano, os Chacras.” Planeta nos lembra, também, de pequenos planos, como se a Divindade
fosse dividida em sete partes, um sétimo do Eterno. O Eterno desdobrado em sete tônicas
diferentes, para promover a dinâmica, determinar diretrizes, para que haja na Humanidade,
nos indivíduos, a Vontade de Deus como impulso inicial que, com sabedoria, realize atividades
construtivas que, num conjunto, elevem a categoria humana ao plano dos Deuses.

Não é por acaso que a espécie humana é regida por ciclos de sete anos. É aos sete anos que há
a primeira renovação celular significativa no corpo humano, para que o mesmo, por volta dos
quatorze anos, tenha já condições de realizar o milagre da geração e assim por diante.

E se o Eterno é UM e TRÊS ao mesmo tempo, ou seja, UM como impulso e TRÊS como


manifestação, sendo o SETE, princípio de realização, vêm-nos à mente que para se atingir a
Unidade, assim como o “filho pródigo que retorna à casa paterna”, cabe ao Ser Humano
equilibrar em si os sete Princípios nele existentes, os Chacras, para poder ser três como
manifestação e um como essência.

Para finalizar, um trecho retirado da Revista Brasil 2005:

“ Não fique aí ai ei !...

Fique aí parado contando os minutos de sua incerteza!...

Ei!... Não precisa ficar aí parado,

A Nova Era está chamando.

A Nova Era está chamando...


A Nova Era está...

A Nova Era...

A Nova... Até lá...

Aula 40 - Antropogênese e Cosmogênese

Chaves Numérica e Geométrica

Interpretação da Antropogênese e da Cosmogênese à Luz das Chaves dos Conhecimentos


Iniciáticos, classificados com os nomes de Numérica e Geométrica.

Quando a idéia transcende a limitação da mente, do cérebro humano, lança-se mão da


linguagem simbólica para melhor esclarecimento do estudo. No presente trabalho, buscamos
o simbolismo dos números e das figuras geométricas. Para isso, necessário se torna usar a
filosofia ou a parte abstrata dos números e das expressões geométricas.

Geometria – Ge + o + métrica: o zero (0) é o símbolo do Absoluto; métrica é o estudo que se


ocupa dos elementos necessários à feitura de versos medidos; linguagem própria de um poeta.
Logo, Geometria é o processo de metrificar, de versificar a Harmonia do Universo.

Passamos agora a nos ocupar com o simbolismo dos números, da Chave Numérica do primeiro
setenário, partindo, com efeito, do Zero, logo, o número 6 corresponde ao sétimo número.

Z E R O – Zero-Astro, Zoroastro (Divindade Persa). É o Absoluto; o Parabrahmá dos vedantinos;


a Realidade Única; o SAT, a Seidade não manifestada em ser, posto que é semelhante, a par
com o Ser e o Ser Absoluto.

S A T – simbolismo: S – descida, manifestação em espiral, Sabedoria;

A – Abstração; Triângulo de vértice para cima, indicando o Altíssimo;

T – símbolo de balança, tríade, etc. Na Tríade OM TAT SAT, o som, a tônica dos 3 últimos
Tatwas, SAT equivale a mente. Segundo os cabalistas é Chokmah. É considerado, também, o
Quinto Tatwa, o Akasha.
ZERO é, ainda, o OUROBORUS, a Serpente mordendo a sua própria cauda, alegoria da primeira
limitação do Ilimitado, do Tudo ou Nada.

U M – O Primeiro Logos ou Logos Impessoal, não manifestado; a Primeira Causa. O


Inconsciente ou Incognoscível dos europeus; a Mônada dos pitagóricos. U corresponde a dois
“is” juntos (ii), alegoria de uma geminidade, o um já se convertendo em dois. M, precioso
símbolo de Aquarius e, também, das ondas sonoras da força vibratória, movimento
permanente.

U M, invertido, foi o valoroso nome do Continente de “MÚ”, a Atlântida, onde floresceu a 4ª


Raça-Mãe.

D O I S – o Segundo Logos, Espírito e Vida, Purusha e Prakriti, a Dúada manifestada, dos


pitagóricos. A Suprema Essência, a Vida Universal polariza-se em Vida Energia e em Vida
Consciência; a Dupla Barba do Eterno; as duas Faces do Avô do Universo. É, também, alegoria
da Pedra Cúbica e da Pedra Filosofal dos maçons.

T R Ê S – O Terceiro Logos, a Ideação Cósmica, Mahat ou Inteligência, a Alma Universal do


Mundo. O Noumeno Cósmico da Matéria, a base de todas as operações inteligentes da
Natureza; o Maha-Buda. Sim, é o mesmo que dizer, a Tríade, a Suprema Trindade, etc.

Q U A T R O – A realidade UNA manifestada sob seus aspecto dual de Espírito e Matéria, no


Universo condicionado, ou seja, o Cosmo dos gregos; a harmonia ou equilíbrio daqueles
supremos contrários; a polaridade, senão, a Tetraktis, a Tétrada, enfim, o mais solene conceito
dos pitagóricos que obrigava até mesmo os Deuses, meditarem sobre o assunto.

Há duas maneiras de numerar: a concreta e a abstrata. A 1ª, na nova justaposição de


sucessivas unidades: 0 + 1 + 1; 1 + 1 = 2; 2 + 1 = 3... Esta concepção, meramente animal
(terceira dimensão), é teoricamente indefinida, porém, na prática, para o impulso porque
chega a carecer da precisão do nome e da idéia concreta, para enunciar as quantidades que
vão aparecer sucessivamente; assim, se encontram selvagens que só podem contar até 3 e
chamamos, genericamente, numeração concreta a muitos dos números sucessivos, os quais
passam a ser ensinados às crianças, jovens, etc.

_Os quatro primeiros números, como essenciais e característicos de mera animalidade, ou


melhor dito, da Natureza inteira, são conhecidos, provavelmente, até dos mesmo animais,
dado que na mente rudimentar desses seres existe o conceito do nada ou zero e do um. O
sexo, por sua vez, dá a noção do dois; os duais seres de seu bando – que não eles nem a
companheira – fazem três e, a causa que têm a buscar ou a livrar-se, constitui quatro. Daqui
por diante, se faz a noite mais impenetrável na mente do animal porque esse número que se
segue, o 5, já é característico do homem, daí seu nome troncal Man, Manú, o pensador e no de
panta, penta ou cinco, primeiro da continuidade de nosso pensamento, o selo indelével da
arma de superioridade física do homem sobre os animais. Sim, sua mão tem cinco dedos, o
polegar oponível (que se opõe aos outros quatro da besta), suas extremidades cruciforme com
a quinta ou cabeça acima e da superioridade moral, também, do seu dito pensamento.
Os Iniciados do passado nos legaram isto mesmo, escrito no inefável símbolo do PENTALFA ou
Pentágono Estrelado, em sua posição triunfal ou normal com o ápice da cabeça acima, muito
acima, mirando o alto do céu, embora que o mesmo Pentalfa volteie de revés, como símbolo
do homem caído e da besta, o ser que não compreende, o cinco com dois cornos, as orelhas e
a barba, do famoso cabrito (caprino, Bode de Mendes, Kumara, etc.).

O número cinco é composto de um binário e um ternário: o binário alteia toda a perfeição da


forma, embora que o homem perfeito, diziam, era um quaternário e um ternário, ou sejam,
quatro elementos materiais e três imateriais. Estes três elementos se encontram igualmente
no 5, quando representam o microcosmo.O microcosmo, portanto, segundo os pitagóricos,
está composto de três Espiritus e de um binário diretamente relacionado com a matéria
grosseira. E aqui, como diz Ragon: “a engenhosa figura formada pelos acentos (, ‘) que se
colocam sobre as vogais, segundo se davam ou não para serem aspiradas. Na primeira sigla (,)
denomina-se-lhe de “espírito forte” ou superior, é o mesmo que dizer: o Espírito ou Hálito de
Deus respirado pelos homens, embora que a segunda (‘) é o “espírito suave” ou secundário. Os
dois juntos abarcam por inteiro o homem e são o fluído vital ou quinta-essência universal”

T. Subba Raw, em seu livro Five years of Theosophy, capítulo dos doze Signos do Zodíaco,
expõe o sentido mais místico do número cinco, dando algumas regras que podem ajudar o
investigador a encontrar o profundíssimo significado da antiga nomenclatura sânscrita dos
primitivos mitos e alegoria dos ários.

Tudo isso se enlaça enormemente com as chamadas “categorias de Kant”: a categoria Zero é o
nada-todo de nossa ignorância inicial, antes de pensar; as outras cinco categorias são: Espaço
abstrato, Tempo (passado, presente e futuro, que são meras formas ilusórias do Eterno),
Número (positivo, negativo ou imaginário) e Pensamento, o ego sum latino de nossa Mente ou
Quinto Princípio, com o qual afirmamos a nossa consciência, frente a tudo quanto deriva das
outras quatro categorias que resumem o Universo e unifica estas à quinta ou Pensamento, na
grande figura geométrica do Pentalfa ou polígono estrelado, eterno símbolo de todo ser que
pensa.

A seguir o número 5 vem o número 6, ao qual também se denomina de “número da besta”,


talvez pelas razões que se seguem.

Antecipando, com efeito, a própria evolução humana, os animais de maior inteligência, como o
mono, elefante, cão, cavalo, burro, por acaso logram passar excepcionalmente de cinco e
chegam a seis, desta maneira: um, ele; dois, a fêmea; três, o filho; quatro, o ninho, a cova, o
refúgio, o lugar – se vale a frase – que defendem como a si mesmos; cinco, os demais de sua
tribo, como forma de unidade superior e, seis, todo o restante que não é ele nem sua parte. O
número 7 já é desconhecido.

Em geometria, esses mesmos animais têm uma idéia do ponto (ele); a linha (a distância que o
separa da fêmea buscada ou vítima eleita, linha, ademais, medida instintivamente no gato,
com a mais rigorosa exatidão), a da superfície e a do volume, segundo revelam todos os seus
atos, suposto concretamente, não em abstrato como nós. O grou, por exemplo, em seus vôos
de emigração tem, ademais, noção do ângulo, posto que a mais forte ou guia se situa no
vértice da proa, na marcha, para que as mais débeis encontrem já vencida, com as asas
daquela, a resistência do ar. A massa emigratória, por outro lado, no caso mais simples, dá a
idéia concreta do triângulo e, em geral obscurissimamente, dos demais polígonos que, para
elas, são como se fossem um mesmo.

O Supremo Orientador J H S ofereceu aos seus Discípulos a idéia da transição do Ser Humano,
em 4 etapas distintas: de 1 a 15 anos, de 15 a 30, de 30 a 45 e de 45 a 60. Daí por diante já se
entra numa fase regulada pelo comportamento das quatro etapas anteriores; passa-se a viver
baseado nas reservas acumuladas pelo organismo.

A vida da juventude equilibrada é base para uma velhice feliz. De modo análogo, procuramos
pensar nas fases, também quaternárias, na transição da humana vida, de um plano para outro,
da 3ª para a 4ª Dimensão.

Transcrevemos, a seguir, os ensinamentos que foram ministrados, pelos sábios e espiritualistas


Professor Henrique José de Souza e Dr. Mario Roso de Luna, acerca deste assunto.

Segundo a opinião do ilustre espanhol Sánches Herrero, desencarnação é a separação da alma


do corpo, mediante o total desprendimento do perispírito (duplo-etérico), o qual, durante a
vida intra-carnal, consubstancializa um com o outro.

Até agora, para elucidar este problema da morte, só se quis ouvir a voz da patologia. Já é hora
de escutar a psicologia transcendente (preparação da alma, possibilitando-lhe ter estado de
consciência de outros planos mais reais do que o Plano Físico) que tem muitas e muitas coisas
interessantes para dizer. Letamendi, que considerou este assunto do ponto de vista da Ciência
Patológica (do ponto de vista corpóreo), admitiu na morte quatro etapas sucessivas: 1ª)
Agonia; 2ª) Resolução; 3ª) Metagonia; 4ª) Restituição.

Agora estudaremos com detalhes, uma a uma. Porém, como temos três espécies de morte (a
do Corpo, a da Alma e a do Perisírito) e o citado estudo compreende apenas a sucessão dos
atos da carne enferma, para transformar-se num cadáver, declaramos que o
complementaremos com outros dados de outras origens, referentes à alma e ao duplo-etérico.

1º Tempo: AGONIA – derivado este nome de outro grego que significa luta ou combate. É a
debilitação (hipokinésia) progressiva, circulatória e respiratória e termina no momento em que
se paralisa o centro respiratório do bulbo, causa da intoxicação carbônica do sangue, isto é,
que pela dificuldade respiratória a quantidade de anidrido carbônico vai sempre aumentando
naquele e a de oxigênio diminuindo sem cessar, até anular-se. Essa paralisia bulbar chega de
um modo automático, fatal, necessário, ainda que suave.

2º Tempo: RESOLUÇÃO – é um ato instantâneo provocado pela paralisia antes indicada; é o


momento que o povo chama de “último suspiro”. Tudo faz crer que não é doloroso nunca para
a Alma, pela sensível razão que se encontra em plena incosciência. Quem contempla um
agonizante nesses dois primeiros tempos, se convencerá de que tudo isso tem o selo do mais
completo automatismo, como pertencente a duas grandes funções da vida vegetativa (a
circulação e a respiração) não submetidas à nossa vontade.
3º Tempo: METAGONIA – este como o seguinte, pertencem já ao cadáver, quer dizer, à ordem
do físico. Por Metagonia entende Letamendi certos fatos que podem se dar num cadáver, por
causas puramente físicas, como por exemplo, certos movimentos das extremidades, em alguns
coléricos. Estes não se devem a vitalidade alguma, posto que a atividade do Princípio Vital
ficou anulada naquele corpo, senão, as grandes perdas de água que sofreu, pelas toxinas do
Bacilo de Kock, que desintegraram os tecidos.

4º Tempo: RESTITUIÇÃO – assim chamou Letamendi à decomposição cadavérica. Se


pensarmos um pouco, acharemos esta palavra exatíssima. Com efeito, durante a vida intra-
carnal, devolvemos parcialmente à Terra, porções de matéria ponderável que lhe tomamos
emprestada, porém, neste momento, a devolvemos toda. Não podia ser diferente, pois que a
Lei da conservação da matéria foi demonstrada por Lavoisier e é um fato positivo “cuja
quantidade total é invariável, porém, suas transformações são indefinidas (Allan Kardec)”.
Porque, segundo o lugar que ocupa um átomo, assim funciona de um modo distinto. Exemplo:
não procede igualmente, o átomo de ferro de uma hemácia do sangue, do ferrolho da porta e
do disco do arado do campo.

No Dicionário de Euledburg, chamou o Professor de “Eutanásia Externa”, ao conjunto de


medidas que precisa tomar o médico para que a morte seja o menos dolorosa possível (por
exemplo, aplicando a anestesia) e de Eutanásia Interna, à preparação da Alma para morrer
consciente (lucidez). Segundo este autor, deve-se confiar esta última à Religião e à Filosofia.
Porém, o que ele não consignou foi que é o estudo da Psicologia Transcendental que
transforma a esperança noutra vida, na certeza científica. E para se inteirar disso, nenhum ser
sensato aguarda a agonia, senão que faz desta ciência, muito tempo antes, seu estudo favorito
(Iniciação Real).

Até aqui, o que descreveu Letamendi é o que pode ver qualquer um que examine um
agonizante. Agora exporemos a questão por dentro (como atua a Alma). Temos as declarações
dos médiuns-videntes em geral e em particular as do americano Jackson Davis e do Dr. Ciriax,
de Berlim. Aparecem assinaladas no Livro “Le Psichisme Experimental”, por Alfred Erni, Paris,
1895. Se trata do desprendimento automático do perispírito e se estabelece em três tempos:

1º Tempo: neste, todo o fluído do perispírito (Corpo Vital) repartido pelo organismo, se
reconcentra no cérebro físico. É uma atração semelhante à que exerce o imá sobre o ferro.

2º Tempo: saída pelo crânio de todo o perispírito (este, sabemos que é o exato fac-símile do
corpo orgânico) e colocação da alma, assim desprendida, a poucos passos do agonizante, do
qual depende, sem dúvida, por um tênue cordão fluídico que, simples expansão do perispírito,
vem terminar na região que medeia o coração e a cabeça (Chakra Laríngeo; o cirro da morte).
Foi comparado ao cordão umbilical, pelos que o observaram. Comparação muito exata, como
agora se verá.

3º Tempo: ruptura do cordão fluídico e completa liberdade do espírito errante, o qual, desse
momento, pode dirigir-se aonde quiser. Se vê, pois, que entre o nascimento carnal e o
espiritual, como o chamou Swedenborg, “morte” em termos vulgares, há uma analogia
completa; ali uma placenta, aqui um cadáver; ali um cordão umbilical a ser cortado, aqui um
outro, fluídico, que tem de se desligar para sumir o resto do perispírito. Ali um menino ou
menina, vivo, e aqui um espírito errante, perturbado, porém mais vivo do que nunca. Há algo
mais claro?Eutanásia Interna

O Grande Senhor JHS, pelo menos durante 40 anos, tentou aplicar aos seus Discípulos a
verdadeira “Eutanásia Interna”, senão preparando as almas humanas para tomarem o rumo do
EU Interno ou, antes, para irem para a parte interna do Globo Físico. Sim, Eutanásia Interna, no
sentido de preparar o Eu Interno, a Consciência Interna, de natureza dos Globos Internos dos
Mundos paralelos. Foi muito bem indicado o estudo da Psicologia Transcendental que outra
não é, senão, a aplicada pelo Avatara.

A Iniciação orientada pela Filosofia do nosso Grande Senhor e Supremo Orientador, é algo que
podíamos denominar de “Psicoterapia da Alma”. Ora, a Psicoterapêutica-Ritualística adotada
pelo valioso Legislador, teve a finalidade de provocar o ajustamento psíquico dos seus
Discípulos, preparando-os para outro ciclo, para outro Avatara.

Por isso é que se fala em “prova”. Ora, a prova é provocada pelo conflito de consciência, isto é,
o atrito dos desejos corporais, materiais, com as exigências da Consciência Espiritual. Por isso
que o Supremo Senhor conduziu seus Discípulos com liberdade de pensamento. Com efeito,
sem o auxílio da Psicoterapia Transcendental, as Nidhânas não são corrigidas. Isto posto,
jamais poderá haver harmonia numa associação, numa instituição ou num país. O tirar estas, o
ajustar os discípulos, equivale a dizer, prepará-los para que possam vivenciar a Idéia de
Unidade. Enquanto houver a mentalidade do “eu sou”, “eu quero”, “eu mando”, “eu sou o
único sábio”, haverá, naturalmente, a necessidade da Eutanásia Interna, senão, preparando a
mentalidade para a vida noutros planos, não além da morte, mas além da vida física.

No Diário de um Adepto, publicado no “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, 3ª edição, pág. 95,


há a ética a respeito da Linguagem Oculta, como “Poder de Comunicação Divina”:

“ O ignorante diz: eu sei;

O discípulo: assim o aprendi;

O Mestre: assim diz a Lei! “

O Grande Senhor JHS poderia dizer:

“A Lei é a conquista da Consciência Una do Supremo Avatara!”

“A reverência tributada aos Deuses, aos Sacerdotes, aos Mestres e aos Sábios; a pureza,
retidão, continência e mansidão, concorrem para a austeridade do corpo.”

“A conversação honesta, amena, verídica e instrutiva, além do habitual estudo das Escrituras,
concorre para a austeridade das palavras.”

“A agudeza mental, a igualdade, o silêncio, concorrem para a austeridade da mente.”

“Pura é essa tríplice austeridade se, com excelente fé, a praticam os seres humanos
harmonizados, sem visarem esperança nem recompensa.”
Glória aos Deuses nas Alturas e Paz na Terra aos que se harmonizaram com o Avatara JHS!

JUSTIÇA HARMONIA SABEDORIA !

Aula nº: 41 - Psicoterapia Transcendental ou Eutanásia Interna

Linguagem Mitológica

Embora os homens se jactem de seu imenso saber, a limitação dos sentidos que os envolvem
permite que vejam os aspectos da Verdade, também de modo limitado, limitadíssimo.

O processo que permite aos homens estenderem a mente a um plano mais abstrato, de
dimensões mais amplas, é a linguagem iniciática. O Ser Humano é que se faz capaz para
entender os aspectos da Verdade Eterna. Esses aspectos da Verdade, à primeira vista, se nos
apresentam como se fossem charadas, jogos de quebra-cabeça. O estudante ou candidato à
evolução espiritual, deve ter o trabalho de equacionar os dados, as informações recebidas dos
Irmãos mais velhos, mais antigos, procurando decifrá-los, integrando-se nos citados aspectos
da Verdade Eterna, a Suprema Sabedoria.

Os gregos primitivos, os hindus, chineses e outros, tinham como linguagem iniciática, a


mitológica. A Mitologia é uma linguagem teatralizada, assim como era outrora o bailado
sagrado, o qual era apresentado à guisa de tema de meditação. Sim, as assanas constituem
uma linguagem que, apesar de ser solenemente muda, mímica, entretanto transmite sublimes
mensagens aos portadores de apurada sensibilidade (espiritual ou artística).

Assim como todas as filosofias, textos sagrados, possuem seus intérpretes, seus doutores, a
Mitologia, as assanas dos bailados sagrados também os possuem.

A exemplo do que afirmamos, apresentamos um comentário mitológico, relativo ao


nascimento de Júpiter.

Conta-nos a Mitologia que Cronos, o medidor do tempo ou senhor do tempo, viveu longas
insônias, de olhar pregado no escuro do mundo, a ausência de luz. (Se Cronos era medidor do
tempo ou o seu senhor, naturalmente encontrava-se numa situação limitada, sua visão estava
limitada, reduzida ao plano concreto. Luz é símbolo do conhecimento abstrato, global,
universal, etc.)

“Como impedir que se cumprisse a terrível profecia da Mãe Gaia, que um de seus filhos lhe
usurparia o trono?” (Gaia, não nos atendo ao grafismo e sim ao som da palavra, à abstração,
portanto, lembra-nos a palavra MAIA, aquela que, embora sendo uma, cria a multiplicidade de
formas, a ilusão. Dentro da linguagem tradicional, temos: GAIA ou AG + IA ou IO. AG é radical
da palavra AGNI, Fogo, e outros termos com o sentido de Fogo Universal, Vida, etc. IA ou IO
tem o sentido de Água. Gaia, portanto, expressa a ação da Água e do Fogo, senão, os Pai e
Mãe Universais. Gaia, Geia, é igual a Terra, daí a Tríade: Fogo, Água e Terra, criando um
ambiente de humidade, o qual propicia a germinação da vida, a geração, etc.)

Depois de muitos planos e tramas, medos e confusões, dentro da noite fulgurou a resposta,
fez-se a luz: de um salto, CRONOS ou Saturno ergueu-se e correu para junto de REIA, sua
mulher (Reia, Matéria, Terra) mas não lhe dirigiu palavra alguma. Em silêncio, agarrou seu
primeiro filho, que acabara de nascer, e devorou-o! Era início da sangrenta rotina. (Cronos ou
Chronos, grego, o tempo! Nome grego de Saturno. Em sua homenagem os gregos celebravam
uma festa chamada Chronia. Era um dos maiores Deuses e os cartagineses tinham um respeito
tal que não se atreviam a pronunciar seu nome e chamavam-no “O Ancião”. Correu para junto
de Reia, sua mulher, porque como andrógino, procurou o que lhe faltava: a contraparte, de
quem nasceu o filho. De modo que Cronos, Saturno, Reia e o filho devorado formaram uma
unidade, como se corpo, alma e espírito se fundissem numa consciência única. É algo
semelhante ao simbolismo da abelha rainha: o zangão que resistir voar mais alto, a fecunda e é
como se encarnasse nela. Depois da abelha rainha dar à luz, morre e a consciência ou luz dos
dois funde-se no filho, a colméia).

Raia deu à luz outras crianças, porém a nenhuma teve o prazer de acalentar. Estava cansada;
precisava encontrar uma solução para salvar o filho que abrigava no ventre. Procurou, pois, a
sábia Gaia e, ajudada por ela, traçou um plano. Ao chagar o momento do parto, Reia iludindo a
inexorável vigilância do marido, ocultou-se numa distante caverna, nos densos bosques de
Creta. Ali, ZEUS veio ao mundo. (Reia deu à luz outra criança, Zeus, de uma hierarquia
superior, a qual não poderia ser criada no mundo dos homens. Foi, pois, se esconder na
floresta, como que procurando outro plano. Ora, na época de Gautama, o Buda, Ele deixou
toda a fortuna material, indo para a floresta realizar as suas meditações. Sim, foi à procura de
um local jina. Júpiter para os gregos tem o mesmo sentido do Melki-Tsedek hebreu, do
Gautama budista e do Cristo cristão. Os demais aspectos mitológicos ficarão para os leitores
interpretá-los).

Enquanto Gaia, a Mãe-Terra, acolhia o menino em seus braços, a Deusa retornou ao lar.
Vibrava de alegria, mas também de medo; podia falhar a trama tão carregada de esperanças.
O amor pelo filho, entretanto, dominou os receios. Reia apanhou do chão uma PEDRA,
envolveu-a em grossas faixas e entregou-a a Cronos que, sem perceber o logro, rapidamente a
ingeriu. Então a Mãe de Júpiter respirou aliviada. Salvara o filho, mas selara a profecia: em dia
próximo, o último filho de Cronos tomaria das armas para encerrar o sombrio reinado de
sangue de seu pai.

Ao crescer, Júpiter destronou Cronos, venceu os titãs e os gigantes. Com a tríplice vitória,
firmou-se como senhor absoluto do mundo e encerrou o ciclo das divindades tenebrosas, das
forças desordenadas que tudo corrompem e destroem.

Para os filósofos, seu triunfo simboliza a própria vitória da ordem e da razão sobre os instintos
e as emoções desenfreadas. É ele quem abre aos homens o caminho da razão e ensina-lhes
que o verdadeiro conhecimento só é obtido a partir da dor. Mas não assiste impassível os
sofrimentos humanos, ao contrário, apenas não se deixa levar pelas emoções, pois é a imagem
da justiça e da razão. Sabe que não deve interferir nas descobertas pessoais; cada qual tem de
viver sozinho sua própria experiência.

Usando o direito do livre-pensar, veio-nos à mente o seguinte:

JÚPITER, JU PITER, IU PITER – do inglês YOU PITER, “você é Pedro, você é pedra”.IO PEDRA –
caminho da manifestação ou densificação (se é que podemos usar este termo), da Divindade,
como poder absoluto e coeso.

JU, IU, IO – caminho.

PI – segundo os pitagóricos, 3, 14, 16.

3– “O número três reina por toda a parte”, portanto, o símbolo da Divindade


manifestada.

14 – Segundo os Tarôs é o número que representa o equilíbrio, a metamorfose.

16 – Segundo, ainda, os Tarôs, “sofrer no afã de desembaraçar-se da matéria é revestir-se


de imortalidade”.

TER – lembra-nos TERRA.

JÚPITER

JU PITAR

IU PITÁGORAS

IU PITAGÓRICOS

PITA GO U RICOS

PITA GOUROS

PITHA, em sânscrito, significa o SOL, o FOGO. Olhando por este ângulo, esta análise nos leva a
pensar que os pitagóricos eram os GÔROS DO GRAAL, os portadores da Sabedoria Eterna.

JÚPITER – o caminho ou passagem da Divindade na Face da Terra, dano nova tônica, com a
missão de fazer LUZ onde antes reinava a ignorância.

A Nova Era ... Até lá!

A Nova Era ...


Aula nº: 42 - Genealogia secreta do Ser Humano

A Genealogia Secreta do universo manifestado, é algo que preocupa o Ser Humano, quando
passa a pensar em algo mais elevado, além das suas limitações, da reduzida autonomia dos
sentidos.

O Ser Humano, como um microcosmo, para se por em movimento, em ação, para realizar algo
no plano objetivo, necessita, naturalmente, de seus órgãos ou membros: braços e pernas. Com
efeito, pensando na origem secreta do mundo, na Cosmogênese, na formação dos universos,
associamos desde logo os 4 Elementos ou Princípios básicos desta formação, desta Obra do
Criador: Terra, Água, Fogo e Ar. Observamos:

As tradições mais antigas falam nos 4 Elementos que compõem a enigmática Esfinge: Touro,
Leão, Anjo e Águia;

No Egito primitivo, esses 4 Elementos eram apresentados com o nome de “os 4 Osiris”.

OSIRIS – é o supremo Deus do Egito, filho de SEB (Saturno), o Fogo Celeste, e Naiti, a Matéria
Primordial e o Espaço Infinito. E, existente por si mesmo, é auto-gerado, a primeira Deidade,
nosso Terceiro Logos. É a Unidade, mas quando diferenciada, torna-se personificada
convertendo-se em Tifón, seu irmão... Isis e Nefti, suas irmãs; Horus, seu filho e há outros
aspectos. Nasceu no Sinai, o Nyssa do antigo Testamento, em Abidas... depois da morte de
Tifón, na prematura idade de 28 anos, segundo a alegoria. Para o sábio Eurípedes, é o mesmo
Zeus, é o Dionísio. Dionísio e Nyssa... o Deus Nyssa, isto porque Osiris foi criado em Nyssa,
Arábia. É, também, o Deus Jeovah-Nissi ou, cabalisticamente, DIO IAO NYSSI... Com efeito,
JEHOVAH tem o sentido de 4 atributos, Tetragramatom: Iod-Hé-Vau-He. Descrevemos, agora,
os 4 aspectos de Osiris, os 4 aspectos do grande Deus:

OSIRIS PFAH – Luz, o aspecto espiritual, essencial...

OSIRIS HORUS – Mente, o aspecto intelectual, manas...

OSIRIS LUNUS –o aspecto lunar, psico-astral.

OSIRIS TIFÓN – o aspecto demoníaco, físico, material e, por conseguinte, passional,


turbulento...
Os conhecimentos humanos nomeiam-nos como sendo as direções do mundo, os 4 Pontos
Cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste;

Na tradição hindú, em sânscrito, seus nomes são: Dritarasthra, Virudaka, Virupaksha e


Vaisvarana e, respectivamente, são posicionados no Norte, Sul, Oriente e Ocidente.

O terceiro princípio de Hermés, o Trimegisto, diz: “Princípio da Vibração” – Nada está parado,
tudo se move e tudo vibra...”

O Excelso Senhor JHS nomeou esses 4 Princípios básicos do Universo, como sendo os
seguintes: Forma, Número, Cor e Som (vibração)...

O grande Pitágoras, disse: “Deus cria geometrizando...” Por exemplo, o Globo Terrestre é um
globo com representação na Chave Geométrica dos conhecimentos iniciáticos, pois, na Ciência
das Idades é representado por um quadrilátero e sua parte essencial, espiritual, por um
triângulo com um ponto no centro.

De modo que o Universo é o S O M. Por isso os espiritualistas respeitam e pensam na


expressão “O SOM INEFÁVEL”. Com efeito, o Universo é a Grande Harmonia e se movimenta
através das escalas musicais. Por isso o Excelso Senhor JHS falava sempre em Harmonia,
Melodia e Ritmo. Baseados na idéia da escala musical, os teósofos, a Ciência das Idades,
nomeiam o Ser Humano com 7 princípios, na escala evolucional desta Hierarquia. De modo
que o comportamento dos homens, tanto pode constituir uma humanidade harmônica, como
pode concorrer para que haja uma caótica. Assim, quando se diz: “O Verbo se fez carne”,
equivale a dizer: o SOM, na boca humana, tornou-se em palavra para expressar, dar forma a
uma idéia. Bendita seja a boca que transforma o SOM em palavras nobres, poéticas e canto, a
fim de louvar a Natureza, reflexo da celestial Mãe Divina.

Emanuel Swedenborg, o grande sábio sueco que viveu nos anos de 1668 a 1772, já naquela
época se expressava dizendo que: “a Lei mais essencial da Natureza é a vibração. Um ponto
morto, um ponto imóvel é absolutamente impossível dentro de nosso sistema. Os movimentos
sutis que chamamos de vibração ou onda, os mais vigorosos que chamamos de oscilações, as
trajetórias dos planetas que chamamos de órbitas, as épocas da História que conhecemos
como ciclos, tudo é movimento ondulatório, sim, ciclo de ondas no ar, no éter, na água, no
aura, na terra, por nebulosas, pensamentos, emoções de toda forma imaginável”.

A ciência oficial, materialista, limita seus conhecimentos ao que afeta os sentidos atuais da
espécie humana, ao passo que a “Ciência das Idades” a excede, porque vai pesquisar em
fontes onde se encontram ensinamentos do Ego, inteligência superior, de capacidade de
evolução muito mais alta, muito mais desenvolvida, podendo entrar em ação com faculdades
de cuja posse não suspeite sequer a generalidade humana, dentro de suas reduzidas
atividades físicas e mentais. Para esta mentalidade, o Universo, com tudo que contém, é
completamente ilusório porque supõe que os fenômenos que observa são como eles
impressionam e não, tais como são realmente.
Observamos também, cada indivíduo tem uma tônica que lhe é peculiar, tem seu próprio
processo de entender os aspectos da Verdade. Se a Verdade, para cada um de nós, está, pois,
na conformidade da relação que existe entre nosso entendimento e a realidade, segue-se que
pode haver, no estado autal da Humanidade, tantas verdades quantas modalidades, segundo
as quais se nos apresentam os fenômenos que observamos, assim como podem também haver
efêmeras ou transcendentes.

Com efeito, afirma a Ciência das Idades que a Lei que rege o nascimento, o desenvolvimento e
o fim de tudo que se contém no Universo, tem que ser a mesma, desde o Sol até o verme mais
insiginificante. Pode haver maior ou menor perfeição na sua realização, mas as forças que
agem e a substância sobre a qual atuam, incontestavelmente são sempre as mesmas.

Estudando o Universo, desde a célula diferencial até as nebulosas, esforça-se o Homem por
conhecer as leis da Natureza, para chegar a conseguir dominar forças que no estado atual da
sua ignorância, agem discriminadamente, sem o necessário controle. O real e positivo não
somente o que se vê, ouve, aspira ou apalpa, mas tudo quanto possa ser deduzido
logicamente... Não é possível mais negar o que não é constatado pelos órgãos, negar o que
não é constatado pelos órgãos sensoriais comuns, mas que pessoas de acuidade sensível,
acima da média geral, são suscetíveis de perceber, desde que recebam infuência das forças
latentes que existem neste colossal reservatório de energias que é o ambiente que nos cerca...

As teorias físicas existentes prestam-se perfeitamente para explicar de modo cabal tudo de
que necessita o Homem, para que, mesmo sem sair das observações através de seus sentidos
atuais, vá conseguindo averiguações com o auxílio de experiências e, por meio de deduções, vá
chegando até o conhecimento de determinadas leis da Natureza, sobre as quais se poderá
basear então, para compreender que segue caminho seguro nas suas investigações.

Falta preparar-se o investigador para ir entrando em harmonia com as forças latentes da


Natureza, de modo a conhecer e por em ação as íntimas relações existentes entre o seu
organismo e as forças que o cercam, que podem passar e repassar ao alcance da generalidade
humana, sem que as perceba de nenhuma maneira.

A constante preocupação de compreender a verdadeira finalidade da existência humana é


necessária e suficiente para que possamos ir controlando todas as nossas ações, por mais
insignificantes que nos pareçam, para conseguir dominar os instintos e, deste modo, incentivar
tudo que possa concorrer para nossa elevação moral. Os conhecimentos da ciência a respeito
dos mundos invisíveis ou supra-sensíveis não podem mais pô-los em dúvida, desde que, por
exemplo, pelas radiações ultra-violeta são conseguidas impressões fotográficas que o espectro
solar é incapaz de distinguir entre as colorações conhecidas.

Os mistérios da Natureza que constituem o que geralmente toma o nome de ocultismo


(Ciência das Idades), embora sob tal denominação se ocultem também os que o exploram
ignobilmente, precisam ir sendo pouco desvendados, à medida que os estudiosos forem
percebendo quanto é limitada a ação de seus sentidos atuais e procurarem desenvolvê-los,
adaptando-se às leis invariáveis dessa mesma Natureza e, deste modo, abandonando a idéia
egoísta e irrisória de que o Universo, com todas as maravilhas que o compõem, foi criado para
mera satisfação de seus desejos pessoais, passando assim o observador a ser o centro de
gravitação de todo o mesmo Universo.

O que existe de fato, é a Lei e o estudante de espiritualismo está a caminho de ser um adepto
da Boa Lei. Por isso pertence a todos, desde que estejam de acordo com ela, a começar pela
própria Natureza, isto é, pelo aperfeiçoamento humano, por meio da união de seu espírito
com a Vida Una. E... a VIDA UNA, simples e harmônica, é a base de toda a Lei, a programação
evolucional.

Apresentamos, agora, mais alguns dados acerca de vibração, de som, fornecidos pelo
Venerável Senhor JHS:

“É verdade que as concepções físicas modernas já estabeleceram propriedades comuns a


todos os componentes do mundo, que se distinguem apenas pela diversidade da energia de
que estão animados.

Essa diversidade de energia é considerada pelos seus efeitos porque não é difícil conhecer as
íntimas correspondências que existem entre as diversas formas de energia. Quer isto dizer que
varia apenas o gênero da vibração, assim como o meio em que age, cujo grau de elasticidade
permite mais ou menos e facilmente a propagação vibratória e,à medida que aumenta a
freqüência vibratória, é óbvio que o ambiente se vá tornando cada vez mais sutil.

Num meio assim mais elevado, mais fino e apurado, na coloração devem ser mais brilhantes e
os sons forçosamente mais harmônicos. O som é, aliás, uma vibração ritmada que, embora
para a sensação humana seja a que se serve de veículo mais denso, para propagar-se, como é
o ar atmosférico, tem uma significação muito elevada, pois que com ele é identificado o
impacto primordial que deu causa à formação do Universo. Este SOM a que nos referimos
neste estudo é o Logos platônico, mas é, também, o som produzido pelos trovões do
Apocalipse, as trombetas de Ezequiel ou o Vach indiano, que se manifesta como SARASVATI, a
Deusa da palavra e da eloqüência.

A Ciência das Idades ensina que todo o som produzido no plano inferior do mundo visível e
audível, desperta outros sons harmônicos na parte mais sutil da Natureza. Desse modo, o som
que emitimos com o poder mágico da palavra, oriundo do magnetismo pessoal de cada um,
não deve ter limites senão os determinados, infelizmente para nós, pela restrição de nosso
sentido de audição e quaisquer vibrações que dêem lugar à produção do som, devem agir
como disse, em todos os planos da Natureza. Em outras palavras, toda a NATUREZA se
apresenta assim como uma formidável escala de harmonia.

Compreende-se, pois, sem grande dificuldade, como os estudantes da Ciência das Idades
admitem que o som produzido pela palavra sagrada emitida naturalmente pela Entidade que
só possui elementos puros na composição de sua personalidade, constitua, por si só, o mantra
dos mantras, do mesmo modo que somente desgraça pode atrair para aqueles que a
pronunciem com pesamentos idignos, sem consciência pura e sem conhecer o desejo firme de
ser útil à Humanidade.
Essa palavra só pode ser emitida, com sua verdadeira vibração, pelos grandes Adeptos que,
porém, nunca a pronunciam entre profanos, porque, como tais, estes se acham em completa
desarmonia com os centros de força sobre os quais ela atua imediatamente”.

Glória aos que usam o silêncio de ouro e a linguagem poética !

Aula nº: 43 – As leis vulgares não se seguem com o Ocultismo

e com a Filosofia dos Avataras

As leis vulgares não se seguem com o ocultismo e com a Filosofia dos Avataras; cada uma tem
sua ação, nos respectivos planos.

A augusta presença dos Avataras na Face da Terra tem a finalidade de impulsionar a evolução
espiritual dos componentes da Humanidade, dos homens em evolução, nesta nossa esfera
ainda com a superfície voltada para o Globo Lunar.

O Espírito de Verdade, impulsionador da dinâmica em nosso Plano, teve ocasião de dirigir aos
homens, embora sem ser compreendido e muitas vezes desconhecido pelos portadores da
cegueira espiritual, desconhecimento daqueles que coseguiram apagar a sua Chama Interna,
reflexo da Grande Chama, que é a Vida Universal: “Se todas as vezes em que me manifestar,
usar as mesmas palavras, as mesmas indumentárias, os mesmos costumes, hábitos, etc., não
haverá evolução”.

O que mais atrapalha a evolução espiritual dos seres humanos é a rotina intelectual, as
incrustações emocionais que se diversificam em vários aspectos: religiosos, filosóficos,
científicos, falso espiritualismo, orientalismo decadente, etc.

Com efeito, as Leis que regem os homens vulgares não podem ser as mesmas que regem os
HOMENS SUPERIORES, já com lampejos geniais, jinas, portadores da Mente Divina, da Supra-
Inteligência, sim, elementos que agem em diferentes planos de ação da atividade universal.

Ao fomentar o estudo das religiões, das falsas teorias do espiritualismo, das religiões
comparadas, da filosofia materialista e da ciência, mister se faz compreender que a espiritual é
uniforme através as idades, os ciclos, enquanto que as formas religiosas são múltiplas e
diversas. Estudar as Leis inexplicadas da Natureza e os poderes latentes no Ser Humano, a
investigação de ambas as coisas tem apenas um alcance científico, extensivo a regiões ainda
por explorar. E a isso, ajunta o Sr. Van der Leeuw: “Aqui, tal como a música, o objeto visado e o
exame dos fatos, já por meio dos sentidos ordinários, já por meio de outros, o processo existe
em percepção paciente e exata, em comparações e provas e inspirações, para chegar a um
conhecimento dos fatos. Com tudo isso, por generalizações, o conhecimento das leis e o
emprego das forças, podem ser obtidos”.

Um dos processos de aperfeiçoamento dos vedantinos, é o Livro “Manava-Dharma-Shastra”,


que ensina:

“A retribuição devida aos atos – conhecei agora, quais são os atos que podem conduzir um
bramane (se humano) à felicidade suprema (Moksha ou Niszreyasa): estudar e compreender
os Vedas; praticar a devoção austera; reconhecer em si próprio Brahmá (Deus Interno);
dominar os órgãos dos sentidos; não fazer mal a ninguém nem a coisa alguma e honrar o
Mestre espiritual, são os principais preceitos, as principais obras que levam à beatitude final”.
Porém, entre todos esses atos virtuosos praticados neste mundo, disseram os santos,
interrogando o Senhor, não há nenhum maior que os demais para conduzir à felicidade
suprema? “De todos esses deveres, o melhor é adquirir pelo estudo dos Upanishads (livros
sagrados) o conhecimento de Para-Atmã, a Alma Suprema, pois deve ter por mui certo o
estudo do Veda ou Lei, com o fim de conhecer a Alma Suprema do Universo, que foi olhado
pelos sábios como o meio mais eficaz para conseguir a felicidade, tanto neste mundo como no
outro, já que nesta obra e na adoração da inefável Alma Suprema, estão inteiramente
compreendidas todas as regras de boa conduta”.... ... ...

“Assim como um fogo violento queima até as árvores verdes, o homem que estuda e
compreende os livros santos, apaga em si toda a mácula nascida das paixões, e aquele que
conhece perfeitamente o sentido do Veda Shastra (preceitos ensinados do Veda ou da Lei),
qualquer que seja seu estado, prepara-se durante a vida, se estuda neste mundo, para a
identificação com Brahma (libertação). Os que mais estudaram, valem mais do que os que
nunca leram; os que possuem tudo quanto leram, são preferíveis aos que leram e logo
esqueceram; os que compreendem, possuem mais mérito do que aqueles que o sabem
simplesmente de memória; os que cumprem com o dever, uma vez este conhecido, são
preferíveis aos que simplesmente o conhecem mas não o praticam. O conhecimento da Alma
Suprema (Sabedoria Divina) e a devoção para com Ela são, para um discípulo, os melhores
meios de chegar à felicidade da libertação; com a devoção apaga as faltas; com o
conhecimento de Brahma (Deus) consegue a imortalidade. O que procura adquirir um
conhecimento efetivo de seus deveres, possui três maneiras de provas: a evidência intuitiva, o
raciocínio discursivo e a autoridade dos diferentes livros reduzidos da Santa Escritura. Somente
aquele que raciocina, fundando-se no Veda, é o que pode conhecer muito bem seus deveres
religiosos e sociais. As regras de conduta que se acham enumeradas para alcançar a libertação,
foram declaradas como exatas e completas; por baixo delas está revelada a parte secreta
deste “Código do Manú” (VV 101 a 105, pa).

“Quando o brâmane, concentrando em tudo isso sua atenção vê a Alma Divina em todas as
coisas visíveis e invisíveis, pois considera a Alma Divina em tudo e reciprocamente tudo na
Alma Divina, não entrega seu espírito à iniquidade. A Alma Suprema, com efeito, é a síntese de
todos os Deus e aquela que pulsa no fundo de quantos atos realizam todos os seres animados.
Quando o brâmane contempla, em suas meditações, o éter sutil que inunda todas as cavidades
do coração; o ar que atua em seus músculos e nos nervos dotados; a água, nos fluidos do seu
corpo; a terra, em todo o seu corpo. Vê, também, a Lua (hindu) em seu coração; os Gênios das
oito regiões do espaço, no órgão de seu ouvido; a Hara, em sua força muscular; Agni, em suas
palavras; Mitra, em sua faculdade excretória; Pradjapati, em seu poder criador. Porém, acima
de tudo isso, deve representar ao grande SER (Supremo Criador) como Soberano Animador do
Unverso, mais sutil do que o átomo, mais brilhante do que o ouro, mais puro e único capaz de
ser concebido pelo espírito, no sono da mais abstrata contemplação. Uns adoram o Para-
Purusha (Supremo Criador) no Fogo elemental; outros, no Manú, Senhor de todas as criaturas;
outros, em Indra; outros em Vayu e Tejas; outros no eterno Brahmá. Porém, este soberano
Senhor é Aquele que, envolvendo a todos os seres com um corpo formado dos cinco
elementos, faz-lhe passar, sucessivamente, do nascimento ao crescimento, do crescimento à
dissolução, como movimento semelhante ao de uma roda quando gira. Por isso, o homem que
reconhecer a sua própria alma na Alma Suprema do Universo, presente em todas as criaturas,
mostra-se igual perante todos e tudo e alcança a mais feliz das sortes: a de ser, finalmente,
absorvido no seio de Brahmá”.

Assim terminou o sábio Mestre e é dwidja (duas vezes nascido) aquele que ler este código do
Manú, por Ele promulgado, e será sempre vitorioso e obterá quanto felicidade desejar”.

Baseados no sentido do título desta monografia, daremos outra interpretação a esse nosso
trabalho, aliás de grande importância para o esclarecimento dos assuntos aqui transmitidos,
pelos Seres citados em nossas pesquisas. Procurar seguir a vida dos sábios, é uma grande
orientação, para quem está no caminho dos aspectos da Verdade.

Graças aos sublimes ensinamentos dos dois maiores Sábios do Século XX, no Ocidente, Dr.
Mario Roso de Luna e o Excelso Professor JHS, compreendemos que o discípulo alcança os
mais altos estágios da evolução espiritual, nesta escala setenária relacionada com o Ser
Humano, através de dois processos:

Primeiro: o que se denomina de “Iniciação Real”, isto é, a adaptação à Vida Una, Universal,
usando os preceitos, ou melhor, os conceitos apresentados anteriormente, pelos sábios da
antiguidade. Essa Iniciação Real baseia-se na transformação interna do discípulo. Esse tipo de
Iniciação está muito bem caracterizado nas três sábias palavras, proferidas por vez primeira
pelo Excelso Senhor JHS: Transformação, Superação e Metástase, ou seja, a Transformação dos
acontecimentos, a Superação dos ciclos e a Metástase Avatárica (Metástase no sentido de
atingir a meta do êxtase, penetrando na Vida UNA).

Esse processo iniciático adotado pelo Excelso Senhor JHS, consiste em levar o discípulo a tirar
de dentro de si, pelo potencial espiritual que lhe foi dado ao nascer, ampliando-se
progressivamente no natural desenvolvimento biológico. O papel do Mestre é aquele definido
pelas sábias palavras de São Paulo, ou seja, partejar, auxiliar o discípulo para que se harmonize
com a escalada da sua Montanha Espiritual e provocá-lo a tirar de dentro de si, a semente, o
bijam dos aspectos da Verdade, que se aninharam em seu coração. Por isso as crianças
praticam um bom ou mau ato, não por serem inocentes, mas por estarem num estado de
inocência. Seus atos são regulados pelas suas tendências ancestrais.

Segundo: Há o processo erudito ou da memorização das coisas, das pesquisas, organizando no


cérebrp um processo de ciências estatísticas, não penetrando no sentido abstrato das coisas
válidas. Enche-se a memória do indivíduo de nomenclaturas. Muitas vezes, uma rica
nomenclatura quer dizer uma mesma coisa.

O primeiro item tem a finalidade de buscar a origem das coisas, através da meditação,
pensando, pensando, pensando, etc. No segundo, os elementos de pesquisa são os efeitos do
ato da manifestação dos fenômenos ou o ato, ainda, o hábito de se usar as palavras.

O Ser que se encontra na Vereda da Verdade, é algo como se fora uma criança: em cada dia
surge uam novidade, um vislumbre da Verdade, à guisa de um alento, de um impulso interior,
o qual, muitas das vezes, se transforma no Poder Interno a que se denomina de FÉ. Disse
Ingenieros: “A FÉ é a força do inventor, do sábio”.

VEDAS – citamos esses ensinamentos vedantinos, porque o termo Veda é derivado da raiz Vid,
“conhecer”, mas o “Conhecimento Divino”. O conhecimento dos Vedas, segundo o Excelso
JHS, quer dizer: conhecimento visto, ou seja, adquirido pela clarividência ou apoiado pela
intuição pura, através da ação do Plano Búdico.

GLÓRIA AOS QUE PROCURAM VER E SENTIR OS ASPECTOS DA VERDADE !

Aula nº: 44 - Shamanismo e o Avatara de Avalokite-Iswara

De conformidade com o programa idealizado para essa série de estudos sobre os valores e
trabalho dos Avataras, através dos tempos, dos séculos, partindo naturalmente da Atlântida e
perpassando a antiga China, o Tibet, Índia, Oriente Médio, Egito, Europa, Américas e
finalizando no Brasil – Brasil de Badezir e Yet-Baal... ... ..., coube-nos, agora, estudar o
Shamanismo, o qual sendo encarado com profundidade, leva à conclusão que sua antiguidade
merece respeito, porque teve suas raízes mestras na Atlântida, ramificando-se para as Nações
acima citadas. Suas ramificações, seus hábitos, suas cerimônias, chegaram até os índios do
Brasil, principalmente os que habitam ao Norte, se estendendo às Antilhas. Antilhas: ante-
ilhas, atlante-ilhas, ou seja, a idéia da existência do grande Império denomindado de “País de
MÚ”, onde se realizou o mais sublime Império Sinárquico já existente em nosso Globo. Era
dirigido pelos Reis de Edom, porque o nome desse Império, também era denominado de “o
Édem da Terra”...

Estudando a História dos Avataras, segundo o Professor Henrique José de Souza e o Dr. Mario
Roso de Luna, compreendemos que há muitos séculos, longos ciclos, os excelsos Avataras vêm
renovando a vida de várias civilizações, quando se tornam inertes, desgastadas. A esta altura
surgem os valorosos reformadores, tais como Som-Kapa e muitos outros, como que religando
os membros da Humanidade ao ponto de origem ou à Suprema Unidade, vivenciando o
sublime lema: “UM POR TODOS E TODOS POR UM”. Hoje pensamos utopicamente, mas
chegará a época em que os seres humanos irão desfrutar da Fraternidade Universal, também
denominada de “Fraternidade Branca”.

Passamos agora a esclarecer o sentido do primitivo Shamanismo, ligado ao proclamado


Avatara de Avalokite-Iswara:

“A palavra tibetano-parsi ‘Shan-mano’, o cultivador do divino Shamanismo, equivale como é


fácil de ver a de ‘homem régio’, Rei Divino, Salvador ou Soter, daí os termos Sha, Shar, Tsar ou
Tzar ou Zar com os quais se designam, ainda, os soberanos e, antes de 1917, eram designados
os da Russia.

A seita Tao-Kiao ou Taose, segundo Schott, denomina Sian ou Shin-Sian àqueles anacoretas
que por seus ascéticos costumes ou talvez mediante certos elixires e outros processos,
obtiveram a posse de dons maravilhosos, entre eles o de prolongar em muito, a vida humana.
O que Marco Polo afirmou que se verificava no Século XIII, se acha corroborado em nossos
dias: “Existem ali – disse – certas pessoas chamadas Chughi (yoguis) ou brâmanes, cuja vida
pode chegar até os 150 ou 200 anos. Comem muito pouco e isto, arroz e leite. Fazem,
também, uso de certa beberagem, composta – disse – de enxofre e mercúrio, que tomam duas
vezes por mês e acrescenta que o “mercurius vitae” de Paracelso, era um composto de
antimônio e mercúrio”. (Livro de Marco Polo, vol. II, págs. 130 e 352 e Cel. Jule, vol. II, pág.
353).

“Porém o que Paracelso e outros místicos e alquimistas entendiam por “mercurius vitae”, era
“o espírito vivente da planta”, seu aura. Nenhuma classe de mercúrio pode jamais devolver ao
corpo uma saúde perfeita. O que os yoguis antigos usavam, como hoje os lamas e talapoines,
era um suco leitoso de certa planta medicinal (Soma), com uma pequena dose de enxofre e
devem, em verdade, possuir alguns segredos maravilhosos, desde o momento em que os
vemos curar em poucos dias, as mais perigosas feridas, assim como tornar a seu estado natural
a ossos quebrados, conseguindo tais resultados, em um número de horas equivalente ao dos
dias que a cirurgia comum necessita para obter o mesmo resultado. Uma febre maligna que
Blavatsky contraiu em Rangoon, foi curada em algumas horas com o sumo de uma planta
chamada “Kukushan”, embora que milhares de nativos morram de febre, por não conhecê-la.
Também temos ouvido falar de certa água chamada “ab-i-há-yat”, que a superstição popular
crê que é invisível para todo olho mortal, exceto para o do santo sannyasi e é mais provável
que os talapoines recusem, hoje, ensinar tais segredos a missionários e acadêmicos egoístas,
que logo os empregam em fazer dinheiro e não em beneficiar à Humanidade com eles.

“Shamanismo é a mais estranha das seitas e se tornou a mais desprezada de todas as que hoje
existem. O Culto do Espírito não tem altares nem ídolos e seu verdadeiro rito, no dia do
solstício de inverno, jamais pôde ser presenciado por nenhum europeu, pese em contrário as
fantásticas descrições de algumas de nossas obras. Quando se reúnem os Shamanos, para as
suas cerimônias, o fazem sempre em um espaço aberto, em uma alta colina ou no fundo de
inescrutáveis selvas, o que nos recordam os antigos ritos dos druídas... ... ... Os Shamanos da
Sibéria são ignorantes, porém, os do Tibet e Tartária são homens instruídos à sua maneira:
com frequência predizem eclipses e outros fenômenos astronômicos e quando são
consultados acerca de crimes, indicam infalivelmente os culpados.
“O que o comum das gentes conhece atualmente acerca do Shamanismo é muito pouco e
ainda este pouco, foi adulterado, dando-se o mesmo com o resto das religiões não cristãs.
Costuma-se chamá-la ‘o paganismo da Mongólia’ sem razão alguma, posto que é uma das mais
antigas religiões da Índia, a saber: o culto do espírito, a crença na imortalidade das almas e que
estas, além da morte, seguem apresentando as mesmas características dos homens aos quais
animaram aqui na Terra, embora seus corpos tenham perdido pela morte, sua forma objetiva,
trocando o homem sua natureza física pela espiritual. Esta crença, em sua forma atual, é um
retorno da primitiva teurgia e uma fusão prática do mundo visível com o invisível, Quando um
estrangeiro naturalizado no país deseja entrar em comunicação com seus invisíveis irmãos,
tem que assimilar sua natureza, isto é, deve encontrar estes seres, andando a metade do
caminho que deles o separa e, enriquecido por eles com uma abundante provisão de essência
espiritual, dota-lhes, por sua vez, com uma parte de sua natureza física, para colocá-los, desta
forma, em condições de poderem-se mostrar, algumas vezes, em uma forma semi-objetiva, da
qual, de ordinário, carecem. Semelhante processo é uma troca temporária de naturezas,
chamado comumente de ‘teurgia’. A gente vulgar chama de de feiticeiros aos shamanos,
porque se diz que evocam aos ‘espíritos’ dos mortos, com o fim de exercer a necromancia,
porém o verdadeiro Shamanismo – cujas ações mais notáveis prevaleceram na Índia, nos
tempos de Megasthenes (300 anos AC) – não pode ser julgado por suas degeneradas
ramificações na Sibéria, do mesmo modo que a Religião de Gautama, o Buda, não pode ser
confundida com o fetichismo de alguns, que se dizem seus sequazes em Sião e Birmânia.
Atualmente tem sua sede nas principais lamserias da Mongólia e do Tibet, onde o
Shamanismo, se é eu deste modo podemos chamá-lo, é praticado no sentido mais amplo de
comunicação que é permitido entre o homem e o “espírito”. A religião dos lamas, com efeito,
conservou fielmente a primitiva ciência da Magia e leva a cabo, atualmente, feitos tão
maravilhosos como os que eram produzidos nos dias de Kublai-Khan e seus barões. O “Aum-
Mani Padmé-Hum”, a mística palavra da Trindade sânscrita de “Oh, Jóia no Loto!”, a
antiquíssima forma atlante do místico Rei SRONG-CHTSANS-GAMPO, opera hoje suas
extraordinárias maravilhas, de igual modo que no Século VII, e Avalokite-Iswara, o mais
elevado dos Bodsatwas e santo patrono do Tibete, projeta claramente sua luminosa “sombra”
ante os olhos dos fiéis, na Lamaseria de Dga-Gdan, fundada por Ele, onde resplandecente
figura de Song-Kapa, separando-se dos vívidos raios do Sol, sob a forma de uma ‘nuvenzinha
de fogo’, conversa amorosamente com numerosíssima comunidade de lamas, às vezes
milhares deles. A Voz, que misteriosa desce então do alto, vem sob a forma do mais doce
sussurro produzido pela brisa na folhagem e rapidamente – dizem os tibetanos – a formosa
aparição se desvanece entre as árvores do bosque sagrado.”

Referência à passagem do Vishnú Purana, acerca da restauração da Raça Kshatria, ou seja, a


profecia sobre o Instrutor do Mundo, Maitreya:

“Quando chegar o fim da Idade Negra (Kali-Yuga), que está próximo, descerá sobre a Terra
uma parte daquele Ser Divino (Kalki-Avatara) que vive em sua própria Natureza Espiritual...,
dotado das 8 faculdades supremas... ELE restabelecerá a Justiça e as mentes dos que viverem
no fim da Kali-Yuga desaparecerão e serão como as sementes dos seres humanos e
reproduzirão uma Raça que determinará as Leis da Idade Krita ou da Pureza, como está
escrito, o Sol e a Lua e a Constelação Lunar (Tshya) e o Planeta Júpiter, estarão numa só
mansão. Duas Personagens, dois Deva-Pis da Raça dos Kurus e Marú (Morú) da família dos
Ikavasú, volverão entre os homens, no princípio da dita Idade, abandonando sua morada de
Kalipa (Kali-Apas ou Águas Negras?), onde viveram durante 4 Idades (Mahayugas). Marú,
Moru, Morya ou Maureya, o filho de Shigra, que ainda vive pelo poder da devoção (Yoga), será
o restaurador da Raça Kshatria da Dinastia Solar (Reis Divinos).”

Vamos procurar esclarecer a grandeza do Avatara Avalokite-Iswara, patrono do verdadeiro


Shamanismo primitivo.

AVALOKITE-ISWARA – dividimo-lo em Avalo-Kite-Iswara:

Avalo, Avalon e Clarion – são vários nomes dados à Agartha;

Kite, Kiu-Té – Livro sagrado onde se encontra registrada toda a História do Avatara em estudo.
É como se fora o Livro da LEI, onde se encontram registrados os Mandamentos da Lei, deste
Avatara.

Iswara – em sânscrito, equivale em português à Hierarquia dos Arcanjos e em Hebreu, aos


Helohim.

As tradições transhimalaianas afirmam que Avalokite-Iswara aparece no Mundo, montando


um cavalo branco. Cavalo tem o sentido de Força e Branco, de Pureza.

Aula nº: 45 - Jesus, o Cristo, e Juda

O propósito desta série de monografias é procurar, na medida do possível, esclarecer a


Filosofia do Avatara, o modo pelo qual age no seio da Humanidade e como os membros desta
se comportam diante desta dádiva da Lei Justa e Perfeita.

Já, por várias vezes, apresentamos este estudo, inclusive o de Jesus, o Cristo. Voltamos agora,
porém, ao assunto, dada a aproximação da tradicional “Semana Santa”, que se encerra no
Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa.

Toda a energia para entrar em atividade, toda a força para agir, segue a Lei dos Pólos, positivo
e negativo. Isto acontece em vários planos de atividade do Universo. Essa Lei age em quase
todas as coisas, inclusive com os Representantes dos Avataras. Por isso falam as tradições em
masculino e feminino, Pai e Mãe cósmicos, etc. e, por isso, a humana cabeça tem como órgãos
de percepção: da visão, os dois olhos; da audição, os dois ouvidos; da respiração, as duas
narinas. Para a locomoção, o Ser Humano dispõe de dois braços e duas pernas...
A Divindade, Deus, Brahmá, o Eterno, a Lei da Manifestação, penetra no campo objetivo, no
campo da realização, também através de dois valiosos Elementos ou dois Seres humanos. Daí a
origem da Geminidade, dos Gêmeos, dos casais, para o campo da criação: Deus e Diabo, o
Buda e a Deus Lakshimi, Colunas J e B, direita e esquerda e... Jesus, o Cristo, e JUDA... A lista de
exemplos é enormíssima, mas pretendemos estudar os dois nomes: Jesus, o Cristo, e JUDA.
Vejamos:

Primeiro: JESUS, ou seja, JE, Jet, Jeoshua, Jephet, etc... Jet ou Yet....Baal, Deus Fenício. SUUS,
dureza, rigoroso, símbolo de justiça. Temos, portanto, a expressão de Jesus e seus Ministros,
Jet e Suss, dois acólitos, o Bom e o Mau Ladrões.

Segundo: JUDA – a turba ignara o tem ou o classifica como sendo um traidor, assassino de
Jesus mas, para os iniciados, para os verdadeiros Apóstolos de Jesus, isto não acontece e,
muito pelo contrário, trata-se de um nome muito venerado, que constitui uma
importantíssima Chave de Conhecimentos Iniciáticos, a “Chave Histórica”.

Qual será o sentido Iniciático do nome JUDA? Para melhor esclarecimento, dividimo-lo em
duas sílabas: JU e DA.

JU – nos lembra a primeira sílaba do Deus JÚPITER (IU ou IO-PITAR);

DA – é, também, a primeira sílaba do termo DALETH... Daleth é o título do Arcano 4, ou seja, o


“Imperador”, simbologia do Criador e do Filho que, por sua vez, torna-se, também, Criador
noutro plano. De modo que JUDA poderá ser considerado como Jokanã ou Iokanã, pois é a
grande vítima do recalque expandido pela turba ignara que, com o coração pejado pelo ódio,
rancor, expande o seu imenso potencial negativo contra algo que não conhece e que, muitas
vezes, a estava defendendo... Quando se apaga a Centelha Divina, só resta o resíduo, carvão
de algo que já foi madeira nobre. A turba forçada, talvez, pelo poder do inconsciente coletivo,
no aspecto negativo – como veículo do poder destruidor, com a máxima ira, ira como inércia
ativa, obedecendo o impulso do ódio permanente – é muito pior do que o “estouro da
boiada”, descrito por Euclides da Cunha.

Se tomarmos o nome de Juda e trocarmos a inicial J pela letra B, do nome Brahmá (Deus),
teremos formado o nome de Buda. Buda tem o sentido de “Iluminado”, por isso se diz
“Gautama, o Buda”... ...

A turba fanatizada pelo nome de Jesus, o Cristo, odeia o Juda, qual será o motivo? Jesus,
provavelmente, viveu mais distante, mais segregado da turba. Os que beneficiam a turba mais
de perto, geralmente são mais odiados, são portadores de menor crédito. Todo Ser Humano
portador de uma mentalidade bem além da reinante em determinada época, torna-se
invejado e, se não pode ser destruído fisicamente, é destruído moralmente, recebendo grande
campanha de difamação, etc. Uma mulher, na época de Buda, num comício, usou um
travesseiro no ventre, apresentando-se como se estivesse grávida de Gautama, o Buda,
desejando comprometê-lo perante a massa.
No Sábado de Aleluia, imortalizando o ódio, o rancor, a turba ignara, os parvos, representam o
Juda com bonecos grotescos e põem-se a malhá-los, simulando um linchamento, perpetuando
o ódio, a expansão do baixo instinto, demonstrando a barbárie existente dentro de cada um.
Mas, realmente, o comportamento dos membros da turba selvagem, tem por finalidade
representar, na figura grotesca de Juda, como num espelho, suas próprias almas, de imensa
ferocidade.

O Sábado de Aleluia, o sétimo dia da semana, está regido pelo poder de Saturno, o mais
antigo. Se Sábado está sob a regência de Saturno, Juda está sob a regência de Júpiter, tal como
vimos neste estudo, logo há a conjugação dos supremos valores do Avô do Universo, Saturno e
seu Filho Júpiter.

Escolhem, geralmente, para malhar o Juda, no Sábado de Aleluia às 10 horas... Sim, 10, IÓ, ou
seja, o eterno itinerário que a alma humana precisa percorrer, na sua grande jornada
evolucional. De modo que os componentes da turba malham, malham, malham Juda, porque
não pensam e se pensassem um segundo, ficariam tomados de grande pavor, por se
defrontarem com o abismo em que se acham envolvidos, por não sentirem envoltos pelo
vórtice da destruição, a caminho do não-ser... ... O povo, a turba malha o Juda no Sábado de
Aleluia, entretanto é malhado o ano inteiro pelas vicissitudes da vida humana, com seu cortejo
de miséria, doença e morte, pela corrupção e todo um rosário de tortura de várias espécies.
Malham o Juda, aqueles que já feneceram espiritualmente e, jamais, serão revitalizados pelo
poder da Centelha Divina...

Antes do Sábado de Aleluia, vem o Domingo de Ramos, que comemora a entrada do Cristo em
Jerusalém, o que nos lembra o Avatara de Rama, o qual, num Domingo de Ramos, deu
entrada, garbosamente,

com seu Povo, na Nova Canaan. Ramos, é o início de um ciclo preparatório como o Advento de
uma Raça, de um Avatara, etc.

RAMOS – dividindo o termo, temos: RA + MOS. Invertendo as duas sílabas, temos: AR e SOM.
O Ar, Hálito, etc. impulsionando, fazendo vibrar o SOM e este se transformando em palavra,
em harmonia, na magia do Som... ... ...

Na época em que vivemos, os verdadeiros traidores – os corruptos, exploradores e algozes da


Humanidade – não recebem esse nome.

Para terminar este estudo, o fazemos com a passagem relativa a Longino ou Longuinho,
quando laceou o Cristo, já do conhecimento de todos:

“Quanto à sublime passagem do Novo Testamento, cujos comentários nos obrigam a grandes
dissertações, lembramos apenas o seguinte: Longino ou Longuinho, com seu comportamento,
atirando a lança no peito de Cristo, não adquiriu como se pensa a visão física, pois a sua
cegueira era apenas espiritual. A luz que saiu da chaga aberta por ele, com a lança, no peito de
Cristo, tornou-o iluminado”.

Mas os que malham o Juda, todos os anos, continuam, cada vez mais, com a sua cegueira
aumentada, mesmo física, porque não raciocinam, seguem o impulso do instinto.
É isso aí ! ...

Aula nº 46 - Tulkuismo

Já estudamos anteriormente, a doutrina do Shamanismo tibetano, herdeiro das iniciações


atlantes que floresceram há séculos no Tibete, Mongólia exterior e norte da Índia. Na época
atual, esse brilhante “Shamanismo está totalmente deturpado; o que há são cinzas
deterioradas do fogo crepitante que já se apagou das humanas piras dos provectos shamanos,
dos primitivos tempos.

Shamanismo era o processo de comunicação entre os misteriosos seres que viviam nos
templos ou lugares jinas, cuja comunicação era levada a efeito através da 4ª Dimensão. O que
aconteceu com o verdadeiro Shamanismo, tem acontecido com todas as obras, doutrinas e
ensinamentos legados à Humanidade pelos valorosos Avataras, com o escopo de dinamizar a
evolução dos excelsos membros da Humanidade, em ascendência aos planos superiores dos
mundos manifestados. O que tem acontecido já é um fenômeno que se tornou natural na Face
da Terra: quando os Fundadores dos movimentos civilizadores, filosóficos, nobres instituições,
desaparecem da Face da Terra – pelo fenômeno da morte ou outros quaisquer – as suas
doutrinas ou movimentos que criaram, fundaram, começam a decair.

A idéia de Unidade desce ao nível de interesse pessoal, domínio e outros atributos peculiares
ao afetivo-emocional. Isto permite o fato de ir perdendo o impulso dado pelos Fundadores de
tais movimentos, trabalhos, etc. Com o perpassar dos anos, dos séculos, dos milênios, o
esqueleto do trabalho avatárico vai definhando, perdendo o Poder de Unidade. O fogo das
missões avatáricas vai apagando, permanecendo, naturalmente, as cinzas, com o nome de
“vendilhões do Templo”, fanáticos, exploradores do nome do Avatara Cíclico. Os budistas, os
católicos vivem, respectivamente, graças aos sagrados nomes de Buda e Cristo e, assim por
diante. Com o primogênito ou herdeiro do primitivo Shamanismo, há o Tulkuismo tibetano.

Tulkuismo é o processo evolucional iniciático que tem a finalidade de preparar o discípulo para
que haja a continuidade da Idéia, da Filosofia, do método de Iniciação Real. Isto para que o
discípulo continue integrado na consciência do mestre, do avatara, etc. A grande dificuldade é
o fato do discípulo repetir com fidelidade os ensinamentos do mestre ou do avatara. Daí o dito
que pode representar uma realidade: “Quem conta um conto, sempre aumenta um ponto”...

No valoroso Livro intitulado “O Tibete e a Teosofia”, de autoria do Dr. Mario Roso de Luna e
com a valiosa colaboração do Venerável Senhor JHS, capítulo XXXI, há o primoroso
esclarecimento acerca deste brilhante assunto. Esse tema majestoso tem o sugestivo título de
“Os Jinas Tibetanos e seus Tulkus”:
“Por diversas vezes temos falado a respeito dos ‘Shamanos’ ou ‘Jinas’, isto é, régios homens
que, pelo seu talento, os denominaríamos de ‘imortais’ e, também, de conquistadores, heróis,
seres para-comuns conforme a linguagem usada nos nossos dias.

“O processo de comunicação, de ligação com os seres de outros planos mais elevados, de


natureza mais abstrata – no sentido ocidental – e mais bem-aventurada – no sentido oriental
– é o Tulkuismo. Essas realizações shamânicas ou tulkuísticas, essa prática, foi durante muitos
séculos usada no Tibete, Mongólia exterior e norte da Índia, primitivamente”.

TULKUISMO – usando a chave dos conhecimentos iniciáticos, a “anagramática ou a ternura,


que consiste na permutação das sílabas, este nome corresponde ao termo latino “cultus”, ou
seja, a veneração dispensada pelos “mortais” a tudo aquilo que não conhecem e lhes parece
superior, inclusive as fugazes aparições astrais, as de natureza anímica e, mesmo, físicas, no
caso das comunicações jinas, quando há necessidade de salvar difíceis condições, perigosas
situações.

TULKUS – continuando com a chave anagramática, observamos a sua semelhança com a


palavra da língua germânica “Kultur”, que é a nossa “cultura” e isto estaria certo, porquanto o
tulku recebe tal “cultura” de fora para dentro, sim, no ponto de vista mental, cultura psíquica e
moral ou, então, como já foi dito, “de boca a ouvido”, de mestre para discípulo. Assim o termo
tibetano “tulku”, tanto procede do latino “cultus” – devoção, religião, religare – como do
germânico “kultur”.

Aliás, nas próprias escolas, podemos dizer: o aluno é tulku de seu próprio mestre ou professor,
pois aquilo que não conhecia, passa a conhecer. Se o aluno repetir fielmente os ensinamentos
do mestre, logicamente o mestre estará falando pela sua boca.

Se o discípulo é um representante, por exemplo, de um Buda-Vivo ou Cristo, recebe a Luz, o


Potencial destes excelsos Mestres, para que chegue ao destino almejado. Daí os nomes de La +
ma ou Lha + ma, com o sentido de ação do espírito na matéria, ou seja, “Lha”, espírito, e “Ma”,
matéria.

Quando o neófito ainda não alcançou o necessário desenvolvimento psíquico para o grau de
“discipulado”, é considerado apenas um “trapa” ou aluno.

Um Buda ou Cristo, devido à alta Hierarquia que representa, constitui o tronco donde pode
surgir uma infinidade de formas; os ocultistas chamariam-nas de mágicas, tulkuísticas, mas, no
Ocidente, os espiritualistas verdadeiros chamam-nas de “filhos da Mente Universal”, “filhos da
Ioga”. Por exemplo, um desses Seres superiores é algo como se fora um pai, como sendo um
centro criador, dando origem e criando sete filhos ou, então, uma árvore com sete ou mais
galhos formando sua fronde. Daí a nomenclatura: “Árvore Genealógica de uma família”. Por
isso há uma lei secreta, na qual “cada mestre ou guru pode escolher 7 discípulos, a fim de
permanecerem ao seu redor”. Mas esses discípulos, com o tempo, adquirem sua
individualidade, tornando-se à semelhança do mestre ou guru, sim, passam a ser tulkus dele; é
algo como se fora sósias do mestre. De acordo com a identificação entre o discípulo e o
mestre, aquele pode ser representante deste. Aquele pode se apoiar neste, em caso de perigo.
Quando um discípulo ou tulku se encontrar em perigo, situação desesperadora, pode recorrer
ao mestre ou guru.... Sim, o seu potencial, a sua capacidade de ação aumenta
extraordinariamente. É algo semelhante a um rio que, quando recebe um grande carga d’água,
transborda e depois, com o escoamento das águas, volta ao leito natural. Assim acontece com
o tulku ou discípulo: quando o mestre ou guru projeta seu imenso poder da mente sobre o
discípulo ou tulku, este tem sua força, seu poder de vontade, também transbordados e após a
realização do trabalho que se propôs levar a bom termo, volta ao estado de consciência
normal....

Numa missão, um missionário, um mestre não pode estar, ao mesmo tempo, em vários
lugares, então ele comanda seus tulkus (uma espécie de sósia, em vários planos e com missões
diferentes. Por isso se diz que Tulkuismo é um trabalho em harmonia.... Por exemplo, o mestre
é portador de 100% de potencial e os seus tulkus possuem, digamos, um sétimo desse
potencial ou, aproximadamente, 14,3%... Se compararmos com um piano, as notas
representam os sete tulkus, as personalidades através das quais o som se manifesta, é
transmitido.

Para esclarecimento do fenômeno dos tulkus, repetimos um exemplo já conhecido dos leitores
de nossas monografias: a cabeça humana é como se fora o mestre, a direção, o comando e, os
olhos, ouvidos, narinas e boca, os sete tulkus principais.

Toda Iniciação ministrada pelo Manú, pelo Avatara, consta de Escola, Teatro e Templo, a fim
de preparar o discípulo, o tulku, em três planos, cada um com diferente autonomia.

Dizem que quando os Cristo faleceu, seus Apóstolos tiveram a cabeça envolta em línguas de
fogo e passaram a falar uma língua estranha. Pois bem, naquele ATO, os Apóstolos, como
Tulkus de Cristo, foram consagrados ou ungidos, isto é, receberam a Iluminação.

O Grande Senhor JHS dividiu sua missão, seu Trabalho, em três setores, aos quais denominou
de Escola, Teatro e Templo:

Escola – para a preparação dos discípulos ou tulkus, no aspecto erudito, no aprimoramento


intelectual, científico, filosófico;

Teatro – para ativar o movimento da alma, da estrutura psíquica do discípulo, aprimorando-lhe


a sensibilidade, equilibrando seu aura, para se tornar receptivo à inspiração do mestre;

Templo – com o intuito de preparar a mente divina do discípulo, de modo a que possa ser,
realmente, um tulku ou representante de seu mestre. Por isso dizia sempre o Senhor JHS:
“onde estiver um membro da Obra, ela estará presente”.

Consoante os conhecimentos do Avatara, um tulku é a semente de um Buda, de um Cristo, etc.


Para terminar, inserimos um novo trecho de “O Tibete e a Teosofia”, do capítulo “A vibração
do Logos através dos Jinas e seus Tulkus”:

“Se cada homem e até cada coisa existente no Cosmos, é um tulku ou hipóstase de uma
entidade superior a que se acha subordinado por lei serial de “numeração abstrata”; do
mesmo modo, se cada naldjorpa ou naldjorna possui um guru ou mestre em série indefinida, o
grandioso panorama do Universo “como organismo vivo”, não é mais do que simbólica Árvore,
cujas raízes – como a “Árvore Norsa” dos escandinavos primitivos e quantas outras estão
apontadas nas diversas teogonias – se acham dentro do Seio insondável da Divindade abstrata,
inefável e incognoscível; enquanto seus ramos crescem e se dividem sem cessar, envolvendo
assim tudo quanto se acha dentro do “infinitamente grande” até alcançar o infinitamente
pequeno.

E ao longo de tais raízes, troncos e ramos, há uma só Força Inteligente: a do Logos ou Verbo,
fazendo circular, centrífuga e centripetamente, a magna Vibração da Vida, Vibração em que
cada ilusória “realidade vital”, não é, senão o tulku, tatwa ou “invólucro mágico” de uma parte,
grande ou pequena, daquela Vibração, como tônica orgânica ou vital, dentro de outro
organismo superior, ao qual se subordina como parte do todo.

Este, e não outro, o ensinamento universal da Mística, de acordo com a verdadeira etimologia
da palavra, ou seja, a do ‘Mistério’, Germe, ponto de partida de posteriores ‘porvires’. Assim,
quantos simbolismos traduzam algo dessa relação de ‘Causa e Efeito’, de ‘dirigente e dirigido’,
de ‘mestre e discípulo’, de ‘pai e filho’, etc., deixam transparecer aquela grande verdade de
que nos vimos até agora ocupando”.

Glória aos Tulkus da Nova Era !

Aula nº 47 - Tulkuismo – Estudo II

A mente humana é muito limitada em relação às coisas divinas, abstratas, do mundo infinito,
por isso o Excelso Avatara, quando age na Face da Terra, contactando com os homens de
diversas categorias e em vários estágios evolucionais, usa a linguagem simbólica, a parábola, as
chaves de conhecimento, de modo que os homens e mesmo os discípulos alcancem o real
sentido dos Aspectos da Verdade. O êxito da conquista dos Aspectos da Verdade, depende do
Ser Humano, de modo geral, e do discípulo como um candidato com mais responsabilidade ao
galgar os Aspectos superiores da Verdade, da Sabedoria Eterna.

O Manú dosa aos homens e aos discípulos os ensinamentos, de acordo com o grau de
inteligência, compreensão e evolução espiritual de cada um. Por isso que na Eubiose não se
deve estabelecer o currículo, pois o currículo não permite o desabrochar do potencial do
discípulo. É mais útil responder à solicitação, resolver a dúvida de um discípulo, do que
ministrar-lhe uma série de graus que impõem cultura, mas não penetram no cerne do
interessado ao conhecimento.

O discípulo, em relação ao mestre, é algo semelhante à criança em relação ao pai: cada dia que
passa, a criança demonstra ter aprendido alguma coisa nova, por conta própria. E assim
continua, até se tornar adulta, também à semelhança dos pais. Por isso que quando os
avataras começam a contactar com os homens, passam a usar a linguagem adequada a cada
categoria, a cada estágio. O mestre precisa ter o dom de despertar o interesse do discípulo,
para a aquisição do conhecimento, sem imposições, respeitando-lhe as dificuldades. Não se
pode querer que o estudante aprenda, se não se procurar perquirir a deficiência dele, o que
não lhe permite ter rápida produção, etc. Por isso, em relação ao estudo iniciático, os mestres
usam vários tipos de linguagem, a fim de permitir ao estudante realizar ginásticas mentais,
estimulando, destarte, o desenvolvimento da inteligência superior, a aquisição da mente
divina, abstrata. Com a perfeita linguagem mental, o discípulo fica em condições de alcançar
um estágio mais elevado, ao ponto de poder compreender e vivenciar os Aspectos da Verdade
Eterna. Por isso os mestres usam a linguagem simbólica, as figuras geométricas, a mitologia, o
teatro, a música (hinos, salmos, iogas, etc.), de modo a levar o indivíduo a ir assimilando os
Aspectos da Verdade, suavemente, como se estivesse subindo paulatinamente uma ladeira, a
ladeira da evolução mental, intelectual, etc.

Quando o discípulo ou tulku consegue decifrar, apreender o sentido real de um símbolo,


adquire, também, uma força dentro dele; desabrocha algo dentro dele que ninguém pode tirar
ou destruir. O conhecimento poderá vir de fora para dentro, que é o caso do mestre ensinar ao
discípulo, ao tulku, como se adquire a cultura, mas o fato é que, para adquiri-la, depende do
valor do discípulo. Por isso, “Tulkuismo” equivale a adquirir cultura... e Eubiose é a ciência que
pesquisa a vida do Eu. Eubiose, dividimos em Eu-bi-ose:

EU – é a consciência do indivíduo, a parte divina, superior do ser; é a realidade do indivíduo, do


que é indiviso, que não se desfaz, é eterno;

BI – é vida;

OSE – é um sufixo que quer dizer ação. Serve também na formação de vocábulos da linguagem
científica, por exemplo, cirrose... (não se quer dizer com isso que a Eubiose serve para curar a
inflamação do fígado).

O Manú, quando se acha no mundo dos homens, dosa (dosa, dOSIS) os ensinamentos aos
discípulos, conforme a evolução interior, o grau de percepção deles. O processo real tem por
fim provocar o desenvolvimento inteligente, sem currículos – que obrigam o estudante a
aprender uma coisa que ele não quer.

No primeiro estudo sobre o Tulkuismo, nosso intuito foi procurar defini-lo, apresentando-o
como herdeiro ou sucessor do verdadeiro “Shamanismo”. Necessário se torna apresentar mais
esclarecimentos, porque o assunto é longo. Quem melhor esclareceu o tema, foi o Dr. Roso de
Luna e o Excelso JHS. Os esclarecimentos de ambos os Mestres, não nos deixam confundir o
“tulku” com o “médium do animismo ocidental”. Sim, se atentarmos bem, poderá haver
confusão, isto porque o Tulkuismo é um trabalho consciente, que não está à mercê de
qualquer um, o que já não acontece com o mediunismo. Pois bem, na realidade, todo ser
humano é um médium, mas no sentido de ser intermediário entre a inspiração divina e o ser
humano mas, a grande diferença entre o tulku e o médium, é que ambos agem em planos
diferentes. Segundo os ensinamentos do Dr. Roso de Luna, em “O Tiberte e a Teosofia”, o
tulku, em resumo, é a projeção ou sombra transitória de algo deifico.
Com a idéia de tulku, cultus, tulkur, etc. acontece o que acontece a todos os setores da
atividade, no plano humano: há sem dúvida, tulkus de vários graus, de vários
desenvolvimentos e com muitas funções diferentes. A idéia não tem um sentido radical,
porque a evolução é dinâmica e livre, não há uma lei que obrigue a todos evoluírem
igualmente. Assim como não há um só tipo de árvore, pois variam em tamanho, cores das
folhas, frutos de variados sabores e propriedades, assim também entre os tulkus, há uma
gama infinita, indo do máximo ao mínimo... do mais elevado ao menos elevado ou mais baixo,
etc.

Na Escola de Crotona, na Itália, o sábio e Mestre Pitágoras conseguiu fazer vários tulkus, os
quais não desapareceram do cenário com a revolta do povo daquela cidade. Dos tulkus
pitagóricos, o que mais se integrou no cerne de Pitágoras foi o maravilhoso LISIS DE TARENTO.
Lisis foi um discípulo imediato de Pitágoras e, segundo os historiadores, ele teria sido o autor
dos “Versos Áureos de Pitágoras”.

Todo homem é, potencialmente, um tulku da Divindade, de Deus, desde que tenha vibrando
dentro de si a Mônada, a Centelha Divina, o Eu Interior, algo indiviso, que não se divide ou que
não se desintegra.

Tudo que se manifesta como vida, constitui uma projeção de algo superior, divino. Por isso,
dentro da Natureza, é preciso analisar as coisas, procurando elevá-las a um grau ou estágio
superior. Por exemplo: respeitando, tratando o homem como se fora um jina; o animal como
se fora um homem; a planta como se fora um animal; o mineral, a pedra, como se fora uma
planta. Por isso devemos tratar a criança como se fora um adulto, respeitando-a, considerando
o manifestar de suas tendências. Ora, a criança não é inocente, apenas se acha no estágio de
incocência e compreende que tudo que ouve e observa a atitude e o comportamento do
adulto...

Quando se trata dos Tulkus de natureza superior, como projeção deífica, sua atividade se
opera em três planos. Por isso há referência de que Buda possuia três Vestes (como se fora as
estruturas físicas, psíquica e espiritual). A Divindade, a Idéia ilimitada manifesta-se
gradualmente, pesando, medindo e contando a ação da força, do poder e da luz, conforme o
processo de tolerância do Ser Humano, do Tulku, no caso. Para esclarecer esta idéia, inserimos
aqui o trecho do Dr. Roso de Luna, em “O Tibete e a Teosofia”:

“A teoria exposta pela mais alta autoridade do Lamaismo, o bem-aventurado Dalai-Lama, é


idêntica a que se encontra nas obras búdicas do Maha-janista ou do ‘Caminho’. Dez espécies
de criações mágicas se acham ali enumeradas, como podendo ser produzidas pelos seres do
grau imediatamente abaixo do de Buda. Razão porque o que foi dito a respeito do modo por
que um Buda pode produzir formas mágicas, aplica-se a qualquer outro ser humano, divino ou
infernal. Não existe, senão, uma diferença no grau de poder, que é unicamente a da força de
concentração da mente e, também, da qualidade ou grau evolutivo da própria mente que
procura agir ou crear.
Os tulkus de personalidades místicas, coexistem com o seu creador e até acontecendo que os
dois sejam venerados em separado, é prova clara que os tibetanos não acreditam que a
personagem divina ou qualquer outra classe esteja completamente encarnada no tulku. Assim,
enquanto que o Dalai-Lama, que é o Tulku de “Tchen-resigs”, habita em Lhassa, Tchen-resigs...
reside ou permanece em Nankai-Potala, uma ilhota da costa chinesa... E EUPAMED, ou antes,
Rimpotshé, cujo Tulku é o Trachu-Lama, habita, por sua vez, no Paraíso Ocidental ou Nub-
Dewatchen (ou melhor dito e conforme a nossa Era, Shamballah, Agartha, segundo JHS...)
enquanto que aquele (Trachu-Lama) se acha em seu Retiro Privado de Jigatsé (ou Tjigad-Jé)
como é conhecido...

Os seres superiores que já desceram desse nosso mundo, desencarnados, portanto, podem se
multiplicar ou se comunicar por vários tulkus. Daí dizer-se que o Dalai-Lama, post-mortem,
profligou a conduta dos lamas do Potala, querendo arranjar um outro sucessor seu, quando a
própria Lei já não o permitia, por ser ELE o último. Por sua vez, certos lamas passam a ser
tulkus de outros personagens. Assim não só é, repetimos, o Trashi-Lama, o Tulku de Eupamed,
senão o de Subbhut, discípulo de Buda ou mesmo Rimpotshé; como o Dalai-Lama, avatara do
místico Tchen-resigs e, ao mesmo tempo, de Gedunp, discípulo e sucessor do Reformador
Tsong-Kapa. Interessante é, ainda, recordar que a seita dos “docetas”, no cristianismo
primitivo, considerava ao próprio Jesus como um “tulku” e seus partidários sustentavam que o
Jesus crucificado, não foi uma personagem natural, mas um fantasma criado por entidade
espiritual para representar semelhante papel, de cuja opinião compartilham certos budistas a
respeito de Buda. Segundo estes, Buda jamais abandonou seu Paraíso de Tuchita, limitando-se
a criar um fantasma de si mesmo, que foi o que apareceu na Índia, sob a figura de Gautama, o
Buda histórico”.

Consoante os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, o que foi escrito sobre Jesus é o mesmo
“corpo pneumático”, dos gnósticos, de cuja teoria se serviu Roustaing – como Luthero ou
Calvino do Espiritismo – para contrariar Kardec, o qual, por sua vez, copiou as teorias que
apresentou ao mundo, do Aguchaga e outros livros indianos que tratam do assunto. É para se
admirar que nenhum dos dois e mesmo os mais elevados espíritos de suas sessões, soubessem
que não houve nenhum Ser chamado Jesus e, muito menos, que tivesse o fim que lhe dá a
Bíblia... Diversos são os que têm encontrado tradições, de passagem de “Isshos” no norte da
Índia e no Tibete, sendo que o mesmo Nicolas Roerich, em sua obra “El Corazon del Asia”,
aponta até o lugar onde se diz estar a sua sepultura, sem falar na Fraternidade donde o
mesmo saiu, como Adepto budista que era, e para onde voltou quando foi perseguido. Esta
assombrosa notícia, através de telegramas e outros meios de comunicação, foi anunciada ao
mundo, e até os jornais do Brasil, como o Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, publicaram o
notável acontecimento.

Para os membros da Instituição, de Niterói, esses eventos não causam estranheza.

Glória aos Tulkus da Nova Era !


Aula nº 48 - Simbolismo da Rã Fenebre

(que também é uma projeção tulkuística da Lei Justa e Perfeita)

Cabe-nos, antes de dar início ao estudo do simbolismo da RÃ FENEBRE, fazer um pequeno


prefácio acerca do assunto que intitula esta monografia.

Através destes trabalhos, observamos que os Avataras que já se manifestaram na Face da


Terra, vieram sempre acompanhados por uma equipe, por uma corte de auxiliares, altamente
qualificados nos seus respectivos campos de trabalho. Tomavam interesse por esses trabalhos:
cientistas, artistas, políticos, financistas, filósofos, músicos, religiosos, etc. Por exemplo: Buda
foi rodeado de elementos altamente intelectualizados, para a sua época; Cristo contou com os
seus Apóstolos, inclusive com São Paulo, que era um gênio entre os gênios da época; sua
sabedoria ainda perdura no mundo profano até os nossos dias. São Germano e Cagliostro
contaram com toda uma plêiade de intelectuais e talentosos seres que modificaram a
mentalidade de nossa Era.

O Excelso Avatara de JHS, talvez porque lhe coubesse o ambiente de plena Kali-Yuga, Idade
Negra, teve que contar com “a prata da casa”. Na época da Fundação Material da Obra, quem
tomou interesse pelo estudo da Filosofia de JHS, foi um grupo que não possuía a qualificação
antes mencionada, porque era composto de pequenos comerciantes, operários, empregados
do comércio, todos em começo de carreira, com pouco preparo em relação ao currículo da
Face da Terra. Em vista disto, o Excelso Senhor JHS estabeleceu um programa de trabalho,
começando da estaca zero. Usou a linguagem universal, cujos caracteres são constituídos de
seres vivos, com vida própria, e não, com letras estereotipadas. No início da Obra, haviam
fenômenos de natureza semelhante aos shamanismo agarthino. Sim, uma série de fenômenos
extra-físicos. Após determinado ciclo, desapareceram os fenômenos, para dar espaço ao
estudo da Filosofia do Manú, da Obra.

O Excelso Senhor JHS agiu de modo semelhante ao ser adulto, quando se propõe ensinar às
crianças, usando seres vivos como exemplo, os quais, por sua vez, ensinam os homens a viver
de acordo com a Natureza, porque são filhos da Mãe Divina, da Mãe Natureza, Natura
Naturada.

Os mistérios da RÃ FENEBRE, portanto, ou o sentido iniciático da apresentação deste símbolo


vivo, constituíram uma mensagem e um tema de meditação para os Discípulos de JHS, na
superfície da Terra.

R Ã – vista pelo aspecto físico, científico, é um anfíbio da ordem dos anuros, saltador, nadador,
etc.
R Â – (egípcio) é a divina Alma Universal, ou seja, seu aspecto manifestado. A luz sempre
ardente é, também, o Sol personificado. O Deus Ra é representado com cabeça de gavião
porque esta ave está consagrada a Hórus.

R Â – significa, ainda, fazer, dispor. Sim, com efeito, o Deus RA dispôs e organizou o mundo,
cuja matéria lhe havia proporcionado.

PTAH (Deus egípcio, foi um Avatara). É dádiva, dom, presente, ouro, etc.

R Ã – na linguagem iniciática, usada pelo supremo Mestre JHS, é um anfíbio, logo, tanto poderá
viver na água como na terra e nos faz deduzir o fato de poder viver em dois planos, com
percepção em duas dimensões diferentes, além disso, expressa o trabalho de transição da
Natureza: do líquido para o sólido, assim como o plâncton (planta aquática, marinha, etc.) é o
elemento de transição do líquido para o vegetal. Tatwas, Apas e Prithivi.

R Ã – permutando o til (~) pela letra M, símbolo do Signo de Aquarius, temos R A M, tônica ou
bijam do Tatwa Tejas, Fogo e, invertendo as duas letras, temos AR, hálito, Tatwa Vayu, Fogo e
Ar, portanto.

R Ã – a Rã coaxa, logo, produz som, tem uma linguagem própria. O som é vibração e está
relacionado com o AKASHA, o quinto TATWA. Pensando bem e de modo abstrato,
compreendemos que a própria RÃ em si é a Ioga dos 5 Elementos. Pensando um pouco mais
alto, observamos: “RAM ou RAMA foi um Avatara de transição, de um ciclo para outro”.

Vamos pensar no termo FENEBRE.

FENEBRE – do latim fénebris, fénus, “o que a terra produz, rendimento”. Fénebris ou Fé e


nebris. Fé é confiança, crédito, certeza; é palavra dada, juramento; é lealdade, sinceridade,
retidão. Nebris é a pele de cabrito ou gamo com que se vestiam Dionisio e seus ministros, por
outro nome, velocino. Dionisio, etimologicamente significa “duas vezes (dis) nascido (ónisos)”
e os adeptos do orfismo conferiam a Dioniso o caráter de mártir que, uma vez morto, renasce.
Justamente por isso, passou a representar, também, uma das forças fecundantes do mundo,
responsável – como Apolo e Demeter – pela mudança das estações, pela colheita e pela
fertilidade. Nessa atribuição era celebrado no início da primavera, quando ressuscitava de suas
próprias cinzas, alegoria do holocausto da Natureza pelo inverno causticante.

Pela sequência de nosso estudo, concluímos que Fenebre e Fênix têm a mesma origem. Que é
FÊNIX?

FÊNIX – Ave fabulosa do tamanho de uma águia que, depois de uma vida dilatada, se consumia
por meio do fogo e renascia de suas próprias cinzas. É o símbolo da ressurreição na
eternidade, na noite seguindo o dia e no dia seguindo a noite. Sim, uma alusão aos céus
periódicos da ressurreição cósmica, da reencarnação humana. A Fênix vive mil anos,
acendendo um fogo chamejante e, se consumindo a si mesma, vive outros mil anos e, assim,
até 7x 7 = 49. Os 7x 7 são uma transparente alegoria e uma alusão aos 49 Manús relativos às 7
Rondas e 7x 7 ciclos humanos em cada Ronda, verificados num Globo.
De princípio, os termos Fenebre e Fênix parecem não ter nada a ver um com o outro,
entretanto têm porque AVE é um elemento do AR ou RÃ...

Por exemplo, a RÃ Fenebre ou Fênix, equivale a dizer: a Rã expressa o cérebro e Fenebre ou


Fênix, a idéia, o espírito; a Rã equivale a dizer o corpo e Fenebre o Espírito; Fenebre-Rã é o
espírito no corpo, encarnado, avatarizado.

Conforme foi dito no início deste trabalho e no uso da Maiavada, os Mestres usam sempre a
Chave Biológica, ou seja, os caracteres da linguagem expressos por formas vivas, os animais. O
Reino Animal é anterior, naturalmente, ao Hominal e os representantes deste, trazem no
subconsciente um atavismo; este atavismo nos proporciona sentir ou compreender os
Aspectos da Verdade. Assim há, também, uma escala nessas alegorias, por exemplo, falamos
na Rã como anfíbio mas, num Reino determinado, há os animais como ânima, emocional,
nesse caso, encontramos o Carneiro, símbolo do Iokanan, o que dá a vida a favor dos pecados
do mundo ou por causa da deturpação da Verdade, oferecida gratuitamente aos seres
humanos, pelos Avataras. Por isso se fala no “Agnus Dei quitollis peccata mundi”, que é o
símbolo da Divindade resgatando os pecados dos representantes da Humanidade, desde
Atlântida até os nossos dias. Carneiro ou Áries Ardente é o Patrono da Raça Ariana.

Estas palavras se encaixam muito bem na expressão ‘Fenebre’ que, segundo os gregos, é o
emblema das naves fenícias se encaminhando para as brasílicas terras. Aliás, esclarece Ludwig
Schennhagen, em seu livro ‘Fenícios no Brasil’ que “os fenícios nunca chamaram sua terra de
‘Fenícia’; o nome era, como já explicamos, Caru para o país, bem como para o povo. Existiam
também os nomes Canaã para o litoral e Araméia para a parte montanhosa. O nome ‘fenícios’,
deram os gregos aos navegadores de Tiro, como apelido, significando ‘mercadores de tintas da
Ave fabulosa Fênix’. O mestre Antenor Nascentes explica o nome fenício vindo do grego
‘phoinikeíoi’, do latim ‘phoenicios’. O termo grego vem de ‘phoínix’, que significa cor
vermelha, púrpura, obtida das glândulas de um marisco chamado murex e usada como corante
de tecidos. A Cidade de Tiro teve 300 tinturarias e fábricas de tintas finas, cujos segredos
químicos os gregos nunca descobriram”.

Em Niterói, à Rua Gavião Peixoto, 284, o Mestre JHS foi alvo de grande desgosto, parecendo
que havia falecido. Todos os presentes ao acontecido, ouviam a Rã Fenebre coaxar altíssimo,
no quintal, e ela só deixou de o fazer, quando o Mestre melhorou, podendo sentar-se na cama
(logo, é, realmente, símbolo da ressurreição)...

Na mensagem da Rã Fenebre aos membros da Instituição, foram determinados os três ciclos


realizativos da Obra, até o dia em que falou na mesa da Diretoria da S. T. B., no Rio de Janeiro,
dando o sentido dos ciclos já vencidos: de 1900 a 1921, Fundação Espiritual; de 1921 a 1924,
Fundação Material e de 1924 a 1949, Nascimento dos Budas. De 1949 em diante, se houve
alguma mensagem desta natureza, foi apresentada pela Pomba do Espírito Santo e pela Ave de
Hansa e assim o será.

Nunca é demais lembrar que na Atlântida houve a Tartaruga sagrada com mais duas, à guisa
de colunas, tendo gravados no casco os símbolos dos 12 Signos do Zodíaco. Com a Rã Fenebre
acontece o mesmo, pois são três ao todo... sempre o mistério do ternário. Ora, dois anfíbios –
Tartaruga e Rã – , dois símbolos de transição cíclica.
As palavras da Rã Fenebre, foram:

COAXIM SAX CHAXIM

3 pulos para a frente

(Bendito seja o Cristo)

(Bendito seja o Graal ! )

Estas sagradas palavras estão revelando que já se consumou a Missão do Cristo e a Tradição do
Graal, consequentemente, o Novo Ciclo passou a agir daquelas palavras em diante e esses três
pulos para a frente estão anunciando o trabalho dos Seres ou Deuses que representam os
futuros ciclos, 5º, 6º e 7º Sistemas e Cadeias, sob o comando do Senhor MAITRÉIA !

Aula nº 49 - Tulkuismo – Estudo III

Verificamos nos estudos I e II, relativos às doutrinas tibetanas, que, com outras palavras, a
expressão Tulku, na Ciência das Idades, no Ocidente, tem sentido semelhante a alma ou a
personalidade, o Ser Humano comum.

Os tibetanos ilustres, iniciados nos mistérios da Vida, ensinam:

“Tulku é uma projeção viva da mente e da vontade de um SER SUPERIOR, de elevada


Hierarquia, ao qual cabe o nome de Deus, de Buda-Vivo, etc.”

Buda é o iluminado e Buda-Vivo é Tulku altamente qualificado, como personalidade de grande


Hierarquia e que já se acha bem integrado na Vida Universal. Sim, Buda no Oriente é
semelhante a Cristo no Ocidente.

Devemos observar, no entanto, o seguinte: Tulku é uma “projeção” da mente, do poder da


mente, de elevadíssimo SER, como se fora algo, por exemplo, do fenômeno da Metástase de
uma célula que, levada pela corrente sanguínea, vai se localizar noutro órgão e nele se
desenvolve com vida própria, logo, se tornou auto-suficiente. Com esse exemplo, mas no
sentido positivo, Tulku é algo com o mesmo sentido da alma humana, para o conceito dos
espiritualistas ocidentais.

Tulku é semelhante a alma humana, a personalidade, etc. Pois bem, conforme a Ciência das
Idades, o Ser Humano não iniciado, é constituído dos Princípios da estrutura física, da
emocional ou astral ou, ainda, anímica e da espiritual.

_A estrutura física, podemos dividir em duas partes, tornando a personalidade humana


quaternária, isto é, consituída de 4 Princípios: físico, etérico, emocional ou astral e mental
concreto (Kama-Manas dos hindús)... Esses 4 Princípios podem ser esclarecidos com a Chave
Geométrica dos Conhecimentos Iniciáticos: um quadrilátero, representando a base da vida
humana, da personalidade:

1 – Corpo Físico;

2 – Corpo Vital ou Etérico;

3 – Emocional;

4 – Mental Concreto

Os três Princípios superiores, para formar o setenário, são expressos pelo triângulo, ou sejam,
os denominados de Atmã, Budhi e Manas superior:

5 – Manas Superior;

6 – Budhi;

7 – Atmã

No Ser Humano comum ou não iniciado, esses 3 Princípios Superiores se acham fora e não
dentro do indivíduo e se acham expressos pela Chave Geométrica: um quadrilátero encimado
por um triângulo. Daí o termo religião, ou seja, o ato de religar a alma, a personalidade, aos
três Princípios ou ao triângulo superior: Atmã, Budhi e Manas superior, Mental abstrato. De
modo que esses 7 Princípios formam um todo harmônico e são intercalados... Sim, quando se
verifica a união desses dois elementos, quando há a integração da alma com o espírito, do
tulku com o seu criador – o Adepto, o Ungido, o Mestre de Sabedoria – , a representação já é
outra, ou seja, um quadrilátero com um triângulo no centro. Neste caso, o espírito já se acha
dentro e não fora do Ser Humano.

Consoante os ensinamentos da Ciência das Idades, o Princípio Deífico do Ser Humano é


VONTADE, isto é, a vontade de se manifestar, de se realizar, de se projetar no imenso espelho
que são os representantes da Humanidade. Pois bem, a Vontade Divina age, realiza-se através
de 3 fórmulas, denominadas de VONTADE, MENTE e EMOÇÃO.

Para que haja maior poder abrangente, envolvendo todas as hierarquias, todas as categorias
humanas, essas 3 fórmulas também se dividem em 3 elementos, cada uma:

VONTADE – subdivide-se em Supra-Vontade ou Vontade Divina; Auto-Vontade e, Sub-Vontade


ou Vontade Instintiva.

MENTE – subdivide-se em Supra-Inteligência ou Inteligência Divina; Auto-Inteligência ou


Mental Concreto, intelectivo e, Inteligência Instintiva, ou seja, a Inteligência dominada pela
Emoção desta natureza. Por exemplo: o indivíduo aplica todo o seu esforço inteligente, para
aprimorar o processo de conforto.
EMOÇÃO – subdivide-se em Supra ou Emoção Divina; Auto-Emoção e Sub-Emoção ou Emoção
Instintiva.

Quem conseguir harmonizar esses nove elementos, é considerado um Adepto ou um


Iluminado.

O Excelso Senhor JHS, em seus ensinamentos, sempre repetia a sentença: Escola, Teatro e
Templo e, essas palavras, tornam-se uma sigla.

Escola – tem a finalidade de permitir ao discípulo se harmonizar com a cultura da época


(cultus, kultur, etc.); desenvolvimento da Auto-Inteligência;

Teatro – tem a finalidade de resolver os conflitos próprios da vida desarmônica, em nossa


esfera. É o drama da personalidade, da alma humana vivendo num ambiente distônico em
relação à harmonia da vida natural e universal. Neste mundo onde prevalece a Emoção
Instintiva ou Sub-Emoção, em que um quer engolir, concorrer com o outro; é a vida dominada
pela Sub-Emoção;

Templo – tem a finalidade de permitir à personalidade, à alma humana, religar-se aos 3


Princípios superiores, ao Espírito, à Consciência Universal. Preparar o discípulo para sentir e
conceber a Unidade. Daí o sentido das preciosas palavras: UM POR TODOS E TODOS POR UM.
O Templo tem a finalidade de fazer com que todos sintam-se como faúlhas de uma Chama
Única ou, então, que consiga transformar uma Centelha Divina numa Chama Ardente,
denominada de Pentecoste... – no seu sentido real e não, no sentido já desgastado pelas
religiões, limitadas pelo fanatismo humano.

O Excelso Senhor JHS teve ocasião de ensinar o valor das admiráveis palavras: “O que provoca
a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem o ‘OVO ÁURICO’, o aura perfeito,
isto é, não serem iguais a Deus”...

O Tulku para ser feliz, harmônico, conquistar o que aspira, precisa ter o aura, o ovo-áurico
perfeito, equilibrado, para que seja igual a Deus, ao seu Creador.

O Templo e os Templos sagrados, têm essa divina função.

Glória aos Deuses nas alturas celestes e Paz na Terra aos homens, aos seres humanos de boa
vontade!

Aula nº 50 - Pesquisas sobre o Dia de São João

24 de junho de cada ano

Pesquisando sobre o dia de “São João”, passamos a raciocinar alto; pois bem, tudo aquilo que
o “INCONSCIENTE COLETIVO” firma no cérebro de uma ou mais gerações – determinadas
tradições, certas idéias, estas perdurando através dos tempos, de séculos e séculos – possui,
com efeito, um fundamento universal. Representa, sem dúvida, aspectos da Verdade Eterna.
Encontra-se, nesse caso, a data de “São João”, 24 de Junho de cada ano. A razão de ser festivo
este dia, é muito importante. Os fatos eternizaram-se no Ocidente, mas os festejos não são
entendidos na sua globalidade. Tornaram-se hilariantes, alegres às humanas criaturas.

Muitos participam de tais festejos, mas poucos se lembram de pesquisar a origem do termo e
o porque das comemorações.

No “Jainismo primitivo”, encontramos o termo:

IÓ-ANES – o qual, no curso do tempo, transformou-se em:

IONES, JO-ANNES, JEAN, JOÃO... Consoante as nossas pesquisas e, segundo as tradições


“JAINAS”, este termo tem o sentido de: “retiro sagrado dos super-homens, Djins, Jinas, Jênios,
Gênios”, senão, os portadores da criatividade universal. Chamemo-lo de Senhor do Mundo de
TOTH e de seus sublimes iniciados (segundo os egípcios).

Há outro termo, também interessante para o conhecimento do que realizamos anualmente:

IÓ-PITHAR, IÓ-PTAMER, IU-PITHAR, JÚPITER, que são expressões com que se designam os
vitoriosos da Cadeia Lunar, os que superaram os sentidos passionais, os que conseguiram ser
HOMENS, com “H” maiúsculo.

IÓ – tem o sentido de água, lua, desenvolvimento psíquico... ou seja, a evolução da


personalidade.

IÓ-ANES, IÓ-ANAS deram origem ao termo “JOÃO” (da Língua Portuguesa).

Encontramos no próprio Jainismo, a expressão: IAM BEM IAM ou JIAM BEM JIAM (João, senhor
João), nomes dos chefes dos Paris, Paras, senão Pitris, Pais, Parsis, antepassados, ou sejam, os
Zoroastrianos vencedores dos Devas... Devas (Deuses, segundo a Língua Portuguesa)...

JIAM BEM JIAM quer dizer, também, “O GINA, FILHO DE GINA, GÊNIO”... isto é, filho de nobre
estirpe, de uma hierarquia privilegiada.

Lembramos, ainda, JANO, JAINO, que são nomes coletivos dos ARCANJOS. JANO (JOÃO) depois
que saiu da velha ÁRIA (início da Raça Ariana) estabeleceu-se em “UR”, Caldéia primitiva,
vizinha da Europa e, então, surge com outro nome, ou seja, ABIMELECK, MALCHSEDEK, MALKI-
CHADAK, o Sacerdote de “MLECHCHAS”, senão, o termo europeu: Sacerdote do Altíssimo.
Reportamo-nos ao termo “UR”, que é uma raiz que designa FOGO, manifestado em diversas
dimensões. Há outra expressão, “Rupe”, Rope, que tem o sentido de corpo, forma objetiva. Eis
o motivo pelo qual podemos pensar nos nomes de UROPE, EUROPA. O EU com ígnea forma, ou
seja, o Fogo da Inteligência em ação prática, realizativa... EU ou EUR tem o sentido da
Consciência Universal manifestada de modo embrionário, em potencial... RUPE ou ROPE é o
corpo físico, o que age através da forma, da estrutura física.

EUROPA (UROPE, URUPE) foi o Continente, o campo de manifestação da Inteligência Interna,


do Deus Interior, envolto por uma forma rígida. É a área onde se manifestou a Vida Una, a
Suprema Inspiração, como estética ou a perfeita forma, linha... Ora, a Europa, Urope, de fato
abriu as portas da Inteligência, para uma Nova Era, para um Novo Mundo. É filha do Fogo
Divino, da Inteligência positiva, por isso ainda não se rendeu ao negativo fogo do ódio, da
destruição, das guerras. A título de ilustração, inserimos como resultado de nossas pesquisas,
um trecho da Revista “A ARTE DA MÚSICA”, estudo sobre a Idade Média, demonstrando que
as músicas de “São João” propiciaram a organização das partituras. Diz o trecho da Revista:

“... Apesar de todos os progressos feitos no campo musical durante esse período, a História
registrou-o com o nome de “ARS ANTÍQUA” ! Na verdade, no fim do século, a música já era
arte nova. Grande parte dos avanços da “Ars Antiqua” deve ser atribuída ao Mestre Leonius e
a seu aluno Perotinus, que trabalhavam na Catedral de Notre-Dame, em Paris. Mas estes dois
compositores, assim como outros da Idade Média, não puderam ir muito longe, tolhidos pela
precariedade dos meios de escrita musical. Havia sistemas de “anotações”, mas eram ruins. O
primeiro que apareceu, baseava-se no alfabeto: as sete primeiras letras representavam os sete
sons da escala, começando pela nota “LÁ”. Depois criaram os neumas, sinais oriundos dos
acentos: grave, circunflexo e do ponto. Porém, a “anotação neumática” tinha o defeito de não
indicar a altura nem a duração dos sons. Melhor que ela, era o método do monge Guido
D’Arezzo (995 – 1050) que adotou uma pauta de quatro linhas e definiu as claves de Fá e Dó,
para registrar a altura dos sons. Além disso, D’Arezzo deu nome às notas, tirando as sílabas
iniciais de um hino a “SÃO JOÃO”, que dizia:

Ut queant laxix Para que possam

Resonare fibris ressoar as maravilhas

Mira gestorum de teus feitos

Famuli tucrum com largos cantos

Solve polluti apaga os erros

Labii reatum dos lábios manchados

Sancte Ioanes Ó, SÃO JOÃO

UT, mais tarde, passou a chamar-se “Dó”, mas não se sabe quem o batizou, assim como se
ignora quem foi o padrinho do “SI”.

Pelo que se nos afigura, a Europa foi o campo onde se manifestou, com toda a pujança, o Fogo
da sensibilidade artística, da ciência, da filosofia, da religião ocidental, da política... No
atletismo, há a TOCHA OLÍMPICA, a qual, passando de mão em mão até chegar ao ponto final,
representa Deus, os Avataras, o Espírito, a Consciência Humana, o Ideal perpassando de ciclo
em ciclo, de época em época, até a conquista da vitória final, da aquisição da Consciência
Global, da Superação, em todos os sentidos. Atletismo é nobre simbologia, indicando à criatura
humana a posse de um ideal, a fim de evitar o “vazio espiritual”, a falta de SI MESMO. Nem só
de pão e circo pode viver a humana criatura.

O dia de São João tem grande influência no pensamento dos seres ilustres. O movimento
cultural e espiritualista que representamos, tem sua história ligada ao dia de São João,
festejado na Cidade de Salvador, na Bahia. No ponto de vista cíclico, este movimento
representado pela SBE, foi fundado ou teve início no dia 24 de junho de 1899, na Ilha de
Itaparica, cujo evento nos é muito caro e importante.

O Excelso Fundador de nossa Ordem, o Professor Henrique José de Souza, sobre o dia de “SÃO
JOÃO”, escreveu os trechos:

“Erguem-se por toda a parte as fogueiras dedicadas a São João, como se fossem fachos
enormes iluminando vilas, aldeias, países inteiros, principalmente o Brasil, cujo nome faz
lembrar a “BRASA”, o AGNI-PAROXA das tradições orientais, ou seja, o AGNI, o Fogo Sagrado
que arde em todas as coisas. E as fogueiras continuam ensinando aos homens que “DEVEM
SER ILUMINADOS PELO FOGO DIVINO” (da inteligência), por isso mesmo, iluminados pela
Essência Divina, denominada, também, de Fogo da Pentecoste ou descida do Fogo do Espírito
Santo sobre as cabeças dos Apóstolos. Do mesmo modo, os fogos riscando o espaço, em forma
de arabescos como se quisessem escrever na tradicional noite de “São João”, tudo que de
grandioso transcende do nome “TRADIÇÃO JOANINA”. Este Fogo da Vida influi, também, nas
quatro Idades do Ser Humano, com maior ou menor intensidade: Infância-Adolescência,
Maturidade-Velhice. Em nenhum outro lugar do Brasil, a noite de São João possui a simbólica
expressão dos mistérios que a envolve, como na Bahia. Tem-se a impressão de que a sua
capital transformou-se em enorme incêndio que, ao invés de destruir a tudo e a todos, ao
contrário, ilumina as mentes e os corações daquele POVO cheio de tradições, repleto de
crenças nas cousas do Espírito. E, assim, esse Fogo tradicional que lhe vem de “ALÈM-MAR” e
se fundiu depois na ALMA BRASILEIRA, atualmente invade o BRASIL inteiro, transformando-o
em enorme FOGUEIRA. O nome João, por si só é uma legenda. E isto, para começar: “em busca
da Terra do Pai João”, Henrique de Sagres sela o histórico e cíclico documento que deveria
depois servir para a “Descoberta do Brasil”. E CABRAL teve a primazia de ser o autor do
codicílio de tão maravilhoso TESTAMENTO.

O Polo Norte também é a Terra do “Pai João”. E, “Terra de Jão Ninguém”, é chamada toda
região que deva ficar “ignorada”.

JOHAN, JOHANES, JEAN, JING, Dzyan, Dzin ou Djin, em várias línguas, não é mais do que o
Jênio, GÊnio ou Jina, que serve de guia aos homens vulgares da Terra. Ora, Colombo, Cabral, o
mesmo Henrique de Sabres, Jeanne D’Arc, a Jina do Arco, da Arca, são todos considerados
Jinas, Joãos das transformações políticas e sociais de nosso Orbe Terrestre.

É lícito observarmos: a Igreja distingue o termo “IOKANAN” do de João Baptista. Mas, a


verdade é que o ARAUTO ou o ANUNCIADOR do “Messias Prometido”, possuía aquele “título
iniciático”. E isto porque YOKANAN ou IOCANAAN, é o Guia, além de Arauto, de um clã,
família... para a “Terra da Promissão”. Nesse caso, é o Chefe de um Movimento, ao mesmo
tempo que anunciador de um avatara ou da manifestação da Divindade, de uma nova geração
na Terra. E a prova está em que ele mesmo é quem batisa Jesus no Rio Jordão, quando o
Espírito Santo descendo sobre Aquele, dá-lhe o valor integral do seu papel messiânico na Face
da Terra. Observemos o evento: Jesus, João, Jordão, três jotas, três mistérios ligados ao
Mundo dos Jinas, dos Joãos, Gênios...

Convém pensar no caso: não houve, pois, um só “IO-CANAAN”, mas diversos, de acordo com
os vários ciclos ou idades em que é repartida a Vida Universal, segundo a própria evolução
humana.

Falando, ainda, de João Batista (o Fogo da palavra ou a palavra inflamante): as duas iniciais por
Ele adotadas, como IÓ-KANAAN do Ciclo de Piscis, Peixes (que o próprio Jesus traçou no solo,
quando lhe apresentaram a mulher adúltera), são as mesmas das Colunas do Templo de
Salomão, adotadas pela Maçonaria, ou sejam, JAKIM e BOHAZ, uma de ouro e outra de prata
(Sol e Lua, dia e noite). Do mesmo modo que, da Cidade onde nasceu e morreu Jesus, o Cristo:
BELÉM e JERUSALÉM. Consoante a tradição do Oriente: JNANA (o conhecimento, a sabedoria)
e BHAKTI (o amor, a devoção) são, pois, os dois caminhos da Filosofia Vedanta.

Cagliostro, como digníssimo Representante da Maçonaria Egípcia, adotou como um de seus


pseudônimos, o de José Bálsamo. Pelo que se vê, as duas iniciais J e B aparecem, em toda
parte, onde houver um motivo iniciático, ou melhor, alguém investido de poderes superiores...

Muito bem, na Maçonaria existe, ainda, o rito de “ADOMHIRAMITA” (Adam ou Adom, Hiram,
‘o ressuscitado’, como dizem suas próprias tradições e Mita ou Mitra que é um termo
francamente solar).

A ORDEM SOBERANA E MILITAR DA CRUZ DE MALTA, fundada nos albores do Século XI, a qual
exerceu um papel importante na preparação do Advento do Movimento representado pela
SBE, ligada, também, aos mistérios do L. P. D., tinha como Patrono JOÃO BATISTA, logo, a
tradição de São João.

Nos festejos da noite de São João, não falta, especialmente em Salvador, Bahia, quem grite,
dançando e cantando ao lado das fogueiras: “Acorda João! Acorda João!”. Isto vem provar que
o “vox populi” é, de fato, o “Vox Dei”, porque outrora também se evocava nos templos do
Egito, da Grécia... e noutros da Índia... “Desperta (ou acorda) Hermés, Enock, desperta!
Desperta!” . Isto por serem dois grande nomes da evolução humana. Ora, o Livro de Enock
serviu para confecção de outros livros, inclusive a própria Bíblia.

Quanto a questão do fogo, vem dos tempos imemoriais, inclusive com o nome de “FOGOS DE
BACHOS”, que em nada diferem das fogueiras ou fachos, fogos, até hoje usados nas noites de
São João e que dão a tais festas, não apenas o nome de JUNINAS, por serem do mês de junho,
mas JOANINAS, por serem de origem divina, superior ou jinas, Joanas... Posteriomente, ligaram
estas festas a outros Santos, mas sem sentido divino, superior...”

Dizem as tradições mais antigas: “no início da Raça Ariana, o Fogo desceu do Céu em forma de
raio, escrevendo na Pedra da Lei (de Asgardi) os Dez Mandamentos da Evolução. Ora, o
número 10 é bem semelhante ao termo “IÓ”, já referido neste estudo.
Não podemos deixar de exaltar, neste momento solene, a Ilha de Itaparica, berço da
Civilização Brasileira e de nosso Movimento Cultural e Espiritualista, fundado pelo grande
Senhor e Professor Henrique José de Souza:

Glória à majestosa Ilha de Itaparica,

Berço da Civilização Brasileira!

E, em 1899, dia do glorioso São João,

Despertaram-se da Fronte do ETERNO,

Duas Brasas, duas Sementes Divinas,

Duas Civilizações, dois Impérios, dois Braseiros!

Com a chuva copiosa de Estrelas,

Quais Arcanjos correndo pelo Céu,

Com explosões do Krakatoa,

Qual roncar da bruta Natureza, tudo

Anunciando de maneira velada, discreta,

O nascimento dos Filhos do Sexto Céu!

Oitenta e oito anos são passados,

Os primorosos Manús, Hélius e Selene,

Com a presença de Deus, como Netuno,

Na ditosa Ilha de Itaparica, pelo ETERNO,

Foram, quando jovens, divinamente consagrados!

Salve Catarina Paraguassú!

Glória a Diogo Álvares Corrêa!

Salve divina Tríade secular!

Lorenza, Crivatza, São Germano,

Onde serão, eternamente, exaltados!


Deste local de culto à LEI,

Nesta data dos Yokanans de São João

Saudamos Aquele outro Templo-Natureza,

Tabéra de Nassau, Ilha de Itaparica,

Onde um presépio de pitangueiras,

Pelo engenho humano, fora armado.

Templo edificado pelos elementos da Natureza

Para servir de régia Residência, Morada e Beithel,

À Tríade que se fez advogada da pobreza,

Por isso, naquela Ilha Templo-Obelisco,

O Pai do Fogo Sagrado, envolto pelo Manto

Da Divina Mãe – AKTALAYA – será exaltado!

Aula nº 51 - Exteriorização da Motricidade ou Desdobramento

Quando iniciamos os estudos de espiritualismo, esoterismo, ocultismo, exacerba-se, desde


logo, a vaidade – o que nos parece ser o oposto da Verdade – ou, como nos ensina a ciência
profana, “complexo de superioridade”. Nos primeiros tempos de prática desta natureza,
sentimo-nos realizados, embora estando no início de uma longa jornada. Trata-se de uma fase
difícil de se atravessar porque a cegueira dos sentidos nos tolhe ver o imenso sol que temos
pela frente. Esquecemo-nos do princípio rudimentar do estudante do espiritualismo que
deseja seguir a Vereda, que é a humildade. Nossos olhos tornam-se vendados em relação à
imensa porta que se abre para o mundo de infinitas dimensões. Porta que se abre para o
mundo imenso, possuidor de uma linguagem em que todos os termos têm substância própria;
linguagem em que todas as palavras tomam o sentido de substantivo, ou seja, o valor da
Revelação. Mas a linguagem, o efeito produzido no praticante, poderá ser uma espada de dois
gumes. É algo como se fora uma arma de fogo, que só pode ser usada por quem tem equilíbrio
emocional, juízo, calma, etc., isto porque as armas devem ser usadas para a defesa e não para
a violência. Por isso, esse tipo de estudo, só deve ser ministrado de modo secreto e após uma
perfeita averiguação da atitude e do comportamento do candidato... Sim, o indivíduo
equilibrado pensa, pesa sua atitude antes de tomar qualquer decisão.

O ponto de interesse do que está se iniciando neste mister, é a conquista de poderes


sobrenaturais, de domínio do próximo; conquistar as cousas pelo processo do milagre.

O sentido desse tipo de estudo consiste, realmente, em despertar, estimular as forças do


organismo para facilitar sua evolução espiritual e não usá-las de modo inútil, desperdiçando-
as. São elementos que amparam o indivíduo de uma vida para outra. E... esses adquiridos, essa
potência espiritual conquistada chama-se “SIDDHIS”.

SIDDHIS – sânscrito – literalmente é atribuído à perfeição; poderes fenomenais que, graças à


sua santidade, adquirem os iogues; faculdades psíquicas, poderes anormais ou extraordinários
do homem. Um grupo deles compreende as energias psíquicas mentais inferiores, grosseiras; o
outro grupo requer a mais elevada educação dos poderes espirituais.

Diz Krishna, no Zrimad Bhagavad: “Aquele que pratica a Ioga, que subjugou os sentidos e
concentrou sua mente em MIM (Krishna), é um Iogui a quem todos os siddhis estão prontos a
servir”...

A palavra sânscrita siddhis é sinônima da voz pali “iddid”. O ser humano ou o iogui precisa
adquirir 8 siddhis, para ser igual a Buda.

Temos nas sublimes palavras de Buda e nos seus ensinamentos, perfeito exemplo do que
vimos afirmando. O Bem-aventurado Buda ofereceu a um discípulo seus, uma série de práticas
para acelerar a sua evolução espiritual. Tempos depois, o Excelso Buda voltou a passar pelo
lugar onde deixara o discípulo e resolveu argüi-lo acerca da prática e como resultara o
desenvolvimento espiritual do referido discípulo, respondendo este: “Mestre, com a prática
dos ensinamentos que recebi do Bem-Aventurado, consigo atravessar voando, de uma
margem deste rio para a outra e vice-versa”. E retrucou Buda: “Meu filho, você poderia
chamar o catraieiro e, dando-lhe uma moeda, poderia fazer essa travessia sem esforço,
auxiliando o catraieiro na sua profissão. Você poderia guardar esses “siddhis” para a sua
próxima encarnação”.

O discípulo ou candidato ao estudo do esoterismo deve manter a maior vigilância, no sentido


de não esperdiçar seus siddhis ou suas experiências espirituais e, naturalmente, evolucionais.

Quando o discípulo, o indivíduo, já se encontra com os siddhis desenvolvidos, pode projetar os


veículos de seus princípios fora do corpo físico. Essa projeção tem sua gama de valores,
conforme o plano em que se processa esse fenômeno. Se se trata de um Adepto, é projeção
do plano mental, búdico, átmico; se for discípulo ou qualquer ser humano, será projeção dos
planos astral e vital...

Os verdadeiros ocultistas, os que estudam a Ciência das Idades, denominam-na de “saída em


astral”, desdobramento, etc. Com efeito, o mecanismo do fenômeno consiste em que a parte
anímica ou semi-material saia do corpo físico e se projete no plano astral, para dali se
manifestar no plano físico, segundo o fim a que se propõe.
A ciência moderna, que tem desde logo a preocupação de não se comprometer quando se
trata de “alucinação telepática”, aplica os seguintes termos: “dissociação do ser”,
“desdobramento pessoal”, “exteriorização” e, aos casos de impressão visual, de
“fantasmagoria”.

Somente os que não se dedicam a semelhante leitura, ignoram os diversos desdobramentos


do grande Iluminado que foi Apolônio de Tiana, os de Simão, o Mago, e Antônio de Pádua (que
salvou o pai da forca, enquanto seu corpo ficava no púlpito, onde estava pregando) ou os de
Jeoshua Ben Pandira, o Adepto budista, que o mundo teima até hoje em chamar de Jesus
Cristo. Com ou sem razão, atribui-se o mesmo poder a todos os taumaturgos, a todas as
personagens da Idade Média e, nos tempos modernos, por exemplo, aos Condes de Cagliostro
e São Germano, sem falar nas personagens desses maravilhosos contos que nos embalaram a
infância, todas elas, vislumbres do que a mente percebe nos mundos superiores mas os lábios
negam, por quererem expressar a “letra que mata”, ao invés do espírito que vivifica. Nas
cidades, nos campos, por toda a parte, enfim, essas narrações são repetidas a cada instante, a
respeito de determinado ser que fazia milagres ou apresentava-se em vários lugares ao
mesmo tempo, pouco importa se com o nome de “Cura d’Ars”, de Thorel ou outro qualquer. O
Excelso Professor Henrique José de Souza denominou esse tipo de fenômeno de
“EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE”.

EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE (de JHS). O fenômeno de alta fisiologia que consiste em


deixar o corpo físico abandonado em determinado lugar, enquanto seu duplo ou fantasma é
enviado, conscientemente ou não, à distância... ...

Os antigos chamavam-nos de “Teofania”, aliás com impropriedade, porquanto esse termo


implica em entrar o homem em relação com seu EU ou Consciência Superior, Consciência
Imortal, quando se tratava de visão terrena de um ser divino. E “Dolofania”, quando aplicada
aos vivos.

Os anais religiosos empregam, ainda, o termo “Bilocação”, para a presença simultânea da


mesma pessoa em dois lugares diferentes. Substitui esse termo, o vulgar de “Ubiqüidade”, até
mesmo quando se deseja afirmar que alguém é encontrado em toda a parte... “fulano possui o
dom da ubiquidade”.

O povo inculto qualifica-o de “aparição”, “assombração”, etc. Na França, o termo empregado


pelo povo é “révenance”, proveniente de “revenant”, que quer dizer alma, fantasma, lemúrio,
larva astral, etc.

Os hagiógrafos utilizam, mais particularmente, os termos “Bi-corporeidade”, quando desejam


fazer compreender que a pessoa possui, de fato, dois corpos, cada um deles em lugar
diferente ou “representação”, quando julgam que um pertence ao indivíduo e o outro é como
uma figura modelada e animada por um anjo ou deva.

No surto da Ciência das Idades ou teosófico, que foi um verdadeiro desfolhar das velhas
páginas da sabedoria, conservada nas criptas silenciosas do Egito, Índia e Tibete, levado a
efeito pela Princesa Russa Helena Hann de Fadeff Bavatsky, o horizonte tanto nublado, ainda,
da “Doutrina Secreta”, apresentou-se aos olhos do mundo, numa apoteose bem digna da
própria evolução humana, à revelia dos inimigos gratuitos de todos esses movimentos
espiritualistas. Inimigos esses que não são mais despeitados, alguns por verem ruir por terra os
falsos conceitos que nutriam pelas coisas da vida, outros temerosos de uma concorrência ao
negócio lucrativo que mantém com as coisas divinas.

Poderíamos, ainda, para não melindrar a ciência oficial, comparar tais radiações ao Princípio
Vital de Berthez; “Eletricidade Animal”, de Pélétin; “Fluído Nervoso”, de uns; “Força Dinâmica”,
de outros, mas acima de todo e qualquer termo, o puramente oriental e teosófico ou jiva.

Apresenta-se como vitalidade, já que é no “Duplo Etérico” onde ele se manifesta através de
“centros de força” chamados “Chacras”, cujo significado é: roda, movimento, sol, loto, etc. Os
Chacras recebem, por sua vez, a força primária do corpo astral e assim sucessivamente, até
chegar à “Usina geradora de Força e Luz” (desculpem a comparação) que é Ishwara, como o
Sol Central de um sistema, ou seja, um sol com sete planetas ao seu redor.

Tudo isso se acha muito bem expresso nas palavras de Spencer: “As Forças Universais de
atração e repulsão, que desenvolvem certo ritmo em todas as modificações menores do
Universo, o imprimem à totalidade, por isso mesmo produzindo um longo período, durante o
qual as forças atrativas predominam e causam uma concentração universal; já num outro
período também extenso, as forças repulsoras predominam e causam uma difusão universal,
criando ciclos alternados de evolução e involução ou dissociação”.

Daí (disse JHS) atração e repulsão são as duas manifestações da Vida. A atração produz a força
centrípeta: a gravitação universal; a repulsão dá nascimento à força centrífuga, que tende a
projetar fora de sua órbita, os corpos em movimento. O funcionamento paralelo e, portanto,
equilibrante dessas forças, constitui a Vida Universal.

O Homem, por exemplo, como microcosmo, é constituído do mesmo modo que o Universo ou
macrocosmo. Nele, além das partes que se manifestam como alma e espírito, qual Trindade
cristã ou das Três Pessoas distintas e uma Uma só Verdadeira. O Ser Humano possui, também,
três correntes de vida: o Sistema Linfático, que forma a vida; o Sistema Sanguíneo, que a
entretém e o Sistema Nervoso, que a rege. Esses três Sistemas produzem, cada um deles, uma
dupla corrente, donde uma se dirige para a periferia e a outra, para o centro.

Dizem os Upanishads: “A associação de Prana Astral e Prana Físico, cria a matéria nervosa que
é, na realidade, a célula que dá todas as faculdades psíquicas aos homens, a começar pela de
experimentar tanto prazer como dor. As células se desenvolvem em fibras, como resultado do
pensamento”.

Prana, em sânscrito, quer dizer Vida.

Manas (mental), o Pensamento, é aquele Princípio que governa o Astral ou psíquico. Segundo
a Escola de Paracelso, é o mediador plástico, ou ainda, o Espírito, Inteligência Superior,
dirigindo a Alma e esta, conforme seu nome indica, animando (proveniente de Ânima ou Alma)
o corpo físico, tal como a carruagem, os cavalos e o cocheiro. O carro não anda sem os cavalos
e estes, sem quem os guie ou dirija, a menos que tome os freios nos dentes... e corram
desembestados, espatifando carro e cocheiro, qual alma de instintos inferiores ou
animalizados que, não ligando mais importância à Voz da Consciência ou do Espírito, por isso
mesmo entregue ao seu fatal destino, acaba por dissolver-se nas trevas terríveis do não-ser, ou
seja, da Zero Dimensão!

Pitágoras, por exemplo, reconheceu no uivar de um cão, a voz de um amigo desencarnado.


Emmanuel Swedenborg e outros falavam a respeito da segunda morte, assim como outros
misteriosos seres que, por se acharem em posição muito superior à Humanidade (Mahatmãs –
sânscrito – ou Grandes Almas, Gênios, Jinas ou Super-Homens) devem ser considerados como
seus Guias ou Condutores. Um dos grandes Conselheiros de H. P. Blavatsky, de nome Kut-
Humi, ensinou: “O número dos que não possuem o menor vestígio de espiritualidade, é muito
maior do que se julga. A cada momento, nos acotovelamos nas ruas com seres dessa natureza,
isto é, verdadeiros autômatos de seus próprios atos e pensamentos contrários à Lei, por isso
mesmo condenados à segunda morte”.

O comportamento dos representantes da atual Humanidade, confirma as proféticas palavras


dos antigos sábios de antanho:

“A sorte está lançada!”

Aula nº 52 - O que é intuição? - Estudo I

No cotidiano, quando um indivíduo lança uma idéia luminosa, clara, correta, diz-se que é uma
ação do Sexto Sentido. O Sexto Sentido, segundo os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, é
Intuição. O indivíduo alcançou o Plano Búdhico, o da divina inspiração.

QUE É INTUIÇÃO

INTUIÇÃO – Segundo o Dr. Antenor Nascentes: ato de ver; primeira vista; percepção clara e
pronta; pressentimento instintivo pelo qual se descobre o que é ou deve ser. Filosofia:
percepção clara, direta, imediata e espontânea da verdade, sem auxílio do raciocínio. Teosofia:
visão clara que os bem-aventurados têm de Deus; visão beatífica. (Do latim: intuitio onis =
igual a imagem).

Intuitio: ter intuição de alguma coisa, pressentir, deduzir ou concluir por intuição. (Neologismo
calcado no latim “intueri”: olhar, observar).

INTUIÇÃO (Glos. Teos.) Tem-se feito desta palavra um grande abuso e, com freqüência, se usa
de um modo incorreto em pedagogia. É o conhecimento superior, real e objetivo, por assim
dizer, uma espécie de visão direta com os olhos da alma, em virtude da qual se adquire por
experiência própria o conhecimento claro, íntimo e instantâneo de uma idéia ou verdade, sem
o auxílio da razão, como se se tratara de um objeto material colocado ante nossa vista. A
intuição corresponde às faculdades da mente superior e é infalível guia do vidente. Segundo
diz o Catecismo Budista de Olcott, a intuição é superior à razão para perceber a suprema
verdade; é um estado mental em que qualquer verdade desejada é instantaneamente
compreendida; pode alcançar-se quando alguém, mediante a prática da Jñana (Sabedoria),
chega ao seu quarto grau de desenvolvimento. Consoante diz Râma Prasâd, depois de alcançar
um estado de “paravairâgya” em que, graças à total ausência de desejos e paixões, o iogui
adquire a calma mais completa, se apresenta o poder chamado “samâpatti”, intuição, que é
aquele estado mental em que se faz possível receber a reflexão dos mundos subjetivo e
objetivo. A Intuição tem quatro graus:

As-vitarka (verbal)

Nir-vitarka (sem palavras)

Sa-vichâra (meditativa)

Nir-vichâra (ultrameditativa)

O estado de intuição tem-se comparado a um cristal brilhante, puro, transparente e incolor.

J.H.S. – Manifesta-se no homem, a lei ou força vital, tal como nos demais seres organizados,
principalmente o instinto, desde o seu nascimento. À medida, porém, que vai crescendo,
começa a perceber que em si existem duas personalidades distintas: uma como voz do instinto
e outra como voz da intuição, ou antes, da consciência, que é de fato o verdadeiro juiz que nos
impele a fazer o bem e nos condena, através do remorso, quando praticamos o mal. Desde
então, desenvolve-se em nós um fator a mais, que virá despertar os nossos sentimentos ou
paixões anímicas. Esse fator é a inteligência, mediante a qual observamos, analisamos,
discorremos, tiramos deduções, formando portanto, cada vez mais, a consciência que é,
finalmente, a conclusão de tudo isso.

Em maior ou menor escala, com mais ou menos perfeição, manifesta-se certa inteligência,
desde o mais sábio até o mais ignorante dos homens, senão no próprio selvagem, salvo
aqueles que, por defeitos constitutivos físicos, sejam privados de elementos para receber
sensações externas ou para transmitir as internas, tal como aqueles a quem chamamos
geralmente de “degenerados psíquicos e fisiológicos”.

Existe, porém, outro fator no homem que, não obstante ser de caráter psíquico, não foi ainda
estudado detidamente, como era dever: a Intuição. Que é a Intuição? Quem é capaz de a
definir? Entretanto ela existe, é uma realidade. Não se assemelha à inteligência porque esta
discorre, analisa e busca soluções para todos os problemas; informa a consciência abstrata,
dispõe princípios gerais. Para a inteligência chegar a sintetizar, vai do conhecido e por
argumentos tenta invadir o desconhecido. A inteligência não se contenta em observar o
puramente material; aventura-se ainda no terreno imaterial: o espiritual. Vai até esquadrinhar
o infinito, onde, como é natural, acontece perder-se em conjecturas. Nada disso é próprio da
Intuição.
A Intuição, tal como a compreendemos, tem algo do “instinto”, porém muito mais elevado; é
uma percepção espiritual que nos prepara e, naturalmente, sem percebermos a razão, faz-nos
agir “com conhecimento exato”, inspirado precisamente na “inspiração”, carecendo-se de tal
conhecimento. É uma simples inspiração que se assemelha exteriormente ao “instinto
sublimado”: ambos têm de comum o não serem a resultante da reflexão! A Intuição não se
limita apenas ao material, estende-se ao espiritual.

Que é a Fé, senão uma verdadeira intuição? Claro é que nem sempre com a Fé estejamos
certos. Por isso mesmo, tão pouco assegurei que a Intuição possa proporcionar idéia exata.

Nem sempre o homem se acha em condições de poder interpretá-la devidamente. Do mesmo


modo que nem sempre uma máquina obedece à intenção do maquinista. Não devemos
esquecer que o homem é um ser material, embora que em si habite uma alma que o anima e
um espírito que o guia para a sua verdadeira morada, que é o Divino.

A Fé é uma intuição; certo que para desenvolvê-la, contribui a força persuasiva do pregador.
Não criaria, porém, raízes, se não estivesse auxiliada pela intuição do indivíduo.

A Intuição é mais atrevida do que a própria inteligência. É algo assim como um farol que
orienta o rumo da inteligência e, por isso mesmo, foi a voz interna que guiou a todos os
descobridores, como Galileu, Newton, Colombo, Cabral e outros mais. Infelizmente seus
estudo é desprezado.

À medida que a inteligência humana se foi desenvolvendo, a Intuição passou por diversas
modificações, isto é, atrofiou-se o elemento pelo qual a mesma se manifestava: o chamado
terceiro olho. Olho existente na fronte ou olho pineal, “Ureus mágico” dos egípcios, etc. em
sentido evolucional, por isso mesmo inciático.

A inteligência de nossos primitivos antepassados era muito limitada, porém possuíam eles
faculdades complementares que, com o tempo, desapareceram, ou melhor, à medida que a
inteligência se foi fazendo mais lúcida, tais faculdades se tornavam desnecessárias. Entre
essas, como foi dito, possuíam prodigiosa intuição, que lhes fazia pressentir os contínuos
perigos, por isso mesmo, deles se afastando.

A vida do homem em sociedade, embora rudimentar, tornava-o mais forte, correndo menos
perigos sua existência. Juntando-se os efeitos da experiência de sucessivas gerações, tudo isso
contribui para que algumas de suas faculdades inatas se debilitassem. Tal ocorreu ao instinto e
à intuição. A inteligência, como se disse, progrediu cada vez mais, tornando desnecessárias as
impressões internas. Pode-se mesmo dizer que, em certo grau de inteligência, muitos
preferem hoje a argumentação em vez da inspiração, da qual desconfiam, justamente por ela
não explicar, mas limitar-se apenas a aconselhar. Esse costume de argumentar torna-se menos
apto para interpretar a palavra intuição. E isso, provavelmente, devido a não
compreendermos, porquanto, para a maioria, a intuição converteu-se em ridícula superstição
e absurdos prejuízos. As faculdades anímicas, para se manifestarem devidamente, requerem
condições especiais no indivíduo. O mesmo sucede com as faculdades corporais: nem todos
possuem as mesmas aptidões, nem tão pouco todas as almas as possuirão.
Pena é que a vida social, tal como se a pratica, continue retardando as principais de nossas
faculdades, propriamente ditas (que não devem ser chamadas de “psíquicas”, como a maioria
faz), que não são senão “tendências”, por serem frutos de experiências passadas, através de
várias encarnações.

Por isso mesmo a Intuição é um estado permanente nos Homens Perfeitos ou Adeptos,
enquanto esse mesmo estado, naqueles a quem chamamos de “sábios”, “gênios”, “jinas”, etc.
por suas obras de valor para o mundo, se manifeste em determinados momentos. Daí o dizer-
se, por exemplo: fulano estava inspirado (ou intuído) quando escreveu tal coisa.

O que importa dizer que a intuição, em tais indivíduos, só tem razão de ser quando seu
mental, além de bastante desenvolvido, deseja realizar esta ou aquela coisa (por isso mesmo
precedida de “meditação” que é o único meio do Eu-Interior ou “alma” se unir ao Eu-Superior
ou Espírito).

Em resumo, o que se pode chamar a tais momentos (não permanentes) de “adaptabilidade


mental”, para receber um estado de consciência imediatamente superior ao que ora
desenvolve a Humanidade, aquilo que ele só não pode resolver. Foi, pois, o que aconteceu
com Newton, Franklin, Galileu, Pasteur, Colombo, Cabral, e quantos outros são tidos como
sábios, gênios, etc. para os homens vulgares.

Mui longe está de ser verdade aquilo que julgamos como tal, para não dizer, todo esse nosso
saber insignificante, de que nos orgulhamos a cada momento, ou nos revoltamos, vaidosos e
até coléricos, quando alguém ousa retrucar-nos!

A Intuição, se fosse possível interpretá-la, como de fato ela o exige, abrir-nos-ia o caminho
para novas e rápidas descobertas. Creio, entretanto, que mui longe se acha o dia do homem
estudar detidamente o que venha a ser intuição. E isso devido ao desconsolador materialismo
que, por desgraça, predomina ainda na Terra. E agora, talvez, mais do que nunca.

A Intuição, consoante a Eubiose, corresponde ao equilíbrio dos três elementos essenciais da


personalidade humana, denominados por estes termos: Supra-Vontade, Supra-Inteligência e
Supra-Emoção. São três Princípios mas, na realidade, um só e verdadeiro: o Ser Humano
Integral...

Glória à Intuição !!!


Aula nº 53 - A Esfinge filosófica como alegoria do Ser Humano

O Ser Humano é, realmente, uma esfinge que sempre se acha buscando a sua origem e isto
porque vive numa esfera limitada e envolto por um ambiente de maldade, egoísmo, ganância,
concorrência... Mantendo uma permanente idéia de destruição é, com efeito, um destruidor
permanente.... Tem medo de indagar a sua origem.

Quem somos, é a primeira pergunta de uma esfinge filosófica, pergunta a que


categoricamente respondemos que não somos, senão uma chispa divina, abstrata,
incognoscível e sem nome, que vai passando por muitos estados de consciência. E em cada um
de tais estados, em meio de infinita transformação que a eles caracteriza, tem algo de
essencial e pensamento real, reflexo daquela latente divindade interior: penso, logo sou! Daí
se pensar: Man é pensamento e homem...

Todo o devenir, todo o futuro evolutivo se vai traduzindo no estado da Mônada consciente
que o toma primeiro como a outras tantas realidades, disputando-as, delegando como ilusões
de ascender à consciência superior, novo estado, do qual mais tarde acaba por carecer, à
maneira da evolução física da criança, que vai trocando por tantas outras realidades ulteriores,
primeiro claustro materno, logo o peito que a amamenta, depois os jogos infantis, as paixões
da juventude, os anelos da virilidade, a família, os ideais terrenos, super-terrenos, etc, etc.
Trajes diversos com que se vai revestindo e logo abandonando, nossa consciência psicológica,
como na vida social vamos trocando o traje usado por um novo, guardando-o como relíquia,
ao passar a estação de inverno para verão.

Conscientes deste propósito, lembramos aquela parábola hindú, do discípulo que fez ao seu
mestre uma pergunta análoga a que nos ocupamos. “Tu és ele”, respondeu ambiguamente o
mestre. Então o discípulo pensou primeiro que ele era seu corpo físico, mas como o vira
caminhando, disse a si mesmo que o que muda não podia ser ele, mas a sua física veste e
acreditou logo que ele era emoção, mas viu a si mesmo mais rápido que as emoções;
remontou depois à ordem das idéias e viu a mudança também, até que enfim chegou à mesma
conclusão nossa, de que somos senão estado de consciência de um algo abstrato e
inconcebível, que nos permite identificar-nos, mesmo através dos mais variados estados
evolutivos.

Os exemplos matemáticos nisto, como em tudo, são os mais expressivos. À medida, com
efeito, que se vão manifestando as unidades de um sistema qualquer, começa a puslar e a
manifestar-se o conceito abstrato das dezenas, que as une, como a medida que marca a roda
dos segundos de um relógio, começa a interessar-se na marca também dos minutos,
enlaçando-se com aquela... Vamos, assim, passando às dezenas e manifestando as centenas,
os milhares, etc, etc, .... como a roda dos minutos empurra a das horas e as horas, sem
interrogações, formam os dias, meses, anos, lustres e séculos... porque, a bem dizer, na
numeração como na Natureza, toda numeração é medida pela ininterrupta sucessão de
unidades ou “estados de consciência”.
O Ser humano é, realmente, uma esfinge que sempre se acha indagando a sua origem, a razão
de estar vivendo nesta esfera de tantas confusões, tanta concorrência, sem medir valores.

Caberá, se se perguntar ante o indefinido de tais seriações, qual tem sido a primeira ou a mais
infíma unidade e qual será a última, porém a tamanha interrogação, cabe responder como os
brâmanes, porque nós não conhecemos senão a zona média das coisas e o princípio e o fim
delas sempre escaparão à zona raciocinadora, de vez que, não como diria Schopenhauer, é a
nossa intuição mística que sente, sempre, esse “NADA-TUDO” inefável, do qual tudo emana e
ao qual tudo volve. Semelhante à quarta dimensão do serial metabolismo de nossa vida e
nossa consciência, resume, como a noção de tempo, quando podemos conhecer acerca
daquela pergunta, dizendo: “Somos, em cada momento, uma consciência manifestada; somos,
em todos os momentos, uma consciência sublimada que reconhece a si mesma como distinta
dos mundos ou ‘planos’, nos quais sucessivamente se manifestou, planos que foram sua
realidade transitória ou ‘mayávica’, embora que a consciência esteja ao nível deles, porém
que, resultarão ao fim e ante seus olhos, pura ilusão ou ‘maya’. Assim ascendemos
evolutivamente aos planos ou mundos superiores”.

A Língua Latina, tão rica na ideologia filosófica do povo que a criou, tem duas palavras para
expressar os respectivos conceitos daquilo que em nós não altera e desse outro que está
sempre alterado. O primeiro se designa com a palavra “individuus, individuum” que, em grego
quer dizer: “o que é essencial e em tal conceito não pode ser separado” ou como se
disséssemos, “duo in divi”, a Divindade-Par, manifestada e imanifestada; manifestada em sua
consciência atual de cada caso e, todavia, “por manifestar” na consciência superior ou ulterior,
na qual terá de revelar-se depois... O segundo, o eu ilusório que sempre altera, está expresso,
por sua vez, pela palavra “persona, persone, máscara”, como aquela que os histriões
representavam o homem elementar, bestial, etc. nas festas Dionisíacas. É, por assim dizer, o
eu transitório e ilusório ou a veste que recobre a individualidade verdadeira ao longo de suas
múltiplas manifestações nos mundos... ...

Nós ocidentais, mercê a nosso inato personalismo, concebemos muito mal estes estados
superiores da consciência e que são outros tantos estados ‘místicos’ para os que os
precederam e outras tantas ‘ilusões’ para os que os seguem.

A dor, o trabalho, a luta e quantas outras situações de doença física ou psíquica fazem descer
nossa consciência até os mundos inferiores, à maneira como as digestões penosas durante a
noite levam-nos, nesses horrendos estados de consciência, em sonhos aos quais chamamos
“pesadelos”. Os estados hígidos ou de saúde de nosso corpo, em alteração, se caracterizam
com cada órgão operando suas funções respectivas, como se a consciência pessoal de cada um
deles transcendesse a consciência física superior do organismo inteiro. Porém, quando nossa
imaginação ou faculdade emocional entra em função – em um espetáculo teatral, por
exemplo, que nos absorve por completo – a mesma consciência de nosso corpo físico
desaparece, dando-nos, como vulgarmente se diz, os melhores ou piores arroubos de nossa
vida. Um grau ou mais acima deste último estado, fala-se nos chamados ‘estados místicos’ ou
‘apocalípticos’. Por isso mesmo se diz que não foram experimentados pelo mesmo Plotino,
senão por três ou quatro vezes em sua vida.
As outras perguntas da Esfinge: “De onde viemos e para onde vamos?” se reduzem, em
verdade, a uma só, dada a lei cíclica ou cíclico espiral que viemos evidenciando em todos os
fenômenos da Natureza, lei em parte alguma mais patentizada do que nas órbitas dos astros,
que permite a reprodução dos fenômenos na metade ascendente e na metade descendente,
ramas da grande “parábola da vida”, de perfeita simetria entre si, com as suas sístoles e
diástoles respectivas ou estados “radiante” e “latente”, em tudo quanto nos rodeia. Dizemos
“parábola da vida”, aliás com impropriedade geométrica, porque nossa Mônada ou
“consciência superior”, em cada ciclo de encarnação e desencarnação, descreve, melhor dito,
uma “elipse” em torno do Sol e do “Espírito do Sol”. Esta, sim, é que é a base da verdadeira
astrologia.

Com efeito, dada a Lei universal da harmonia, tudo quanto acontece aos seres terrestres deve
estar regido pela lei astronômica-biológica da Terra mesma em que habitam, é o mesmo que
dizer que ditos seres têm de ter, como o Planeta, seu periélio e seu afélio psíquicos. A
passagem daquela Mônada do periélio ao afélio, se chama em ocultismo “encarnação ou
queda”, e o retorno cíclico do afélio ao periélio, “desencarnação, retorno ou ressurreição” à
celeste morada solar, donde saíra. Se o Sol ou seu “Espírito” é o “Deus do sistema planetário”,
a célebre sentença semipanteísta de Santo Agostinho de “para Ti nos criaste, Senhor, e nosso
coração está inquieto até que em Ti descanse”, não é senão a mística revelação deste
movimento de afastamento e aproximação, verdadeiro verão e inverno, de certo modo, de
nossos planetários ou astrais, vivendo como seres manifestados.

Mercúrio e Hermés são o mesmo Deus da Sabedoria Solar. São os Senhores da eloqüência
universal. Consoante o Dr. Roso de Luna, Hermés é o Patrono do Homem.

“Hermés”, “Her-man” ou “o Senhor do Homem”, como um dos sobrenomes de Mercúrio, ou


seja, a Mônada Humana, que é misticamente o Sol, “Budhi”, nome sânscrito de Mercúrio que
representa, por sua vez, o Sexto Princípio inseparável do Sétimo, ou a esfera ou órbita do dito
Planeta, até onde tem o periélio, como foi indicado, a Mônada Humana, em cada ciclo de
encarnação.

Pelo que se nos afigura, compreendemos: a Lei de Reencarnação e Karma é muito eficiente na
evolução espiritual do Ser Humano. Para um candidato à Iniciação, torna-se necessário
concebê-la, realmente. Quem a levar a sério, tem a possibilidade de se preparar numa vida
presente à futura ou imediata encarnação. É uma lei evolucional, tanto assim que
encontramos referência à ela em todas as doutrinas que firmaram a Idéia, a Palavra dos
Avataras. Por exemplo, no Egito milenar, há o símbolo sagrado ou uma chave de conhecimento
que desafia a humana inteligência: a Esfinge, que se acha na entrada do Vale dos Deuses.
Atribuem a ela os 4 Elementos que levam o Ser Humano a se identificar com a sua origem
universal, que são as 4 palavras-chaves: Saber – Ousar – Querer – Calar.”

Essas 4 palavras sagradas têm sua correspondência nas que formam o Tetragramatom
Sagrado: Iod – Hé – Vau – Heth. No Ocidente há as 4 letras enigmáticas, I N R I, que são
consideradas como iniciais dos nomes: Jesus Nazarenus Rex Judeorum.

Gautama, o Buda, ofereceu à Humanidade as 4 Verdades, com os títulos de: “Brahmá é tudo;
Iswara; Jivatmã e, a Roda dos Nascimentos e Mortes”. A Roda dos Nascimentos e Mortes tem
o mesmo sentido da Lei de Karma e Reencarnação, segundo a Ciência das Idades.

A evolução do Ser Humano tem sua base em aprimorar, sutilizar os 4 Princípios básicos: Físico,
Vital, Emocional e Mental. Sim, mantê-los harmônicos e equilibrados, formando um todo.

Aula nº 54 - Indivíduo e Personalidade

Na monografia IVR de nº 54 há a referência do Dr. Mario Roso de Luna aos termos “individuo,
individuum” e “personalidade”, no trecho reproduzido a seguir: “A Língua Latina, tão rica na
ideologia filosófica do povo que a criou, tem duas palavras para expressar os respectivos
conceitos daquilo que em nós não altera e desse outro que está sempre alterado. O primeiro
se designa com a palavra “individuus, individua, individuum” que, em grego quer dizer: “o que
é essencial e em tal conceito não pode ser separado” ou como se disséssemos, “duo in divi”, a
Divindade-Par, manifestada e imanifestada; manifestada em sua consciência atual de cada
caso e, todavia, “por manifestar” na consciência superior ou ulterior, na qual terá de revelar-se
depois... O segundo, o eu ilusório que sempre altera, está expresso, por sua vez, pela palavra
“persona, persone, máscara”, como aquela que os histriões representavam o homem
elementar, bestial, etc. nas festas Dionísiacas. É por assim dizer, o eu transitório e ilusório ou a
veste que recobre a individualidade verdadeira ao longo de suas múltiplas manifestações nos
mundos....”

Pelo que compreendemos deste trecho, escrevemos o que se segue:

INDIVIDUO, INDIVIDUA, INDIVIDUUM – o que não se divide, não se desintegra; é o que se


poderia chamar de Individualidade, segundo o conceito da Ciência das Idades; é o que nesta
Ciência seria a “Chispa Divina”, a “Mônada”, ou sejam os Princípios: Mental Abstrato, Budhi e
Atmã ou o Princípio Crístico no Ser Humano... Usando a Chave Geométrica dos Conhecimentos
Iniciáticos, representamos o Ser Iluminado, Realizado, tendo esses Princípios como sendo o
Deus Interior, por um retângulo com um triângulo no centro: Isto quer dizer que o Deus
Interior, projeta-se, vibra no interior, no coração do Ser Humano, refletindo-se imediatamente
no cérebro, na cabeça.

_A personalidade, a alma humana é representada pelo retângulo, ou seja, constituída pelos


Princípios: Físico, Vital, Emocional ou Astral, e Mental Concreto. No Ser Humano comum é
expresso pela Chave Geométrica: um retângulo encimado por um triângulo, tal como fora
explicado, o que significa que o EU superior está vibrando fora e não dentro do Ser.

O processo de Iniciação Real consiste em permitir ao discípulo transferir este triângulo para
dentro do retângulo. No caso, a personalidade fica envolvendo o EU, tal como acontece no
teatro: a máscara é o ator e o rosto, o autor.
Para o Ser Humano comum, o conceito de Deus é limitado, é do mental concreto, pois concebe
Deus, a Divindade, como se estivesse fora, acima do Globo Terrestre, no sentido de um plano
acima de outro, tal como acontece com as prateleiras. Não O concebe no essencial, Vida,
Natureza... Para os verdadeiros Iluminados, Deus está vibrando no interior do Globo Terrestre.
Por exemplo: se o coração do Ser Humano, como órgão principal da vida, está localizado
internamente, como uma defesa à vida, é natural que se pense que Deus, o maior elemento
gerador da vida, do espírito, esteja localizado no interior da Terra.

Consoante a Ciência das Idades e o Excelso Senhor JHS, o que reencarna é a personalidade
formada pelos Princípios já citados (expressa pelo retângulo). A personalidade é o sustentáculo
físico da individualidade, como se a primeira fosse o cérebro e a segunda a idéia.

A individualidade, o indivíduo, indivídua, individuum, ou seja, o que não se divide, o que não é
divisível, é o poder que projeta algo para dar movimento à vida; o Ser e a personalidade é algo
como se fora a indumentária revestindo o corpo de um indivíduo já realizado, iluminado. A
personalidade é algo como se fora a parte intermediária entre o corpo e o espírito, a
consciência superior. No Ser perfeito, a personalidade é o elemento de ligação entre o
Humano Ser e o Espírito. Daí o verdadeiro sentido de religião, ou seja, o ato de re-ligar o
Homem ao Universo, a Deus, etc.

Quando se morre, consoante a linguagem dos homens vulgares, o corpo físico fica inanimado
e, portanto, se desliga dos demais Princípios (Vital, Emocional e Mental Concreto)... Mas o
desligamento entre o Corpo Físico e o Vital é demorado. Quando o Ser Humano se acha no
estado moribundo, o duplo se projeta para fora do corpo, como uma árvore saindo de um
vaso. Quando o corpo se desfaz na tumba, o Vital continua mas, com o tempo, se desfaz
também. Permanecem unidos os Corpos ou Princípios Emocional e Mental Concreto (Kama-
Manas)... Esses corpos unidos permanecem no espaço, no astral, até conquistarem o poder, a
força para se reencarnar. Mas o ciclo reencarnacionista não é de modo arbitrário; obedece a
uma Lei Justa e Perfeita. Há uma Hierarquia encarregada deste valoroso mistério, denominada
de Lipikas... ... Conforme o impulso das experiências, escandas ou nidhanas (termos da
Filosofia oriental), a alma será atraída para uma família a que é afim. Com a nova encarnação,
com novo corpo físico, já com mente livre com o arbítrio, o elemento humano em evolução
fará nova tentativa para alçar vôo a um plano, a um sistema de vida mais elevado e com menor
sofrimento. Com o aprimoramento do físico ou do Ser Humano (dos 3 Corpos: Corpo, Alma e
Espírito), terá maior possibilidade de se identificar com Deus, com a Consciência superior.

Quando um médium acopla a sua alma ou corpo emocional à do elemento desencarnado,


sente o que ela está sentindo e então usa a sua linguagem: “está pedindo missa (se é
católico)”, “está solicitando que se acenda uma vela para ele”, etc.

Se houve suicídio ou morreu num acidente, fica com as últimas impressões, durante algum
tempo, até que pelo auto-julgamento perca as impressões dos últimos instantes da vida no
mundo dos homens, quando possuía o corpo físico.

Há uma Hierarquia Criadora encarregada de cuidar da evolução dos seres, antes de


conseguirem a imortalidade dos 3 Corpos citados (Corpo, Alma e Espírito). As almas, as
personalidades que trabalham pelo próximo, sem segundo interesse, trabalho realizado
espontaneamente, são atraídas para um Plano que na Ciência das Idades se denomina de
DEVAKAN. Nesse caso, o elemento humano ou a alma já se acha sob a responsabilidade de um
dos Membros da Hierarquia dos Lipikas ou Escribas...

Para se conduzir uma alma para um plano superior, necessário se torna conhecer as leis desse
plano, a fim de saber se tal alma merece ou tem condições de nele permanecer.

Com o intuito de esclarecer o sentido do nome Devakan, usado neste estudo para podermos
posicionar o plano onde se localizam as almas puras que se elevaram na vereda da vida,
através da prática do que denomina de Bem, que trabalharam para outros sem idéia de
recompensa; almas que evoluíram pelo processo da santidade, bondade e destituídas de
egoísmo, etc, analisamos o significado do termo:

DEVAKAN ou Devachan – sânscrito – Tem o significado de Morada dos Deuses. É um estado


intermediário entre duas vidas terrestres, no qual o Ego (a Chispa Divina) permanece em
perfeita beatitude, a fim de assimilar a experiência de quando viveu com o corpo físico, a fim
de se projetar num novo ciclo de vida ou encarnação. É, pois, um plano de repouso, que se
acha no espaço entre a separação do Mental Concreto e dos princípios interiores, depois da
morte do corpo físico na terra. É a parte superior do Plano Astral, especificamente para isolar a
alma já trabalhada pelos Mestres de Sabedoria. Esse Plano do Devakan tem a finalidade de
manter a alma sem sofrimento, isolando-a de todo o elemento do mal. Fica sob a proteção, a
responsabilidade de elevadas Inteligências universais, que presidem a evolução espiritual do
Ser Humano....

Devaka tem como equivalência o termo Devasthan.

DEVASTHAN quer dizer: residência dos Deuses...

Além desses há o de Svarga, dos hindús; Sukhâvati, dos budistas e Céu, dos católicos. Sim, é o
Plano da eterna bem-aventurança... E... também, sub-plano do Segundo Logos.

Este termo DEVAKHAN está em perfeita sintonia com o de DEVAKI. Devaki foi a Mãe de
Krishna. É um dos muitos nomes que atribuem à Mãe Divina, ao Poder Plasmador Universal.
Assim como no Ocidente há o culto à Virgem Maria, no Oriente há o culto à Devaki.

Usando a Lei da Analogia, poder-se-ia dizer: a vida humana durante o dia, sob a luz dos raios
solares, seria um período de encarnação, com o corpo físico em vigília constante... e o período
de desencarnação ou morte, com a vida durante a noite... ...

Para melhor esclarecimento desse assunto, transcrevemos as primeiras palavras do Salmo de


David, número 18:

“ Os céus publicam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos;

Um dia profere palavras a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite;

Não há fala nem palavras, não se lhes ouve a voz, mas o seu som extende-se por toda a
Terra e as suas palavras vão até os confins do mundo;
No Sol pôs o seu tabernáculo e ele como o esposo que sai do tálamo, deu saltos como
gigante para percorrer o caminho;

E a sua saída é desde uma extremidade do céu e o seu circuito até a outra extremidade
e nada há que ao seu calor se esconda...”

... ... ...

Para a Ciência antiga e abstrata, o Deus que orienta os mortos é denominado de YAMA... um
dos 4 Poderes que coordenam a evolução das almas.

Para os iniciados, para os discípulo preparados para certas missões, o processo de salvamento
(das almas já no Caminho) é bem diferente. Esse processo está muito bem esclarecido no Livro
do Dr. Roso de Luna, “O Livro que mata a Morte”.

Sócrates e depois Roso de Luna, sempre diziam: “Eu vivo para aprender a morrer !”

Aula nº 55 - Iniciação Real

A Iniciação Real exige esforço próprio e está orientada pelas augustas palavras do Avatara:
“Transformação, Superação e Metástase Avatárica”.

TRANSFORMAÇÃO – dividimos este termo em três partes: Trans, forma e ação.

Trans, Tras – passar além de três, tra.

Forma – é a forma constituída do quaternário, o corpo físico formado pelos princípios já


conhecidos: Físico, Vital, Emocional e Mental Concreto, ilusório.

Ação – é movimento, atividade. O esforço humano, tendo em vista alcançar a


evolução além dos três elementos essenciais à vida material.

A Transformação (no conjunto “Transformação, Superação e Metástase”, Meta além do


Êxtase) está indicando que se trata da Personalidade. Com efeito, na Inciação o primeiro
movimento, o primeiro passo a ser dado é modificar, transformar a Personalidade, sem o que
não se alcançará a Superação. Para melhor esclarecimento do assunto, evocamos o exemplo
da árvore: se a árvore se acha eivada de galhos secos, podres, ela tem que alimentá-los com
prejuízo dos galhos bons, os quais não terão vitalidade perfeita para uma ótima safra. Então, o
agricultor ou o senhor da árvore adota a prática da poda, eliminando dela os galhos secos,
podres, para os frutos tornarem-se fartos e sazonados. Ora, o discípulo, o indivíduo eliminando
da sua personalidade as tendências negativas ou, segundo a Filosofia Oriental, as nidhânas,
através do processo da terapia transcendental, torna-se perfeitamente ajustado em todas as
dimensões, logo, alcançando a Superação, a Suprema Ação. Entrou na atividade universal.
Passou a agir plenamente com a Emoção Divina e a Auto-Emoção. Este é o comportamento de
um ser superior. Por isso dizem que alcançou o Nirvana. Nirvana é um estado de ser que se diz
“sem resto”, isto é, sem apego às coisas materiais, aos hábitos da Face da Terra.

Por isso se diz na Iniciação Real: “Transformar as tendências negativas em positivas; as


nidhânas em escandas.”

O que afirmamos está de acordo com o que um grande Mestre da Humanidade ofereceu a ela,
em forma de ensinamento da Iniciação Real:

“A Evolução Universal consiste numa eterna transformação de energia: o Espírito se


transforma em Matéria e esta se sutiliza, transformando-se em Espírito”.

A idéia condensa-se em palavras e estas se transformam em abstração. Isto nos leva a pensar:
todo objeto físico tem sua contraparte num plano mais abstrato ou numa dimensão mais
elevada. Baseado nesses princípios, Eródoto foi feliz em afirmar que “as pirâmides foram
contruídas do vértice para a base, isto é, primeiro veio a idéia (foram construídas em projeto),
depois veio a construção física, objetiva.

Na Iniciação surgem, em primeiro lugar, as idéias e a seguir o planejamento para ordená-las;


em terceiro lugar a transformação das idéias, na construção objetiva, material. Daí o
provérbio: “De hora em hora, Deus melhora”, sim, a construção ou criação dos universos, pois
os do futuro tendem a ser construídos com mais perfeição.

Um dos preceitos evolucionais dos Sete Sábios gregos e que foi repetido por vários filósofos
em diferentes épocas, diz o seguinte: “O Ser Humano deve procurar aprender a morrer”. Sim,
deve levar a sua vida aprendendo a morrer, isto é, preparando-se, positivamente, para poder
encarnar num estágio mais elevado, portanto mais próximo da Divindade ou da Metástase
Avatárica, pois a nossa encarnação futura depende dos atos positivos ou negativos da presente
vida.

Um remador, numa disputa, dá o máximo impulso no seu barco, mas quando arvora os remos,
para de remar, o barco continua em movimento até terminar totalmente o impulso. O mesmo
acontece com o Ser Humano: o impulso de uma encarnação deixa-o no Plano Astral até que
termine o potencial das experiências adquiridas e quando elas terminam o impulso, volta a
encarnar.

Na Iniciação Real há dois preceitos admiráveis que dão impulso na personalidade do discípulo
para que abandone a vida inerte e entre na atividade da evolução espiritual, ou seja, na Idéia
da Unidade, “Um por Todos e Todos por Um”. Esses dois preceitos estão representados pela
palavras Revolução e Evolução. A diferença entre a primeira e a segunda é apenas a letra “R”,
inicial de Revolução.

R – esta letra é uma chave de conhecimentos inciáticos. Expressa alguém que está andando,
movimentando-se. É inicial do nome REI, o que consideramos como sendo O REI andando,
movimentando-se.
Em primeiro lugar há a ação de revolução no seu bom sentido, a fim de promover a
Transformação, para se alcançar a Evolução. Num plano mais alto há o termo Revelação, ou
seja, o ato de velar duplamente os aspectos da Verdade, para que não sejam “interpretados”
erradamente, desgastando-os.

Revelação – Teologia: ato pelo qual Deus fez saber aos homens seus mistérios, sua vontade ao
princípio do momento da Criação, etc.

Revelação – para a Iniciação Real é o ato pelo qual os Avataras apresentam aos homens, aos
seres humanos, algo do vir-a-ser, do futuro, de algo a ser realizado objetivamente. Por
exemplo: há a ação, a missão de Buda, que fez seu Trabalho apresentando ao mundo as suas 4
grandes Verdades. Depois que deixou o mundo dos homens, suas doutrinas se transformaram
num sistema religioso, mas não num sistema que leve o homem a se religar à sua Consciência
Divina.

O Ser Humano quando deixa fenecer a sua Centelha Divina, vai perdendo progressivamente a
sua personalidade, deixa de ser o que se acha expresso na afirmação iniciática: “Eu sou Ele
(Deus) e Ele está em mim”. Sim, com a ação deste fenecimento, o homem torna-se inseguro e
se transforma num eterno pedinte. Pede tudo a Deus, à Divindade, entretanto, se Deus
necessitar da sua vida, negará.

O admirável Rei David, atendendo os anseios da Humanidade, ofereceu os 150 Salmos, os


quais constituem um imenso apoio aos seres humanos, em vários sentidos e abrangem
diversos setores humanos da vida. O efeito dos Salmos de David é tão real que as próprias
religiões correntes os adotam, embora deturpando-os.

Fechamos nosso estudo, com estas estrofes dos “Versos Áureos” de Pitágoras:

“O Homem vive e morre a procurar um bem,

Sem nunca reparar nos bens que em si contém.

Quem não souber ser bom não sabe ser feliz,

É náufrago num mar de praias sempre hostis;

E entre o fraguedo atroz que a riba lhe apresenta,

Não pode resistir nem ceder à tormenta.

Porque não descobriu que transporta consigo

Um farol prá o guiar a salvamento e abrigo.

Por entre os vendavais dessa jornada ignota,

Tem cada qual de abrir a sua própria rota.

Uma estirpe divina impõe à Humanidade


Buscar no mar do erro o porta da Verdade;

A Natureza ajuda o Homem no caminho,

Nunca o desamparou, nunca o deixou sozinho.

Homem sábio, homem bom, tu que já penetraste

Os mistérios da vida e mediste o contraste

Entre o Bem e o Mal, concentra-te um momento

E medita que Deus, ao dar-te o Pensamento

E muitos outros dons que refletem os Seus,

Fez-te um Ser Imortal, porque és tu próprio um deus”.

Aula nº 56 - Avatara em ação

Já dissertamos, muitíssimo, em nossos estudos, sobre o tema “Avataras com seus mistérios”.
Agora, porém, pensamos em tratar do maravilhoso assunto de modo mais objetivo.

Os ários primitivos ensinaram que a Raça da qual fazemos parte teve seu início com o Avatara
sob o Signo de Áries, o qual começa a vibrar no dia 21 de março, dia do ano astrológico. Os
demais Avataras manifestaram-se sob as vibrações dos demais Signos: Taurus, Gemini, Câncer,
Leo, Virgo, Libra, Scorpio, Sagitario, Capricornio, Aquarius e Piscis.

Os eminentes cabalistas estabelecem o relacionamento: mês de fevereiro é o mês dois do ano


civil e, por coincidência, nele vibram os 2 Signos: Aquarius e Piscis. O Grande Senhor JHS
sempre fez referência aos dois Avataras que se acham agindo sob a regência dos Signos
Aquarius e Piscis e, respectivamente, sob os Planetas Saturno e Júpiter.

As tradições transimalaianas falam em AVALOKITESVARA.

AVALOKITESVARA – sânscrito – “É o Senhor que mira”. Na interpretação vulgarizada, tem o


nome de PADMAPANI, “o portador do Lotus e Filho do Loto”; na Filosofia dos Iniciados,
AVALOKI – o Mirador, o que mira o mundo manifestado – é o Eu Superior, o Espírito Divino no
homem, enquanto que PADMAPANI é o Ego Superior ou Manas.

Como tema de ligação, há a forma mística: “Om Mani Padme Hum”.

Segundo a visão popular, Avalokitesvara possui numerosas encarnações na Terra, enquanto


que a interpretação dos Iniciados vê Nele alegoria do Logos, tanto celestial como humano.
Padma é Pai e Mani é Mãe, o que se denomina na Iniciação Real de Pai e Mãe Cósmicos;
Adam-Kadmom e Adam-Heve.

Dentro da Filosofia do Senhor JHS, no mês de fevereiro comemora-se o Natal dos dois
Miradores, através dos quais a Lei, ou melhor, o Eterno lança sua Benção para o mundo
humano. E... todos aqueles que se acham afins com esse evento, são beneficiados. É algo
semelhante à tradição de 25 de dezembro, apenas não deve ser festejado com comes e bebes,
pois trata-se de uma época em que se deve usar a cabeça e não o estômago, apenas. Nos
ciclos futuros, talvez no próximo século, os dias 10 e 24 de fevereiro serão recebidos com
tanto esplendor quanto os dias de Natal e Ano Bom, atualmente.

A água é alegoria da Vida Universal, da Vida Eterna. Por isso as águas oceânicas são
trepidantes, representando a vida em permanente atividade. Narayana, hindú; Virgem Maria,
em português, são Patronas das águas. Nas iniciações tem o nome de APAS ou A Permanente
Água da Sabedoria.

Na qualidade de seres humanos, habitando a Face da Terra, desejando sentir no seu interior,
no seu coração, o potencial, a grandeza da Benção do Avatara em 24/02/1988, basta pensar
nas conselheiras palavras de um Livro Sagrado:

“Laves teu coração nas Águas do Oceano Tranqüilo; cerres teus olhos; tapes teus ouvidos e
narinas, sem esquecer que tua boca deve estar calada e olhes para dentro de ti. Penses nas
grandes Almas dos Divinos Avataras que já existem nos Planos Superiores. Com isso, seus
olhares se confundirão com o teu. E assim, as trevas do teu interior se iluminarão...”.

Ocupamo-nos nesta monografia, até agora, com o sentido transcendentalíssimo do elemento


água, APAS. Apas é o elemento universal ligado ao Signo de Aquarius, sob a regência do
Planeta Saturno. Reverenciamos com isso, o grande Deus Netuno. Como complementação do
assunto, pensamos agora nos valores, também sagrados, do Fogo Universal. Esse diviníssimo
Fogo, no Ocidente e para os Iniciados, é denominado de Pentecoste. Segundo os gregos era
exaltado como sendo o Pentalfa ou a Estrela Flamejante, isso porque o Ser Humano, de pernas
e braços abertos, forma essa sagrada Chave Geométrica. Que é Pentecoste? Para esclarecer
seu sentido, segundo a História do Espiritualismo, transcrevemos aqui um esclarecimento do
Senhor JHS aos seus discípulos.

PENTECOSTE – grego – quer dizer “Quinquagésima”. É a festa que celebra a Igreja Romana,
cinquenta dias depois da Páscoa da Ressurreição, porque no referido dia – segundo se lê em
ata (feitos) Cap.II – “o Espírito Santo desceu em forma de Línguas de Fogo sobre os Apóstolos,
que logo começaram a falar em diversas línguas”, ou seja, o mesmo fenômeno do despertar de
“Kundalini”, que faz do discípulo um Adepto, um Iluminado ou Homem Perfeito, justamente
por ser envolvido na Mente Universal. Pentecostes também era celebrada pelos judeus, com
grande pompa, cinquenta dias depois da “PÁSCOA DO CORDEIRO”, em memória da LEI, ou dos
Mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai, “cinquenta dias depois de ter Ele deixado o
Egito”. Razão porque também a denominaram de “FESTAS DAS PRIMÍCIAS”, porque, no
referido dia, os israelitas levaram ao Templo as primícias dos frutos de seus campos”.
Tudo isso nos obriga a falar também do termo SOLSTÍCIO, porém, desta vez servindo-nos das
palavras do erudito sanscritista Emile Burnodf:

“O culto cristão obedece à marcha do Sol e da Lua. O nascimento de Cristo coincide com o
Solstício de Inverno; a Páscoa segue de perto ao Equinócio da Primavera. No Solstício de Verão
é celebrada a Festa do PRECURSOR (o Arauto, Jokanan ou Yokanan, etc.), quando se acendem
as “Fogueiras de São João” (na mitologia grega, também se acendem os “Fachos do Deus
YACCHO”). As demais festas são distribuídas, metodicamente, pelas outras partes do ano,
seguindo uma ordem comparável à das “Cerimônias Védicas”. Deve-se notar, acrescenta o
referido autor, que o Solstício de Inverno ocorre 4 dias antes da Natividade e, o do Verão, 4
dias antes da Festa de São João. O dia da Páscoa é regulado pelo Equinócio, embora tenha
lugar num domingo, ou seja, o que se segue ao plenilúnio, depois do Equinócio da Primavera”.

Pelo que se vê, pouco importando os nomes dos Santos, seja do que for, tais festas são
antiquíssimas, pois que sempre coincidiram com os Solstícios, porém, sendo de cinqüenta
segundos por ano a precessão dos equinócios, 4 dias correspondem a, aproximadamente, sete
mil anos (porém os 4 dias podem não ser completos).

Em resumo, se tudo no Universo obedece a LEIS, por sua vez regidas por uma Força Única, é
lógico supor que as próprias manifestações da Divindade (Avataras, etc.) também estejam
sujeitas a essas mesmas LEIS... e assim, o que é cósmico seja obrigado a tomar forma humana,
na razão do “Verbo se fazer Carne e o Filho se fazer LUZ”...

Glória a todos os que reverenciam os Nomes dos Avataras !

Aula nº: 57 - Importância do mês de março e Signos do Zodíaco

O Dr. Mario Roso de Luna ensinou ao mundo algo que encerra muita verdade. Ele escreveu:
“Os astros inclinam mas não obrigam”. Isto nos faz concluir que a influência dos astros sobre o
comportamento humano é muito maior do que se possa imaginar. Mas essa influência
depende do “livre-arbítrio” de cada indivíduo. É o Ser Humano que elege seu destino: bom ou
mau, ótimo ou ruim.

Pensando em termo astrológicos ou recorrendo à preciosa Chave Astrológica dos


Conhecimentos Iniciáticos, concluímos que a Manifestação da Divindade Suprema, Deus,
Brahma, etc., processa-se obedecendo à ação, à influência dos astros.

A Astrologia antiga orientou-se sob a força e o poder dos astros. Como reflexo da Lei dos
Astros e, entendendo a Chave Astrológica, compreendemos que todo o indivíduo e também os
grandes e pequenos avataras nascem sob a regência de um astro. Por isso é comum, quando
alguém quer algo importante, de elevado, olhar para o céu, a fim de realizar as suas
invocações para a sua proteção, etc.

Os astrólogos, quando desejam verificar o destino do indivíduo, olham a situação do céu, a fim
de descobrir a posição dos astros, na hora do seus nascimento.

As principais constelações para se ler a história astrológica do Ser Humano, são aquelas
denominadas pela Astrologia de “Signos do Zodíaco”. Com isso pode-se fazer a pergunta: que
é Zodíaco?

ZODÍACO – (grego) Da voz Zodiom, diminutivo de zoon, animal. Esta palavra é empregada com
uma significação dual; pode referir-se ao Zodíaco fixo e intelectual ou ao Zodíaco móvel e
natural. “Em astronomia é um cinturão imaginário no céu, 16 ou 18 graus de largura, por meio
do qual passa a via do Sol (a eclíptica). Contém as 12 Constelações que constituem os 12 Signos
do Zodíaco e das quais recebem o seu nome. Como a natureza da luz zodiacal (aquela figura
triangular prolongada e luminosa, que estando situada quase na eclíptica, com sua base no
horizonte e seu vértice a maiores e menores alturas, só se pode ver durante os crepúsculos
matutinos e vespertinos) é inteiramente desconhecida para a ciência, a origem e a verdadeira
signficação e o sentido oculto do Zodíaco foram e são, todavia, um mistério para todos, exceto
para os iniciados... Voltando ao Zodíaco astrológico, propriamente dito, sem dúvida é um
círculo imaginário que passa ao redor da Terra no plano do Equador, chamando-se seu
primeiro ponto Áries, a zero graus. Está dividido em 12 partes iguais denominadas Signos do
Zodíaco, contendo cada um, 30º de espaço e nele está medida a verdadeira ascenção dos
corpos celestes. Zodíaco móvel ou natural é uma série de constelações que formam um
cinturão de 47º de largura, situado ao Norte e ao Sul do plano da eclíptica. O Zodíaco foi
conhecido na Índia e no Egito durante incalculáveis idades e o conhecimento dos sábios
(magos) desses países, com respeito à influência oculta das estrelas e dos corpos celestes
sobre nossa Terra, foi muito maior do que a astronomia profana pode jamais alcançar”.

O nascimento do indivíduo é o resultado da conjugação entre as nidhanas e as escandas


adquiridas numa vida ou ciclo anterior reencarnacionista. Por isso diz o Arcano 13 que os
elementos fundamentais de transformação são a vida e a morte como principais fatores da
Evolução Humana.

Baseados na literatura iniciática, apreendemos que o mês de março é de grande importância


para o estudo desta natureza. O dia 21 de março é o 1º dia do ano astrológico (ao invés de sê-
lo em 1º de janeiro).

Esse período é regido pelo potencial vibratório do Planeta Marte e Signo zodiacal de Áries.

Consoante os ensinamentos do Senhor JHS, há grandes e pequenos avataras. Conforme a ação


da Dinâmica Universal, Eles se manifestam sob o potencial de cada planeta e cada signo. De
modo que o ano astrológico começa seu movimento em 21 de março e vai até 20 de abril.

Os grandes Iniciados ensinam que a Atlântida desapareceu do mapa mundi há 1.800.000 anos.
Esse número dividido pelos 12 Signos do Zodíaco, dá, mais ou menos, 150.000 para cada
avatara, embora este número possa variar de conformidade com o comportamento dos seres
humanos.
Para esclarecimento deste estudo, citaremos os demais Signos, com as respectivas durações,
de acordo com o Calendário Astrológico:

SIGNOS PERÍODO PLANETA REGENTE

Áries 21 de Março a 19 de Abril Marte

Taurus 20 de Abril a 20 de Maio Vênus

Gêmini 21 de Maio a 20 de Junho Mercúrio

Câncer 21 de Junho a 21 de Julho Lua

Leo 22 de Julho a 22 de Agosto Sol

Virgo 23 de Agosto a 22 de Setembro Mercúrio

Libra 23 de Setembro a 22 de Outubro Vênus

Scorpio 23 de Outubro a 21 de Novembro Marte

Sagitário 22 de Novembro a 21 de Dezembro Júpiter

Capricórnio 22 de Dezembro a 20 de Janeiro Saturno

Aquarius 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro Saturno

Piscis 20 de Fevereiro a 20 de Março Júpiter

As sublimes profecias do Rei do Mundo, falam num ciclo que se iniciou para maior gáudio da
evolução espiritual da Humanidade, em 21 de março de 1956. Naquela data, foram definidos
os polos da Evolução da Mônada Humana!

Para terminar, usamos as palavras de Georges Meredith:

“As Estrelas, não são longínquas estrangeiras,

com insensíveis e inexplicáveis poderes.

Do fogo que arde em todas elas,

Nós temos nascido.

A música do seu movimento,

Um dia será nossa.”


Aula nº: 58 - A Eubiose e os Versos de Pitágoras

A Eubiose no consenso humano, mundo profano, é um neologismo, mas no dos Iniciados é a


Vida em harmonia com a Natureza, algo semelhante a um naturismo espiritual. Em cada época
ou manifestação dos Avataras, os modos de se apresentar os Aspectos da Verdade Eterna, têm
uma denominação conforme a ação da dinâmica evolucional... Nos ciclos pretéritos, a
apresentação dos Aspectos da Verdade foi portadora de vários nomes, cada um atinente a
uma época, às necessidades relativas aos progresso de cada povo... A Eubiose tem a finalidade
de apresentar os Aspectos da Verdade relativos aos ciclos futuros. Citar os numerosos títulos
passados, seria impossível e enfadonho, por isso vamos fazê-lo apenas com os principais,
senão, os mais próximos de nossa Era: Filaleteos, Budismo, Catolicismo, Teosofia e inúmeros
outros.... No próximo ciclo será a vez da Eubiose.

... Que é a Eubiose? Dividimos esse nome em EU + BIO + SE:

EU – é o Deus Interior de cada indivíduo, o Ser divino de cada um, a Centelha Divina de cada
ser humano. É a Vontade do Eterno fragmentada em homem.

BIO – é vida. Vida em vários aspectos, de modo global.

SE – Se lhes acrescentarmos a letra R, dá o termo SER. E a letra “R”, na Simbologia Arcaica, tem
o sentido de movimento, ação, andando, etc.

S – é o símbolo de Deus, da Divindade descendo dos planos mais abstratos para os mais
densos, em espiral.

E – (maiúscula) representa uma tríade, uma trindade. No Alfabeto da Língua Portuguesa é a


letra inicial do nome ETERNO.

R – é alegoria do que se acha em movimento, em ação, em andamento.

Se analisarmos a Eubiose sob o processo da Chave Geométrica, vêmo-la expressa por três
triângulos. Se o fizermos com a Chave Numérica é o quadrado de três, ou seja, 3 x 3 = 9. O
Arcano 9 tem o sentido do estado de consciência, do estágio espiritual do Adepto, o Ser
equilibrado... O Homem perfeito e equilibrado em todos os atos de sua vida. Os três triângulos
podem ser expressos, cada um, por um triângulo com um ponto no centro, aliás, é o símbolo
usado para representar a Suprema Divindade em expansão.

Vamos estudar o assunto com mais detalhes e através da palavra escrita.

Primeiro Triângulo – (da Eubiose)


_É a manifestação do primeiro Princípio da Eubiose, que é a VONTADE, o Impulso do ETERNO.
A Vontade, por sua vez, divide-se em três elementos: Supra-Vontade, Auto-Vontade e Sub-
Vontade ou Instintiva... O ser portador da Supra-Vontade ou Vontade Espiritual possui o dom
da renúncia às coisas materiais. Os possuidores da Auto-Vontade são empreendedores, têm
capacidade para dirigir grandes indústrias, negócios. Têm o sentido do diálogo. Sub-Vontade
ou Instintiva têm os seres teimosos, os que têm idéias fixas. Fazem as coisas para si próprios.
Desenvolvem a egolatria.__

Segundo Triângulo –

_Apresentamos, agora, o segundo elemento essencial da Eubiose: a MENTE. Dividimo-la em


três aspectos: Supra-Inteligência, que equivale à Inteligência Abstrata, à Inteligência Superior.
É o imenso poder controlador da Vontade. Este princípio da Eubiose possibilita aos homens a
capacidade da Intuição. É, também, denominado de Inteligência Divina.... Característica dos
grandes poetas, músicos, artistas talentosos. Auto-Inteligência – este elemento controla o
Intelecto. Estimula a intelectualidade, faz funcionar a razão pura. Este elemento, com as suas
gradações, vai do alfabetizado ao talentoso. Dá o sentido de confiança àqueles que precisam
do conhecimento, de modo geral. Dá autonomia mental aos que pensam e estudam. Sub-
Inteligência – é a inteligência a favor da emoção instintiva. Por exemplo: os seres humanos
apreciam o conforto, bem-estar, então esse aspecto da inteligência procura inventar o que
oferecer-lhes de conforto. Os orientais denominam-no de Kama-Manas ou Mental inferior.__

Terceiro Triângulo –

_Vamos entrar, agora, na área do Princípio Emocional, o qual se divide em Supra-Emoção ou


Emoção Divina, Auto-Emoção e Sub-Emoção ou Emoção Instintiva. A Supra-Emoção é a mais
refinada, ligada às coisas abstratas. É o que possibilita a ação da sinceridade, por isso dizem
que sinceridade corresponde à uma linguagem divina, superior. O Ser Humano pode não
conhecer filosoficamente algo de superior, entretanto, pode senti-lo como realidade. Esse tipo
de Emoção promove a fé. A Auto-Emoção corresponde à Emoção que dá confiança ao que o
indivíduo está sentindo. Permite ao indivíduo entusiasmo pelo que faz. A Emoção-Instintiva é a
Emoção estimulando a ação dos órgãos físicos. A Emoção ligada aos atos de natureza física. Os
orientais denominam-na de Kama-Manas. São os desejos de natureza terrena. Para melhor
esclarecimento da atuação desses elementos na criatura humana, que constituem o fundo da
chamada personalidade que, em contato com os meios-ambientes, vão dar as formas de
conduta ou aquilo que se denomina caráter, lançaremos mão dos Versos Áureos de Pitágoras.
Assim, traçaremos três triângulos, onde os nove elementos serão colocados novamente, mas
agora sob um ponto de vista gradativo, do mais denso ao mais sutil. Vejamos:

Primeiro Triângulo: “ Se o fogo das paixões for cinza nele extinta, Imites o seu
exemplo, escutes o seu conselho ”...

Aí são exaltados aqueles que não apresentam os aspectos deste primeiro triângulo, em
desequilíbrio com os demais.
“ Olhos e ouvidos cerres a todo o preconceito...

A todo o fanatismo ou julgamento feito

Preconcebidamente e só por teimosia...”

O preconceito é efeito da Sub-Inteligência, e a teimosia, da Sub-Vontade.

“Cuides bem do teu corpo; o trabalho aligeires

Quando ele se queixar, mas não lhe satisfaças

Apetites boçais; as dores e as desgraças começam

Quando o corpo ordena mais que a alma;

Se o serves uma vez, já nunca mais se acalma ”.

“Do luxo ou da avareza, os males são iguais

Diferentes na aparência, irmãos em tudo o mais “...

Aí manda atender aos sub-elementos, quando diz: “Cuides bem do teu corpo”, mas não se
deixar dominar por eles: “Mas não lhe satisfaças apetites boçais”, pois que isso é causa de
desequilíbrio e dor: “As dores e as desgraças começam quando o corpo ordena mais que a
alma”. Incuindo no caso, a avareza e o luxo.

Segundo Triângulo – “ Respeita-te a ti próprio, o sábio verdadeiro nada diz, nada faz
sem refletir primeiro ”.

“ Formules ao despertar o teu programa honesto. E nunca prá amanhã deixes ficar um
resto ”.

“ Antes de adormecer, repasses no mental as ações que fizeste ou prá bem ou


prá mal. Não repitas as más, insistes só nas boas ”.

“ Por entre os vendavais desta jornada ignota, tem cada qual de abrir a sua
própria rota “.

Terceiro Triângulo – “ Prestes a Deus Imortal o culto consagrado; Conserves a tua fé;
dos vultos do passado, Ou santos ou heróis, louves a divina ação “.
“ Estudes a Natureza, aprendes a Lei sublime que rege a imensidade e que à
matéria imprime a Vida Universal. Perante estudos sérios, abrem-se, pouco a pouco, as portas
dos Mistérios. Então descobrirás que a Luz do teu destino, por divino amor do nosso Pai
Divino, é vir colaborar no Plano do Universo, com Deuses de quem tu és UNO mas diverso “.

“ Aprender a servir, eis a ambição mais alta que deve nortear a tua vida inteira “.

“ Estendes a compaixão aos brutos e às pessoas “...

A felicidade humana consiste em manter todos esses Princípios equilibrados.

Aula nº 59 - Como se deve estudar iniciaticamente?

A própria pergunta já é um exemplo de como se estuda iniciaticamente. O estudo iniciático é


algo que se pratica à semelhança da matemática. Para o estudo da matemática, praticam-se
muitos exercícios para que haja o desenvolvimento do raciocínio. Na Iniciação o estudo é
praticado tomando-se como base elementos, processos, técnicas que estimulem o
desenvolvimento da razão, ou melhor dito, da Mente superior, abstrata, etc. Com outras
palavras: desenvolvimento da Mente Divina. O grande Descartes disse: “Eu penso, logo existo”.
Na prática dos estudos iniciáticos pode-se afirmar: “Quem estuda, não pode fazê-lo sem usar o
pensamento, o hábito de pensar, sem usar a meditação”. Com esses elementos pode-se
alcançar os sublimes aspectos da Verdade Eterna. Há, sem dúvida, uma técnica iniciática. O
estudo desta natureza não pode ser realizado através de leituras rápidas, interpretações
imediatas, sem a devida clareza no seu sentido real; requer paciência, perseverança nos
estudos, pesquisas, e muita elaboração-pensamento. A definição das coisas, das idéias, limita-
lhes a expansão de ação porque tolhe o sentido, o trabalho da ilimitação que se pode alcançar,
ou melhor, almejar. Isso porque na Iniciação não se define nada, para evitar a fixação de idéias,
conceitos, etc. Equacionam-se trechos, frases, palavras, símbolos, para se fazer uma análise
profunda. É importante o uso de poucas palavras, para se dizer muito... e isto acontecendo, é
característica de quem já possui o Sétimo Princípio... Átmico ou Crístico...

Há muitas pessoas que lêem um artigo, uma mensagem, um trecho de um livro, uma
monografia, mas de modo corrido, sem entrar em profundidade. No fim, julgam-se dominando
o assunto, entretanto se verificarem, realmente, tornam-se incapazes de usar o conhecimento.
Se lerem pela segunda vez, têm a impressão de que nunca o viram. Há um admirável preceito
iniciático que diz: “Pense dez vezes para dizer uma palavra”... ...

Em Iniciação tudo que se deve fazer, deve-se fazê-lo com amor, entusiasmo, com vigor e
pensamento positivo, porque desse modo as ações tomam energia, vida e se movimentam.
Transcrevemos, aqui, o trecho de um Livro Sagrado que esclarece como se estuda e como se
deve realizar as coisas da vida, para que haja bom êxito:

“Não estudes sem ler, pensar... Não aspires o perfume das flores sem o sentires na cabeça e no
coração... Teus ouvidos devem estar abertos aos menores ruídos da Natureza, para que possas
perceber as tuas próprias necessidades espirituais, postadas naquela mesma cabeça e naquele
mesmo coração... Não comas sem degustares, para não comeres aquilo que te possa fazer mal,
ao mesmo tempo, ao corpo, à alma e ao espírito. Do mesmo modo, não deves pronunciar
coisa alguma que possa envergonhar essas três vestes que cobrem o teu verdadeiro corpo que
é a tua Consciência Imortal. Olhando para o céu, verificas se as estrelas estão paradas ou
tremeluzentes, procurando elas mesmas perscrutar os anseios do teu coração... Bem pode ser
que uma delas se apague bruscamente, por haver morrido com a tua própria morte espiritual.
Esta, em verdade, é a tua própria Estrela Guia. Mas, se ao contrário, ela te sorri alegre e feliz,
aumentando cada vez mais de brilho, tu jamais morrerás e ela também”.

Apresentamos, agora, exemplos, a fim de esclarecer como se estuda iniciaticamente. Vamos


dar à palavra, primeiro o seu sinônimo conhecido através de dicionários e depois, o sentido
iniciático. Quando nos referimos à “Definição” concorrente, indicaremos entre parênteses a
inicial D, (D); quando nos referimos ao sentido “Iniciático”, indicaremos a inicial I, (I).
Começamos com a palavra MAL. Vejamos:

MAL – literalmente (D) “Aquilo que prejudica, fere, ofende a justiça, que se opõe à virtude, etc.
..., à moral... ...”

MAL – (I) Invertendo as letras que compõem a palavra, temos LAM... LAM, como sabem todos
que conhecem a série de monografias IVR, é a tônica, o peso do Tatwa ou Força Sutil da
Natureza, Prithivi, ligado à Terra e aos elementos sólidos.

MAU – (D) “Que não tem as qualidade que gostaria que tivesse. Que faz ou tem propensão
para fazer o mal, etc...

MAU – (I) Modificando-se a posição das letras que a compõem, temos:

AUM – que é uma saudação mística da Filosofia Oriental, equivalente ao AMÉM dos católicos.

UMA – a unidade do gênero feminino.

MUA – acrescentando-lhe a letra “R”, cuja alegoria é o “ser em movimento”, temos o termo
MUAR.

MEDITAÇÃO – (D) “É a ação ou efeito de refletir profundamente sobre determinada coisa;


resultado desta ação”.

MEDITAÇÃO – (I) Dividimo-la em Me + ditação:

ME – Pronome oblíquo da primeira pessoa do singular. Ditação, no sentido de ditar algo,


comunicar algo.

Interpretação: O EU Interno de cada indivíduo, transmitindo a si próprio, à


personalidade, a intuição. O que eclode do Ser Divino do indivíduo.
MEDITAR – (I) É o ato da personalidade dialogar com o EU ou Consciência Superior.

TUPI – (D) Nome de uma raça indígena.

TUPI – (D) TU, segunda pessoa do singular. É usado também para um tratamento nobre,
respeitoso, sagrado, etc.

BRASIL – (D) É um país localizado geograficamente na América do Sul.

BRASIL – (I) Dividimo-lo em BRAS + IL. IL, Li ou Si... com o som da sétima nota musical. Quando
é ferida no órgão, piano, etc. dissolve os maus pensamentos. BRAS é BRASA, o Fogo Sagrado.
Logo, o Brasil é a Nação onde surgirá a Sétima Raça, portadora do Princípio Átmico ou Crístico.

H.P.BLAVATSKY – (D) Fundadora da Sociedade Teosófica nos EUA, em 1875, e depois


transferida para Adyar, Madras, Índia.

H.P.BLAVATSKY – (I) Levando em consideração as iniciais deste nome, HPB, o Grande Senhor
JHS interpretou como Hespanha, Portugal e Brasil mostrando a seqüência da sua Missão (na
época em que foi feita essa afirmação, não havia modificação na ortografia e Hespanha era
escrita iniciando com a letra H).

L.P.D. – (D) No ponto de vista literal, essas três letras encontravam-se no peito da lendária
Personagem conhcecida na História, como sendo Cagliostro, célebre no preparo da Revolução
Francesa, em 1879.

L.P.D. – (I) É um monograma que constitui uma palavra de poder ou então uma senha ou
palavra de reconhecimento.

L.P.D. – (I) Tem um sentido muito mais profundo, pois esse monograma estava anunciando ou
esclarecendo a Missão do Grande Cagliostro: Lutar Pelo Dever de implantar na Face da Terra a
LEI e a PAZ de DEUS. Invertendo o monograma, DPL, temos: é Dever Lutar para a Liberdade
dos povos... ...

L.P.D. – (D) Literalmente são as palavras usadas pelo Cristo: Laudate Pueri Domini, com o
sentido de “Crianças, louvai a Deus sem cessar”.

Vamos parar com os exemplo por aqui, para não saturar a cabeça dos nobres leitores. A
comunicação dos Aspectos da Verdade deve ser feita pelo diálogo, perguntas e respostas, não
monologadas.

Os Mestres, em via de regra, não falam para serem ouvidos; não escrevem para serem lidos,
apenas. Suas palavras, escritas ou faladas, devem ser equacionadas para constituírem temas
de meditação permanente. O Bem-aventurado Traichu-Lama iniciava seus discípulos,
ministrando-lhes conhecimentos de boca a ouvido. Mas ensaiava-os para que possuíssem
ótima memória, a fim de recorrerem a ela nos momentos vagos, para buscarem o sentido
iniciático.

Os ensinamentos iniciáticos têm a finalidade de promover o desenvolvimento integral da


humana criatura e, não apenas, a parte intelectual, erudita, etc.
Há um preceito na Iniciação, que diz: quem conseguir descobrir o sentido real de um símbolo,
adquire, naturalmente, um imenso poder interno. E... destarte, consegue penetrar na Grande
Unidade, no Todo, e ser apoiado por Ele.

Glória à Luta Para Defender a Verdade, em todos os planos da Manifestação!

Aula nº 60
Índice

Aula 1 – Genealogia secreta do Ser Humano

Aula 2 – Princípio Vital

Aula 3 – Princípio Emocional

Aula 4 – Mental Concreto

Aula 5 – Mental Abstrato

Aula 6 – Intuição Pura

Aula 7 – Princípio Búdico

Aula 8 – Os Cinco Elementos

Aula 9 –

Aula 10 – Ioga dos Cinco Elementos I

Aula 11 – CHACRA ou CENTRO DE FORÇA

Aula 12 –

Aula 13 –

Aula 14 –

Aula 15 – Genealogia secreta da Terra como Ser Vivo

Aula 16 – Genealogia secreta do Ser Humano e da Terra como um Ser Vivo

Aula 17 – “O número 3 reina por toda a parte no universo. E a mônada é o seu princípio”...

Aula 18 – Chacra Cardíaco


Aula 19 – Símbolos que expressam a Realidade do Ser Humano e da Terra

Aula 20 – “O verdadeiro discípulo é aquele que procura guiar e salvar os homens, sem
distinção alguma”

Aula 21 – Colégios Iniciáticos

Aula 22 - 1º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 23 – 2º Estudo comparativo dos Avataras

Aula 24 – 3º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 25 – 4º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 26 – 5º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 27 – Hierarquias Criadoras

Aula 28 – Ordem como cobertura dos Avataras

Aula 29 – Medidas áureas

Aula 30 –

Aula 31 – Iniciação do Mental Abstrato associado à Filosofia

Aula 32 – 6º Estudo Comparativo dos Avataras

Aula 33 – “Deus se divide, para consumar o Supremo Sacrifício”

Aula 34 – Mistérios da Deusa Mayá

Aula 35 – Divina Acústica

Aula 36 – 2º Estudo sobre as Catedrais

Aula 37 – O que é Kabballah ou Cábala?

Aula 38 – Dimensão ! Dimensão ! Dimensão ! Dimensão !

Aula 39 – “Onde será o limite da percepção consciente?”

Aula 40 – Chaves Numérica e Geométrica

Aula 41 – Psicoterapia Transcendental ou Eutanásia Interna

Aula 42 – Linguagem Mitológica

Aula 43 – As leis vulgares não se seguem com o Ocultismo e com a Filosofia dos Avataras; cada
uma tem sua ação, nos respectivos planos

Aula 44 –Shamanismo e o Avatara de Avalokite-Iswara


Aula 45 – Jesus, o Cristo, e Judas

Aula 46 – Tulkuismo

Aula 47 – Tulkuismo – Estudo II

Aula 48 – Simbolismo da Rã Fenebre

Aula 49 – Tulkuismo – Estudo III

Aula 50 – Pesquisas sobre o Dia de São João, 24 de junho de cada ano

Aula 51 – Exteriorização da Motricidade ou Desdobramento

Aula 52 – O que é intuição?

Aula 53 – A Esfinge filosófica como alegoria do Ser Humano

Aula 54 – Indivíduo e Personalidade

Aula 55 – Iniciação Real

Aula 56 – Avatara em ação

Aula 57 – Importância do mês de março e Signos do Zodíaco

Aula 58 – A Eubiose e os Versos de Pitágoras

Aula 59 – Como se deve estudar iniciaticamente?

Aula 60 - Como se deve estudar iniciaticamente?

Aula 1: Genealogia secreta do Ser Humano

“ Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a vã filosofia”, afirmou Shakespeare,
no seu famoso Hamlet.

Sim, o Homem é um deles. Dependendo dos olhos que o olham... Uns, olham, apenas. Outros
olham e vêem externamente. Outros já o vêem internamente, isto é, em anatomia. Outros
buscam-lhe o cerne, ou o sentido, o dinamismo desse ser, a mola invisível que está além das
partículas de seu cérebro. Rebuscam-lhe a mola, dão-lhe o nome de alma, de psiquê e também
de pneuma. E o que impulsiona essa mola, pneuma, sopro? E surge o Hálito... ... A Criatura
Humana é complexa e nossos sentidos são limitados. Complexa é a Natureza. Olhamos, por
exemplo, uma árvore. Como a Criatura Humana, dependendo dos olhos que a olham, pode
ser, apenas, uma árvore. Para outros, é útil. Para outros, um vegetal. E para outros que
mergulham na sua observação, já vai sendo dividida em raízes, caule, folhas, flores, frutos...
Outros mergulham mais fundo e vão encontrar suas famílias. Outros buscam suas essências.
Assim é uma verdade que, para obtermos o conhecimento de tudo quanto nos cerca,
necessitamos utilizar várias dimensões. Não podemos, para observar e concluir, utilizar apenas
uma dimensão. Temos que utilizar duas dimensões e mergulhar de fato, na terceira dimensão,
coisa que raramente fazemos, mas... se pudéssemos ver através de uma quarta dimensão, não
penetraríamos nos mistérios de que fala o pensamento famoso que abre estas linhas?

Tentaremos agora, então, modestamente iniciar um longo estudo com os conhecimentos de


que dispomos, para, passo a passo, penetrar na complexidade da Criatura Humana, olhada, à
primeira vista, e percebida, apenas, como um todo. E, realmente, é uma unidade. Um
organismo ou uma reunião de órgãos que funcionam como um todo, complexíssimo,
entretanto. Então tentaremos, partindo do aspecto mais denso, do material, atingir o mais
sutil. Segundo a “Ciência das Idades”, a genealogia humana é composta de sete princípios ou
elementos, cada um com seu trabalho ou função. Partindo, como prometemos, do mais denso
ou concreto para o mais sutil ou abstrato, temos a seguinte seqüência:

Princípio Físico ou Corpo Físico ou Somático – é constituído pelos vários sistemas: ósseo,
nervoso, circulatório, respiratório, glandular, por demais conhecidos de todos.

Princípio Vital ou Corpo Vital – como que envolvendo o Físico da Criatura Humana; é o doador
e distribuidor da energia ou energias sutis, expressão das sete Energias emanadas do Sol que
os orientalistas denominam de Tatwas ou Forças Sutis da Natureza.

Princípio Emocional ou Corpo Emocional (afetivo-emocional) – que, vulgarmente, é chamado


de Astral. Rege os sentidos. A Criatura sensaciona ou percebe através dos sentidos.

Princípio Mental-Concreto ou Comparativo – leva à conclusão do que se percebe pela


comparação. Muito ligado, muito influenciado pelo Princípio anterior ou pela ação dos
sentidos, o Mental Concreto como que não permite abstração. A Criatura, agindo através
deste Mental, necessita sempre ver, tocar (ação, influência dos sentidos), para se certificar ou
acreditar. É o Princípio inteligente comparativo, também denominado de concreto.

Princípio de Abstração ou Corpo Mental Abstrato ou Inteligência Abstrata – Poderíamos,


também, dizer, utilizando outra linguagem, Fator de Inteligência Abstrata. É o Princípio ou são
Fatores do Mental Abstrato ou são os Fatores do Mental ou Inteligência que permitem à
Criatura Humana raciocinar a três dimensões ou em profundidade.

Princípio da Intuição ou Mente Intuitiva – não comum ou dito de outro modo, não é
encontrado comumente na Criatura Humana. É o Princípio que caracteriza a Criatura Genial –
o “Gênio”.

Princípio Crístico ou, segundo os orientalistas, Átmico – Só encontrado na Face da Terra, até
nosso dias, nos Seres que se têm distinguido por sua capacidade superior a toda Criatura
Humana, de apontar um Novo Caminho à Humanidade, tal como o fizeram: Lao-Tsé, Krishna,
Gautama-Buda, Jesus, o Cristo e vários outros.

Esses Princípios ou Corpos funcionam num conjunto que, se harmônicos, denomina-se


saudável ou portador de saúde. Se desarmônicos, doente ou portador de doença. Cada
princípio citado tem uma tônica, uma vibração característica que funciona em harmonia com o
todo ou em equilíbrio. Está saudável, tem saúde, expande alegria, tranqüilidade. Portanto, o
desequilíbrio entre os Princípios, a desarmonia, gera várias doenças, tanto psíquicas como
físicas, ou melhor, psicossomáticas. Tonalidade de tristeza, irritabilidade, numa palavra:
intranqüilidade.

Pelo que observamos em nossas pesquisas, a “Genealogia Secreta do Ser Humano” baseia-se
na expressão matemática representada pela augusta presença dos números 3 e 7 e a Unidade
(1) que é o Princípio da Vida. Por isso a “Ciência das Idades” chama a atenção dos estudantes
do assunto para as várias formas, através das quais se apresenta os números 3 e 7... Na
límpida fonte dos conhecimentos da Sabedoria ETERNA, encontramos as sábias palavras:

“A Tríade ou Lei do Ternário é, pois, a Lei constitutiva das coisas e a verdadeira chave da vida,
já que a mesma se nos apresenta em todos os graus da escala da existência, desde a
constituição das células orgânicas, até a constituição hiperfísica dos seres humanos, do
Universo e... de Deus...”

Em Pitágoras, o Pai das Ciências Exatas, a Matemática, encontramos nestas palavras, LUZES
que nos norteiam em direção aos Caminhos que nos conduzem aos aspectos da VERDADE:

“O número três (3) reina por toda a parte do Universo. E a Mõnada (a Unidade) é o seu
princípio”.Assim é que, partindo da Unidade, como dissemos na fluência da idéia desenvolvida
neste estudo, logo encontramos o número 3 e a seguir o 7, perfazendo aquele misterioso
número que é o 1 3 7 de que os Livros mais sagrados evitam falar... dada a abstração que ELE
encerra. Por exemplo, tomando-se o próprio Ser Humano:

é constituído de cabeça, tronco e membros (3);

a cabeça é formada de crânio e faces (direita e esquerda) (3);

membros superiores: braço, antebraço e mão (3);

dedos: falange, falanginha e falangeta (3);

membros inferiores: coxa, perna e pé (3);

na cabeça encontra-se a presença do número 7, através dos 7 orifícios que ligam o Ser
Humano ao mundo exterior: 2 olhos, 2 ouvidos, 2 narinas e a boca (7)...

E o maior mistério se oculta no 3 e no 7 no que se refere à ação dos sons e das cores. É do
conhecimento de todos que as cores do espectro solar são 7, de acordo com os raios de luz,
simbolizados em várias doutrinas, escrituras sagradas, das quais citamos os 7 Arcanjos, da
Igreja Católica; 7 Elohim, dos hebreus; 7 Dhyanis-Choans, dos orientalistas... E cada um destes
elementos possui a sua tônica natural.

O valioso número 7 expressa ainda, os sete estados de consciência ou estágios, pelos quais a
Humanidade tem de passar, para poder alcançar a sua evolução completa na Terra, dos quais,
os citados como sendo os 7º, 6º e 5º Princípios, são considerados superiores e os 4 outros,
denominados inferiores... Em futuras épocas ou ciclos, os 3 Princípios Superiores serão
cavalgados pela própria Humanidade redimida, superada... Este ato é denominado pelas
tradições antigas de “Manifestação do Kalki-Avatara”. Sim, o Guerreiro descido das nuvens
cavalgando o Cavalo Branco. Guerreiro no sentido de Forças Mantenedoras da Justiça Divina
que não falha. Cavalo Branco, no sentido de Força Positiva.

As 7 cores do prisma solar se apresentam através dos olhos, de modo que nos impressionam
pela sua harmonia colorida. Referimo-nos à visão que nos oferece o Arco-Íris, Arco de Ísis. São
os raios solares projetados na Natureza, vitalizando-a.

Os Livros Sagrados da Índia primitiva representavam pelas cores, as 7 Forças Universais, as 7


Forças Sutis, os 7 Tatwas, já referidos neste estudo. Essas 7 cores do espectro solar constituem
uma linguagem pictórica. Ela é usada para representar os Planetas da teogonia sideral, os 7
dias da semana e os Arcanjos que presidem esses 7 dias. Estabelecendo um relacionamento
entre essas 7 cores e a representação alegórica dos Planetas, dias da semana e Arcanjos do
catolicismo, temos:

Dia Planeta Arcanjo Cor

1º) Domingo Sol Micael cor alaranjada

2º) Segunda-feira Lua Gabriel cor violeta

3º) Terça-feira Marte Samael cor vermelha

4º) Quarta-feira Mercúrio Rafael cor amarela

5º) Quinta-feira Júpiter Saquiel cor púrpura

6º) Sexta-feira Vênus Anael cor azul

7º) Sábado SaturnoCassiel cor verde

Todos esses elementos naturais têm como origem um Ponto Único: o Sol que corresponde ao
Deus da Natureza, à Unidade. Tudo isso em ação no Ser Humano, tem como comando uma
Consciência, a qual, harmônica, equilibrada, com pureza e luminosidade, poder-se-á considerá-
la o espelho da Consciência Universal. Se esta estivesse atuando nos representantes da
Humanidade, haveria a compreensão que já é tempo de existir, havendo um só padrão
monetário, uma só língua, uma só religião, uma só filosofia de vida, a Felicidade que todos
almejam... Os que se aproximam dessa Idéia, adotam a expressão: “Um por todos e todos por
um”.

Não devemos deixar apagar de nossa memória, as palavras do Profeta Isaías, querendo dar
uma idéia do brilho da Auréola que cerca o Deus J E O V A H !

“ Que ELE é sete vezes maior do que a luz do Sol e semelhante à luz de sete dias reunidos ”.

ALEA JACTA EST !


Aula 02 - Princípio Vital

No estudo anterior, IVR 01, falamos sobre a “Genealogia Secreta do Ser Humano”, que figura
como portadora de uma constituição composta de 7 Princípios. Isso nos permite concluir que o
Ser Humano é uma miniatura do Grande Universo, visto que este é constituído de 7 Planos e o
Ser Humano de 7 Princípios ou, se quiserem, de 7 sub-Planos. Essa idéia permitiu à “Ciência
das Idades” classificar o Cosmos como sendo o Macrocosmo e o Ser Humano de Microcosmo.
Na “Ciência das Idades” encontramos, com o título de “Cosmogênese”, o estudo da origem do
Cosmos, e com o de “Antropogênese”, o que estuda a gênese do Ser Humano. Poderíamos
dizer também: o Cosmos é o Grande Setenário que abarca a Tudo e a Todos, senão, o Grande
Mundo, o Universo, e num plano mais concreto a constituição do Ser Humano que, assim
como o Cosmo, é tríplice em sua Essência, porém é sétupla em sua evolução. Fazendo um
relacionamento com a Filosofia Chinesa, observamos que nela se fala nos 7 Céus. De vez que o
Ser Humano é o reflexo dos 7 Planos Universais, ocupamo-nos aqui do segundo dos 7
Princípios de que é constituída a estrutura do Ser Humano – o Princípio Vital.

Por isso dizem os Irmãos Maiores da Humanidade, senão, os que são conhecidos como
“Mestres da Sabedoria Eterna”, que estudando o elemento humano na base do “gnôth
seauton” (Conhece-te a ti mesmo), conhecer-se-á, facilmente, todos os mistérios do Grande
Universo... Basta, para isso, aumentar infinitamente a dimensão humana.

O Princípio Vital é o distribuidor e mantenedor da Vida, da Força Vital, para todo o sistema
orgânico. Quando a Energia Vital é má distribuída, dá origem à doença do Corpo Físico. Doença
é desequilíbrio. A Energia do Corpo, do Princípio Vital interpenetra-se nos demais Princípios.
Mas, por uma questão didática, são divididos e estudados separadamente. Agora,
pretendemos dar esclarecimentos acerca do Princípio Vital. Ele tem outras classificações, em
outras línguas: em sânscrito, na filosofia oriental, é Linga-Sharira, ou seja, condensador de
Prana (Vida Cósmica); na Vedanta, Prana-Maia-Kosha; na Taraka-Raja-Ioga, os Princípios Vital e
Físico são denominados de Sthula-Upadhi; no Ocidente ambos são denominados de “Corpo”
(Corpo Físico). O “Vital”, como tudo que existe na Natureza, tem 7 sub-Princípios ou sub-
Planos. A história da Branca de Neve e os 7 Anões ou Gnomos, alegoriza a divisão do Corpo
Vital-Humano.

O Ser Humano absorve os atributos desses 7 sub-Planos através dos alimentos naturais, pois
eles recebem os raios solares e os retransmitem através da alimentação frugívora, vegetariana,
como que conversando ou sendo agraciados pelos 7 amiguinhos da Branca de Neve. Esses,
alegorizam também as 7 Forças Sutis da Natureza, os Tatwas, os quais agem
predominantemente na natureza humana, desde que o indivíduo tenha estrutura, não seja
egoísta, tenha evolução interna para ser alvo de tal acontecimento.
Todas essas Forças aguçam muitíssimo os 5 Sentidos da humana criatura. Há dois outros que
ainda se acham embrionários na humana vida.

O estudante deste assunto aprimora seu equilíbrio através do Corpo Vital, seguindo:

A alimentação natural (frutas, verduras, óleos, etc), desprezando os alimentos industrializados.

Além da alimentação natural, o que mantém a distribuição da energia pelo organismo é a


aplicação dos métodos acupunturistas...

Ensinou ao mundo, um admirável espiritualista que viveu entre os homens até o ano de 1963,
que o Corpo e o Princípio Vital mantém uma perfeita justaposição. Quando o Corpo Físico está
robustecido, o Vital está em perfeito equilíbrio com ele. Com efeito, quando um indivíduo
portador do dom de ver as coisas em quarta dimensão fitar um moribundo e verificar que seu
Corpo Vital (Duplo-Etérico) se projeta fora do Corpo Físico, poderá sentenciar: “tem poucas
horas de vida física: a morte não tardará”. Após a decomposição do Corpo Físico, o Vital segue
o mesmo processo, ou seja, também se decompõe ou desassocia, permanecendo, no caso,
apenas o Afetivo-Emocional.

Compreendemos que a Matéria é eterna, infinita e variável em seus elementos. Nada nasce;
nada morre, em termos absolutos. O que existe, se mescla, se separa, se confunde ou se
distingue. O nascimento é, pois, uma composição; a morte, uma decomposição. Entre a
matéria bruta e a matéria Força, há uma infinidade de graus intermediários, pois existem
estados de matéria tão sutis que resultam para nós, a três dimensões, em algo que
poderíamos chamar de planos ou energia sutilíssima. A esses estados de energia chamamos de
Força, isto é, as Forças Sutis da Natureza. Há um tipo de Força sutilíssima, abstrata, sem forma
rígida, física, mas que está presente e ativa e que cria e coordena todas as coisas.

O objetivo dos estudantes da “Ciência das Idades” é promover, por meio de exercícios, práticas
especiais, a perfeita tessitura desses Princípios. Essa tessitura sendo perfeita, não permitirá a
desagregação de tais Princípios, o que propiciará àquele que perde o Corpo Físico, continuar
com a consciência, embora vivendo em outros planos, com formas mais sutilizadas.

Dizem os cristãos que o Homem foi feito de barro, de argila, logo, de energia física, mas o seu
Vital e a sua Alma o foram pelo Hálito Divino, também denominado de Prana (Vida Universal,
Hálito de Brahmá).

Encerramos este estudo, com estas palavras do Hino a Demeter, Deusa das Terras Cultivadas;
das messes, entre os gregos; Ceres dos romanos, o que equivale a dizer, a Natura, Mãe dos
Homens, logo, a Grande Mãe dos humanos seres, porque Ela alegoriza a Vida, a Vida natural:

“ Feliz o Homem da Terra que contemplou os Mistérios Divinos !

Seu destino, além da tumba, não será o mesmo dos mortais vulgares.

Só os homens puros adoram os Deuses;


O vulgo, ignorante, às fadas e aos duendes “.

Estas palavras estão querendo mostrar a diferença que caracteriza as duas correntes
evolutivas em que se divide a Humanidade: a dos chamados Mestres, dos Iluminados...,
constituída pela maioria dos que se acham em contato com os Mistérios dos Deuses e a grande
massa, a quem esses Mistérios só podem ser dados por parábolas, linguagem simbólica e
vários outros processos já consagrados pelos séculos.

“ Mens sana in corpore sano ! “

Espírito sadio em corpo são !

Aula 03 - Princípio Emocional

No estudo anterior, IVR 02, procuramos apresentar esclarecimentos sobre o “Princípio Vital”, o
segundo dos 7 enunciados na IVR 01 e, neste trabalho, pretendemos nos ocupar do “Princípio
Emocional”, ou seja, o terceiro dos 7 Princípios.

Este terceiro “Princípio” é também denominado de “Plano Astral”, anímico, de ânima... Os


orientalistas o denominam de “Kama-Rûpa”.

KAMA (sânscrito) é desejo, sensações;

RÛPA é forma, corpo, objetos, objetivos;

KAMA-RÛPA é o corpo dos desejos, das sensações, o que produz ou estimula o desejo, os
prazeres físicos.

No Ocidente, principalmente no Brasil, é também classificado como sendo “Corpo Astral”. Esta
expressão já se tornou vulgar, usada até como gíria. Quando se quer referir a um ambiente
desarmônico, pesado, necromante, horrível, diz-se: “isso é baixo astral”. Perdoem-nos, mas
esta é uma expressão imprópria para designar um péssimo ambiente. Para os conhecedores da
“Ciência das Idades” o termo astral, para qualificar o terceiro Princípio, é impróprio. Muito
mais adequado é chamá-lo de “afetivo-emocional”. A palavra afetivo deriva de afeto, que vem
do verbo afetar. Afetar quer dizer tocar, atingir. Afeto é um sentimento. O sentimento é a
expressão psíquica da sensação que é levada ao cérebro. Disse Aristóteles: “Nada há no
cérebro que não vá através da sensação”. Então, a sensação é psicossomática e o sentimento é
psíquico. Afeto é. Como dissemos, sentimento. Afetividade é o resultado das sensações que
psiquicamente traduzimos como sentimentos. Logo, afetivo-emocional, são os sentimentos
intensamentes postos em curso.

ASTRAL aplicando a Chave de Conhecimentos adotada pelos hebreus, para decifrar as palavras
dos Livros Sagrados, TEMURA, temos que este termo Astral converte-se em dois outros. AST,
permutando as letras que o compõe, forma SAT e RAL. Aplicando a mesma Temura, temos
LAR.
SAT (sânscrito) é sinônimo de ser, existência, essência, realidade, real, bondade, pureza e
vários outros significados.

LAR (sentido figurado) a família, a casa de habitação. Deriva do latim LARE, senão, a parte
da cozinha onde se acende o fogo. Daí o nome Lareira ao lugar especial para se aquecer ao pé
do fogo, do LAR. Lareira como sendo um local aconchegante para conversar intimamente, para
se meditar, pensar, para se aquecer o cérebro pelo estudo. É o ambiente onde se aquece a
Alma, o Emocional, com o fogo do entusiasmo, para realizar a transformação do EMOCIONAL,
repetimos. Um lar feliz, harmônico, equilibrado, reacende a pureza, a bondade, a
tranqüilidade, e é o ponto de apoio, talvez, de uma nação...

PLANO ASTRAL (também denominado de Mundo Astral) – o termo Plano é melhor, porque se
trata de uma região do universo imediata aos Planos Físico e Vital. Empregamos este termo
“imediata”, neste sentido, porque os planos universais não são zonas ou capas superpostas,
senão, melhor dizendo, esferas concêntricas que se interpenetram, sem estarem separadas
umas das outras mas, por diferença de sua constituição respectiva. Neste Plano a vida é mais
ativa e a forma é mais plástica do que no Plano Físico. A matéria astral é muito mais sutil do
que a do Plano Físico, denso, de sorte que penetra facilmente todo o corpo de nosso Plano
Terrestre. Os elementos astrais são combináveis neste Plano, assim como o são os objetos do
Plano Objetivo (Físico)...

Inserimos aqui um ensinamento do grande Plutarco, oferecido ao Mundo em sua magistral


obra “Ísis e Osíris”: “Erram grandemente os que confundem o Espírito ou Inteligência (Nous)
com a Alma (Psychê). Não menos erra quem confunde a Alma (Psychê) com o Corpo (Soma).
Da união do Espírito com a Alma, nasce a Razão; da união da Alma com o Corpo, nasce a
Paixão. Daqueles três elementos, a Terra deu o Corpo, a Lua deu a Alma e o Sol deu o Espírito.
Donde se conclui que o Homem Justo, consciente de todas as coisas é, ao mesmo tempo, em
sua vida física, um habitante da Terra, da Lua e do Sol”...

Comumente Alma e Espírito são definidos como sendo o mesmo elemento. Confunde-se um
com o outro e, na realidade, são dois elementos distintos. Assim como o Corpo se desgasta,
sofrendo deformações devido a doenças, graves enfermidades, os termos também se
desgastam, se degradam com o mau uso, com o seu emprego de modo impróprio. Por
exemplo, o que atualmente se denomina de “espiritismo” deveria ser animismo, derivado de
ânima, alma... Os animistas têm o centro de interesse focado no Corpo Emocional, senão, no
afetivo-emocional, pois só consideram real o aspecto chamado fenomênico. Espiritismo,
realmente, é o estudo das coisas do Espírito (Nous, dos gregos) ou então o aprimoramento da
mente pelo estudo, meditação, etc... “NOUS”, por falta de conhecimento mais profundo sobre
o assunto, tem sido empregado muitas vezes como Alma. Daí, possivelmente, a confusão.

O termo Emocional, outrora, quando se usava a ortografia etimológica, era grafado com dois
“emes”, ou seja, Emmocional. Dividindo este termo em dois, temos: em mais moção.

MOÇÃO ação, movimento, mover-se, efeito de mover. Logo, Emocional tem o sentido
de movimento, o sentimento posto em curso, como dissemos acima, vibrando mais
intensamente do que os Princípios Físico e Vital. Ora, quando o grande Plutarco falou em
Paixão, foi no sentido emocional, do plano sensorial ou das sensações, onde a mente superior
não atua.

O conjunto Alma e Corpo poderão ser considerado como elemento formador da


“Personalidade”... A palavra Pessoa, equivale a Persona, podemos dizer assim, pois é o veículo
que serve ao conjunto, isto é, à Personalidade, logo, Personalidade pode ser definida como
sendo o elemento pelo qual o Som se manifesta, entra em ação. Isso porque todos os corpos,
em todos os planos, têm a sua tônica, a vibração que lhes é peculiar. Não é debalde que já
vulgarmente se diz que alguém tem boa ou má vibração, de acordo com o comportamento
que apresenta.

ALMA permutando as letras, conforme indica a “Temura” (hebraica), dá a palavra LAMA – são
os adeptos do “Lamaismo”. Que é lamaismo? É a religião do Espírito na Matéria, senão, que
considera a Matéria (energia) como sendo o Espírito materializado (encarnado) ou, então, o
Espírito como Matéria sutilizada, purificada... Alma, na Língua Portuguesa; Psychê, em grego;
Nephesh, dos hebreus, encontrada na Bíblia, é o Princípio ou Sopro de Vida que anima a todos,
desde o infusório até o Ser Humano. O Homem, propriamente dito, é o portador do intelecto,
senão, o elo entre o seu Espírito ou Mente superior e a sua Personalidade. É o EGO, o
indivíduo, indiviso, o EU que se desenvolve por meio de processos especiais, realizando a
evolução. A Alma constitui o registro das experiências passadas. Caminha de corpo em corpo e
evolui através do conhecimento obtido pelas experiências que a Mente analisa e lhe permite
assim, evoluir. Daí resulta conceber-se que o presente é o fruto do passado e criador do
futuro. Por isso se usava o provérbio chinês: “Quando se nasce, começa-se a morrer e, quando
se morre, começa-se a nascer”.

A Emoção, em si, é como um laço unindo o Mental ao Afetivo, ao Vital e ao Físico. O


movimento de um laço não é circular? A respeito de Emoção, inserimos aqui a palavra sábia do
Dr. Maranón, quando realizou conferências no Ateneu de Madri, Espanha:

“A Emoção é, quase exclusivamente, toda a nossa vida. Por isso, por que não nos interessamos
pelo mecanismo de sua origem? A Emoção produz-se naquele plano interessante da fisiologia
do ser, em que a vida psíquica se põe em contato com a vida orgânica e vegetativa. A Emoção
só preocupou o homem de ciência, no aspecto espiritual. Era a Emoção vista tão de cima que,
se me permitem a expressão, usarei de um exemplo: é como uma copa frondosa de uma
árvore, cujas ramas se estendem até a especulação filosófica, e não foi vista de baixo para
cima, seguindo o tronco de origem, com suas raízes que se oprimem no campo da vida
vegetativa. Por isso esteve tanto tempo retardada a marcha de seu conhecimento, apesar da
abundância da literatura acumulada sobre ela, em todas as línguas. Ora, o mecanismo da
Emoção ficou desconhecido até que entrou no campo das experimentações. Na antiguidade,
por exemplo, com a observação da expressão fisionômica como reflexo do estado interior,
surgiu uma série de estudos que podem agrupar-se em três setores: artístico, pseudo-científico
e científico. A Emoção vai se expressando, primeiro, por meio das atitudes e gestos do Corpo,
embora que o rosto, varie de expressão, apenas. Pouco a pouco a arte vai apresentando a
figura humana em estados espirituais, com a expressão dos olhos, a contração da boca e dos
ângulos faciais. A gradação biológica da Humanidade seguiu, sem dúvida, idênticos processos
na expressão dos estados emotivos. Compõe-se a Emoção de 3 elementos: um, psíquico;
outro, expressivo e ainda outro, vegetativo. É o mesmo que dizer, pelo que depende de uma
impressão sensorial, uma idéia, uma lembrança (psíquico); em um conjunto de atos que
realizamos para exteriorizar a Emoção (expressivo); e por último, o que está constituído por
modificações orgânicas da vida vegetativa (vegetativo). É importantíssimo o estudo das
glândulas de secreção interna no mecanismo da emoção. Elas intervém a par do sistema
nervoso. A atuação da tiróide é indubitavelmente comprovada pelo comportamento
emocional das pessoas hipertiroídeas”.

Embora só em estudo posterior a este falaremos no entrelaçamento ou interrelacionamento


dos 7 Princípios, corroborando as idéias do Dr. Maranón aqui citadas, lembraremos aos
leitores que energia é movimento, logo, não há vida sem movimento e, em sendo assim, em
emoção ou em movimento está permanentemente o Homem. “Penso, logo, existo”. À medida
em que o Homem evolui, a Paixão passa à Razão. Logo, a Emoção impulsionada pelo Princípio
Afetivo, passa a ser motivada pelos Princípios superiores. A Ciência das Idades, para esse
desiderato, aconselha educar a sensibilidade humana através do Bom, do Bem e do Belo, isto
é, buscando a poesia no som, nas cores, no movimento e no verbo. A exemplo do que
dizemos, citamos Guerra Junqueiro que ouvindo a “Sonata ao Luar”, de Beethoven, escreveu
estes versos:

“ O luar fulgente, o luar dormente, o luar silente

Vaporoso, mavioso, harmoniosamente

Submerge em sonho, em nupcial balsâmico torpor,

A terra que amamenta as florestas vorazes,

Imortal Virgem-Mãe de robles e lilazes... “

Paciência – Amor – Sabedoria

Sebastião Vieira Vidal - 28/08/1983

Aula 04 - Mental Concreto

Na seqüência desta série de trabalhos sobre os “Princípios da Genealogia do Ser Humano”,


ocupamo-nos aqui, com aqueles que talvez, sejam os mais importantes da série porque
completam o setenário, já referido nas monografias anteriores. Tal como já foi esclarecido, os
7 Princípios, embora estando interligados, interpenetrados, por uma função didática foram
apresentados separadamente. Entretanto, os Princípios de que nos ocuparemos hoje, serão
tratados em duas etapas, porque sendo de natureza sutilíssima, acham-se interligados,
principalmente em suas funções.

Do quarto ao sétimo Princípio expressa-se uma idéia unitária, motivo pelo qual se fala na
Inteligência, entretanto, ela pode ser dividida em 4 aspectos (4 Princípios) com características
bem definidas. O Ser Humano, senão o Homem, é o único ser que possui a linguagem
articulada e que lhe é propiciada por um desenvolvimento maior do cérebro. Pela sua natureza
o Homem é um pensador. E o órgão do pensamento é o cérebro. O cérebro é um potentíssimo
dínamo transformador de vida energia, de energia pensamento, em vida consciência,
elaborada, trabalhada.

O Criador, segundo o Gênese, criou o Homem “à sua imagem e semelhança”, dotando-o do


Poder criativo mental, além da criação física. Logo, o Homem recebeu do Criador uma
admirável dádiva – a MENTE. Pensemos, pois, no termo Mente em seus vários aspectos ou
sinônimos. MENTE, segundo Dr. Antenor Nascentes, é o “Conjunto de faculdades intelectuais;
inteligência, entendimento; idéia, imaginação e vários outros significados”. Em Psicologia
(ainda segundo o Dr. Antenor Nascentes) é “A totalidade dos processos psíquicos e
inconscientes, regidos pelo cérebro e pelo sistema nervoso central e que dirige o
comportamento de um organismo. A consciência humana, elaborada no cérebro e que se
manifesta especialmente através do pensamento, do raciocínio, da percepção, da vontade,
etc.” (do latim Mens e entis).

Para a Ciência das Idades, a MENTE tem funções diversas e segue a Lei natural e conhecida,
isto é, quando se manifesta, o faz através dos polos positivo e negativo, em planos superiores
e inferiores, etc. Quando se manifesta positivamente, o faz através do polo que o Gênese, as
religiões, denominam de “Serpente do Bem, Árvore do Bem”. Se se manifesta em sentido
contrário, “Serpente do Mal”. Quando faz um trabalho positivo para o Bem da Humanidade,
diz-se: “A Serpente do Bem enroscada no tronco da Árvore da Vida”; quando o faz em prejuízo
da Humanidade, é “A Serpente do MAL, enroscada na Árvore da Vida”. Essa alegoria acha-se
no Caduceu de Mercúrio, isto é, duas Serpentes enroscadas num pedestal de uma Taça, como
que bebendo algo nela. O Caduceu de Mercúrio alegoriza o indivíduo, tendo nele, na sua
constituição, os dois elementos, desejosos de dominar a sua Mente, a Taça. Usando a
linguagem geométrica, esse símbolo está representado por dois triângulos entrelaçados, um
de cor branca com o vértice para cima e outro negro, de vértice para baixo.

A Serpente ziguezagueando nos dá a idéia de força em ação. Por isso a Serpente do Bem, no
seu ziguezaguear, expressa a fase construtiva, as idéias nobres do Homem e quando isto
acontece com a Serpente do Mal, é uma fase destrutiva, ou seja, que está agindo o
pensamento negativo...

Os símbolos citados esclarecem o comportamento dos homens, na marcha da vida normal


que, quando agem em função da Mente, os elementos de ação podem ser classificados como
sendo a ação da inteligência superior ou da inteligência inferior. Os fins pelos quais age a
Mente, serão identificados como Mente Superior e Mente Inferior.
Mente e Manú são palavras que vêm de uma mesma fonte. Manú deriva da raiz da Língua
Sânscrita, MAN – “Pensar”, logo, Manú é o pensador por excelência. Por isso MAN ou MANAS
é MENTE, agindo em seus vários aspectos, em vários planos.

Entre os orientais, MENTE tem como sinônimo MANAS – Man mais AS. Man, já vimos, é Mente
e AS, como sufixo, dá o sentido de Hálito, AR, algo de natureza sutilizada.

Manas ou Mente é a faculdade que faz do Homem um ser pensante, inteligente, fazendo-o
distinguir-se dos brutos. Logo, ele é, principalmente, Mente, Razão, Pensamento,
conhecimento... E a Mente é a estrela guia do Ser Humano. Entre muitas funções, muitos
sentidos de Manas ou Mente, apresentamos aqui os seguintes: Manas ou Mente inferior,
Kama-Manas... Ora, Manas ou Mente inferior é a Mente ou inteligência ligada às coisas, como
se diz comumente “terra-a-terra”, sem um raciocínio esclarecido, isento de discernimento, de
critério. Caracteriza-se pelo sentimento passional. É a Inteligência sob o domínio das
satisfações negativas, dos desejos, ou, dito de outro modo, o aspecto da mente concreta ou
comparativa, pode-se dizer que, dominada pelo afetivo-emocional.

Quando o Ser Humano desperta para a vida terrena ou nasce, como se diz comumente, é ao
longo da primeira infância, através do amadurecimento dos nervos motores e sensitivos que
vai percebendo e reconhecendo o ambiente no qual passou a viver. Constituem eles a porta
pela qual, de fato, entra e pode agir, nesta vida. Já sabemos que, para a Ciência das Idades,
trata-se da ação do terceiro Princípio ou Afetivo-Emocional como já foi dito, e estreitamente
ligado ao quarto Princípio ou Mental Concreto ou Comparativo. Está em plena ação a Mente
Inferior, também chamada de quaternário da forma.

Quando adolescente (de adolescere, “crescer”) ou crescendo, o Ser Humano tem uma outra
possibilidade, relativamente, à sua espera, para continuar sua evolução. Já conhecendo os
ambientes (diga-se de passagem, externamente) que o rodeiam, tendo os olhos ou os sentidos
abertos para o mundo, uma outra porta está à sua disposição: o Quinto Princípio ou, em outra
linguagem, as características da Inteligência Abstrata ou Mente Abstrata. São os olhos que se
abrem para agir, não no mundo imediato mas mediato. Em outras palavras, passa da
percepção a uma e duas dimensões, para a percepção a três dimensões.

Digamos, tomando como exemplo bem simples, o aprendizado da leitura e escrita. Na primeira
etapa, lê apenas; na segunda etapa, lê e compreende o que lê. Podemos, ainda, para melhor
compreensão do que significa o Mental Abstrato, dar outro exemplo de aprendizagem, este no
campo da matemática. Em Aritmética age o Mental Comparativo ou Concreto (Quarto
Princípio). Vejamos: uma pêra mais uma pêra, são duas pêras, então,

1 + 1 são 2. Quando o estudante passa à álgebra, começa a lidar com o símbolo, por exemplo:
a + b = c. Começa então, a ter necessidade de lançar mão do Quinto Princípio ou Mental
Abstrato. Pensamos que, com estes exemplos bem simples, levamos o leitor a encontrar
outros, bem menos simples, de onde chegará aos mais complexos. Temos utilizado nestes
trabalhos, ora a linguagem da Ciência das Idades, ora a linguagem da Ciência dos nossos dias.
Com isso, tentaremos iniciar uma familiaridade com a linguagem simbólica que apresenta para
a maioria das pessoas, certa dificuldade de penetração no seu sentido, por não ser usada
freqüentemente. Por outro lado, a linguagem simbólica, forçando a utilização do Mental
Abstrato (porta que se abre para dar entrada no plano da Mente Superior) propicia ao
estudioso, evoluir, logo, conseguindo trabalhar seus Sexto e, quiçá, Sétimo Princípio, como diz
o pensamento de Krishna:

“Como um Sol único que ilumina o mundo inteiro, assim o único Espírito que ilumina toda a
Natureza. E quem, mediante a Sabedoria Espiritual, percebe essa diferença entre a Alma e a
Matéria, entre o Espírito e a Natureza, entre o Conhecedor e o Conhecido, percebe também
como se liberta a Alma da Matéria e da Personalidade, e alcança a Consciência Espiritual, em
que tudo se vê como uma só Realidade, sem ilusão e erro”.

Quem alcançar este objetivo, venceu grande etapa da Vida.

Aula 05 - Mental Abstrato

Ocupamo-nos neste trabalho de número 5 da Mente Abstrata ou Inteligência da mesma


natureza. Mas apesar de ser abstrata, envolve, atua nos demais Princípios inferiores,
principalmente no Físico. Este ato poder-se-ia, embora pareça estranho, dizer, o abstrato
tornando-se concreto, ou seja, a concretização do abstrato, do subjetivo...

Por exemplo, a idéia é abstrata mas toma forma, concretiza-se através do cérebro. Por isso
compreendemos o fato de que a Mente (Manas) modele a forma. Graças a isso, opinou
Humphy Davy: “o mundo material não é, senão, a série de cristalizações, aliás, feita no mundo
do pensamento”. Daí as frases: “penso, logo, existo”; “sou quem sou”.

Quando pensamos em algo, produzimos vibrações em nosso corpo mental. Se pensamos com
mais intensidade, estas vibrações se traduzem em ondas de pensamento, análogas às
descobertas por Hertz, em cujas leis descansam a telegrafia sem fios, as comunicações através
das microondas, rádio, televisão... Ora, o cérebro humano é um verdadeiro aparelho que pode
receber e transmitir pensamento de um ponto a outro, isto dependendo de aprimorá-lo para
essa finalidade.

A função faz o órgão, logo, o mecanismo do pensamento tem, no ser humano, órgãos que lhe
correspondem: “existe no cérebro humano a glândula pineal, epífise, cujas funções são quase
desconhecidas dos ocidentais e que, no mecanismo do pensamento, desempenha a mesma
função que as antenas, em telegrafia sem fio, em torres de microondas, rádio, televisão, etc.
Este órgão é rudimentar na maioria dos membros da Humanidade, e, segundo a teoria que
expomos, tanto capta pensamento ou pensamentos, como transmite. Se conseguirmos pensar
intensamente, sustentando certa tenacidade, sentiremos como que uma ligeira coceira na
região onde se encontra esta glândula, suave vibração... Isto significa que nela flui corrente de
pensamento que se escapa pelo órgão, em forma de ondas, as quais se transmitem em todas
as direções, impressionando, em seu caminho, as outras glândulas similares que podem
receber, perfeitamente, a onda de seu desenvolvimento que está apta para estabelecer o elo.
Estas correntes, geralmente, passam desapercebidas para a maioria dos homens, cujo órgão
esta apenas em via de despertar, mas chegará a época em que nossa evolução nos permitirá
receber e transmitir, à vontade, as ondas de pensamento. Apesar de nosso incipiente estado
de evolução, temos em alta consideração o pensamento, julgamo-nos senhores de tão alto
poder. O pensamento é uma Força e esta Força é o Intelecto. Ela coloca em ordem o caos,
quando ele existe, ordena o desordenado. É a causa formadora e não conhece o repouso, está
permanentemente em atividade. Não há para ela o impossível, nem pretérito, nem futuro.
Está atuando sempre no presente e graças a ela (Força), somos o que somos, nos movemos e
pensamos.

Sendo a Mente Abstrata, ela tem tanto Força quanto ou, talvez, mais do que a chamada Força
Física. É ela que mantém os quatro Princípios inferiores. Sim, vemos o fio que conduz a
energia, a força elétrica, sabemos que existe pelo que produz, mas não a vemos. Nossa cabeça
é visível, mas não se vê o chamado intelecto, o pensamento, a força que o produz... Por ser
abstrato não quer dizer que esteja em estado de latência. Desde que haja aparelho próprio,
esta Força, energia, está sempre presente para movimentá-lo, ativá-lo. A Mente ou
Inteligência humana limita muito a Idéia ou os fatores da Inteligência abstrata, através dos
quais ela chega a manifestar-se. Analisa a forma mas não o faz perquirindo a causa que deu
motivo à existência da forma. Quer saber do produto mas não do produtor. Extasia-se diante
da Natureza mas, em muitos, rejeita seu Criador. Os estudiosos da “Ciência das Idades”
classificam de Mente, Manas, Mental, Inteligência Abstrata, essa ligação entre o Mental
Concreto e os 6º e 7º Princípios de nossos estudos. Mente ou Mental Concreto constitui a base
da Pirâmide que tem como vértice os citados 6º e 7º Princípios (Intuição e Crístico). Por
exemplo, o inventor é intuído, vai ao laboratório para tentar dar forma àquilo que se chama de
idéia ou intuição. Com as indagações, vai pesquisando, aplicando os conhecimentos já
adquiridos, através do Mental Concreto ou Comparativo, e a Idéia vai se desenvolvendo até
tomar a forma, isto é, ser considerada uma invenção. O trabalho de pesquisa, experimentação,
constitui algo como se fora um trabalho de parto (Mayêutica) e o que se tornou “invenção” ou
“criação” é como se tivesse dado à LUZ a um ser ou a um filho, ou seja, que foi elaborado
durante muito tempo.

Usando uma linguagem diferente da usada nos nossos primeiros estudos, podemos considerar
a Mente Abstrata (Manas), dividida em 3 setores:

Mente ou Inteligência Divina, ligada ao plano da abstração;

Inteligência, propriamente dita, a Força do Intelecto, a Auto-Inteligência;

Inteligência Emotiva (ou instintiva). Esta é denominada pelos orientalistas de Kama-Manas,


senão, o corpo dos desejos à parte dita, instintiva.

A Mente Divina acha-se num plano tão elevado que se confunde ou se resolve no Plano da
Intuição. Sim, está interligada ao Plano ou Princípio da Intuição. É algo que se poderia
denominar de Supra-Mental ou Supra-Inteligência. É a ponte que conduz ao Supremo Plano
onde há a beleza do Som, do Verbo, a Harmonia das Esferas – para Pitágoras. Ela se manifesta,
por exemplo, nos gênios da Música como: Bach, Wagner, Beethoven, Schubert, Shumann, Vila-
Lobos e muitos outros que compuseram peças de Música Arte.

A Mente Divina propicia ao pensador a Idéia global das cousas universais. Permite ao Ser
Humano altamente evoluído, penetrar e transmitir as idéias mais transcendentais, com
expressão clara, palavras simples. Transmite, assim, a Idéia, tanto aos sábios, aos cientistas, ao
alfabetizado, quanto ao analfabeto. É capaz de transmitir um conhecimento abstrato, a Idéia,
tanto ao adulto, ao jovem, como à criança, usando, naturalmente, uma linguagem adequada
para cada mentalidade. Com efeito, mentalidade é igual a mental mais idade, logo, comunica o
pensamento conforme a idade de entendimento ou capacidade de compreensão. A Mente
Divina em seu aspecto mais próximo do Homem, dito inteligente, tem estreita ligação com o
pensamento filosófico.

A Mente ou AUTO-INELIGÊNCIA é o aspecto da Mente ou Inteligência que se desenvolve,


principalmente, pelo raciocínio comparativo, quantitativo. Vemos a sua ação nas pesquisas
científicas, onde a base é estatística. Busca-se a comprovação quantitativa por excelência. É o
que oferece a descoberta de algo, seguindo uma série de raciocínios, baseado em
informações, já do conhecimento científico, já consagradas pelo tempo e comprovadas pela
experiência quantitativa. É a “ciência positiva”.

MENTE EMOCIONAL ou INSTINTIVA – É Mente Emocional ou Intintiva porque está aderida ao


corpo físico. É a Mente ou Inteligência em função do Afetivo-Emocional. É o aspecto da
Inteligência mais usado pelos seres humanos, que facilitam, inclusive, a industrialização de
vários objetos que proporcionam o conforto, a sensação agradável do Corpo Físico. A nossa
civilização tem sua base neste tipo de inteligência. Esse fator de inteligência, chamado na
linguagem que expusemos acima de “Mente Instintiva”, levou a ciência a experimentar e criar
coisas mais artificiais do que naturais. Propiciou a invenção de infinitas formas alimentícias e
objetos do uso humano, industrializadas agradáveis aos sentidos do paladar, tato, olfato, etc.
mas ilusórias e que provocam desequilíbrio no Ser Humano.

O grande Hermés – o Trimegisto – ao Primeiro de seus “Oito Princípios” que ofereceu ao


Mundo, deu o título de PRINCÍPIO DE MENTALISMO. Disse: “O Todo é MENTE – o UNIVERSO é
MENTAL”. Princípio, nesse caso, tem o sentido de origem das coisas. Tem um sentido
altamente filosófico.

Estes três tipos de Mente ou Inteligência já proferidos neste trabalho, estão muito bem
caracterizados ou explicados num artigo do Dr. Mario Roso de Luna, encontrado em seu Livro
“Simbolismo das Religiões do Mundo”. Inserimos aqui um trecho desse artigo, para que os
leitores possam ir se habituando com a linguagem simbólica, que exige meditação do
estudante da Verdade, o que desenvolve a Mente Abstrata. Esse exercício de meditação está
para o desenvolvimento da Mente Abstrata, assim como o exercício de aritmética está para o
desenvolvimento do raciocínio comparativo.

Dr. Roso de Luna: “O Homem, a tríplice maravilha de Hermés, o Trimegisto, é Anjo (portador
da Mente ou Inteligência Divina), é Pensador (domina a Inteligência, a Auto-Inteligência, o
Intelecto), é Animal (portador da Inteligência Instintiva, emotiva), em uma peça, em um
conjunto. Como Anjo, é um Raio Divino do Logos Demiurgo – de Platão. É tão eterno e
perpétuo como o Sistema Planetário, anunciado pelo SOL de onde provém. Pela centelha do
pensamento que o reveste, é algo amoroso, volitivo e idéico, que reencarna, que une ou enfia,
em seu fio de ouro e sem sexo, vidas sucessivas ou seriadas, com corpos físicos (diferentes dos
astrais) terrestres, sobre os quais toma forma ou reencarna, para desencarnar depois, mil e
uma vezes, em movimentos incalculáveis. Alexandre, César, Napoleão, fora de dúvida, são
seres humanos distintos e de épocas distintas. Sua Tríade suprema, porém, sua tônica no
concerto humano, acaso não poderá ser a mesma, através de suas correspondentes
personalidades e presidindo as tremendas obras destruidoras e reformadoras da Lei de Causa
e Efeito ou de sua missão ao largo dos tempos?... As diferentes personalidades históricas
nascem, vivem e morrem, como flores de um dia. Suas personas ou máscaras são distintas,
porém estão presididas sucessivamente ao longo de suas respectivas vidas, na Face da Terra,
por uma entidade reencarnante – Pensamento Coordenador”.

O que se sabe, fica diminuído diante do que não se sabe ! ! !

Aula 06 - Intuição Pura

Na seqüência de nossos estudos sobre os “Princípios Humanos”, alcançamos o 6º dos Sete da


Genealogia Secreta do Ser Humano, mencionados na IVR nº 01. Este 6º Princípio do setenário
humano, corresponde ao sexto sentido e ao sexto Estado de Consciência. O 6º Princípio ainda
não se acha plenamente desenvolvido na maioria das criaturas humanas de nossa época. O
órgão de sua função ainda, em geral, se encontra em ação muito rudimentar na estrutura
humana. Esse órgão é a glândula pituitária ou hipófise que permite o sexto sentido. Sem essa
glândula em plena atividade, vibrando, a criatura humana jamais terá a possibilidade de
alcançar o sexto sentido ou o 6º Princípio, a que nos referimos em monografias anteriores.
Esse Princípio é classificado como sendo o Plano da Intuição pura, onde o conhecimento é
direto, não havendo necessidade do raciocínio para produzir-se uma grande obra.

O 6º Princípio esboça-se no Homem considerado muitíssimo inteligente ou senhor de


inteligência de nível dito superior. São criaturas que, por vezes, têm idéias notáveis, idéias que
se destacam, como Newton, por exemplo, descobrindo a Lei da Gravidade, ao ver cair da
árvore, uma maçã. Como, no caso de Arquimedes, descobrindo a célebre Lei da Hidrostática,
ao mergulhar numa banheira. Seu grito “Eureka!” (achei), esclarece bastante o instante da
intuição. Usualmente classificam-se esses momentos como de “inspiração” . Pablo Picasso
também usou o verbo “achar”, quando negou a um jornalista que concluíra, observando a sua
obra, ser ele um pesquisador: “Eu não pesquiso. Eu acho!”. E assim, poderíamos citar muitos
outros exemplos. Esses Seres são considerados, conforme a “idéia” ou a inspiração ou o 6º
Princípio ou as características de intuição sejam menos ou mais freqüentes, como “geniais” ou
gênios. Neles, a glândula hipófise já atua consideravelmente. No dia em que a idéia for
permanente no Homem, a expressão “ter uma idéia”. desaparecerá, porque ele terá
conquistado plenamente, em sua evolução, o 6º Princípio. A Ciência das Idades sempre adotou
processos para estimular gradativamente, as funções da glândula pituitária ou hipófise,
permitindo ao discípulo, ao estudioso, atingir os planos sutilíssimos do saber, ou dito de outro
modo, penetrar além das três dimensões. Como já vimos na monografia nº 5, a meditação é
um exercício que facilita a penetração no plano da intuição. Desenvolvendo-se assim, a
hipófise ou o 6º Princípio, o Homem desliga-se do Mental Concreto ou Comparativo. Dito de
outro modo, deixa de ver fora, para ver dentro. Os sentidos continuam existindo, mas não
transbordando dos seus limites. Por exemplo, os olhos continuam descortinando o ambiente
que os rodeia, fazendo o que lhes compete, mas o homem tem, com o auxílio da hipófise, a
possibilidade de ver dentro. Vai além da abstração, atinge um plano mais sutil ainda, como já
dissemos. Não só vê dentro: “ouve” também, dentro. Beethoven, surdo pela ineficiência da
audição, captava, em outra dimensão, os temas sonoros de sua portentosa obra. Era senhor da
suprema “inspiração”, traduzindo para a pauta musical, inclusive, suas 9 grandiosas Sinfonias.

Milton, embora cego (sentido da visão) teve a visão ou inspiração do “Paraíso Perdido” que
ditou para sua sobrinha. Gênios!

Neste fim do Século XX, infelizmente, a juventude, pessimamente orientada, deslumbrou-se


com a narrativa de Aldous Huxley sobre suas experiências com LSD. Essa droga exacerba a
ação da glândula pituitária que, entrando em funcionamento exagerado, ou melhor,
descontrolado, produz as visões descritas por aquele escritor inglês, falecido em 1963, e
experimentadas com freqüência, por quantos buscam ansiosamente fugir aos problemas
próprios que não conseguem resolver.

“A Natureza não dá saltos”, já é proverbial... mas ... embora caoticamente, o Homem


comprovou a existência de uma quarta dimensão ou a existência do Princípio que permite
penetrá-la.

O 6º Princípio ou da Intuição é conhecido na filosofia oriental com o nome de “Budhi”. Quando


é bafejado pela Luz esplendorosa do 7º Princípio, o Crístico, é denominado de Budhi-Taijasa.

TAIJASA – sânscrito – é do gênero feminino e quer dizer “radiante”, chamejante (de Tejas-
Tatwa, Força do Fogo). Na filosofia vedantina, Taijasa é um Centro de Consciência Cósmica,
donde emanam os Devas. Devas, na teogonia oriental correspondem ao que chamamos de
Anjos, no Ocidente e, às vezes, Deuses. Por exemplo:

Manas (Mente) – Manas-Taijasa – a Mente radiante, iluminada pela LUZ da Intuição pura;

Budhi-Taijasa – é o Plano da Intuição, também denominado de Plano da Inspiração, que se


torna resplandescente pela ação da Luz do Princípio Crístico ou Átmico (que será matéria para
a próxima monografia)

Vejamos o que H. P. B. diz em seu Glossário Teosófico sobre a pituitária ou hipófise:

“É um órgão de visão psíquica. Visão psíquica que é causada pelo movimento relacionado com
o nervo ótico e assim afeta a vista e dá origem à alucinação, etc. Seu movimento pode produzir
rajadas de luz, como as causadas pela pressão sobre o globo ocular. A embriaguez e a febre
produzem ilusões da vista e do ouvido, mediante a ação do corpo pituitário”.

Agora, talvez para iniciar os leitores no exercício da reflexão, vamos transcrever alguns
trechos, cuja linguagem, um tanto simbólica, pode servir como tema de meditação:

De Gautama, o Buda:

“A Mente iluminada, é maior do que um Anjo, um Deus. A razão intuída está acima do
sacerdote e da revelação. O domínio de si mesmo, é melhor do que o jejum, do que a prece. A
caridade é maior do que o sacrifício e o culto”.

De Roso de Luna:

“Não se deve esquecer o tesouro de que a devoção vem de Deva, em sânscrito, e Anjo, em
nossa língua. Devoção significa dedicação, afeição, isto é, respeito aos trabalhos, aos ideais
elevados dos Gênios, dos Deuses, senão, os Inspiradores da Humanidade. Devas, Anjos,
Gênios, senão os que inspiram os Gênios da Música, Pintura, Escultura, etc. e atuam no Plano
Divino e no da Inspiração Celeste. O Poeta, com sua admirável imaginação, alça vôo
imensurável às regiões da Suprema Inspiração, porque é portador da sensibilidade do Plano
“Bhudico”. Por isso dizem ser ele um divino rebelde, um Prometeu. Prometeu, porque sobe
com a imaginação até alcançar os Céus, a fim de roubar o Fogo Celeste, para animar os
homens primitivos, simbolizando com isso, que o Homem deve fazer o mesmo, isto é, roubar o
Fogo da Sabedoria Divina, para animar a si mesmo e aos seus irmãos de Humanidade, até que
Ele, o FOGO, viva permanentemente no coração de todos”.

Agora um trecho do Livro Ciências Ocultas, do alemão Rodolfo Steiner, inserido também por
Mário Roso de Luna, no seu “Livro que Mata a Morte (El Libro que mata la muerte)”, porque
dá uma idéia de como se chega àquele Plano de elevada sublimidade, embora o estudo das
coisas transcendentais esteja muito desgastado na nossa ERA, enquanto outrora se falava com
grande interesse em Ciências Ocultas.

“Por isso, com grande acerto, escreve o teósofo alemão Rodolfo Steiner, em sua obra “Ciências
Ocultas” que todo o ocultismo repousa nestas duas idéias: a de que por cima deste mundo
visível, existe um mundo superior e invisível, que nossos velados sentidos animais não podem
alcançar: e a de que, não obstante isso, o Homem é capaz de desenvolver em si, certas
faculdades ainda latentes em seu ser, mercê das quais lhe é possível conseguir, nesta vida
física mesmo, o conhecimento claro aludido. Estas faculdades, hoje em germe, chamam-se
“Imaginação” e “Intuição” que, em todo o curso da História, elevaram o Homem daquela sua
condição de animal, dando-lhe as belas-artes, com suas mágicas obras que se chamam poemas
literários e musicais ou com seus mágicos padrões que se chamam primores de arquitetura,
escultura, pintura, coreografia, etc. E essas, os seres inferiores jamais atingiram, porque estão
abaixo, na escala zoológica, coisa, aliás, muitíssimo sabida. A “Imaginação” e “Intuição”
também deram as ciências para que estas florescessem em felizer e belas pesquisas dos
homens que, sob faíscas de genialidade como violáceos relâmpagos em tempestuosas noites,
puderam vislumbrar hipóteses. Então, estas passaram a teoria que, por seu turno, passaram a
fatos científicos indiscutíveis. Essa prodigiosa conquista só tem beneficiado a indústria de
todas as nossas necessidades e egoísmos, indústrias que primam em não dar atenção, muito
ou pouca, àqueles abnegados homens-cientistas que “lhes levaram as galinhas”, como diz a
célebre fábula de Iriarte... “Imaginação e Intuição”, alavancas divinas do progresso humano!
Quantos não haveis sido escarnecidos pelo notório “porcos de Epicuro”, aqueles que se
refestelaram na felicidade, como um Deus Indra no pântano lodoso ou como um Fafner
wagneriano, com seu ventre descomunal a cobrir o tesouro dos Nibelungos! Ó , nobres dons
celestes injustiçados! “...

Se, para obter a felicidade, precisamos ter sensibilidade equilibrada, que faremos para tê-la?
Sim, tal felicidade requer justificativa de outra vida mais elevada, cantada por Carlos Navarro:

“ Para sempre romper quaisquer cadeias;

Tornar a negra noite em claro dia;

Derramar esperanças a mancheias

E converter a dor em alegria...

Trocar os ódios feros em amores;

Dar inefável bem por mal profundo;

Abrir caminhos de olorosas flores;

Gozar do Paraíso neste Mundo...

Dirigir o Mental rumo às Estrelas,

Para trazer a Luz que existe nelas;

Fazer a eterna Paz; matar a guerra;


Por em xeque o regime dos mil sesmos;

Repartir por igual o chão, a terra,

E ser os donos de nós mesmos! “

Para felicidade e conhecimento da Verdade,

Mantenhamos o Físico e a Alma equilibrados;

Gozemos da confiança dos Deuses,

Mantendo a Mente e o Coração iluminados...

Aula 07: Princípio Búdico

Conseguimos, afinal, chegar nestas nossas monografias, ao Sétimo Princípio da Genealogia


Secreta do Ser Humano. Sentimo-nos gratificados com este resultado, porque é trabalho que
demanda muita disposição, para levar a bom termo estudos desta natureza abstrata. Maior
satisfação teremos, se ele tiver boa aceitação e se tornar útil a alguém.

Para se passar do hábito de perceber as coisas a três dimensões, para tentar percebê-las numa
dimensão mais, digamos, profunda (se assim nos fizermos compreender melhor), teremos que
enfrentar um trabalho árduo. Entretanto, o estudo de natureza abstrata, por se encontrar em
planos mais elevados, mais luminosos, mais sutis, oferece mais segurança às nossas
convicções. Fala mais dentro de nós. Fala mais em nosso íntimo, embora de modo
inconsciente, muitíssimas vezes. O que se passa em nossa esfera de ação na nossa vida,
voltados para a superfície da Terra, é de natureza transitória. Vivemos nesta época, Século XX,
em média 65 anos, segundo as estatísticas e quase que todo tempo absorvidos pelo
imediatismo de nossas necessidades. Regra geral, preocupamo-nos em apreender a origem do
Ser Humano, através da Antropologia, sem admitir os conceitos dos seus princípios de origem,
dos seus princípios transcendentais. Através dos conhecimentos oferecidos pela “Ciência das
Idades”, através de suas informações, conseguimos talvez nos aproximar desse Sétimo
Princípio, que constitui as pautas de nosso estudo. Embora o interesse humano seja mais
conduzido para o sentido chamado materialista, do Mental Concreto, Comparativo, que,
quando dirigido com afinco, leva até a erudição, conforme seja a natureza da criatura humana,
ela pode ser chamada a procurar, a se identificar com planos mais abstratos ou
transcendentes, do conhecimento. No caso, esses conhecimentos passam a fazer parte da
natureza humana. São trazidos para a vida do cotidiano não ficando, apenas, na periferia.
Focalizam as coisas de um plano mais abstrato mas, ainda assim, limitam o conhecimento, não
atingindo o porque delas existirem. Por exemplo, Hertz descobriu o método de captar as ondas
vibratórias mas não conseguiu saber ou não se importou em saber sua origem na formação
dos Mundos, dos Planos. É muito importante refletir-se sobre o porque do rumo tomado pelo
conhecimento no Ocidente, até nossos dias. Devido, certamente, a interesses mal
intencionados, no Ocidente o conhecimento tomou um caminho onde “o ver para crer” fez-se
norma de conduta. É importante também observar a tendência humana para deturpar o
verdadeiro sentido das palavras ditas “sagradas”, que são de natureza abstrata. Não
penetrando no seu real sentido, passa a empregá-las no sentido figurado e, com isso, são
deturpadas. Assim se disseminou uma espécie de preocupação em estudar, compreender, algo
de natureza infinita, com o Mental Comparativo, concreto, de natureza finita. Esse
comportamento tem levado o Homem a dar interpretações inadequadas ou a fazer mau uso
das palavras. Elas passam a ser interpretadas segundo o conceito de seu intérprete e assim
afastam-se de seu sentido de origem ou sentido real. Desse modo, por vezes, chegam até a um
sentido contrário ao verdadeiro. Por exemplo, as palavras de Jesus, o Cristo, têm sofrido tantas
interpretações, ao longo de sua idade, que o Papa Paulo VI, se não nos enganamos no nome,
manifestou o desejo de que a Igreja Católica voltasse ao Cristianismo primitivo. Os tradutores
intérpretes dos Livros Sagrados, orientadores de seitas religiosas, tecem tantos comentários,
alongam-se em tantas explanações, acrescentam tantas palavras às frases primitivas, que
acabam por contar um história completamente diferente da original. Isto porque, podemos
dizer, o conhecimento humano é realizado sofrendo as limitações do Afetivo-Emocional e isso
leva a se ver as coisas, circunscritas pela autonomia do Mental Concreto e não há nenhum
esforço para se acionar o Mental Abstrato e a Intuição. Não há interesse pelo desenvolvimento
da Inteligência Abstrata, através da meditação. O método de estudo da “Ciência das Idades”,
tem como escopo ampliar a percepção mental, através do processo de meditação, usando a
linguagem simbólica para diminuir as limitações do Mental Concreto, dilatando-o,
transformando-o em Abstrato, alcançando a Intuição e fazendo despertar o Princípio Crístico.
Naturalmente, segundo o grau de evolução alcançado pelo discípulo ou pelo estudioso da
Ciência das Idades, ou dito de outro modo, segundo o ponto de evolução em que se acha o
Homem, quando inicia estes estudos, alcançará uns tanto por cento desses Princípios e assim
seguirá a evolução pela vida afora, até estar integralmente constituído ou integrado à Vida
Una. Seres há, grandes Seres, que vieram à Face da Terra trazendo a chamada “Ciência das
Idades”, até o Homem em evolução, através dos tempos, todos eles portadores do Sétimo
Princípio ou Princípio Crístico ou Átmico. Conforme a época em se apresentaram, traduziram
aquela Ciência, cada um com uma linguagem e com roupagens diferentes, usando palavras,
roupas e hábitos da época em que viveram nesta Face da Terra. Citaremos alguns dentre eles:
Hermés, o Trimegisto; Orfeu; Moisés; Tissoo-Krishna; Gautama-Buda; Jesus-Cristo. Muitos
outros trouxeram a sua palavra crística ou átmica, tais como Pitágoras, Platão, Roso de Luna,
Henrique José de Souza e outros anteriores. A palavra que dissemos, crística, portanto de
Seres que são portadores de um Corpo Integral, permite-lhes com o Poder de sua sabedoria,
acender nas criaturas humanas, a Chama do Fogo do Espírito Santo, a Centelha Divina, senão,
um fragmento da Vida Universal. Quando começa a bruxulear essa luzinha íntima – Semente
do Sétimo Princípio que medrou – o Ser Humano começa a ascender na escala do Sétimo
Princípio ou, dito de uma forma poética e simbólica, começa a escalada das estrelas.

Para simbolizar a ação dessa Chama, as várias religiões em sua ritualística, batismo, missas
(messes, missões) e quaisquer atos de natureza litúrgica, ou seja, a integração da
Personalidade nele, é o que se chama de Pentecoste. As línguas de fogo que desceram sobre
as cabeças dos Apóstolos de Jesus, o Cristo, simbolizam a realidade, isto é, a Iluminação dos
Apóstolos pelo Fogo, pela LUZ deste Sétimo Princípio, o Crístico. Nesse fato da liturgia cristã,
ficou gravado como símbolo, tão elevado evento. O simbolismo da Centelha Divina,
expressando a Chama do Fogo do Espírito Santo, converteu-se na chama usada nas lamparinas
acesas nos Santuários, como proteção de algo superior. Esse ato do uso de uma lamparina, nas
casas de antigas famílias, era venerado pela criatura portadora de certa religiosidade pura,
sincera. A força do FOGO desse Sétimo Princípio agindo, vinda das noites dos tempos, talvez
como Inconsciente Coletivo, fixou na mente das criaturas humanas, o uso de uma lamparina
acesa, no quarto ou num pequeno oratório, mantendo, portanto, a ligação da criatura, pouco
importando o grau de instrução, a Deus... a Zeus... Sim, a esse Plano do qual estamos falando.
Por isso dizem, “A Divindade está em todos e em toda a parte”.

A Ciência das Idades classifica esse Sétimo Princípio com os títulos Crístico e Átmico.
Consoante a concepção ocidental, é Crístico e conforme a concepção oriental, é Átmico.

Procuraremos, agora, esclarecer o que é o termo Crístico, Princípio Crístico de Cristo.

CRISTO (Crístico) não é o nome de um SER; é um título honorífico, talvez agraciado pelo
Eterno, por Deus... àqueles que são portadores do Sétimo Princípio. É de natureza do sétimo
estágio evolucional humano. Por exemplo, Jesus, o Cristo; Gautama, o Buda, etc., já
esclarecido anteriormente.

O Professor Henrique José de SOUZA, um dos maiores espiritualistas do Século XX, amicíssimo
do Dr. Mario Roso de LUNA, ensinou-nos também, no seu Livro “Verdadeiro Caminho da
Iniciação”, a distinguir o sentido dessas duas palavras: CRESTOS e CRISTO.

CRESTOS – é o Ser Humano que está realizando as etapas evolucionais. É o Homem da


dor, da luta, das provas, transformando o seu Afetivo-Emocional, no Princípio da Intuição e,
naturalmente, identificando-se como o Átmico.

CRISTO – é aquele que se tornou ungido, iluminado, penetrou na Essência de Deus, Brahmá.
Sua Vida é semelhante à Vida Universal. Integrou-se na Vida Una. Por isso Jesus, o Cristo, usou
a frase: “O meu PAI e o vosso Pai”.

Passamos agora, à análise da palavra ATMÃ, de Átmico:

ATMÃ – (que deu Átmico) – em pâli quer dizer: “Sopro de Vida”, movimento, etc. Em
alemão, com a pronúncia mais ou menos idêntica, significa: respirar, respiração (movimento
do Ar, Vayu).
Respiração ou o ato de respirar, conduz-nos à idéia do poder, do trabalho do Sistema
Respiratório, na vida do Ser Humano e das demais formas viventes.

Aula 08 - Os Cinco Elementos

A Civilização no Globo Terrestre, nos nossos dias, alcançou, de fato, uma tecnologia admirável.
A ciência positiva atingiu, também, um nível elevadíssimo de progresso, quase atingindo a
concepção de realização de milagre. Ela triunfou no mundo das descobertas, das invenções, na
aparelhagem de precisão que merece orgulho dos que trabalham com a inteligência criativa.
Mas noutro ponto de vista, esse imenso progresso intelectual, está permitindo que o Ser
Humano se divorcie da Natureza, da Vida natural e sadia.

Com o uso dos agro-tóxicos, inseticidas e muitos outros produtos químicos, com a finalidade
de combater as pragas dos elementos hortigranjeiros, o Ser Humano foi afastado da Vida
natural, logo, aproximando-o da morte, da destruição orgânica.

Baseados nos estudos anteriores, pretendemos anunciar o processo pelo qual o Humano Ser
pode, ainda, se harmonizar com a Natureza e ser por ela auxiliado em sua manutenção
psicossomática e por ela ser alimentado, naturalmente... Por exemplo, ingerindo laranja,
caqui... estamos absorvendo os elementos da Natureza denominados de Prithivi: elemento
sólido, terra, que se apresenta de cor alaranjada (já estudado em monografias anteriores).
Com o alimento tomate, sem a ação de agrotóxicos, ingerimos o elemento denominado de
Tejas, calor, fogo da vida. Com os elementos aquáticos, absorvemos Apas, água, os líquidos, e
assim por diante.

Os seres humanos têm a vida baseada nos elementos: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, senão, os 5
Elementos que correspondem aos 5 sentidos: Tato, Gosto, Olfato, Audição e Visão.

A Vida Universal tem a sua base, segundo as tradições antigas, no Hálito. O Hálito, realmente,
é a base da Vida. Com efeito, pode-se passar sem se alimentar, sem água, sem calor, mas sem
ar, não. Não se pode manter o regime de jejum, sem respirar. Então, para se harmonizar com a
Natureza, precisamos, desde logo, estimular determinados órgãos, a fim de ativar suas
funções, para produzir ou aumentar a capacidade de produzir elementos vitais ao corpo. São
elementos invisíveis aos olhos físicos, mas existem e são necessários à economia orgânica. Por
exemplo: vê-se com os olhos, a árvore com toda a sua galharia, entretanto, não a sua seiva que
é o alimento importante à sua vida. Se não houver seiva, a árvore fenece.

Se a parte basilar da Vida é o AR, o Hálito, então, o primeiro passo a dar é harmonizar a
natureza humana com esse Elemento. Harmonizar a natureza humana com a Natureza
Universal. Observamos que o Globo Terrestre tem um ritmo quaternário; as marés têm 4
movimentos; a Lua tem 4 fases; a orientação humana tem base nos 4 Pontos Cardeais...
Baseados nessas informações e sendo o AR, o principal Elemento para a Vida em nossa esfera,
então vamos harmonizá-lo com os 4 Elementos universais, agindo como poder do Hálito ou Ar.
Vamos promover um certo ritmo no nosso sistema respiratório, com a prática:

inspirar (o ar) pela narina esquerda, até encher os pulmões;

manter os pulmões cheios, conforme a resistência de cada um;

expirar pela narina direita;

manter os pulmões vazios, com pouco ar, para depois recomeçar a respiração novamente no
item 1...

Após a prática desse exercício respiratório durante alguns anos, há outro, também de grande
importância para a evolução espiritual da criatura humana: coloca-se o praticante em posição
de lotus, pernas cruzadas, as mãos juntas no umbigo, como que formando conchas, respiração
pelas duas narinas, suavemente. Esse exercício promove muita calma e tranqüilidade. Nessa
posição, após o exercício respiratório, o praticante pensa nas seguintes palavras: “Tat Twan
Asi”, com o sentido de “EU SOU ELE. Eu me identifico com Deus – Zeus – com a minha
Consciência Superior e ELA está se ligando a MIM”. Com esse exercício, com essa prática
espiritual, os iniciados elevam a mente ao Nirvana, ao mais alto estágio que pode alcançar o
Ser Humano. Por isso disse Santo Agostinho: “nós viemos da Divindade e nos esquecemos”.

Esse divórcio entre a Mãe Natureza e a natureza humana, tem como efeito as doenças, o
desequilíbrio da harmonia orgânica. E, se o fato é psicossomático, surge a dor, os sofrimentos
físicos. Se o Ser Humano soubesse respirar conforme a respiração perfeita, haveria o equilíbrio
de sua personalidade... o indivíduo estaria perfeitamente ajustado às Leis da Natureza. Como
se poderá harmonizar com a Natureza, se se respira um ar poluído?

Os antigos Livros Sagrados consideram o Ser Humano como sendo formado de pequenas vidas,
sim, entidades minúsculas como que formando, em seu conjunto, a parte psíquica ou anímica
dos órgãos físicos. Animam, alma, o que anima, impulsiona o órgão físico. Há o preceito: “a
função faz o órgão”. No caso, a função age como elemento vital do órgão. Acham que o órgão
tendo função, tem consciência dela, sabem o papel que lhes cabe na engrenagem humano-
orgânica. Quando há algo negativo no bom funcionamento de um rim, o outro passa a exercer
uma função dupla, sem a necessidade de receber ordens superiores. Se cada órgão tem
consciência de sua função, compreendemos que o Ser Humano é um pequeno universo em
atividade, por isso se fala em “microcosmo”, isto é, o Ser Humano é considerado um pequeno
universo. Seu organismo registra todos os fenômenos do Grande Universo.

Esses 5 Elementos de nossos estudos, não funcionam arbitrariamente. Têm seus pontos de
localização no corpo humano e, muitas das vezes, em muitos casos, a interferência do
indivíduo perturba, modifica as regiões onde devem agir esses Elementos, isto é, em locais
próprios. Atuam de certo modo fazendo com que eles mudem de seus respectivos lugares. O
clarividente ou portador de visão em quarta dimensão, percebe quando o físico do Ser
Humano apresenta certos tons no seu conjunto, no seu ambiente, no seu aura, que estão fora
de seus respectivos lugares. Esses Elementos são classificados, consoante a sua freqüência
vibratória, com as cores: o Elemento sólido, Prithivi, é reconhecido pela tonalidade amarela-
alaranjada; a cor do Elemento Água, Apas, vai de roxa a violeta claro; do Fogo, vai do tom
vermelho mais denso ao desbotado (Tejas); do Ar, Vayu, vai do verde mais denso ao mais
claro. Todas as cores dependem da natureza ou de como o indivíduo se comporta, se se
encontra puro ou carregado. Se está positivo, as cores se apresentam com tons luminosos,
suaves, leves. Se é mau, grosseiro, o tom se torna mais pesado, mais inerte, vibração com
pouca intensidade.

É importantíssima, na classificação espiritual do indivíduo, a magia das cores, influenciando na


estrutura física, no comportamento da criatura humana. Por exemplo, uma criatura colérica,
odienta, violenta, perversa, com o pensamento nesse setor, acaba conduzindo o fogo que
funciona na genitália e na região de digestão, para a cabeça, para a região do Éter, que deve
sempre permanecer fria, quando há uma perfeita harmonia funcional dos órgãos. Sim, o Fogo
sobe e o Éter desce e os Elementos funcionam impropriamente, fora de seus respectivos
lugares. Com isso, o indivíduo perde a coordenação, passando a agir desordenadamente. A
desassociação desses órgãos, a desarmonia deles, agindo sem uma coordenação, pode
promover a loucura. Os neuróticos não podem ter esses Elementos nos seus respectivos
lugares, por isso não possuem equilíbrio emocional.

O importante na evolução espiritual do indivíduo é colocar os 5 Elementos de nossos estudos,


nos respectivos lugares do corpo. Não permitir que suas cores, suas vibrações funcionem em
lugares impróprios. Estando tudo perfeito, em harmonia, há uma identificação entre o
indivíduo e a Mãe Natureza. Esse acontecimento é o que se poderia chamar de “FELICIDADE”.

O ser feliz, no ponto de vista real, é o fato de se conseguir purificar os Elementos grosseiros da
Genealogia Secreta do Ser Humano. Sem esse trabalho, o indivíduo não dá um passo na
escalada da sua evolução superior. Se quer ficar com peso de chumbo, é só manter-se
grosseiro, pesado, denso, mas quer atingir o peso de algodão, é preciso purificar-se.
Organicamente, os homens possuem os mesmos órgãos, mas variam na sutileza da
sensibilidade.

A Ciência das Idades, para promover a harmonia no trabalho das pequenas vidas, das
pequenas consciências que, num conjunto, forma o Ser Humano, lançou mão do som, da
forma, da cor e da luz. Usando o som, na sua harmonia primorosa, criou uma série de hinos, os
quais são denominados de “mantrans”, a fim de harmonizar as funções, as vibrações, quando
há desequilíbrio da harmonia dos órgãos do corpo da criatura humana. Por exemplo, do
mesmo modo que a missão dos medicamentos é reparar o equilíbrio das funções orgânicas,
assim o som, os mantrans, têm a função de reparar as funções psicossomáticas, equilibrando-
as.

Ligeira explicação do sentido do mantram: “Os mantrans são certas combinações de palavras,
dispostas ritmadamente, mediante as quais se originam certas vibrações que produzem
determinados efeitos positivos, na genealogia secreta do Ser Humano”.
Como ensina a Ciência das Idades, cada sonido na matéria física desperta um outro sonido
correspondente nos reinos invisíveis ou em outras dimensões e incita a ação de algumas
Forças do lado secreto da Natureza mais sutil. O sonido é a linguagem mais eficaz e é poderoso
agente para harmonizar a natureza humana com a natureza subjetiva.

Deus conversa com os homens, através da linguagem da Música-Arte!

Aula 10 - Ioga dos Cinco Elementos I

A Ciência das Idades ensina-nos que há uma perfeita correspondência entre a ação dos
Elementos Físicos e os Elementos sutis da Natureza, os quais são denominados Tatwas,
conforme já estudamos em monografias anteriores. Do mesmo modo que somos alimentados
pelos raios solares, através dos alimentos vegetais, frutíferos, etc., também o Ser Humano
pode ser alimentado pelos Elementos sutis da Natureza, os Tatwas.

Por exemplo, o Ser Humano, através da laranja, absorve, embora em pequena porcentagem, o
Elemento Prithivi, sólido, coloração alaranjada; através do tomate, pode ingerir o Elemento
Tejas e assim por diante...

Para que esses Elementos da Natureza, mais sutis, sejam mais atuantes no organismo humano,
há uma prática que possibilita haver uma absorção mais potente, para haver uma
harmonização mais perfeita entre a natureza humana e a universal.

A base para se promover a harmonização dos elementos físicos e os de natureza sutil, os


Tatwas, é pôr em prática o trabalho da mente, como elemento criador. Os sábios antigos
diziam: a Natureza cria geometrizando. Se a Natureza cria geometrizando, o Ser Humano, para
se harmonizar com ELA, tem necessidade de usar as expressões geométricas ou, lançando mão
de outras palavras, a Chave Geométrica dos Conhecimentos Superiores.

A Linguagem da Natureza é constituída de forma (geométrica), som, cor... ... Os naturistas


orientais, espirituais, usam uma prática para essa harmonização da natureza humana com a
universal: a Ioga. Em nossas monografias IVR, não falamos ainda no termo “Ioga” e, com isso,
poderá surgir a pergunta: que é Ioga?

Ioga quer dizer união, ligação, harmonização da criatura humana com a Natureza. E, via de
regra, aquela está sempre contra esta. O Homem, para viver, tem por alvo destruir os filhos da
Grande Mãe que é a Natureza. Logo, Ioga ou Iogui é o bom filho que quer viver em harmonia
com a sua Genitora, a Natureza. Como se trata de extrair a parte vital dos Elementos Terra,
Água, Fogo, Ar e Éter, é uma prática denominada de Ioga dos 5 Elementos, isto é,
harmonização dos 5 sentidos humanos com os 5 Tatwas ou Forças Sutis da Natureza. Entram,
também, nessa prática, os sentidos conhecidos, respectivamente, o Tato, o Gosto, o Olfato, a
Audição e a Visão.
O Ser Humano, de braços e pernas abertos, formam a figura de uma estrela de cinco pontas e
cada ponta da estrela corresponde à ação de um dos 5 Elementos.

De modo que tomamos a liberdade de começar com o Elemento Ar, ou seja, o exercício
respiratório. Vamos dividir o exercício respiratório em 4 tempos, para ficarmos em harmonia
com os movimentos das marés, senão, os 4 movimentos delas:

Inspirar o ar pela narina esquerda, até encher os pulmões;

Manter os pulmões cheios, conforme a resistência de cada um;

Expirar o ar pela narina direita;

Manter os pulmões vazios ou com pouco ar, começando, novamente, pelo ítem 1.

Isso começando, durante uns 10 minutos. Com a prática, poderá ser aumentado o tempo...
Esse exercício deve ser feito de pé e com o pensamento bem livre, porque esta Ioga ou
Exercício tem a finalidade de ensinar ou ordenar o nosso sistema de pensar, isto porque,
quando se fica em silêncio, isolando nosso pensamento das coisas externas, nossa cabeça se
enche de uma quantidade imensa de pensamentos de natureza negativa, opondo-se ao que é
certo. Então, embora vindo esses pensamentos negativos, deve-se forçar a pensar nas figuras
geométricas, determinando a zona do corpo humano onde deve ser a sua ação, conforme a
freqüência vibratória de cada Elemento.

Inicia-se mentalizando um quadrado, um quadrilátero de cor alaranjada, dos pés aos joelhos;
símbolo da Terra, com o nome de Prithivi; tem um som de “RÉ” gravíssimo; quem não possuir
instrumento para dar o som, o faz pronunciando a palavra “LAM”. Esta palavra deve ser
pronunciada, puxando para o tom nasal. Representa no organismo humano, o Sistema Ósseo,
logo, promove o fortalecimento desse Sistema.

A seguir, deve-se pensar num crescente lunar de cor violeta, com as hastes voltadas para cima,
indo dos joelhos ao umbigo. Representa o Elemento Água; tem o nome de Ápas. O som é “LÁ”
e a palavra tônica é “VAM”. Representa no organismo humano o Sistema Nervoso.

A figura geométrica do próximo elemento ou Tatwa é um Triângulo vermelho que tem sua
base no umbigo e o seu vértice no coração. É o Elemento Fogo agindo em outras dimensões
além da 3ª, que é a do corpo físico. Seu nome é Tejas; o som correspondente é a nota “DÓ”
médio. A palavra que lhe dá a tônica é “RAM”. Está em relação com o Sistema Sanguíneo.

A figura geométrica deste quarto Elemento, é um Hexágono verde que vai do coração, pelos
lados, até a fronte; o Elemento é o AR e tem o nome Vayu. A palavra da tônica é “PAM” e o
som é o “FÁ”. Está relacionado com o Sistema Respiratório.
A figura geométrica desse Elemento, o ÉTER, é um crescente lunar, em vertical, com as pontas
voltadas para o lado esquerdo e apoiando-se no olho deste lado. É de cor azul celeste, nome
AKASHA; o som é “SOL” e a palavra correspondente é “HAM”. Atua sobre o Sistema Glandular.
Esse Sistema Glandular, funcionando no Ser Humano, tem uma ação, um efeito que podemos
dizer: algo semelhante à ação dos astros em relação ao Sol.

Observamos, apenas, que esse exercício respiratório deve ser feito em local onde a renovação
do ar deve ser permanente, de preferência em lugar isolado e em contato com a Natureza.
Horários preferíveis são: de 5 às 6 horas (da manhã); das 12 às 13; às 20 e às 3 da madrugada...

Existem casos em que a nossa interferência perturba as regiões onde os 5 elementos atuam,
fazendo com que eles se mudem de seus respectivos lugares. O clarividente ou o que possui
percepção da 4ª dimensão, pode perceber quando o corpo físico do Homem apresenta certos
tons, no seu conjunto, que estão fora de seus respectivos lugares, logo, agindo
impropriamente.

O Elemento sólido, Prithivi, por exemplo, vibra em todas as tonalidades que vão do amarelo
alaranjado, denso, ao mais claro... ...

A cor violeta do Elemento Água, vai do roxo ao violeta claro;

Do Fogo, vai do vermelho mais denso ao mais desbotado, rosa muito claro;

Do AR, Vayu, vai do verde mais denso ao mais claro.

De modo que todas as cores relativas aos Tatwas ou Elementos sutis dependem da natureza,
do estado de ser em que se encontra o praticante, se está puro ou perturbado, carregado. Se o
praticante estiver equilibrado, puro, as cores dos Elementos, ou Tatwas, apresentam-se aos
olhos do clarividente com os tons luminosos leves; se o praticante estiver com idéias impuras,
grosseiras, com ódio, rancor, revoltado, os Elementos se tornam mais pesados, mais inertes,
sem vibrarem com tanta intensidade como nos outros casos. Por exemplo, uma criatura
colérica, odienta, tanto age neste setor que acaba levando o fogo, que deve funcionar na
região da digestão, para a cabeça, o lugar do Elemento Éter, que é uma região que deve se
manter fria. Sobe o Fogo e o Éter desce um pouco de seu plano, resultando daí que o indivíduo
começa a agir sem coordenação, sem harmonia.

Concluímos, portanto, que o primeiro passo para podermos caminhar na Senda da Libertação,
consiste em purificar os elementos grosseiros, em nós existentes. Sem isso, não se dará nem
meio passo à frente, porque um instrumento de chumbo tem densidade diferente de um de
algodão.

Nessas monografias falamos, repetimos, abusivamente do termo “Natureza”. O som da


pronúncia desta palavra, fecundou a nossa mente e com isso pode surgir a pergunta: que é
Natureza? E logo está com a palavra o sábio Confúcio:
_“A ordem estabelecida pelo Céu, chama-se Natureza; o que está conforme a Natureza,
chama-se L E I; o conhecimento da LEI, chama-se instrução... A Lei não pode variar, nem na
espessura de um fio de cabelo; se variasse, não seria Lei; por isso o sábio investiga sobre o que
não vê e não ouve (ou é oculto) até o mais remoto. Antes que as paixões tenham nascido na
alma, esta se encontra no estado do “meio” (no meio termo); quando estas paixões alcançam
uma medida justa, chama-se equilíbrio. O meio é a grande base da Natureza (é o Tau, Balança,
ora, o nome próprio dado pelo antigo chinês é TÁO). Quando o “meio” ou o “equilíbrio” está
perfeito, o Céu e a Terra estão tranqüilos e todas as coisas evoluem. O sábio mantém-se
invariavelmente no meio, no equilíbrio, mas o vulgo o viola por causa da sua corrupção. Kung-
Tsé disse: “Ó! Quão sublime é o meio ou o ‘equilíbrio invariável’, porém, quão poucos sabem
manter-se nele! “...Assim, o Imperador Chum examinava as mínimas respostas dos que o
circundavam, ocultando as más e publicando as boas.

IOGA DOS CINCO ELEMENTOS

Aula 11- CHACRA ou CENTRO DE FORÇA

Na monografia anterior, IVR 10, dissertamos, por vez primeira, sobre a prática de IOGA.
Falamos sobre a IOGA dos CHACRAS ou CENTROS DE FORÇA SUTIL localizados na estrutura
Vital da Genealogia Secreta do Ser Humano (monografia IVR nº 2).

Que é CHACRA? Literalmente, em sânscrito, é roda, disco, dando idéia da Vida em Movimento,
em eterna dinâmica. É a Vida em contínua atividade, girando, girando... ...

CHACRAVARTIN – No hinduismo, há o nobre título de Chacravartin, dado ao Ser ou Deus que


tem o dom de movimentar a Roda da Vida. Esse título é dado a quem tem a função de poder
movimentar a Roda da Vida. É algo com as funções sagradas, semelhante ao que no Ocidente é
Papa-Pontífice... O Buda Sidharta era considerado como capaz de exercer essa suprema
Missão, de movimentar a Lei da Evolução Espiritual.

Os Chacras do corpo humano, os principais, são em número de 7. Sim, os 7 principais, havendo


outros de secundária importância. São 7 Centros de Força Sutil, localizados em
correspondência aos plexos do corpo humano. Eles transformam a energia da estrutura vital,
para os órgãos físicos.

Os órgãos do corpo humano mantém a vida do corpo físico e os Centros de Força Sutil –
Chacras – têm a mesma função no Corpo Vital. Este é como se fora a alma, a parte dinâmica
daquele. Os orifícios da cabeça são para servir de entrada à Vida Energia. Na parte interna do
crânio há, porém, certa glândula, epífise ou pineal, ainda pouco estudadas as suas funções,
mas que merece especial referência pela influência que exerce nas funções do organismo.
Dela, partem 7 forças ou substâncias que se derramam pelo organismo. É algo como que, se
dela, sete substâncias se derramassem pelos 7 Chacras principais. A sua potência é de tal
natureza que abriu 7 cavidades na massa craniana, em relação aos 2 olhos, 2 ouvidos, 2
narinas e a boca, igual a 7.

Na cavidade abdominal localiza-se o aparelho digestivo, com seus anexos. São órgãos
importantíssimos, o estômago, intestinos delgado e grosso, fígado, pâncreas, rins e supra-
renais, etc. Na cavidade toráxica, temos o coração entre os dois pulmões e mais outros órgãos
secundários. Ainda na caixa craniana, encontramos o encéfalo que podemos dividir em dois
hemisférios cerebrais, o istmo do encéfalo, além do cérebro-protuberância e bulbo, todos
como órgãos de aperfeiçoamento funcional.

Os 7 Chacras principais ou Centros de Força Sutil estão distribuidos no corpo humano e têm
como base a Coluna vertebral. A Ciência das Idades considera esse sistema de distribuir a
energia vital pelo corpo físico humano, de grande importância. Para isso, necessário se torna
que se tenha um corpo purificado, a fim de assimilar essas 7 energias universais. A ação dessas
energias sutis nos órgãos físicos, é semelhante à energia elétrica conduzida pelo fio.
Externamente não se vê a energia, mas se for tocada, a mão recebe o choque. Esses Centros
de Força são como que 7 transformadores dos 7 Raios Solares, para vitalizar o corpo humano.

A Ciência das Idades, principalmente no Oriente, determina a potência, ou, com outras
palavras, a freqüência vibratória dos Chacras, como se fora um loto, com tantas pétalas como
o potencial que representa. Se um tem 4 pétalas, o de maior potência terá 7 e outro 10 e assim
por diante. Cada pétala do loto ou chacra é representada por uma cor. Esses Centros de Força
(Rodas) transformam a Vida Energia Universal em Vida Humana. Eles representam a parte
dinâmica dos plexos do humano corpo.

Tomamos como base, para localizá-los no corpo humano, o sentido de descida, da cabeça ao
cóccix. São alimentados por elementos que se acham na coluna vertebral que se denominam
de Nádis.

Nádis (sânscrito) Nádis é o nome dado aos plexos, gânglios, nódulos e, em geral, a todos os
Centros de Força Vital ou nervosa do corpo. A Ciência das Idades fala que seis nádis são
conhecidos e há outro, situado cerca da vértebra cervical, denominado de “Atlas”, que é
desconhecido.

Primeiro – No vértice da cabeça há o Chacra ou Centro de Força mais potente e de maior


freqüência vibratória, com o nome sânscrito de Sahasrâra ou Bramanandra; em português,
Coronal; é denominado, também, de Lótus das mil pétalas; cores: no centro é amarelo e as
bordas são de cor púrpura. Todos os Chacras vibram da esquerda para a direita, como se fosse
o movimento do relógio. Este Centro de Força liga o Ser Humano ao cosmo e tem sua base
física na glândula pineal ou epífise.

Segundo – A seguir, há o Chacra ou Centro de Força da Fronte. Em sânscrito, é Ajnã; em


português, Frontal; tem 96 pétalas e base na glândula hipófise-pituitária; cor: violeta do lado
esquerdo e rosa-claro do lado direito. Fortalece a inteligência ou os órgãos da sabedoria
eterna. Os hindús o denominam de “Olho de Shiva”. Os egípcios, de “Ureus mágico” (por essa
crença, todo o quadro com retrato de faraós, mostra-os com uma serpente na cabeça
(serpente, símbolo da inteligência).

Terceiro – Em terceiro lugar, há o Chacra que se acha na laringe. Nome sânscrito, Vishuda;
português, Laríngeo; cor azul-elétrico; órgão da palavra, do Verbo. É denominado pela Ciência
das Idades, ANTAKARANA.

Antakarana – é ponte ou ligação entre a cabeça e o tronco. Em sentido figurado, é ligação


entre a inteligência superior e a inferior. Tem vários significados diferentes, consoante a seita
ou escola filosófica.

Quarto – este Chacra é de suma importância, pois corresponde ao órgão do coração. É o


dínamo que dá impulso à Vida. É o nosso relógio universal. Nome sânscrito, ANAHATA;
português, Cardíaco; cor amarela; base física, o coração. É algo como se fora um loto com 12
pétalas; cada pétala tem um caracter do alfabeto sânscrito. É algo como se fora o mostrador
de um relógio mas, em vez de números, marcando as horas, há letras do alfabeto sânscrito,
como que marcando os ciclos da evolução da alma humana. Seu centro é constituído pelo
desenho do Hexágono Sagrado, isto é, dois triângulos entrelaçados: um de vértice para cima,
cor branca, e o outro de vértice para baixo, de cor negra. O triângulo de vértice para cima,
branco, expressa as tendências positivas, de natureza espiritual, e o de vértice para baixo, as
tendências negativas. No campo abaixo do Hexágono, há um pequeno espaço, onde figura o
YAK expressando o aspecto anímico da humana criatura. Por exemplo, o Chacra Cardíaco ou
Anahata representa o Sol, o poder do Sol e as 12 pétalas, o poder emanado dos 12 Signos do
Zodíaco. Ele é o poder equilibrante da personalidade, pois, há três Chacras superiores –
Vishuda, Ajnã e Sahasrâra – e, como veremos, há três para baixo – Manipura, Swadistana e
Muladhara.

Quinto – Na região do umbigo, há o Centro de Força que liga o Ser Humano ao mundo astral,
anímico. É o Chacra usado para a baixa magia, por isso deve ser equilibrado pelos que já foram
citados. O nome em sânscrito é MANIPURA; em português, Umbilical; base no corpo físico, o
umbigo. Tem 10 pétalas com as cores alternadas, verde e vermelha, como que colocando em
grande velocidade, movimento, a fusão de Tejas e Vayú. A fusão desses 2 Tatwas, fortalecendo
ou defendendo o ambiente áurico da criatura. O seu movimento representa a luta de duas
Forças que procuram se fundir, dando origem a uma terceira, a proteção da criatura contra as
setas do poder negativo, contrário à evolução do discípulo.

Sexto – O Centro de Força localizado no Baço, região esplênica. Nomes: sânscrito, Swadistana;
português, Baço ou Esplênico. Tem 6 pétalas e como que um botão ou ponto no centro. É
como um disco luminoso, com as cores laranja, violeta, vermelha, amarela, púrpura, azul e
verde. O botão ou ponto central é púrpura. Vitaliza a região do pâncreas, baço, rins, etc. É
envolto por uma rede dourada, com o sentido de defesa. Os médiuns têm essa rede destruída,
por isso perdem o controle de si próprios, ficando à mercê das forças de baixo astral.

Sétimo – o Chacra ou Centro de Força localizado no cóccix, onde arde o fogo da vida,
denominado de Kundaline. É a base da vida física. Nome em sânscrito é Muladhara; em
português, Chacra Raiz. Tem 4 pétalas do formato da Cruz de Malta, duas em posição vertical
de cor alaranjada, semelhante a cor de tijolo, e duas horizontais de cor amarela, também
escura. Seu movimento é diferente dos demais: gira da direita para a esquerda, tendo como
base o cóccix. Os demais Chacras giram da esquerda para a direita.

A prática dessa Ioga ou exercício mental superior, tem a finalidade de harmonizar o Ser
Humano com os 7 Planos do Universo, como que puxando para os órgãos físicos a energia
universal, a Vida Energia. Cada Chacra alimenta, fortifica, os órgãos localizados nas respectivas
regiões onde estão agindo.

_No aspecto físico, no mundo dos homens, estes são classificados pelo que possuem do poder
material, são classificados pela quantidade de dólares e não pelos dons naturais, ligados às
coisas superiores. No Mundo ou Plano Iniciático, as humanas criaturas são qualificadas pela
luminosidade, pela freqüência vibratória, pelo equilíbrio das funções desses 7 Centros de Força
ou Chacras. Assim como os Raios emanados do Sol visível alimentam a vida física, na
Genealogia Secreta do Ser Humano, a Alma Humana é alimentada pelos 7 Raios emanados do
Sol Espiritual, de Zeus, Deus, Brahmá, enfim, pelo Poder luminoso de algo que, com a limitação
dos sentidos humanos, não é alcançado ou entendido.

O que se poderia dizer: a Vida Energia universal transforma-se, através dos Chacras, em Vida
Humana. Assim como a função faz o órgão, também os Chacras fazem o movimento da Vida.

Agora, transcrevemos, nesta monografia, excelente trecho da “Concepção Sintética do


Universo”, de autoria do polígrafo espanhol, Dr. Mario Roso de Luna:

“O Logos não é um pensamento morto, porém um Ser Vivente e eternamente fecundo, que
põe toda sua ação em realizar fora de Si as riquezas de Seu infinito poder, e o universo que é
sua obra, sua manifestação sensível, necessariamente deve participar deste caráter. E no
fundo das transitórias formas viventes, os fenômenos materiais e os psicológicos estão
emaranhados como em um novelo misterioso e por isso dizia Schelling, confirmando as idéias
do grande Leibnitz, que a Natureza não é uma massa inerte, para quem sabe compreender
seus alcances sublimes, porém a força criadora do universo, força sempre eficiente, primitiva,
eterna, que abarca em seu seio, todo o conjunto daquelas formas transitórias, ardilosas
chispas da ilusão de um dia; tudo quanto nasce, perece e renasce em perpétuos ciclos”.

Reproduzimos, ao lado, um gráfico com a distribuição dos Chacras pelo Corpo Humano.

Aula 15 - Genealogia secreta da Terra como Ser Vivo

Mantendo a continuidade da Série de estudos IVR, acerca da Genealogia Secreta do Ser


Humano e da Terra, como sendo um ser vivo, prosseguimos com o método da analogia,
estabelecendo, sempre, o confronto da função orgânica do Ser Humano com os elementos
vitais da constituição da Terra. A Terra é a Grande Mãe que nutre seus filhos com a sua própria
vitalidade, pouco importando a espécie de seres viventes.

Os seres viventes e, principalmente, o Ser Humano, possuem como órgão essencial à vida, o
coração, mas a Terra tem como elemento principal da vida, a Natureza.
CORAÇÃO (medicina) É um órgão oco, envolvido pelo pericárdio e é constituído,
principalmente, por músculos, o miocárdio, é revestido pelo endocárdio. Divide-se em 4
cavidades: a aurícula e o ventrículo que formam o coração do lado direito e a aurícula e o
ventrículo esquerdos que formam o coração do lado esquerdo. A aurícula e o ventrículo
comunicam-se por válvulas (tricúspide à direita e mitral à esquerda) que permitem a passagem
do sangue, no sentido da aurícula para o ventrículo. O sangue é trazido pelas veias cavas até a
aurícula direita, passa para o ventrículo direito que o envia aos pulmões, onde o sangue se
desfaz do gás carbônico e é carregado de oxigênio, voltando à circulação, através do corpo,
pelas veias aorta, coronárias e demais.

O Globo Terrestre também tem seu coração que é denominado de AGARTHA ou Coração
Flamejante. Sobre o termo Agartha, embora já tenha sido analizado em monografias
anteriores, aqui repetimos, dividindo-o em AG + HARTHA:

AG Prefixo de Fogo, mas Fogo Universal, como elemento da Vida Divina, purificador das
formas que mantém a Vida.

HARTHA Quer dizer coração, purificador do Hálito Divino.

AGARTHA É, portanto, o Coração da Terra, pulsando no ritmo da Harmonia Universal.

Se no corpo do Ser Humano e no dos seres viventes existem veias como condutos do sangue
que é vida, no Globo Terrestre também há rios subterrâneos e outras torrentes dágua que
fazem circular a AQUA-VITAE QUE É VIDA TREPIDANTE. Com efeito, no interior da Terra há um
perfeito sistema de irrigação, à semelhança do sistema vascular no humano organismo. Os
rios, em Agartha, descem pelo lado esquerdo do Globo Terrestre e sobem pelo lado direito, à
guisa dos movimentos feitos pelo sangue através da aurícula e do ventrículo no homem.

A Agartha, em vez de ser constituída de músculos, à semelhança do homem, que representam


força, vigor, pujança, é constituída de camadas rochosas, vórtices de energia, galerias imensas,
envolvendo a parte central. Há um sistema de defesa perfeito, ao seu coração que é Agartha.
Alegorizando as grandes cavidades, há imensas entradas, as quais o Dr. Roso de Luna
denominou de lugares jinas, guardadas pelo poder magnético, próprio dos lugares onde se
acham no Globo Terrestre. Embora estas entradas não sejam do conhecimento dos seres da
Face da Terra, entretanto, são mencionadas em quase toda a história apresentada pelos
historiadores de valor e estudiosos desses assuntos. Sim, os que fazem “história” e não
“estória”.

A ciência materialista não aprova a existência dos Mundos Interiores porque foca sua visão
para o mundo fenomênico, tem seu ponto de interesse para a parte externa do Globo
Terrestre e não despertou, ainda, seu interesse para a vida do interior da Mãe Terra...
Preferem pesquisar a existência da vida humana, em pontos, no grande espaço, fora da Terra,
do nosso Globo. Preferem descobrir a existência da vida na Lua, em Marte, em Vênus, Saturno
e, no entanto, se esquecem que no interior da Mãe Terra há um perfeito organismo, em plena
ação, em sublime dinâmica.
Apresentamos, agora, outra analogia que nos parece ser de suma importância, para esclarecer
nossos estudos. Pensamos num exemplo da Mãe Natureza, que constitui para nós admirável
lição dela:

1º) A gestante mantém em seu útero o feto, o rebento, com a sua própria vitalidade, a
vitalidade que lhe oferece a Mãe maior, a Natureza, a Mãe Terra. No útero, o rebento está em
estado embrionário; é uma semente humana, com o potencial de uma longa vida, mas
concentrada, aguardando o momento em que poderá desabrochar o seu potencial, para
atingir o esplendor da vida ativa. Logo após deixar esse estado de vida, pelo fenômeno do
nascimento, perde essa tranqüilidade, para receber os impactos, os choques de outro
ambiente mais rigoroso. Com isso e com a falta de ação motora em seus membros, torna-se
inseguro porque tem de começar a lutar pela sua sobrevivência. Já precisa procurar a
alimentação e, para ter esta, depende da vontade de outrém. Começa a usar, então, o som, a
linguagem natural, o choro, demonstrando as suas necessidades, a fome, etc.

2º) De modo análogo, compreendemos que o Globo Terrestre também tem o seu ônfalo, tem
seu útero, onde mantém, seus filhos em eterna primavera, usando a própria Vida Universal.
Nesse ambiente, mantêm as perfeitas formas, perfeitos corpos, senão, os seres que já
conquistaram a sua máxima perfeição em todos os planos da evolução. Esse centro de vida da
Terra, possui outros nomes: Sancta Sanctorum da Mãe Terra, Laboratório do Espírito Santo,
Erdemi, Belovedye, etc. Belovedye, ou seja, Belo e Vedye, Vidya, senão, o belo conhecimento
ou bela sabedoria.

3º) A obra póstuma de Saint-Yves D’Alveydre, intitulada “La Mission de L’Inde”, publicada em
1910, descrevendo o misterioso centro iniciático denominado de “AGARTHA”, seu autor só
permitiu que sua obra viesse a lume 30 anos depois de a ter escrito. Até então, jamais se
ouvira falar, em toda a Europa, na palavra Agartha e nem em seu Chefe, que na época era o
Brahamatmã.

À escola budista do Norte da Índia, dá-se o nome de “Mahayana” ou “Grande Barca” e à do


Sul, “Hinayana” ou “Pequena Barca”. “Barca da Salvação” era o nome que os egípcios davam à
barca que conduzia Osíris, “o Vitorioso”, através do Mar da Serenidade, ou seja, de um país
para outro, isto é, do mundo humano para o mundo espiritual. Se admitirmos, pois, como real
sem nenhum sentido secreto, a “barca de Noé”, salvando-se com a sua família, povo ou ramo
racial, nós teremos que ele serviu-se dela para transportar-se de um país para outro, como
fazia Osíris. E a tradição nos diz que esse “país”, atualmente, é conhecido com o nome,
singularmente parecido com o de “barca”, ou seja, AGARTHA... ... ...

Ferdinand Ossendowsky em sua obra “Brutos, Homens e Deuses_”, relata algumas palavras
que ouvira do Lama Gelong, favorito do Príncipe Chultum Beyli e, com o próprio Príncipe,
acabou por fazer-lhe a descrição do reino subterrâneo.

Respondendo a uma pergunta, disse:

“Ninguém pode ou sabe dizer-nos onde esse reino se acha; uns apontam o Afeganistão, outros
a Índia. Todos os homens desta conhecida região, são protegidos contra o mal, e o crime não
existe no interior de suas fronteiras. A ciência lá se desenvolveu tranqüilamente; nada ali está
sujeito à destruição. O povo subterrâneo atingiu o mais alto saber. Trata-se, hoje, de um
grande Reino, contando milhões de habitantes, sobre os quais reina o “Rei do Mundo”. Ele
conhece todas as forças da Natureza, lê em todas as almas humanas e no grande Livro do
Destino. Invisível, reina Ele sobre 800 milhões de homens que estão sempre prontos a
executar as suas ordens”.

O Príncipe Chultum Beyli acrescentou:

“Este Reino é Agarti – Agartha – Estende-se subterrâneamente por todo o mundo e para ele há
entradas por meio de passagens ou entradas na superfície da Terra”.

No desenvolvimento deste nosso estudo, embora bem transcendente e levando-nos, se não


tivermos boa estrutura mental, às raias do inverossímil, compreendemos que o nome Agartha
dá-nos a idéia de Fogo, mas Fogo Criador, Foga da fulgurante inteligência. Por isso, com o
intuito de homenagear a Agartha, reproduzimos, como preito de eterna gratidão, a evocação
ao Pai do Fogo Sagrado, reinando nesse Reino, homenageado com as palavras que se seguem:

“Ó ! Imortal, eterno, inefável e sagrado Pai de todas as coisas, conduzido no carro que desliza
sem cessar pelos mundos, que dão sempiternas voltas! Dominador dos etéreos campos, onde
se assenta o Trono do teu Poder, de cujo vértice teus poderosos olhos tudo vêem e teus
formosos ouvidos tudo ouvem! Escutas a prece de teus filhos, aos quais amaste desde o
começo dos séculos. Tua eterna majestade resplandece sobre o mundo e sobre o céu das
estrelas. Estás acima de tudo, ó fogo faiscante, que por si mesmo se estende e se alimenta por
seu próprio esplendor; saem da tua essência inesgotável, fontes de LUZ que se difundem em
teu Espírito Infinito! Esse Espírito Criador de tudo! Ó Pai Universal, criaste tua essência
adorável! É dever nosso louvar e adotar a tua sublime vontade, com ardente ânsia de possuir-
TE! Ó Pai! Ó maior das Mães, exemplo admirável de ternura materna! Ó Filho, Flor de todos os
filhos! Ó Forma de todas as formas! Alma, Espírito, Harmonia e Nome de tudo quanto existe!
Nós te adoramos”...

Se alguma prece possui valor, esta ao menos encerra em si os grandes mistérios da Vida
Universal, da Fonte de Energia que a tudo, a todos banha. Ao ouvi-la, parece, com efeito, que
acende em nós o Fogo secreto que nos aproxima da Divindade, como verdadeira Usina que é,
de Força, Luz, Calor, para não dizer Vontade, Sabedoria e Atividade. É ainda do mesmo
Porfírio:

“Existe na Divindade uma insondável profundeza ardente. O coração humano jamais deverá
temer o contraste desse Fogo adorável, porquanto não será por ele destruído. Ele é doce Fogo,
cujo feliz e tranqüilo calor determina o encadeamento das causas, a harmonia e vital
continuidade do mundo. Nada existe que não seja por ele alimentado, pois é ele a própria
essência divina. Ninguém o gerou. É sem Pai nem Mãe... nem cousa alguma! Mas tudo sabe e
nada lhe pode ser ensinado. É imutável nos seus desígnios e seu nome é inefável. Eis, aqui, o
que é Deus. Nós, míseros Mensageiros seus, nada mais somos do que uma partícula SUA”.

“Bestas, Homens e Deuses” na edição da Editora Hemus


Aula 16 – Globo, Terra, Matéria, Mater Réa

Abordamos nesta monografia IVR nº 16, o assunto com o título “Globo, Terra, Matéria, Mater-
Réa. Alimentação, para a perfeita manutenção do corpo físico”.

A Ciência das Idades divide o Espaço sem limites, o Absoluto, em 3 imensos planos,
denominados de 3 Sóis, 3 Logos. Os cabalistas o fazem, denominando-os de 3 Tronos. A nossa
Terra é o plano mais limitado. É o terceiro aspecto ou terceira Hipóstase do Todo, do Absoluto.
Na filosofia oriental, esses 3 Aspectos, 3 Planos ou Tronos, são denominados de “Vâchs”. Vâch
é o Verbo, o Logos, a Vida Universal como SOM, plasmado com vida e forma no nosso Plano
objetivo. É a idéia, o Poder Criador plasmado.

Esse terceiro Plano, terceiro Logos, ou melhor, terceiro Aspecto do ABSOLUTO plasmado, foi
designado pelos portadores da Ciência das Idades, com as seguintes expressões: o Espaço com
Limites, a extensão da Substância Universal. Isto é, o Som transformado em formas estáveis
ou, por outras palavras, o Verbo animando as formas estáveis. É o Corpo do Universo, onde
evoluem os imensos ciclos (também denominados de Sistemas Evolucionais) e os ciclos
menores (chamados de cadeias, raças, etc.). Esse 3º Aspecto ou Plano, é, também, ternário.
Por isso mencionam, os doutos da Sabedoria, as 3 Vâchs do mundo físico. Por exemplo: o som
agudo, no Plano da Consciência Mental, é “Pantcha-Vâch”, dano origem às idéias, ao
pensamento, onde ressoa o som da consciência espiritual, o som como criador das imagens
mentais (no físico). O plano de consciência mais elevado do mundo físico, material.

O Plano Vital (do Plano Físico ou contraparte deste) denominando de “Mandriani Vâch”, é o
dinamismo do Som expresso em idéias diversas, a Idéia plasmada em linguagem natural, saída
do próprio Logos. É o Plano vivificador das formas rígidas, o Plano de Consciência que identifica
o Ser Humano com o Ser Psíquico ou Consciência Emocional.

No Plano Físico, propriamente dito, o Som devidamente modelado no Plano Vital que se
plasma no Físico, nas formas que conhecemos, chama-se “Vatica-Vâch”, a forma, a consciência
física. Além desses três, há um 4º Princípio, denominado de “Paravâch”, de natureza mais
transcendente que, realmente, é o Ego ou o Deus Interior da Humana Criatura.

VÂCH – é a imensa força subjetiva criadora que, emanando, também, da Divindade, do Plano
Divino, passa a ser o Som manifestado no “Mundo da Linguagem”, isto é, a expressão concreta
da Ideação e, por conseguinte, é a “Palavra” ou Logos.

Realizamos esses estudos, porque a Verdade não se modifica, porém é modificada pela
limitação mental do Ser Humano. Daí o aforismo do talentoso Professor Henrique José de
Souza:

“A Verdade não se modifica; nós, sim, modificamos e, por isso, se modifica para nós o aspecto
da Verdade. Não há nada mais elevado do que a Verdade e, por isso mesmo, é que a sua
aquisição é o mais elevado dos ideais humanos; o ideal mais elevado do universo, há de ser um
ideal universal.

Há uma diferença muito sensível entre perceber e entender a Verdade: podemos percebê-la
com o coração e entendê-la com o cérebro ou, melhor, podemos sentir a Verdade
intuitivamente e examiná-la, intelectualmente. Se os que vivem neste século, cultivassem a
faculdade de perceber a Verdade pelo coração, examinando depois por meio da inteligência o
que sentiram, muito breve teríamos por toda a parte uma condição melhor e mais feliz da
sociedade. Porém, a desgraça de nossa época consiste em que as faculdades intelectuais
foram levadas ao último extremo do seu poder de resistência, para as formas exteriores das
cousas, sem perceber seu caráter espiritual, por meio do poder da intuição.

A intuição é mais atrevida do que a própria inteligência e, por isso mesmo, foi a Voz que guiou
a todos os descobridores.”

Pois bem, quando o Homem chegar a dominar-se conscientemente, dominará também a


natureza que, submissa e escrava, obedecerá às suas ordens. Porém, enquanto imperar o
egoísmo entre os homens, os elementos transbordados, serão tão caprichosos e cruéis como a
humana natureza.

Com o desenvolvimento da Auto-Vontade, da Auto-Inteligência e da Emoção instintiva, ligada


à vida material, o Ser Humano promoveu o progresso da tecnologia e indústria e,
consequentemente, dos conservantes, anilínicos e outros elementos químicos, usados nos
processos dos produtos alimentícios e, mais ainda, a aplicação dos antibióticos, inseticidas e
agrotóxicos, na terapêutica, nos vegetais, frutas, etc, tornando a vida humana hodierna,
artificial e seguindo um regime que afasta o Ser Humano da vida natural, proporcionada pelos
alimentos puros da Natureza. Por isso, achamos prudente inserir nesta monografia, da
Genealogia Secreta do Ser Humano, os ensinamentos escritos no “Verdadeiro Caminho da
Iniciação”, do Filósofo e Professor Henrique José de Souza:

“Os homens que praticam rigorosa austeridade, não ordenada pelas escrituras (os místicos
devocionais, quase sempre eróticos, desequilibrados, etc., para não dizer logo, fanáticos e
supersticiosos, pois que lhes faltam aqueles ‘lampejos de gênio’ a que se referia Roso de Luna)
e, no entanto, continuam possuídos de egoismo e vaidade (outros ‘gênios malfazejos’ que
interdizem a humana evolução), deixam-se impulsionar pela violência de seus passionais
desejos e, atormentando incessantemente, o conjunto dos elementos constitutivos de seus
corpos ou de tudo aquilo que faz parte da destruição, da vida desequilibrada.

De três espécies são os alimentos gratos aos homens, como três, os sacrifícios, as austeridades
e as dádivas da Mãe Natureza. Ouçam as suas definições:

Os alimentos que aumentam a vitalidade, a energia, o vigor, a saúde, o gozo e o bem-estar, são
os oleaginosos, apreciáveis, nutritivos e agradáveis, são os preferidos pelos homens puros...
Aos passionais apetecem, quase sempre, os alimentos amargos, ácidos, salgados, quentes,
secos e ardentes, os quais ocasionam moléstias, dores ou sofrimentos que acabam por causar
a morte.

Os homens tenebrosos preferem os alimentos rançosos, avariados (com vistas aos amantes do
‘faisandê’, do camembert, rocquefort e outras coisas mais), insossos, podres, corrompidos,
quando não, as sobras de alimentos deteriorados.

Puro é o sacrifício oferecido pelos homens, sem visarem recompensa alguma. E...
principalmente quando, com o aconselhado nas Escrituras, se acham firmemente convencidos
de que, ao oferecerem o sacrifício, não fazem mais do que um dever.

Passional é o sacrifício oferecido, visando resultados pessoais (fruto de um esforço obrigatório)


ou por simples ostentação.

É sacrifício tenebroso, o oferecido contrariamente à Lei, por homens faltos de fé, sem
distribuir alimentos nem entoar cânticos, nem fazer dádivas aos sacerdotes, etc, etc.

A reverência tributada aos Deuses, aos Sábios, aos Mestres; a pureza, retidão, continência e
mansidão, concorrem para a austeridade do corpo. A conversação honesta, amena, verídica,
além do habitual estudo das coisas superiores, concorre para a austeridade das palavras. A
agudeza mental, a igualdade, o silêncio, concorrem para a austeridade da mente. Pura é essa
tríplice austeridade se, com excelente fé, a praticam os homens harmonizados, sem visarem
esperança nem recompensa.

É passional, variável e transitória a austeridade que se leva a cabo por simples ostentação, com
o propósito de atrair estima, honra e respeito.

Tenebrosa, ainda, a austeridade dimanante de prejuízos e praticada com torturas corporais ou


com intenção de prejudicar a outrem.

Puras, também, as esmolas feitas a verdadeiros necessitados (sim, porque aos falsos só servem
para lhes aumentar os vícios), com generoso desinteresse, sem oportunidade de lugar e de
tempo e sem outro objetivo que o cumprimento do dever.

Passionais as esmolas feitas a contragosto, com a esperança de que as mesmas se


multipliquem ou tragam outras recompensas.”

E tudo isso está sintetizado nas palavras, abaixo transcritas, de um nobre conselheiro da
Humanidade:

“Vida pura, mente livre e sem preconceitos; coração puro, intelecto sequioso de
conhecimentos; percepção espiritual lúcida, fraternal carinho para com toda a Humanidade;
boa disposição para receber e transmitir conselhos e instruções, boa resignação e ânimo nos
sofrimentos das injustiças pessoais que nos possam afetar; firmeza inabalável de princípios;
valorosa defesa dos injustamente atacados; devoção perseverante com o ideal do progresso e
perfeição da Humanidade...”

Todos esses conselhos servem de tema de meditação para quem, de fato, deseja progredir na
espinhosa Vereda que conduz à Vida Universal, à Vida, realmente, Espiritual.

É assim que o Homem Conhece-se a si mesmo ! ! !

Aula 17 - “O número 3 reina por toda a parte no universo.

E a mônada é o seu princípio”...

(diz um oráculo de Zoroastro)

E Pitágoras fez, desse aforismo, o centro de sua teogonia e o fundamento das ciências.
Edouard Schuré assim se refere a ele, nesse particular:

“O mérito incomparável de Pitágoras, consiste em haver formulado com a nitidez característica


do gênio grego. Já velada nos escritos de Platão mas completamente incompreendida por
todos os filósofos posteriores, tal concepção, só por alguns raros iniciados das ciências ocultas,
entre os primeiros dos quais é preciso colocar Fabre d’Olivet, tem sido penetrada no nosso
tempo. Vê-se, no entanto, que larga e sólida base, a lei do ternário universal oferecia à
classificação das ciências e ao edifício da cosmogonia e da psicologia”.

Vejamos um pouco mais ainda do pensamento de Schuré sobre Pitágoras e a filosofia que este
transmitiu pois, assim, fundamentamos largamente o assunto principal que pretendemos
abordar nesta IVR nº 17.

“A Mônada representa a essência de Deus; a Díade, a sua faculdade geradora e reprodutora. É


esta que gera o mundo: expansão visível de Deus, no espaço e no tempo. Ora, o mundo real é
tríplice, pois, pela mesma forma porque o homem se compõe de três elementos distintos, mas
fundidos uns nos outros, o corpo, a alma e o espírito, assim o universo se divide em três
esferas concêntricas: o mundo natural, o mundo humano e o mundo divino. A Tríade, ou lei do
ternário, é pois, a lei constitutiva das coisas e a verdadeira Chave da Vida, visto que ela se nos
depara em todos os graus da escala da existência, desde a constituição da célula orgânica, até
a constituição hiperfísica do homem, do universo e de Deus (da Unidade, dizemos nós). Assim,
desta sorte, como por encanto, ao espírito maravilhado, a estrutura interna do universo,
mostra as correlações infinitas do macrocosmo e do microcosmo. É, enfim, como uma luz que
trespassa as coisas, para as tornar transparentes e que faz reluzir os mundos pequenos e
grandes, com tantas lanternas mágicas.
Da mesma maneira que o ternário divino se encontra na unidade de Deus, a Mônada, assim o
ternário humano se concentra na consciência do eu e da vontade que funde todas as
faculdades do corpo, da alma e do espírito, na sua unidade viva. O homem, porém, só
consegue realizar a sua própria unidade de uma forma relativa pois que a sua vontade, agindo
sobre todo o seu ser, não pode, entretanto, agir simultânea e plenamente sobre os seus três
órgãos, quer dizer, no instinto, na alma e no intelecto. O universo e o próprio Deus só
alternativa e sucessivamente se lhe revelam, refletidos por esses três espelhos:

Primeiro: visto através do instinto e do caleidoscópio dos sentidos, Deus (a Unidade, o


Todo, dizemos nós) é múltiplo e infinito, como as suas manifestações, como as suas
manifestações, daí, o politeísmo, onde o número de deuses é ilimitado;

Segundo: visto através da alma pensante, Deus é dúplice, quer dizer, espírito e matéria.
Daí o dualismo de Zoroastro, dos maniqueus e de muitas outras religiões;

Terceiro: visto através do intelecto extreme, é tríplice, quer dizer, espírito, alma e corpo
em todas as manifestações do universo, daí os cultos trinitários da Índia (Brahmá, Vishnú e
Shiva), e a própria Trindade do cristianismo, Pai, Filho e Espírito Santo.

Originariamente, acrescentamos nós, segundo H. P. B., nos Vedas, a Trimurti indiana é


composta de Agni, Vâyu e Sûrya, ou seja, o fogo terrestre, o fogo atmosférico ou aéreo e o
celeste, porque Agni é o Deus do Fogo, Vâyu, do ar, e Sûrya é o Sol. Poderíamos acrescentar
muitos outros exemplos mas mencionaremos apenas mais uma tríade, por ser por demais
citada e para não esquecer o Egito, onde Pitágoras também viveu. É ela: Osíris, Ísis e Hórus.

Pitágoras (do grego Pythagoras) é o nome com que ficou conhecido esse extraordinário SER
que passa por ter nascido em Samos, Ilha da Jônia, no VI século antes da Era Cristã e que, entre
os Iniciados, é dado como um Avatara, como o foram Orfeu, Fo-Hi, Krishna, Çakyamuni, o
Buda, Jesus, o Cristo, e tantos outros, todos oriundos do mesmo plano ou do País de Erdemi,
Agartha. Todos esses Seres têm, sempre, seu nascimento contado de uma forma lendária e
isto diz muito. Diz-se que Pitágoras (palavra que quer dizer Sacerdote de Pitá; Goro =
Sacerdote; Pitá, raiz de Pithis, Pitris = Pai), nascido em Samos, foi concebido em Sidon, Fenícia,
a conselho da Pítia do Templo de Delfos, a quem, então jovens, seus pais haviam consultado,
durante uma viagem e que lhes predissera que teriam um filho predestinado a “ser útil a todos
os homens e em todos os tempos mas que deveria ser concebido, moldado e nascido longe
das influências perturbadoras, de sua pátria”. Ainda no ventre materno, seus pais o votaram,
com fervor, “à Luz de Apolo”. Com um ano de idade, foi conduzido pela mãe ao Templo de
Adonai, num vale do Líbano, onde foi abençoado pelo Patriarca. Desde cedo manifestou-se sua
ânsia de saber, que os pais sempre encorajavam. Assim, ensinavam o princípio da física. Aos 20
anos, já havia travado conhecimento com Anaximandro e Tales de Mileto. Tudo lhe
interessava, mas a contemplação do céu o fascinava e ele buscava alia a Unidade do grande
Todo. Em seu cismar, certo dia, lembrou-se mais detalhadamente, dos racontos de sua mãe,
sobre a sua infância e veio-lhe à mente as frases que lhe ouvira, repetindo o hierofante do
Adonai:

“Ó mulher da Jônia, o teu filho será grande pela sabedoria, mas lembra-te de que, se os gregos
ainda possuem a ciência dos deuses, a ciência de Deus só se encontra no Egito”.
Pitágoras empenhou todos os seus esforços e conseguiu que o tirano Policrates, que se gabava
de proteger os filósofos, o incluísse entre os seus protegidos, o que de fato aconteceu, dando-
lhe uma carta de recomendação para o faraó Amasis que o apresentou aos sacerdotes de
Mênfis. Estes não acreditavam nos gregos, julgando-os superficiais e volúveis. Pitágoras,
entretanto, era dotado de paciência, coragem, fé na sua Estrela e uma vontade
inquebrantável. Vencendo todas as duras provas a que foi submetido, sua iniciação durou,
segundo Schuré, vinte e dois anos, durante os quais apreendeu todas as experiências dos
sacerdotes egípcios, vencidos pela sua extraordinária personalidade e bebeu-lhes a enorme
sabedoria. Alcançara já, o mais alto grau do sacerdócio, quando Cambises invadiu o Egito,
destruiu o Templo de Amon e saqueou o de Tebas e de Mênfis. Assistiu aos horrores porque o
faraó Psmético e a família real passaram e viu-se internado na Babilônia, juntamente com uma
parte do sacerdócio egípcio. Ali teve a oportunidade de relacionar-se com o alto sacerdócio da
Babilônia, composto de antigos sacerdotes caldeus, dos sobreviventes do magismo persa e da
elite do cativeiro judeu que continuava praticando seu culto, num dos recantos da cidade.
Nesses contatos, muito aprofundou seu saber, confrontando essas religiões e daí verificou que
todas elas eram raios de uma Verdade única, percebida por vários graus de inteligência e por
vários movimentos sociais. Amadurecido psíquica e espiritualmente conseguiu, através de um
compatriota influente junto do Rei dos persas, o retorno à sua pátria, depois de 12 anos de
cativeiro, na Babilônia. Assim, conseguiu encontrar ainda viva sua mãe que teve a alegria de
revê-lo, como sonhava, sob a túnica branca de sacerdote egípcio. Pouco tempo ficou em
Samos, após esses 34 anos de ausência. Sua pátria esmagada, destruída, fê-lo dirigir-se à
Grécia, levando consigo sua genitora. Só depois de ter percorrido todos os templos gregos,
entrou no de Delfos, onde já o esperavam como um Mestre. Permaneceu nele pelo espaço de
um ano, durante o qual transmitiu aos sacerdotes, todos os segredos de seu saber e preparou
a pitonisa Teocléia, para o seu ministério. Partiu, então, para fundar a sua Escola Iniciática e
escolheu, para edificá-la, as terras de Crotona, na Itália Meridional, no Golfo de Tarento. Aí
chegando, produziu uma verdadeira revolução com sua palavra eloqüente e sábia, afastando a
mocidade das influências perniciosas de sua vizinha cidade, Sibaris, onde o luxo, a
licenciosidade e, consequentemente, a ignorância imperavam. Sonhava fundar uma instituição
para uma iniciação laica, tentando transformar a organização política das cidades, dando-lhes
uma base filosófico-religiosa, mas religiosa no seu real sentido, ou seja, no contido na raiz da
palavra, o verbo religo, religare, tornar a ligar. Religião, com elos da Sabedoria ou Ciência das
Idades, segundo o Professor Henrique José de Souza. Pitágoras realizava assim, as conclusões a
que chegara, unindo todos os elos da Religião-Sabedoria, trazida para a Face da Terra pelos
Mestres dos País de Erdemi, os AVATARAS.

E, sendo um deles, buscou Crotona como uma ponte, de onde a sua filosofia alcaçaria,
futuramente, o Ocidente. Por isso seu Instituto visava sempre, conduzir ou educar os homens
para uma sociedade, onde o lema fosse a busca da Verdade ou da L E I que a tudo e a todos
rege. Como L E I, é inexorável e daí penetrar nos seus Mistérios Maiores ou Menores, é
realmente abrir os olhos e ver o Caminho Real da Evolução ou, por outras palavras, o sentido
Real da Vida, na Face da Terra. Volvamos então o olhar para o Templo de Delfos que, segundo
Ésquilo, em as Eumênides, através dos séculos foi dedicado, primeiro à Terra, a seguir, a Têmis,
a Justiça, e foi ainda, consagrado a Febe e, por último, a Apolo, o Deus Solar que o celebrizou.
Nesse majestoso Templo, lemos a inscrição que, em nossos dias, já é bastante conhecida mas
bem pouco vivenciada: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.

Como conhecer-se a si mesmo? Procurando desvendar, primeiro, os mistérios do nosso corpo


ou penetrando no funcionamento desta organização, o soma. Entretanto, é pensando (“Penso,
logo existo”) ou agindo através da mente, da inteligência, que é parte do soma mas não é o
soma, que alcançado o conhecimento ou sabendo o que somos, saberemos o que é o Universo
e os Deuses. Assim, através dos sentidos ou das sensações, temos conhecimento de algo, mas
é através do raciocínio, da inteligência ou através da reflexão que alcançamos o saber, a
sabedoria.

Perdoem-nos a filigrana mas não é pelo fato de conhecermos alguém, que sabemos quem ele
é. Então há uma grande diferença entre conhecer e saber ou conhecimento e sabedoria.
Conhecemos uma fruta, uma laranja, por exemplo, porque nos foi mostrada ou a vimos numa
casa de frutas. Começaremos a saber o que é essa fruta, quando lhe tiramos a casca e os
caroços e ingerindo-a, mastigando-a, sentimos o seu sabor. É, entretanto, juntando esse
conhecimento ao estudo de tudo quanto a botânica já pesquisou sobre ela, que saberemos o
que é essa fruta e poderemos assim, pensar sobre suas propriedades, experimentá-las, e,
comparando-as com outras, chegaremos a muitas conclusões a seu respeito e a respeito de
muitas outras frutas. Então, foi através de nossos sentidos, no exemplo dado, visão e gosto ou
paladar, que conhecemos aquela fruta, mas foi através de nossa mente, pensando, refletindo,
que soubemos o que ela é. Assim, conhecer é ação dos sentidos e saber é ação da mente. Os
sentidos levam às sensações, as sensações aos sentimentos.

Percorremos o caminho da ponte corpo-alma (ou psique). “Penso, logo existo”... Sábia
conclusão chegada, pela ação da mente, dito de outro modo, da inteligência. “Pensar”,
raciocinar, partindo de uma motivação afetiva ou sentimental é uma ação ou um movimento,
moção, pondo em curso, intensamente, os sentimentos, daí emoção, ou seja, a mente agindo
baseada nos sentimentos, dito de outro modo, nos afetos. Plano da alma ou da psique. Aí
temos Corpo e Alma. Falta-nos falar do Espírito.

O Espírito é o Hálito Divino, a Luz Primordial, a Essência que vitaliza essa dualidade, sem o que
ela não existiria. É a luz que brilha no olhar, a Centelha, a Chama que vitaliza corpo e alma
permitindo-lhes evoluir, através dos múltiplos nascimentos e mortes, nesta Face da Terra,
enquanto o homem não alcançar o plano da perfeição. A Sede do Espírito é o Chacra Vibhuti.
Assim como na Estrela de Salomão, ou no Hexágono Sagrado, o ponto marcado no centro do
entrelaçamento dos dois triângulos é a origem da sua existência, assim o Chacra Vibhuti, no
centro do Chacra Cardíaco, situado no homem, entre os três Chacras superiores e os três
inferiores, como mediador e equilibrante. É o ponto de usa origem, é o Espírito, o Hálito, a
Essência Divina.

Como se vê, analisando esses símbolos arqutipais, o homem é um microcosmo. Nasce e


renasce nesta Face da Terra, entre o caminho da esquerda e o da direita ou entre o que foi o
seu passado, o ponto de evolução alcançada, e o seu futuro, a evolução alcançável. São as suas
tendências negativas (que o prendem ao passado ou prendem a hábitos, a conceitos firmados)
e tendências positivas (as que o impulsionam a buscar novos esclarecimentos).
Na fase do renascimento, nesta Face da Terra, o embrião vive num ambiente propício ao seu
desenvolvimento, durante nove meses. Findo o tempo em que o ventre materno é o ambiente
necessário ao preparo do corpo, para viver respirando através dos pulmões, o feto enfrenta a
primeira estreita vereda da vida, na Face da Terra. Começa aí a luta pela vida, como se diz
comumente. Vencida a estreita vereda ou nascendo, sente desagradavelmente a diferença de
temperatura; abrem-se os alvéolos pulmonares à entrada do ar e isto dói. A essa sensação
desagradável e, mais do que isso, dolorosa, chamamos de medo. O nascituro ou suas células
nervosas vivas, reagem a ele e se distende, gritando ou chorando. A este movimento
denomina-se ira. Temos aí, os dois primeiros movimentos ou moções. Daí chamarem-se
emoções primárias ao medo e à ira. Mas o bebê, depois de receber ainda outros cuidados, que
lhe são dolorosos, é convenientemente agasalhado e posteriormente alimentado. Sente-se,
então, agradavelmente. Volta a sentir-se aconchegado e essa sensação-emoção é denominada
amor. O adormecer o revigora, produz-lhe bem-estar, sensação agradável. Eis porque amor, na
Face da Terra, é lutar, é conquistar. Assim, o Ser Humano viverá nesse triângulo emocional:
medo – ira – amor, confirmando mais uma vez o aforismo que encabeça esta IVR nº 17, pela
vida afora. O mundo impõe-lhe uma série de condições para conviver com a multidão de seres
humanos, como ele, movimentando-se ou agindo dentro dessas emoções. As condições quase
sempre são impostas e raramente, como seria o justo, convenientemente explicadas e
vivenciadas. O Ser Humano depara-se com o gigante do Dever, como explica brilhantemente
Mira y Lopes_. Deve ser forte, deve ser inteligente, deve ser belo, deve ser rico, deve...

Isto quer dizer que deve ser mais forte, mais inteligente, mais belo, mais rico e muitos outros
mais, para ser aceito ou, dito de outro modo, para ser amado ou para se sentir
agradavelmente, ou feliz. Esses juízos de valor, além de tudo, mal transmitidos e mal
compreendidos, geram basicamente uma sensação de desvalorização, comumente chamada
ou mais conhecida como “sentimento de inferioridade”... “sentimento de menosvalia”.

Muitas vezes, esse sentimento se transforma em sentimento de superioridade, dando origem


aos chamados, comumente, “vaidosos”. Precisamos salientar aqui que estamos dando apenas,
noções desse mecanismo, que pode parecer muito simples mas, na verdade, muitíssimo
complexo, pois depende basicamente do temperamento do Ser Humano ou da sua
personalidade. Segundo sua têmpera, as intensidades das três emoções e suas combinações,
diante do “Gigante Dever”, imposto pelo meio ambiente, o mundo, suas reações ou seu
caráter terão uma gama infinita de variedades. Segundo, ainda, a ação da mente esteja
principalmente tangida pelas emoções primárias ou afetivo-emocionais, ou esclarecida por
uma visão não só inteligente mas onde a Centelha do Espírito comece a agir, surgindo a razão,
a conduta ou o caráter do Ser Humano, varia muito. Quando a mente está sob a ação dos
sentimentos ou do plano afetivo-emocional, a tendência do Ser Humano é justificar todos os
seus atos e, não, analisá-los. São chamadas “racionalizações”, por Freud. Os ardis da emoção,
do medo e da ira, na conquista do valor (para se sentir agradavelmente), seja qual for a capa
com que se apresente, dominarão a conduta do Ser Humano, sob mil disfarces. Em nossos
dias, o mundo tem uma linguagem psicológica que, adequadamente transmitida, pode muito
auxiliar a criatura humana que, realmente, queira olhar-se e ver-se. A Sabedoria das Idades,
entretanto, usando outras linguagens, sempre esteve a serviço da evolução do Homem. Na
“iniciação”, da qual tivemos um pequeno esboço, através da vida e da obra de Pitágoras,
também aqui apenas esboçadas, esclarecendo-se a mente do iniciante ou discípulo e
exercitando suas forças através das chamadas “provas”, trabalhava-se sua alma ou psique. Um
exemplo claro, insofismável desse trabalho psicológico, é o encerrado no “Chacra Cardíaco”
onde cada pétala sua contém as chamadas Nidhânas e Escandas humanas, isto é, suas
tendências positivas e negativas. Meditando sobre elas o discípulo alcança a Razão e vai
evoluindo, esforçando-se, num trabalho árduo, para superar essas necessidades afetivas ou,
ditas de outro modo, sentimentais, emocionais, que o cegam. Há que se transformar, pois só
assim alcançará, realmente, a sabedoria ou será um sábio.

Lisis, sintetizando a Filosofia de seu Mestre, Pitágoras, dividiu seus famosos “Versos de Ouro”,
em três partes ou três degraus da Iniciação. São eles: Preparação – Purificação – Perfeição
(mais uma vez uma tríade).

Aqui ficam alguns versos da terceira parte:

“O homem vive e morre a procurar um bem,

Sem nunca reparar nos bens que em si contém...

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Porque não descobriu que transporta consigo,

Um farol, para o guiar a salvamento e abrigo.”

E numa próxima IVR, o estudo do “Chacra Cardíaco”, será o assunto escolhido.

Emilio Mira y López em “Quatro gigantes da Alma” – O Medo, A Ira, o Amor e o Dever – Editora
José Olympio

Aula 18 - Chacra Cardíaco

Os Centros de Força Sutil, os Chacras, eram representados pelo Loto, devido à sensibilidade
poética dos estudiosos do assunto. Isto porque o Loto (do grego lotós) é planta sumamente
ocultista, sagrada, no Egito, na Índia e em outras partes do Mundo.

“Houve um tempo em que o Mundo era concebido como se fora um Loto (Padma) de outro”.

Pétalas – cada uma das pétalas florais, comumente é colorida e sedosa, cujo conjunto forma a
corola das flores que envolvem, imediatamente, os estames.

Consoante a linguagem da tecnologia de nossos dias, o potencial de algo é classificado pela sua
freqüência vibratória; se se trata de um motor, é classificado pelo número de rotações por
segundo, etc. Se pensarmos em termos do Representante do Reino Vegetal, do Rei deste
Reino, o Loto, classificá-lo-emos pelo número de pétalas de que é constituído. Por exemplo, o
Chacra Raiz ou Muldhara é representado graficamente como um Loto de 4 pétalas; já o Chacra
Anahata (Cardíaco) o é com 12 pétalas, logo, tem três vezes mais potência que o Muladhara. O
Vishuda, com 16 pétalas, tem quatro vezes mais potência; o Ajnã (Frontal) tem 96 pétalas e,
finalmente, o Sahasrara, tem 960 ou 1000 pétalas.

Deixamos propositalmente para esta IVR nº 18 o assunto sobre o Chacra Cardíaco. O valor das
pétalas que o compõem, estão assim apresentadas: em primeiro lugar, em frases sintéticas, a
apresentação do valor positivo, expressando as tendências positivas, denominadas de
“Escandas”; em seguida, também em frases simbólicas, o sentido negativo da pétala ou
tendência desta natureza. Assim seguem as demais, com esse sentido, até concluir as 12
pétalas.

De vez que é mais fácil desenvolver-se as tendências negativas do que as positivas, há 14


pétalas ou grupos de Nidhânas, em vez de 12.

O contexto desses grupos, tem o sentido de temas de meditação, como se o indivíduo


estivesse realizando uma auto-psicoterapia.

Descrição das pétalas do Chacra Cardíaco superior, bijans, tônicas, frases sintéticas de cada
pétala, para tema de meditação:

1ª Pétala

Escanda – KASINA – Bijam KÃ – Processo oculto para pacificar o astral. Representa o


estado de SUPETICHA, o desejo, a vontade de querer. O discípulo apossa-se dessa idéia,
libertando-se dos mundos das formas, onde nosso EU se encontra aprisionado.

Nidhâna – INDRIA-NIGRAHA-KARMA – Inércia passiva. Falta de disciplina dos sentidos;


indolência, preguiça, cegueira, comprovações desanimadoras de falta de evolução. Na mesma
razão dos movimentos lentos, doentios, dos seres da Primeira Raça. Tal grupo comparar-se-ia,
ainda, ao último dos pecados mortais ou ao último dos sete pecados mortais da Igreja
Romana, ou seja, a mesma preguiça.

2ª Pétala

Escanda – TCHARA – Bijam TCHÃ – Nesta segunda pétala o discípulo começa a destruir a
inércia, a preguiça, passando à atividade, a ter vontade de agir, etc. A vida sensorial e ilusória,
muitas vezes aprazível é, no entanto, reconhecida como filha da mentira. É o momento de
separar da ilusão tudo quanto é verdadeiro, passando o discípulo a meditar profundamente
sobre o seu EU interior, o princípio de vida, seu Jivatmã, ou melhor, sua alma vivente.

Nidhâna – BHAUM-MARA – Tentações terrenas. Tentações inferiores (ou animais), o que


se poderia chamar de “aberrações de todas as espécies”, principalmente de ordem sexual:
querer unir-se a plantas, a animais, o próprio vício solitário... Quando os degenerados da 3ª
Raça Lemuriana, se unem a certos animais parecidos com a nossa lontra de hoje, justamente
por involuírem ou darem ingresso no estado de consciência da raça anterior, onde os seres era
figurados pelos dois reinos ou rondas, por sua vez anteriores, vegetal e animal.

3ª Pétala

Escanda – THARANA – Bijam THÃ. Proteção espiritual do EU Superior. O EU, expressão da


unidade inacessível, começa a envolver o discípulo com sua luz ofuscante. O discípulo começa
a agir no sentido de “Bhudi a Atmã”. Já adquiriu o direito de evocar a proteção do seu EU
Interior; começa a surgir a força que lhe propicia a paz, mas a verdadeira paz interna, ou seja,
da identificação com a sua Consciência Bhúdica.

Nidhâna – SHU-KAMA – Atração para as abjeções, os vícios, sejam quais forem, inclusive o
da bebida, embora que, em sentido evolucional, mesmo se trantando de faltas, erros ou
pecados, relativamente menores do que os do grupo anterior, que vai de encontro, além do
mais, às leis da Natureza ou da própria evolução. Estes dois grupos, 2º e 3º, estariam ligados
ao pecado mortal da luxúria.

4ª Pétala

Escanda – TANU-CHUMI – Bijam TÃ – Domínio da mente. A mente do discípulo passa a


TANU-MANASI, serena como a superfície de um lago tranqüilo. Estando esta pétala desperta,
começa a trepidar o Chacra Frontal. Com o domínio da mente, os vrittis começam a ser
subjugados, os turbilhões mentais não mais afloram à mente do discípulo com a mesma
intensidade anterior. Com o domínio da mente, o Chacra Frontal começa a entrar em ação,
auxiliado por esta pétala. O discípulo começa, então, a perceber os odores das coisas que
pertencem aos planos inferiores.

Nidhâna – LAYA-MUTH – Vacilações, dúvidas, até mesmo para as coisas superiores.


Tendência a atraiçoar seus próprios sentimentos superiores, por isso mesmo, sério obstáculo
para vencer, a quantos se apresente no caminho iniciático. Laya-Muth é ensombrado ou
obscurecido pela Lua, seus raios malfazejos, ao invés de benfazejos, eclipse lunar e, até, cone
sombrio da Lua, para quantos, continuando vacilantes ou em dúvida, jamais tomem uma
deliberação acertada na vida. Tal grupo estaria ligado ao pecado mortal da soberbia, embora
que outros desta série, também o estejam.
5ª Pétala

Escanda – PARAMA – Bijam PÃ – O discípulo começa a pressentir os planos superiores.


Parama é a supremacia, é aquilo que se eleva no caminho da iniciação. O homem começa a
sentir a supremacia.

Nidhâna – BHUTA-MARA – Atordoamento psíquico; tendência para a loucura por falta de


evolução; por isso que estreitamente ligado ao grupo anterior, no que diz respeito à vacilação
para as coisas nobres, a começar por sua própria evolução ou espiritual progresso... Bhuta-
Mara, tentação dos Bhutas ou formas vivas, também grupos, pilhas, reunião de matéria etérica
de permeio com a astral. O tal “coque”, a que se referem as escrituras teosóficas.

6ª Pétala

Escanda – YAGU – Bijam YÃ – O mistério do sacrifício. A renúncia, o mistério da suprema


renúncia. O discípulo começa a sentir a necessidade de praticar os cinco deveres:
Benevolência, Honestidade, Veracidade, Desinteresse, Amor.

Nidhâna – PITRI-MAYA – Falsa adoração, ideal ilusório. Falsa adoração; os que adoram
falsos ídolos ou pitris inferiores. Donde o termo sânscrito, para tal grupo.

7ª Pétala

Escanda – SHAMA – Bijam SHÃ – O Verbo Solar como síntese de todos os EUS. Tudo que
fizermos de sublime produzirá um efeito e a colheita desse fruto não deverá caber a nós e sim
à Humanidade. Lembremo-nos de Ramakrishna, cuja pureza modificou o próprio rumo do
mundo no seu tempo.

Nidhâna – BHUTA-PUTRA – Ingratidão, falsidade, mentira, traição. Os que vêem, também,


as coisas de modo diferente do que são. Nesse caso, julgando os outros por si mesmos. Bhuta-
Putra ou filhos da Terra; egoísmo interesseiro.

8ª Pétala

Escanda – HARI – Bijam HÃ – Deus Conservador, Deus Sabedoria. É o Verbo Solar como
espelho do nosso EU; é quando o referido Chacra se encontra desenvolvido. O discípulo deixa
de ser discípulo e passa a ser Adepto, transformando-se num Homem perfeito e, neste caso, o
seu Chacra Cardíaco adquire uma coloração verde-cana. A sua mente, neste momento, passa a
ficar resplandescente.

Nidhâna – RASOLIASA-KAMA – Perversões corporais. Pervertidos e pervertedores. Sim, os


que se comprazem em perverter a outrém, quer sexualmente falando, quer por meio de
outros vícios. E quando não podem eles mesmos fazerem, exigem dos demais que o façam.

9ª Pétala

Escanda – KHÃ – Bijam KHÃ – Penetra o mundo sem formas. Passa a pertencer às
Hierarquias Arrúpicas.

Nidhâna – SHIVA-PANCHICRITA – Aqueles que não seguem as regras do amor e da


bondade (Fé, Inteligência). Assassinos (o quarto pecado mortal ou ira, ódio... para o 5º
Mandamento ou regra, NÃO MATARÁS, que tanto vale por “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”...
em forma sintética para todas as exigências da Mônada. Sim, na razão do AMOR UNIVERSA).
Os que não sabem conter os ímpetos de cólera, de ódio, de ira, que tanto valem...

10ª Pétala

Escanda – TCHSHARA – Bijam TCHÃ – Kshatria, guerreiro, jina guerreiro dos exércitos
celestes. O discípulo transforma-se em guerreiro, no vencedor, naquele que lutou para
cumprir o seu dever. É um defensor da Lei, um guerreiro divino; já possui a sabedoria.

Nidhâna – DHARMA MADAM – Contrariadores da Lei. Reincidentes no mal, isto é, os que


levam a cair e a levantar sem nunca tomarem uma decisão definitiva (tal grupo está
estreitamente ligado aos 4º e 5º grupos). Nesse grupo se acham os que passam de uma
religião para outra, volvendo ao seu passado evolucional ou iniciático... por não terem achado
o que lhes convinha... Vascilações, portanto, dúvidas, falta de fé e de coragem.

11ª Pétala

Escanda – THARA – Bijam THÃ – Entra na posse do saber místico. É conhecedor do Saber
Solar.

Nidhâna – MATRI-NIKARA – Os que vivem no inferno do sexo ou da falsa maternidade (ou


paternidade). Inimigos da evolução, pouco importa se inconscientemente; os que se negam,
peremptoriamente, à procriação, a ponto de induzir a esposa, esta por sua vez concorde com o
marido, à esterilidade.
12ª Pétala

_Escanda – TAKARA – Bijam TÃ – O vencedor do conduto lunar. Na última pétala, quando o


homem penetra o caminho da libertação, o Chacra começa a brilhar como um resplandecente
sol. É o caminho por onde passam as almas para o Nirvâna. Quando o Chacra se tornar
bilhante como o SOL, o discípulo é um Adepto; ouve a Voz do Silêncio, a Voz do seu EU Imortal.

Nidhâna – JADA-SIDHIS – os de coração e mente frios ou alheios às artes, às formas mais


elevadas da iniciação do Ser Humano. Inimigos das artes. Sim, de todos os recursos de que
lançam mão os grandes gênios, para iniciarem os homens.

13º Grupo de Nidhânas - KLESHA-KARIN

A causa dos sofrimentos. Falso ou criminoso diletantismo mental, quer os escritores de obras
pornográficas, quer os seus leitores. Nas mesmas condições, o cinema, a pintura e quantos são
empregados para um fim completamente oposto ao grupo anterior, por sua vez, pervertido. As
más leituras, a contemplação de figuras indecentes ou nus, nada estéticos ou artísticos, mas
imoralíssimos, tudo, enfim, que exercita os apetites inferiores e prejudica os bons
pensamentos.

14º Grupo de Nidhânas – RATHA-ADHARMA

Os desanimados (também figuram nos 4º e 5º grupos, porém aqui de modo mais amplo ou
definido). Sim, aqueles a quem a coragem falece para vencer os menores obstáculos na
vereda. Em sentido sintético, denomina-se: COVARDIA ou falta de coragem para enfrentar os
mesmos obstáculos.

Aula 19 - Símbolos que expressam a Realidade do Ser Humano e da Terra

Símbolos que expressam a Realidade das coisas enigmáticas !

Há um símbolo que, embora enigmático, constitui uma chave de ensinamentos que dilatam a
limitação da humana inteligência, para se compreender os mistérios da Vida da grande
Natureza, a Natura Naturada. É, realmente, um símbolo indecifrável para a inteligência finita,
obediente à rotina intelectual... Esse símbolo é a Esfinge, na entrada do Deserto, no Egito, no
Vale dos Reis. Quando nela pensamos, associamos, desde logo, a idéia da clássica pergunta:
“Decifras-me ou eu te devoro”. Ela é um símbolo que condensa as 4 forças, as quais servem de
base para a imensa pirâmide evolucional da Terra e do Ser Humano, em variadas dimensões.
Para os que estudam a Ciência das Idades, a Sabedoria Eterna, ela expressa a força quaternária
da Terra.

A Esfinge é constituída dos 4 Elementos da atividade em nossa Esfera:

Flanco de touro alegoria do que é sólido, força bruta;

Garras de leão pujança, força viva, agilidade, firmeza;

Cabeça e seios de mulher símbolo da nutrição, da manutenção da vida

Asas de águia o poder dominador do espaço, do ar...

A Esfinge é, realmente, uma Chave de Conhecimentos, por isso usamo-la com os elementos de
sua constituição, para esclarecimentos dos aspectos da Verdade Única e Imutável, a qual
pesquisamos, dentro da idéia da Genealogia Secreta do Ser Humano e da Terra.

Pensamos, por exemplo, nos elementos que constituem o Globo Terrestre e, aplicando o
método da analogia, observamos algo semelhante entre a Esfinge e o nosso Globo Terrestre,
diferenciando, apenas, a forma de ambos. O Globo Terrestre é constituído de 4 grandes
Elementos, os Reinos: Mineral, Vegetal, Animal e Hominal.

PRIMEIRO – O Reino Mineral caracteriza-se pela dureza, pela coesão máxima da força
centrípeta das suas moléculas. É a materialização da Vontade de Deus, de Brahmã, da Energia
Universal, na expressão máxima do concretismo. A Pedra, por exemplo, tem uma simbologia
vastíssima. Para os arqueólogos da antiguidade, ela tem vida e distribui vida. As fontes de
águas medicinais, muitas das vezes minam de formação de pedras. Mas a Pedra tem vida se
estiver perto da água ou fazendo minar água dela. E, em casos isolados, ela é algo à
semelhança dos peixes: tem vida dentro d’água e morre fora d’água.

Simbologia tradicional – Os maçons têm como emblema máximo, a “Pedra Cúbica”. Daí surgiu
a expressão “lapidar a Pedra Cúbica”, que equivale a aprimorar, equilibrar os 4 Princípios da
humana personalidade... O Decálogo foi escrito em Pedra e os Mandamentos que regem
outros planos de atividade, também. Há inúmeros outros significados, tendo como parte
basilar a expressão “pedra”:

Pedra angular, a fundamental que faz ângulo a um edifício – São Pedro (cujo nome é Pedra) foi
a “Pedra Angular da Igreja de Roma”;

Pedra Ara, Pedra sagrada no centro do altar;

Pedra Filosofal, fórmula secreta que os alquimistas tentavam, para descobrir o processo de
transformar os metais em ouro;
Pedra Fundamental, pedra que é assentada para que encerre uma ata ou documentos outros
(jornais e moedas da época), para marcar o início da construção de um monumento, templo,
etc;

Pedra Preciosa, usada como talismã em anéis, como elemento protetor do Ser Humano. É
usada, também, nos anéis de grau, para representar a profissão dos humanos seres.

O Reino Mineral é um grande auxiliar dos seres humanos: além de oferecer os sais minerais,
para equilibrar o humano organismo, oferece-lhe substâncias para auxiliar a formação do
sistema ósseo.

SEGUNDO – Reino Vegetal é relativo às plantas, sim, planta, ser orgânico, o mais das vezes
clorofilado, em geral privado de sensibilidade e de movimento voluntário... Do latim vegetus –
que cresce vigoroso, robusto...

Quando se pensa na potencialidade do Reino Vegetal, associa-se à idéia da árvore, desde logo,
isto porque a simbologia da árvore é, também, vastíssima. Que é árvore? Do latim ‘árvore’,
vegetal lenhoso, cujo caule chamado tronco, só se ramifica bem acima do solo, ao contrário do
arbusto que exibe ramos desde junto do solo.

Para nosso ponto de vista, a árvore tem uma interessante característica: ramifica-se acima e,
muitas vezes, bem acima do solo mas, também, tem suas raízes que adentram pelo solo. Seu
número de raízes, de tamanhos vários, talvez seja do mesmo número que os galhos da fronde.

Há no Tibete a misteriosa Árvore de Khoomboom ou Koumboum, a Árvore das dez mil imagens
que, segundo dizem, surgira da larga cabeleira do grande Asceta Tsong-Kha-Pa, Reformador do
Budismo, no Século XIV. Nas folhas dessa Árvore, até a mais tenra, há escrita, em caracteres
sânscritos, a palavra mística AUM, digna representante da Trimurti indiana (mesmo sentido da
Santíssima Trindade Cristã): o “A” é igual a Vishnú; o “U” a Shiva e o “M” a Deus, Brahamã...
Há, também, a Árvore Sagrado dos escandinavos, IGGDRASSIL, a Árvore da cosmogonia
escandinava.

Há, pelo Brasil afora e outras partes do Mundo, uma série imensa de inscrições rupestres,
assinalando a passagem de nobres caudilhos ou firmando a passagem de nobres seres,
tangenciadores da idéia dos homens para outros planos, para os ciclos futuros, isto porque a
dinâmica evolucional exige novos modos de apresentação da Verdade Eterna. Em matéria de
simbologia de árvores consideradas sagradas, poder-se-ia apresentar uma lista que dava para
representar uma imensa floresta. Para terminar, apenas lembramos que Gautama, o Buda, foi
meditar à sombra de uma árvore e foi onde entendeu ou descobriu as 4 Grandes Verdades.

Em relação às plantas sagradas, também as há em número infinito. Dizem que o Lotus é o


Deus, o Totem das plantas sagradas, por isso transcrevemos aqui, um trecho de um capítulo da
“Simbologia Arcaica”, do Dr. Roso de Luna, sobre o Loto Sagrado. O seu sentido figurado é-nos
bem interessante:
“O LOTO e outras plantas sagradas são emblemas dos Poderes Criadores, tanto da Natureza
espiritual como da física; é o símbolo mais elevado e arcaico do Cosmos e de seus Deuses: o
Universo, abstrato ou concreto, ou seja, o Fogo e a Água, representantes respectivos, dentro
da mesma ciência moderna, da Energia Cósmica Inteligente que evolui na Natureza e na
Matéria, cujas formas evolucionais são conjugadas com aquela Energia Oculta, ainda não
conhecida dos homens e, dentro da lei matemática, é denominada de “RAZÃO INVERSA”... O
simbolismo fundamental do LOTO é o da “IDEAÇÃO DIVINA” (o ponto dentro do círculo do
infinito), passando por emanações do Subjetivo Abstrato e do Objetivo Concreto, senão, LUZ,
VERBO MANIFESTADO.

Feliz aquele a quem floresce, nesta vida, o loto de seu coração e aquele outro loto do cérebro
pensante. Para ele, a Natureza já não terá mais segredos: o Céu já lhe revelou seus mistérios
mencionados no sóbrio epitáfio de Newton. Tudo o que buscou durante milênios de ciclos em
vão, no mundo exterior, o encontra já, em si mesmo, nesse fundo místico de íntima união com
a “Alma Mundi” que é, segundo Schopenhauer, o caminho secreto e único capaz de fazer
render-se a fortaleza do conhecimento. Por isso os códices Mayas falam nos diversos lotos do
corpo humano (os Chacras ou Centros de Força, no fino e secular invólucro!)”.

TERCEIRO - Reino Animal – Animal, ser organizado, dotado de movimento e sensibilidade.


Reino Animal é o conjunto de todos os animais. Psicologia animal, observações das condições
em que se manifestam os comportamentos inatos de uma espécie determinada, o estudo
experimental de algumas funções psicológicas (percepção, memória, etc.).

Os equinos, muares, bovinos, sempre foram grandes auxiliares do Ser Humano, mas o Homem
nunca teve sentimento de piedade para com eles. Tira o máximo do que podem produzir,
dando o mínimo de tratamento. Após o advento da maquinaria, deveriam ter sido libertados
do sacrifício do trabalho exaustivo, no entanto, inventaram o processo do abate, para
satisfazer a gula dos carnívoros.

Para os que estudam a filosofia transcendental, os animais são partícipes da manifestação da


Vida Una, da Alma Mundi. A Alma Mundi, a Alma Universal alimenta, vivifica os animais, assim
como o Sol, com seus raios fulgurantes, vivifica tudo que se acha na superfície do Globo
Terrestre. Se cada árvore, arbusto e demais vegetais é vitalizado pelos raios solares, assim
também, cada animal é vitalizado pelo poder imenso da Alma Mundi...

Embora haja uma variedade infinita de tipos representando o Reino Animal, entretanto, todos
se acham sob a fronde da Alma Mundi ou Alma Universal. É o que se poderia chamar de “a
unidade na diversidade”: a Alma Mundi como essência, como vida, como parte dinâmica dos
animais e todos os animais sob a fronde da Alma Mundi, ou seja, a diversidade na unidade. Os
animais falam, emitem sons à semelhança do Homem que, também, emite sons transformados
em palavras. A Alma Mundi animando os animais, é algo semelhante a uma nação indígena,
com seus componentes distribuídos em tribos. Vivem numa organização tribal. A Alma Mundi
é como se fora uma imensa nação, distribuindo a sua vida nas diversas classificações da vida
do Reino Animal. De modo que os animais, conforme a sua onomatopéia, têm o seu processo
de comunicação pelo som, linguagem, etc. O bovino, por exemplo, muge, o cavalo relincha, o
carneiro bala, etc. Muitos animais são considerados sagrados, não pela sua forma anatômica,
mas pelo som que produzem. Emitem determinados sons que imitam outros sons que
representam força. O boi produz o som de MO. MO invertido é OM, ou seja, a tônica, o som
característico do Oitavo Tatwa ou Força Sutil da Natureza. À classificação dos diversos tipos de
animais, deveria ser dado o nome de Alma Grupo. O eqüino, o bovino, o carneiro, o caprino,
respectivamente, têm sua experiência coletiva.

ALMA GRUPO ou coletiva – é o que afeta a uma coletividade ou grupo de almas (raças, família,
espécie inteira). É a resultante de forças em mútua relação dos indivíduos que compõem a
coletividade e todos eles são conduzidos, segundo a direção da dita resultante. Cada Alma
agrupada em espécie, é como se fora uma árvore com a sua galharia opulenta e, elas reunidas,
é como se fossem uma imensa floresta anímica.

Certa vez perguntaram a um Mestre de grande saber: “o que aconteceria com a alma de um
cão que morresse?”. Ele respondeu: “é algo como se fora uma gota d’água num oceano”.

Há uma informação da Igreja Grega, que nos motivou a pensar no assunto, acerca dos Animais
simbólicos da Visão de Ezequiel (Mercavah)...

“Entre os primeiros cristãos, a celebração dos Mistérios da Fé, ia acompanhada do ato de


acender as luzes, com o incenso, o triságio (hino religioso à Santíssima Trindade) e a leitura do
Livro dos Evangelhos. Em uma página coberta, estavam gravados o Homem Alado, o Leão, o
Touro e a Águia. Cada um deles representa uma das quatro classes ou planos, à semelhança de
como é modelada a personalidade. Assim, a Águia – associada à idéia de São João – representa
o Éter ou Espírito Cósmico, o onipenetrante olho do clarividente; o Touro – associado a São
Lucas – simboliza as águas da vida, o elemento que é todo engendrado da Força Cósmica; o
Leão – São Marcos – a energia impetuosa, o intrépido valor e o fogo cósmico; enquanto que a
cabeça humana é o Anjo que, junto a São Mateus, é a síntese dos três, combinados no
intelecto superior do Homem e na Espiritualidade Cósmica”.

Observamos que todas as representações de Deuses com cabeça de touro, de águia, leão e
outros animais, são numerosas, mas todos eles representam a mesma idéia.

O que é louvável nesse tipo de estudo, é ter-se em mente, sempre, a idéia da unidade das
coisas. A minúcia tira o espírito, o pensamento filosófico, para se entender a ação do Trabalho
do Todo manifestado, objetivado, em todos os Reinos.

QUARTO REINO – O Quarto Reino, o Hominal, o quarto elemento da Esfinge, com a


forma do Globo, que é a nossa Terra, já está muito bem estudado, exposto, nas primeiras
monografias desta Série IVR...

Aula nº: 20 - Genealogia secreta do Ser Humano

Consoante o aforismo do Filósofo, Professor e Mestre H. J. Souza, “O verdadeiro discípulo é


aquele que procura guiar e salvar os homens, sem distinção alguma”.
Todos os que procuram apreender algo ou aprendem comunicar a outrem algo que já
conseguiram apreender, podem ser considerados discípulos. Mas a vida, geralmente,
manifesta-se através de dois polos e o conhecimento transcendental não foge a esta regra
universal. As tradições, os sábios antigos, dividem o processo da evolução do Ser Humano em
dois caminhos: o direto e o indireto. Os sistemas de iogas, os movimentos isolados e coletivos,
cujos elementos concorrem para os seres humanos abreviarem ou não a sua evolução
espiritual, são considerados ponto de partida para se trilhar o Caminho Direto. A aquisição dos
conhecimentos humanos, conhecimentos relativos, consideramo-los Caminho Indireto.

Consoante uma concepção fundamental da Ciência das Idades, Ocultismo, Teosofia, etc. existe
um poder cósmico equilibrante de todas as ações contrárias à Lei da Evolução, reparador das
injustiças e falhas humanas. Essa concepção se baseia numa das leis mais profundas e amplas
da vida universal, estudada pelos 7 Sábios Gregos, Teósofos, Ocultistas, com particular carinho,
por ser consciência básica em todo o desenvolvimento do estudo da Filosofia Transcendental.
Essa Filosofia tradicional foi secreta até o advento de Buda que a esclareceu perfeitamente aos
olhos de todos, embora que até hoje conceituem-na de modo muito particular.

De acordo com essa mesma Lei, chega-se a afirmativa de que a evolução se faz à custa não
somente de um poder cósmico, estranho ao homem, mas, também, graças ao esforço
individual, processado através de uma ou várias encarnações sucessivas ou ciclos de vida. Ela
também esclarece que, pelo desenvolvimento do poder da vontade, com perseverança e
tenacidade bem orientada, a evolução que se realizaria lentamente, pode ser apressada. De
maneira que, em tempo relativamente curto, o homem poderá desfrutar das mais nobres
aspirações, tanto no mundo físico, como no moral ou espiritual. Se assim não fosse e se os
seres estivessem limitados exclusivamente a um poder sobre-humano, senhor absoluto de
seus destinos, as lutas pela existência e pela melhoria de vida não teriam justificativa e a
Humanidade cairia num primitivismo derrotista, porque, então, faltar-lhe-ia o necessário
estímulo.

O Homem possui a faculdade de escolher livremente o seu caminho, de ser justo ou injusto,
mas no momento em que a escolha foi feita, e aqui é o ponto onde reside o valor do conceito,
fica subordinado aos efeitos das ações que livremente praticou. Esta é a Lei da
Responsabilidade, conseqüência imediata de “Karma” que não foi estabelecida pelo critério
dos homens, mas faz parte do mecanismo natural do Universo.

Já no antigo Egito, os instrutores, pertencentes a um escalão um pouco mais elevado que o das
limitações humanas, ensinavam aos discípulos e estudiosos do assunto, estas três Verdades,
ou melhor, três aspectos da Verdade Única:

A Alma humana é imortal e seu futuro é de um esplendor e desenvolvimento sem limites;

O princípio que vivifica e reside em nós e fora de nós, é imortal e eternamente benéfico; está
fora do alcance dos nossos sentidos físicos, mas é pressentido pelo homem que aspira ao
conhecimento... ...

Cada homem é criador do seu destino, de sua glória ou de sua miséria; legisla para si próprio e
para si decreta a vida, a recompensa e o castigo.
Destarte, o Ser Humano pode aplicar esses três aspectos da Verdade à sua vida e cada um
poderá tornar-se senhor da sua vida e de seu destino. Encontrará a paz de si próprio, a
despeito das tempestades da paixão e da dúvida; pode encontrar a força em si mesmo, não
obstante as desditas no curso da vida; encontrará a luz de seu próprio EU INTERIOR, apesar da
escuridão que o cerca. Os últimos séculos, mais chegados à nossa civilização, se caracterizam
pela divulgação em grande escala de todo o conhecimento humano. Enquanto que na
antigüidade, somente reduzidíssimo número de pessoas possuía algum raro manuscrito ou
conhecia certo ramo restrito da ciência e, na Idade Média, os centros de estudos se limitavam
aos mosteiros, de difícil acesso, vemos hoje um cenário inteiramente diferente: o
conhecimento em toda a sua amplitude e variedade se difunde pelas várias camadas sociais.

Há, porém, um conhecimento que desde milênios permanece secreto, vedado aos olhos da
massa humana, em virtude do rumo que o progresso foi tomando com a conseqüente
diversificação das classes com fundamentos unicamente materiais. Esse conhecimento é, ainda
hoje, cultivado nos chamados Colégios Iniciáticos, espalhados... em diversos rincões da Terra e
classificados segundo o grau maior ou menor de conhecimentos transcendentais, culminando
num Centro, sobre o qual se reserva o mais profundo segredo do seu transcendental trabalho
a favor dos ciclos futuros. De modo genérico, iniciático ou alegórico, poderíamos denominá-lo
de “País das Águas Azuis” ou dos “Lagos Encantados”, cujas margens encerram uma real beleza
e um panorama extasiante.

Cumprimos o dever de esclarecer aos senhores a razão de se fazerem estes mistérios ou, por
outra, manter este segredo.

Na literatura divulgada pela Ciência das Idades, Ocultismo, Teosofia, Esoterismo, encontram-se
bastante referências sobre o assunto. Conforme todos sabem, a Humanidade encarada em
conjunto, não possui certo desenvolvimento interior para receber tão sublime conhecimento e
fazer bom uso do mesmo. A Luz em demasia pode prejudicar o nosso órgão visual. O segredo é
feito, particularmente, porque quem o possui sem uma formação moral, poderá transformá-lo
num elemento prejudicial à evolução humana. A má fé dos seres humanos é uma arma
perigosíssima. Quem conseguir manipular forças ocultas (ocultas porque não fazem parte,
ainda, dos conhecimentos humanos), pode empregá-las como elementos favoráveis à sua
evolução humana como, também, malbaratá-las em realizações inúteis e quiçá prejudiciais à
sua evolução e a de terceiros. Faz parte das leis, dos estatutos de tais Colégios Iniciáticos,
selecionar os que se apresentam como candidatos à Iniciação, sujeitando a diversas provas
todos aqueles que se mostrarem desejosos de atravessar seus admiráveis umbrais.

Por esta razão, os métodos de ensino de um verdadeiro centro de cultura transcendente difere
dos processos didáticos conhecidos... Os segredos menores dependem muito da confiança
entre os discípulos e o Mestre, enquanto que os maiores já serão adquiridos com estudos e
realizações internas ou espirituais. Os discípulos vão transformar sua inteligência humana,
turbulenta, imaginativa, em inteligência superior, tranqüila, meditativa, associada ao princípio
intuicional.

A existência e antiguidade dos Colégios Iniciáticos, razoavelmente posta em dúvida em nossos


dias cheios de encruzilhadas, confusões, indiferentismo, pode ser confirmada com os subsídios
repletos de sabedoria legados pelos homens de cujo valor moral não há menor divergência,
como Pitágoras, Platão, Plotino e muitos outros Seres que participaram de seus segredos e a
eles se referem com a maior veneração. Platão, o filósofo iniciado, é bastante claro em suas
insinuações a respeito, embora tivesse envolvido seus relatos com o imprescindível
simbolismo. Diz em Fedro, ao se referir a um dos mais adiantados grau iniciáticos:

“Uma vez iniciado nos Mistérios que a todos os outros supera... vi-me puro e imaculado,
enquanto ficava livre das vestes que me envolviam, chamada corpo, e às quais estamos presos
à Terra como ostra à concha; vi-me livre de males a que, de outro modo, estaria exposto no
futuro. Graças a esta divina Iniciação, pude, também, contemplar benditas visões no seio da
pura luz”.

Além destas palavras, chegamos às seguintes conclusões: para se alcançar um grau elevado, na
iniciação espiritual, torna-se necessário um desenvolvimento gradual e harmônico das diversas
funções humanas, que a conquista da iniciação livra o homem das limitações a que está preso;
que a iniciação faculta a aquisição de um estado superior de consciência que existe na
iniciação espiritual. Historiadores dos mais antigos afirmam a origem dos mistérios se perder
na noite dos tempos, provavelmente, a milhares de anos anteriores ao período histórico.

Vamos pensar, ativar a mente a fim de sairmos da vida rotineira, porque a pior das rotinas é a
rotina da inteligência...

UM POR TODOS E TODOS POR UM, CONSTITUINDO UMA UNIDADE

Aula nº: 21 - Colégios Iniciáticos

No penúltimo trecho da monografia IVR nº 20, lemos estas palavras: “A existência e


antiguidade dos Colégios Iniciáticos, razoavelmente posta em dúvida em nossos dias cheios de
encruzilhadas, confusões, indiferentismo, pode ser confirmada com os subsídios repletos de
sabedoria, legados pelos homens de cujo valor moral não há menor divergência, como
Pitágoras, Platão, Plotino, etc... ... ... ... ...”

Cumprimos o sagrado dever de esclarecer o que representa para nossos estudos a expressão
“a existência de Colégios Iniciáticos” para a aquisição básica de conhecimentos, para se
alcançar a Sabedoria Transcendental, universal, etc”. Ora, tudo o que existiu, existe e existirá
acerca da admirável Sabedoria eterna, tem sua razão de ser. Sim, é um labor semelhante ao de
uma semente. Dela brota o arbusto que após brotar da semente, cresce, cresce, cresce e, no
estágio adulto, transformado em árvore, produz flores e frutos. Estes, depois de sazonados,
tornam-se alimento, vida, portanto. É assim o desenvolvimento do Ser Humano que, também,
obedece a um ritmo de crescimento progressivo, desenvolvimento este impulsionado pela
Natureza, pela Grande Mãe que se acha eternamente gerando...

Observamos: o Humano Ser, do nascimento ao estágio de adulto, amadurecido, sujeita-se


também a vários estágios evolucionais, até alcançar a Idéia de Unidade, da Consciência UNA,
Zeus, etc. Os primeiros estágios do conhecimento universal, da sua aprendizagem, são
realizados nos “Colégios Iniciáticos”. É o primeiro degrau da gigantesca escada para a aquisição
da Sabedoria eterna. É o início da escalada, dos titãs da Sabedoria suprema, ao Céu, ao cerúleo
firmamento da Quinta-Essência, inspiradora dos verdadeiros poetas. Iniciamos a nossa jornada
de esclarecimentos, pensando no sentido, embora erudito da pergunta: “que é colégio?”

COLÉGIO, segundo o Professor Antenor Nascentes, é “estabelecimento público ou particular


de instrução primária ou secundária; corporação de pessoas com a mesma dignidade; (bras.)
estabelecimento de ensino secundário, do segundo ciclo. Do latim ‘collegiu’ – a reunião”.

Consoante o ritmo do labor da Ciência das Idades, há o primeiro escalão de aprendizagem que
constitui a base dos conhecimentos encerrados sob o título de “Mistérios Menores” (da
iniciação dos gregos, pitagóricos). Após completar esse estágio, o Ser Humano ou o discípulo
alcançaria outro plano, outra dimensão, passando a um estágio superior de ensinamentos.
Este estágio superior poder-se-ia chamar de fase da ação, ou seja, a aplicação do que havia
aprendido ou por a teoria em prática. Neste caso o discípulo tomaria a direção do mundo
profano, com o objetivo de lutar para despertar o interesse dos homens, no sentido de
buscarem a Verdade, de realizarem a Demanda do Santo Graal. Despertar o interesse dos
homens para pensarem na Filosofia da Vida Real, Universal, Divina, a Sabedoria Eterna. Divina,
no sentido da Filosofia do vir-a-ser, do futuro, etc., mantendo sempre a idéia: o passado foi pai
do presente; este á grande mãe gerando o futuro e este, constitui a aproximação de Deus, do
Divino, da Grande Unidade: Um por Todos e Todos por Um.

O processo de iniciação poderá ser considerado de dois modos distintos:

A Iniciação Indireta ou Individual, em que o discípulo vai pesquisando os aspectos da Verdade,


procurando decifrar uma série de símbolos, através de pesquisas, sujeitando-se, muitas vezes,
a viagens difíceis. Tem que vencer uma série infinita de obstáculos denominados de provas. Se
ele conseguir vencer todas as provas, tornar-se-á um Diógenes, pois conquistou, dominou a
Filosofia da Unidade.

Há, também, o processo da Iniciação Direta, ou seja, com a Presença de um Avatara no meio
dos homens. Avatara ou a Presença da Divindade como Ser Humano, tal como o foram, por
exemplo, Krishna, Buda, Cristo, São Germano e muitos outros (Avatara será o assunto de um
dos próximos estudos). Este processo de Iniciação Direta ou com a augusta Presença do
Avatara no meio dos homens, o supremo Iniciador dos seres humanos, José Henrique de
Souza, classificou com a trilogia: ESCOLA –TEATRO – TEMPLO

ESCOLA – refere-se ao estágio relativo à aquisição dos conhecimentos gerais: ciência,


filosofia, arte, religião, tudo no sentido da ciência materialista ou profana.

TEATRO – é o processo de transformação da parte psíquica do Ser Humano, através do


drama, do trabalho no cênico palco da vida, no teatro da vivência, burilando os sentidos, a
sensibilidade, através dos atritos emocionais, psicossomáticos, etc.

TEMPLO – é trabalho que tem por finalidade conduzir o Ser Humano a ter percepção da
vibração sutil, a ser intuído, dilatando a sensibilidade para fora das limitações, do sentido
engarrafado da rotina intelectual.
Esses três estágios estão muito bem esclarecidos nas palavras que se seguem:

o ignorante diz: “Eu sei!”

o discípulo, cursando um “Colégio Iniciático”, diz: “Assim aprendi”;

o Mestre diz: “Assim diz a LEI”.

Nos “Colégios Iniciáticos”, os dons superiores, no seu desabrochar, acompanham a aquisição


dos conhecimentos e do poder. Este é um princípio essencial do ensinamento espiritualista ou
secreto: “Pedis e recebereis”. Com o desenvolvimento dos dons elevados, a mente liberta-se
de toda e qualquer autoridade. Isto acontecendo, o indivíduo passa a responder suas próprias
perguntas, senão, começa a ser intuído para responder as perguntas de si mesmo, do mestre e
as de seu semelhante.

Estamos vivendo num mundo de concorrência e de impostores, por isso devemos ter sempre
em nossa mente, viva e bem viva a frase: “Dize-me de que te gabas e dir-te-ei o que te falta”.

Para o indivíduo, o discípulo, isto é, aquele que se predispõe a seguir a vereda dos
ensinamentos espirituais, é bom ter em mente as palavras que dão razão de ser à existência
dos Colégios Iniciáticos. Eis, pois, um grande esclarecimento:

“Nunca o discípulo tem conhecimento perfeito de sua missão, nem de quanto ao seu
progresso diga respeito, a fim de que ele esteja sempre vigilante a novas ordens e, do mesmo
modo, sempre pronto a obedecê-las. Até os Iluminados mais avançados estão sujeitos às
mesmas LEIS, senão, os próprios Avataras de Vishnú... Por isso mesmo a dificuldade, ou antes,
a impossibilidade de se julgar ou de saber diferenciar o que é puramente pessoal e o que é de
origem universal; o que diz respeito aos mesmos e o que provém de outras fontes, como Lei a
favor do mundo em geral”... ...

Nos Colégios Iniciáticos, o Ser Humano, como discípulo, apreende a ser senhor de si mesmo.
Por isso os pitagóricos procuravam realizar desde logo, “o serem senhores de sua vontade e de
seu pensamento”. E, para melhor ilustrar os nossos comentários, transcrevemos, agora, um
trecho dos conselhos pitagóricos:

“Não te esqueças de que deves aprender a dominar as paixões, a ser sóbrio, ativo... Nunca te
deixes arrebatar pela cólera. O primeiro dos deveres para consigo mesmo é aprender a
conhecer-se e ser senhor de si”.

E Pitágoras chamava com insistência a atenção para esta obrigação fundamental:

“Nunca ignores que deves aprender a dominar as paixões. A educação de si mesmo é a


condição fundamental do progresso. Ela dá império sobre si mesmo e sobre os outros.
Ninguém, com efeito, nos pode substituir para por ordem na consciência, fortalecer a vontade,
coordenar os esforços e ser senhor das paixões, porque o esforço de evolução deve ser obra
individual. Por outro lado, não se pode pensar em dirigir a outrem antes de ter aprendido a
dirigir a si próprio, porque só se pode impor autoridade, oferecendo o bom exemplo de mente
lúcida e de retidão. Um homem que seja senhor de si, que reprima os impulsos, que saiba
dominar os nervos, acalmar a emotividade, conservar o sangue frio em todas as circunstâncias,
deixa de estar à mercê dos acontecimentos e das sugestões. Evita, assim, uma série de
dissabores e de insucessos, porque torna o pensamento mais lúcido, o juízo mais são e a
vontade mais poderosa. Adquire o sentimento da ordem e da disciplina. Sente-se dia a dia
mais forte, mais confiante, mais senhor do seu maravilhoso poder voluntário, mais apto a fazer
dominar dentro de si o Espírito sobre a Matéria, a fazer triunfar em volta de si o poder moral
sobre a força bruta...”

EQUILÍBRIO FELICIDADE

O Ser Humano, tendo como ponto básico de sua vida, o centro de consciência focado no Corpo
ou na Estrutura Afetivo-Emocional, tem sua força mental focada na palavra FELICIDADE. Esta
palavra domina o pensamento humano. Que é felicidade?...

Felicidade, segundo o Professor Antenor Nascentes, é satisfação, contentamento, dita,


ventura, bem-estar, bom êxito, sucesso, etc.

Felicidade, segundo nos ensinou o grande Iniciador dos Homens, Professor Henrique José de
Souza, é uma questão de equilíbrio. Equilíbrio na função de todos os órgãos e de todos os
princípios de que é constituída a Genealogia Secreta ou a Personalidade do Ser Humano.

A função faz o órgão e se todos os órgãos da estrutura física funcionarem equilibradamente,


há bem-estar, felicidade física, saúde e harmonia... Mas, o equilíbrio, apenas, dos órgãos, não
é suficiente em relação à “FELICIDADE GLOBAL”. Há necessidade de haver o equilíbrio global
entre o físico, o psíquico e o mental. O equilíbrio funciona nesses três corpos como se fosse um
acorde perfeito. Isto acontecendo, não há sensação de ira, de mal-estar, de pavor e
insegurança. Compreendemos: equilíbrio desses elementos nomeados, produz vida e o
desequilíbrio deles, promove a morte.

O trabalho do ser, em evolução, conforme se apreende nos Colégios Iniciáticos, constitui-se


em procurar estabelecer a harmonia entre a vida do Ser Humano e o meio-ambiente, o que
nos oferece a Face da Terra, a superfície do Globo Terrestre. Quem estabelecer o equilíbrio
entre esses polos da vida, conquista naturalmente, a felicidade.

Os orientais mostram as experiências trabalhadas pelas civilizações, dividindo-as em Escandas


e Nidhânas. Escandas eqüivalem às tendências positivas, construtoras, criativas, elementos
que dão vida; Nidhânas correspondem às tendências negativas que produzem a morte,
natureza destrutiva... A neutralidade conquistada entre esses contrários, é uma vitória do Ser
Humano, porque conseguiu neutralizar a ação dos opostos, dos polos positivo e negativo.

A ação das Escandas (tendências positivas) e das Nidhânas (tendências negativas) constitui os
pratos da balança da personalidade humana. Ora dominam as Escandas sobre as Nidhânas, ora
acontece o contrário. Os adeptos da Filosofia Espiritualista, em sua vida, têm como escopo
manter os pratos da balança equilibrados, como se fora a amálgama do ouro e do cobre.
Erguendo-se o prato da balança relativo às Escandas ou tendências positivas, atingido está um
estágio superior no caminho evolucional, mas se ergue o prato da balança das Nidhânas ou
tendências negativas, o indivíduo vai mal, cai para o polo negativo, está perdendo pontos na
evolução. O certo está, manterem-se os dois pratos da balança em equilíbrio, no mesmo nível,
repetimos. Quando os dois pratos da balança estão em desequilíbrio, a personalidade do
neófito acha-se sempre em conflito. Eis porque atribuem a Jesus, o Cristo, estas palavras
sentenciosas: “Faze por ti que Eu te ajudarei”.

O Professor Henrique José de Souza ensinou:

“O que provoca a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem os pratos de sua
balança em equilíbrio e os seus três corpos em harmonia, em perfeito nível, porque ainda não
se fizeram iguais a Deus, à Harmonia Universal”.

Passamos, agora, da teoria à prática. Para este mister, usamos as palavras: TEMPERANÇA e
INICIATIVA, as quais servem para balancear o comportamento do indivíduo, na escalada da
Montanha, símbolo da conquista da Evolução Espiritual, do supremo Equilíbrio. Com esse
simbolismo, compreendemos que é no cume da Montanha onde se acham a Felicidade e o
Equilíbrio.

TEMPERANÇA quer dizer qualidade ou virtude de quem é moderado ou quem sabe moderar
seus apetites, as paixões, sempre agindo com parcimônia em suas atitudes; quem evita o
exagero em todos os pontos de vista. A Temperança é algo como um exaltação à paz, à calma,
à tranqüilidade, à serenidade e à paciência. Logo, equilíbrio das estruturas da constituição da
Genealogia Secreta do Ser Humano.

INICIATIVA tem o sentido de atividade, diligência para volta do equilíbrio perfeito, também,
para alguns estudiosos do assunto, é considerada iluminação da consciência do Ser Humano.
Ela é o processo pelo qual há manifestação do aspecto positivo da vontade, da esperança.
Esperança no sentido da ação da vontade, na realização de um ideal, levado a efeito com fé,
concretizado pelo esforço permanente.

As tradições do Ocidente dizem: “Deus se dividiu para realizar o supremo sacrifício e, também,
o “crescei e multiplicai-vos”. A Iniciativa é na personalidade da criatura humana, a
manifestação de um fragmento do potencial da Divindade. Daí há o aforismo do Professor
Henrique José de Souza: “Trabalhar para a Humanidade, para servir à Divindade”. Divindade,
Deus, com o sentido do que virá; a soma das experiências do passado, servindo de base para
as realizações de ciclos futuros. Como dissemos, essa Divindade suprema, na criatura humana,
apresenta-se como INICIATIVA. Por isso dizem os sábios: “A voz do povo é a Voz de Deus”.
Quando o povo fala, é o Inconsciente Coletivo que fala.

Com muita freqüência ouvimos falar: “Ele não tem iniciativa... Ela não tem iniciativa”, a fim de
se definir pessoas sem vivacidade. “Fulano não tem iniciativa”, como quem diz: fulano não tem
vontade, não tem vida, não tem capacidade para resolver seus problemas, carece da
experiência alheia... necessita da experiência de outrem. Quando a inércia, a inatividade
domina o corpo, não há iniciativa, é como que a morte tomando o lugar da vida, logo, falta a
iniciativa. Havendo ausência da iniciativa há, consequentemente, o desânimo psíquico, o
falecimento da alma. É o mesmo que se dissesse: “a alma quer agir mas falta-lhe o órgão
locomotor”.

O que podemos dizer com excesso de imaginação: o órgão locomotor na criatura humana é a
iniciativa. Quem não tem iniciativa, não tem “vida”, não tem Deus Interior. Não havendo
iniciativa, não havendo vida interior, manifesta-se imediatamente a sua negação que se
apresenta como calúnia, difamação, maledicência, inveja, ciúme, enfim, a mediocridade.

Pensando em termos de Temperança, associamos desde logo à palavra Temperamento.


Temperamento, segundo o Professor Antenor Nascentes, é têmpera; constituição psicológica
do indivíduo, qualidade que nele predomina, índole. “Mens sana in corpore sano”.

Com o desaparecimento da Atlântida, o Ser Humano vem trabalhando para recuperar o seu
perfeito equilíbrio, como representante da Humanidade, vivendo na Face da Terra, procurando
restabelecer a harmonia dos 7 elementos essenciais à vida física. Dividimo-los, para melhor
esclarecimento, em dois grupos:

1º) grupo constituído dos elementos ou humores: FLEUMA, BILIS e OJAS;

2º) depois da Atlântida, passaram a existir 4 Temperamentos, em vez de três. Esses


Temperamentos são: LINFÁTICO, SANGUÍNEO, NERVOSO e BILIOSO. De vez que esses 4
Temperamentos são determinados por prescrição médica, necessário se torna usar uma
alimentação apropriada, senão não há um perfeito equilíbrio na função dos órgãos do corpo
físico.

O Professor José Henrique de Souza ofereceu esta nobre receita, para os que procuram a sua
realização espiritual:

Temperamento Linfático: Alimentação mista, propendendo para a carne; nada de álcool, a


menos que sem abuso e de vinho puro, nas refeições. Se fuma, faça-o pouco, até que um dia
possa livrar-se desse chamado vício que só o é quando se é por ele dominado. Por exemplo,
não poder dormir sem fumar, não poder comer sem fumar, etc. No verão não deve haver
abuso de gordurosos, carnes, batatas, feijoadas, etc.

Temperamento Sanguíneo: Alimentação mista, propendendo para a vegetariana e frugívera.


No verão, não abuse dos alimentos gordurosos, inclusive carne, excesso de batatas, feijão, etc.
porque isso, no sanguíneo (e também no linfático), pode provocar aumento de pressão arterial
e há o perigo de insolação.

Temperamento Nervosos: A mesma alimentação do primeiro temperamento, em frutas e


legumes. Quanto ao Temperamento Nervoso, exige que não se faça, de nenhum modo, uso de
excitantes e usar, de preferência, tudo quanto contenha cálcio (ovos, peixes) e não se
esquecer de mariscos e outros mais. Evitar abalos morais (o mesmo aconselhado para os
sanguíneos), mais chegados às perturbações cardíacas.

Temperamento Bilioso:O fígado é o regulador da bilis, que deve fluir à razão de um litro em 24
horas, logo, é um órgão básico no equilíbrio do corpo humano. A alimentação deve ser mais ou
menos igual a temperamento anterior (Nervoso), mas evitando gorduras, principalmente se
tiver colite, hemorróidas, etc. que serão debeladas não só por uma alimentação científica,
assim como por exercícios apropriados.

“Não comas sem degustares, para não comeres aquilo

que te pode fazer mal, ao mesmo tempo, ao corpo,

à alma, e ao espírito ou inteligência no Homem”.

Aula nº: 22 - 1º Estudo comparativo sobre AVATARA

Na seqüência do que fora programado, apresentamos o estudo comparativo sobre os


AVATARAS. O conceito do que representa o Trabalho dos Avataras, na dinâmica evolucional
dos seres viventes, é importantíssimo e nos dá uma visão global da ação, da atividade Daquilo
que se concebe como Deus, Brahmá, Jeovah, Buda, etc...

AVATARA (sânscrito – literalmente “descida”) – Encarnação divina – Descida de um Deus ou


algum SER glorioso que progrediu, evoluiu mais além da necessidade de renascimento na
Terra, no corpo de um simples mortal.

Encarnação Divina ou AVATARA (Glossário Teosófico) – “A imaculada concepção é tão


preeminente egípcia como hindu. Segundo diz o autor de “Crença Egípcia”: “Não é a história
vulgar, grosseira e sensual, como na mitologia grega, e sim, assunto refinado, moral e
espiritual”; e, por outra parte, a idéia de encarnação encontramos revelada no muro de um
templo de Tebas, por Samuel Scharpe, quem a analisa deste modo: “Primeiro, o Mensageiro
dos Deuses, o mesmo que o Mercúrio dos gregos (ou o Gabriel do primeiro Evangelho), disse à
virgem rainha Mautmes, que ela tem de dar à luz a um filho, o qual será o rei Amunotaf III.
Segundo, o Deus Knef, o Espírito... e a Deusa Hathor (a Natureza)... apanham ambos a rainha
pelas mãos e colocam dentro de sua boca o signo da vida, uma cruz, que há de ser a vida da
futura criança”, etc, etc. Verdadeiramente, a encarnação divina ou a doutrina do Avatara,
constituiu o maior mistério de todos os antigos sistemas religiosos”.

AVATARA, este termo pode ser dividido em AVA + TARA.

AVA antigo, antepassado, velho, avô.

TARA vinda, chegada. Tara, Tarô, Rota, Torá ou Torah, tem o sentido de LEI. Avatara,
repetimos, é a vinda, a chegada do antigo, do mais antigo, senão, a manifestação do Avô do
Universo, o Ancião das Idades, o Eterno, a Suprema Luz...

Ava-Tara ou Ava-Torá – é a manifestação, a ação da Lei da Evolução através as encarnações.


Encarnações, não no sentido vulgar, mas no da Roda dos Nascimentos e Mortes, promovendo,
perenemente, a transformação das coisas... A doutrina da Roda dos Nascimentos e Mortes é
uma das 4 Verdades, ensinadas pelo Buda.

O que na Índia denominam de AVATARA, corresponde ao que os persas chamam de AVESTA.

AVESTA (Zend) – tem o sentido de LEI. Voz derivada do antigo persa “EBASTÔ, a LEI nas
sagradas Escrituras dos zoroastrianos.

ZEND – significa “comentários” ou “interpretação”. É um erro considerar Zend como uma


linguagem, posto que o dito termo se aplicava, unicamente, aos textos, esclarecendo as
versões do Avesta. Daí o termo Zen-Sar.

ZEND-SAR – significa a si mesmo ou em linguagem que explica o símbolo abstrato, senão, a


linguagem do mistério usada pelos iniciados. Os iniciados usavam o segredo através de uma
linguagem simbólica, para não permitir que a sensibilidade e os sentido limitados dos seres
humanos desgastassem o poder, deturpassem o sentido real dos textos sagrados.

Os Avataras não aparecem, não agem simultâneamente e sim, em ciclos sucessivos, como que
impulsionando a Humanidade, tirando-a de uma inércia, de uma rotina que representa a
involução. A rotina equivale a uma morte aparente. A rotina, seja ela de qual natureza for, é
como uma poça d’água: apodrece e perde a vitalidade.

AVATARA – outro sentido desta palavra; dividimo-la em AR + ATAVA. AR, símbolo da ação do
Hálito Divino, o Sopro da Vida Eternal, a pujança de Prana ou o Poder de Brahmá, Deus, etc.
ATAVA que nos lembra a palavra da Língua Portuguêsa ATAVISMO.

ATAVISMO – reaparição de um descendente de certos caracteres, vindo de um antepassado e


que não havia se manifestado nas gerações intermediárias. Hereditariedade.

Os AVATARAS têm uma hereditariedade divina, pois todos ELES herdam a LUZ, a FORÇA e o
PODER do Senhor das Eternidades, o Avô do Universo, o Senhor de Barbas Brancas.

Inserimos aqui um majestoso ensinamento do Dr. Roso de Luna, do Livro “Simbologia Arcaica”:
“Entre os discípulos de alguns grandes gurus transimalaianos e, ainda, gentes profanas – nos
diz H. P. B. – persiste uma estranha tradição, segunda a qual, Gautama, o Príncipe de
Kapilavastu, não obstante a incineração de seu corpo físico, continua nas regiões terrestres...
(por isso ELE disse: “quando morrer, meu Espírito pairará sobre a Humanidade”).
Misteriosíssimas são, com efeito, encarnações como esta que caem fora da LEI ou círculo geral
dos humanos renascimentos e convém consignar, sobre elas, os seguintes extremos: diz-se no
Oriente que um Avatara é a descida da mesma Divindade Manifestada ou Alma Mundi, na
forma relativamente ilusória de uma individualidade, a qual, por sua vez, pode adquirir
aparência falsamente objetiva no plano físico. Assim se fala nos Avataras de Vishnú, de Adi-
Buda ou de Shiva... A dita forma ilusória não tem passado nem futuro, porque não há
encarnações anteriores, nem, portanto, está sujeito aos kármicos nascimentos subsequentes ,
posto que ao Karma ou à LEI, já não está mais sujeito. Gautama, em certo sentido foi um
Avatara mas, também, ainda que em outro sentido fosse um JIVA-MUKTA, quer dizer, uma
Individualidade poderosa que alcançou o Nirvana ou a Libertação, por merecimento de seus
próprios esforços, tão excelso lugar ou estado que já é a mesma existência, fora do mundo
inferior de causa e efeito ou “Mundo da ação”, sujeito, portanto, à LEI ou Karma. Assim, um
Avatara é, repetimos, a descida da Divindade a uma forma ilusória. Já um Jiva-Mukta é uma
individualidade em que a causa do Karma produzido por seu próprio mérito, é guiada, ainda,
pelo Mestre que tem de iniciá-lo no Mistério do Nirvana; um ser que alcançou o Nirvana,
enfim, pelos seus próprios esforços.

Os budistas têm negado sempre e terminantemente que, como supõem os brâmanes, fosse
Buda um Avatara de Vishnú, analogamente como um homem é a encarnação de seu
antepassado kármico. Sua negativa provém, em parte, de não conhecerem o completo,
impessoal e amplo significado do Maha-Vishnú ou o misterioso princípio da Natureza que não
é o “Deus Vishnú”, mas um princípio que contém, por assim dizer, a Semente do Avatarismo
ou o Bijam, palavra que, por certo, figura muito nos contos de Mil e Uma Noites, isto é, a
própria potencialidade que é a causa das ditas encarnações divinas. Com efeito, todos os
Salvadores do Mundo, os Bodsatwas, os Cristos e Avataras são Árvores de Redenção que
brotam de um só tronco: o Bijam ou MAHA-VISHNÚ. Pouco importando que se O designe com
estes nomes ou com o de ADI-BUDA, Amitaba ou a Sabedoria Primitiva porque, no ponto de
vista oculto, Vishnú é a cifra e resumo da espiritual sabedoria cósmica ou sem atributos
(Nirguna), sabedoria, aliás, reverenciada por todas as mentes e filosofias.

Isto, desde o ponto de vista espiritual e filosófico, não obstante o qual, os iniciados sabem que,
desde o ponto de vista terreno, foi Buda a encarnação direta de um dos 7 Primitivos, os 7
Filhos da Luz ou os grandes Dhyans-Choans de todas as teogonias. Uma verdadeira hipóstase,
enfim, pela qual todos os Avataras são um e o mesmo desde toda a Eternidade”.

Pensando na Lei da Manifestação da Suprema Essência, da Unidade, do Infinito, concebemos


que essa mecânica se processa no sentido das limitações progressivas e, também, gradativas
da Substância UNA que vem desde o Infinito, desde o Imanifestado até a maior limitação, no
plano de maior densidade. De modo que o Absoluto, o Infinito, a Substância Una, por qualquer
motivo, tem necessidade de se conhecer. Com efeito, tem consciência global das coisas mas
não conhece a si próprio, no ponto de vista do detalhe. Isto posto, há necessidade dessa
pormenorização que dá consciência de si próprio, através da manifestação nos planos. Logo, o
Supremo Logos, a Unidade Absoluta, para se conhecer em minúcia teve necessidade de criar
os planos, a Gênese das Hierarquias Criadoras.

Com tudo isso poderá haver a pergunta: se é o Todo, a Consciência Una, infinitamente grande,
consciência global, e, não se conhece a si próprio? Com efeito, não se conhece do ponto de
vista do detalhe, mas tem a visão geral. Por exemplo: nós temos os olhos, vemos a imensas
distâncias; se a visão for ampliada com aparelhos próprios, alcançaremos, por ventura, além
do horizonte. Mas se não possuirmos um espelho ou uma superfície espelhada, não teremos a
menor idéia do contorno de nosso rosto; se não possuirmos esses objetos, não poderemos
saber a cor da íris de nossos olhos. Ora, podemos ter grande cabedal de conhecimento, mas se
não tivermos oportunidade para o diálogo, para a dissertação e discussão sobre qualquer
assunto, não poderemos comprovar nossa capacidade de exposição, de nosso poder
realizativo.

Pensamos em dar este título “Estudo comparativo sobre Avatara”, porque o assunto divulgado
enfoca o aspecto antropogênico da Manifestação, da Idéia como Avatara agindo em
determinado ser, comandando uma civilização. Mas, segundo o Supremo Iniciador dos
homens, Henrique José de Souza, os Avataras têm dois aspectos: o antropogênico e o
cosmogênico. É algo que poderíamos conceber como sendo “a objetivação do subjetivo”. A
abstração tomando forma no cérebro humano, determinando os acontecimentos dos ciclos
futuros.

Por isso a história de todos Eles tem início num monte, numa montanha, por se tratar de
eventos relacionados com o mito solar. É algo como os grandes rios que nascem nas
montanhas e, a seguir, desenvolvem o seu caudal nas planícies, indo ter aos grandes oceanos.

Avataras houve que iniciaram seu Trabalho no cume de uma montanha e a seguir vieram para
a planície, para o seio das massas, da Humanidade, para formar as grandes civilizações futuras.

E toda a Natureza refaz a sua vida com a Presença dos grandes Avataras!

Glória àqueles que fizeram dos Avataras seu Deus Interno!

Aula nº: 23 - 2º Estudo comparativo dos Avataras

Dando continuidade à série de estudos sobre o tema “AVATARA”, realizamos pesquisas, com o
intuito de apresentarmos novos esclarecimentos acerca dessa transcendental Filosofia, que
nos foi legada pelos antigos sábios do Norte da Índia e Oeste do Tibet, que foi o telhado do
mundo. A maior autoridade no assunto, no hemisfério ocidental, foi o Filósofo e Espiritualista
Henrique José de Souza. Seus conhecimentos sobre o assunto eram tão vastos, que somos
forçados a considerá-lo um exemplo de Avatara. ELE nos ensinou: “Avatara é um nome
genérico, abrangendo um imenso ciclo de atividade, impulsionando sempre, no ponto de vista
espiritual, filosófico e científico, a evolução da Humanidade”. Avatara, desejando uma
expressão da Língua Portuguesa, é a ação, o poder do Espírito de Verdade, a fim de
impulsionar a Dinâmica Evolucional. Por isso se propaga que o Espírito de Verdade, quando se
manifesta, se apresenta através de ciclos e não usa as mesmas palavras, não adota os mesmos
hábitos, procurando sempre transcender as ordens estabelecidas. E se assim não o fizesse, não
haveria evolução... De modo que a filosofia avatárica se caracteriza pela Revelação, pela
penetração dos elementos no vir-a-ser. Os Avataras, com suas novas informações cíclicas, dão
determinado impulso na Humanidade, durante certos ciclos, os quais são denominados de
Idades. Essas Idades são chamadas, na Ciência das Idades, de iugas e são assim classificadas:
Idade de Ouro, de Prata, de Cobre e de Ferro. Os ciclos avatáricos começam com o maior
impulso, maior esplendor, máximo potencial cósmico e, na seqüência dos acontecimentos, do
labor evolucional, as coisas vão como que se desgastando, perdendo o potencial, até atingir a
quarta Idade (Kali-iuga ou Idade Negra). Nessa Idade, geralmente, apresentam-se os Avataras
de maior potencial, para promover nova vida, dar início a nova era, etc. Pelo que se
depreende, Avatara é realizado através de um corpo físico de absoluta perfeição, de uma
personalidade mais completa, mas harmônica, existente na Face da Terra, através da qual o
Espírito de verdade revela aos homens o Verbo Divino. Quando fala, imprime nos humanos
seres seu fluxo divinal e colhe deles as experiências terrenas. A Filosofia, os Aspectos da
Verdade concentrados na expressão “Avatara”, requerem, sem dúvida, um complemento de
real importância. Os que meditarem, procurando pensar profundamente sobre o assunto,
procurando o sentido transcendental de tal NOME, compreenderão que AVATARA é a
manifestação, a limitação de Deus, da Divindade, nos planos mais densos do Universo. Com
efeito, esse evento vem do máximo ao mínimo e vai do mínimo ao máximo, atuando sempre e
naturalmente com determinada porcentagem em cada plano de manifestação. É como que
Deus, o Eterno, vindo se individualizando, progressivamente, do Infinito, do Espaço sem
Limites, através dos Deuses, semi-Deuses, Homens e... até o protozoário. Ora, a Essência das
Essências (não há palavras para definí-la) embora sendo de natureza unitária, manifesta-se,
age, realiza de infinitos modos, como multiplicidade e em vários planos, do mais elevado,
refinado, ao mais grosseiro. À proporção em que vai descendo aos planos mais grosseiros, vai
aumentando o número de veículos, de personalidades. Por exemplo, de “um em três”, “três
em sete”, sete em quarenta e nove, etc., obedecendo sempre a chave numérica dos
conhecimentos iniciáticos. A Índia primitiva apresenta a magna idéia de Avatara através da
TRIMURTI. Tri é três e murti é corpo. Três corpos “Trikaya”, têm o mesmo sentido da
Santíssima Trindade dos católicos. A Trimurti indiana é constituída de três elementos
avatáricos denominados de Avataras: de Brahmá, de Vishnú e de Shiva; a Santíssima Trindade
o é de: Pai, Filho e Espírito Santo; os gnósticos falam em Pai, Mãe e Filho; os egípcios têm a
mesma idéia com os nomes de Osíris, Ísis e Hórus.

1º) Avatara de Brahmá – é o mais elevado, mais global, de maior amplitude... ... Brahmá
corresponde à idéia de Zeus, Deus, etc. Tem como raiz o elemento Brig, com o sentido de
dilatar-se, expandir-se. É o ponto misterioso, abstrato, que se acha sempre pulsando, à guisa
de um Coração do Universo. Coração que com seu eterno pulsar mantém o ritmo da Vida do
Cosmos. Segundo os gregos, é de natureza do Primeiro Logos. É o Supremo Criador.

2º) Avatara de Vishnú –o Conservador da Vida... provém da raiz Vich, com o sentido de
penetrar, encher, melhorar, etc.; é a manifestação da energia solar. Vich, como vimos, é
penetrar, encher, etc.; nú, invertido, é um, logo, Vichnú é o Poder de Plasmação da Energia
Celeste, da Vida Una, da Supra-Unidade, penetrando no Ser Humano através dos Chacras,
principalmente pelo Coronal ou Sahasrâra, o que está vivificando a parte psíquica do ser
vivente. Compreendemos que o Avatara de Vichnú é da natureza da Alma-Mundi. Os ciclos de
manifestação dos Avataras de Vichnú são semelhantes aos dos Signos do Zodíaco. Esses ciclos
são em número de 14. Atualmente deve-se estar preparando para o Décimo que começará sua
atividade em 2005, segundo está anunciado, e esse Décimo Avatara de Vichnú tem o título de
Kalki-Avatara.

KALKI-AVATARA – (Glossário Teosófico) “O Avatara do Cavalo Branco” que será a última


encarnação manuantárica de Vichnú, segundo os Brâmanes; de Maitréia, consoante os
budistas do Norte da Índia; SOSIOCH, o último herói e salvador dos zoroastrianos. Há o
anúncio: sentado em um corcel branco como leite, com uma espada desnuda, resplandecente
como um cometa, abrir-se-ão os céus e aparecerá Vichnú, quando chegar ao Décimo Avatara
dessa série, para exterminar os maus, renovar a Criação e haverá o restabelecimento da
pureza”.

3º) Avatara de Shiva – (ou Ziva) é o terceiro elemento de que se compõe a Trimurti indiana;
tem o sentido de destruidor, mas destruidor no sentido de “Destruens et Construens”. Shiva
destrói velhos órgãos com a finalidade de serem substituídos por novos, a fim de manter a
dinâmica, o movimento da circulação da Vida, no sentido da meta evolucional. Na época em
que vivemos, há uma tendência para destruir as velhas ordens das coisas, instituições, hábitos
antigos, para uma nova fase. Os seres humanos estão sofrendo uma transformação geral, pois
há necessidade de haver seres com mais sensibilidade e mente superior, para dar forma à
Sabedoria eterna, a uma vida mais vibrátil. Tudo precisa vibrar com maior dinamismo.

Essa verdade ou esses aspectos da Verdade, já se firmaram no Inconsciente Coletivo da


Humanidade. Essa alegoria de três Avataras está representada em quase todas as organizações
da Face da Terra: os egípcios respeitavam as expressões maçônicas “Menphis, Maisim e
Mizraim” – Grão Mestre e Colunas J e B; os sacerdotes oficiam a missa com dois acólitos;
enfim, há sempre a ação desse Triângulo Indeformável... ...

Nas tradições transimalaianas é venerada, respeitada, a manifestação de AVALOKITEZVARA


QUE, TAMBÉM, É UMA FÓRMULA DE EXALTAÇÃO A UM ELEVADO AVATARA.

Avalokitezvara, “Senhor que mira”. Em interpretação vulgarizada, exotérica, é considerado o


Avatara de PADMAPANI (o Portador do Loto ou o Filho do Loto). Na filosofia transcendental,
“AVALOKI” é o “Mirador”. É algo como Espírito Divino ou Inteligência Superior agindo no
Homem. Usa-se, também, a expressão mística “OM MANI PADMÉ HUM !”, para rogar a sua
ajuda, a sua proteção.

Quando a Escola IOGACHÂRYA declarou Avalokitezvara como Loto Padma-Pani, esta ensinando
como se estabelece a ligação com um ser superior, um Dhyani-Bodhsatwa, senão, um aspecto
de “Amitaba-Buda”... O Dhyani-Bodhsatwa é o reflexo de “Amitaba”, mas ambos são UNO: um
no Céu e outro na Terra. Sim, as duas Faces de Deus, de Brahmá, do Eterno, etc.

No Glossário Teosófico de H. P. B., encontramos um termo que nos chamou a atenção: Aveza-
Avatara.

AVEZA-AVATARA (Gl. Teos.) “Um Avatara parcial; um Ser Humano que recebe um influxo
divino num grau todo especial”.

Quando deparamos com este termo, seu significado nos fez associar o sentido deste nome
com os admiráveis ensinamentos dados pelo Professor J. H. Souza:

“Segundo o presente Ciclo, consideramos três tipos de Avatara: integral, parcial e


momentâneo.

1º - Avatara Integral é quando o impulso da manifestação de Deus, Brahmá, do Senhor das


Eternidades, do Supremo Logos Criador, se faz com 100% do poder máximo do Absoluto,
Daquilo (Daquilo porque não há palavras para definir essa realização). Damos como exemplo
esclarecedor: Krishna, Buda, Aknaton, Ketzal-Kuatl e muitos outros.

2º - Avatara Parcial são os Avataras para impulsionar ciclos menores. Por exemplo: 7
Avataras Parciais são iguais a um BUDA. O trabalho DELES corresponde a 75% do valor de um
Avatara Total ou Integral.

3º - Avatara Momentâneo é o Avatara que age com 50% do valor integral. Quando se
trata de crianças privilegiadas que nascem para uma grande Missão, recebem de quando em
vez esses divinos impactos, como se fossem oráculos ou divinos veículos para que depois de
adultos passem a ser Avatara Integral. Por exemplo:

Outrora, na Mongólia e Tibete, quando esperavam pelo nascimento de um Buda-Vivo,


procuravam identificá-lo através dos Avataras Momentâneos: o novo Buda-Vivo era submetido
ao teste; a criança, aos 7 anos mais ou menos, recebia uma inspiração, ou melhor, entrava em
êxtase e nesse estado de ser revelava aos monges, algo que era somente do conhecimento do
antecessor. Anunciava onde se encontrava determinado objeto que pertenceu ao seu
antecessor e que se achava escondido de tal modo, sem o conhecimento dos componentes da
comunidade.

O Cristo falou aos doutores do Templo aos 13 anos de idade física. No Oriente é comum, em
determinadas datas importantes, jovens de 13 a 16 anos de idade serem avatarizados
momentaneamente, a fim de anunciarem as Verdades do Novo Ciclo. Em casos imprevisíveis, o
Espírito de Verdade pode usar um oráculo honesto para salvar uma situação difícil e perigosa.
O excelso Professor J. H. Souza, por volta de 1924, em Niterói, fez um Avatara Momentâneo
num vendedor de balas de um cinema. O baleiro, de um momento para o outro, passou a
discorrer sobre filosofia... ...”

Encerramos este estudo com as sublimes palavras que devem ser bem meditadas ou refletidas,
porque a reflexão abre as portas da mente para se identificar com a Revelação:

“Evoluindo do perdão ao êxtase, encontrareis o porque de todas as coisa”.

“Peregrinos da Vida, Peregrinos do Perdão! Poderão um dia alcançar a glória de serem eternos
como EU, poderosa Centelha! Porque, para isso, basta todos quererem ter o mesmo Ideal...
Tonifiquem-se com estas palavras”...

Aula nº: 24 - 3º Estudo comparativo sobre Avatara

Com o estudo comparativo sobre Avataras, não devemos nos esquecer do Deus Toth ou Toth-
Hermés, senão ficaria um espaço vazio no trabalho desta série da “Genealogia Secreta do Ser
Humano”.

Toth é alegorizado pelo Touro. O Touro (Taurus), na linguagem simbólica e consoante os


ensinamentos ministrados pelo Professor Henrique José de Souza, é o símbolo vivo de Toth-
Hermés ou Deus Mercúrio... Este Deus é o Patrono da suprema Sabedoria Eterna. O símbolo de
Toth-Hermés ou Deus Mercúrio, segundo a Chave Geométrica dos conhecimentos iniciáticos, é
um círculo encimado por um crescente lunar, com as pontas para cima, e uma cruz na sua
parte inferior. Descrevemos este símbolo, tomando como exemplo o Touro: seu corpo, como
se fora o círculo; as 4 patas, como se fora a cruz sob o círculo e, os chifres, como se fora o
crescente lunar.

O Touro quando muge produz o som de “MÔ” e este elemento invertido, dá OM. OM é uma
saudação mística: “Om Mani Padmé Hum”. É a síntese de outra forma mística de A U M.
Derivam desse elemento, “Toth-OM” e “Toth-OMNES” que, com as palavras já citadas, “Om
Mani Padmé Hum”, procedem da Atlântida e Ariavartha e, em cuja mais excelsa Palavra
Sagrada se encerra o “TOTUM” do Universo manifestado, senão, o processo da ação do Poder
Criador.
O sentido de Toth, egípcio, e Henoch, isíaco, é o da Árvore da Verdade, a Árvore da Vida. É o
Verbo dos gnósticos e a Primeira Emanação ou o Primeiro Aeon dos ofitas e cabalistas; é
Quetzal-Kuatl ou Serpente Luminosa, Irisiforme, dos primitivos mexicanos.

O significado de Toth foi usado por Pitágoras, como sendo a Mônada, a Unidade, o misterioso
Ponto que se expande, que se multiplica... O seu simbolismo biológico universal, está cifrado
no fenômeno da cariocinese ou desenvolvimento celular em todos os seres, doutrina universal
de Toth-emismo ou do zooismo... Toth é, pois, o Logos do Universo; o Logos de cada enxame
nebular ou sideral; o Logos de cada sistema planetário; o Logos ou Anjo de cada planeta, de
cada povo, de cada homem e de cada pensamento.

Toth ou Tot, à parte as relações simbólicas já mencionadas, é a raiz do que a ciência ocidental
da pré-história chama de “Totemismo”, ou seja, a mais primitiva forma religiosa, sim, a do
homem da idade da pedra.

Ensinamentos do Professor H. J. Souza, para seus discípulos, sobre o presente assunto:

“TOTH ou HERMÉS, como o chamavam os gregos, o Trimegisto ou três vezes Mestre, foi a alma
do antigo Egito durante muitos séculos, cidadela sagrada da ciência, refúgio dos mais ilustres
profetas e depósito das mais nobres tradições humanas. Hermés dotou a instituição sacerdotal
egípcia daquela força, pureza e superioridade intelectual que sobrepujou a dos faraós, aos
quais moralmente se os obrigava a exercitar funções de governo estrito e justiceiro, capaz de
por a coberto o povo da mão dos caprichos e fantasias de qualquer despotismo político.

Devido a organização sacerdotal que alcançou a maior perfeição e unidade, pode o Egito,
durante milhares de anos, manter o governo de cinqüenta dinastias e converter-se em foco
luminoso das puras doutrinas que constituíram a ortodoxia secreta da antigüidade, com a sua
Teogonia oculta sob a aparente idolatria de um politeísmo exterior.

O faraó era o representante do corpo sacerdotal, instrumento dos iniciados que, em


corporação, eram os verdadeiros legisladores, graças à força unitária e religiosa dada por
HERMÉS, instituidor dos célebres “mistérios”, simbolizados pela Esfinge e as pirâmides.

Os ensinamentos de Hermés, em essência, se contém no que dizia ao seu discípulo Asklepios:

Nenhum de nossos pensamentos pode conceber Deus, nem nenhuma língua O pode definir; o
que é incorpóreo, invisível e sem forma, não pode ser percebido por nossos sentidos; o que é
eterno não pode medir-se com a curta régua do tempo; somente elevando-se acima das
causas naturais, se pode perceber alguma radiação de Sua perfeição suprema.

Tal como diz Schuré, “HERMÉS” é um nome genérico como os de Manú e Buda. Designa
simultaneamente, um homem, uma casta e um Deus. Homem, HERMÉS, é o primeiro e grande
iniciador do Egito; casta é o sacerdócio depositário das tradições ocultas; Deus é o Planeta
Mercúrio, comparado com a sua esfera a uma categoria de espíritos, de iniciadores divinos
(melhor dito: representava o Raio do Choan ou o corpo físico de Mercúrio). Em uma palavra,
HERMÉS preside às regiões supra-terrenas da iniciação celestial.

A idéia da Unidade essencial, como causa suprema, foi concebida e ensinada por HERMÉS,
como o ensinaram os seus sucessores iniciados através das épocas, países e povos diferentes,
mesmo porque a Verdade é sempre UNA, embora pregada de diferentes modos, de acordo
com a evolução de cada época.

HERMÉS profetizava, dizendo ao seu discípulo Asklepios:

Aqueles que devem dominar a Terra serão enviados e estabelecidos do outro lado do Egito,
em uma cidade que será construída no Ocidente (cidade que aí se subentende como nação ou
país) e onde por mar e por terra afluirá a raça mortal.

E a pergunta que lhe fez Asklepios:

Mas onde estão eles agora, ó Trimegisto?

E a sua resposta imediata:

Estão estabelecidos em grande cidade na Montanha da Líbia. E já vos disse demais !...

TOT, o Trimegisto, proferiu sobre o Egito a seguinte profecia, para que fosse realizada na
Terra:

Egito! Egito! Das tuas relíquias não restarão mais do que as vagas recordações em que a
posteridade será a primeira a não dar crédito... E, sobre a terra fria, palavras, apenas,
contendo a história da tua devoção... O Divino tornará a subir aos céus (o Espírito de Verdade
que, por tantos anos pairou sobre ele, voltaria ao divino, por isso que o deixava abandonado às
suas próprias dores); a Humanidade completamente abandonada, morrerá por inteiro (pelo
que se vê, a profecia estendia-se a mais do que ao Egito, pois todos os povos, como já disse J.
H. Souza, são oriundos daquele tronco e da Índia). E tu, Egito, ficarás deserto e viúvo dos
homens e deuses! Terra santa que eras outrora, amada dos deuses por teu espírito de
devoção, serás a perversão dos santos, a escola da impiedade, o modelo de todos os vícios e
de todas as violências. Então, cheio de desgostos por todas as coisas, o homem não terá mais
pelo mundo, nem admiração nem amor. “

E... a Estrela de Belém, que iluminou os primitivos povos do Egito, hoje ilumina as Terras do
Brasil !...

Aula nº: 25 - 4º Estudo comparativo sobre Avatara

Continuando com esse labor sobre Avatara, cumpre-nos reverenciar com letras de ouro, o
Avatara de Krishna, considerado pela transcendental tradição, como um dos mais elevados,
completos. Ele representou a Vontade máxima de Deus, do Senhor das Eternidades, muito
bem, impulsionando a evolução espiritual do Ser Humano.

Krishna constituiu uma glorificação para a Aryavartha, o antigo nome da Índia.

Aryavartha – Arya, Artha, Arya-Agartha, ou seja, a manifestação do supremo Poder do Áries


Ardente, senão, o Ágnus-Dei, o Cordeiro de Deus tirando os pecados do mundo.

Krishna – este nome pode ser dividido em KRI, SH ou SHIM e NA:

KRI, na linguagem ocidental, equivale ao nome de Cristo, mas o Cristo Universal, ou seja,
Aquele que abençoa e não foi crucificado pelos homens, pelos fariseus. Este nome expressa o
Oitavo Princípio no “Ser Humano”. Isto corresponde ao Humano Ser que logrou alcançar o
mais elevado estágio, na meta da iluminação do Homem... que se qualificou através de seus
atos e trabalhos a favor do próximo, sem visar recompensa.

SH – Shi ou, ainda, Shim, é o Três, a alegoria da Manifestação da Divindade, da LEI Universal
(que é KRI). É manifestação da Idéia Divina, através dos três poderes humanos: Legislativo,
Judiciário e Executivo. Tem como símbolo, o Candelabro das Três Velas, este, por sua vez,
expressa no Ser Humano: Corpo, Alma e Espírito.

NA ou ANA – caldeu – quer dizer céu invisível; a mãe do mar e a mãe terrestre. Daí, talvez, a
origem de Mãe, Maria, Mariana... ... ...

O sentido dessas palavras, nos levam a pensar: Krishna foi realmente um Avatara Integral que,
na sua época, se apresentou para neutralizar o poder negativo, o qual tinha o objetivo de
dominar e retardar a evolução da Humanidade da época.
Os Avataras de Krishna e de J H S, realizaram plenamente o que se expressou pelas divinas
palavras: Escola – Teatro – Templo.

Escola – desenvolvimento da Mente Universal, da Auto-Inteligência;

Teatro – aprimoramento da sensibilidade superior, da Auto-Emoção;

Templo – a ação de Terpsícore, o divino Teatro praticado com assânas, músicas universais,
mantrans, para que a consciência humana possa se integrar na universal.

KRISHNA foi sacerdote, guerreiro e sábio. Como Guerreiro Divino enfrentou os lunares ou
nirmanakayas negros, com o Cisma dos Ionidjas, o que eqüivale nos nossos dias, à luta entre os
que trabalham como idealistas, com sinceridade, e os abutres, os corruptos, ou o que
poderíamos denominar de “solares e lunares”. É a luta entre essas forças opostas que está
muito bem narrada no Bhagavad-Gîta, que é o “Canto do Senhor”. É um episódio do
Mahâbhârata, o poema épico da Índia, que contém um diálogo no qual o “condutor do carro”,
Krishna, e seu discípulo, Arjuna, têm uma discussão acerca da mais elevada filosofia espiritual.

KRISHNA – (sânsc. – Gl. Teos.) O mais célebre Avatara de Vishnú, o Salvador da Índia e seu
Deus mais popular. Foi o Oitavo Avatara, Filho de Devaki e Sobrinho de Kansa, o Rei Herodes
dos hindus que, enquanto o procurava entre os pastores e vaqueiros que o haviam ocultado,
fez matar milhares de crianças recém-nascidas.

A história da concepção e infância de Krishna é o verdadeiro protótipo da relatada no Novo


Testamento, em relação ao Cristo... Ele é representado por uma figura com o corpo esbelto,
cabelos fortemente frisados, com quatro braços, tendo nas mãos uma maceta, um disco
chamejante, uma jóia e uma concha.

Era Filho de Vasudeva e Primo de Arjuna. Para escapar à perseguição de seu Tio Kansa,
Krishna, recém-nascido, foi posto sob o amparo, a guarda, de uma família de pastores que
vivia do outro lado do Rio Yamunâ. Desde muito jovem dedicou-se à prédica e acompanhado
de seus discípulos, percorreu a Índia, ensinando a moral mais pura e realizando prodígios
inauditos. Morreu ao principiar a Kali-Yuga (Idade Negra), há uns cinco mil anos atrás,
transpassado seu corpo e cravado numa árvore, pela flecha de um caçador. Anunciou: ao fim
da Idade Negra aparecerá de novo, para destruir a iniquidade e inaugurar uma Era de Justiça.

No Bhagavad-Gîta, Krishna é a representação da Divindade Suprema ou o Espírito Imortal que


desceu à Terra para iluminar ao Homem e contribuir para a sua salvação. Por isso se
representa ao Deus desempenhando em favor de Arjuna, o papel de guia e condutor de seu
carro no campo de batalha, contra os lunares decaídos, assim como Arjuna é a representação
do Homem, ou melhor dito, da Mônada Humana, como vem prová-lo o significado de Nara
(Homem), que é um dos vários nomes de Arjuna.

No Livro do Dr. Roso de Luna “El Simbolismo de las Religiones del Mundo”, há uma citação
sobre o Avatara de Krishna:
“Os Rishis (Reis), pois, são os que marcam os períodos de tempo nesta Kali-Yuga (Idade Negra)
do pecado e da tristeza, porque, segundo ensinava o Bhâgavata-Purâna, “quando Krishna, o
esplendor de Vishnú, subiu aos céus, a Idade de Kali, durante a qual os homens gozavam no
pecado, invadiu o mundo”. Com efeito, quando os sete Rishis estavam em Magha, principiou a
Idade de Kali (Negra) que compreende 1200 anos divinos, ou sejam, 432.000 anos comuns, e
que alcançará todo seu desenvolvimento sob Nada e seus sucessores (Vishnú Purana, trad.
Wilson IV, 230). Nanda foi o primeiro soberano budista chandragupta, da dinastia dos Morya e
avô de Ashoka.

Encerramos esta monografia com um valioso pensamento de Krishna:

“Como um Sol único ilumina o mundo inteiro, assim o Único Espírito ilumina toda a Natureza. E
quem, mediante a Sabedoria Espiritual, percebe essa diferença entre a Alma e a Matéria, entre
Espírito e Natureza, entre o conhecer e o conhecido, percebe, também, como se liberta a Alma
da Matéria e da Personalidade e alcança a Consciência Espiritual, em que tudo vê como uma só
Realidade, sem ilusão e sem erro.”

Aula nº: 26 - 5º Estudo comparativo sobre Avatara

BUDA e CRISTO

Para complementar o assunto desenvolvido nessas monografias IVR da Genealogia Secreta do


Ser Humano, sobre o estudo comparativo dos Avataras, seria imperdoável se não
inseríssemos, neste quadro, o tema acerca dos sagrados elementos venerados pelos orientais
e ocidentais. O respeito e a veneração tributados aos nomes de Buda e Cristo, são
incalculáveis. Têm muito peso esses dois nomes, embora tenha havido muitos outros Deuses,
Avataras, etc. O pensamento de milhões e milhões de Adeptos, budistas e católicos, criou, sem
dúvida, potentíssimas egrégoras que se apresentam em forma de anjos, etc. Buda no Oriente e
Cristo no Ocidente constituem, com efeito, os patronos da espiritualidade nesses dois
Hemisférios. A rotina do pensamento, da crença, de modo geral, limitou o sentido impessoal,
sobre essas duas Chaves Históricas, do verdadeiro iniciado. Quem quiser penetrar o sentido
profundo de quanto foi escrito sobre Buda e Cristo, usando a mente abstrata, observará que,
na verdade, ELES são Essência, Energia, LUZ, a mais elevada Onda de Vida que é captada, por
elevadíssimos Seres que assim, a manifestam em revelações, sabedoria, a Sabedoria Eterna.
Por isso nos dizem os sábios, os conhecedores da Ciência das Idades: “Senhor Gautama, o
BUDA, e Jesus, o CRISTO – o primeiro no Oriente e o segundo no Ocidente – constituem,
nesses últimos século, os Pratos da Balança Espiritual, aferindo o valor dos homens, em
relação aos conhecimentos sagrados...” Segundo afirmam as tradições relativas à Vida de
Gautama, o Buda, Ele disse: “Quando eu morrer, meu Espírito pairará sobre o Mundo”. De
fato, Buda, como Essência, continua pairando sobre o Mundo, como sói acontecer com a luz
do Sol, as ondas sonoras, o Hálito de Vida, etc. Buda é a Vida Universal envolvendo a tudo e a
todos. Quando há necessidade cíclica, age, manifesta-se como Bodsatwa ou toma forma, a fim
de impulsionar a dinâmica evolucional no mundo dos homens, através de seres preparados
iniciaticamente para tal fim, missão, etc.

BODISATWA – este termo pode ser dividido em Bodi ou Bodhis mais Satwa.

Bodhi tem o sentido de sabedoria. Satwa, verdade, força, estabilidade. Logo, Bodsatwa é
aquele que conquistou o verdadeiro equilíbrio, tornando-se Justo e Perfeito.

Para melhor esclarecer a exposição de nossas idéias acerca deste assunto aqui estudado,
apresentamos as considerações:

Buda – o de imutável e eterna sabedoria abstrata;

Bodha – étimo do termo Buda, com o significado de posse inata da inteligência ou mente
divina que, aliás, é a característica dos Avataras (portadores da Essência de Buda).

Budhâ – é a aquisição da inteligência ou mente divina por esforço próprio da personalidade ou


do Ser Humano. Dá a faculdade de Budhi.

Budhi – Esta é a faculdade de conhecer, é o canal pelo qual se chega ao perfeito discernimento
do bem ou do mal, senão, da ação da polaridade da manifestação da Vida, em todos os setores
de atividade. Pode ser, também, a Consciência Divina, a Alma Espiritual, senão, Atmã-Budhi
(de nossos estudos anteriores) como veículo do ATMÃ ou o supremo Princípio Crístico, ou seja,
o máximo estágio da evolução dos iniciados verdadeiros.

Recorremos ao Dr. Mario Roso de Luna, no seu Livro “Simbologia Arcaica”, para oferecer ao
leitor desta monografia, algo acerca de Jesus, o Cristo. Nessa obra citada, há um trecho de H.
P. B. que transcrevemos:

“Aludindo a Jesus, o grande Iniciado da Galiléia, escreve a nobre Mestra, autora da Doutrina
Secreta:

Seis séculos depois do trânsito de Gautama, o Buda, outro REFORMADOR, tão nobre e tão
amante da Verdade como ELE, aliás, menos favorecido pelas circunstâncias, pois surgiu em
outra parte do mundo, entre gente bastante menos espiritualizada que aquela da Índia. Os
resultados obtidos por ambos os Salvadores do Oriente e do Ocidente, oferecem grandes
analogias. Milhares de almas boas converteram-se às respectivas doutrinas dos Mestres,
porém, os indiciosos inimigos que contra uns e outros suscitaram o sectarismo, os hostilizaram
com maliciosas tergiversações da Verdade que, por sua índole oculta, resultaram duplamente
perigosas. Os brâmanes disseram: ‘Buda, com efeito, é um Avatara de Vishnú que veio
vulnerar com sua doutrina, a fé ortodoxa dos brâmanes e, por isso, devemos detê-lo como
mau aspecto de Deus’... De Jesus, do mesmo modo, disseram também, por sua parte, os
gnósticos bardesianos e outros ortodoxos semelhantes, que Ele era o ‘Nabu’ ou falso Messias
que vinha vulnerar com perigosas doutrinas, as bases das seitas estabelecidas. Acontece,
porém, a bem dizer, a palavra ‘Naba’, em hebreu, significa todo aquele que fala por inspiração
e ‘Nebo’ é o inspirador supremo e não é, senão, o Deus da Sabedoria de Mercúrio, a quem o
monograma hindú dos 7 Planetas considera como ‘Buda Celeste’. Por isso os talmudistas
chegaram a sustentar que Jesus esteve inspirado, em seus ensinamentos, pelo próprio Espírito
Planetário de Mercúrio, o que Guillermo Jones identifica, também, com Gautama, o Buda.

A seguir, inserimos aqui outro trecho sobre o Cristianismo:

Em tempo próximo à Era Cristã, viajando Apolônio de Tiana, em busca dos sábios da Índia
setentrional, encontrou uma comunidade de Adeptos que nada necessitava; possuíam tudo e
denotavam maravilhosos poderes. Julino Martins é testemunha dos poderes extra-físicos de
Apolônio de Tiana, os quais foram adquiridos, como discípulo dos Adeptos. Os gnósticos
cristãos apareceram no segundo século, precisamente na época em que desapareceram
misteriosamente os essênios, o que indicou que eram aqueles os próprios essênios. A Doutrina
Secreta declara que as várias seitas gnósticas foram fundadas por iniciados. Aceitam, sem
dúvida, a metempsicose e a Serpente Sagrada figura em muitas jóias gnósticas. O elemento
budhico que, de modo evidente, domina em sua doutrina, tem sido observado por muitos
eruditos e insignes Adeptos. Os termos Nazar e Nazareth, das antigas Escrituras, equivalem ao
de Adepto e, portanto, resulta clara a relação entre os iniciados e a seita dos nazarenos. Em
realidade, a doutrina secreta dos magos, a dos budistas pré-védicos, dos hierofantes egípcios
de Hermés, assim como a dos Adeptos, iniciados de todas as épocas e nacionalidades, inclusive
os cabalistas caldeus e os nazarenos, tiveram a mesma origem.

O caso de Jesus oferece as mesmas possibilidades que o de todos os Adeptos e Avataras como
Krishna, Gautama e Sankara, os quais, em seus respectivos países, gozam da mesma adoração
que os cristãos tributam a Jesus de Nazareth. Para se perquirir os valores, a importância de um
Adepto ou Instrutor do Mundo, devemos observar este ensinamento:

“Assim é que a semelhança biográfica não se deve buscar nos atos correntes da cotidiana vida
dos Adeptos, senão nos feitos capitais de sua carreira, como instrutores religiosos. Tudo isto se
funda sobre bases astronômicas que, ao mesmo tempo, servem para representar os graus e
provas de iniciação, sendo a mais importante, a descida aos reinos das trevas e da matéria, de
onde surgem como “SOL DE JUSTIÇA”. Assim, pois, esta prova é mencionada na história de
todos os Salvadores, desde Orfeu e Hércules até Krishna e Cristo. Diz Eurípedes: Herácleo
chega do seio da morte, da inferior morada de Plutão... E Virgílio escreve: Ante Ti tremeu a
laguna estígia. Ante Ti se amedrontou o Cão Cérbero. Contigo não se atreveu lutar Tifón. Salve,
ó verdadeiro Filho Jove que és glória dos Deuses (Eneida, VIII, 274). Orfeu busca no Reino de
Plutão a Eurídice, sua perdida Alma. Krishna, símbolo do Sétimo Princípio, desce aos infernos e
resgata seus seis irmãos. Transparente alegoria da perfeita iniciação e que o conjunto dos seis
Princípios se submerge no Sétimo. Jesus descendo, também, aos infernos, para de lá tirar a
Alma de Adão, símbolo da humanidade física. Cuidaram ou trataram alguma vez, os eruditos
orientalistas, de buscar a origem desta alegoria na “Árvore da Vida” ? Segundo demonstram
suas próprias interpretações exotéricas e extraviadas, no Rig-Veda, o mais antigo e fiel dos
quatro livros sagrados dos Vedas, chama-se a esta alegoria, raiz, a semente dos futuros
Salvadores; Vishvakarmam, o 7º Princípio, “PAI”, mais além da compreensão dos mortais. No
segundo Aspecto é Surya ou o Filho que se oferece em sacrifício a si mesmo. No terceiro, é o
iniciado que sacrifica seu ser físico ao espiritual, na mais perfeita, admirável e incompreendida
das renúncias redentoras em prol da Humanidade. Assim, a chave da iniciação, nos grandes
mistérios da Natureza, está forjada no Vishvakarmam, o “omnieficiente” que, misticamente,
chega a ser Vikartana ou “o SOL privado de seus raios” que sofre a causa de sua ardente
natureza e depois alcança a glória por purificação. Temos aqui o segredo da maravilhosa
semelhança entre as biografias místicas dos Adeptos”.

O supremo Iniciador dos homens livres, Professor Henrique José de Souza, usava saudar, no
ato da realização ministrada por Ele, as sublimes palavras: ADI BUDA VAHAM BUDA. Que é ADI
BUDA?

ADI-BUDA – Adi-Buda ou simplesmente ADI, é o UNO, o primeiro ou a suprema Sabedoria. É


um termo usado por Aryasanga, em seu tratado secreto e, na atualidade, por todos os místicos
e budistas do Norte da Índia. E, ademais, é uma palavra sânscrita e uma denominação dada
pelos primitivos ários à Deidade desconhecida, não encontrando substituição na palavra
Brahmã, nem nos Vedas nem nas obras mais primitivas. Ela significa a Sabedoria Abstrata ou,
como traduz Fitzedward Hall: Adi Buda, a Causa primeira e increada do Todo. Devemos, pois,
transcorrer os “eons” ou ciclos cósmicos de duração indizível, antes que qualquer epíteto
“Buda” fosse humanizado, por assim dizer, para aplicá-lo aos mortais e adjudicá-lo, finalmente
a um, cuja virtude e sabedoria incomparável deram motivos a que fosse adjudicado ao título
de “Buda”, ou seja, a imutável Sabedoria Abstrata...

Atribuem ao grande Gautama, o Buda, as palavras: Quando eu morrer, meu Espírito pairará
sobre a Terra! Se, de fato, Buda designa a Essência Divina, senão, a Vida Energia cósmica,
sempre eterna e permanentemente, pairará sobre a Terra. Quando necessário for, torna a
vibrar, encarnar, ciclicamente, num Bodsatwa, num Salvador, a fim de impulsionar a dinâmica
evolucional da Mônada Humana. Pois assim aconteceu com Krishna, Orfeu, Sankia, Gautama,
Jesus, Ramakrishna e muitíssimos outros Seres que glorificaram a Face da Terra, com a sua
presença. Todos, tendo como escopo transformar a Vida Energia em Vida Consciência. A Vida
Energia como se fora, por exemplo, o Inconsciente Coletivo da Humanidade e, essa Vida
transformada em Vida Consciente, pela ação dos maravilhosos Bodsatwas. Ora, alcançar a
Budeidade e alcançar a Iluminação, tem o mesmo sentido, é o mesmo ato. Cristo, a Suprema
LUZ, a Inspiração Divina, no alto das Montanhas, no cume dos Montes, pairando sobre as
nuvens, de braços abertos, fitando a Humanidade firmemente, conclama os homens à prática
de amar uns aos outros, perdoar seus inimigos, voltando os olhos e a mente para a Divindade,
como símbolo da Unidade. Conclama os seres humanos a se integrarem na Idéia de “Um por
Todos e Todos por Um”. Isto porque o sangue que corre nas veias dos Bodsatwas, Oráculos,
Profetas, corre, também, nas veias de qualquer mortal. Petencoste é o Sangue dos Manús, dos
Bodsatwas, transformando o sangue dos mortais. Ora, a imortalidade também se processa
fisicamente!

ADI BUDA VAHAM BUDA ! ! !

Saber ! Amar ! Perdoar e Trabalhar ! ! !

Aula nº: 27 - HIERARQUIAS CRIADORAS

Apresentamos o estudo da mecanogênese dos Avataras, através de várias monografias. Agora


vamos nos propor pensar nas Hierarquias Criadoras, complementando a Missão dos Avataras.
Este assunto, Hierarquias Criadoras, demonstra a individualização progressiva da Suprema Luz
até o Ser Humano e até o infusório.

Atribuem ao grande Heródoto, as palavras: “a construção das pirâmides foi realizada do


vértice para a base”. Isso constitui um absurdo para a ciência materialista, no campo das
limitações de sentidos, entretanto constitui um aspecto da Verdade, uma informação útil para
se penetrar na área da abstração e é ponto essencial para se compreender o sentido da
cosmogonia, senão, da Metafísica: da Meta, Metástase Avatárica ou Manifestação da
Divindade.

A Meta do Poder de Criação, da Suprema Mente Infinita, é a transformação da UNIDADE na


multiplicidade de formas viventes, a fim de haver a conversão da Vida-Energia em Vida-
Consciência, o que, dentro da linguagem moderna, significa converter a antimatéria em
energia inteligente, em mente; a Vida-Energia, o poder do pensamento trabalhado pelo
cérebro humano.

Se não nos falha a memória, foi o Padre Antônio Vieira ou outro Pensador do mesmo nível que
afirmou: “Deus cria geometrizando”... ... Logo, compreendemos que o Criador criou os planos
de condensação da Suprema Energia, geometrizando, por isso, alegorizamos os 4 Planos da
Manifestação da Divindade, do Eterno, por 4 círculos concêntricos. Esses 4 círculos, os gregos
denominavam de Logos e mais o Globo físico ou, então, 3 círculos concêntricos e mais um
ponto, no centro do menor. Isso é no ponto de vista de Vida Universal, Energia Cósmica mas, a
parte consciente, a parte luminosa, de energia inteligente, pensante, é denominada de
Hierarquia ou Jerarquia.
HIERARQUIA – consoante a definição do Professor Antenor Nascentes é “ordem de
subordinação das categorias, poderes, patentes, dignidades, qualquer classificação por ordem
(do grego ‘hierarchia’)”.

Essas Hierarquias têm perfeito relacionamento com os Elementos da Natureza – Ar (Hálito),


Fogo, Água e Terra – consoante o quadro estabelecido pelas teogonias sagradas, da
subordinação da Vontade do Logos Criador, de Deus... num sentido progressivo do
Incognoscível ao plano mais limitado ou denso.

O Supremo Instrutor do Mundo, J H S, classificou os Planos de origem das Hierarquias


Criadoras da “VAGAS DE VIDA”, ou seja, a Energia Cósmica que preenche esses espaços vazios.

Do “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de J H S:

“Chama-se Vaga de Vida a uma emissão de Vida do Logos. Podemos distinguir três Vagas de
Vida:

Primeira Vaga de Vida: proveniente do Terceiro Logos (a Terra); dá-se-lhe o nome de Mônada
do Átomo, pois é graças à sua ação que se formam os átomos;

Segunda Vaga de Vida: ou Mônada da Forma, proveniente do Segundo Logos (do Céu). Dá aos
átomos formados pelo Terceiro Logos, o poder de coesão que lhes dá a possibilidade de se
agregarem em formas mais ou menos estáveis;

Terceira Vaga de Vida: ou Mônada da Individualização, proveniente do 1º Logos; dá do EU-


CONSCIÊNCIA, pela união do Espírito mais alto com a forma animal, proveniente dos reinos
inferiores...”

Um outro sentido que se dá ao termo, é de projeção ou transferência de Vida de um globo


para outro, em uma Ronda (tempo de duração). Poderíamos, ainda, chamar de Vaga de Vida à
nova emissão de Vida do Logos, no começo de uma Ronda e que entra no primeiro reino
elemental de um Universo imediato.

Podemos mencionar aqui, o Espírito, a parte sutil, estado de essência expresso pelo artista,
cinzelando a matéria, a fim de modelar as formas harmônicas e perfeitas. De modo que no
nosso plano denso, as Hierarquias Criadoras têm como escopo, modelar formas. Forma tem o
sentido de “Homem de Barro” (corpo físico, limitado, de que falam as escrituras sagradas).

O Bem, o Bom e o Belo são só os três aspectos da Mente do Logos Criador, tentando modelar
as perfeitas formas, de modo que as Vagas de Vida tenham êxito no labor da argila dos
universos em formação. Quanto melhor for a qualidade da argila, tanto melhor será a Obra do
Criador. De modo que Espírito e Matéria, Inteligência e Cérebro, são irmãos inseparáveis na
criação dos mundos e de seus habitantes, respectivamente, Vida-Energia e Vida Consciente.
A Mente Divina do Criador, de Deus, descendo para o campo da Manifestação, atingiu o ponto
máximo de densidade, neste arco evolucional, que simboliza o mergulho do Supremo Criador
no imenso Oceano da Obscuridade absoluta, transformando as trevas em Grande LUZ.

Como elementos primordiais que entram na constituição do Universo, há os 4 Elementos, de


muitas interpretações: AR, FOGO, ÁGUA e TERRA... Os três primeiros não têm forma própria,
somente a Terra se apresenta como sólida... Esses 4 Elementos, apresentamo-los como sendo
a Vida-Energia, a Natureza, os 4 Espelhos de Deus, senão, as 4 Mães-Naturezas, as 4 Grandes
Shaktis. As partes conscientes, portadoras de Mente Criadora, desenvolvida ou a desenvolver-
se, são as seguintes Hierarquias, respectivamente relacionadas com os 4 Elementos da
Natureza, aqui citados: Assuras, expressando a ação do Elemento AR (Hálito); Agnisvatas, com
o Elemento FOGO; Barishads com o Elemento ÁGUA e Jivas, com o Elemento TERRA. Esses 4
Elementos constituem a Cruz Mundanal. Essas 4 Hierarquias constituem a parte consciente do
Universo, com a mente, com a inteligência superior bem trabalhadas. Elas, embora de
naturezas e estágios evolucionais diferentes, trabalham harmonicamente, obedecendo à
Harmonia do Universo. Elas são como os dedos da mão do Ser Humano: todos têm tamanhos
diferentes, mas funcionam harmonicamente. Perfeita idéia de trabalho de equipe. O trabalho
harmônico dessas Hierarquias expressa, perfeitamente, a “Democracia Cósmica”. Cada
Hierarquia funciona, dominando seu Plano, mas obedece à LEI CÍCLICA, representante da
Grande UNIDADE. Isto está muito bem expresso pela sublime frase: UM POR TODOS E TODOS
POR UM ou, então, O UNO NO TODO E O TODO NO UM! No ponto de vista da Matemática
Divina, os Senhores dos 4 Estágios, relativos à Consciência dessas 4 Hierarquias, são
portadores das 4 Dimensões.

Pensando nas dimensões dessas 4 Hierarquias, compreendemos o que representa a base da


grande Pirâmide Evolucional. Baseados no dito de Heródoto, concluímos que essas 4
Hierarquias dão-nos a idéia de que elas foram criadas, mas os seus Criadores são de
Hierarquias subjetivas, sem forma física, mas têm forma e poder luminosos. Elas criam com o
Poder da Mente Universal, enquanto que as 4 outras o fazem do ponto de vista material.

Passamos, agora, a caracterizar as 4 Hierarquias Criadoras, citadas neste estudo e nesta


monografia IVR nº 28. É uma classificação das Tradições e da Ciência das Idades:

Primeira Hierarquia – ASSURAS – Têm o sentido de “Filhos do Hálito Divino”. Seres portadores
do mais elevado estado de consciência, mais alto estágio evolucional, no ponto de vista
espiritual do nosso Sistema de Vida. São os portadores da Vontade Divina.

ASSURAS: AS dá a idéia de escribas, também denominados de “Lipikas”. Precisamos prestar


atenção acerca do termo ASURA: SURA vem de Surya, o SOL, e Sura é como se fossem raios
deste SOL Surya que tem o sentido de Deus, em nossa Língua; A é um prefixo que dá o sentido
de negação, do que é negativo. ASSURA quer dizer “não Deus”, a negação de Deus, logo, é o
demônio, o do poder negativo. Esta Hierarquia está relacionada com o que o Filósofo J H S
classificou em seu Livro “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de terceira Vaga de Vida.
Segunda Hierarquia – PITRIS AGNISVATAS – são os portadores da Supra-Inteligência ou Mente
Divina. São os mais elevados Seres que desenvolveram a Mente Divina. São denominados nas
teogonias sagradas de “Filhos do Fogo”, mas do FOGO como alegoria da ação da Inteligência
Cósmica. São os que individualizam a Mente Universal. Dividimos este termo AGNISVATAS em
AGNIS – que quer dizer FOGO da Vida – e VATES que são os vaticinadores, os poetas, os gênios
inspiradores. Têm o centro de consciência no Todo, por isso vaticinam, porque conhecem o
passado, o presente e já avançaram no futuro do que serão os universos que virão para o
campo da evolução material. Os primitivos vedantinos executavam um Hino de título “AGNI”,
antes de qualquer ação mental, estudo... a fim de estimular o cérebro a penetrar na abstração;
o som tirava-os das limitações rotineiras do mental concreto. Está bem relacionada esta
Hierarquia com a 2ª Vaga de Vida.

Terceira Hierarquia – PITRIS BARISHADS – são os que já desenvolveram plenamente a Supra-


Emoção ou Emoção Divina. Graças ao potentíssimo Poder da evolução dos Membros dessa
Hierarquia, quando foi necessário agir ostensivamente, na primitiva Grécia, Grécia de Platão,
trouxeram para o mundo os conhecimentos do futuro, da revelação, através dos Oráculos,
Pitonisas, porque são portadores de uma hipersensibilidade para as coisas divinas. Esta
Hierarquia está bem relacionada com a Primeira Vaga de Vida de JHS.

Quarta Hierarquia – JIVA – No precioso Livro “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de JHS, há


este majestoso esclarecimento:

JIVA – Palavra sânscrita que significa “EXISTÊNCIA”. É Vida Absoluta, a Vida Cósmica, e as vidas
particulares, princípios vitais permanentes no Ser Humano. Quando Seres Jivas, em evolução
espiritual, atingem o sétimo e último estágio, no ponto de vista espiritual, recebem o nome de
Jivamukta, ou seja, portador de Jivatmã ou o Jiva que se integrou no Atmã, o Sétimo Princípio.
Jiva é, ainda, o Fluído Vital ou Prana.

Os humanos seres que conseguiram atingir o estágio de Jivatmã, o Princípio Crístico, tinham
como escopo equacionar os temas de meditação dos textos sagrados e dormirem sobre os
mesmos. O Ser Humano, o Jiva, e todos os demais que se acham em formação, “fizeram-se” e
não, foram feitos. A evolução espiritual não se faz por decreto, nem por pistolão.

Inserimos aqui, o texto de um Livro Sagrado de Duat, para aqueles que desejam, sinceramente,
subir ou escalar a Montanha da Sabedoria Eterna:

“As águas dos 4 Rios Celestes são aqueles que dão movimento rotativo quaternário à grande
Roda da Vida, onde se espelha a Face do Ancião das Idades. É a região do silêncio móvel, cujo
ruído só ouvem aqueles que não perscrutam apenas através da visão dos dois olhos físicos. O
Olhos Espiritual do duplamente nascido, ali toma forma latente dos Dois Olhos que servem
naquele lugar, de base ao luminoso TRIÂNGULO EXISTENTE NO SEIO DO UNIVERSO. É aí, neste
lugar, onde se acha entronizado o Anjo Intérprete do Som que se transforma em Palavra na
sua Boca. Ele é UM, mas quando fala, é como se fosse três que falassem. No entanto, possui
ELE duas Faces: uma voltada para o Sol e outra voltada para a Terra. A 1ª iluminada pelos raios
deste mesmo SOL ETERNO. Por isso fica ELE sendo, o mesmo SOL NASCENTE. A outra é voltada
para a Terra, enquanto a Lua inverter a ordem das coisas. Sol, Lua e Terra, eis o grande
Mistério para ser decifrado!”

É através da meditação dos textos sagrados que o Ser Humano, constrói a sua pirâmide de
Mente Divina, para alcançar, no seu vértice, o Portal Celeste que ilumina a Alma Humana. EIS A
GRANDE DIFICULDADE!

Aula nº: 28 - ORDEM COMO COBERTURA DOS AVATARAS

A manifestação da Vida Universal, da Energia Suprema e da humana vida se processa através


da ação dos pólos positivo e negativo. Logo, a ação dos pólos é uma LEI Universal que funciona
em vários planos cósmicos. Observemos os dados que se seguem:

Primeiro: Tomando como base de estudo a “Chave Geométrica dos Ensinamentos


Iniciáticos, os dois triângulos entrelaçados, um de vértice para cima e outro de vértice para
baixo, formam a figura sagrada do Hexágono... Nessa admirável figura, observamos o labor do
passado e do futuro evolucional do Mundo, manipulados pela ação do presente.

Segundo: Há a idéia do Espírito e Matéria (Maitreya, etc)...

Terceiro: Entre os maçons, se expressa através do Ouro Filosofal e da Pedra Cúbica.

Quarto: O pensamento humano vive às voltas com as expressões do que se denomina de Bem
e Mal.

Quinto: Os eminentes Kabalistas falam no AVÔ DO UNIVERSO, senão, nos dois Senhores: o de
Barba Branca e o de Barba Negra; a dupla Barba do Eterno.

Sexto: Os valorosos espiritualistas baseiam seus estudos de cosmogênese e antropogênese,


no Triângulo Indeformável e Quaternário Cósmico – base da grande Pirâmide Evolucional. Há o
Ser Humano e a Natureza.

Sétimo: Algo semelhante se dá com a manifestação dos Avataras na Face da Terra, sempre o
fazem através de duas organizações, à guisa de cobertura, de defesa, de duas Colunas: uma de
natureza templária, artística, arquitetônica, beleza... ... ... e a outra, de natureza maçônica,
externa, política, científica, histórica... Consoante os ensinamentos do Excelso Senhor JHS,
Iniciação Assúrica e Jiva. Mistérios Maiores e Mistérios Menores. Essas duas colunas (J e B),
essas duas organizações que acompanham os Avataras, são denominadas de “Ordens”. Por
isso as tradições falam em Ordens Secretas. São Secretas porque seu trabalho é permanente.
Agem como se fora o organismo de um ser vivente: trabalham internamente, não são vistos e
quando um órgão para de funcionar, o seu par entre imediatamente em dupla ação, trabalha
dobrado. Os Membros das Ordens são aqueles que dão com a destra, sem que a sinistra veja
ou tome conhecimento do ato.
Essa teoria que expomos neste estudo, está solicitando uma pergunta: QUE É ORDEM?

ORDEM é sistema, regime, conjunto, ordenação das cousas de maneira que cada uma delas
ocupe o lugar que corresponda à sua natureza e, na ordem geral, se diz das leis gerais em que
pousa a moral – esta palavra tem infinito número de aplicações e acepções. Significa, ainda,
dever, regra, ação equilibrada do Ser Humano.

Consoante a Idéia, os supremos conhecimentos do Supremo Instrutor do Mundo, J H S, há


duas Ordens primitivas e de cunho iniciático: a DÓRICA e a JÔNICA. Embora haja outras,
preferimos pensar nestas.

Dórica – D ... , Devek, união. Daí surgiram as sublimes palavras: “Um por TODOS e Todos por
UM”.

Jônica – J ... , Josephi, beleza, perfeição, Justus et Perfectus...

Destacando as iniciais das duas Ordens primitivas, D ... e J ... (Dórica e Jônica), interpretamo-las
como sendo o Deus Júpiter ou Dever e Justiça ou, ainda, Deva Jupteriano.

A mitologia dos povos está cheia de expressões como estas: “Deuses Alados”, “Cavalos Alados”
e dizem que Júpiter Alado eqüivale ao trabalho do Deus Mercúrio, o Senhor ou Patrono da
Sabedoria Eterna.

Citar os nomes de todas as Ordens Secretas que existiram no mundo, seria a coisa mais
impossível a qualquer autor que se dedicasse a trabalho tão espinhoso. Sim, porque de
inúmeras delas, até os nomes são desconhecidos. Bastava isso, para não se poder dar a
semelhante trabalho, o nome de “História autêntica das Sociedades Secretas”. Por isso,
preferimos citar as maiores, as que estiveram em maior evidência. Por exemplo, a dos Fiéis do
Amor, a que pertencia Dante Alighieri, não eram mais do que uma ramificação da mesma
Ordem dos Monges Construtores.

Que dizer dos Cônegos do Santo Sepulcro, Cônegos do Santo Templo de Jerusalém, Cavaleiros
Beneméritos da Cidade Santa, Cleo de Nicoste da Ilha de Chipre, citada pelo Ministro Wurmb,
em uma das suas cartas. Há, ainda, a Ordem dos Irmãos Asiáticos, os Cavaleiros da LUZ, os
Irmãos Africanos que tanto vale pela Ordem dos Cavaleiros do Deserto que bem poucos
ouviram falar em tal nome; Ordem de Malta, Franco-Maçonaria, Ordem de Aviz, Ordem de
Mariz. E tudo isso ainda é nada, diante do vultoso número de Ordens Secretas aparecidas no
Mundo.

Não podemos deixar de colocar em destaque, a denominada de “MAÇONARIA DOS TRAISHUS-


MARUTS”, dada a sua importância na ordem dos acontecimentos para a Superação dos Ciclos
e a Meta para o Trabalho Evolucional dos Avataras.

Acerca da Maçonaria dos Traishus-Maruts, o Grande Senhor JHS fez vibrar em nosso cérebro
esse nome e, naturalmente, a sua existência e seu Trabalho, mas não detalhou como é a sua
organização nem, com minúcia, o seu Trabalho e como agem, pois o termo “maçonaria” já está
nos advertindo: “o silêncio é de ouro, as palavras são de prata”... O silêncio é de ouro,
sugerindo que quem não fala, pensa, age; a palavra é de prata porque esta desgasta a Idéia,
que é o Espírito de Deus no Ser Humano. Segundo a concepção dos novos maçons, o Grande
Senhor iria agir contra o que determina o Décimo “Landmark”.

Nada impede ao discípulo, no entanto, estudar o assunto, analisando as palavras, os nomes,


dentro da chave dos conhecimentos iniciáticos.

Por exemplo, Traishu-Marut, escrito deste modo, dividimo-lo em Trai, Shu e Marut. Trai tem o
sentido de três e, segundo Pitágoras, este número reina por toda a parte. Dentro do
simbolismo maçônico, expressa o Grão Mestre e as suas Colunas: JAKIM e BOHAZ, Colunas J e
B, João Batista, etc. No ciclo do Oriente era expresso pela Tríade: Buda-Vivo, Traishu-Lama e
Dalai-Lama; no Ocidente, Cristo, José de Arimatéia e Nicodemus; São Germano, Cagliostro e
José Bálsamo (este foi pouco conhecido pela História).

Shu é a 49ª letra do Alfabeto Sânscrito, mas do Alfabeto esotérico, porque o exotérico conta
com 48 letras. O sagrado nome desta letra Shu, tem por grafismo O|O e seu sentido é “Luz”.
Simboliza a cabeça do iluminado, ou seja, Jnânendriya, o órgão do conhecimento perfeito. Por
isso se fala nos 49 Filhos de Fohat e nos 49 de Kundalini e mais os 13 do Triângulo
Indeformável é igual a 111, ou sejam, os 111 Mahatmas ou Sábios Chineses que representam,
no seu conjunto, a Palavra Perdida, pois quando estão em Assembléia, automaticamente está
vibrando o potencial da “Palavra Perdida”.

Maruth – nos Vedas é algo muito místico (místico no sentido de iluminado, de sentir sua alma
vibrar com a métrica da Harmonia das Esferas) e corresponde à Hierarquia de Seres
denominados de Agnisvatas.

Maruth sem o “th” é Marú que pode ser dividido em Ma e Ru:

Ma – Mar da Idéia de Água (esta é vida);

Ru – invertido dá Ur que é Fogo. Logo, é a ação da Água e do Fogo. A combinação destes dois
elementos da Natureza, dá o vapor. Outrora, os vapores mágicos envolviam os oráculos, a fim
de transmitirem aos seres humanos profanos, os grandes aspectos da Verdade, da evolução do
mundo da época.

Traishu-Maruth – tomando-se como chave de conhecimento estas iniciais T e M e invertendo-


as, temos M e T, iniciais do régio título de Melki-Tsedek.

Com efeito, os Traishus-Marutas são os mantenedores do Culto ou da Igreja de Melki-Tsedek.


O Traishu-Lama foi um dos seus Chefes, no velho Ciclo.

Lama = Lá + am ou LAM = Prithivi, Terra!

Lá + ismo ou Lamaismo é a Religião do Espírito na Matéria, ou seja, a materialização do


Espírito.

Lama – invertendo a primeira sílaba para AL, temos o termo ALMA. Pensando em Alma, temos
a idéia da evolução da Alma ou Itinerário de IO em ação.

LAMA – trocando-lhes as letras, temos o termo A MAL ou amal que nos dá o sentido de algo
que é contra o mal, contra o que é negativo.
De modo que a Maçonaria dos Traishus-Marutas tem por escopo aplicar a Maiêutica,
universalmente, ou seja, a arte de partejar as almas!

Mais uma vez repetimos, em homenagem à Ordem do Santo Graal:

O “Culto de Melki-Tsedek” tanto vale por “AMOR, VERDADE e JUSTIÇA” por isso mesmo, os
dirigentes dos povos que não forem harmônicos com esses três espirituais princípios, mais
hoje, mais amanhã terão de ser punidos, através de outras três palavras julgadoras que são as
mesmas que se manifestaram no Festim de Balthazar: MANE – THECEL – PHARES... Pesado,
medido e contado e não “contados serão os teus dias” como julgam os não iniciados nos
Grandes Mistérios da Vida...

AMOR, VERDADE e JUSTIÇA

Aula nº: 29 - Medidas Áureas

“Os fatos se repetem, mas a evolução é sempre diferente” – JHS

“As proporções e simetrias são ritmos da Natureza, reversíveis e contínuos, que se produzem
no espaço”.

Quando o Homem, levado por sua Vontade, manifestada como impulso interior, quer criar
uma forma, ele nada mais faz do que repetir a Natureza, pois é nesta que se encontram a
Harmonia e as Divinas Proporções.

Platão, Vitruvio, Alberti, Pacioli, chegaram a estabelecer duas formas contrapostas de simetria
proporcional, outorgando distintas hierarquias estéticas. Para chegarem a estas classificações,
basearam-se nas diversas maneiras em que é possível dividir uma reta e um espaço. O número
de divisões que se pode efetuar é infinito, mas eles fixaram suas atenções em dois,
especialmente: ou bem dividiam a reta em duas partes iguais e simétricas, ou em partes
desiguais, numa relação de interdependência que Euclides chamou de “MÉDIA E EXTREMA
RAZÃO”.

A divisão igual e simétrica da reta, gera formas iguais e não semelhantes, ao passo que a
divisão da reta ou do espaço, obedecendo às regras da “Média e Extrema Razão”, nos
aproxima das formas que nos oferece a Natureza.

No campo dos seres vivos, a simetria e a proporção mudam de configuração, obedecendo um


ritmo pulsante e assimétrico, que cresce sem aglutinar-se, numa expansão de dentro para
fora. Este crescimento deixa sinal rítmico da sua constante presença em todos os organismos
vivos.

Pitágoras amava estudar estas formas da Natureza e relacioná-las com a geometria harmônica.
Esta geometria tem como chave mestra a divisão de uma reta em “Média e Extrema Razão”,
mãe do pentágono. Segundo Platão, o pentágono é a figura de cuja combinação “Deus serviu-
se para traçar o Projeto do Universo”. Para os pitagóricos, o pentágono era o símbolo da saúde
e da harmonia viva. Em tal figura pode-se inscrever um homem com os braços e as pernas
abertos, de modo que cada perna, cada braço e a cabeça corresponda a um ângulo do
pentágono.

Este é o símbolo do microcosmo.

A divisão de uma reta em Média e Extrema Razão foi chamada por Leonardo da Vinci de
“Seção Áurea” e Kepler deu-lhe o nome de “Seção Divina”.

Em síntese, a Divina Proporção é: um segmento AB que queremos dividir em Média e Extrema


Razão, traçamos uma perpendicular em B, e sobre esta perpendicular determina-se BD que é
igual a AB dividido por dois. Traça-se AD e tomando como centro o ponto D, traça-se um arco
marcando o ponto E. Logo, temos em AD, o segmento DE igual a DB. Fazendo centro em A,
traçando-se um arco do ponto E à reta AB, encontramos o ponto C. O ponto C determina AC e
CB que está na relação pedida, Média e Extrema Razão ou Medida Áurea.

O pentagrama cujas linhas inserem a Medida Áurea, como podemos demonstrar:

As duas linhas menores que formam o comprimento da terceira linha, e a segunda e terceira
linhas formando o comprimento da quarta, dá-nos as proporções do “Corte de Ouro”.

Oculto no interior do pentagrama, está, também, o segredo de onde se originou a partir de seu
triângulo de ouro, o retângulo de ouro, que os gregos tanto admiravam pela beleza de suas
proporções e suas qualidades mágicas.

Este retângulo tem uma forma notável. Pode reproduzir-se matematicamente, uma e outra
vez infinitamente. Basta traçar uma circular menor para criar um irmão menor:

Ou traçar uma circular maior, para criar um irmão maior.

Grandes ou pequenos, eles sempre mantém a mesma proporção. Para os gregos, o retângulo
de ouro representava a Lei matemática da Beleza. Nós o encontramos em toda a sua
arquitetura clássica e, também, em suas esculturas. Na pintura, Miguel Ãngelo, Rafael e
Leonardo da Vinci o usavam como traço principal, como evidência “La Gioconda”. Durante
séculos o Retângulo Áureo dominou o ideal de beleza do mundo ocidental. Na Arquitetura, a
Catedral de Notre Dame, de Paris, é um exemplo vivo.

Usando a faculdade do livre pensar, podemos deduzir sobre a palavra Arquitetura:

AR – hálito, sopro;

QUI ou KI – manifestação da Idéia, da Luz;


TETU ou TETO – cobertura, abrigo;

RA – fogo, lareira, lar.

Podemos concluir daí que Arquitetura é a realização, a objetivação do Abrigo da Vida,


independente da forma que este tenha, desde que esta forma esteja sob as regras que regem
o Universo.

A identidade de relação e proporção determina, pela Medida Áurea, as diversas formas


humanas, vegetais e animais. Por exemplo, o rosto humano, na relação Áurea, se divide não
menos que oito vezes.

No mundo vegetal, as pulsações pentagonais de crescimento, encontram-se no grão de pólen


de certas flores. As flores, em geral, são de forma simétrica pentagonal. O ovário maduro de
muitas flores, obedece ao desenvolvimento de uma espiral logarítmica, sob as regras da
Medida Áurea. A Divina Proporção, também é encontrada no reino vegetal, na disposição dos
gomos da cana e no empuxo do crescimento das plantas. A disposição das folhas no talo, nos
proporciona a seguinte relação: 3, 5, 8, 13..... que é obtida ao fazer passar uma espiral pelos
pontos onde se intersectam as folhas no talo._

Com relação ao corpo humano, todos os segmentos podem ser estudados através da Medida
Áurea, especialmente as falanges dos dedos das mãos, de cuja relação supõe-se que os gregos
tiraram o ritmo dactílico, que usavam em música e poesia.

A relação 3, 5, 8, 13, que existe entre segmentos do corpo humano, encontra-se, também, em
música. O acorde perfeito forma-se com os graus 3, 5, 8 (mediante, dominante e oitava).

Pitágoras usava um Monocórdio, cuja corda estava estendida sobre pontos que a dividiam
proporcionalmente aos graus da escala. Esta relação de proporção foi transladada por
Georgiades ao Partenon. Primeira comprovação: estão na mesma relação, o Monocórdio e os
espaços intercolunares do Templo Grego.

Podemos assinalar, também, a presença da Divina Proporção nas sonatas de Beethoven, nas
sinfonias de Mozart e Haydn.

Estudando as pirâmides do Egito, tumbas e templos reais, encontramos esta mesma Proporção
Áurea.

Na Grécia, além do Partenon, os vasos, as esculturas, eram construídos sob as regras da


Medida Áurea, assim como as catedrais medievais, palácios romanos, a pintura renascentista,
as violas e violinos que saíram das mãos de Saló, Amati, Guarnerius e Stradivarius.

Na vida diária, estão sob as Medidas Áureas certas formas de alguns talões de cheques,
tabletes de chocolate, de selos postais e certos movimentos ondulatórios que percebemos.

Diante de tantos fatos e realidades e através da magia do desenho é que, obedecendo essas
regras, se determinam os instantes rítmicos que compõem o Universo. Ou seja, ela une os
versos.
Tudo está em Tudo !

Sociedade Brasileira de Eubiose

Sebastião Vieira Vidal

Assunto : Genealogia secreta do Ser Humano Série IVR

Data : 09/05/1986 Aula nº: 30

Digitador: Márcio Aurélio Gonçalves Grupo de Rifaina/SP

Aula 31 - Iniciação do Mental Abstrato associada à Filosofia

Que é Filosofia? Segundo os vernaculistas, “estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar
incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade,
quer pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, o Ser (ora “realidade
suprema”, ora “causa primeira”, ora “fim último”, ora “absoluto”, “espírito”, “matéria”, etc.),
quer pela definição do instrumento capaz de apreender a realidade, o pensamento, tornando-
se o homem tema inevitável de consideração. (Do grego philosophía ‘amor à sabedoria’, pelo
latim philosophia). E... com esse labor, vêm as perguntas, com o exercício das indagações,
indagações naturais aos que estudam filosofia: “que é razão?” “Que é consciência?” “Que é
conhecer?” “Que é o ‘conhecer-te a ti mesmo?”... ... E tudo isso nos faz lembrar da doutrina de
Friedrich W. Joseph Schelling, que se caracteriza, sobretudo, pela identificação da natureza e
do espírito.
Recordamos, aqui, as magistrais palavras de Paracelso, expressando os elementos das
faculdades cerebrais do Ser Humano, senão, seus órgãos de conhecimento: “O Espírito é o
Senhor, a imaginação o instrumento e o corpo a matéria plástica”.

Os primitivos filósofos usavam sempre a expressão “Ouro Filosofal”, alegorizando a suprema


Sabedoria Iniciática das Idades. Às crianças se ensina através de contos, brincadeiras sadias,
cânticos, bailados e tudo que lhes estimule o desenvolvimento da inteligência, da indagação
das coisas. Assim também, os seres humanos necessitam de um estímulo cerebral para
despertar, ativar neles o interesse pelas coisas belas, belíssimas.

O Doutor e Sábio Mario Roso de Luna foi um admirável Mestre, nesse grande mister. ELE e o
Excelso Senhor J H S, fizeram com que os homens deste Século, avançassem o equivalente de 7
séculos.

O ouro físico é efêmero, mas o Ouro filosofal é eterno e tem cotação perfeita em vários planos
de atividade da Sabedoria Eternal.

Aplicando o esquema de como se inicia através dos Mistérios Menores, apresentamos um


trabalho do Dr. Roso de Luna, com o título “O TESOURO OCULTO”.

Tesouro Oculto, para os excelsos iniciadores dos homens, tem o sentido de lhes fazer botar
para fora do cérebro, de fazer desabrochar de dentro deles, a oferta que a Natureza lhes deu:
o auto-conhecimento; fazer desenvolver o talento que jaz, embrionariamente em seu íntimo,
em seu interior, senão, fazer desabrochar o potencial do EU Interior. Sim, cada homem é a
semente de um Buda, de um Cristo, de um Deus....

Eis o trabalho do Dr. Roso de Luna:

“Está escrito em letras de fogo nos velhos livros iniciáticos que Platão consultou para escrever
o seu ‘Banquete dos Deuses’, que os homens da Idade de Ouro discerniram tal felicidade e tão
imenso saber e tão gigantesco poder, que os deuses tiveram inveja deles, temendo, com
razão, que esses mesmos homens lhes usurpassem, um dia, todo o seu enorme e secular
poder. E assim, conseguiram os deuses arrebatar aos homens o tesouro da felicidade.
Perdendo estes a sua maior riqueza, logo caíram na orfandade e na mais triste penúria, ficando
neste tristíssimo estado de miséria, hoje adivinhado pela ciência da Pré-História.

Mas, como sempre sucede, não viram os deuses que tamanho despojo tinha uma segunda
parte arquipelogada, a saber, que os homens, como bons rebeldes de nascimento, nunca se
resignaram com tal desdita, tratando, desde o primeiro dia que se seguiu ao despojo,
reconquistar o perdido tesouro. Com isto, antecipavam-se simplesmente à famosíssima
empresa de muitos séculos mais tarde, quando intentaram os gregos de Jasão procurar o
áureo “Tosão da Cólchida ou Calcídica”.

Não é possivel narrar em linguagem humana os loucos e inauditos esforços que, desde então,
século por século, instante por instante, vem realizando a Humanidade para reconquistar o
que outrora lhe foi roubado. Viram assim, os deuses, que estariam perdidos se não ocultassem
convenientemente o “Tesouro da Felicidade” num sítio onde os homens jamais pudessem
encontrá-lo.

Mas onde encontrar um lugar seguro? Indagavam preocupados os deuses.

Nas mais recônditas alturas dos mais altos montes, disse um deles.

E quando esses terríveis “nibelungos” lá chegarem, com suas minas e instrumentos? Ponderou
outro.

Nas profundezas do Oceano..., sugeriu outro deus.

Para que de lá o tirem com suas malditas redes e com seus submarinos.

E assim cada deus formulava uma idéia e nenhuma servia, pois que os espectros de esquis,
aeroplanos, da radiotelegrafia, ameaçavam sempre qualquer lugar onde se pudesse esconder
o Tesouro. Não, não havia lugar onde pudesse ser oculto, pois os homens (que também são
deuses e que apenas disto estão esquecidos, por terem bebido outrora das águas Letes,
achando-se, desde então, adormecidos) despertarão um dia, de tão longo “encantamento”,
soando para os deuses a hora do ocaso, cumprindo-se o que disse São Paulo, que até os anjos
seriam julgados um dia pelos humanos. A mesma coisa pensava Wagner, na sua gigantesca e
derradeira parte do seu drama musical: “O Anel dos Nibelungos”...

Finalmente, o mais esperto dos deuses, não se sabe bem se Nanada ou Mercúrio, assim falou:

Néscios! Se quereis que o homem jamais encontre aquilo que busca, escondei o seu Tesouro
em seu próprio e inconstante coração. Assim, por mais que procure o Tosão de Ouro, jamais
lhe ocorrerá buscá-lo dentro de si mesmo, pensando, logicamente, que se em justiça o
Tesouro é seu, não poderá nunca dele apartar-se, segundo as leis insondáveis do Karma da
Justiça que rege os homens... do mesmo modo que os deuses.

O conselho foi aceito por unanimidade e seguido ao pé da letra. O Tesouro, por arte mágica,
pouco ou nada explicável para a nossa obtusa mente, passou, desse modo, ao coração de
todos e de cada um dos mortais que, embora notando neles algo de estranho, nunca
imaginaram que esse algo fosse precisamente aquilo de cuja perda tanto lamentavam. E
viviam procurando o Tesouro que dentro de si traziam.

Idades e idades passaram e os deuses continuavam a ver das olímpicas alturas, como e de que
maneira em busca de vão fantasma de felicidade, os homens adormecidos dilaceravam-se
como feras, uns aos outros. Não contavam, porém, os imortais com aquilo que fatalmente teve
de se cumprir. Quer dizer que chegou a plenitude dos tempos, anunciada pela profecia, ou
seja, o dia augusto em que o Titan Prometeu, estendendo o braço, acendeu a Tocha do
Pensamento, esse mesmo e inextinguível Fogo de Amor que alimenta o Sol e que faz
resplandecer os céus. Com a Tocha Mental assim acesa, foi despertando mais ou menos e
sucessivamente em todos os homens um fogo igual ao primitivo. Ao clarão de semelhante Luz,
puderam contemplar, por fim, o interior do peito, vendo ali brilhar, mais puro do que nunca, o
“Tosão de Ouro”, o Tesouro da Felicidade Oculta. Desde então, os homens se esforçaram cada
vez mais em retirar o Tesouro, para pô-lo no sítio de antanho; para isto, faltava-lhes, porém,
como a Archimedes para erguer o mundo, um ponto de apoio. E assim continuaram por
bastante tempo, até que alguém inventou um artefato mental, verdadeiramente pasmoso,
sem similar, com o qual vêm explorando, sem poder extinguí-la, a divina Mina...

Este artefato do pensamento, movido pelo sentimento e assentado sobre diamantinos


alicerces de verdade, que ninguém nem coisa alguma pode destruir, chamou-se “Filosofia”...

E no frontispício do templo, onde o artefato foi guardado desde aquele dia feliz,
cuidadosamente oculto aos olhares profanos e indiscretos daqueles que são maus por serem
ignorantes, vê-se escrito:

Oh, Homem, conhece-te a ti mesmo ! “

Aula 32 – 6º Estudo Comparativo dos Avataras

Completando o estudo comparativo dos Avataras, concluímos que ELES, em suas


manifestações, se tornaram mais freqüentes, nesse período que a Ciência das Idades
denomina de Quinta Raça-Mãe ou Raça Ariana. A tônica dessa primorosa Raça tem sido o
desenvolvimento da Mente Superior, da Inteligência Criadora, adquirindo as características do
Quinto Plano Cósmico. Na classificação dos planos cósmicos, corresponde ao estágio de Atmã.
Atmã, na classificação da Cosmogênese, é o Quinto, mas no aspecto da Antropogênese é o
Sétimo Princípio.
Como conclusão desse tipo de trabalho acerca da Manifestação dos Avataras, nesta série da
Genealogia secreta do Ser Humano, saltou de nossa cabeça a pergunta: qual a razão de ser
dessa freqüência na manifestação dos Avataras, nesse período de ação da Raça Ariana?

Conforme os acontecimentos relativos à tônica imprimida pela LEI da Evolução Humana,


compreendemos: “O Gênero Humano foi criado para ser feliz, não para ser desgraçado, e
imaginar que o natural destino da Humanidade consiste em viver martirizada é, além de
impiedade absurda, uma atroz impostura, porque não cabe pensar nem um momento, que as
faculdades de adquirir virtudes nos tenham sido dadas pela Natureza para ficarem inativas ou,
o que é pior, para se destinarem ao nosso tormento e ruína. Grande tortura é que a verdade,
assim tão consoladora, seja axiomática, quase instintiva, como todas as que levam em si o selo
da própria Natureza... É pobre a sentença de Deus, quando criou o primeiro casal: “Crescite et
multiplicamini et implevit terram”. Assim se diz, porém melhor fora dizer-se: “Crescei,
multiplicai-vos e sede felizes!”

À primeira vista, parece que o homem é feliz enquanto goza; logo, se fosse possível uma
sucessão dilatada de prazeres, sem perturbação ou insipidez, teríamos a felicidade no seu mais
alto grau. E é tão universal a coincidência neste ponto, que todas as religiões estão de acordo
em proclamar a existência de um paraíso ou glória, onde o justo, depois de morto, goza, sem
interrupção, a ventura mais fecunda e perdurável que a imaginação possa conceber.

Com a finalidade de recuperar a felicidade dos humanos seres, os Avataras penetram no seio
da Humanidade, sujeitando-se a toda sorte de sacrifícios, saindo da esfera tranqüila, luminosa,
para virem partejar a Humanidade, desvalida por ter feito do trabalho um pecado e da vida um
processo de morte. Para mostrar aos homens a causa que os fez infelizes, o excelso Orientador
dos Homens, JHS, legou aos seus discípulos as sublimes palavras:

“O que provoca a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem o ovo-áurico
perfeito, isto é, não serem iguais a Deus”. Deus, no sentido de harmonizar a sua vida com a
Mãe Natureza. Com efeito, se Deus, o Criador, fez o Homem à sua imagem, à sua semelhança,
esse Homem só poderia ser feliz, harmônico, equilibrado em relação aos Mandamentos da
Vida, se agisse à semelhança do Criador, num mesmo plano de vida, de ação. Os Aspectos da
Verdade, não sendo bem assimilados pelos seres humanos, desgastam-se, deterioram-se, logo,
convertem-se em mentira, em falsas verdades. É algo semelhante ao fato dos seres que,
passando a usar alimentos deteriorados, comprometem a sua saúde, provocam uma
desarmonia em seu organismo.”

Estabelecendo o método analógico, acerca desse tipo de estudo, fazemos a comparação: os


órgãos de que se compõe o Corpo de um Avatara, de um Buda, de um Cristo, são os mesmos
de que se compõe o corpo de um ser humano comum, apenas a função, o potencial, a
dinâmica das células do Corpo de um Deus difere das do ser humano comum. Daí surgiu a
tradição do Rei de sangue azul. Não há sangue azul, mas esta classificação é para definir a
genealogia de um ser mais evoluído do que o comum da Humanidade. Se os órgãos de um ser
elevado têm função completa, agem com 100% de sua potencialidade, os órgãos do ser
comum, humano, agem com porcentagem muito menor, digamos, 5, 10, 15%, apenas.
Há uma citação de determinado Livro Sagrado, traduzido pelo Excelso Senhor JHS, que ensina:

“O Deus da Terra é o mesmo Deus Celeste, mas tem o nome com o qual ELE se reveste”.

De modo análogo compreendemos que o Homem da Terra é o mesmo Homem Celeste,


iluminado, perfeito. Mas o que acontece: o Homem da Terra tem o “ovo-áurico” dilacerado
pelas vibrações distônicas, desarmônicas, fruto dos atos e pensamentos de natureza negativa,
eivada de ódio, egoísmo, perversidade...

Enquanto que o Ser Celeste sabe se dar, proporciona a outros alegria, bem-estar, funciona de
modo muito positivo. Por isso disse Santo Agostinho: “Deuses fomos e nos temos esquecido”.
E os Avataras à Face da Terra vêm, se manifestam ciclicamente para lembrarem aos
componentes da Humanidade, da sua deífica origem, aliás, o que fez admiravelmente Santo
Agostinho.

O eminente Avatara de nossa Era ofereceu esse conselho, para que os filhos dessa nossa
Esfera voltem a ser felizes:

Quando um povo colocar a instrução acima do dinheiro; quando todas as honras forem para o
homem instruído, sábio, benfeitor, o pobre, atraído pelas fulgurações de semelhante ideal,
imitará o exemplo que lhe apresentam, porque o povo é um grande imitador e segue o
caminho que lhe traçam os que lhe vão à frente. Se neles encontra apenas o vício, ao vício se
vê conduzido, ao contrário, se à virtude, para esta se voltará do mesmo modo.

Por isso nos ensinou o Avatara, senão, o Supremo Orientador JHS:

Não pode consolar-nos a mentira, nem em paz pode viver por muito tempo quem de mentira
vive, porque a verdade lhe tolhe o passo com a frieza da sua realidade e justiça. Os que
alicerçam a sua própria história com perfídias, negando cinicamente a crença que a sua própria
insinceridade diminui, vivem sempre em estado precário; sua vida é uma promissória, cujo
vencimento chegará antes do prazo marcado ou terminado. A verdade, pouco importa qual
seja, deve ser praticada, mesmo que para confessar um crime... Combater com ela é livrar-se
de todas as ciladas e prevenir-se contra todos os possíveis perigos; é limpar o ar de miasmas e
o espaço de sombras, o coração de rancores e dúvidas. Morrer é afogar-se em mentiras; cair
no cisma em que caiu Hamlet e debater-se como Segismundo, em uma luta estafante e inútil.
Há quem tema a verdade, porque nela se executa sem querer, porque é a força dos que vão
vivendo do seu próprio medo e dos demais. Porém, os que fizeram da sua vida um culto e
vivem com os olhos abertos às eternas verdades, asfixiam-se, justamente, quando os seus
pulmões são obrigados a respirar o ar da mentira, que sempre foi o ar da escravidão...”

E... todos os homens possuem nas profundezas de seu ser, imenso tesouro que não sabem
avaliar. Com perseverança e coragem, um dia o encontrando, sentir-se-ão para sempre
felizes....
V E R D A D E – estas sete letras sublimes conduzem aos altiplanos do Sétimo Princípio, o
ÁTMICO !...

Aula 33 - Deus se divide, para consumar

o Supremo Sacrifício” do livro de Dzyan

Com as informações que temos à mão e usando a Chave Geométrica, uma das que nos
auxiliam a encontrar a porta da Sabedoria Eterna, procuraremos analisar os conhecimentos
inseridos no símbolo da Árvore Sephirotal. Pois bem, acerca do termo Sephirotal, encontramos
o seguinte esclarecimento no Livro “O Verdadeiro Caminho da Iniciação”, do Excelso Sábio e
Mestre, Professor Henrique José de Souza:

“Sephirot (em hebreu, “os números”; Cabala) – Princípios divinos formativos, emanados do
Ain-Suph (o Absoluto) em uma década primordial:

1º - KETHER A Côroa, a Causa das Causas, o Pensamento

2º - CHOCHMAH A Sabedoria
3º - BINAH A Inteligência

4º - CHESED A Graça

5º - GEBURAH O Rigor

6º - TIPHERETH A Beleza

7º - NETZAH A Vitória

8º - HOD A Glória

9º - YESOD O Fundamento

10º - MALCHUT O Reino

As três primeiras Sephirot (Kether, Chochmak e Binah) são chamdas “superiores”. Formam o
Ternário Divino (ou Tríade Superior teosófica) e correspondem às 3 Hipóstases da Trindade. As
outras sete são inferiores, representando a construção. Segundo Erza-Ariel, um dos grandes
Mestres da Cabala, “as Sephirot representam tudo quanto existe”. O seu conjunto é a
MERCABAH, o Carro (Visão de Ezequiel) conduzindo Deus (como Sol Espiritual, haja visto
“Apolo descendo ao mundo no seu carro de ouro” e na razão inversa, “Elias subindo ao céu”
dessa maneira...) por sobre a Terra.

Pitágoras, por sua vez, ensinava que a Grande Mônada agia em Díada Criadora; desde o
momento em que Deus se manifesta, torna-se duplo: Essência indivisível e substância divisível,
princípio masculino ativo, animador e princípio feminino, passivo ou matéria plástica
animada”.

Permitindo que a mente voe e entre no plano do abstrato, pousando no campo do não-
comparativo, da dinâmica permanente, portanto, no campo ou plano do tempo e não do
espaço, poderemos raciocinar com mais liberdade. Quando lemos “Deus se divide...” ou “A
Grande Mônada agia em Díada Criadora...”, percebemos que Deus, o Criador, o Impulso Inicial
deixa de ser UM para ser TRÊS, ou seja, o Impulso mais o Princípio Ativo e o Princípio Passivo.
Relacionando com a Árvore Sephirotal seria:

Kether - o mais elevado, o Macrocosmo;

Chochmah - Sabedoria, o Pai;

Binah - Entendimento, a Mãe Suprema.


Podemos relacionar, também, com Salomão e suas duas Colunas e com o Triângulo
Indeformável, como dizem os mais elevados Mestres e Sábios, Vontade, Sabedoria e Atividade.

“O grande Orfeu, fazendo vibrar as cordas de sua Lira, ensinava-nos que devemos trazer a
chamada ‘Vina de Shiva’, das escrituras orientais, cujas três cordas desferidas em uníssono,
fazem vibrar as sete da gama musical celeste, por isso mesmo representam elas: Harmonia,
Melodia e Ritmo”.

_A Tríade “Superior” bombardeando a Tríade “Inferior”, como aspecto sombrio do superior,


através do Quaternário equilibrante. De onde o UM torna-se TRÊS e SETE:

O Triângulo “Superior” dando forma à Idéia e o Triângulo “Inferior” materializando a Idéia. O


que liga estes dois extremos no Ser Humano, é o Sistema Neuro-Espinhal, no qual encontram-
se os sete principais Centros de Forças (Chakras) que mantém a vida no corpo. Estes Chakras
vibrando em uníssono como os Elementos que compõem a constituição da Terra e a Humana,
ou seja, Éter, Vayú (Ar), Tejas (Fogo), Apas (Água), Pritivi (Terra), formam, portanto, com este
conjunto, a figura geométrica pentagonal. Para Pitágoras, o Pentágono é o símbolo da saúde e
da harmonia viva. A manutenção do equilíbrio destes elementos, torna o indivíduo sadio, não
permitindo a inversão dos triângulos superior com o inferior.Muita razão tinha H. P. B. em
afirmar na sua “Doutrina Secreta” que “a parte interna do cérebro apresenta a mesma
conformação dos órgãos sexuais, quer no homem quer na mulher”. A maioria dos
desequilíbrios mentais se acha estritamente ligada aos sexuais.

E é para que haja sempre dinâmica que o Eterno, Deus, o Manú, manifesta-se de ciclo em ciclo,
trazendo novos conhecimentos, novas músicas, novas yogas, a fim de que o corpo ou o Ser
Humano evolua e esteja sempre pulsando e vibrando em uníssono com o Universo, o Criador,
obedecendo, assim, um ritmo pulsante e assimétrico, sempre mantendo a expansão de dentro
para fora.

“Acalmar sem deprimir, tonificar sem excitar, eis a grande dificuldade !”


Aula 34 - Mistérios da Deusa Maya

O maravilhoso nome “MAYÁ”, invertendo-lhe a posição das letras que o compõe, dá YAMA...
YAMA é a expressão do Executivo, na ordem dos quatro nomes: Manú (Poder Legislativo);
YAMA (Poder Executivo); KARUNA (Poder Judiciário) e ASTAROTH (Poder Coordenador).
Chama-se Mayá, a “ilusão dos sentidos” e conclui-se logo que é a ilusão dos sentidos
provocada pelo Poder Executivo da Natureza, a fim de que seja executado algo de sua
Vontade, no Plano da Criação.

Mayá é o diáfano véu da fantasia que separa a visão ilimitada da limitada, a fim de provocar a
distensão do interesse do Ser Humano, para realizar algo que se acha nos Mandamentos da
Lei, da evolução física, no plano limitado.

Mayá é como se fora um teste aplicado pela Maiêutica natural, a fim de levar o Ser Humano ao
interesse pela meditação, para que se identifique com os aspectos da Verdade Eterna. Mayá é
como se fora um teste adotado nos colégios iniciáticos, para obrigar os discípulos à prática da
meditação, isto é, completar em seu ser aquilo que se lhes apresenta como algo incompleto
para a sua realização espiritual. E esse algo incompleto é o que se pode chamar de “VELADO”.

Voltaire dizia: “Existe no mundo uma Instituição de grande valor que é a dos Mistérios”. Que
são os Mistérios? Mistérios são ensinamentos VEDADOS ou VELADOS aos que não possuem
inteligência ou treinamento próprios para receberem algo mais velado ainda, para a
humanidade vulgar. Por isso que os mais adiantados se fazem Adeptos, para servirem de guias,
orientadores, aos não iniciados.

Jesus disse: “Felizes daqueles que não viram e creram (na realização dos fenômenos extra-
físicos, naturalmente)...” Esse não possuem mayá, ilusão dos sentidos, nem interna nem
externa... Crêem porque sentem, porque viram através da mente e do coração.

Os ignaros homens que necessitam de mayá, de ilusão, baseados nos interesses pessoais,
egoístas, temem ver as coisas certas e atiram pecha de embusteiros, de praticantes de
truques, aos portadores de poderes extra-físicos, trazidos de experiências, de trabalhos de
vidas passadas e que lhes permitiram realizar fenômenos de estranha natureza. E... se esses
supremos Seres nasceram com essas possibilidades, é porque tornaram-se privilegiados a fim
de realizar determinadas missões de natureza extra-física. Esses poderes, denominados de
“sidhis”, são próprios para Seres de determinada hierarquia, para levarem avante certas
missões, a fim de impulsionarem a Humanidade a subir os degraus da sacrificante Escada de
Jacob ou da Evolução.

Nos finais de ciclo, de uma era, quando a degradação atinge o mais alto nível de sua ação
destruidora, quando a espiritualidade atinge o ponto zerto e a corrupção o grau máximo, os
incréus das Coisas Divinas assumem o aspecto de quantidade, da ilusão, da imaginação
negativa.

É quando o mágico tem mais valor do que o mago. Por isso que o Professor Henrique José de
Souza, no início de sua Missão, em Niterói, por volta do ano de 1924, realizou um evento para
convencer os incréus de que a sua Missão, Missão dos Sete Raios de Luz para o Ocidente, não
era de natureza comum, vulgar, mas de natureza divina, universal. De modo que usou uma
verdadeira MAYA, para convencer os incréus de usa própria integridade espiritual que a Obra
que realizava era de origem superior às demais que povoam a Face da Terra.

Numa sessão memorável, a porta do Santuário, onde se realizavam as ritualísticas, se


encontrava fechada, lacrada com papel colado e trazendo a assinatura da Diretoria Social. Na
presença de centenas de membros presentes, houve a realização do fenômeno (aliás, que bem
poucos podem realizar): a porta abriu-se, sem que ninguém a tocasse. Todos os presentes
viram a porta se abrir, sozinha... ...

No Tibete há essa tradição em que o Traishu-Lama, em rituais de alta importância, ao se


aproximar do Santuário ou do Templo, a porta se abre sozinha. Mistérios do verdadeiro
Shamanismo...

As Iogas dadas por JHS, desde o início de sua Missão, de sua Obra, são de sua autoria. Seu
Trabalho foi sempre relativo ao futuro da evolução da Mônada Humana; sua Magia foi sempre
aplicada para elevar a parte espiritual do Ser Humano e não degradá-lo com processos de
faquirismo e bem-estar corporal. Sempre estimulou os discípulos, no sentido de orientarem
seus esforços para a sua própria realização, dando sempre a idéia do “Faze por ti que EU te
ajudarei”.

A Grande Mayá, segundo os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, está no Segundo Trono ou
Logos, porque é o sublime lugar, no grande Universo, onde se encontra o plano e a suprema
Energia a ser trabalhada nos futuros ciclos, nos futuros universos, embora tendo eternidades
pela frente. Pois bem, os eminentes Kabalistas, Iniciados, Iluminados, diriam: “Quod superius
sicut quod inferius” ou então, repetindo o que ensina a Tábua Esmeraldina, de Hermés: “O que
está em cima é o mesmo do que se acha em baixo e o que se acha no meio, a ser realizado, é a
Grande Mayá, que está sendo tecida pela divina Aranha de Ouro...”, ou seja, de ouro porque
não é venenosa... nem rancorosa... Recorremos, novamente, às divinas palavras do Supremo
Instrutor do Mundo JHS: “É o lugar ou Ponto onde se une e desune o Plano Rúpico (com forma
densa) do Arrúpico, senão, o Plano Físico denso, do luminoso, Abstrato”.

A Grande Mayá direciona as três universais Energias, denominadas pela Filosofia Oriental de
“Três Qualidades da Matéria”: Satwa, Rajas e Tamas. E... talvez a Grande Mayá seja o Lugar
Intermediário, denominado do “Sim ou Não”, pois bem, é o lugar da grande dúvida, para os
que estudam com afinco as Cousas do Céu, de Mayá e da Terra.
À entrada dos desertos é onde mais essa Maya se manifesta, por exemplo, no Deserto Africano
do Sahara, se reproduz ao olhar do homem comum uma série de miragens, conduzindo os
olhares cobiçosos dos transeuntes, desviando-os das rotas ou caminhos, para que não
alcançem os lugares sagrados, os locais jinas, velados, etc. O Excelso JHS, a respeito desses
locais, ensinou: “Os cientistas denominam de miragem e nós outros, de Lugares Jinas, de onde
vieram seres terrenos e depois nunca mais voltaram...” Pois assim foi no Tibete, no Deserto de
Gobi, cujo nome eqüivale ao Rei dos Gnomos ou Jinas.

Preenchemos o espaço desta monografia, acerca do valoroso termo Mayá, com a transcrição
de um trecho do sublime Livro do Dr. Mario Roso de Luna, com o título de “Livro que Mata a
Morte” que, além de ilustrar este estudo, nos dá uma idéia transcendente sobre o sentido de
Mayá, no plano filosófico ou metafísico:

“MAYA ou Ilusão (de Ilus, nada, lodo, queda) é, com efeito, um elemento que entra em todos
os seres finitos, onde todas as coisas existentes possuem somente uma realidade relativas e
não absoluta, já que a aparência que o número oculto toma no respectivo plano de cada
observador, depende do correspondente poder de cognição que possua este último.

Para a vista não educada do selvagem, qualquer pintura é uma confusão incompreensível de
linhas e manchas de cor, enquanto ali mesmo, a vista já educada descobre o objeto que o
artista tentou representar. A existência única, absoluta e oculta, ou seja, a divindade, contém
em si mesma os números das mais altas realidades, ou melhor dito, de todas as realidades. Por
isso, nada é permanente senão ELA, e cada existência nada mais é do que uma etapa do ser.
Donde se conclui que os mais elevados “Dhianis-Choans siderais” ou “anjos” de outras
teogonias, são sombras de realidades ainda mais superiores. Apesar de tudo, todas as coisas
são relativamente reais, pois o conhecedor é também uma sombra, uma reflexão de algo mais
alto que ele e, portanto, as coisas conhecidas são tão reais para ele como ele o é para si
próprio. Por efetivas que nos pareçam as coisas, antes de passar e depois de haver passado
pelo plano de nossa objetividade, ao manifestar-se neste plano já não são mais que
relâmpagos fugazes. Em qualquer estado que atue nossa consciência, tanto nós mesmos como
as coisas pertencentes àquele estado, são ao mesmo tempo, nossas únicas realidades. À
medida, porém, que nos vamos elevando na escala evolutiva, nós nos damos conta de que
durante nossa permanência nos planos já transcendentes, através dos quais acabamos de
passar, não fizemos senão tomar equivocadamente a realidade por sua sombra ou projeção. E
nos inteiramos de que o progresso do EU para o alto consiste em uma série progressiva de
despertares, com a conseqüente idéia, em cada despertar, de que assim tocamos então, a
definitiva realidade. Apesar disso, torna-se claro que só quando nos submergimos no pélago
da Consciência Absoluta, poderemos dizer que toda maya cessou”.

Para terminar o presente estudo, usaremos as palavras:

Que as lutas travadas nesse plano de ilusão,


Nos livrem da Deusa Maya!

Senzar, a Luz de Deus, é nossa Vida,

Vive no nosso coração.

Repudiar a nefasta corrupção,

É buscar a perfeição!

Aula 35 - Divina Acústica

“Nada inventamos, nada criamos, tudo existe em tudo”

Dando seqüência aos estudos que abrangem a Genealogia Secreta do Ser Humano,
procuraremos falar sobre a Divina Acústica, tomando como exemplo uma época e uma linha
filosófica.

Dentro de grandes ciclos, existem ciclos menores que impulsionam e renovam a Humanidade
em seus hábitos, pois sabemos que hábitos são rotina e não dinâmica, obrigando, assim, a
espécie a evoluir em si mesma, num impulso de dentro para fora.
Para exemplificar, tomaremos como exemplo o Século X: a Europa em crise; o poder real
enfraquecido, sendo substituído pelo feudalismo; a tensão popular contribui para que se
espalhe a crença de que o mundo iria se acabar no ano 1000. Os anos que precederam esta
data, levaram os povos a gerarem em si e em torno de si um profundo pessimismo que seria o
refluxo de um fluxo que viria logo após o ano 1000.

Chega o ano 1000 e o mundo não acaba. Algo precisa acontecer... Surge, então, o chamado
Estilo Gótico, as Catedrais Góticas, verdadeiros livros lapidares escritos em baixo relevo, em
suas paredes, em suas ogivas e em seus vitrais. Obra dos excelsos Mestres Construtores! Como
diz Fulcanelli: “Santuário da Tradição, da Ciência e da Arte”.

Nas Catedrais Góticas, as abóbadas ousadas obrigam o Ser Humano, aquele que busca Deus, o
Céu, a voltar seus olhos para cima, seus sentimentos para o alto, exercitando, com este gesto e
sentimento, os chacras superiores, Centros de Força localizados em si mesmo.

Houve, pois, uma mudança de ciclo: se antes o pessimismo reinava, depois o contrário; antes,
o afetivo-emocional, depois, o afetivo-mental.

Gótico – segundo, ainda, Fulcanelli, este termo, aplicado à Arte Francesa que impôs suas
diretrizes a todas as produções da Idade Média e cuja irradiação se estende dos Séculos XII a
XV, alguns pretenderam erradamente, relacionar como vindo dos Godos, antigo Povo da
Germânia. E apesar dos esforços da Academia, para substituí-la por Arte Ogival, a verdade que
sai da boca do povo, no entanto, manteve e conservou a expressão “Arte Gótica”. Há aí uma
razão obscura que deveria obrigar a refletir os nossos linguistas, sempre à espreita das
etimologias...

Qual a razão por que tão poucos lexicólogos acertaram? Simplesmente porque a explicação
deve ser antes procurada na origem cabalística da palavra, mais do que na raiz literal.

Alguns autores perspicazes e menos superficiais, espantados pela semelhança que existe entre
o termo “gótico” e “goético”, pensaram que devia haver uma estreita relação entre a Arte
Gótica e a Arte Goética ou Mágica. Arte Gótica é apenas uma deformação ortográfica da
palavra “Argótica”, cuja homofonia é perfeita, de acordo com a Lei Fonética que rege, em
todas as línguas, sem ter em conta a ortografia, a Cabala tradicional. A catedral é uma obra de
ART GOTH ou de ARGOT. Ora, os dicionários definem o ARGOT como sendo “uma linguagem
particular a todos os indivíduos que têm interesse em comunicar os seus pensamentos sem
serem compreendidos pelos que os rodeiam”. É, pois, uma Cabala falada. Os Argotiers, os que
utilizam essa linguagem, são descendentes herméticos dos ARGO-NAUTAS que viajam no
Nabio ARGO... Falavam a Língua Argótica, navegando em direção às margens afortunadas de
“Colcos”, para conquistarem o famoso TOSÃO DE OURO. Ainda hoje se diz de um homem
inteligente mas muito astuto: “ele sabe tudo, entende o Argot”. Todos os iniciados se
exprimiam em Argot, tanto os vagabundos da Corte dos Milagres – com o Poeta Villon, à
cabeça – como os Frimasons ou Franco-Maçons da Idade Média, “Hospedeiros do Bom Deus”,
que edificaram as obras-primas argóticas que hoje admiramos.

Ainda nos nossos dias, o ARGOT permanece a linguagem de uma minoria de indivíduos,
vivendo à margem das leis estabelecidas, das convenções, dos hábitos, do protocolo, aos quais
se aplica o epíteto de videntes e, mais expressivo ainda, de Filhos ou Descendentes do Sol. A
Arte Gótica é, com efeito, a Art Got, a Arte da Luz ou do Espírito.

O termo GO, de ARGO, poderemos relacioná-lo com a palavra persa “GODA” – Aquilo que
existe por si mesmo – e que deu origem a GOD, GOTHER (Deus).

O Avatara, Deus, abençoando, dá impulso, coloca o Bem em ação mas essa ação necessita de
continuidade, há necessidade de uma manutenção, a manutenção do Bem em ação, logo, da
Benção que é função dos Sacerdotes, dos GÔROS, dos “Hospedeiros do Bom Deus”.

As catedrais góticas eram o refúgio hospitaleiro de todos: os alquimistas costumavam fazer


reuniões sob suas abóbadas, os médicos davam consultas sob suas ogivas. Na Catedral de
Notre-Dame de Paris, a Faculdade de Medicina, abandonando no Século XIII a Universidade,
para viver independente, fixou-se aí, até 1454.

A geometria usada na Arquitetura, através dos Monges Construtores, deu forma harmônica a
um espaço, usando como instrumento as Medidas Áureas. Criaram, assim, clima, fizeram
vibrar o invisível, propiciando a cura do psíquico, instrumentando a Medicina, intuindo os
médicos a realizar a cura física.

Com raras exceções, o plano das igrejas góticas é em forma de cruz latina, estendida no solo. A
cruz é o hieróglifo alquímico do crisol. É no crisol que a matéria prima morre, para ressuscitar
em seguida, purificada, espiritualizada. É a Transformação.

Nas igrejas góticas, suas abóbadas nos propiciam a Divina Acústica e são a reprodução quase
fiel do “Céu da Boca” da criatura humana.

No Livro “O Mistério das Catedrais”, de Fulcanelli, no capítulo intitulado “Conclusão”, se lê:

“A NATUREZA não abre a todos, indistintamente, a porta do Santuário. Nestas páginas, o


profano descobrirá, talvez, alguma prova de uma ciência verdadeira e positiva. No entanto,
não poderíamos persuadir-nos de convertê-lo porque não ignoramos como os preconceitos
são tenazes, como é grande a força das idéias pré-concebidas. O discípulo tirará mais proveito
dele, com a condição, todavia, de não desprezar as obras dos velhos filósofos, de estudar
atentamente os textos clássicos, até que tenha adquirido suficiente clarividência para discernir
os pontos obscuros do manual operatório.

Ninguém pode pretender possuir o grande segredo, se não fizer concordar a sua existência
com o diapasão das pesquisas empreendidas. Não basta ser estudioso, ativo e perseverante, se
falta o princípio sólido, de base concreta, se o entusiasmo imoderado cega a razão, se o
orgulho tiraniza a capacidade de julgar, se a avidez se desenvolve sob o brilho de um astro de
ouro.

A Ciência Misteriosa exige muita justeza, exatidão, perspicácia na observação dos fatos;
espírito são, lógico e ponderado; uma imaginação viva, sem exaltação; um coração ardente e
puro. Exige, além disso, a maior simplicidade e absoluta indiferença em relação às teorias,
sistemas, hipóteses que, fazendo-se fé nos livros ou na reputação dos autores, se admitem
geralmente sem controle. Deseja que os aspirantes aprendam a pensar mais com o seu
cérebro e menos com o dos outros. Pede-lhes, enfim, que procurem a verdade dos seus
princípios, o conhecimentos da sua doutrina e a prática dos seus trabalhos na Natureza, nossa
Mãe comum.

Pelo exercício constante das faculdades de observação e de raciocínio, pela meditação, o


neófito subirá os degraus que conduzem ao SABER.

A imitação simples dos processos naturais, a habilidade junta ao engenho, as luzes de uma
longa experiência, assegurar-lhe-ão o PODER.

Realizador, terá ainda necessidade de paciência, constância, vontade inquebrantável. Audaz e


resoluto, a certeza e a confiança nascidas de uma fé robusta, permitir-lhe-ão tudo OUSAR.

Finalmente, quando o sucesso tiver consagrado tantos anos laboriosos, quando seus desejos
se tiverem realizado, o sábio, desprezando as vaidades do mundo, aproximar-se-á dos
humildes, dos deserdados, de todos que trabalham, sofrem, lutam, desesperam e choram
neste mundo. Discípulo anônimo e mudo da Natureza Eterna, apóstolo da eterna Caridade,
permanecerá fiel ao seu voto de silêncio.

“Na Ciência, no Bem, o Adepto deve para sempre CALAR-SE.”

Isto posto e realizado, o Edifício Humano estará pronto, seus centros de energia vibrarão em
equilíbrio, estará em uníssono com o SOM PRIMEIRO e passará a ser, assim, o emissor da VOZ
DO LOGOS!
Aula 36 - 2º Estudo sobre as Catedrais

Dando seqüência aos nossos estudos sobre as Catedrais, chamou-nos a atenção que a maior
parte das basílicas metropolitanas está colocada sob a invocação da Bendita Virgem Maria ou
Virgem-Mãe. O povo de França chamou a estas Igrejas de Notre-Dame, o da Sicília de Matrices.
São Templos dedicados às Mães (do latim Mater, Matris).

Por que?

Na Catedral de Notre-Dame, de Paris, no pilar central que divide em dois, o vão da entrada, há
uma série de representações alegóricas das ciências medievais. No lugar de honra da Alquimia,
aparece a figura de uma mulher, cuja fronte toca as nuvens (???). Sentada num trono, tem na
mão esquerda um cetro – insígnia de sabedoria – e na direita dois livros, um fechado –
esoterismo – e outro aberto – exoterismo –. Mantida entre os seus joelhos e apoiada no seu
peito, ergue-se a escada dos nove degraus – a Escada Filosofal –, hieróglifo da paciência. Diz-
nos Nicolas Valois: “A paciência é a escada dos filósofos e a humildade é a porta do seu
jardim...”

Palavras de Fulcanelli: “A Catedral aparece-nos fundada na ciência alquímica, investigadora das


transformações da substância original, da matéria elementar (do latim Materea, Raiz Mater,
Mãe). Porque a Virgem-Mãe, despojada do seu véu simbólico, é a personificação da substância
primitiva de que, para realizar os seus intuitos, o Princípio Criador de tudo o que existe, se
serviu”.

Á entrada das igrejas ou catedrais, invariavelmente, deparamos com uma espécie de biombo,
elemento que divide os dois espaços, o exterior e o interior das igrejas. O primeiro,
poderíamos dizer, é o espaço em busca do tempo; o segundo, é o tempo manifestado no
espaço. Eis, na prática, um exemplo claro de mudança de estado vibratório: deixa-se um plano
e penetra-se em outro. Sofrendo, com isso, uma transformação, penetra-se no plano da cruz,
no crisol.

CRI – SOL, faz vibrar em si o Princípio Crístico, tendo com conseqüência o fortalecimento do
Ovo-Áurico. Assim deveria ser, mas estando a maioria dos cérebros humanos a serviço da
malignidade, não há espaço para que reine a felicidade, pois, felicidade é “equilíbrio de vida,
de realizações. Se não há equilíbrio na humana vida, o conceito de felicidade também
desaparece... pois os seres humanos estão com o Ovo-Áurico denegrido, sem consistência. No
Oriente, no Oriente Médio, no Ocidente, há uma infinidade de templos, construídos sob os
cânones das Medidas Áureas, sob os cânones Agarthino, entretanto, foram deturpados,
profanados, perdendo todo o valor vibratório, espiritual, essencial...”

Voltando às figuras herméticas de Notre-Dame.

O segundo baixo-relevo oferece-nos a efígie do Mercúrio filosófico: uma serpente enrolada


numa vara de ouro. A serpente indica a Natureza incisiva e dissolvente do Mercúrio que
absorve avidamente o enxofre metálico e retém-no tão fortemente que a sua coesão não pode
posteriormente ser vencida. “Na nossa Obra, afirmam os filósofos, o Mercúrio é suficiente”.

Segue-se outro baixo-relevo, o de uma mulher de longos cabelos ondulados como chamas.
Pesonificando a calcinação, aperta contra o peito o disco da Salamandra “que vive no fogo e se
alimenta do fogo”.

“Nossos Mestres na Arte têm o cuidado de chamar a atenção do leitor para a diferença
fundamental existente entre a calcinação vulgar, tal como se realiza nos laboratórios químicos,
e a que o Iniciado realiza no gabinete dos filósofos. Esta não se efetua por meio de qualquer
fogo vulgar, não necessita do auxílio do reverbero mas requer a ajuda de um agente oculto, de
um fogo secreto, o qual, para dar uma idéia da sua forma, assemelha-se mais a uma chama.
Este Fogo ou Água Ardente é a centelha vital comunicada pelo Criador à matéria inerte; é o
espírito encerrado nas coisas, o raio ígneo”.

Segundo, ainda, Fulcanelli, em seu Livro “O Mistério das Catedrais”, temos:

“O autor anônimo dos ‘Préceptes du Père Abraham’, diz: È necessário tirar essa água primitiva
e celeste do corpo onde se encontra...significando a semente primitiva de todos os seres, e
não especificada nem determinada na casa de Áries, para engendrar o seu filho. E essa água a
que os filósofos deram tantos nomes, é o dissolvente universal, a vida e a saúde de todas as
coisas. Os filósofos dizem que é nessa água que o Sol e a Lua se banham e que a si próprios se
resolvem na água, sua origem primeira”.

Mais adiante temos:

“O Fogo Secreto dos Sábios é um fogo que o artista prepara segundo a Arte ou que, pelo
menos, pode fazer preparar por aqueles que têm perfeito conhecimento da química. Este fogo
não é atualmente quente, mas é um espírito ígneo introduzido num sujeito da mesma
natureza que a Pedra e, mediocremente excitado pelo fogo exterior, calcina-a, dissolve-a,
sublima-a e transforma-a em água seca, como diz o Cosmopolita.”

Uma terceira figura, também relacionada com a fabricação e qualidades deste fogo secreto,
encerrado numa água que constitui o dissolvente universal, é de um homem que expõe a
imagem do Cordeiro. O cordeiro e o homem, hieroglifo do princípio metálico masculino.
Segundo Pernety: “Os Adeptos dizem que tiram o seu aço do ventre de Áries e, também,
chamam a esse aço o seu imã”.

Seguindo a evolução, no tocante às cores que se encontram descritas em todas as obras


clássicas e que reaparecem na Idade Média, nos vitrais das catedrais góticas, temos:

A cor branca, que sempre designou a nobreza, a candura, a pureza. A vermelha, símbolo do
fogo, assinala a exaltação, a predominância do espírito sobre a matéria, a soberania, o poder e
o apostolado. Citando ainda Fulcanelli: “Obtida sob a forma de cristal ou de pó vermelho,
volátil e fusível, a Pedra Filosofal torna-se penetrante e idônea para curar os leprosos, ou seja,
para transmutar em ouro os metais vulgares que a sua oxidabilidade torna inferiores,
imperfeitos, “doentes ou achacados”.
Paracelso, no seu “Livre des Images”, fala assim nas sucessivas colorações da Obra: “Embora
haja, diz ele, algumas cores elementares, porque a cor azulada pertence mais especificamente
à terra, a verda à água, a amarelada ao ar, a vermelha ao fogo, no entanto, as cores branca e
negra referem-se diretamente à arte espagírica, na qual se encontram também as 4 cores
primitivas, a saber, a negra, a branca, a amarela e a vermelha. Ora, a negra é a raiz e a origem
das outras cores, porque toda matéria negra pode ser reverberada durante o tempo que lhe
for necessário, de maneira que as três outras cores aparecerão sucessivamente e cada uma em
sua vez. A cor branca sucede à negra, a amarela à branca e a vermelha à amarela. Ora, toda
matéria, tendo atingido a 4ª cor no meio da reverberação, é a tintura das coisas do seu gênero,
ou seja, da sua natureza.”

“Para dar uma idéia da extensão que adquire a simbólica das cores e especialmente das 3
maiores da Obra, notemos que a Virgem é sempre representada vestida de azul, Deus de
Branco e o Cristo de Vermelho. São essas as cores nacionais da Bandeira Francesa”.

Ainda com referência às cores, como símbolo de nações, lembramos das cores da Bandeira
Portuguêsa: a verde como Fohat e a vermelha como Kundalini, produzindo uma 3ª cor. E,
como vimos, segundo Paracelso, a cor verde simboliza a água. E foi por meio desta que,
partindo de Sagres, coube a Colombo desvendar as terras do Ocidente ao Norte e a Cabral,
estas terras ao Sul, bafejados pelo hálito da certeza do Infante Dom Henrique de Sagres, com a
missão de desvendar o caminho das Américas, cujo trabalho deu início à Redenção da
Atlântida, ficando assim, a América predestinada para um novo Ciclo civilizador.

Neste processo de vida, sempre existe a presença da manifestação ternária da Divindade. O


Hálito do Pai, a Plasmação da Mãe e a realização do Filho. Três, embora sendo uma única
coisa.

NOTRE ou NOTRI ou ainda, NO TRI, temos ON TRI:

ON – som.

TRI – trindade, três.

O som do Eterno manifestado na divina Trindade, mantenedora da Vida. Na Mãe-Terra, na


Materea, na Raiz Mater, nas Matrices, nas Notre-Dames.
Aula 37 - O que é Kabballah ou Cábala?

Complementando a monografia nº 33, de 15 de junho de 1986, apresentamos este estudo


sobre o misterioso tema KABBALLAH ou CÁBALA que é, aliás, a Ciência de maior importância,
senão, a mais sagrada para aqueles que estudam os aspectos da Verdade. Para os que já
atingiram os portais da superior Sabedoria Universal, a KABBALLAH é, sem dúvida, a chave que
abre os portais da Sabedoria eterna. Os que sabem as chaves kabballisticas, manejam,
dominam todos os Mistérios do Céu e da Terra.

A ignorância dos homens acerca das coisas do Céu, de Deus, faz da Kabballah um juízo errado,
como sendo uma Ciência Hermética, enigmática, secreta, etc.

Na Kabballah, os 10 Princípios Humanos são classificados nas 10 Sephiroth.

SEPHIROTH é plural.

SEPHIRATH é singular.

Por exemplo: as 10 Sephiroth da divisão do corpo humano.

KETHER é a primeira Sephirath.

KABBALLAH – pode-se dividir este nome em KAB + BAL + LAH ou LHA

KAB (o que vale é o som), de modo que KAB ou CAB quer dizer “fechado”;

BAL em Fenício tem o sentido de Deus;

LAH ou LHA – Alah é Deus;

LHA é Espírito;

LHA (Tib.) Espíritos das esferas mais elevadas. Desta palavra derivou o nome LHASSA,
residência do Dalai-Lama. É um antigo termo das regiões situadas mais além dos Himalaias;
significa “Espíritos”, um ser celestial, o super-humano ou para-humano. É um nome para
designar todos os componentes das Hierarquias Celestes.

CÁBALA – escrita desta forma, pode ser dividida em CAB + ALA:

CAB – fechamento, o que é secreto, fechado para determinados seres superiores.

ALA – A + A corresponde às duas Faces do AVÔ DO UNIVERSO: a Face de Barba Branca e a de


Barba Negra. ‘A’ e ‘A’ são dois triângulos, logo, eqüivalem ao Hexágono Sagrado.

‘L’ é um esquadro, ou seja, este instrumento medindo o potencial da descida da Divindade. Um


“A”, expressando a Tríade superior, divina e o outro “A”, a Tríade da Terra. O primeiro A
expressa a inspiração divina e o segundo, o poder realizador, a atividade permanente,
mantendo a Vida Universal.

O Supremo Senhor JHS faz uma pergunta: “O que vem a ser a Cábala?” E Ele mesmo passa a
responder sua inciática pergunta:

“Para se compreender o que é Cábala, mister se faz conhecer, embora de modo sintético, o
significado do termo CÁBALA.

CÁBALA, ou melhor, KABBALLAH quer dizer, em hebreu, TRADIÇÃO. Este termo, que também
se escreve QUABALA, possui diversos significados, justamente por aplicar-se a diversos
assuntos:

Primeiro – Doutrina oralmente transmitida. Os textos hebraicos ‘de boca a boca’, de idade em
idade, de pai a filho, etc. É, pois, uma doutrina oral, que os judeus denominam de LEI ORAL,
em oposição à LEI ESCRITA, que Deus confiou a Moisés, no Monte Sinai. Voltando ELE do
referido Monte, entrou em sua tenda e comunicou a seu irmão Aarão o que havia apreendido
do céu (sempre a mesma lenda dos Manús, que transmitem aos de sua tribo, clã, raça, etc., o
que receberam do céu)... Da mesma revelação tiveram conhecimento Eleazar e Ithamar, filhos
de Aarão; a seguir, os 70 anciãos que compunham o Sanhedrin e, finalmente, todos os
israelitas que desejaram conhecê-la (ou melhor, os que à mesma faziam jus, na razão do
‘Margarite ante porcus’ ou ‘Não atireis pérolas aos porcos’, para que eles, dizemos, não façam
mau uso do que aprenderam), de sorte que os filhos de Israel ouviram a explicação da Lei uma
só vez; os 70 anciãos, duas vezes; Eleazar e Ithamar, três vezes, e Aarão, quatro vezes (na razão
cabalística, digamos assim, dos espirituais merecimentos de cada um, sem falar em outras
chaves numéricas, que não podem ser dadas de público...)

Segundo – Este termo designa, ainda, a interpretação que os rabinos e os doutores judeus
deram, quer do texto da Escritura, quer das palavras e mesmo das letras de que se compõe o
texto e seu real sentido, por meio de certas combinações. Tal espécie de Cábala se divide em 3
partes: a Gematria, a Notaricon e a Themurah.

A Gematria consiste em desdobrar as letras de uma palavra em números, explicando cada


uma, de acordo com o seu valor numérico;
A Notaricon consiste em tomar cada letra de uma palavra por uma inteira dicção;

A Themurah, isto é, mudança, troca, etc., consiste em dar sentido diferente a qualquer
palavra, quer separando, quer transpondo as letras que a compõem.

Chama-se a esta espécie de Cábala, de artificial!

Terceiro – Cábala Prática – É a ciência com cujo auxílio se operam as obras mágicas, as mesmas
de que se serviram Moisés, Josué, Elias e outros Taumaturgos e que não estão ao alcance dos
homens vulgares, por isso mesmo, tomando-as como ‘milagres’. Foi, ainda, com seu auxílio
que Salomão pôde construir o Templo de Jerusalém. Esta Cábala foi consignada em um livro
publicado pelo Rabino Isaac Bem-Abrahão, no começo do Século XVIII. De todas as Cábalas,
entretanto, a mais importante é a Filosófica.

Quarto – Cábala Filosófica – Esta espécie de Cábala contém sobre Deus, o Homem e o Universo
(Aziluth) sublime metafísica. Ela se divide em duas parte principais: uma chamada Bereshit
(Livro dos Princípios), relacionada a tudo quanto diz respeito ao conhecimento da Terra, e
outra, Mercavah ou o Carro, na qual se acham todas as explicações necessárias à inteligência
de todas as verdades. Existem várias razões para ser chamada de Carro, dentre elas, a
relacionada com o carro ou Charriot de Ezequiel. Estas duas ciências são sagradas. Não se pode
falar do Bereschit diante de mais de duas pessoas; quanto a Mercavah ou Mercabah, proibido
é explicá-la diante de qualquer pessoa.”

Que é o Mundo, no ponto de vista dos cabalistas: O mundo emanou de Deus, Jehovah,
devendo pois, ser olhado com tudo quanto nele existe, como o próprio Deus, que está oculto,
incognoscível, incompreendido em sua pura Essência, manifestou-se e tornou-se, por assim
dizer, invisível ao homem por suas emanações (nesse caso, não é visto, mas é sentido ou
percebido em tudo e em todos, justamente por aqueles que mais próximos se acham desse
mesmo Espírito Infinito, etc.) Foram essas deíficas emanações que, no Universo, criaram três
mundos diferentes, embora ligados entre si: AZIAH, IETZIAH e BRIAH, os quais, por sua vez,
correspondem às 3 divisões fundamentais do Ser Humano: NEPHESCH, RUASCH e
NESCHAMAH, respectivamente, Corpo, Alma e Espírito.

“A Kabalah caldéia e a Sabedoria Primitiva eram idênticas. As últimas interpretações do Zohar,


entretanto, são as da Sinagoga dos primeiros séculos, isto é, a Thorah, a Lei dogmática e
inflexível. Assim, aquela Cábala original era completamente metafísica e não se referia, em
nada, ao sexo animal, enquanto que a posteiror ou hebréia, que é a que chegou até nós,
afogou, desgraçadamente, o divino ideal primitivo sob o grosseiro elemento fálico. Entre os
ocultistas orientais, a relação sexual é considerada como um karma que pertence só às
relações mundanas do homem que jaz ainda dominado pela ilusão e como uma coisa que se
deixa de usar à medida em que a pessoa chegue a ser ‘verdadeiramente sábia’. Tanto que
consideraravam como uma circunstância das mais afortunadas a que o Guru ou Mestre
encontrasse no discípulo a devida atitude para a pura vida do Brahmâchârya. Os símbolos
duais ou sexuais eram para eles, meras imagens poéticas da sublime correlação das forças
cósmicas criadoras e, este conceito ideal, resplandece sobre cada ídolo, por grosseiro que ele
seja, nas atestadas galerias dos sombrio templo da Índia e em outras terras, mães dos cultos.
Entre os cabalistas, em troca, desde o Homem Celeste mais elevado até o Quinto Adão de
barro, todos os símbolos estão relacionados com o sexo e a procriação”. Dr. Roso de Luna,
Livro “Simbologia Arcaica”.

Glória e muito esplendor aos eminentes KABALISTAS!

Aula 38 - Dimensão ! Dimensão ! Dimensão ! Dimensão !

Luzes! Luzes! Luzes! Muitas Luzes! E sob as da “Ciência das Idades”, da Sabedoria Eterna, do
Sabeísmo, Janismo, Gnose, Pedra Cúbica do Universo, Pedra Filosofal, Teosofia, Eubiose, etc.,
procurar definir o transcendental sentido da expressão “QUARTA DIMENSÃO”.

Todos os nomes com que se procura definir o que é Quarta Dimensão, fazem parecer que se
trata de vários elementos, no entanto, há vários nomes para definir uma só coisa: a QUARTA
DIMENSÃO.

Se nos encontramos no estágio de 3ª Dimensão, iniciamos o trabalho pela definição de


dimensão, dada pelos vernaculistas.

DIMENSÃO, segundo o Professor Antenor Nascentes, é “medida de uma grandeza no sentido


de comprimento, largura ou altura; tamanho. Geometria – cada uma das extensões que
consideram a medida das figuras e dos sólidos (comprimento, largura e altura); grandeza,
tamanho e proporções. Extensão de compasso da música.”
O acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu dicionário, 7º ítem, diz: “Quarta
Dimensão (Fís.) a dimensão tempo, no complexo tetra-dimensional tempo-espaço.”

Quarta Dimensão, para os matemáticos, tem um sentido complexo e procuram definí-la com a
linguagem matemática...

Para a Ciência das Idades, Teosofista, Eubiose, é algo que define o grau da evolução interna de
cada criatura humana. É a ciência que lembra ao ser humano que ele já era uma partícula da
Divindade, mas se esqueceu disso, demonstrando ao indivíduo que ele é uma Chispa Divina
mas não se apercebeu disso. São os que estão dentro do âmbito da Grande Idéia, que é o
Grande Universo. Dentro do estágio de compreensão dos seus discípulos, o Grande Senhor JHS
deu o ensinamento:

1 – Primeira Dimensão – corresponde ao labor da Natureza, no aspecto de evolução da


substância ou essência que anima o Reino Mineral, a coesão das moléculas da pedra... O
centro de consciência ou da Vida é a durabilidade e está concentrado no aspecto rigidez, no
máximo de densidade. Graças à eternização deste Reino, os Mandamentos, as Leis de Moisés e
de outros Manús estão gravadas na pedra, para se eternizarem.

2 – Segunda Dimensão – Reino Vegetal – com a idéia de comprimento e largura, o


centro de consciência é focado no Princípio Vital. Os representantes deste Reino já se erguem
verticalmente, em direção ao Sol, para receberem a vitalidade solar. É uma Reino dadivoso,
porque socorre, alimenta os elementos dos Reinos seguintes: Animal e Hominal... (da Face da
Terra).

3 – Terceira Dimensão – Reino Animal – de Anima, tem três dimensões: comprimento,


largura e altura. Tem movimento. O centro de consciência está focado no Princípio Afetivo-
Emocional associado ao Mental concreto, o que os orientalistas denominam de Kama-Manas.
É o Princípio, embora conjugado, responsável pela limitação de conhecimentos dos aspectos
da Verdade. Não reconhece como verdade algo de natureza abstrata, de resultado demorado.
Com esse Princípio em desenvolvimento, é preciso ver para crer ou aceitar. Com a atrofia da
glândula Timos e com a redução funcional das glândulas Pineal e Pituitária, os representantes
do Reino Hominal não alcançam o estágio evolucional do seu Reino. Caíram, pois, para a escala
da Terceira Dimensão. Daí a sua classificação de “animais racionais”. A ação permanente de
Kama-Manas reduz o funcionamento perfeito das glândulas Pineal e Pituitária. Com efeito, são
essas glândulas combinadas com o Timos em função, que propiciam a possibilidade da Quarta
Dimensão.

4 – Quarta Dimensão – Para que se tenha a função da Quarta Dimensão, necessário se torna
possuir o dom da abstração. Deve ser um dom natural de uma “para-visão”. Precisa ter o dom
fornecido pelo Sexto Sentido. Os espiritualistas acham que a Quarta Dimensão eqüivale a
dizer: clarividência e clariaudiência. Precisa ter o dom de perceber o Plano Búdico, ou seja, o
sentido de Budi-Taijasa, a associação do Mental Abstrato com Budhi. Esse Princípio propicia o
conhecimento direto. O discípulo passa a perceber as coisas além da forma física. Passa a
perceber o som inaudível aos ouvidos comuns. É conhecimento que é, e, para adquiri-lo, não
há necessidade de estudos, de erudição; é uma sensibilidade superior. O Grande Senhor JHS
dividia a vida humana em dois períodos: um é o período da vida até 40 anos, em média, o qual
deve ser dedicado ao trabalho de procriação e mesmo de afirmação econômica; o outro, de 40
anos para a frente, que deve ser dedicado ao desenvolvimento, à evolução espiritual, à
Superação, à preparação para se ir, aos poucos, passando ao Mundo da Quarta Dimensão. O
verdadeiro Homem, representante de seu Reino, deve se preparar, já em sua vida física, para a
morte, ou seja, a vida noutro Plano ou Mundo.

Para demonstrar esse outro Mundo de outro plano ou de Quarta Dimensão, o Dr. Mario Roso
de Luna escreveu a sua prodigiosa obra com o título de “El Libro que Mata a la Muerte” ou
“Libro de los Jinas”.

Vamos apresentar um exemplo da percepção de um discípulo, quando começam os lampejos


da Quarta Dimensão: apresentaram-nos os excelsos nomes de Teosofia e a seguir Eubiose mas,
os nomes têm o mesmo sentido, encerram a mesma idéia ou têm sentidos diferentes e idéia
diversa? O discípulo, com sua perspicácia ou acuidade mental-abstrata, observa: T – éos – ofia
e Eu – bi – ose.

Téo- sofia é a sabedoria possuída pelos Deuses, pelos verdadeiros homens, algo que
representa o futuro. Daí o termo Theoin, plural de Téo, Deus.

Eubiose – Eu – bi – ose é o processo de conduzir os seres humanos à Unidade, ao Todo, At


Niat Niatat. Com efeito, pensando nas letras que comõem os dois nomes, observamos que
ambos possuem as letras eos e ose. EU, a partícula, a Chama do Eterno, em BI (dois) Eus: o
superior e o humano ou inferior. OSE ou ESO – E, inicial do nome sagrado ETERNO... Eterno ou
ETER + NO ou OM, senão, o OM (8º Tatwa) agindo através do Éter, o Akasha, o Quinto Tatwa. E
é, também, uma tríade. S é a descida ou manifestação em espiral... O é símbolo do Globo
Terrestre, logo, trata-se do Eterno descendo à Terra em espiral. Por esse pequeno detalhe,
observamos: os termos Teosofia e Eubiose são idênticos em significação, apenas foram
empregados em épocas ou ciclos diferentes... conforme a dinâmica evolucional.

Na nossa Esfera, Face da Terra, predomina a Terceira Dimensão e a Quarta Dimensão é


conquistada pelo regime iniciático, pela Iniciação. O que conhecemos com os nomes de
Eucaristia, Ioga e vários outros processos, tem como finalidade o desenvolvimento, o estímulo
de certos órgãos superiores – glândulas Hipófise, Epífise, Tiróides – , reativação do Timos, para
que possa funcionar uma hiper-sensibilidade, visão superior ao padrão humano. Ganhar a
Metástase Avatárica é o mesmo que dizer “conquistar a Quarta Dimensão”.

Quando os maçons primitivos falavam na Pedra Cúbica, estavam falando simbolicamente na


Quarta Dimensão. Aprimorar a Pedra Cúbica, eqüivale a dizer que deve modificar o regime de
vida ou penetrar num processo iniciático.

Quando o Excelso Senhor JHS falou em Escola, Teatro e Templo, a função “Templo” tem a
finalidade de criar ambiente para propiciar o desenvolvimento dos Princípios que levam o
discípulo a uma dimensão superior, a um processo de evolução extra-físico!
Em nosso meio surgem vários clarividentes, clariaudientes, mas de natureza astral. Entram em
ação as reminiscências do trabalho realizado em vidas anteriores. Essas reminiscências
espoucam e se não forem cultivadas, fenecem, ficam sem carga, como baterias descarregadas,
tal com aconteceu a Arigó e outros.

Acerca das dimensões do espaço, diz Helena P. Blavatsky:

“Cada um dos sete ciclos (rondas) vitais de nosso Globo, desenvolve uma dimensão do Espaço.
Porém, não se deve usar a frase “dimensões do espaço”, senão em um sentido figurado. É
absurdo crer que o Espaço possa ser medido em algum sentido. Mais completa é a frase
“dimensões da matéria no Espaço” porque, como disse Bain (Lógica, parte II, pág. 389), ‘o
conceder realidade às abstrações é o erro do Realismo’. Assim, o Espaço e o Tempo são
considerados com freqüência, como com existência, à parte todas as experiências concretas da
mente, em lugar de serem generalizações daquela, em certos aspectos. Porém, ainda em tal
forma, é, também, uma expressão imprópria, pois que, se bem é perfeitamente certo que o
progresso da evolução tem que fazer-nos conhecer novas qualidades características da
matéria, aquelas com as quais nos achamos já familiarizados são, em realidade, mais
numerosas que as correspondentes às três dimensões. As faculdades ou, talvez em termos
mais corretos, as qualidades características da matéria devem sempre ter uma relação direta e
clara com os sentidos do homem. A matéria possui extensão, cor, movimento molecular, odor,
e sabor, que se correspondem com os sentidos existentes no homem. A próxima qualidade
que aquela há de desenvolver e que poderíamos chamar “permeabilidade”, corresponderá ao
próximo sentido de “clarividência normal” que haverá de desenvolver o homem. Assim é que,
quando alguns pensadores tenazes e profundos, como Zöliner, Butlerof e o russo Wagner
imaginaram uma quarta dimensão, para explicar o passar da matéria através da matéria e a
produção de nós encerrados em uma corda fechada pelos seus extremos, o que imaginavam,
realmente, era a sexta qualidade característica da matéria. Em realidade, as três concebidas
dimensões pertencem a um só atributo ou qualidade de matéria que é a extensão e, o sentido
comum se revela justamente contra a idéia de que, sob qualquer condição das coisas, podem
existir mais dimensões que as de longitude, altura e espessura. A mesma palavra “dimensões”,
com efeito, pertence a um estado de evolução e pensamento, a uma qualidade característica
da matéria. Desde que a idéia de matéria surgiu no entendimento humano, não tem sido
possível aplicar mais que em três sentidos tais medidas, porém, semelhantes considerações
não contradizem em maneira alguma, a certeza de que com os progressos dos tempos e com a
multiplicação das humanas faculdades, haverão de multiplicar-se, também, as características
da matéria. É, pois, repetida expressão aquela incorreta maneira de expressar-se, senão, a
mais que concebida “sai” ou “se põe” o Sol...”.

Aula 39 - “Não importa até onde o homem estenda os seus sentidos,

sempre haverá um limite à sua percepção consciente”.

Carl G. Jung
Inspirados pelo conteúdo deste pensamento, veio-nos a pergunta: onde será o limite da
percepção consciente? E citamos, ainda, Jung:

“Alguns dos nossos pensamentos perdem a sua energia emocional e tornam-se subliminares
(isto é, não recebem mais a mesma atenção do nosso consciente) porque parecem ter deixado
de nos interessar e não têm mais ligação conosco, ou então, porque existe algum motivo para
que desejemos afastá-los da vista. “Esquecer”, neste sentido, é normal e necessário para dar
lugar na nossa consciência a novas idéias e impressões. Se tal não acontecer, toda a nossa
experiência permaneceria acima do limar da consciência e nossas mentes ficariam
insuportavelmente atravancadas. Assim como o conteúdo consciente pode se desvanecer no
inconsciente, novos conteúdos, que nunca foram conscientes, podem ‘EMERGIR’.”

Como um impulso, de onde 1 (UM) se torna 3 (TRÊS) e 7 (SETE) (a L E I), é o ETERNO, sendo 1, 3
e 7 ao mesmo tempo, ou seja, 1 como impulso, 3 como manifestação (como disse Pitágoras,
“O número três reina por toda a parte, tendo como origem o número UM”) e o 7 é a Divindade
manifestada no seio da Humanidade (a Mônada evolui através de 7 Planos ou estágios). Como
exemplo, temos a Luz (UM) do Sol que perpassando um prisma de cristal triangular (TRÊS), se
decompõe em sete cores ou Tatwas.

O sete rege a nossa vida; a semana tem 7 dias, dias estes regidos por sete Astros ou Planetas.
E, segundo H. P. Blavatsky, “existe um grande número de planetas, grandes e pequenos, não
descobertos ainda, mas cuja existência era conhecida dos antigos astrônomos e por todos os
Adeptos Iniciados. Somente sete de nossos Planetas se relacionam tão intimamente com nosso
Globo, assim como o Sol, com todos os corpos a ele submetidos em seus sistema. Os autores
antigos enumeravam os Planetas pela seguinte ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte,
Júpiter e Saturno, contando o Sol como Planeta, para fins exotéricos.”

O Sol, nessa relação, sendo o quarto Planeta, lembra-nos o fiel de uma balança, o tubo
luminoso de equilíbrio entre um plano e outro, entre o Plano do Macrocosmo e do
Microcosmo, ligando um ao outro, para que haja a tão propagada Concórdia Universal.

Os egípcios e os hindus dividiam o dia em quatro partes e cada parte se achava sob os influxos
de um Planeta. Passando o tempo, cada dia passou a ser demoninado com o nome do Planeta
que regia a primeira parte, ou seja, o Planeta que regia a parte da manhã. Os Planetas têm
correspondência com os metais, os dias da semana, com os sons, com as cores e com os
Princípios Humanos.

Cabe um esclarecimento: todas as faculdades mentais, emocionais, psíquicas e esprituais são


influenciadas pelas propriedades ocultas da escala de causas, que emanam as hierarquias dos
Regentes Espirituais dos Planetas e não pelos Planetas mesmo.

Assim temos, segundo o Professor Henrique José de Souza, no Livro “O Verdadeiro Caminho da
Iniciação”:
LUA Planeta neutro. Anjo: Gabriel. Metal: Prata. Pedra: Ametista. Dia: Segunda-feira. Cor:
Violeta. Animais: Gato, Cisne e Caranguejo. Flores: Jasmim e Bonina. Perfume para queimar:
Jasmim, Incenso. Perfume para usar: essência de Jasmim. Profissão: Artista.

MARTE Planeta Maléfico. Anjo: Samuel. Metal: Ferro. Pedra: Rubi. Dia: Terça-feira. Cor:
Vermelha. Animais: Lobo, Galo e Raia. Flores: Verbena, Cravo encarnado. Perfume para
queimar: Estoraque; Perfume para usar: Cravo, Verbena. Profissão: Militar.

MERCÚRIO Planeta neutro. Anjo: Rafael. Metal: Mercúrio. Pedra: Topázio. Dia: Quarta-
feira. Cor: Amarela. Animais: Macaco, Papagaio e Peixe-voador. Flores: Cravo amarelo.
Perfume para queimar: Mastique. Perfume para usar: Gardênia, Trevo. Profissão: Escritor,
Médico, Farmacêutico, Mecânico.

JÚPITER Planeta Favorável. Anjo: Saquiel. Metal: Estanho. Pedra: Rubina. Dia: Quinta-
feira. Cor: Púrpura. Animais: Elefante, Pavão e Delfínideo. Flores: as de cor Púrpura. Perfume
para queimar: Açafrão (Urucum, etc). Perfume para usar: Flor-de-maçã. Profissão: Qualquer,
pois o Planeta é propício a todas.

VÊNUS Planeta Favorável. Anjo: Anael. Metal: Cobre. Pedra: Safira. Dia: Sexta-feira. Cor: Azul-
índigo. Animais: Touro, Pomba e Foca. Flores: Miosótis, Hortênsia. Perfume para queimar:
Mirra, Alfazema, Benjoim. Perfume para usar: Idêntico às flores. Profissão: Qualquer,
principalmente médico.

SATURNO Planeta Maléfico. Anjo: Cassiel. Metal: Chumbo. Pedra:Esmeralda. Dia: Sábado.
Cor: Verde. Animais: Bode, Morcego e Siba. Flores: As de cor verde. Perfume para queimar:
Alecrim; Perfume para usar: Os de cor idêntica. Profissão: Lavrador, Sacerdote, Ocultista,
Astrônomo, etc.

SOL Planeta neutro. Anjo: Miguel. Metal: Mercúrio. Pedra: Carbúnculo. Dia: Domingo. Cor:
Alaranjada. Animais: Leão, Águia e Umbla. Flores: Girassol, Sempre-viva. Perfume para
queimar: Sândalo. Perfume para usar: Idêntico. Profissão: Médico, Cargos Administrativos, etc.

As cores dos Planetas são idênticas às dos Tatwas e estas cores estão intimamente
relacionadas com as cores emanadas dos sete principais Centros de Força existentes no corpo
humano, os Chacras.” Planeta nos lembra, também, de pequenos planos, como se a Divindade
fosse dividida em sete partes, um sétimo do Eterno. O Eterno desdobrado em sete tônicas
diferentes, para promover a dinâmica, determinar diretrizes, para que haja na Humanidade,
nos indivíduos, a Vontade de Deus como impulso inicial que, com sabedoria, realize atividades
construtivas que, num conjunto, elevem a categoria humana ao plano dos Deuses.

Não é por acaso que a espécie humana é regida por ciclos de sete anos. É aos sete anos que há
a primeira renovação celular significativa no corpo humano, para que o mesmo, por volta dos
quatorze anos, tenha já condições de realizar o milagre da geração e assim por diante.

E se o Eterno é UM e TRÊS ao mesmo tempo, ou seja, UM como impulso e TRÊS como


manifestação, sendo o SETE, princípio de realização, vêm-nos à mente que para se atingir a
Unidade, assim como o “filho pródigo que retorna à casa paterna”, cabe ao Ser Humano
equilibrar em si os sete Princípios nele existentes, os Chacras, para poder ser três como
manifestação e um como essência.

Para finalizar, um trecho retirado da Revista Brasil 2005:

“ Não fique aí ai ei !...

Fique aí parado contando os minutos de sua incerteza!...

Ei!... Não precisa ficar aí parado,

A Nova Era está chamando.

A Nova Era está chamando...

A Nova Era está...

A Nova Era...

A Nova... Até lá...

Aula 40 - Antropogênese e Cosmogênese

Chaves Numérica e Geométrica

Interpretação da Antropogênese e da Cosmogênese à Luz das Chaves dos Conhecimentos


Iniciáticos, classificados com os nomes de Numérica e Geométrica.

Quando a idéia transcende a limitação da mente, do cérebro humano, lança-se mão da


linguagem simbólica para melhor esclarecimento do estudo. No presente trabalho, buscamos
o simbolismo dos números e das figuras geométricas. Para isso, necessário se torna usar a
filosofia ou a parte abstrata dos números e das expressões geométricas.
Geometria – Ge + o + métrica: o zero (0) é o símbolo do Absoluto; métrica é o estudo que se
ocupa dos elementos necessários à feitura de versos medidos; linguagem própria de um poeta.
Logo, Geometria é o processo de metrificar, de versificar a Harmonia do Universo.

Passamos agora a nos ocupar com o simbolismo dos números, da Chave Numérica do primeiro
setenário, partindo, com efeito, do Zero, logo, o número 6 corresponde ao sétimo número.

Z E R O – Zero-Astro, Zoroastro (Divindade Persa). É o Absoluto; o Parabrahmá dos vedantinos;


a Realidade Única; o SAT, a Seidade não manifestada em ser, posto que é semelhante, a par
com o Ser e o Ser Absoluto.

S A T – simbolismo: S – descida, manifestação em espiral, Sabedoria;

A – Abstração; Triângulo de vértice para cima, indicando o Altíssimo;

T – símbolo de balança, tríade, etc. Na Tríade OM TAT SAT, o som, a tônica dos 3 últimos
Tatwas, SAT equivale a mente. Segundo os cabalistas é Chokmah. É considerado, também, o
Quinto Tatwa, o Akasha.

ZERO é, ainda, o OUROBORUS, a Serpente mordendo a sua própria cauda, alegoria da primeira
limitação do Ilimitado, do Tudo ou Nada.

U M – O Primeiro Logos ou Logos Impessoal, não manifestado; a Primeira Causa. O


Inconsciente ou Incognoscível dos europeus; a Mônada dos pitagóricos. U corresponde a dois
“is” juntos (ii), alegoria de uma geminidade, o um já se convertendo em dois. M, precioso
símbolo de Aquarius e, também, das ondas sonoras da força vibratória, movimento
permanente.

U M, invertido, foi o valoroso nome do Continente de “MÚ”, a Atlântida, onde floresceu a 4ª


Raça-Mãe.

D O I S – o Segundo Logos, Espírito e Vida, Purusha e Prakriti, a Dúada manifestada, dos


pitagóricos. A Suprema Essência, a Vida Universal polariza-se em Vida Energia e em Vida
Consciência; a Dupla Barba do Eterno; as duas Faces do Avô do Universo. É, também, alegoria
da Pedra Cúbica e da Pedra Filosofal dos maçons.

T R Ê S – O Terceiro Logos, a Ideação Cósmica, Mahat ou Inteligência, a Alma Universal do


Mundo. O Noumeno Cósmico da Matéria, a base de todas as operações inteligentes da
Natureza; o Maha-Buda. Sim, é o mesmo que dizer, a Tríade, a Suprema Trindade, etc.

Q U A T R O – A realidade UNA manifestada sob seus aspecto dual de Espírito e Matéria, no


Universo condicionado, ou seja, o Cosmo dos gregos; a harmonia ou equilíbrio daqueles
supremos contrários; a polaridade, senão, a Tetraktis, a Tétrada, enfim, o mais solene conceito
dos pitagóricos que obrigava até mesmo os Deuses, meditarem sobre o assunto.

Há duas maneiras de numerar: a concreta e a abstrata. A 1ª, na nova justaposição de


sucessivas unidades: 0 + 1 + 1; 1 + 1 = 2; 2 + 1 = 3... Esta concepção, meramente animal
(terceira dimensão), é teoricamente indefinida, porém, na prática, para o impulso porque
chega a carecer da precisão do nome e da idéia concreta, para enunciar as quantidades que
vão aparecer sucessivamente; assim, se encontram selvagens que só podem contar até 3 e
chamamos, genericamente, numeração concreta a muitos dos números sucessivos, os quais
passam a ser ensinados às crianças, jovens, etc.

_Os quatro primeiros números, como essenciais e característicos de mera animalidade, ou


melhor dito, da Natureza inteira, são conhecidos, provavelmente, até dos mesmo animais,
dado que na mente rudimentar desses seres existe o conceito do nada ou zero e do um. O
sexo, por sua vez, dá a noção do dois; os duais seres de seu bando – que não eles nem a
companheira – fazem três e, a causa que têm a buscar ou a livrar-se, constitui quatro. Daqui
por diante, se faz a noite mais impenetrável na mente do animal porque esse número que se
segue, o 5, já é característico do homem, daí seu nome troncal Man, Manú, o pensador e no de
panta, penta ou cinco, primeiro da continuidade de nosso pensamento, o selo indelével da
arma de superioridade física do homem sobre os animais. Sim, sua mão tem cinco dedos, o
polegar oponível (que se opõe aos outros quatro da besta), suas extremidades cruciforme com
a quinta ou cabeça acima e da superioridade moral, também, do seu dito pensamento.

Os Iniciados do passado nos legaram isto mesmo, escrito no inefável símbolo do PENTALFA ou
Pentágono Estrelado, em sua posição triunfal ou normal com o ápice da cabeça acima, muito
acima, mirando o alto do céu, embora que o mesmo Pentalfa volteie de revés, como símbolo
do homem caído e da besta, o ser que não compreende, o cinco com dois cornos, as orelhas e
a barba, do famoso cabrito (caprino, Bode de Mendes, Kumara, etc.).

O número cinco é composto de um binário e um ternário: o binário alteia toda a perfeição da


forma, embora que o homem perfeito, diziam, era um quaternário e um ternário, ou sejam,
quatro elementos materiais e três imateriais. Estes três elementos se encontram igualmente
no 5, quando representam o microcosmo.O microcosmo, portanto, segundo os pitagóricos,
está composto de três Espiritus e de um binário diretamente relacionado com a matéria
grosseira. E aqui, como diz Ragon: “a engenhosa figura formada pelos acentos (, ‘) que se
colocam sobre as vogais, segundo se davam ou não para serem aspiradas. Na primeira sigla (,)
denomina-se-lhe de “espírito forte” ou superior, é o mesmo que dizer: o Espírito ou Hálito de
Deus respirado pelos homens, embora que a segunda (‘) é o “espírito suave” ou secundário. Os
dois juntos abarcam por inteiro o homem e são o fluído vital ou quinta-essência universal”

T. Subba Raw, em seu livro Five years of Theosophy, capítulo dos doze Signos do Zodíaco,
expõe o sentido mais místico do número cinco, dando algumas regras que podem ajudar o
investigador a encontrar o profundíssimo significado da antiga nomenclatura sânscrita dos
primitivos mitos e alegoria dos ários.

Tudo isso se enlaça enormemente com as chamadas “categorias de Kant”: a categoria Zero é o
nada-todo de nossa ignorância inicial, antes de pensar; as outras cinco categorias são: Espaço
abstrato, Tempo (passado, presente e futuro, que são meras formas ilusórias do Eterno),
Número (positivo, negativo ou imaginário) e Pensamento, o ego sum latino de nossa Mente ou
Quinto Princípio, com o qual afirmamos a nossa consciência, frente a tudo quanto deriva das
outras quatro categorias que resumem o Universo e unifica estas à quinta ou Pensamento, na
grande figura geométrica do Pentalfa ou polígono estrelado, eterno símbolo de todo ser que
pensa.
A seguir o número 5 vem o número 6, ao qual também se denomina de “número da besta”,
talvez pelas razões que se seguem.

Antecipando, com efeito, a própria evolução humana, os animais de maior inteligência, como o
mono, elefante, cão, cavalo, burro, por acaso logram passar excepcionalmente de cinco e
chegam a seis, desta maneira: um, ele; dois, a fêmea; três, o filho; quatro, o ninho, a cova, o
refúgio, o lugar – se vale a frase – que defendem como a si mesmos; cinco, os demais de sua
tribo, como forma de unidade superior e, seis, todo o restante que não é ele nem sua parte. O
número 7 já é desconhecido.

Em geometria, esses mesmos animais têm uma idéia do ponto (ele); a linha (a distância que o
separa da fêmea buscada ou vítima eleita, linha, ademais, medida instintivamente no gato,
com a mais rigorosa exatidão), a da superfície e a do volume, segundo revelam todos os seus
atos, suposto concretamente, não em abstrato como nós. O grou, por exemplo, em seus vôos
de emigração tem, ademais, noção do ângulo, posto que a mais forte ou guia se situa no
vértice da proa, na marcha, para que as mais débeis encontrem já vencida, com as asas
daquela, a resistência do ar. A massa emigratória, por outro lado, no caso mais simples, dá a
idéia concreta do triângulo e, em geral obscurissimamente, dos demais polígonos que, para
elas, são como se fossem um mesmo.

O Supremo Orientador J H S ofereceu aos seus Discípulos a idéia da transição do Ser Humano,
em 4 etapas distintas: de 1 a 15 anos, de 15 a 30, de 30 a 45 e de 45 a 60. Daí por diante já se
entra numa fase regulada pelo comportamento das quatro etapas anteriores; passa-se a viver
baseado nas reservas acumuladas pelo organismo.

A vida da juventude equilibrada é base para uma velhice feliz. De modo análogo, procuramos
pensar nas fases, também quaternárias, na transição da humana vida, de um plano para outro,
da 3ª para a 4ª Dimensão.

Transcrevemos, a seguir, os ensinamentos que foram ministrados, pelos sábios e espiritualistas


Professor Henrique José de Souza e Dr. Mario Roso de Luna, acerca deste assunto.

Segundo a opinião do ilustre espanhol Sánches Herrero, desencarnação é a separação da alma


do corpo, mediante o total desprendimento do perispírito (duplo-etérico), o qual, durante a
vida intra-carnal, consubstancializa um com o outro.

Até agora, para elucidar este problema da morte, só se quis ouvir a voz da patologia. Já é hora
de escutar a psicologia transcendente (preparação da alma, possibilitando-lhe ter estado de
consciência de outros planos mais reais do que o Plano Físico) que tem muitas e muitas coisas
interessantes para dizer. Letamendi, que considerou este assunto do ponto de vista da Ciência
Patológica (do ponto de vista corpóreo), admitiu na morte quatro etapas sucessivas: 1ª)
Agonia; 2ª) Resolução; 3ª) Metagonia; 4ª) Restituição.

Agora estudaremos com detalhes, uma a uma. Porém, como temos três espécies de morte (a
do Corpo, a da Alma e a do Perisírito) e o citado estudo compreende apenas a sucessão dos
atos da carne enferma, para transformar-se num cadáver, declaramos que o
complementaremos com outros dados de outras origens, referentes à alma e ao duplo-etérico.

1º Tempo: AGONIA – derivado este nome de outro grego que significa luta ou combate. É a
debilitação (hipokinésia) progressiva, circulatória e respiratória e termina no momento em que
se paralisa o centro respiratório do bulbo, causa da intoxicação carbônica do sangue, isto é,
que pela dificuldade respiratória a quantidade de anidrido carbônico vai sempre aumentando
naquele e a de oxigênio diminuindo sem cessar, até anular-se. Essa paralisia bulbar chega de
um modo automático, fatal, necessário, ainda que suave.

2º Tempo: RESOLUÇÃO – é um ato instantâneo provocado pela paralisia antes indicada; é o


momento que o povo chama de “último suspiro”. Tudo faz crer que não é doloroso nunca para
a Alma, pela sensível razão que se encontra em plena incosciência. Quem contempla um
agonizante nesses dois primeiros tempos, se convencerá de que tudo isso tem o selo do mais
completo automatismo, como pertencente a duas grandes funções da vida vegetativa (a
circulação e a respiração) não submetidas à nossa vontade.

3º Tempo: METAGONIA – este como o seguinte, pertencem já ao cadáver, quer dizer, à ordem
do físico. Por Metagonia entende Letamendi certos fatos que podem se dar num cadáver, por
causas puramente físicas, como por exemplo, certos movimentos das extremidades, em alguns
coléricos. Estes não se devem a vitalidade alguma, posto que a atividade do Princípio Vital
ficou anulada naquele corpo, senão, as grandes perdas de água que sofreu, pelas toxinas do
Bacilo de Kock, que desintegraram os tecidos.

4º Tempo: RESTITUIÇÃO – assim chamou Letamendi à decomposição cadavérica. Se


pensarmos um pouco, acharemos esta palavra exatíssima. Com efeito, durante a vida intra-
carnal, devolvemos parcialmente à Terra, porções de matéria ponderável que lhe tomamos
emprestada, porém, neste momento, a devolvemos toda. Não podia ser diferente, pois que a
Lei da conservação da matéria foi demonstrada por Lavoisier e é um fato positivo “cuja
quantidade total é invariável, porém, suas transformações são indefinidas (Allan Kardec)”.
Porque, segundo o lugar que ocupa um átomo, assim funciona de um modo distinto. Exemplo:
não procede igualmente, o átomo de ferro de uma hemácia do sangue, do ferrolho da porta e
do disco do arado do campo.

No Dicionário de Euledburg, chamou o Professor de “Eutanásia Externa”, ao conjunto de


medidas que precisa tomar o médico para que a morte seja o menos dolorosa possível (por
exemplo, aplicando a anestesia) e de Eutanásia Interna, à preparação da Alma para morrer
consciente (lucidez). Segundo este autor, deve-se confiar esta última à Religião e à Filosofia.
Porém, o que ele não consignou foi que é o estudo da Psicologia Transcendental que
transforma a esperança noutra vida, na certeza científica. E para se inteirar disso, nenhum ser
sensato aguarda a agonia, senão que faz desta ciência, muito tempo antes, seu estudo favorito
(Iniciação Real).

Até aqui, o que descreveu Letamendi é o que pode ver qualquer um que examine um
agonizante. Agora exporemos a questão por dentro (como atua a Alma). Temos as declarações
dos médiuns-videntes em geral e em particular as do americano Jackson Davis e do Dr. Ciriax,
de Berlim. Aparecem assinaladas no Livro “Le Psichisme Experimental”, por Alfred Erni, Paris,
1895. Se trata do desprendimento automático do perispírito e se estabelece em três tempos:

1º Tempo: neste, todo o fluído do perispírito (Corpo Vital) repartido pelo organismo, se
reconcentra no cérebro físico. É uma atração semelhante à que exerce o imá sobre o ferro.

2º Tempo: saída pelo crânio de todo o perispírito (este, sabemos que é o exato fac-símile do
corpo orgânico) e colocação da alma, assim desprendida, a poucos passos do agonizante, do
qual depende, sem dúvida, por um tênue cordão fluídico que, simples expansão do perispírito,
vem terminar na região que medeia o coração e a cabeça (Chakra Laríngeo; o cirro da morte).
Foi comparado ao cordão umbilical, pelos que o observaram. Comparação muito exata, como
agora se verá.

3º Tempo: ruptura do cordão fluídico e completa liberdade do espírito errante, o qual, desse
momento, pode dirigir-se aonde quiser. Se vê, pois, que entre o nascimento carnal e o
espiritual, como o chamou Swedenborg, “morte” em termos vulgares, há uma analogia
completa; ali uma placenta, aqui um cadáver; ali um cordão umbilical a ser cortado, aqui um
outro, fluídico, que tem de se desligar para sumir o resto do perispírito. Ali um menino ou
menina, vivo, e aqui um espírito errante, perturbado, porém mais vivo do que nunca. Há algo
mais claro?Eutanásia Interna

O Grande Senhor JHS, pelo menos durante 40 anos, tentou aplicar aos seus Discípulos a
verdadeira “Eutanásia Interna”, senão preparando as almas humanas para tomarem o rumo do
EU Interno ou, antes, para irem para a parte interna do Globo Físico. Sim, Eutanásia Interna, no
sentido de preparar o Eu Interno, a Consciência Interna, de natureza dos Globos Internos dos
Mundos paralelos. Foi muito bem indicado o estudo da Psicologia Transcendental que outra
não é, senão, a aplicada pelo Avatara.

A Iniciação orientada pela Filosofia do nosso Grande Senhor e Supremo Orientador, é algo que
podíamos denominar de “Psicoterapia da Alma”. Ora, a Psicoterapêutica-Ritualística adotada
pelo valioso Legislador, teve a finalidade de provocar o ajustamento psíquico dos seus
Discípulos, preparando-os para outro ciclo, para outro Avatara.

Por isso é que se fala em “prova”. Ora, a prova é provocada pelo conflito de consciência, isto é,
o atrito dos desejos corporais, materiais, com as exigências da Consciência Espiritual. Por isso
que o Supremo Senhor conduziu seus Discípulos com liberdade de pensamento. Com efeito,
sem o auxílio da Psicoterapia Transcendental, as Nidhânas não são corrigidas. Isto posto,
jamais poderá haver harmonia numa associação, numa instituição ou num país. O tirar estas, o
ajustar os discípulos, equivale a dizer, prepará-los para que possam vivenciar a Idéia de
Unidade. Enquanto houver a mentalidade do “eu sou”, “eu quero”, “eu mando”, “eu sou o
único sábio”, haverá, naturalmente, a necessidade da Eutanásia Interna, senão, preparando a
mentalidade para a vida noutros planos, não além da morte, mas além da vida física.

No Diário de um Adepto, publicado no “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, 3ª edição, pág. 95,


há a ética a respeito da Linguagem Oculta, como “Poder de Comunicação Divina”:

“ O ignorante diz: eu sei;


O discípulo: assim o aprendi;

O Mestre: assim diz a Lei! “

O Grande Senhor JHS poderia dizer:

“A Lei é a conquista da Consciência Una do Supremo Avatara!”

“A reverência tributada aos Deuses, aos Sacerdotes, aos Mestres e aos Sábios; a pureza,
retidão, continência e mansidão, concorrem para a austeridade do corpo.”

“A conversação honesta, amena, verídica e instrutiva, além do habitual estudo das Escrituras,
concorre para a austeridade das palavras.”

“A agudeza mental, a igualdade, o silêncio, concorrem para a austeridade da mente.”

“Pura é essa tríplice austeridade se, com excelente fé, a praticam os seres humanos
harmonizados, sem visarem esperança nem recompensa.”

Glória aos Deuses nas Alturas e Paz na Terra aos que se harmonizaram com o Avatara JHS!

JUSTIÇA HARMONIA SABEDORIA !

Aula nº: 41 - Psicoterapia Transcendental ou Eutanásia Interna

Linguagem Mitológica

Embora os homens se jactem de seu imenso saber, a limitação dos sentidos que os envolvem
permite que vejam os aspectos da Verdade, também de modo limitado, limitadíssimo.

O processo que permite aos homens estenderem a mente a um plano mais abstrato, de
dimensões mais amplas, é a linguagem iniciática. O Ser Humano é que se faz capaz para
entender os aspectos da Verdade Eterna. Esses aspectos da Verdade, à primeira vista, se nos
apresentam como se fossem charadas, jogos de quebra-cabeça. O estudante ou candidato à
evolução espiritual, deve ter o trabalho de equacionar os dados, as informações recebidas dos
Irmãos mais velhos, mais antigos, procurando decifrá-los, integrando-se nos citados aspectos
da Verdade Eterna, a Suprema Sabedoria.
Os gregos primitivos, os hindus, chineses e outros, tinham como linguagem iniciática, a
mitológica. A Mitologia é uma linguagem teatralizada, assim como era outrora o bailado
sagrado, o qual era apresentado à guisa de tema de meditação. Sim, as assanas constituem
uma linguagem que, apesar de ser solenemente muda, mímica, entretanto transmite sublimes
mensagens aos portadores de apurada sensibilidade (espiritual ou artística).

Assim como todas as filosofias, textos sagrados, possuem seus intérpretes, seus doutores, a
Mitologia, as assanas dos bailados sagrados também os possuem.

A exemplo do que afirmamos, apresentamos um comentário mitológico, relativo ao


nascimento de Júpiter.

Conta-nos a Mitologia que Cronos, o medidor do tempo ou senhor do tempo, viveu longas
insônias, de olhar pregado no escuro do mundo, a ausência de luz. (Se Cronos era medidor do
tempo ou o seu senhor, naturalmente encontrava-se numa situação limitada, sua visão estava
limitada, reduzida ao plano concreto. Luz é símbolo do conhecimento abstrato, global,
universal, etc.)

“Como impedir que se cumprisse a terrível profecia da Mãe Gaia, que um de seus filhos lhe
usurparia o trono?” (Gaia, não nos atendo ao grafismo e sim ao som da palavra, à abstração,
portanto, lembra-nos a palavra MAIA, aquela que, embora sendo uma, cria a multiplicidade de
formas, a ilusão. Dentro da linguagem tradicional, temos: GAIA ou AG + IA ou IO. AG é radical
da palavra AGNI, Fogo, e outros termos com o sentido de Fogo Universal, Vida, etc. IA ou IO
tem o sentido de Água. Gaia, portanto, expressa a ação da Água e do Fogo, senão, os Pai e
Mãe Universais. Gaia, Geia, é igual a Terra, daí a Tríade: Fogo, Água e Terra, criando um
ambiente de humidade, o qual propicia a germinação da vida, a geração, etc.)

Depois de muitos planos e tramas, medos e confusões, dentro da noite fulgurou a resposta,
fez-se a luz: de um salto, CRONOS ou Saturno ergueu-se e correu para junto de REIA, sua
mulher (Reia, Matéria, Terra) mas não lhe dirigiu palavra alguma. Em silêncio, agarrou seu
primeiro filho, que acabara de nascer, e devorou-o! Era início da sangrenta rotina. (Cronos ou
Chronos, grego, o tempo! Nome grego de Saturno. Em sua homenagem os gregos celebravam
uma festa chamada Chronia. Era um dos maiores Deuses e os cartagineses tinham um respeito
tal que não se atreviam a pronunciar seu nome e chamavam-no “O Ancião”. Correu para junto
de Reia, sua mulher, porque como andrógino, procurou o que lhe faltava: a contraparte, de
quem nasceu o filho. De modo que Cronos, Saturno, Reia e o filho devorado formaram uma
unidade, como se corpo, alma e espírito se fundissem numa consciência única. É algo
semelhante ao simbolismo da abelha rainha: o zangão que resistir voar mais alto, a fecunda e é
como se encarnasse nela. Depois da abelha rainha dar à luz, morre e a consciência ou luz dos
dois funde-se no filho, a colméia).

Raia deu à luz outras crianças, porém a nenhuma teve o prazer de acalentar. Estava cansada;
precisava encontrar uma solução para salvar o filho que abrigava no ventre. Procurou, pois, a
sábia Gaia e, ajudada por ela, traçou um plano. Ao chagar o momento do parto, Reia iludindo a
inexorável vigilância do marido, ocultou-se numa distante caverna, nos densos bosques de
Creta. Ali, ZEUS veio ao mundo. (Reia deu à luz outra criança, Zeus, de uma hierarquia
superior, a qual não poderia ser criada no mundo dos homens. Foi, pois, se esconder na
floresta, como que procurando outro plano. Ora, na época de Gautama, o Buda, Ele deixou
toda a fortuna material, indo para a floresta realizar as suas meditações. Sim, foi à procura de
um local jina. Júpiter para os gregos tem o mesmo sentido do Melki-Tsedek hebreu, do
Gautama budista e do Cristo cristão. Os demais aspectos mitológicos ficarão para os leitores
interpretá-los).

Enquanto Gaia, a Mãe-Terra, acolhia o menino em seus braços, a Deusa retornou ao lar.
Vibrava de alegria, mas também de medo; podia falhar a trama tão carregada de esperanças.
O amor pelo filho, entretanto, dominou os receios. Reia apanhou do chão uma PEDRA,
envolveu-a em grossas faixas e entregou-a a Cronos que, sem perceber o logro, rapidamente a
ingeriu. Então a Mãe de Júpiter respirou aliviada. Salvara o filho, mas selara a profecia: em dia
próximo, o último filho de Cronos tomaria das armas para encerrar o sombrio reinado de
sangue de seu pai.

Ao crescer, Júpiter destronou Cronos, venceu os titãs e os gigantes. Com a tríplice vitória,
firmou-se como senhor absoluto do mundo e encerrou o ciclo das divindades tenebrosas, das
forças desordenadas que tudo corrompem e destroem.

Para os filósofos, seu triunfo simboliza a própria vitória da ordem e da razão sobre os instintos
e as emoções desenfreadas. É ele quem abre aos homens o caminho da razão e ensina-lhes
que o verdadeiro conhecimento só é obtido a partir da dor. Mas não assiste impassível os
sofrimentos humanos, ao contrário, apenas não se deixa levar pelas emoções, pois é a imagem
da justiça e da razão. Sabe que não deve interferir nas descobertas pessoais; cada qual tem de
viver sozinho sua própria experiência.

Usando o direito do livre-pensar, veio-nos à mente o seguinte:

JÚPITER, JU PITER, IU PITER – do inglês YOU PITER, “você é Pedro, você é pedra”.IO PEDRA –
caminho da manifestação ou densificação (se é que podemos usar este termo), da Divindade,
como poder absoluto e coeso.

JU, IU, IO – caminho.

PI – segundo os pitagóricos, 3, 14, 16.

3– “O número três reina por toda a parte”, portanto, o símbolo da Divindade


manifestada.

14 – Segundo os Tarôs é o número que representa o equilíbrio, a metamorfose.

16 – Segundo, ainda, os Tarôs, “sofrer no afã de desembaraçar-se da matéria é revestir-se


de imortalidade”.

TER – lembra-nos TERRA.

JÚPITER
JU PITAR

IU PITÁGORAS

IU PITAGÓRICOS

PITA GO U RICOS

PITA GOUROS

PITHA, em sânscrito, significa o SOL, o FOGO. Olhando por este ângulo, esta análise nos leva a
pensar que os pitagóricos eram os GÔROS DO GRAAL, os portadores da Sabedoria Eterna.

JÚPITER – o caminho ou passagem da Divindade na Face da Terra, dano nova tônica, com a
missão de fazer LUZ onde antes reinava a ignorância.

A Nova Era ... Até lá!

A Nova Era ...

Aula nº: 42 - Genealogia secreta do Ser Humano

A Genealogia Secreta do universo manifestado, é algo que preocupa o Ser Humano, quando
passa a pensar em algo mais elevado, além das suas limitações, da reduzida autonomia dos
sentidos.

O Ser Humano, como um microcosmo, para se por em movimento, em ação, para realizar algo
no plano objetivo, necessita, naturalmente, de seus órgãos ou membros: braços e pernas. Com
efeito, pensando na origem secreta do mundo, na Cosmogênese, na formação dos universos,
associamos desde logo os 4 Elementos ou Princípios básicos desta formação, desta Obra do
Criador: Terra, Água, Fogo e Ar. Observamos:

As tradições mais antigas falam nos 4 Elementos que compõem a enigmática Esfinge: Touro,
Leão, Anjo e Águia;

No Egito primitivo, esses 4 Elementos eram apresentados com o nome de “os 4 Osiris”.
OSIRIS – é o supremo Deus do Egito, filho de SEB (Saturno), o Fogo Celeste, e Naiti, a Matéria
Primordial e o Espaço Infinito. E, existente por si mesmo, é auto-gerado, a primeira Deidade,
nosso Terceiro Logos. É a Unidade, mas quando diferenciada, torna-se personificada
convertendo-se em Tifón, seu irmão... Isis e Nefti, suas irmãs; Horus, seu filho e há outros
aspectos. Nasceu no Sinai, o Nyssa do antigo Testamento, em Abidas... depois da morte de
Tifón, na prematura idade de 28 anos, segundo a alegoria. Para o sábio Eurípedes, é o mesmo
Zeus, é o Dionísio. Dionísio e Nyssa... o Deus Nyssa, isto porque Osiris foi criado em Nyssa,
Arábia. É, também, o Deus Jeovah-Nissi ou, cabalisticamente, DIO IAO NYSSI... Com efeito,
JEHOVAH tem o sentido de 4 atributos, Tetragramatom: Iod-Hé-Vau-He. Descrevemos, agora,
os 4 aspectos de Osiris, os 4 aspectos do grande Deus:

OSIRIS PFAH – Luz, o aspecto espiritual, essencial...

OSIRIS HORUS – Mente, o aspecto intelectual, manas...

OSIRIS LUNUS –o aspecto lunar, psico-astral.

OSIRIS TIFÓN – o aspecto demoníaco, físico, material e, por conseguinte, passional,


turbulento...

Os conhecimentos humanos nomeiam-nos como sendo as direções do mundo, os 4 Pontos


Cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste;

Na tradição hindú, em sânscrito, seus nomes são: Dritarasthra, Virudaka, Virupaksha e


Vaisvarana e, respectivamente, são posicionados no Norte, Sul, Oriente e Ocidente.

O terceiro princípio de Hermés, o Trimegisto, diz: “Princípio da Vibração” – Nada está parado,
tudo se move e tudo vibra...”

O Excelso Senhor JHS nomeou esses 4 Princípios básicos do Universo, como sendo os
seguintes: Forma, Número, Cor e Som (vibração)...

O grande Pitágoras, disse: “Deus cria geometrizando...” Por exemplo, o Globo Terrestre é um
globo com representação na Chave Geométrica dos conhecimentos iniciáticos, pois, na Ciência
das Idades é representado por um quadrilátero e sua parte essencial, espiritual, por um
triângulo com um ponto no centro.

De modo que o Universo é o S O M. Por isso os espiritualistas respeitam e pensam na


expressão “O SOM INEFÁVEL”. Com efeito, o Universo é a Grande Harmonia e se movimenta
através das escalas musicais. Por isso o Excelso Senhor JHS falava sempre em Harmonia,
Melodia e Ritmo. Baseados na idéia da escala musical, os teósofos, a Ciência das Idades,
nomeiam o Ser Humano com 7 princípios, na escala evolucional desta Hierarquia. De modo
que o comportamento dos homens, tanto pode constituir uma humanidade harmônica, como
pode concorrer para que haja uma caótica. Assim, quando se diz: “O Verbo se fez carne”,
equivale a dizer: o SOM, na boca humana, tornou-se em palavra para expressar, dar forma a
uma idéia. Bendita seja a boca que transforma o SOM em palavras nobres, poéticas e canto, a
fim de louvar a Natureza, reflexo da celestial Mãe Divina.
Emanuel Swedenborg, o grande sábio sueco que viveu nos anos de 1668 a 1772, já naquela
época se expressava dizendo que: “a Lei mais essencial da Natureza é a vibração. Um ponto
morto, um ponto imóvel é absolutamente impossível dentro de nosso sistema. Os movimentos
sutis que chamamos de vibração ou onda, os mais vigorosos que chamamos de oscilações, as
trajetórias dos planetas que chamamos de órbitas, as épocas da História que conhecemos
como ciclos, tudo é movimento ondulatório, sim, ciclo de ondas no ar, no éter, na água, no
aura, na terra, por nebulosas, pensamentos, emoções de toda forma imaginável”.

A ciência oficial, materialista, limita seus conhecimentos ao que afeta os sentidos atuais da
espécie humana, ao passo que a “Ciência das Idades” a excede, porque vai pesquisar em
fontes onde se encontram ensinamentos do Ego, inteligência superior, de capacidade de
evolução muito mais alta, muito mais desenvolvida, podendo entrar em ação com faculdades
de cuja posse não suspeite sequer a generalidade humana, dentro de suas reduzidas
atividades físicas e mentais. Para esta mentalidade, o Universo, com tudo que contém, é
completamente ilusório porque supõe que os fenômenos que observa são como eles
impressionam e não, tais como são realmente.

Observamos também, cada indivíduo tem uma tônica que lhe é peculiar, tem seu próprio
processo de entender os aspectos da Verdade. Se a Verdade, para cada um de nós, está, pois,
na conformidade da relação que existe entre nosso entendimento e a realidade, segue-se que
pode haver, no estado autal da Humanidade, tantas verdades quantas modalidades, segundo
as quais se nos apresentam os fenômenos que observamos, assim como podem também haver
efêmeras ou transcendentes.

Com efeito, afirma a Ciência das Idades que a Lei que rege o nascimento, o desenvolvimento e
o fim de tudo que se contém no Universo, tem que ser a mesma, desde o Sol até o verme mais
insiginificante. Pode haver maior ou menor perfeição na sua realização, mas as forças que
agem e a substância sobre a qual atuam, incontestavelmente são sempre as mesmas.

Estudando o Universo, desde a célula diferencial até as nebulosas, esforça-se o Homem por
conhecer as leis da Natureza, para chegar a conseguir dominar forças que no estado atual da
sua ignorância, agem discriminadamente, sem o necessário controle. O real e positivo não
somente o que se vê, ouve, aspira ou apalpa, mas tudo quanto possa ser deduzido
logicamente... Não é possível mais negar o que não é constatado pelos órgãos, negar o que
não é constatado pelos órgãos sensoriais comuns, mas que pessoas de acuidade sensível,
acima da média geral, são suscetíveis de perceber, desde que recebam infuência das forças
latentes que existem neste colossal reservatório de energias que é o ambiente que nos cerca...

As teorias físicas existentes prestam-se perfeitamente para explicar de modo cabal tudo de
que necessita o Homem, para que, mesmo sem sair das observações através de seus sentidos
atuais, vá conseguindo averiguações com o auxílio de experiências e, por meio de deduções, vá
chegando até o conhecimento de determinadas leis da Natureza, sobre as quais se poderá
basear então, para compreender que segue caminho seguro nas suas investigações.

Falta preparar-se o investigador para ir entrando em harmonia com as forças latentes da


Natureza, de modo a conhecer e por em ação as íntimas relações existentes entre o seu
organismo e as forças que o cercam, que podem passar e repassar ao alcance da generalidade
humana, sem que as perceba de nenhuma maneira.

A constante preocupação de compreender a verdadeira finalidade da existência humana é


necessária e suficiente para que possamos ir controlando todas as nossas ações, por mais
insignificantes que nos pareçam, para conseguir dominar os instintos e, deste modo, incentivar
tudo que possa concorrer para nossa elevação moral. Os conhecimentos da ciência a respeito
dos mundos invisíveis ou supra-sensíveis não podem mais pô-los em dúvida, desde que, por
exemplo, pelas radiações ultra-violeta são conseguidas impressões fotográficas que o espectro
solar é incapaz de distinguir entre as colorações conhecidas.

Os mistérios da Natureza que constituem o que geralmente toma o nome de ocultismo


(Ciência das Idades), embora sob tal denominação se ocultem também os que o exploram
ignobilmente, precisam ir sendo pouco desvendados, à medida que os estudiosos forem
percebendo quanto é limitada a ação de seus sentidos atuais e procurarem desenvolvê-los,
adaptando-se às leis invariáveis dessa mesma Natureza e, deste modo, abandonando a idéia
egoísta e irrisória de que o Universo, com todas as maravilhas que o compõem, foi criado para
mera satisfação de seus desejos pessoais, passando assim o observador a ser o centro de
gravitação de todo o mesmo Universo.

O que existe de fato, é a Lei e o estudante de espiritualismo está a caminho de ser um adepto
da Boa Lei. Por isso pertence a todos, desde que estejam de acordo com ela, a começar pela
própria Natureza, isto é, pelo aperfeiçoamento humano, por meio da união de seu espírito
com a Vida Una. E... a VIDA UNA, simples e harmônica, é a base de toda a Lei, a programação
evolucional.

Apresentamos, agora, mais alguns dados acerca de vibração, de som, fornecidos pelo
Venerável Senhor JHS:

“É verdade que as concepções físicas modernas já estabeleceram propriedades comuns a


todos os componentes do mundo, que se distinguem apenas pela diversidade da energia de
que estão animados.

Essa diversidade de energia é considerada pelos seus efeitos porque não é difícil conhecer as
íntimas correspondências que existem entre as diversas formas de energia. Quer isto dizer que
varia apenas o gênero da vibração, assim como o meio em que age, cujo grau de elasticidade
permite mais ou menos e facilmente a propagação vibratória e,à medida que aumenta a
freqüência vibratória, é óbvio que o ambiente se vá tornando cada vez mais sutil.

Num meio assim mais elevado, mais fino e apurado, na coloração devem ser mais brilhantes e
os sons forçosamente mais harmônicos. O som é, aliás, uma vibração ritmada que, embora
para a sensação humana seja a que se serve de veículo mais denso, para propagar-se, como é
o ar atmosférico, tem uma significação muito elevada, pois que com ele é identificado o
impacto primordial que deu causa à formação do Universo. Este SOM a que nos referimos
neste estudo é o Logos platônico, mas é, também, o som produzido pelos trovões do
Apocalipse, as trombetas de Ezequiel ou o Vach indiano, que se manifesta como SARASVATI, a
Deusa da palavra e da eloqüência.
A Ciência das Idades ensina que todo o som produzido no plano inferior do mundo visível e
audível, desperta outros sons harmônicos na parte mais sutil da Natureza. Desse modo, o som
que emitimos com o poder mágico da palavra, oriundo do magnetismo pessoal de cada um,
não deve ter limites senão os determinados, infelizmente para nós, pela restrição de nosso
sentido de audição e quaisquer vibrações que dêem lugar à produção do som, devem agir
como disse, em todos os planos da Natureza. Em outras palavras, toda a NATUREZA se
apresenta assim como uma formidável escala de harmonia.

Compreende-se, pois, sem grande dificuldade, como os estudantes da Ciência das Idades
admitem que o som produzido pela palavra sagrada emitida naturalmente pela Entidade que
só possui elementos puros na composição de sua personalidade, constitua, por si só, o mantra
dos mantras, do mesmo modo que somente desgraça pode atrair para aqueles que a
pronunciem com pesamentos idignos, sem consciência pura e sem conhecer o desejo firme de
ser útil à Humanidade.

Essa palavra só pode ser emitida, com sua verdadeira vibração, pelos grandes Adeptos que,
porém, nunca a pronunciam entre profanos, porque, como tais, estes se acham em completa
desarmonia com os centros de força sobre os quais ela atua imediatamente”.

Glória aos que usam o silêncio de ouro e a linguagem poética !

Aula nº: 43 – As leis vulgares não se seguem com o Ocultismo

e com a Filosofia dos Avataras

As leis vulgares não se seguem com o ocultismo e com a Filosofia dos Avataras; cada uma tem
sua ação, nos respectivos planos.

A augusta presença dos Avataras na Face da Terra tem a finalidade de impulsionar a evolução
espiritual dos componentes da Humanidade, dos homens em evolução, nesta nossa esfera
ainda com a superfície voltada para o Globo Lunar.

O Espírito de Verdade, impulsionador da dinâmica em nosso Plano, teve ocasião de dirigir aos
homens, embora sem ser compreendido e muitas vezes desconhecido pelos portadores da
cegueira espiritual, desconhecimento daqueles que coseguiram apagar a sua Chama Interna,
reflexo da Grande Chama, que é a Vida Universal: “Se todas as vezes em que me manifestar,
usar as mesmas palavras, as mesmas indumentárias, os mesmos costumes, hábitos, etc., não
haverá evolução”.
O que mais atrapalha a evolução espiritual dos seres humanos é a rotina intelectual, as
incrustações emocionais que se diversificam em vários aspectos: religiosos, filosóficos,
científicos, falso espiritualismo, orientalismo decadente, etc.

Com efeito, as Leis que regem os homens vulgares não podem ser as mesmas que regem os
HOMENS SUPERIORES, já com lampejos geniais, jinas, portadores da Mente Divina, da Supra-
Inteligência, sim, elementos que agem em diferentes planos de ação da atividade universal.

Ao fomentar o estudo das religiões, das falsas teorias do espiritualismo, das religiões
comparadas, da filosofia materialista e da ciência, mister se faz compreender que a espiritual é
uniforme através as idades, os ciclos, enquanto que as formas religiosas são múltiplas e
diversas. Estudar as Leis inexplicadas da Natureza e os poderes latentes no Ser Humano, a
investigação de ambas as coisas tem apenas um alcance científico, extensivo a regiões ainda
por explorar. E a isso, ajunta o Sr. Van der Leeuw: “Aqui, tal como a música, o objeto visado e o
exame dos fatos, já por meio dos sentidos ordinários, já por meio de outros, o processo existe
em percepção paciente e exata, em comparações e provas e inspirações, para chegar a um
conhecimento dos fatos. Com tudo isso, por generalizações, o conhecimento das leis e o
emprego das forças, podem ser obtidos”.

Um dos processos de aperfeiçoamento dos vedantinos, é o Livro “Manava-Dharma-Shastra”,


que ensina:

“A retribuição devida aos atos – conhecei agora, quais são os atos que podem conduzir um
bramane (se humano) à felicidade suprema (Moksha ou Niszreyasa): estudar e compreender
os Vedas; praticar a devoção austera; reconhecer em si próprio Brahmá (Deus Interno);
dominar os órgãos dos sentidos; não fazer mal a ninguém nem a coisa alguma e honrar o
Mestre espiritual, são os principais preceitos, as principais obras que levam à beatitude final”.
Porém, entre todos esses atos virtuosos praticados neste mundo, disseram os santos,
interrogando o Senhor, não há nenhum maior que os demais para conduzir à felicidade
suprema? “De todos esses deveres, o melhor é adquirir pelo estudo dos Upanishads (livros
sagrados) o conhecimento de Para-Atmã, a Alma Suprema, pois deve ter por mui certo o
estudo do Veda ou Lei, com o fim de conhecer a Alma Suprema do Universo, que foi olhado
pelos sábios como o meio mais eficaz para conseguir a felicidade, tanto neste mundo como no
outro, já que nesta obra e na adoração da inefável Alma Suprema, estão inteiramente
compreendidas todas as regras de boa conduta”.... ... ...

“Assim como um fogo violento queima até as árvores verdes, o homem que estuda e
compreende os livros santos, apaga em si toda a mácula nascida das paixões, e aquele que
conhece perfeitamente o sentido do Veda Shastra (preceitos ensinados do Veda ou da Lei),
qualquer que seja seu estado, prepara-se durante a vida, se estuda neste mundo, para a
identificação com Brahma (libertação). Os que mais estudaram, valem mais do que os que
nunca leram; os que possuem tudo quanto leram, são preferíveis aos que leram e logo
esqueceram; os que compreendem, possuem mais mérito do que aqueles que o sabem
simplesmente de memória; os que cumprem com o dever, uma vez este conhecido, são
preferíveis aos que simplesmente o conhecem mas não o praticam. O conhecimento da Alma
Suprema (Sabedoria Divina) e a devoção para com Ela são, para um discípulo, os melhores
meios de chegar à felicidade da libertação; com a devoção apaga as faltas; com o
conhecimento de Brahma (Deus) consegue a imortalidade. O que procura adquirir um
conhecimento efetivo de seus deveres, possui três maneiras de provas: a evidência intuitiva, o
raciocínio discursivo e a autoridade dos diferentes livros reduzidos da Santa Escritura. Somente
aquele que raciocina, fundando-se no Veda, é o que pode conhecer muito bem seus deveres
religiosos e sociais. As regras de conduta que se acham enumeradas para alcançar a libertação,
foram declaradas como exatas e completas; por baixo delas está revelada a parte secreta
deste “Código do Manú” (VV 101 a 105, pa).

“Quando o brâmane, concentrando em tudo isso sua atenção vê a Alma Divina em todas as
coisas visíveis e invisíveis, pois considera a Alma Divina em tudo e reciprocamente tudo na
Alma Divina, não entrega seu espírito à iniquidade. A Alma Suprema, com efeito, é a síntese de
todos os Deus e aquela que pulsa no fundo de quantos atos realizam todos os seres animados.
Quando o brâmane contempla, em suas meditações, o éter sutil que inunda todas as cavidades
do coração; o ar que atua em seus músculos e nos nervos dotados; a água, nos fluidos do seu
corpo; a terra, em todo o seu corpo. Vê, também, a Lua (hindu) em seu coração; os Gênios das
oito regiões do espaço, no órgão de seu ouvido; a Hara, em sua força muscular; Agni, em suas
palavras; Mitra, em sua faculdade excretória; Pradjapati, em seu poder criador. Porém, acima
de tudo isso, deve representar ao grande SER (Supremo Criador) como Soberano Animador do
Unverso, mais sutil do que o átomo, mais brilhante do que o ouro, mais puro e único capaz de
ser concebido pelo espírito, no sono da mais abstrata contemplação. Uns adoram o Para-
Purusha (Supremo Criador) no Fogo elemental; outros, no Manú, Senhor de todas as criaturas;
outros, em Indra; outros em Vayu e Tejas; outros no eterno Brahmá. Porém, este soberano
Senhor é Aquele que, envolvendo a todos os seres com um corpo formado dos cinco
elementos, faz-lhe passar, sucessivamente, do nascimento ao crescimento, do crescimento à
dissolução, como movimento semelhante ao de uma roda quando gira. Por isso, o homem que
reconhecer a sua própria alma na Alma Suprema do Universo, presente em todas as criaturas,
mostra-se igual perante todos e tudo e alcança a mais feliz das sortes: a de ser, finalmente,
absorvido no seio de Brahmá”.

Assim terminou o sábio Mestre e é dwidja (duas vezes nascido) aquele que ler este código do
Manú, por Ele promulgado, e será sempre vitorioso e obterá quanto felicidade desejar”.

Baseados no sentido do título desta monografia, daremos outra interpretação a esse nosso
trabalho, aliás de grande importância para o esclarecimento dos assuntos aqui transmitidos,
pelos Seres citados em nossas pesquisas. Procurar seguir a vida dos sábios, é uma grande
orientação, para quem está no caminho dos aspectos da Verdade.

Graças aos sublimes ensinamentos dos dois maiores Sábios do Século XX, no Ocidente, Dr.
Mario Roso de Luna e o Excelso Professor JHS, compreendemos que o discípulo alcança os
mais altos estágios da evolução espiritual, nesta escala setenária relacionada com o Ser
Humano, através de dois processos:

Primeiro: o que se denomina de “Iniciação Real”, isto é, a adaptação à Vida Una, Universal,
usando os preceitos, ou melhor, os conceitos apresentados anteriormente, pelos sábios da
antiguidade. Essa Iniciação Real baseia-se na transformação interna do discípulo. Esse tipo de
Iniciação está muito bem caracterizado nas três sábias palavras, proferidas por vez primeira
pelo Excelso Senhor JHS: Transformação, Superação e Metástase, ou seja, a Transformação dos
acontecimentos, a Superação dos ciclos e a Metástase Avatárica (Metástase no sentido de
atingir a meta do êxtase, penetrando na Vida UNA).

Esse processo iniciático adotado pelo Excelso Senhor JHS, consiste em levar o discípulo a tirar
de dentro de si, pelo potencial espiritual que lhe foi dado ao nascer, ampliando-se
progressivamente no natural desenvolvimento biológico. O papel do Mestre é aquele definido
pelas sábias palavras de São Paulo, ou seja, partejar, auxiliar o discípulo para que se harmonize
com a escalada da sua Montanha Espiritual e provocá-lo a tirar de dentro de si, a semente, o
bijam dos aspectos da Verdade, que se aninharam em seu coração. Por isso as crianças
praticam um bom ou mau ato, não por serem inocentes, mas por estarem num estado de
inocência. Seus atos são regulados pelas suas tendências ancestrais.

Segundo: Há o processo erudito ou da memorização das coisas, das pesquisas, organizando no


cérebrp um processo de ciências estatísticas, não penetrando no sentido abstrato das coisas
válidas. Enche-se a memória do indivíduo de nomenclaturas. Muitas vezes, uma rica
nomenclatura quer dizer uma mesma coisa.

O primeiro item tem a finalidade de buscar a origem das coisas, através da meditação,
pensando, pensando, pensando, etc. No segundo, os elementos de pesquisa são os efeitos do
ato da manifestação dos fenômenos ou o ato, ainda, o hábito de se usar as palavras.

O Ser que se encontra na Vereda da Verdade, é algo como se fora uma criança: em cada dia
surge uam novidade, um vislumbre da Verdade, à guisa de um alento, de um impulso interior,
o qual, muitas das vezes, se transforma no Poder Interno a que se denomina de FÉ. Disse
Ingenieros: “A FÉ é a força do inventor, do sábio”.

VEDAS – citamos esses ensinamentos vedantinos, porque o termo Veda é derivado da raiz Vid,
“conhecer”, mas o “Conhecimento Divino”. O conhecimento dos Vedas, segundo o Excelso
JHS, quer dizer: conhecimento visto, ou seja, adquirido pela clarividência ou apoiado pela
intuição pura, através da ação do Plano Búdico.

GLÓRIA AOS QUE PROCURAM VER E SENTIR OS ASPECTOS DA VERDADE !

Aula nº: 44 - Shamanismo e o Avatara de Avalokite-Iswara

De conformidade com o programa idealizado para essa série de estudos sobre os valores e
trabalho dos Avataras, através dos tempos, dos séculos, partindo naturalmente da Atlântida e
perpassando a antiga China, o Tibet, Índia, Oriente Médio, Egito, Europa, Américas e
finalizando no Brasil – Brasil de Badezir e Yet-Baal... ... ..., coube-nos, agora, estudar o
Shamanismo, o qual sendo encarado com profundidade, leva à conclusão que sua antiguidade
merece respeito, porque teve suas raízes mestras na Atlântida, ramificando-se para as Nações
acima citadas. Suas ramificações, seus hábitos, suas cerimônias, chegaram até os índios do
Brasil, principalmente os que habitam ao Norte, se estendendo às Antilhas. Antilhas: ante-
ilhas, atlante-ilhas, ou seja, a idéia da existência do grande Império denomindado de “País de
MÚ”, onde se realizou o mais sublime Império Sinárquico já existente em nosso Globo. Era
dirigido pelos Reis de Edom, porque o nome desse Império, também era denominado de “o
Édem da Terra”...

Estudando a História dos Avataras, segundo o Professor Henrique José de Souza e o Dr. Mario
Roso de Luna, compreendemos que há muitos séculos, longos ciclos, os excelsos Avataras vêm
renovando a vida de várias civilizações, quando se tornam inertes, desgastadas. A esta altura
surgem os valorosos reformadores, tais como Som-Kapa e muitos outros, como que religando
os membros da Humanidade ao ponto de origem ou à Suprema Unidade, vivenciando o
sublime lema: “UM POR TODOS E TODOS POR UM”. Hoje pensamos utopicamente, mas
chegará a época em que os seres humanos irão desfrutar da Fraternidade Universal, também
denominada de “Fraternidade Branca”.

Passamos agora a esclarecer o sentido do primitivo Shamanismo, ligado ao proclamado


Avatara de Avalokite-Iswara:

“A palavra tibetano-parsi ‘Shan-mano’, o cultivador do divino Shamanismo, equivale como é


fácil de ver a de ‘homem régio’, Rei Divino, Salvador ou Soter, daí os termos Sha, Shar, Tsar ou
Tzar ou Zar com os quais se designam, ainda, os soberanos e, antes de 1917, eram designados
os da Russia.

A seita Tao-Kiao ou Taose, segundo Schott, denomina Sian ou Shin-Sian àqueles anacoretas
que por seus ascéticos costumes ou talvez mediante certos elixires e outros processos,
obtiveram a posse de dons maravilhosos, entre eles o de prolongar em muito, a vida humana.
O que Marco Polo afirmou que se verificava no Século XIII, se acha corroborado em nossos
dias: “Existem ali – disse – certas pessoas chamadas Chughi (yoguis) ou brâmanes, cuja vida
pode chegar até os 150 ou 200 anos. Comem muito pouco e isto, arroz e leite. Fazem,
também, uso de certa beberagem, composta – disse – de enxofre e mercúrio, que tomam duas
vezes por mês e acrescenta que o “mercurius vitae” de Paracelso, era um composto de
antimônio e mercúrio”. (Livro de Marco Polo, vol. II, págs. 130 e 352 e Cel. Jule, vol. II, pág.
353).

“Porém o que Paracelso e outros místicos e alquimistas entendiam por “mercurius vitae”, era
“o espírito vivente da planta”, seu aura. Nenhuma classe de mercúrio pode jamais devolver ao
corpo uma saúde perfeita. O que os yoguis antigos usavam, como hoje os lamas e talapoines,
era um suco leitoso de certa planta medicinal (Soma), com uma pequena dose de enxofre e
devem, em verdade, possuir alguns segredos maravilhosos, desde o momento em que os
vemos curar em poucos dias, as mais perigosas feridas, assim como tornar a seu estado natural
a ossos quebrados, conseguindo tais resultados, em um número de horas equivalente ao dos
dias que a cirurgia comum necessita para obter o mesmo resultado. Uma febre maligna que
Blavatsky contraiu em Rangoon, foi curada em algumas horas com o sumo de uma planta
chamada “Kukushan”, embora que milhares de nativos morram de febre, por não conhecê-la.
Também temos ouvido falar de certa água chamada “ab-i-há-yat”, que a superstição popular
crê que é invisível para todo olho mortal, exceto para o do santo sannyasi e é mais provável
que os talapoines recusem, hoje, ensinar tais segredos a missionários e acadêmicos egoístas,
que logo os empregam em fazer dinheiro e não em beneficiar à Humanidade com eles.

“Shamanismo é a mais estranha das seitas e se tornou a mais desprezada de todas as que hoje
existem. O Culto do Espírito não tem altares nem ídolos e seu verdadeiro rito, no dia do
solstício de inverno, jamais pôde ser presenciado por nenhum europeu, pese em contrário as
fantásticas descrições de algumas de nossas obras. Quando se reúnem os Shamanos, para as
suas cerimônias, o fazem sempre em um espaço aberto, em uma alta colina ou no fundo de
inescrutáveis selvas, o que nos recordam os antigos ritos dos druídas... ... ... Os Shamanos da
Sibéria são ignorantes, porém, os do Tibet e Tartária são homens instruídos à sua maneira:
com frequência predizem eclipses e outros fenômenos astronômicos e quando são
consultados acerca de crimes, indicam infalivelmente os culpados.

“O que o comum das gentes conhece atualmente acerca do Shamanismo é muito pouco e
ainda este pouco, foi adulterado, dando-se o mesmo com o resto das religiões não cristãs.
Costuma-se chamá-la ‘o paganismo da Mongólia’ sem razão alguma, posto que é uma das mais
antigas religiões da Índia, a saber: o culto do espírito, a crença na imortalidade das almas e que
estas, além da morte, seguem apresentando as mesmas características dos homens aos quais
animaram aqui na Terra, embora seus corpos tenham perdido pela morte, sua forma objetiva,
trocando o homem sua natureza física pela espiritual. Esta crença, em sua forma atual, é um
retorno da primitiva teurgia e uma fusão prática do mundo visível com o invisível, Quando um
estrangeiro naturalizado no país deseja entrar em comunicação com seus invisíveis irmãos,
tem que assimilar sua natureza, isto é, deve encontrar estes seres, andando a metade do
caminho que deles o separa e, enriquecido por eles com uma abundante provisão de essência
espiritual, dota-lhes, por sua vez, com uma parte de sua natureza física, para colocá-los, desta
forma, em condições de poderem-se mostrar, algumas vezes, em uma forma semi-objetiva, da
qual, de ordinário, carecem. Semelhante processo é uma troca temporária de naturezas,
chamado comumente de ‘teurgia’. A gente vulgar chama de de feiticeiros aos shamanos,
porque se diz que evocam aos ‘espíritos’ dos mortos, com o fim de exercer a necromancia,
porém o verdadeiro Shamanismo – cujas ações mais notáveis prevaleceram na Índia, nos
tempos de Megasthenes (300 anos AC) – não pode ser julgado por suas degeneradas
ramificações na Sibéria, do mesmo modo que a Religião de Gautama, o Buda, não pode ser
confundida com o fetichismo de alguns, que se dizem seus sequazes em Sião e Birmânia.
Atualmente tem sua sede nas principais lamserias da Mongólia e do Tibet, onde o
Shamanismo, se é eu deste modo podemos chamá-lo, é praticado no sentido mais amplo de
comunicação que é permitido entre o homem e o “espírito”. A religião dos lamas, com efeito,
conservou fielmente a primitiva ciência da Magia e leva a cabo, atualmente, feitos tão
maravilhosos como os que eram produzidos nos dias de Kublai-Khan e seus barões. O “Aum-
Mani Padmé-Hum”, a mística palavra da Trindade sânscrita de “Oh, Jóia no Loto!”, a
antiquíssima forma atlante do místico Rei SRONG-CHTSANS-GAMPO, opera hoje suas
extraordinárias maravilhas, de igual modo que no Século VII, e Avalokite-Iswara, o mais
elevado dos Bodsatwas e santo patrono do Tibete, projeta claramente sua luminosa “sombra”
ante os olhos dos fiéis, na Lamaseria de Dga-Gdan, fundada por Ele, onde resplandecente
figura de Song-Kapa, separando-se dos vívidos raios do Sol, sob a forma de uma ‘nuvenzinha
de fogo’, conversa amorosamente com numerosíssima comunidade de lamas, às vezes
milhares deles. A Voz, que misteriosa desce então do alto, vem sob a forma do mais doce
sussurro produzido pela brisa na folhagem e rapidamente – dizem os tibetanos – a formosa
aparição se desvanece entre as árvores do bosque sagrado.”

Referência à passagem do Vishnú Purana, acerca da restauração da Raça Kshatria, ou seja, a


profecia sobre o Instrutor do Mundo, Maitreya:

“Quando chegar o fim da Idade Negra (Kali-Yuga), que está próximo, descerá sobre a Terra
uma parte daquele Ser Divino (Kalki-Avatara) que vive em sua própria Natureza Espiritual...,
dotado das 8 faculdades supremas... ELE restabelecerá a Justiça e as mentes dos que viverem
no fim da Kali-Yuga desaparecerão e serão como as sementes dos seres humanos e
reproduzirão uma Raça que determinará as Leis da Idade Krita ou da Pureza, como está
escrito, o Sol e a Lua e a Constelação Lunar (Tshya) e o Planeta Júpiter, estarão numa só
mansão. Duas Personagens, dois Deva-Pis da Raça dos Kurus e Marú (Morú) da família dos
Ikavasú, volverão entre os homens, no princípio da dita Idade, abandonando sua morada de
Kalipa (Kali-Apas ou Águas Negras?), onde viveram durante 4 Idades (Mahayugas). Marú,
Moru, Morya ou Maureya, o filho de Shigra, que ainda vive pelo poder da devoção (Yoga), será
o restaurador da Raça Kshatria da Dinastia Solar (Reis Divinos).”

Vamos procurar esclarecer a grandeza do Avatara Avalokite-Iswara, patrono do verdadeiro


Shamanismo primitivo.

AVALOKITE-ISWARA – dividimo-lo em Avalo-Kite-Iswara:

Avalo, Avalon e Clarion – são vários nomes dados à Agartha;

Kite, Kiu-Té – Livro sagrado onde se encontra registrada toda a História do Avatara em estudo.
É como se fora o Livro da LEI, onde se encontram registrados os Mandamentos da Lei, deste
Avatara.

Iswara – em sânscrito, equivale em português à Hierarquia dos Arcanjos e em Hebreu, aos


Helohim.

As tradições transhimalaianas afirmam que Avalokite-Iswara aparece no Mundo, montando


um cavalo branco. Cavalo tem o sentido de Força e Branco, de Pureza.

Aula nº: 45 - Jesus, o Cristo, e Juda


O propósito desta série de monografias é procurar, na medida do possível, esclarecer a
Filosofia do Avatara, o modo pelo qual age no seio da Humanidade e como os membros desta
se comportam diante desta dádiva da Lei Justa e Perfeita.

Já, por várias vezes, apresentamos este estudo, inclusive o de Jesus, o Cristo. Voltamos agora,
porém, ao assunto, dada a aproximação da tradicional “Semana Santa”, que se encerra no
Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa.

Toda a energia para entrar em atividade, toda a força para agir, segue a Lei dos Pólos, positivo
e negativo. Isto acontece em vários planos de atividade do Universo. Essa Lei age em quase
todas as coisas, inclusive com os Representantes dos Avataras. Por isso falam as tradições em
masculino e feminino, Pai e Mãe cósmicos, etc. e, por isso, a humana cabeça tem como órgãos
de percepção: da visão, os dois olhos; da audição, os dois ouvidos; da respiração, as duas
narinas. Para a locomoção, o Ser Humano dispõe de dois braços e duas pernas...

A Divindade, Deus, Brahmá, o Eterno, a Lei da Manifestação, penetra no campo objetivo, no


campo da realização, também através de dois valiosos Elementos ou dois Seres humanos. Daí a
origem da Geminidade, dos Gêmeos, dos casais, para o campo da criação: Deus e Diabo, o
Buda e a Deus Lakshimi, Colunas J e B, direita e esquerda e... Jesus, o Cristo, e JUDA... A lista de
exemplos é enormíssima, mas pretendemos estudar os dois nomes: Jesus, o Cristo, e JUDA.
Vejamos:

Primeiro: JESUS, ou seja, JE, Jet, Jeoshua, Jephet, etc... Jet ou Yet....Baal, Deus Fenício. SUUS,
dureza, rigoroso, símbolo de justiça. Temos, portanto, a expressão de Jesus e seus Ministros,
Jet e Suss, dois acólitos, o Bom e o Mau Ladrões.

Segundo: JUDA – a turba ignara o tem ou o classifica como sendo um traidor, assassino de
Jesus mas, para os iniciados, para os verdadeiros Apóstolos de Jesus, isto não acontece e,
muito pelo contrário, trata-se de um nome muito venerado, que constitui uma
importantíssima Chave de Conhecimentos Iniciáticos, a “Chave Histórica”.

Qual será o sentido Iniciático do nome JUDA? Para melhor esclarecimento, dividimo-lo em
duas sílabas: JU e DA.

JU – nos lembra a primeira sílaba do Deus JÚPITER (IU ou IO-PITAR);

DA – é, também, a primeira sílaba do termo DALETH... Daleth é o título do Arcano 4, ou seja, o


“Imperador”, simbologia do Criador e do Filho que, por sua vez, torna-se, também, Criador
noutro plano. De modo que JUDA poderá ser considerado como Jokanã ou Iokanã, pois é a
grande vítima do recalque expandido pela turba ignara que, com o coração pejado pelo ódio,
rancor, expande o seu imenso potencial negativo contra algo que não conhece e que, muitas
vezes, a estava defendendo... Quando se apaga a Centelha Divina, só resta o resíduo, carvão
de algo que já foi madeira nobre. A turba forçada, talvez, pelo poder do inconsciente coletivo,
no aspecto negativo – como veículo do poder destruidor, com a máxima ira, ira como inércia
ativa, obedecendo o impulso do ódio permanente – é muito pior do que o “estouro da
boiada”, descrito por Euclides da Cunha.
Se tomarmos o nome de Juda e trocarmos a inicial J pela letra B, do nome Brahmá (Deus),
teremos formado o nome de Buda. Buda tem o sentido de “Iluminado”, por isso se diz
“Gautama, o Buda”... ...

A turba fanatizada pelo nome de Jesus, o Cristo, odeia o Juda, qual será o motivo? Jesus,
provavelmente, viveu mais distante, mais segregado da turba. Os que beneficiam a turba mais
de perto, geralmente são mais odiados, são portadores de menor crédito. Todo Ser Humano
portador de uma mentalidade bem além da reinante em determinada época, torna-se
invejado e, se não pode ser destruído fisicamente, é destruído moralmente, recebendo grande
campanha de difamação, etc. Uma mulher, na época de Buda, num comício, usou um
travesseiro no ventre, apresentando-se como se estivesse grávida de Gautama, o Buda,
desejando comprometê-lo perante a massa.

No Sábado de Aleluia, imortalizando o ódio, o rancor, a turba ignara, os parvos, representam o


Juda com bonecos grotescos e põem-se a malhá-los, simulando um linchamento, perpetuando
o ódio, a expansão do baixo instinto, demonstrando a barbárie existente dentro de cada um.
Mas, realmente, o comportamento dos membros da turba selvagem, tem por finalidade
representar, na figura grotesca de Juda, como num espelho, suas próprias almas, de imensa
ferocidade.

O Sábado de Aleluia, o sétimo dia da semana, está regido pelo poder de Saturno, o mais
antigo. Se Sábado está sob a regência de Saturno, Juda está sob a regência de Júpiter, tal como
vimos neste estudo, logo há a conjugação dos supremos valores do Avô do Universo, Saturno e
seu Filho Júpiter.

Escolhem, geralmente, para malhar o Juda, no Sábado de Aleluia às 10 horas... Sim, 10, IÓ, ou
seja, o eterno itinerário que a alma humana precisa percorrer, na sua grande jornada
evolucional. De modo que os componentes da turba malham, malham, malham Juda, porque
não pensam e se pensassem um segundo, ficariam tomados de grande pavor, por se
defrontarem com o abismo em que se acham envolvidos, por não sentirem envoltos pelo
vórtice da destruição, a caminho do não-ser... ... O povo, a turba malha o Juda no Sábado de
Aleluia, entretanto é malhado o ano inteiro pelas vicissitudes da vida humana, com seu cortejo
de miséria, doença e morte, pela corrupção e todo um rosário de tortura de várias espécies.
Malham o Juda, aqueles que já feneceram espiritualmente e, jamais, serão revitalizados pelo
poder da Centelha Divina...

Antes do Sábado de Aleluia, vem o Domingo de Ramos, que comemora a entrada do Cristo em
Jerusalém, o que nos lembra o Avatara de Rama, o qual, num Domingo de Ramos, deu
entrada, garbosamente,

com seu Povo, na Nova Canaan. Ramos, é o início de um ciclo preparatório como o Advento de
uma Raça, de um Avatara, etc.

RAMOS – dividindo o termo, temos: RA + MOS. Invertendo as duas sílabas, temos: AR e SOM.
O Ar, Hálito, etc. impulsionando, fazendo vibrar o SOM e este se transformando em palavra,
em harmonia, na magia do Som... ... ...
Na época em que vivemos, os verdadeiros traidores – os corruptos, exploradores e algozes da
Humanidade – não recebem esse nome.

Para terminar este estudo, o fazemos com a passagem relativa a Longino ou Longuinho,
quando laceou o Cristo, já do conhecimento de todos:

“Quanto à sublime passagem do Novo Testamento, cujos comentários nos obrigam a grandes
dissertações, lembramos apenas o seguinte: Longino ou Longuinho, com seu comportamento,
atirando a lança no peito de Cristo, não adquiriu como se pensa a visão física, pois a sua
cegueira era apenas espiritual. A luz que saiu da chaga aberta por ele, com a lança, no peito de
Cristo, tornou-o iluminado”.

Mas os que malham o Juda, todos os anos, continuam, cada vez mais, com a sua cegueira
aumentada, mesmo física, porque não raciocinam, seguem o impulso do instinto.

É isso aí ! ...

Aula nº 46 - Tulkuismo

Já estudamos anteriormente, a doutrina do Shamanismo tibetano, herdeiro das iniciações


atlantes que floresceram há séculos no Tibete, Mongólia exterior e norte da Índia. Na época
atual, esse brilhante “Shamanismo está totalmente deturpado; o que há são cinzas
deterioradas do fogo crepitante que já se apagou das humanas piras dos provectos shamanos,
dos primitivos tempos.

Shamanismo era o processo de comunicação entre os misteriosos seres que viviam nos
templos ou lugares jinas, cuja comunicação era levada a efeito através da 4ª Dimensão. O que
aconteceu com o verdadeiro Shamanismo, tem acontecido com todas as obras, doutrinas e
ensinamentos legados à Humanidade pelos valorosos Avataras, com o escopo de dinamizar a
evolução dos excelsos membros da Humanidade, em ascendência aos planos superiores dos
mundos manifestados. O que tem acontecido já é um fenômeno que se tornou natural na Face
da Terra: quando os Fundadores dos movimentos civilizadores, filosóficos, nobres instituições,
desaparecem da Face da Terra – pelo fenômeno da morte ou outros quaisquer – as suas
doutrinas ou movimentos que criaram, fundaram, começam a decair.

A idéia de Unidade desce ao nível de interesse pessoal, domínio e outros atributos peculiares
ao afetivo-emocional. Isto permite o fato de ir perdendo o impulso dado pelos Fundadores de
tais movimentos, trabalhos, etc. Com o perpassar dos anos, dos séculos, dos milênios, o
esqueleto do trabalho avatárico vai definhando, perdendo o Poder de Unidade. O fogo das
missões avatáricas vai apagando, permanecendo, naturalmente, as cinzas, com o nome de
“vendilhões do Templo”, fanáticos, exploradores do nome do Avatara Cíclico. Os budistas, os
católicos vivem, respectivamente, graças aos sagrados nomes de Buda e Cristo e, assim por
diante. Com o primogênito ou herdeiro do primitivo Shamanismo, há o Tulkuismo tibetano.
Tulkuismo é o processo evolucional iniciático que tem a finalidade de preparar o discípulo para
que haja a continuidade da Idéia, da Filosofia, do método de Iniciação Real. Isto para que o
discípulo continue integrado na consciência do mestre, do avatara, etc. A grande dificuldade é
o fato do discípulo repetir com fidelidade os ensinamentos do mestre ou do avatara. Daí o dito
que pode representar uma realidade: “Quem conta um conto, sempre aumenta um ponto”...

No valoroso Livro intitulado “O Tibete e a Teosofia”, de autoria do Dr. Mario Roso de Luna e
com a valiosa colaboração do Venerável Senhor JHS, capítulo XXXI, há o primoroso
esclarecimento acerca deste brilhante assunto. Esse tema majestoso tem o sugestivo título de
“Os Jinas Tibetanos e seus Tulkus”:

“Por diversas vezes temos falado a respeito dos ‘Shamanos’ ou ‘Jinas’, isto é, régios homens
que, pelo seu talento, os denominaríamos de ‘imortais’ e, também, de conquistadores, heróis,
seres para-comuns conforme a linguagem usada nos nossos dias.

“O processo de comunicação, de ligação com os seres de outros planos mais elevados, de


natureza mais abstrata – no sentido ocidental – e mais bem-aventurada – no sentido oriental
– é o Tulkuismo. Essas realizações shamânicas ou tulkuísticas, essa prática, foi durante muitos
séculos usada no Tibete, Mongólia exterior e norte da Índia, primitivamente”.

TULKUISMO – usando a chave dos conhecimentos iniciáticos, a “anagramática ou a ternura,


que consiste na permutação das sílabas, este nome corresponde ao termo latino “cultus”, ou
seja, a veneração dispensada pelos “mortais” a tudo aquilo que não conhecem e lhes parece
superior, inclusive as fugazes aparições astrais, as de natureza anímica e, mesmo, físicas, no
caso das comunicações jinas, quando há necessidade de salvar difíceis condições, perigosas
situações.

TULKUS – continuando com a chave anagramática, observamos a sua semelhança com a


palavra da língua germânica “Kultur”, que é a nossa “cultura” e isto estaria certo, porquanto o
tulku recebe tal “cultura” de fora para dentro, sim, no ponto de vista mental, cultura psíquica e
moral ou, então, como já foi dito, “de boca a ouvido”, de mestre para discípulo. Assim o termo
tibetano “tulku”, tanto procede do latino “cultus” – devoção, religião, religare – como do
germânico “kultur”.

Aliás, nas próprias escolas, podemos dizer: o aluno é tulku de seu próprio mestre ou professor,
pois aquilo que não conhecia, passa a conhecer. Se o aluno repetir fielmente os ensinamentos
do mestre, logicamente o mestre estará falando pela sua boca.

Se o discípulo é um representante, por exemplo, de um Buda-Vivo ou Cristo, recebe a Luz, o


Potencial destes excelsos Mestres, para que chegue ao destino almejado. Daí os nomes de La +
ma ou Lha + ma, com o sentido de ação do espírito na matéria, ou seja, “Lha”, espírito, e “Ma”,
matéria.

Quando o neófito ainda não alcançou o necessário desenvolvimento psíquico para o grau de
“discipulado”, é considerado apenas um “trapa” ou aluno.
Um Buda ou Cristo, devido à alta Hierarquia que representa, constitui o tronco donde pode
surgir uma infinidade de formas; os ocultistas chamariam-nas de mágicas, tulkuísticas, mas, no
Ocidente, os espiritualistas verdadeiros chamam-nas de “filhos da Mente Universal”, “filhos da
Ioga”. Por exemplo, um desses Seres superiores é algo como se fora um pai, como sendo um
centro criador, dando origem e criando sete filhos ou, então, uma árvore com sete ou mais
galhos formando sua fronde. Daí a nomenclatura: “Árvore Genealógica de uma família”. Por
isso há uma lei secreta, na qual “cada mestre ou guru pode escolher 7 discípulos, a fim de
permanecerem ao seu redor”. Mas esses discípulos, com o tempo, adquirem sua
individualidade, tornando-se à semelhança do mestre ou guru, sim, passam a ser tulkus dele; é
algo como se fora sósias do mestre. De acordo com a identificação entre o discípulo e o
mestre, aquele pode ser representante deste. Aquele pode se apoiar neste, em caso de perigo.
Quando um discípulo ou tulku se encontrar em perigo, situação desesperadora, pode recorrer
ao mestre ou guru.... Sim, o seu potencial, a sua capacidade de ação aumenta
extraordinariamente. É algo semelhante a um rio que, quando recebe um grande carga d’água,
transborda e depois, com o escoamento das águas, volta ao leito natural. Assim acontece com
o tulku ou discípulo: quando o mestre ou guru projeta seu imenso poder da mente sobre o
discípulo ou tulku, este tem sua força, seu poder de vontade, também transbordados e após a
realização do trabalho que se propôs levar a bom termo, volta ao estado de consciência
normal....

Numa missão, um missionário, um mestre não pode estar, ao mesmo tempo, em vários
lugares, então ele comanda seus tulkus (uma espécie de sósia, em vários planos e com missões
diferentes. Por isso se diz que Tulkuismo é um trabalho em harmonia.... Por exemplo, o mestre
é portador de 100% de potencial e os seus tulkus possuem, digamos, um sétimo desse
potencial ou, aproximadamente, 14,3%... Se compararmos com um piano, as notas
representam os sete tulkus, as personalidades através das quais o som se manifesta, é
transmitido.

Para esclarecimento do fenômeno dos tulkus, repetimos um exemplo já conhecido dos leitores
de nossas monografias: a cabeça humana é como se fora o mestre, a direção, o comando e, os
olhos, ouvidos, narinas e boca, os sete tulkus principais.

Toda Iniciação ministrada pelo Manú, pelo Avatara, consta de Escola, Teatro e Templo, a fim
de preparar o discípulo, o tulku, em três planos, cada um com diferente autonomia.

Dizem que quando os Cristo faleceu, seus Apóstolos tiveram a cabeça envolta em línguas de
fogo e passaram a falar uma língua estranha. Pois bem, naquele ATO, os Apóstolos, como
Tulkus de Cristo, foram consagrados ou ungidos, isto é, receberam a Iluminação.

O Grande Senhor JHS dividiu sua missão, seu Trabalho, em três setores, aos quais denominou
de Escola, Teatro e Templo:

Escola – para a preparação dos discípulos ou tulkus, no aspecto erudito, no aprimoramento


intelectual, científico, filosófico;

Teatro – para ativar o movimento da alma, da estrutura psíquica do discípulo, aprimorando-lhe


a sensibilidade, equilibrando seu aura, para se tornar receptivo à inspiração do mestre;
Templo – com o intuito de preparar a mente divina do discípulo, de modo a que possa ser,
realmente, um tulku ou representante de seu mestre. Por isso dizia sempre o Senhor JHS:
“onde estiver um membro da Obra, ela estará presente”.

Consoante os conhecimentos do Avatara, um tulku é a semente de um Buda, de um Cristo, etc.


Para terminar, inserimos um novo trecho de “O Tibete e a Teosofia”, do capítulo “A vibração
do Logos através dos Jinas e seus Tulkus”:

“Se cada homem e até cada coisa existente no Cosmos, é um tulku ou hipóstase de uma
entidade superior a que se acha subordinado por lei serial de “numeração abstrata”; do
mesmo modo, se cada naldjorpa ou naldjorna possui um guru ou mestre em série indefinida, o
grandioso panorama do Universo “como organismo vivo”, não é mais do que simbólica Árvore,
cujas raízes – como a “Árvore Norsa” dos escandinavos primitivos e quantas outras estão
apontadas nas diversas teogonias – se acham dentro do Seio insondável da Divindade abstrata,
inefável e incognoscível; enquanto seus ramos crescem e se dividem sem cessar, envolvendo
assim tudo quanto se acha dentro do “infinitamente grande” até alcançar o infinitamente
pequeno.

E ao longo de tais raízes, troncos e ramos, há uma só Força Inteligente: a do Logos ou Verbo,
fazendo circular, centrífuga e centripetamente, a magna Vibração da Vida, Vibração em que
cada ilusória “realidade vital”, não é, senão o tulku, tatwa ou “invólucro mágico” de uma parte,
grande ou pequena, daquela Vibração, como tônica orgânica ou vital, dentro de outro
organismo superior, ao qual se subordina como parte do todo.

Este, e não outro, o ensinamento universal da Mística, de acordo com a verdadeira etimologia
da palavra, ou seja, a do ‘Mistério’, Germe, ponto de partida de posteriores ‘porvires’. Assim,
quantos simbolismos traduzam algo dessa relação de ‘Causa e Efeito’, de ‘dirigente e dirigido’,
de ‘mestre e discípulo’, de ‘pai e filho’, etc., deixam transparecer aquela grande verdade de
que nos vimos até agora ocupando”.

Glória aos Tulkus da Nova Era !

Aula nº 47 - Tulkuismo – Estudo II

A mente humana é muito limitada em relação às coisas divinas, abstratas, do mundo infinito,
por isso o Excelso Avatara, quando age na Face da Terra, contactando com os homens de
diversas categorias e em vários estágios evolucionais, usa a linguagem simbólica, a parábola, as
chaves de conhecimento, de modo que os homens e mesmo os discípulos alcancem o real
sentido dos Aspectos da Verdade. O êxito da conquista dos Aspectos da Verdade, depende do
Ser Humano, de modo geral, e do discípulo como um candidato com mais responsabilidade ao
galgar os Aspectos superiores da Verdade, da Sabedoria Eterna.

O Manú dosa aos homens e aos discípulos os ensinamentos, de acordo com o grau de
inteligência, compreensão e evolução espiritual de cada um. Por isso que na Eubiose não se
deve estabelecer o currículo, pois o currículo não permite o desabrochar do potencial do
discípulo. É mais útil responder à solicitação, resolver a dúvida de um discípulo, do que
ministrar-lhe uma série de graus que impõem cultura, mas não penetram no cerne do
interessado ao conhecimento.

O discípulo, em relação ao mestre, é algo semelhante à criança em relação ao pai: cada dia que
passa, a criança demonstra ter aprendido alguma coisa nova, por conta própria. E assim
continua, até se tornar adulta, também à semelhança dos pais. Por isso que quando os
avataras começam a contactar com os homens, passam a usar a linguagem adequada a cada
categoria, a cada estágio. O mestre precisa ter o dom de despertar o interesse do discípulo,
para a aquisição do conhecimento, sem imposições, respeitando-lhe as dificuldades. Não se
pode querer que o estudante aprenda, se não se procurar perquirir a deficiência dele, o que
não lhe permite ter rápida produção, etc. Por isso, em relação ao estudo iniciático, os mestres
usam vários tipos de linguagem, a fim de permitir ao estudante realizar ginásticas mentais,
estimulando, destarte, o desenvolvimento da inteligência superior, a aquisição da mente
divina, abstrata. Com a perfeita linguagem mental, o discípulo fica em condições de alcançar
um estágio mais elevado, ao ponto de poder compreender e vivenciar os Aspectos da Verdade
Eterna. Por isso os mestres usam a linguagem simbólica, as figuras geométricas, a mitologia, o
teatro, a música (hinos, salmos, iogas, etc.), de modo a levar o indivíduo a ir assimilando os
Aspectos da Verdade, suavemente, como se estivesse subindo paulatinamente uma ladeira, a
ladeira da evolução mental, intelectual, etc.

Quando o discípulo ou tulku consegue decifrar, apreender o sentido real de um símbolo,


adquire, também, uma força dentro dele; desabrocha algo dentro dele que ninguém pode tirar
ou destruir. O conhecimento poderá vir de fora para dentro, que é o caso do mestre ensinar ao
discípulo, ao tulku, como se adquire a cultura, mas o fato é que, para adquiri-la, depende do
valor do discípulo. Por isso, “Tulkuismo” equivale a adquirir cultura... e Eubiose é a ciência que
pesquisa a vida do Eu. Eubiose, dividimos em Eu-bi-ose:

EU – é a consciência do indivíduo, a parte divina, superior do ser; é a realidade do indivíduo, do


que é indiviso, que não se desfaz, é eterno;

BI – é vida;

OSE – é um sufixo que quer dizer ação. Serve também na formação de vocábulos da linguagem
científica, por exemplo, cirrose... (não se quer dizer com isso que a Eubiose serve para curar a
inflamação do fígado).

O Manú, quando se acha no mundo dos homens, dosa (dosa, dOSIS) os ensinamentos aos
discípulos, conforme a evolução interior, o grau de percepção deles. O processo real tem por
fim provocar o desenvolvimento inteligente, sem currículos – que obrigam o estudante a
aprender uma coisa que ele não quer.
No primeiro estudo sobre o Tulkuismo, nosso intuito foi procurar defini-lo, apresentando-o
como herdeiro ou sucessor do verdadeiro “Shamanismo”. Necessário se torna apresentar mais
esclarecimentos, porque o assunto é longo. Quem melhor esclareceu o tema, foi o Dr. Roso de
Luna e o Excelso JHS. Os esclarecimentos de ambos os Mestres, não nos deixam confundir o
“tulku” com o “médium do animismo ocidental”. Sim, se atentarmos bem, poderá haver
confusão, isto porque o Tulkuismo é um trabalho consciente, que não está à mercê de
qualquer um, o que já não acontece com o mediunismo. Pois bem, na realidade, todo ser
humano é um médium, mas no sentido de ser intermediário entre a inspiração divina e o ser
humano mas, a grande diferença entre o tulku e o médium, é que ambos agem em planos
diferentes. Segundo os ensinamentos do Dr. Roso de Luna, em “O Tiberte e a Teosofia”, o
tulku, em resumo, é a projeção ou sombra transitória de algo deifico.

Com a idéia de tulku, cultus, tulkur, etc. acontece o que acontece a todos os setores da
atividade, no plano humano: há sem dúvida, tulkus de vários graus, de vários
desenvolvimentos e com muitas funções diferentes. A idéia não tem um sentido radical,
porque a evolução é dinâmica e livre, não há uma lei que obrigue a todos evoluírem
igualmente. Assim como não há um só tipo de árvore, pois variam em tamanho, cores das
folhas, frutos de variados sabores e propriedades, assim também entre os tulkus, há uma
gama infinita, indo do máximo ao mínimo... do mais elevado ao menos elevado ou mais baixo,
etc.

Na Escola de Crotona, na Itália, o sábio e Mestre Pitágoras conseguiu fazer vários tulkus, os
quais não desapareceram do cenário com a revolta do povo daquela cidade. Dos tulkus
pitagóricos, o que mais se integrou no cerne de Pitágoras foi o maravilhoso LISIS DE TARENTO.
Lisis foi um discípulo imediato de Pitágoras e, segundo os historiadores, ele teria sido o autor
dos “Versos Áureos de Pitágoras”.

Todo homem é, potencialmente, um tulku da Divindade, de Deus, desde que tenha vibrando
dentro de si a Mônada, a Centelha Divina, o Eu Interior, algo indiviso, que não se divide ou que
não se desintegra.

Tudo que se manifesta como vida, constitui uma projeção de algo superior, divino. Por isso,
dentro da Natureza, é preciso analisar as coisas, procurando elevá-las a um grau ou estágio
superior. Por exemplo: respeitando, tratando o homem como se fora um jina; o animal como
se fora um homem; a planta como se fora um animal; o mineral, a pedra, como se fora uma
planta. Por isso devemos tratar a criança como se fora um adulto, respeitando-a, considerando
o manifestar de suas tendências. Ora, a criança não é inocente, apenas se acha no estágio de
incocência e compreende que tudo que ouve e observa a atitude e o comportamento do
adulto...

Quando se trata dos Tulkus de natureza superior, como projeção deífica, sua atividade se
opera em três planos. Por isso há referência de que Buda possuia três Vestes (como se fora as
estruturas físicas, psíquica e espiritual). A Divindade, a Idéia ilimitada manifesta-se
gradualmente, pesando, medindo e contando a ação da força, do poder e da luz, conforme o
processo de tolerância do Ser Humano, do Tulku, no caso. Para esclarecer esta idéia, inserimos
aqui o trecho do Dr. Roso de Luna, em “O Tibete e a Teosofia”:
“A teoria exposta pela mais alta autoridade do Lamaismo, o bem-aventurado Dalai-Lama, é
idêntica a que se encontra nas obras búdicas do Maha-janista ou do ‘Caminho’. Dez espécies
de criações mágicas se acham ali enumeradas, como podendo ser produzidas pelos seres do
grau imediatamente abaixo do de Buda. Razão porque o que foi dito a respeito do modo por
que um Buda pode produzir formas mágicas, aplica-se a qualquer outro ser humano, divino ou
infernal. Não existe, senão, uma diferença no grau de poder, que é unicamente a da força de
concentração da mente e, também, da qualidade ou grau evolutivo da própria mente que
procura agir ou crear.

Os tulkus de personalidades místicas, coexistem com o seu creador e até acontecendo que os
dois sejam venerados em separado, é prova clara que os tibetanos não acreditam que a
personagem divina ou qualquer outra classe esteja completamente encarnada no tulku. Assim,
enquanto que o Dalai-Lama, que é o Tulku de “Tchen-resigs”, habita em Lhassa, Tchen-resigs...
reside ou permanece em Nankai-Potala, uma ilhota da costa chinesa... E EUPAMED, ou antes,
Rimpotshé, cujo Tulku é o Trachu-Lama, habita, por sua vez, no Paraíso Ocidental ou Nub-
Dewatchen (ou melhor dito e conforme a nossa Era, Shamballah, Agartha, segundo JHS...)
enquanto que aquele (Trachu-Lama) se acha em seu Retiro Privado de Jigatsé (ou Tjigad-Jé)
como é conhecido...

Os seres superiores que já desceram desse nosso mundo, desencarnados, portanto, podem se
multiplicar ou se comunicar por vários tulkus. Daí dizer-se que o Dalai-Lama, post-mortem,
profligou a conduta dos lamas do Potala, querendo arranjar um outro sucessor seu, quando a
própria Lei já não o permitia, por ser ELE o último. Por sua vez, certos lamas passam a ser
tulkus de outros personagens. Assim não só é, repetimos, o Trashi-Lama, o Tulku de Eupamed,
senão o de Subbhut, discípulo de Buda ou mesmo Rimpotshé; como o Dalai-Lama, avatara do
místico Tchen-resigs e, ao mesmo tempo, de Gedunp, discípulo e sucessor do Reformador
Tsong-Kapa. Interessante é, ainda, recordar que a seita dos “docetas”, no cristianismo
primitivo, considerava ao próprio Jesus como um “tulku” e seus partidários sustentavam que o
Jesus crucificado, não foi uma personagem natural, mas um fantasma criado por entidade
espiritual para representar semelhante papel, de cuja opinião compartilham certos budistas a
respeito de Buda. Segundo estes, Buda jamais abandonou seu Paraíso de Tuchita, limitando-se
a criar um fantasma de si mesmo, que foi o que apareceu na Índia, sob a figura de Gautama, o
Buda histórico”.

Consoante os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, o que foi escrito sobre Jesus é o mesmo
“corpo pneumático”, dos gnósticos, de cuja teoria se serviu Roustaing – como Luthero ou
Calvino do Espiritismo – para contrariar Kardec, o qual, por sua vez, copiou as teorias que
apresentou ao mundo, do Aguchaga e outros livros indianos que tratam do assunto. É para se
admirar que nenhum dos dois e mesmo os mais elevados espíritos de suas sessões, soubessem
que não houve nenhum Ser chamado Jesus e, muito menos, que tivesse o fim que lhe dá a
Bíblia... Diversos são os que têm encontrado tradições, de passagem de “Isshos” no norte da
Índia e no Tibete, sendo que o mesmo Nicolas Roerich, em sua obra “El Corazon del Asia”,
aponta até o lugar onde se diz estar a sua sepultura, sem falar na Fraternidade donde o
mesmo saiu, como Adepto budista que era, e para onde voltou quando foi perseguido. Esta
assombrosa notícia, através de telegramas e outros meios de comunicação, foi anunciada ao
mundo, e até os jornais do Brasil, como o Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, publicaram o
notável acontecimento.

Para os membros da Instituição, de Niterói, esses eventos não causam estranheza.

Glória aos Tulkus da Nova Era !

Aula nº 48 - Simbolismo da Rã Fenebre

(que também é uma projeção tulkuística da Lei Justa e Perfeita)

Cabe-nos, antes de dar início ao estudo do simbolismo da RÃ FENEBRE, fazer um pequeno


prefácio acerca do assunto que intitula esta monografia.

Através destes trabalhos, observamos que os Avataras que já se manifestaram na Face da


Terra, vieram sempre acompanhados por uma equipe, por uma corte de auxiliares, altamente
qualificados nos seus respectivos campos de trabalho. Tomavam interesse por esses trabalhos:
cientistas, artistas, políticos, financistas, filósofos, músicos, religiosos, etc. Por exemplo: Buda
foi rodeado de elementos altamente intelectualizados, para a sua época; Cristo contou com os
seus Apóstolos, inclusive com São Paulo, que era um gênio entre os gênios da época; sua
sabedoria ainda perdura no mundo profano até os nossos dias. São Germano e Cagliostro
contaram com toda uma plêiade de intelectuais e talentosos seres que modificaram a
mentalidade de nossa Era.

O Excelso Avatara de JHS, talvez porque lhe coubesse o ambiente de plena Kali-Yuga, Idade
Negra, teve que contar com “a prata da casa”. Na época da Fundação Material da Obra, quem
tomou interesse pelo estudo da Filosofia de JHS, foi um grupo que não possuía a qualificação
antes mencionada, porque era composto de pequenos comerciantes, operários, empregados
do comércio, todos em começo de carreira, com pouco preparo em relação ao currículo da
Face da Terra. Em vista disto, o Excelso Senhor JHS estabeleceu um programa de trabalho,
começando da estaca zero. Usou a linguagem universal, cujos caracteres são constituídos de
seres vivos, com vida própria, e não, com letras estereotipadas. No início da Obra, haviam
fenômenos de natureza semelhante aos shamanismo agarthino. Sim, uma série de fenômenos
extra-físicos. Após determinado ciclo, desapareceram os fenômenos, para dar espaço ao
estudo da Filosofia do Manú, da Obra.

O Excelso Senhor JHS agiu de modo semelhante ao ser adulto, quando se propõe ensinar às
crianças, usando seres vivos como exemplo, os quais, por sua vez, ensinam os homens a viver
de acordo com a Natureza, porque são filhos da Mãe Divina, da Mãe Natureza, Natura
Naturada.

Os mistérios da RÃ FENEBRE, portanto, ou o sentido iniciático da apresentação deste símbolo


vivo, constituíram uma mensagem e um tema de meditação para os Discípulos de JHS, na
superfície da Terra.

R Ã – vista pelo aspecto físico, científico, é um anfíbio da ordem dos anuros, saltador, nadador,
etc.

R Â – (egípcio) é a divina Alma Universal, ou seja, seu aspecto manifestado. A luz sempre
ardente é, também, o Sol personificado. O Deus Ra é representado com cabeça de gavião
porque esta ave está consagrada a Hórus.

R Â – significa, ainda, fazer, dispor. Sim, com efeito, o Deus RA dispôs e organizou o mundo,
cuja matéria lhe havia proporcionado.

PTAH (Deus egípcio, foi um Avatara). É dádiva, dom, presente, ouro, etc.

R Ã – na linguagem iniciática, usada pelo supremo Mestre JHS, é um anfíbio, logo, tanto poderá
viver na água como na terra e nos faz deduzir o fato de poder viver em dois planos, com
percepção em duas dimensões diferentes, além disso, expressa o trabalho de transição da
Natureza: do líquido para o sólido, assim como o plâncton (planta aquática, marinha, etc.) é o
elemento de transição do líquido para o vegetal. Tatwas, Apas e Prithivi.

R Ã – permutando o til (~) pela letra M, símbolo do Signo de Aquarius, temos R A M, tônica ou
bijam do Tatwa Tejas, Fogo e, invertendo as duas letras, temos AR, hálito, Tatwa Vayu, Fogo e
Ar, portanto.

R Ã – a Rã coaxa, logo, produz som, tem uma linguagem própria. O som é vibração e está
relacionado com o AKASHA, o quinto TATWA. Pensando bem e de modo abstrato,
compreendemos que a própria RÃ em si é a Ioga dos 5 Elementos. Pensando um pouco mais
alto, observamos: “RAM ou RAMA foi um Avatara de transição, de um ciclo para outro”.

Vamos pensar no termo FENEBRE.

FENEBRE – do latim fénebris, fénus, “o que a terra produz, rendimento”. Fénebris ou Fé e


nebris. Fé é confiança, crédito, certeza; é palavra dada, juramento; é lealdade, sinceridade,
retidão. Nebris é a pele de cabrito ou gamo com que se vestiam Dionisio e seus ministros, por
outro nome, velocino. Dionisio, etimologicamente significa “duas vezes (dis) nascido (ónisos)”
e os adeptos do orfismo conferiam a Dioniso o caráter de mártir que, uma vez morto, renasce.
Justamente por isso, passou a representar, também, uma das forças fecundantes do mundo,
responsável – como Apolo e Demeter – pela mudança das estações, pela colheita e pela
fertilidade. Nessa atribuição era celebrado no início da primavera, quando ressuscitava de suas
próprias cinzas, alegoria do holocausto da Natureza pelo inverno causticante.

Pela sequência de nosso estudo, concluímos que Fenebre e Fênix têm a mesma origem. Que é
FÊNIX?
FÊNIX – Ave fabulosa do tamanho de uma águia que, depois de uma vida dilatada, se consumia
por meio do fogo e renascia de suas próprias cinzas. É o símbolo da ressurreição na
eternidade, na noite seguindo o dia e no dia seguindo a noite. Sim, uma alusão aos céus
periódicos da ressurreição cósmica, da reencarnação humana. A Fênix vive mil anos,
acendendo um fogo chamejante e, se consumindo a si mesma, vive outros mil anos e, assim,
até 7x 7 = 49. Os 7x 7 são uma transparente alegoria e uma alusão aos 49 Manús relativos às 7
Rondas e 7x 7 ciclos humanos em cada Ronda, verificados num Globo.

De princípio, os termos Fenebre e Fênix parecem não ter nada a ver um com o outro,
entretanto têm porque AVE é um elemento do AR ou RÃ...

Por exemplo, a RÃ Fenebre ou Fênix, equivale a dizer: a Rã expressa o cérebro e Fenebre ou


Fênix, a idéia, o espírito; a Rã equivale a dizer o corpo e Fenebre o Espírito; Fenebre-Rã é o
espírito no corpo, encarnado, avatarizado.

Conforme foi dito no início deste trabalho e no uso da Maiavada, os Mestres usam sempre a
Chave Biológica, ou seja, os caracteres da linguagem expressos por formas vivas, os animais. O
Reino Animal é anterior, naturalmente, ao Hominal e os representantes deste, trazem no
subconsciente um atavismo; este atavismo nos proporciona sentir ou compreender os
Aspectos da Verdade. Assim há, também, uma escala nessas alegorias, por exemplo, falamos
na Rã como anfíbio mas, num Reino determinado, há os animais como ânima, emocional,
nesse caso, encontramos o Carneiro, símbolo do Iokanan, o que dá a vida a favor dos pecados
do mundo ou por causa da deturpação da Verdade, oferecida gratuitamente aos seres
humanos, pelos Avataras. Por isso se fala no “Agnus Dei quitollis peccata mundi”, que é o
símbolo da Divindade resgatando os pecados dos representantes da Humanidade, desde
Atlântida até os nossos dias. Carneiro ou Áries Ardente é o Patrono da Raça Ariana.

Estas palavras se encaixam muito bem na expressão ‘Fenebre’ que, segundo os gregos, é o
emblema das naves fenícias se encaminhando para as brasílicas terras. Aliás, esclarece Ludwig
Schennhagen, em seu livro ‘Fenícios no Brasil’ que “os fenícios nunca chamaram sua terra de
‘Fenícia’; o nome era, como já explicamos, Caru para o país, bem como para o povo. Existiam
também os nomes Canaã para o litoral e Araméia para a parte montanhosa. O nome ‘fenícios’,
deram os gregos aos navegadores de Tiro, como apelido, significando ‘mercadores de tintas da
Ave fabulosa Fênix’. O mestre Antenor Nascentes explica o nome fenício vindo do grego
‘phoinikeíoi’, do latim ‘phoenicios’. O termo grego vem de ‘phoínix’, que significa cor
vermelha, púrpura, obtida das glândulas de um marisco chamado murex e usada como corante
de tecidos. A Cidade de Tiro teve 300 tinturarias e fábricas de tintas finas, cujos segredos
químicos os gregos nunca descobriram”.

Em Niterói, à Rua Gavião Peixoto, 284, o Mestre JHS foi alvo de grande desgosto, parecendo
que havia falecido. Todos os presentes ao acontecido, ouviam a Rã Fenebre coaxar altíssimo,
no quintal, e ela só deixou de o fazer, quando o Mestre melhorou, podendo sentar-se na cama
(logo, é, realmente, símbolo da ressurreição)...

Na mensagem da Rã Fenebre aos membros da Instituição, foram determinados os três ciclos


realizativos da Obra, até o dia em que falou na mesa da Diretoria da S. T. B., no Rio de Janeiro,
dando o sentido dos ciclos já vencidos: de 1900 a 1921, Fundação Espiritual; de 1921 a 1924,
Fundação Material e de 1924 a 1949, Nascimento dos Budas. De 1949 em diante, se houve
alguma mensagem desta natureza, foi apresentada pela Pomba do Espírito Santo e pela Ave de
Hansa e assim o será.

Nunca é demais lembrar que na Atlântida houve a Tartaruga sagrada com mais duas, à guisa
de colunas, tendo gravados no casco os símbolos dos 12 Signos do Zodíaco. Com a Rã Fenebre
acontece o mesmo, pois são três ao todo... sempre o mistério do ternário. Ora, dois anfíbios –
Tartaruga e Rã – , dois símbolos de transição cíclica.

As palavras da Rã Fenebre, foram:

COAXIM SAX CHAXIM

3 pulos para a frente

(Bendito seja o Cristo)

(Bendito seja o Graal ! )

Estas sagradas palavras estão revelando que já se consumou a Missão do Cristo e a Tradição do
Graal, consequentemente, o Novo Ciclo passou a agir daquelas palavras em diante e esses três
pulos para a frente estão anunciando o trabalho dos Seres ou Deuses que representam os
futuros ciclos, 5º, 6º e 7º Sistemas e Cadeias, sob o comando do Senhor MAITRÉIA !

Aula nº 49 - Tulkuismo – Estudo III

Verificamos nos estudos I e II, relativos às doutrinas tibetanas, que, com outras palavras, a
expressão Tulku, na Ciência das Idades, no Ocidente, tem sentido semelhante a alma ou a
personalidade, o Ser Humano comum.

Os tibetanos ilustres, iniciados nos mistérios da Vida, ensinam:

“Tulku é uma projeção viva da mente e da vontade de um SER SUPERIOR, de elevada


Hierarquia, ao qual cabe o nome de Deus, de Buda-Vivo, etc.”

Buda é o iluminado e Buda-Vivo é Tulku altamente qualificado, como personalidade de grande


Hierarquia e que já se acha bem integrado na Vida Universal. Sim, Buda no Oriente é
semelhante a Cristo no Ocidente.

Devemos observar, no entanto, o seguinte: Tulku é uma “projeção” da mente, do poder da


mente, de elevadíssimo SER, como se fora algo, por exemplo, do fenômeno da Metástase de
uma célula que, levada pela corrente sanguínea, vai se localizar noutro órgão e nele se
desenvolve com vida própria, logo, se tornou auto-suficiente. Com esse exemplo, mas no
sentido positivo, Tulku é algo com o mesmo sentido da alma humana, para o conceito dos
espiritualistas ocidentais.
Tulku é semelhante a alma humana, a personalidade, etc. Pois bem, conforme a Ciência das
Idades, o Ser Humano não iniciado, é constituído dos Princípios da estrutura física, da
emocional ou astral ou, ainda, anímica e da espiritual.

_A estrutura física, podemos dividir em duas partes, tornando a personalidade humana


quaternária, isto é, consituída de 4 Princípios: físico, etérico, emocional ou astral e mental
concreto (Kama-Manas dos hindús)... Esses 4 Princípios podem ser esclarecidos com a Chave
Geométrica dos Conhecimentos Iniciáticos: um quadrilátero, representando a base da vida
humana, da personalidade:

1 – Corpo Físico;

2 – Corpo Vital ou Etérico;

3 – Emocional;

4 – Mental Concreto

Os três Princípios superiores, para formar o setenário, são expressos pelo triângulo, ou sejam,
os denominados de Atmã, Budhi e Manas superior:

5 – Manas Superior;

6 – Budhi;

7 – Atmã

No Ser Humano comum ou não iniciado, esses 3 Princípios Superiores se acham fora e não
dentro do indivíduo e se acham expressos pela Chave Geométrica: um quadrilátero encimado
por um triângulo. Daí o termo religião, ou seja, o ato de religar a alma, a personalidade, aos
três Princípios ou ao triângulo superior: Atmã, Budhi e Manas superior, Mental abstrato. De
modo que esses 7 Princípios formam um todo harmônico e são intercalados... Sim, quando se
verifica a união desses dois elementos, quando há a integração da alma com o espírito, do
tulku com o seu criador – o Adepto, o Ungido, o Mestre de Sabedoria – , a representação já é
outra, ou seja, um quadrilátero com um triângulo no centro. Neste caso, o espírito já se acha
dentro e não fora do Ser Humano.

Consoante os ensinamentos da Ciência das Idades, o Princípio Deífico do Ser Humano é


VONTADE, isto é, a vontade de se manifestar, de se realizar, de se projetar no imenso espelho
que são os representantes da Humanidade. Pois bem, a Vontade Divina age, realiza-se através
de 3 fórmulas, denominadas de VONTADE, MENTE e EMOÇÃO.

Para que haja maior poder abrangente, envolvendo todas as hierarquias, todas as categorias
humanas, essas 3 fórmulas também se dividem em 3 elementos, cada uma:
VONTADE – subdivide-se em Supra-Vontade ou Vontade Divina; Auto-Vontade e, Sub-Vontade
ou Vontade Instintiva.

MENTE – subdivide-se em Supra-Inteligência ou Inteligência Divina; Auto-Inteligência ou


Mental Concreto, intelectivo e, Inteligência Instintiva, ou seja, a Inteligência dominada pela
Emoção desta natureza. Por exemplo: o indivíduo aplica todo o seu esforço inteligente, para
aprimorar o processo de conforto.

EMOÇÃO – subdivide-se em Supra ou Emoção Divina; Auto-Emoção e Sub-Emoção ou Emoção


Instintiva.

Quem conseguir harmonizar esses nove elementos, é considerado um Adepto ou um


Iluminado.

O Excelso Senhor JHS, em seus ensinamentos, sempre repetia a sentença: Escola, Teatro e
Templo e, essas palavras, tornam-se uma sigla.

Escola – tem a finalidade de permitir ao discípulo se harmonizar com a cultura da época


(cultus, kultur, etc.); desenvolvimento da Auto-Inteligência;

Teatro – tem a finalidade de resolver os conflitos próprios da vida desarmônica, em nossa


esfera. É o drama da personalidade, da alma humana vivendo num ambiente distônico em
relação à harmonia da vida natural e universal. Neste mundo onde prevalece a Emoção
Instintiva ou Sub-Emoção, em que um quer engolir, concorrer com o outro; é a vida dominada
pela Sub-Emoção;

Templo – tem a finalidade de permitir à personalidade, à alma humana, religar-se aos 3


Princípios superiores, ao Espírito, à Consciência Universal. Preparar o discípulo para sentir e
conceber a Unidade. Daí o sentido das preciosas palavras: UM POR TODOS E TODOS POR UM.
O Templo tem a finalidade de fazer com que todos sintam-se como faúlhas de uma Chama
Única ou, então, que consiga transformar uma Centelha Divina numa Chama Ardente,
denominada de Pentecoste... – no seu sentido real e não, no sentido já desgastado pelas
religiões, limitadas pelo fanatismo humano.

O Excelso Senhor JHS teve ocasião de ensinar o valor das admiráveis palavras: “O que provoca
a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem o ‘OVO ÁURICO’, o aura perfeito,
isto é, não serem iguais a Deus”...

O Tulku para ser feliz, harmônico, conquistar o que aspira, precisa ter o aura, o ovo-áurico
perfeito, equilibrado, para que seja igual a Deus, ao seu Creador.

O Templo e os Templos sagrados, têm essa divina função.

Glória aos Deuses nas alturas celestes e Paz na Terra aos homens, aos seres humanos de boa
vontade!
Aula nº 50 - Pesquisas sobre o Dia de São João

24 de junho de cada ano

Pesquisando sobre o dia de “São João”, passamos a raciocinar alto; pois bem, tudo aquilo que
o “INCONSCIENTE COLETIVO” firma no cérebro de uma ou mais gerações – determinadas
tradições, certas idéias, estas perdurando através dos tempos, de séculos e séculos – possui,
com efeito, um fundamento universal. Representa, sem dúvida, aspectos da Verdade Eterna.
Encontra-se, nesse caso, a data de “São João”, 24 de Junho de cada ano. A razão de ser festivo
este dia, é muito importante. Os fatos eternizaram-se no Ocidente, mas os festejos não são
entendidos na sua globalidade. Tornaram-se hilariantes, alegres às humanas criaturas.

Muitos participam de tais festejos, mas poucos se lembram de pesquisar a origem do termo e
o porque das comemorações.

No “Jainismo primitivo”, encontramos o termo:

IÓ-ANES – o qual, no curso do tempo, transformou-se em:

IONES, JO-ANNES, JEAN, JOÃO... Consoante as nossas pesquisas e, segundo as tradições


“JAINAS”, este termo tem o sentido de: “retiro sagrado dos super-homens, Djins, Jinas, Jênios,
Gênios”, senão, os portadores da criatividade universal. Chamemo-lo de Senhor do Mundo de
TOTH e de seus sublimes iniciados (segundo os egípcios).

Há outro termo, também interessante para o conhecimento do que realizamos anualmente:

IÓ-PITHAR, IÓ-PTAMER, IU-PITHAR, JÚPITER, que são expressões com que se designam os
vitoriosos da Cadeia Lunar, os que superaram os sentidos passionais, os que conseguiram ser
HOMENS, com “H” maiúsculo.

IÓ – tem o sentido de água, lua, desenvolvimento psíquico... ou seja, a evolução da


personalidade.

IÓ-ANES, IÓ-ANAS deram origem ao termo “JOÃO” (da Língua Portuguesa).

Encontramos no próprio Jainismo, a expressão: IAM BEM IAM ou JIAM BEM JIAM (João, senhor
João), nomes dos chefes dos Paris, Paras, senão Pitris, Pais, Parsis, antepassados, ou sejam, os
Zoroastrianos vencedores dos Devas... Devas (Deuses, segundo a Língua Portuguesa)...

JIAM BEM JIAM quer dizer, também, “O GINA, FILHO DE GINA, GÊNIO”... isto é, filho de nobre
estirpe, de uma hierarquia privilegiada.

Lembramos, ainda, JANO, JAINO, que são nomes coletivos dos ARCANJOS. JANO (JOÃO) depois
que saiu da velha ÁRIA (início da Raça Ariana) estabeleceu-se em “UR”, Caldéia primitiva,
vizinha da Europa e, então, surge com outro nome, ou seja, ABIMELECK, MALCHSEDEK, MALKI-
CHADAK, o Sacerdote de “MLECHCHAS”, senão, o termo europeu: Sacerdote do Altíssimo.
Reportamo-nos ao termo “UR”, que é uma raiz que designa FOGO, manifestado em diversas
dimensões. Há outra expressão, “Rupe”, Rope, que tem o sentido de corpo, forma objetiva. Eis
o motivo pelo qual podemos pensar nos nomes de UROPE, EUROPA. O EU com ígnea forma, ou
seja, o Fogo da Inteligência em ação prática, realizativa... EU ou EUR tem o sentido da
Consciência Universal manifestada de modo embrionário, em potencial... RUPE ou ROPE é o
corpo físico, o que age através da forma, da estrutura física.

EUROPA (UROPE, URUPE) foi o Continente, o campo de manifestação da Inteligência Interna,


do Deus Interior, envolto por uma forma rígida. É a área onde se manifestou a Vida Una, a
Suprema Inspiração, como estética ou a perfeita forma, linha... Ora, a Europa, Urope, de fato
abriu as portas da Inteligência, para uma Nova Era, para um Novo Mundo. É filha do Fogo
Divino, da Inteligência positiva, por isso ainda não se rendeu ao negativo fogo do ódio, da
destruição, das guerras. A título de ilustração, inserimos como resultado de nossas pesquisas,
um trecho da Revista “A ARTE DA MÚSICA”, estudo sobre a Idade Média, demonstrando que
as músicas de “São João” propiciaram a organização das partituras. Diz o trecho da Revista:

“... Apesar de todos os progressos feitos no campo musical durante esse período, a História
registrou-o com o nome de “ARS ANTÍQUA” ! Na verdade, no fim do século, a música já era
arte nova. Grande parte dos avanços da “Ars Antiqua” deve ser atribuída ao Mestre Leonius e
a seu aluno Perotinus, que trabalhavam na Catedral de Notre-Dame, em Paris. Mas estes dois
compositores, assim como outros da Idade Média, não puderam ir muito longe, tolhidos pela
precariedade dos meios de escrita musical. Havia sistemas de “anotações”, mas eram ruins. O
primeiro que apareceu, baseava-se no alfabeto: as sete primeiras letras representavam os sete
sons da escala, começando pela nota “LÁ”. Depois criaram os neumas, sinais oriundos dos
acentos: grave, circunflexo e do ponto. Porém, a “anotação neumática” tinha o defeito de não
indicar a altura nem a duração dos sons. Melhor que ela, era o método do monge Guido
D’Arezzo (995 – 1050) que adotou uma pauta de quatro linhas e definiu as claves de Fá e Dó,
para registrar a altura dos sons. Além disso, D’Arezzo deu nome às notas, tirando as sílabas
iniciais de um hino a “SÃO JOÃO”, que dizia:

Ut queant laxix Para que possam

Resonare fibris ressoar as maravilhas

Mira gestorum de teus feitos

Famuli tucrum com largos cantos

Solve polluti apaga os erros

Labii reatum dos lábios manchados

Sancte Ioanes Ó, SÃO JOÃO

UT, mais tarde, passou a chamar-se “Dó”, mas não se sabe quem o batizou, assim como se
ignora quem foi o padrinho do “SI”.
Pelo que se nos afigura, a Europa foi o campo onde se manifestou, com toda a pujança, o Fogo
da sensibilidade artística, da ciência, da filosofia, da religião ocidental, da política... No
atletismo, há a TOCHA OLÍMPICA, a qual, passando de mão em mão até chegar ao ponto final,
representa Deus, os Avataras, o Espírito, a Consciência Humana, o Ideal perpassando de ciclo
em ciclo, de época em época, até a conquista da vitória final, da aquisição da Consciência
Global, da Superação, em todos os sentidos. Atletismo é nobre simbologia, indicando à criatura
humana a posse de um ideal, a fim de evitar o “vazio espiritual”, a falta de SI MESMO. Nem só
de pão e circo pode viver a humana criatura.

O dia de São João tem grande influência no pensamento dos seres ilustres. O movimento
cultural e espiritualista que representamos, tem sua história ligada ao dia de São João,
festejado na Cidade de Salvador, na Bahia. No ponto de vista cíclico, este movimento
representado pela SBE, foi fundado ou teve início no dia 24 de junho de 1899, na Ilha de
Itaparica, cujo evento nos é muito caro e importante.

O Excelso Fundador de nossa Ordem, o Professor Henrique José de Souza, sobre o dia de “SÃO
JOÃO”, escreveu os trechos:

“Erguem-se por toda a parte as fogueiras dedicadas a São João, como se fossem fachos
enormes iluminando vilas, aldeias, países inteiros, principalmente o Brasil, cujo nome faz
lembrar a “BRASA”, o AGNI-PAROXA das tradições orientais, ou seja, o AGNI, o Fogo Sagrado
que arde em todas as coisas. E as fogueiras continuam ensinando aos homens que “DEVEM
SER ILUMINADOS PELO FOGO DIVINO” (da inteligência), por isso mesmo, iluminados pela
Essência Divina, denominada, também, de Fogo da Pentecoste ou descida do Fogo do Espírito
Santo sobre as cabeças dos Apóstolos. Do mesmo modo, os fogos riscando o espaço, em forma
de arabescos como se quisessem escrever na tradicional noite de “São João”, tudo que de
grandioso transcende do nome “TRADIÇÃO JOANINA”. Este Fogo da Vida influi, também, nas
quatro Idades do Ser Humano, com maior ou menor intensidade: Infância-Adolescência,
Maturidade-Velhice. Em nenhum outro lugar do Brasil, a noite de São João possui a simbólica
expressão dos mistérios que a envolve, como na Bahia. Tem-se a impressão de que a sua
capital transformou-se em enorme incêndio que, ao invés de destruir a tudo e a todos, ao
contrário, ilumina as mentes e os corações daquele POVO cheio de tradições, repleto de
crenças nas cousas do Espírito. E, assim, esse Fogo tradicional que lhe vem de “ALÈM-MAR” e
se fundiu depois na ALMA BRASILEIRA, atualmente invade o BRASIL inteiro, transformando-o
em enorme FOGUEIRA. O nome João, por si só é uma legenda. E isto, para começar: “em busca
da Terra do Pai João”, Henrique de Sagres sela o histórico e cíclico documento que deveria
depois servir para a “Descoberta do Brasil”. E CABRAL teve a primazia de ser o autor do
codicílio de tão maravilhoso TESTAMENTO.

O Polo Norte também é a Terra do “Pai João”. E, “Terra de Jão Ninguém”, é chamada toda
região que deva ficar “ignorada”.

JOHAN, JOHANES, JEAN, JING, Dzyan, Dzin ou Djin, em várias línguas, não é mais do que o
Jênio, GÊnio ou Jina, que serve de guia aos homens vulgares da Terra. Ora, Colombo, Cabral, o
mesmo Henrique de Sabres, Jeanne D’Arc, a Jina do Arco, da Arca, são todos considerados
Jinas, Joãos das transformações políticas e sociais de nosso Orbe Terrestre.
É lícito observarmos: a Igreja distingue o termo “IOKANAN” do de João Baptista. Mas, a
verdade é que o ARAUTO ou o ANUNCIADOR do “Messias Prometido”, possuía aquele “título
iniciático”. E isto porque YOKANAN ou IOCANAAN, é o Guia, além de Arauto, de um clã,
família... para a “Terra da Promissão”. Nesse caso, é o Chefe de um Movimento, ao mesmo
tempo que anunciador de um avatara ou da manifestação da Divindade, de uma nova geração
na Terra. E a prova está em que ele mesmo é quem batisa Jesus no Rio Jordão, quando o
Espírito Santo descendo sobre Aquele, dá-lhe o valor integral do seu papel messiânico na Face
da Terra. Observemos o evento: Jesus, João, Jordão, três jotas, três mistérios ligados ao
Mundo dos Jinas, dos Joãos, Gênios...

Convém pensar no caso: não houve, pois, um só “IO-CANAAN”, mas diversos, de acordo com
os vários ciclos ou idades em que é repartida a Vida Universal, segundo a própria evolução
humana.

Falando, ainda, de João Batista (o Fogo da palavra ou a palavra inflamante): as duas iniciais por
Ele adotadas, como IÓ-KANAAN do Ciclo de Piscis, Peixes (que o próprio Jesus traçou no solo,
quando lhe apresentaram a mulher adúltera), são as mesmas das Colunas do Templo de
Salomão, adotadas pela Maçonaria, ou sejam, JAKIM e BOHAZ, uma de ouro e outra de prata
(Sol e Lua, dia e noite). Do mesmo modo que, da Cidade onde nasceu e morreu Jesus, o Cristo:
BELÉM e JERUSALÉM. Consoante a tradição do Oriente: JNANA (o conhecimento, a sabedoria)
e BHAKTI (o amor, a devoção) são, pois, os dois caminhos da Filosofia Vedanta.

Cagliostro, como digníssimo Representante da Maçonaria Egípcia, adotou como um de seus


pseudônimos, o de José Bálsamo. Pelo que se vê, as duas iniciais J e B aparecem, em toda
parte, onde houver um motivo iniciático, ou melhor, alguém investido de poderes superiores...

Muito bem, na Maçonaria existe, ainda, o rito de “ADOMHIRAMITA” (Adam ou Adom, Hiram,
‘o ressuscitado’, como dizem suas próprias tradições e Mita ou Mitra que é um termo
francamente solar).

A ORDEM SOBERANA E MILITAR DA CRUZ DE MALTA, fundada nos albores do Século XI, a qual
exerceu um papel importante na preparação do Advento do Movimento representado pela
SBE, ligada, também, aos mistérios do L. P. D., tinha como Patrono JOÃO BATISTA, logo, a
tradição de São João.

Nos festejos da noite de São João, não falta, especialmente em Salvador, Bahia, quem grite,
dançando e cantando ao lado das fogueiras: “Acorda João! Acorda João!”. Isto vem provar que
o “vox populi” é, de fato, o “Vox Dei”, porque outrora também se evocava nos templos do
Egito, da Grécia... e noutros da Índia... “Desperta (ou acorda) Hermés, Enock, desperta!
Desperta!” . Isto por serem dois grande nomes da evolução humana. Ora, o Livro de Enock
serviu para confecção de outros livros, inclusive a própria Bíblia.

Quanto a questão do fogo, vem dos tempos imemoriais, inclusive com o nome de “FOGOS DE
BACHOS”, que em nada diferem das fogueiras ou fachos, fogos, até hoje usados nas noites de
São João e que dão a tais festas, não apenas o nome de JUNINAS, por serem do mês de junho,
mas JOANINAS, por serem de origem divina, superior ou jinas, Joanas... Posteriomente, ligaram
estas festas a outros Santos, mas sem sentido divino, superior...”
Dizem as tradições mais antigas: “no início da Raça Ariana, o Fogo desceu do Céu em forma de
raio, escrevendo na Pedra da Lei (de Asgardi) os Dez Mandamentos da Evolução. Ora, o
número 10 é bem semelhante ao termo “IÓ”, já referido neste estudo.

Não podemos deixar de exaltar, neste momento solene, a Ilha de Itaparica, berço da
Civilização Brasileira e de nosso Movimento Cultural e Espiritualista, fundado pelo grande
Senhor e Professor Henrique José de Souza:

Glória à majestosa Ilha de Itaparica,

Berço da Civilização Brasileira!

E, em 1899, dia do glorioso São João,

Despertaram-se da Fronte do ETERNO,

Duas Brasas, duas Sementes Divinas,

Duas Civilizações, dois Impérios, dois Braseiros!

Com a chuva copiosa de Estrelas,

Quais Arcanjos correndo pelo Céu,

Com explosões do Krakatoa,

Qual roncar da bruta Natureza, tudo

Anunciando de maneira velada, discreta,

O nascimento dos Filhos do Sexto Céu!

Oitenta e oito anos são passados,

Os primorosos Manús, Hélius e Selene,

Com a presença de Deus, como Netuno,

Na ditosa Ilha de Itaparica, pelo ETERNO,

Foram, quando jovens, divinamente consagrados!

Salve Catarina Paraguassú!

Glória a Diogo Álvares Corrêa!

Salve divina Tríade secular!


Lorenza, Crivatza, São Germano,

Onde serão, eternamente, exaltados!

Deste local de culto à LEI,

Nesta data dos Yokanans de São João

Saudamos Aquele outro Templo-Natureza,

Tabéra de Nassau, Ilha de Itaparica,

Onde um presépio de pitangueiras,

Pelo engenho humano, fora armado.

Templo edificado pelos elementos da Natureza

Para servir de régia Residência, Morada e Beithel,

À Tríade que se fez advogada da pobreza,

Por isso, naquela Ilha Templo-Obelisco,

O Pai do Fogo Sagrado, envolto pelo Manto

Da Divina Mãe – AKTALAYA – será exaltado!

Aula nº 51 - Exteriorização da Motricidade ou Desdobramento

Quando iniciamos os estudos de espiritualismo, esoterismo, ocultismo, exacerba-se, desde


logo, a vaidade – o que nos parece ser o oposto da Verdade – ou, como nos ensina a ciência
profana, “complexo de superioridade”. Nos primeiros tempos de prática desta natureza,
sentimo-nos realizados, embora estando no início de uma longa jornada. Trata-se de uma fase
difícil de se atravessar porque a cegueira dos sentidos nos tolhe ver o imenso sol que temos
pela frente. Esquecemo-nos do princípio rudimentar do estudante do espiritualismo que
deseja seguir a Vereda, que é a humildade. Nossos olhos tornam-se vendados em relação à
imensa porta que se abre para o mundo de infinitas dimensões. Porta que se abre para o
mundo imenso, possuidor de uma linguagem em que todos os termos têm substância própria;
linguagem em que todas as palavras tomam o sentido de substantivo, ou seja, o valor da
Revelação. Mas a linguagem, o efeito produzido no praticante, poderá ser uma espada de dois
gumes. É algo como se fora uma arma de fogo, que só pode ser usada por quem tem equilíbrio
emocional, juízo, calma, etc., isto porque as armas devem ser usadas para a defesa e não para
a violência. Por isso, esse tipo de estudo, só deve ser ministrado de modo secreto e após uma
perfeita averiguação da atitude e do comportamento do candidato... Sim, o indivíduo
equilibrado pensa, pesa sua atitude antes de tomar qualquer decisão.

O ponto de interesse do que está se iniciando neste mister, é a conquista de poderes


sobrenaturais, de domínio do próximo; conquistar as cousas pelo processo do milagre.

O sentido desse tipo de estudo consiste, realmente, em despertar, estimular as forças do


organismo para facilitar sua evolução espiritual e não usá-las de modo inútil, desperdiçando-
as. São elementos que amparam o indivíduo de uma vida para outra. E... esses adquiridos, essa
potência espiritual conquistada chama-se “SIDDHIS”.

SIDDHIS – sânscrito – literalmente é atribuído à perfeição; poderes fenomenais que, graças à


sua santidade, adquirem os iogues; faculdades psíquicas, poderes anormais ou extraordinários
do homem. Um grupo deles compreende as energias psíquicas mentais inferiores, grosseiras; o
outro grupo requer a mais elevada educação dos poderes espirituais.

Diz Krishna, no Zrimad Bhagavad: “Aquele que pratica a Ioga, que subjugou os sentidos e
concentrou sua mente em MIM (Krishna), é um Iogui a quem todos os siddhis estão prontos a
servir”...

A palavra sânscrita siddhis é sinônima da voz pali “iddid”. O ser humano ou o iogui precisa
adquirir 8 siddhis, para ser igual a Buda.

Temos nas sublimes palavras de Buda e nos seus ensinamentos, perfeito exemplo do que
vimos afirmando. O Bem-aventurado Buda ofereceu a um discípulo seus, uma série de práticas
para acelerar a sua evolução espiritual. Tempos depois, o Excelso Buda voltou a passar pelo
lugar onde deixara o discípulo e resolveu argüi-lo acerca da prática e como resultara o
desenvolvimento espiritual do referido discípulo, respondendo este: “Mestre, com a prática
dos ensinamentos que recebi do Bem-Aventurado, consigo atravessar voando, de uma
margem deste rio para a outra e vice-versa”. E retrucou Buda: “Meu filho, você poderia
chamar o catraieiro e, dando-lhe uma moeda, poderia fazer essa travessia sem esforço,
auxiliando o catraieiro na sua profissão. Você poderia guardar esses “siddhis” para a sua
próxima encarnação”.

O discípulo ou candidato ao estudo do esoterismo deve manter a maior vigilância, no sentido


de não esperdiçar seus siddhis ou suas experiências espirituais e, naturalmente, evolucionais.

Quando o discípulo, o indivíduo, já se encontra com os siddhis desenvolvidos, pode projetar os


veículos de seus princípios fora do corpo físico. Essa projeção tem sua gama de valores,
conforme o plano em que se processa esse fenômeno. Se se trata de um Adepto, é projeção
do plano mental, búdico, átmico; se for discípulo ou qualquer ser humano, será projeção dos
planos astral e vital...
Os verdadeiros ocultistas, os que estudam a Ciência das Idades, denominam-na de “saída em
astral”, desdobramento, etc. Com efeito, o mecanismo do fenômeno consiste em que a parte
anímica ou semi-material saia do corpo físico e se projete no plano astral, para dali se
manifestar no plano físico, segundo o fim a que se propõe.

A ciência moderna, que tem desde logo a preocupação de não se comprometer quando se
trata de “alucinação telepática”, aplica os seguintes termos: “dissociação do ser”,
“desdobramento pessoal”, “exteriorização” e, aos casos de impressão visual, de
“fantasmagoria”.

Somente os que não se dedicam a semelhante leitura, ignoram os diversos desdobramentos


do grande Iluminado que foi Apolônio de Tiana, os de Simão, o Mago, e Antônio de Pádua (que
salvou o pai da forca, enquanto seu corpo ficava no púlpito, onde estava pregando) ou os de
Jeoshua Ben Pandira, o Adepto budista, que o mundo teima até hoje em chamar de Jesus
Cristo. Com ou sem razão, atribui-se o mesmo poder a todos os taumaturgos, a todas as
personagens da Idade Média e, nos tempos modernos, por exemplo, aos Condes de Cagliostro
e São Germano, sem falar nas personagens desses maravilhosos contos que nos embalaram a
infância, todas elas, vislumbres do que a mente percebe nos mundos superiores mas os lábios
negam, por quererem expressar a “letra que mata”, ao invés do espírito que vivifica. Nas
cidades, nos campos, por toda a parte, enfim, essas narrações são repetidas a cada instante, a
respeito de determinado ser que fazia milagres ou apresentava-se em vários lugares ao
mesmo tempo, pouco importa se com o nome de “Cura d’Ars”, de Thorel ou outro qualquer. O
Excelso Professor Henrique José de Souza denominou esse tipo de fenômeno de
“EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE”.

EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE (de JHS). O fenômeno de alta fisiologia que consiste em


deixar o corpo físico abandonado em determinado lugar, enquanto seu duplo ou fantasma é
enviado, conscientemente ou não, à distância... ...

Os antigos chamavam-nos de “Teofania”, aliás com impropriedade, porquanto esse termo


implica em entrar o homem em relação com seu EU ou Consciência Superior, Consciência
Imortal, quando se tratava de visão terrena de um ser divino. E “Dolofania”, quando aplicada
aos vivos.

Os anais religiosos empregam, ainda, o termo “Bilocação”, para a presença simultânea da


mesma pessoa em dois lugares diferentes. Substitui esse termo, o vulgar de “Ubiqüidade”, até
mesmo quando se deseja afirmar que alguém é encontrado em toda a parte... “fulano possui o
dom da ubiquidade”.

O povo inculto qualifica-o de “aparição”, “assombração”, etc. Na França, o termo empregado


pelo povo é “révenance”, proveniente de “revenant”, que quer dizer alma, fantasma, lemúrio,
larva astral, etc.

Os hagiógrafos utilizam, mais particularmente, os termos “Bi-corporeidade”, quando desejam


fazer compreender que a pessoa possui, de fato, dois corpos, cada um deles em lugar
diferente ou “representação”, quando julgam que um pertence ao indivíduo e o outro é como
uma figura modelada e animada por um anjo ou deva.
No surto da Ciência das Idades ou teosófico, que foi um verdadeiro desfolhar das velhas
páginas da sabedoria, conservada nas criptas silenciosas do Egito, Índia e Tibete, levado a
efeito pela Princesa Russa Helena Hann de Fadeff Bavatsky, o horizonte tanto nublado, ainda,
da “Doutrina Secreta”, apresentou-se aos olhos do mundo, numa apoteose bem digna da
própria evolução humana, à revelia dos inimigos gratuitos de todos esses movimentos
espiritualistas. Inimigos esses que não são mais despeitados, alguns por verem ruir por terra os
falsos conceitos que nutriam pelas coisas da vida, outros temerosos de uma concorrência ao
negócio lucrativo que mantém com as coisas divinas.

Poderíamos, ainda, para não melindrar a ciência oficial, comparar tais radiações ao Princípio
Vital de Berthez; “Eletricidade Animal”, de Pélétin; “Fluído Nervoso”, de uns; “Força Dinâmica”,
de outros, mas acima de todo e qualquer termo, o puramente oriental e teosófico ou jiva.

Apresenta-se como vitalidade, já que é no “Duplo Etérico” onde ele se manifesta através de
“centros de força” chamados “Chacras”, cujo significado é: roda, movimento, sol, loto, etc. Os
Chacras recebem, por sua vez, a força primária do corpo astral e assim sucessivamente, até
chegar à “Usina geradora de Força e Luz” (desculpem a comparação) que é Ishwara, como o
Sol Central de um sistema, ou seja, um sol com sete planetas ao seu redor.

Tudo isso se acha muito bem expresso nas palavras de Spencer: “As Forças Universais de
atração e repulsão, que desenvolvem certo ritmo em todas as modificações menores do
Universo, o imprimem à totalidade, por isso mesmo produzindo um longo período, durante o
qual as forças atrativas predominam e causam uma concentração universal; já num outro
período também extenso, as forças repulsoras predominam e causam uma difusão universal,
criando ciclos alternados de evolução e involução ou dissociação”.

Daí (disse JHS) atração e repulsão são as duas manifestações da Vida. A atração produz a força
centrípeta: a gravitação universal; a repulsão dá nascimento à força centrífuga, que tende a
projetar fora de sua órbita, os corpos em movimento. O funcionamento paralelo e, portanto,
equilibrante dessas forças, constitui a Vida Universal.

O Homem, por exemplo, como microcosmo, é constituído do mesmo modo que o Universo ou
macrocosmo. Nele, além das partes que se manifestam como alma e espírito, qual Trindade
cristã ou das Três Pessoas distintas e uma Uma só Verdadeira. O Ser Humano possui, também,
três correntes de vida: o Sistema Linfático, que forma a vida; o Sistema Sanguíneo, que a
entretém e o Sistema Nervoso, que a rege. Esses três Sistemas produzem, cada um deles, uma
dupla corrente, donde uma se dirige para a periferia e a outra, para o centro.

Dizem os Upanishads: “A associação de Prana Astral e Prana Físico, cria a matéria nervosa que
é, na realidade, a célula que dá todas as faculdades psíquicas aos homens, a começar pela de
experimentar tanto prazer como dor. As células se desenvolvem em fibras, como resultado do
pensamento”.

Prana, em sânscrito, quer dizer Vida.

Manas (mental), o Pensamento, é aquele Princípio que governa o Astral ou psíquico. Segundo
a Escola de Paracelso, é o mediador plástico, ou ainda, o Espírito, Inteligência Superior,
dirigindo a Alma e esta, conforme seu nome indica, animando (proveniente de Ânima ou Alma)
o corpo físico, tal como a carruagem, os cavalos e o cocheiro. O carro não anda sem os cavalos
e estes, sem quem os guie ou dirija, a menos que tome os freios nos dentes... e corram
desembestados, espatifando carro e cocheiro, qual alma de instintos inferiores ou
animalizados que, não ligando mais importância à Voz da Consciência ou do Espírito, por isso
mesmo entregue ao seu fatal destino, acaba por dissolver-se nas trevas terríveis do não-ser, ou
seja, da Zero Dimensão!

Pitágoras, por exemplo, reconheceu no uivar de um cão, a voz de um amigo desencarnado.


Emmanuel Swedenborg e outros falavam a respeito da segunda morte, assim como outros
misteriosos seres que, por se acharem em posição muito superior à Humanidade (Mahatmãs –
sânscrito – ou Grandes Almas, Gênios, Jinas ou Super-Homens) devem ser considerados como
seus Guias ou Condutores. Um dos grandes Conselheiros de H. P. Blavatsky, de nome Kut-
Humi, ensinou: “O número dos que não possuem o menor vestígio de espiritualidade, é muito
maior do que se julga. A cada momento, nos acotovelamos nas ruas com seres dessa natureza,
isto é, verdadeiros autômatos de seus próprios atos e pensamentos contrários à Lei, por isso
mesmo condenados à segunda morte”.

O comportamento dos representantes da atual Humanidade, confirma as proféticas palavras


dos antigos sábios de antanho:

“A sorte está lançada!”

Aula nº 52 - O que é intuição? - Estudo I

No cotidiano, quando um indivíduo lança uma idéia luminosa, clara, correta, diz-se que é uma
ação do Sexto Sentido. O Sexto Sentido, segundo os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, é
Intuição. O indivíduo alcançou o Plano Búdhico, o da divina inspiração.

QUE É INTUIÇÃO

INTUIÇÃO – Segundo o Dr. Antenor Nascentes: ato de ver; primeira vista; percepção clara e
pronta; pressentimento instintivo pelo qual se descobre o que é ou deve ser. Filosofia:
percepção clara, direta, imediata e espontânea da verdade, sem auxílio do raciocínio. Teosofia:
visão clara que os bem-aventurados têm de Deus; visão beatífica. (Do latim: intuitio onis =
igual a imagem).

Intuitio: ter intuição de alguma coisa, pressentir, deduzir ou concluir por intuição. (Neologismo
calcado no latim “intueri”: olhar, observar).
INTUIÇÃO (Glos. Teos.) Tem-se feito desta palavra um grande abuso e, com freqüência, se usa
de um modo incorreto em pedagogia. É o conhecimento superior, real e objetivo, por assim
dizer, uma espécie de visão direta com os olhos da alma, em virtude da qual se adquire por
experiência própria o conhecimento claro, íntimo e instantâneo de uma idéia ou verdade, sem
o auxílio da razão, como se se tratara de um objeto material colocado ante nossa vista. A
intuição corresponde às faculdades da mente superior e é infalível guia do vidente. Segundo
diz o Catecismo Budista de Olcott, a intuição é superior à razão para perceber a suprema
verdade; é um estado mental em que qualquer verdade desejada é instantaneamente
compreendida; pode alcançar-se quando alguém, mediante a prática da Jñana (Sabedoria),
chega ao seu quarto grau de desenvolvimento. Consoante diz Râma Prasâd, depois de alcançar
um estado de “paravairâgya” em que, graças à total ausência de desejos e paixões, o iogui
adquire a calma mais completa, se apresenta o poder chamado “samâpatti”, intuição, que é
aquele estado mental em que se faz possível receber a reflexão dos mundos subjetivo e
objetivo. A Intuição tem quatro graus:

As-vitarka (verbal)

Nir-vitarka (sem palavras)

Sa-vichâra (meditativa)

Nir-vichâra (ultrameditativa)

O estado de intuição tem-se comparado a um cristal brilhante, puro, transparente e incolor.

J.H.S. – Manifesta-se no homem, a lei ou força vital, tal como nos demais seres organizados,
principalmente o instinto, desde o seu nascimento. À medida, porém, que vai crescendo,
começa a perceber que em si existem duas personalidades distintas: uma como voz do instinto
e outra como voz da intuição, ou antes, da consciência, que é de fato o verdadeiro juiz que nos
impele a fazer o bem e nos condena, através do remorso, quando praticamos o mal. Desde
então, desenvolve-se em nós um fator a mais, que virá despertar os nossos sentimentos ou
paixões anímicas. Esse fator é a inteligência, mediante a qual observamos, analisamos,
discorremos, tiramos deduções, formando portanto, cada vez mais, a consciência que é,
finalmente, a conclusão de tudo isso.

Em maior ou menor escala, com mais ou menos perfeição, manifesta-se certa inteligência,
desde o mais sábio até o mais ignorante dos homens, senão no próprio selvagem, salvo
aqueles que, por defeitos constitutivos físicos, sejam privados de elementos para receber
sensações externas ou para transmitir as internas, tal como aqueles a quem chamamos
geralmente de “degenerados psíquicos e fisiológicos”.

Existe, porém, outro fator no homem que, não obstante ser de caráter psíquico, não foi ainda
estudado detidamente, como era dever: a Intuição. Que é a Intuição? Quem é capaz de a
definir? Entretanto ela existe, é uma realidade. Não se assemelha à inteligência porque esta
discorre, analisa e busca soluções para todos os problemas; informa a consciência abstrata,
dispõe princípios gerais. Para a inteligência chegar a sintetizar, vai do conhecido e por
argumentos tenta invadir o desconhecido. A inteligência não se contenta em observar o
puramente material; aventura-se ainda no terreno imaterial: o espiritual. Vai até esquadrinhar
o infinito, onde, como é natural, acontece perder-se em conjecturas. Nada disso é próprio da
Intuição.

A Intuição, tal como a compreendemos, tem algo do “instinto”, porém muito mais elevado; é
uma percepção espiritual que nos prepara e, naturalmente, sem percebermos a razão, faz-nos
agir “com conhecimento exato”, inspirado precisamente na “inspiração”, carecendo-se de tal
conhecimento. É uma simples inspiração que se assemelha exteriormente ao “instinto
sublimado”: ambos têm de comum o não serem a resultante da reflexão! A Intuição não se
limita apenas ao material, estende-se ao espiritual.

Que é a Fé, senão uma verdadeira intuição? Claro é que nem sempre com a Fé estejamos
certos. Por isso mesmo, tão pouco assegurei que a Intuição possa proporcionar idéia exata.

Nem sempre o homem se acha em condições de poder interpretá-la devidamente. Do mesmo


modo que nem sempre uma máquina obedece à intenção do maquinista. Não devemos
esquecer que o homem é um ser material, embora que em si habite uma alma que o anima e
um espírito que o guia para a sua verdadeira morada, que é o Divino.

A Fé é uma intuição; certo que para desenvolvê-la, contribui a força persuasiva do pregador.
Não criaria, porém, raízes, se não estivesse auxiliada pela intuição do indivíduo.

A Intuição é mais atrevida do que a própria inteligência. É algo assim como um farol que
orienta o rumo da inteligência e, por isso mesmo, foi a voz interna que guiou a todos os
descobridores, como Galileu, Newton, Colombo, Cabral e outros mais. Infelizmente seus
estudo é desprezado.

À medida que a inteligência humana se foi desenvolvendo, a Intuição passou por diversas
modificações, isto é, atrofiou-se o elemento pelo qual a mesma se manifestava: o chamado
terceiro olho. Olho existente na fronte ou olho pineal, “Ureus mágico” dos egípcios, etc. em
sentido evolucional, por isso mesmo inciático.

A inteligência de nossos primitivos antepassados era muito limitada, porém possuíam eles
faculdades complementares que, com o tempo, desapareceram, ou melhor, à medida que a
inteligência se foi fazendo mais lúcida, tais faculdades se tornavam desnecessárias. Entre
essas, como foi dito, possuíam prodigiosa intuição, que lhes fazia pressentir os contínuos
perigos, por isso mesmo, deles se afastando.

A vida do homem em sociedade, embora rudimentar, tornava-o mais forte, correndo menos
perigos sua existência. Juntando-se os efeitos da experiência de sucessivas gerações, tudo isso
contribui para que algumas de suas faculdades inatas se debilitassem. Tal ocorreu ao instinto e
à intuição. A inteligência, como se disse, progrediu cada vez mais, tornando desnecessárias as
impressões internas. Pode-se mesmo dizer que, em certo grau de inteligência, muitos
preferem hoje a argumentação em vez da inspiração, da qual desconfiam, justamente por ela
não explicar, mas limitar-se apenas a aconselhar. Esse costume de argumentar torna-se menos
apto para interpretar a palavra intuição. E isso, provavelmente, devido a não
compreendermos, porquanto, para a maioria, a intuição converteu-se em ridícula superstição
e absurdos prejuízos. As faculdades anímicas, para se manifestarem devidamente, requerem
condições especiais no indivíduo. O mesmo sucede com as faculdades corporais: nem todos
possuem as mesmas aptidões, nem tão pouco todas as almas as possuirão.

Pena é que a vida social, tal como se a pratica, continue retardando as principais de nossas
faculdades, propriamente ditas (que não devem ser chamadas de “psíquicas”, como a maioria
faz), que não são senão “tendências”, por serem frutos de experiências passadas, através de
várias encarnações.

Por isso mesmo a Intuição é um estado permanente nos Homens Perfeitos ou Adeptos,
enquanto esse mesmo estado, naqueles a quem chamamos de “sábios”, “gênios”, “jinas”, etc.
por suas obras de valor para o mundo, se manifeste em determinados momentos. Daí o dizer-
se, por exemplo: fulano estava inspirado (ou intuído) quando escreveu tal coisa.

O que importa dizer que a intuição, em tais indivíduos, só tem razão de ser quando seu
mental, além de bastante desenvolvido, deseja realizar esta ou aquela coisa (por isso mesmo
precedida de “meditação” que é o único meio do Eu-Interior ou “alma” se unir ao Eu-Superior
ou Espírito).

Em resumo, o que se pode chamar a tais momentos (não permanentes) de “adaptabilidade


mental”, para receber um estado de consciência imediatamente superior ao que ora
desenvolve a Humanidade, aquilo que ele só não pode resolver. Foi, pois, o que aconteceu
com Newton, Franklin, Galileu, Pasteur, Colombo, Cabral, e quantos outros são tidos como
sábios, gênios, etc. para os homens vulgares.

Mui longe está de ser verdade aquilo que julgamos como tal, para não dizer, todo esse nosso
saber insignificante, de que nos orgulhamos a cada momento, ou nos revoltamos, vaidosos e
até coléricos, quando alguém ousa retrucar-nos!

A Intuição, se fosse possível interpretá-la, como de fato ela o exige, abrir-nos-ia o caminho
para novas e rápidas descobertas. Creio, entretanto, que mui longe se acha o dia do homem
estudar detidamente o que venha a ser intuição. E isso devido ao desconsolador materialismo
que, por desgraça, predomina ainda na Terra. E agora, talvez, mais do que nunca.

A Intuição, consoante a Eubiose, corresponde ao equilíbrio dos três elementos essenciais da


personalidade humana, denominados por estes termos: Supra-Vontade, Supra-Inteligência e
Supra-Emoção. São três Princípios mas, na realidade, um só e verdadeiro: o Ser Humano
Integral...

Glória à Intuição !!!


Aula nº 53 - A Esfinge filosófica como alegoria do Ser Humano

O Ser Humano é, realmente, uma esfinge que sempre se acha buscando a sua origem e isto
porque vive numa esfera limitada e envolto por um ambiente de maldade, egoísmo, ganância,
concorrência... Mantendo uma permanente idéia de destruição é, com efeito, um destruidor
permanente.... Tem medo de indagar a sua origem.

Quem somos, é a primeira pergunta de uma esfinge filosófica, pergunta a que


categoricamente respondemos que não somos, senão uma chispa divina, abstrata,
incognoscível e sem nome, que vai passando por muitos estados de consciência. E em cada um
de tais estados, em meio de infinita transformação que a eles caracteriza, tem algo de
essencial e pensamento real, reflexo daquela latente divindade interior: penso, logo sou! Daí
se pensar: Man é pensamento e homem...

Todo o devenir, todo o futuro evolutivo se vai traduzindo no estado da Mônada consciente
que o toma primeiro como a outras tantas realidades, disputando-as, delegando como ilusões
de ascender à consciência superior, novo estado, do qual mais tarde acaba por carecer, à
maneira da evolução física da criança, que vai trocando por tantas outras realidades ulteriores,
primeiro claustro materno, logo o peito que a amamenta, depois os jogos infantis, as paixões
da juventude, os anelos da virilidade, a família, os ideais terrenos, super-terrenos, etc, etc.
Trajes diversos com que se vai revestindo e logo abandonando, nossa consciência psicológica,
como na vida social vamos trocando o traje usado por um novo, guardando-o como relíquia,
ao passar a estação de inverno para verão.

Conscientes deste propósito, lembramos aquela parábola hindú, do discípulo que fez ao seu
mestre uma pergunta análoga a que nos ocupamos. “Tu és ele”, respondeu ambiguamente o
mestre. Então o discípulo pensou primeiro que ele era seu corpo físico, mas como o vira
caminhando, disse a si mesmo que o que muda não podia ser ele, mas a sua física veste e
acreditou logo que ele era emoção, mas viu a si mesmo mais rápido que as emoções;
remontou depois à ordem das idéias e viu a mudança também, até que enfim chegou à mesma
conclusão nossa, de que somos senão estado de consciência de um algo abstrato e
inconcebível, que nos permite identificar-nos, mesmo através dos mais variados estados
evolutivos.

Os exemplos matemáticos nisto, como em tudo, são os mais expressivos. À medida, com
efeito, que se vão manifestando as unidades de um sistema qualquer, começa a puslar e a
manifestar-se o conceito abstrato das dezenas, que as une, como a medida que marca a roda
dos segundos de um relógio, começa a interessar-se na marca também dos minutos,
enlaçando-se com aquela... Vamos, assim, passando às dezenas e manifestando as centenas,
os milhares, etc, etc, .... como a roda dos minutos empurra a das horas e as horas, sem
interrogações, formam os dias, meses, anos, lustres e séculos... porque, a bem dizer, na
numeração como na Natureza, toda numeração é medida pela ininterrupta sucessão de
unidades ou “estados de consciência”.

O Ser humano é, realmente, uma esfinge que sempre se acha indagando a sua origem, a razão
de estar vivendo nesta esfera de tantas confusões, tanta concorrência, sem medir valores.

Caberá, se se perguntar ante o indefinido de tais seriações, qual tem sido a primeira ou a mais
infíma unidade e qual será a última, porém a tamanha interrogação, cabe responder como os
brâmanes, porque nós não conhecemos senão a zona média das coisas e o princípio e o fim
delas sempre escaparão à zona raciocinadora, de vez que, não como diria Schopenhauer, é a
nossa intuição mística que sente, sempre, esse “NADA-TUDO” inefável, do qual tudo emana e
ao qual tudo volve. Semelhante à quarta dimensão do serial metabolismo de nossa vida e
nossa consciência, resume, como a noção de tempo, quando podemos conhecer acerca
daquela pergunta, dizendo: “Somos, em cada momento, uma consciência manifestada; somos,
em todos os momentos, uma consciência sublimada que reconhece a si mesma como distinta
dos mundos ou ‘planos’, nos quais sucessivamente se manifestou, planos que foram sua
realidade transitória ou ‘mayávica’, embora que a consciência esteja ao nível deles, porém
que, resultarão ao fim e ante seus olhos, pura ilusão ou ‘maya’. Assim ascendemos
evolutivamente aos planos ou mundos superiores”.

A Língua Latina, tão rica na ideologia filosófica do povo que a criou, tem duas palavras para
expressar os respectivos conceitos daquilo que em nós não altera e desse outro que está
sempre alterado. O primeiro se designa com a palavra “individuus, individuum” que, em grego
quer dizer: “o que é essencial e em tal conceito não pode ser separado” ou como se
disséssemos, “duo in divi”, a Divindade-Par, manifestada e imanifestada; manifestada em sua
consciência atual de cada caso e, todavia, “por manifestar” na consciência superior ou ulterior,
na qual terá de revelar-se depois... O segundo, o eu ilusório que sempre altera, está expresso,
por sua vez, pela palavra “persona, persone, máscara”, como aquela que os histriões
representavam o homem elementar, bestial, etc. nas festas Dionisíacas. É, por assim dizer, o
eu transitório e ilusório ou a veste que recobre a individualidade verdadeira ao longo de suas
múltiplas manifestações nos mundos... ...

Nós ocidentais, mercê a nosso inato personalismo, concebemos muito mal estes estados
superiores da consciência e que são outros tantos estados ‘místicos’ para os que os
precederam e outras tantas ‘ilusões’ para os que os seguem.

A dor, o trabalho, a luta e quantas outras situações de doença física ou psíquica fazem descer
nossa consciência até os mundos inferiores, à maneira como as digestões penosas durante a
noite levam-nos, nesses horrendos estados de consciência, em sonhos aos quais chamamos
“pesadelos”. Os estados hígidos ou de saúde de nosso corpo, em alteração, se caracterizam
com cada órgão operando suas funções respectivas, como se a consciência pessoal de cada um
deles transcendesse a consciência física superior do organismo inteiro. Porém, quando nossa
imaginação ou faculdade emocional entra em função – em um espetáculo teatral, por
exemplo, que nos absorve por completo – a mesma consciência de nosso corpo físico
desaparece, dando-nos, como vulgarmente se diz, os melhores ou piores arroubos de nossa
vida. Um grau ou mais acima deste último estado, fala-se nos chamados ‘estados místicos’ ou
‘apocalípticos’. Por isso mesmo se diz que não foram experimentados pelo mesmo Plotino,
senão por três ou quatro vezes em sua vida.

As outras perguntas da Esfinge: “De onde viemos e para onde vamos?” se reduzem, em
verdade, a uma só, dada a lei cíclica ou cíclico espiral que viemos evidenciando em todos os
fenômenos da Natureza, lei em parte alguma mais patentizada do que nas órbitas dos astros,
que permite a reprodução dos fenômenos na metade ascendente e na metade descendente,
ramas da grande “parábola da vida”, de perfeita simetria entre si, com as suas sístoles e
diástoles respectivas ou estados “radiante” e “latente”, em tudo quanto nos rodeia. Dizemos
“parábola da vida”, aliás com impropriedade geométrica, porque nossa Mônada ou
“consciência superior”, em cada ciclo de encarnação e desencarnação, descreve, melhor dito,
uma “elipse” em torno do Sol e do “Espírito do Sol”. Esta, sim, é que é a base da verdadeira
astrologia.

Com efeito, dada a Lei universal da harmonia, tudo quanto acontece aos seres terrestres deve
estar regido pela lei astronômica-biológica da Terra mesma em que habitam, é o mesmo que
dizer que ditos seres têm de ter, como o Planeta, seu periélio e seu afélio psíquicos. A
passagem daquela Mônada do periélio ao afélio, se chama em ocultismo “encarnação ou
queda”, e o retorno cíclico do afélio ao periélio, “desencarnação, retorno ou ressurreição” à
celeste morada solar, donde saíra. Se o Sol ou seu “Espírito” é o “Deus do sistema planetário”,
a célebre sentença semipanteísta de Santo Agostinho de “para Ti nos criaste, Senhor, e nosso
coração está inquieto até que em Ti descanse”, não é senão a mística revelação deste
movimento de afastamento e aproximação, verdadeiro verão e inverno, de certo modo, de
nossos planetários ou astrais, vivendo como seres manifestados.

Mercúrio e Hermés são o mesmo Deus da Sabedoria Solar. São os Senhores da eloqüência
universal. Consoante o Dr. Roso de Luna, Hermés é o Patrono do Homem.

“Hermés”, “Her-man” ou “o Senhor do Homem”, como um dos sobrenomes de Mercúrio, ou


seja, a Mônada Humana, que é misticamente o Sol, “Budhi”, nome sânscrito de Mercúrio que
representa, por sua vez, o Sexto Princípio inseparável do Sétimo, ou a esfera ou órbita do dito
Planeta, até onde tem o periélio, como foi indicado, a Mônada Humana, em cada ciclo de
encarnação.

Pelo que se nos afigura, compreendemos: a Lei de Reencarnação e Karma é muito eficiente na
evolução espiritual do Ser Humano. Para um candidato à Iniciação, torna-se necessário
concebê-la, realmente. Quem a levar a sério, tem a possibilidade de se preparar numa vida
presente à futura ou imediata encarnação. É uma lei evolucional, tanto assim que
encontramos referência à ela em todas as doutrinas que firmaram a Idéia, a Palavra dos
Avataras. Por exemplo, no Egito milenar, há o símbolo sagrado ou uma chave de conhecimento
que desafia a humana inteligência: a Esfinge, que se acha na entrada do Vale dos Deuses.
Atribuem a ela os 4 Elementos que levam o Ser Humano a se identificar com a sua origem
universal, que são as 4 palavras-chaves: Saber – Ousar – Querer – Calar.”

Essas 4 palavras sagradas têm sua correspondência nas que formam o Tetragramatom
Sagrado: Iod – Hé – Vau – Heth. No Ocidente há as 4 letras enigmáticas, I N R I, que são
consideradas como iniciais dos nomes: Jesus Nazarenus Rex Judeorum.
Gautama, o Buda, ofereceu à Humanidade as 4 Verdades, com os títulos de: “Brahmá é tudo;
Iswara; Jivatmã e, a Roda dos Nascimentos e Mortes”. A Roda dos Nascimentos e Mortes tem
o mesmo sentido da Lei de Karma e Reencarnação, segundo a Ciência das Idades.

A evolução do Ser Humano tem sua base em aprimorar, sutilizar os 4 Princípios básicos: Físico,
Vital, Emocional e Mental. Sim, mantê-los harmônicos e equilibrados, formando um todo.

Aula nº 54 - Indivíduo e Personalidade

Na monografia IVR de nº 54 há a referência do Dr. Mario Roso de Luna aos termos “individuo,
individuum” e “personalidade”, no trecho reproduzido a seguir: “A Língua Latina, tão rica na
ideologia filosófica do povo que a criou, tem duas palavras para expressar os respectivos
conceitos daquilo que em nós não altera e desse outro que está sempre alterado. O primeiro
se designa com a palavra “individuus, individua, individuum” que, em grego quer dizer: “o que
é essencial e em tal conceito não pode ser separado” ou como se disséssemos, “duo in divi”, a
Divindade-Par, manifestada e imanifestada; manifestada em sua consciência atual de cada
caso e, todavia, “por manifestar” na consciência superior ou ulterior, na qual terá de revelar-se
depois... O segundo, o eu ilusório que sempre altera, está expresso, por sua vez, pela palavra
“persona, persone, máscara”, como aquela que os histriões representavam o homem
elementar, bestial, etc. nas festas Dionísiacas. É por assim dizer, o eu transitório e ilusório ou a
veste que recobre a individualidade verdadeira ao longo de suas múltiplas manifestações nos
mundos....”

Pelo que compreendemos deste trecho, escrevemos o que se segue:

INDIVIDUO, INDIVIDUA, INDIVIDUUM – o que não se divide, não se desintegra; é o que se


poderia chamar de Individualidade, segundo o conceito da Ciência das Idades; é o que nesta
Ciência seria a “Chispa Divina”, a “Mônada”, ou sejam os Princípios: Mental Abstrato, Budhi e
Atmã ou o Princípio Crístico no Ser Humano... Usando a Chave Geométrica dos Conhecimentos
Iniciáticos, representamos o Ser Iluminado, Realizado, tendo esses Princípios como sendo o
Deus Interior, por um retângulo com um triângulo no centro: Isto quer dizer que o Deus
Interior, projeta-se, vibra no interior, no coração do Ser Humano, refletindo-se imediatamente
no cérebro, na cabeça.

_A personalidade, a alma humana é representada pelo retângulo, ou seja, constituída pelos


Princípios: Físico, Vital, Emocional ou Astral, e Mental Concreto. No Ser Humano comum é
expresso pela Chave Geométrica: um retângulo encimado por um triângulo, tal como fora
explicado, o que significa que o EU superior está vibrando fora e não dentro do Ser.
O processo de Iniciação Real consiste em permitir ao discípulo transferir este triângulo para
dentro do retângulo. No caso, a personalidade fica envolvendo o EU, tal como acontece no
teatro: a máscara é o ator e o rosto, o autor.

Para o Ser Humano comum, o conceito de Deus é limitado, é do mental concreto, pois concebe
Deus, a Divindade, como se estivesse fora, acima do Globo Terrestre, no sentido de um plano
acima de outro, tal como acontece com as prateleiras. Não O concebe no essencial, Vida,
Natureza... Para os verdadeiros Iluminados, Deus está vibrando no interior do Globo Terrestre.
Por exemplo: se o coração do Ser Humano, como órgão principal da vida, está localizado
internamente, como uma defesa à vida, é natural que se pense que Deus, o maior elemento
gerador da vida, do espírito, esteja localizado no interior da Terra.

Consoante a Ciência das Idades e o Excelso Senhor JHS, o que reencarna é a personalidade
formada pelos Princípios já citados (expressa pelo retângulo). A personalidade é o sustentáculo
físico da individualidade, como se a primeira fosse o cérebro e a segunda a idéia.

A individualidade, o indivíduo, indivídua, individuum, ou seja, o que não se divide, o que não é
divisível, é o poder que projeta algo para dar movimento à vida; o Ser e a personalidade é algo
como se fora a indumentária revestindo o corpo de um indivíduo já realizado, iluminado. A
personalidade é algo como se fora a parte intermediária entre o corpo e o espírito, a
consciência superior. No Ser perfeito, a personalidade é o elemento de ligação entre o
Humano Ser e o Espírito. Daí o verdadeiro sentido de religião, ou seja, o ato de re-ligar o
Homem ao Universo, a Deus, etc.

Quando se morre, consoante a linguagem dos homens vulgares, o corpo físico fica inanimado
e, portanto, se desliga dos demais Princípios (Vital, Emocional e Mental Concreto)... Mas o
desligamento entre o Corpo Físico e o Vital é demorado. Quando o Ser Humano se acha no
estado moribundo, o duplo se projeta para fora do corpo, como uma árvore saindo de um
vaso. Quando o corpo se desfaz na tumba, o Vital continua mas, com o tempo, se desfaz
também. Permanecem unidos os Corpos ou Princípios Emocional e Mental Concreto (Kama-
Manas)... Esses corpos unidos permanecem no espaço, no astral, até conquistarem o poder, a
força para se reencarnar. Mas o ciclo reencarnacionista não é de modo arbitrário; obedece a
uma Lei Justa e Perfeita. Há uma Hierarquia encarregada deste valoroso mistério, denominada
de Lipikas... ... Conforme o impulso das experiências, escandas ou nidhanas (termos da
Filosofia oriental), a alma será atraída para uma família a que é afim. Com a nova encarnação,
com novo corpo físico, já com mente livre com o arbítrio, o elemento humano em evolução
fará nova tentativa para alçar vôo a um plano, a um sistema de vida mais elevado e com menor
sofrimento. Com o aprimoramento do físico ou do Ser Humano (dos 3 Corpos: Corpo, Alma e
Espírito), terá maior possibilidade de se identificar com Deus, com a Consciência superior.

Quando um médium acopla a sua alma ou corpo emocional à do elemento desencarnado,


sente o que ela está sentindo e então usa a sua linguagem: “está pedindo missa (se é
católico)”, “está solicitando que se acenda uma vela para ele”, etc.

Se houve suicídio ou morreu num acidente, fica com as últimas impressões, durante algum
tempo, até que pelo auto-julgamento perca as impressões dos últimos instantes da vida no
mundo dos homens, quando possuía o corpo físico.
Há uma Hierarquia Criadora encarregada de cuidar da evolução dos seres, antes de
conseguirem a imortalidade dos 3 Corpos citados (Corpo, Alma e Espírito). As almas, as
personalidades que trabalham pelo próximo, sem segundo interesse, trabalho realizado
espontaneamente, são atraídas para um Plano que na Ciência das Idades se denomina de
DEVAKAN. Nesse caso, o elemento humano ou a alma já se acha sob a responsabilidade de um
dos Membros da Hierarquia dos Lipikas ou Escribas...

Para se conduzir uma alma para um plano superior, necessário se torna conhecer as leis desse
plano, a fim de saber se tal alma merece ou tem condições de nele permanecer.

Com o intuito de esclarecer o sentido do nome Devakan, usado neste estudo para podermos
posicionar o plano onde se localizam as almas puras que se elevaram na vereda da vida,
através da prática do que denomina de Bem, que trabalharam para outros sem idéia de
recompensa; almas que evoluíram pelo processo da santidade, bondade e destituídas de
egoísmo, etc, analisamos o significado do termo:

DEVAKAN ou Devachan – sânscrito – Tem o significado de Morada dos Deuses. É um estado


intermediário entre duas vidas terrestres, no qual o Ego (a Chispa Divina) permanece em
perfeita beatitude, a fim de assimilar a experiência de quando viveu com o corpo físico, a fim
de se projetar num novo ciclo de vida ou encarnação. É, pois, um plano de repouso, que se
acha no espaço entre a separação do Mental Concreto e dos princípios interiores, depois da
morte do corpo físico na terra. É a parte superior do Plano Astral, especificamente para isolar a
alma já trabalhada pelos Mestres de Sabedoria. Esse Plano do Devakan tem a finalidade de
manter a alma sem sofrimento, isolando-a de todo o elemento do mal. Fica sob a proteção, a
responsabilidade de elevadas Inteligências universais, que presidem a evolução espiritual do
Ser Humano....

Devaka tem como equivalência o termo Devasthan.

DEVASTHAN quer dizer: residência dos Deuses...

Além desses há o de Svarga, dos hindús; Sukhâvati, dos budistas e Céu, dos católicos. Sim, é o
Plano da eterna bem-aventurança... E... também, sub-plano do Segundo Logos.

Este termo DEVAKHAN está em perfeita sintonia com o de DEVAKI. Devaki foi a Mãe de
Krishna. É um dos muitos nomes que atribuem à Mãe Divina, ao Poder Plasmador Universal.
Assim como no Ocidente há o culto à Virgem Maria, no Oriente há o culto à Devaki.

Usando a Lei da Analogia, poder-se-ia dizer: a vida humana durante o dia, sob a luz dos raios
solares, seria um período de encarnação, com o corpo físico em vigília constante... e o período
de desencarnação ou morte, com a vida durante a noite... ...

Para melhor esclarecimento desse assunto, transcrevemos as primeiras palavras do Salmo de


David, número 18:

“ Os céus publicam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos;

Um dia profere palavras a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite;
Não há fala nem palavras, não se lhes ouve a voz, mas o seu som extende-se por toda a
Terra e as suas palavras vão até os confins do mundo;

No Sol pôs o seu tabernáculo e ele como o esposo que sai do tálamo, deu saltos como
gigante para percorrer o caminho;

E a sua saída é desde uma extremidade do céu e o seu circuito até a outra extremidade
e nada há que ao seu calor se esconda...”

... ... ...

Para a Ciência antiga e abstrata, o Deus que orienta os mortos é denominado de YAMA... um
dos 4 Poderes que coordenam a evolução das almas.

Para os iniciados, para os discípulo preparados para certas missões, o processo de salvamento
(das almas já no Caminho) é bem diferente. Esse processo está muito bem esclarecido no Livro
do Dr. Roso de Luna, “O Livro que mata a Morte”.

Sócrates e depois Roso de Luna, sempre diziam: “Eu vivo para aprender a morrer !”

Aula nº 55 - Iniciação Real

A Iniciação Real exige esforço próprio e está orientada pelas augustas palavras do Avatara:
“Transformação, Superação e Metástase Avatárica”.

TRANSFORMAÇÃO – dividimos este termo em três partes: Trans, forma e ação.

Trans, Tras – passar além de três, tra.

Forma – é a forma constituída do quaternário, o corpo físico formado pelos princípios já


conhecidos: Físico, Vital, Emocional e Mental Concreto, ilusório.

Ação – é movimento, atividade. O esforço humano, tendo em vista alcançar a


evolução além dos três elementos essenciais à vida material.

A Transformação (no conjunto “Transformação, Superação e Metástase”, Meta além do


Êxtase) está indicando que se trata da Personalidade. Com efeito, na Inciação o primeiro
movimento, o primeiro passo a ser dado é modificar, transformar a Personalidade, sem o que
não se alcançará a Superação. Para melhor esclarecimento do assunto, evocamos o exemplo
da árvore: se a árvore se acha eivada de galhos secos, podres, ela tem que alimentá-los com
prejuízo dos galhos bons, os quais não terão vitalidade perfeita para uma ótima safra. Então, o
agricultor ou o senhor da árvore adota a prática da poda, eliminando dela os galhos secos,
podres, para os frutos tornarem-se fartos e sazonados. Ora, o discípulo, o indivíduo eliminando
da sua personalidade as tendências negativas ou, segundo a Filosofia Oriental, as nidhânas,
através do processo da terapia transcendental, torna-se perfeitamente ajustado em todas as
dimensões, logo, alcançando a Superação, a Suprema Ação. Entrou na atividade universal.
Passou a agir plenamente com a Emoção Divina e a Auto-Emoção. Este é o comportamento de
um ser superior. Por isso dizem que alcançou o Nirvana. Nirvana é um estado de ser que se diz
“sem resto”, isto é, sem apego às coisas materiais, aos hábitos da Face da Terra.

Por isso se diz na Iniciação Real: “Transformar as tendências negativas em positivas; as


nidhânas em escandas.”

O que afirmamos está de acordo com o que um grande Mestre da Humanidade ofereceu a ela,
em forma de ensinamento da Iniciação Real:

“A Evolução Universal consiste numa eterna transformação de energia: o Espírito se


transforma em Matéria e esta se sutiliza, transformando-se em Espírito”.

A idéia condensa-se em palavras e estas se transformam em abstração. Isto nos leva a pensar:
todo objeto físico tem sua contraparte num plano mais abstrato ou numa dimensão mais
elevada. Baseado nesses princípios, Eródoto foi feliz em afirmar que “as pirâmides foram
contruídas do vértice para a base, isto é, primeiro veio a idéia (foram construídas em projeto),
depois veio a construção física, objetiva.

Na Iniciação surgem, em primeiro lugar, as idéias e a seguir o planejamento para ordená-las;


em terceiro lugar a transformação das idéias, na construção objetiva, material. Daí o
provérbio: “De hora em hora, Deus melhora”, sim, a construção ou criação dos universos, pois
os do futuro tendem a ser construídos com mais perfeição.

Um dos preceitos evolucionais dos Sete Sábios gregos e que foi repetido por vários filósofos
em diferentes épocas, diz o seguinte: “O Ser Humano deve procurar aprender a morrer”. Sim,
deve levar a sua vida aprendendo a morrer, isto é, preparando-se, positivamente, para poder
encarnar num estágio mais elevado, portanto mais próximo da Divindade ou da Metástase
Avatárica, pois a nossa encarnação futura depende dos atos positivos ou negativos da presente
vida.

Um remador, numa disputa, dá o máximo impulso no seu barco, mas quando arvora os remos,
para de remar, o barco continua em movimento até terminar totalmente o impulso. O mesmo
acontece com o Ser Humano: o impulso de uma encarnação deixa-o no Plano Astral até que
termine o potencial das experiências adquiridas e quando elas terminam o impulso, volta a
encarnar.

Na Iniciação Real há dois preceitos admiráveis que dão impulso na personalidade do discípulo
para que abandone a vida inerte e entre na atividade da evolução espiritual, ou seja, na Idéia
da Unidade, “Um por Todos e Todos por Um”. Esses dois preceitos estão representados pela
palavras Revolução e Evolução. A diferença entre a primeira e a segunda é apenas a letra “R”,
inicial de Revolução.
R – esta letra é uma chave de conhecimentos inciáticos. Expressa alguém que está andando,
movimentando-se. É inicial do nome REI, o que consideramos como sendo O REI andando,
movimentando-se.

Em primeiro lugar há a ação de revolução no seu bom sentido, a fim de promover a


Transformação, para se alcançar a Evolução. Num plano mais alto há o termo Revelação, ou
seja, o ato de velar duplamente os aspectos da Verdade, para que não sejam “interpretados”
erradamente, desgastando-os.

Revelação – Teologia: ato pelo qual Deus fez saber aos homens seus mistérios, sua vontade ao
princípio do momento da Criação, etc.

Revelação – para a Iniciação Real é o ato pelo qual os Avataras apresentam aos homens, aos
seres humanos, algo do vir-a-ser, do futuro, de algo a ser realizado objetivamente. Por
exemplo: há a ação, a missão de Buda, que fez seu Trabalho apresentando ao mundo as suas 4
grandes Verdades. Depois que deixou o mundo dos homens, suas doutrinas se transformaram
num sistema religioso, mas não num sistema que leve o homem a se religar à sua Consciência
Divina.

O Ser Humano quando deixa fenecer a sua Centelha Divina, vai perdendo progressivamente a
sua personalidade, deixa de ser o que se acha expresso na afirmação iniciática: “Eu sou Ele
(Deus) e Ele está em mim”. Sim, com a ação deste fenecimento, o homem torna-se inseguro e
se transforma num eterno pedinte. Pede tudo a Deus, à Divindade, entretanto, se Deus
necessitar da sua vida, negará.

O admirável Rei David, atendendo os anseios da Humanidade, ofereceu os 150 Salmos, os


quais constituem um imenso apoio aos seres humanos, em vários sentidos e abrangem
diversos setores humanos da vida. O efeito dos Salmos de David é tão real que as próprias
religiões correntes os adotam, embora deturpando-os.

Fechamos nosso estudo, com estas estrofes dos “Versos Áureos” de Pitágoras:

“O Homem vive e morre a procurar um bem,

Sem nunca reparar nos bens que em si contém.

Quem não souber ser bom não sabe ser feliz,

É náufrago num mar de praias sempre hostis;

E entre o fraguedo atroz que a riba lhe apresenta,

Não pode resistir nem ceder à tormenta.

Porque não descobriu que transporta consigo

Um farol prá o guiar a salvamento e abrigo.

Por entre os vendavais dessa jornada ignota,


Tem cada qual de abrir a sua própria rota.

Uma estirpe divina impõe à Humanidade

Buscar no mar do erro o porta da Verdade;

A Natureza ajuda o Homem no caminho,

Nunca o desamparou, nunca o deixou sozinho.

Homem sábio, homem bom, tu que já penetraste

Os mistérios da vida e mediste o contraste

Entre o Bem e o Mal, concentra-te um momento

E medita que Deus, ao dar-te o Pensamento

E muitos outros dons que refletem os Seus,

Fez-te um Ser Imortal, porque és tu próprio um deus”.

Aula nº 56 - Avatara em ação

Já dissertamos, muitíssimo, em nossos estudos, sobre o tema “Avataras com seus mistérios”.
Agora, porém, pensamos em tratar do maravilhoso assunto de modo mais objetivo.

Os ários primitivos ensinaram que a Raça da qual fazemos parte teve seu início com o Avatara
sob o Signo de Áries, o qual começa a vibrar no dia 21 de março, dia do ano astrológico. Os
demais Avataras manifestaram-se sob as vibrações dos demais Signos: Taurus, Gemini, Câncer,
Leo, Virgo, Libra, Scorpio, Sagitario, Capricornio, Aquarius e Piscis.

Os eminentes cabalistas estabelecem o relacionamento: mês de fevereiro é o mês dois do ano


civil e, por coincidência, nele vibram os 2 Signos: Aquarius e Piscis. O Grande Senhor JHS
sempre fez referência aos dois Avataras que se acham agindo sob a regência dos Signos
Aquarius e Piscis e, respectivamente, sob os Planetas Saturno e Júpiter.

As tradições transimalaianas falam em AVALOKITESVARA.

AVALOKITESVARA – sânscrito – “É o Senhor que mira”. Na interpretação vulgarizada, tem o


nome de PADMAPANI, “o portador do Lotus e Filho do Loto”; na Filosofia dos Iniciados,
AVALOKI – o Mirador, o que mira o mundo manifestado – é o Eu Superior, o Espírito Divino no
homem, enquanto que PADMAPANI é o Ego Superior ou Manas.
Como tema de ligação, há a forma mística: “Om Mani Padme Hum”.

Segundo a visão popular, Avalokitesvara possui numerosas encarnações na Terra, enquanto


que a interpretação dos Iniciados vê Nele alegoria do Logos, tanto celestial como humano.

Padma é Pai e Mani é Mãe, o que se denomina na Iniciação Real de Pai e Mãe Cósmicos;
Adam-Kadmom e Adam-Heve.

Dentro da Filosofia do Senhor JHS, no mês de fevereiro comemora-se o Natal dos dois
Miradores, através dos quais a Lei, ou melhor, o Eterno lança sua Benção para o mundo
humano. E... todos aqueles que se acham afins com esse evento, são beneficiados. É algo
semelhante à tradição de 25 de dezembro, apenas não deve ser festejado com comes e bebes,
pois trata-se de uma época em que se deve usar a cabeça e não o estômago, apenas. Nos
ciclos futuros, talvez no próximo século, os dias 10 e 24 de fevereiro serão recebidos com
tanto esplendor quanto os dias de Natal e Ano Bom, atualmente.

A água é alegoria da Vida Universal, da Vida Eterna. Por isso as águas oceânicas são
trepidantes, representando a vida em permanente atividade. Narayana, hindú; Virgem Maria,
em português, são Patronas das águas. Nas iniciações tem o nome de APAS ou A Permanente
Água da Sabedoria.

Na qualidade de seres humanos, habitando a Face da Terra, desejando sentir no seu interior,
no seu coração, o potencial, a grandeza da Benção do Avatara em 24/02/1988, basta pensar
nas conselheiras palavras de um Livro Sagrado:

“Laves teu coração nas Águas do Oceano Tranqüilo; cerres teus olhos; tapes teus ouvidos e
narinas, sem esquecer que tua boca deve estar calada e olhes para dentro de ti. Penses nas
grandes Almas dos Divinos Avataras que já existem nos Planos Superiores. Com isso, seus
olhares se confundirão com o teu. E assim, as trevas do teu interior se iluminarão...”.

Ocupamo-nos nesta monografia, até agora, com o sentido transcendentalíssimo do elemento


água, APAS. Apas é o elemento universal ligado ao Signo de Aquarius, sob a regência do
Planeta Saturno. Reverenciamos com isso, o grande Deus Netuno. Como complementação do
assunto, pensamos agora nos valores, também sagrados, do Fogo Universal. Esse diviníssimo
Fogo, no Ocidente e para os Iniciados, é denominado de Pentecoste. Segundo os gregos era
exaltado como sendo o Pentalfa ou a Estrela Flamejante, isso porque o Ser Humano, de pernas
e braços abertos, forma essa sagrada Chave Geométrica. Que é Pentecoste? Para esclarecer
seu sentido, segundo a História do Espiritualismo, transcrevemos aqui um esclarecimento do
Senhor JHS aos seus discípulos.

PENTECOSTE – grego – quer dizer “Quinquagésima”. É a festa que celebra a Igreja Romana,
cinquenta dias depois da Páscoa da Ressurreição, porque no referido dia – segundo se lê em
ata (feitos) Cap.II – “o Espírito Santo desceu em forma de Línguas de Fogo sobre os Apóstolos,
que logo começaram a falar em diversas línguas”, ou seja, o mesmo fenômeno do despertar de
“Kundalini”, que faz do discípulo um Adepto, um Iluminado ou Homem Perfeito, justamente
por ser envolvido na Mente Universal. Pentecostes também era celebrada pelos judeus, com
grande pompa, cinquenta dias depois da “PÁSCOA DO CORDEIRO”, em memória da LEI, ou dos
Mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai, “cinquenta dias depois de ter Ele deixado o
Egito”. Razão porque também a denominaram de “FESTAS DAS PRIMÍCIAS”, porque, no
referido dia, os israelitas levaram ao Templo as primícias dos frutos de seus campos”.

Tudo isso nos obriga a falar também do termo SOLSTÍCIO, porém, desta vez servindo-nos das
palavras do erudito sanscritista Emile Burnodf:

“O culto cristão obedece à marcha do Sol e da Lua. O nascimento de Cristo coincide com o
Solstício de Inverno; a Páscoa segue de perto ao Equinócio da Primavera. No Solstício de Verão
é celebrada a Festa do PRECURSOR (o Arauto, Jokanan ou Yokanan, etc.), quando se acendem
as “Fogueiras de São João” (na mitologia grega, também se acendem os “Fachos do Deus
YACCHO”). As demais festas são distribuídas, metodicamente, pelas outras partes do ano,
seguindo uma ordem comparável à das “Cerimônias Védicas”. Deve-se notar, acrescenta o
referido autor, que o Solstício de Inverno ocorre 4 dias antes da Natividade e, o do Verão, 4
dias antes da Festa de São João. O dia da Páscoa é regulado pelo Equinócio, embora tenha
lugar num domingo, ou seja, o que se segue ao plenilúnio, depois do Equinócio da Primavera”.

Pelo que se vê, pouco importando os nomes dos Santos, seja do que for, tais festas são
antiquíssimas, pois que sempre coincidiram com os Solstícios, porém, sendo de cinqüenta
segundos por ano a precessão dos equinócios, 4 dias correspondem a, aproximadamente, sete
mil anos (porém os 4 dias podem não ser completos).

Em resumo, se tudo no Universo obedece a LEIS, por sua vez regidas por uma Força Única, é
lógico supor que as próprias manifestações da Divindade (Avataras, etc.) também estejam
sujeitas a essas mesmas LEIS... e assim, o que é cósmico seja obrigado a tomar forma humana,
na razão do “Verbo se fazer Carne e o Filho se fazer LUZ”...

Glória a todos os que reverenciam os Nomes dos Avataras !

Aula nº: 57 - Importância do mês de março e Signos do Zodíaco

O Dr. Mario Roso de Luna ensinou ao mundo algo que encerra muita verdade. Ele escreveu:
“Os astros inclinam mas não obrigam”. Isto nos faz concluir que a influência dos astros sobre o
comportamento humano é muito maior do que se possa imaginar. Mas essa influência
depende do “livre-arbítrio” de cada indivíduo. É o Ser Humano que elege seu destino: bom ou
mau, ótimo ou ruim.

Pensando em termo astrológicos ou recorrendo à preciosa Chave Astrológica dos


Conhecimentos Iniciáticos, concluímos que a Manifestação da Divindade Suprema, Deus,
Brahma, etc., processa-se obedecendo à ação, à influência dos astros.
A Astrologia antiga orientou-se sob a força e o poder dos astros. Como reflexo da Lei dos
Astros e, entendendo a Chave Astrológica, compreendemos que todo o indivíduo e também os
grandes e pequenos avataras nascem sob a regência de um astro. Por isso é comum, quando
alguém quer algo importante, de elevado, olhar para o céu, a fim de realizar as suas
invocações para a sua proteção, etc.

Os astrólogos, quando desejam verificar o destino do indivíduo, olham a situação do céu, a fim
de descobrir a posição dos astros, na hora do seus nascimento.

As principais constelações para se ler a história astrológica do Ser Humano, são aquelas
denominadas pela Astrologia de “Signos do Zodíaco”. Com isso pode-se fazer a pergunta: que
é Zodíaco?

ZODÍACO – (grego) Da voz Zodiom, diminutivo de zoon, animal. Esta palavra é empregada com
uma significação dual; pode referir-se ao Zodíaco fixo e intelectual ou ao Zodíaco móvel e
natural. “Em astronomia é um cinturão imaginário no céu, 16 ou 18 graus de largura, por meio
do qual passa a via do Sol (a eclíptica). Contém as 12 Constelações que constituem os 12 Signos
do Zodíaco e das quais recebem o seu nome. Como a natureza da luz zodiacal (aquela figura
triangular prolongada e luminosa, que estando situada quase na eclíptica, com sua base no
horizonte e seu vértice a maiores e menores alturas, só se pode ver durante os crepúsculos
matutinos e vespertinos) é inteiramente desconhecida para a ciência, a origem e a verdadeira
signficação e o sentido oculto do Zodíaco foram e são, todavia, um mistério para todos, exceto
para os iniciados... Voltando ao Zodíaco astrológico, propriamente dito, sem dúvida é um
círculo imaginário que passa ao redor da Terra no plano do Equador, chamando-se seu
primeiro ponto Áries, a zero graus. Está dividido em 12 partes iguais denominadas Signos do
Zodíaco, contendo cada um, 30º de espaço e nele está medida a verdadeira ascenção dos
corpos celestes. Zodíaco móvel ou natural é uma série de constelações que formam um
cinturão de 47º de largura, situado ao Norte e ao Sul do plano da eclíptica. O Zodíaco foi
conhecido na Índia e no Egito durante incalculáveis idades e o conhecimento dos sábios
(magos) desses países, com respeito à influência oculta das estrelas e dos corpos celestes
sobre nossa Terra, foi muito maior do que a astronomia profana pode jamais alcançar”.

O nascimento do indivíduo é o resultado da conjugação entre as nidhanas e as escandas


adquiridas numa vida ou ciclo anterior reencarnacionista. Por isso diz o Arcano 13 que os
elementos fundamentais de transformação são a vida e a morte como principais fatores da
Evolução Humana.

Baseados na literatura iniciática, apreendemos que o mês de março é de grande importância


para o estudo desta natureza. O dia 21 de março é o 1º dia do ano astrológico (ao invés de sê-
lo em 1º de janeiro).

Esse período é regido pelo potencial vibratório do Planeta Marte e Signo zodiacal de Áries.

Consoante os ensinamentos do Senhor JHS, há grandes e pequenos avataras. Conforme a ação


da Dinâmica Universal, Eles se manifestam sob o potencial de cada planeta e cada signo. De
modo que o ano astrológico começa seu movimento em 21 de março e vai até 20 de abril.
Os grandes Iniciados ensinam que a Atlântida desapareceu do mapa mundi há 1.800.000 anos.
Esse número dividido pelos 12 Signos do Zodíaco, dá, mais ou menos, 150.000 para cada
avatara, embora este número possa variar de conformidade com o comportamento dos seres
humanos.

Para esclarecimento deste estudo, citaremos os demais Signos, com as respectivas durações,
de acordo com o Calendário Astrológico:

SIGNOS PERÍODO PLANETA REGENTE

Áries 21 de Março a 19 de Abril Marte

Taurus 20 de Abril a 20 de Maio Vênus

Gêmini 21 de Maio a 20 de Junho Mercúrio

Câncer 21 de Junho a 21 de Julho Lua

Leo 22 de Julho a 22 de Agosto Sol

Virgo 23 de Agosto a 22 de Setembro Mercúrio

Libra 23 de Setembro a 22 de Outubro Vênus

Scorpio 23 de Outubro a 21 de Novembro Marte

Sagitário 22 de Novembro a 21 de Dezembro Júpiter

Capricórnio 22 de Dezembro a 20 de Janeiro Saturno

Aquarius 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro Saturno

Piscis 20 de Fevereiro a 20 de Março Júpiter

As sublimes profecias do Rei do Mundo, falam num ciclo que se iniciou para maior gáudio da
evolução espiritual da Humanidade, em 21 de março de 1956. Naquela data, foram definidos
os polos da Evolução da Mônada Humana!

Para terminar, usamos as palavras de Georges Meredith:

“As Estrelas, não são longínquas estrangeiras,

com insensíveis e inexplicáveis poderes.

Do fogo que arde em todas elas,

Nós temos nascido.

A música do seu movimento,


Um dia será nossa.”

Aula nº: 58 - A Eubiose e os Versos de Pitágoras

A Eubiose no consenso humano, mundo profano, é um neologismo, mas no dos Iniciados é a


Vida em harmonia com a Natureza, algo semelhante a um naturismo espiritual. Em cada época
ou manifestação dos Avataras, os modos de se apresentar os Aspectos da Verdade Eterna, têm
uma denominação conforme a ação da dinâmica evolucional... Nos ciclos pretéritos, a
apresentação dos Aspectos da Verdade foi portadora de vários nomes, cada um atinente a
uma época, às necessidades relativas aos progresso de cada povo... A Eubiose tem a finalidade
de apresentar os Aspectos da Verdade relativos aos ciclos futuros. Citar os numerosos títulos
passados, seria impossível e enfadonho, por isso vamos fazê-lo apenas com os principais,
senão, os mais próximos de nossa Era: Filaleteos, Budismo, Catolicismo, Teosofia e inúmeros
outros.... No próximo ciclo será a vez da Eubiose.

... Que é a Eubiose? Dividimos esse nome em EU + BIO + SE:

EU – é o Deus Interior de cada indivíduo, o Ser divino de cada um, a Centelha Divina de cada
ser humano. É a Vontade do Eterno fragmentada em homem.

BIO – é vida. Vida em vários aspectos, de modo global.

SE – Se lhes acrescentarmos a letra R, dá o termo SER. E a letra “R”, na Simbologia Arcaica, tem
o sentido de movimento, ação, andando, etc.

S – é o símbolo de Deus, da Divindade descendo dos planos mais abstratos para os mais
densos, em espiral.

E – (maiúscula) representa uma tríade, uma trindade. No Alfabeto da Língua Portuguesa é a


letra inicial do nome ETERNO.

R – é alegoria do que se acha em movimento, em ação, em andamento.

Se analisarmos a Eubiose sob o processo da Chave Geométrica, vêmo-la expressa por três
triângulos. Se o fizermos com a Chave Numérica é o quadrado de três, ou seja, 3 x 3 = 9. O
Arcano 9 tem o sentido do estado de consciência, do estágio espiritual do Adepto, o Ser
equilibrado... O Homem perfeito e equilibrado em todos os atos de sua vida. Os três triângulos
podem ser expressos, cada um, por um triângulo com um ponto no centro, aliás, é o símbolo
usado para representar a Suprema Divindade em expansão.

Vamos estudar o assunto com mais detalhes e através da palavra escrita.


Primeiro Triângulo – (da Eubiose)

_É a manifestação do primeiro Princípio da Eubiose, que é a VONTADE, o Impulso do ETERNO.


A Vontade, por sua vez, divide-se em três elementos: Supra-Vontade, Auto-Vontade e Sub-
Vontade ou Instintiva... O ser portador da Supra-Vontade ou Vontade Espiritual possui o dom
da renúncia às coisas materiais. Os possuidores da Auto-Vontade são empreendedores, têm
capacidade para dirigir grandes indústrias, negócios. Têm o sentido do diálogo. Sub-Vontade
ou Instintiva têm os seres teimosos, os que têm idéias fixas. Fazem as coisas para si próprios.
Desenvolvem a egolatria.__

Segundo Triângulo –

_Apresentamos, agora, o segundo elemento essencial da Eubiose: a MENTE. Dividimo-la em


três aspectos: Supra-Inteligência, que equivale à Inteligência Abstrata, à Inteligência Superior.
É o imenso poder controlador da Vontade. Este princípio da Eubiose possibilita aos homens a
capacidade da Intuição. É, também, denominado de Inteligência Divina.... Característica dos
grandes poetas, músicos, artistas talentosos. Auto-Inteligência – este elemento controla o
Intelecto. Estimula a intelectualidade, faz funcionar a razão pura. Este elemento, com as suas
gradações, vai do alfabetizado ao talentoso. Dá o sentido de confiança àqueles que precisam
do conhecimento, de modo geral. Dá autonomia mental aos que pensam e estudam. Sub-
Inteligência – é a inteligência a favor da emoção instintiva. Por exemplo: os seres humanos
apreciam o conforto, bem-estar, então esse aspecto da inteligência procura inventar o que
oferecer-lhes de conforto. Os orientais denominam-no de Kama-Manas ou Mental inferior.__

Terceiro Triângulo –

_Vamos entrar, agora, na área do Princípio Emocional, o qual se divide em Supra-Emoção ou


Emoção Divina, Auto-Emoção e Sub-Emoção ou Emoção Instintiva. A Supra-Emoção é a mais
refinada, ligada às coisas abstratas. É o que possibilita a ação da sinceridade, por isso dizem
que sinceridade corresponde à uma linguagem divina, superior. O Ser Humano pode não
conhecer filosoficamente algo de superior, entretanto, pode senti-lo como realidade. Esse tipo
de Emoção promove a fé. A Auto-Emoção corresponde à Emoção que dá confiança ao que o
indivíduo está sentindo. Permite ao indivíduo entusiasmo pelo que faz. A Emoção-Instintiva é a
Emoção estimulando a ação dos órgãos físicos. A Emoção ligada aos atos de natureza física. Os
orientais denominam-na de Kama-Manas. São os desejos de natureza terrena. Para melhor
esclarecimento da atuação desses elementos na criatura humana, que constituem o fundo da
chamada personalidade que, em contato com os meios-ambientes, vão dar as formas de
conduta ou aquilo que se denomina caráter, lançaremos mão dos Versos Áureos de Pitágoras.
Assim, traçaremos três triângulos, onde os nove elementos serão colocados novamente, mas
agora sob um ponto de vista gradativo, do mais denso ao mais sutil. Vejamos:

Primeiro Triângulo: “ Se o fogo das paixões for cinza nele extinta, Imites o seu
exemplo, escutes o seu conselho ”...
Aí são exaltados aqueles que não apresentam os aspectos deste primeiro triângulo, em
desequilíbrio com os demais.

“ Olhos e ouvidos cerres a todo o preconceito...

A todo o fanatismo ou julgamento feito

Preconcebidamente e só por teimosia...”

O preconceito é efeito da Sub-Inteligência, e a teimosia, da Sub-Vontade.

“Cuides bem do teu corpo; o trabalho aligeires

Quando ele se queixar, mas não lhe satisfaças

Apetites boçais; as dores e as desgraças começam

Quando o corpo ordena mais que a alma;

Se o serves uma vez, já nunca mais se acalma ”.

“Do luxo ou da avareza, os males são iguais

Diferentes na aparência, irmãos em tudo o mais “...

Aí manda atender aos sub-elementos, quando diz: “Cuides bem do teu corpo”, mas não se
deixar dominar por eles: “Mas não lhe satisfaças apetites boçais”, pois que isso é causa de
desequilíbrio e dor: “As dores e as desgraças começam quando o corpo ordena mais que a
alma”. Incuindo no caso, a avareza e o luxo.

Segundo Triângulo – “ Respeita-te a ti próprio, o sábio verdadeiro nada diz, nada faz
sem refletir primeiro ”.

“ Formules ao despertar o teu programa honesto. E nunca prá amanhã deixes ficar um
resto ”.

“ Antes de adormecer, repasses no mental as ações que fizeste ou prá bem ou


prá mal. Não repitas as más, insistes só nas boas ”.

“ Por entre os vendavais desta jornada ignota, tem cada qual de abrir a sua
própria rota “.
Terceiro Triângulo – “ Prestes a Deus Imortal o culto consagrado; Conserves a tua fé;
dos vultos do passado, Ou santos ou heróis, louves a divina ação “.

“ Estudes a Natureza, aprendes a Lei sublime que rege a imensidade e que à


matéria imprime a Vida Universal. Perante estudos sérios, abrem-se, pouco a pouco, as portas
dos Mistérios. Então descobrirás que a Luz do teu destino, por divino amor do nosso Pai
Divino, é vir colaborar no Plano do Universo, com Deuses de quem tu és UNO mas diverso “.

“ Aprender a servir, eis a ambição mais alta que deve nortear a tua vida inteira “.

“ Estendes a compaixão aos brutos e às pessoas “...

A felicidade humana consiste em manter todos esses Princípios equilibrados.

Aula nº 59 - Como se deve estudar iniciaticamente?

A própria pergunta já é um exemplo de como se estuda iniciaticamente. O estudo iniciático é


algo que se pratica à semelhança da matemática. Para o estudo da matemática, praticam-se
muitos exercícios para que haja o desenvolvimento do raciocínio. Na Iniciação o estudo é
praticado tomando-se como base elementos, processos, técnicas que estimulem o
desenvolvimento da razão, ou melhor dito, da Mente superior, abstrata, etc. Com outras
palavras: desenvolvimento da Mente Divina. O grande Descartes disse: “Eu penso, logo existo”.
Na prática dos estudos iniciáticos pode-se afirmar: “Quem estuda, não pode fazê-lo sem usar o
pensamento, o hábito de pensar, sem usar a meditação”. Com esses elementos pode-se
alcançar os sublimes aspectos da Verdade Eterna. Há, sem dúvida, uma técnica iniciática. O
estudo desta natureza não pode ser realizado através de leituras rápidas, interpretações
imediatas, sem a devida clareza no seu sentido real; requer paciência, perseverança nos
estudos, pesquisas, e muita elaboração-pensamento. A definição das coisas, das idéias, limita-
lhes a expansão de ação porque tolhe o sentido, o trabalho da ilimitação que se pode alcançar,
ou melhor, almejar. Isso porque na Iniciação não se define nada, para evitar a fixação de idéias,
conceitos, etc. Equacionam-se trechos, frases, palavras, símbolos, para se fazer uma análise
profunda. É importante o uso de poucas palavras, para se dizer muito... e isto acontecendo, é
característica de quem já possui o Sétimo Princípio... Átmico ou Crístico...

Há muitas pessoas que lêem um artigo, uma mensagem, um trecho de um livro, uma
monografia, mas de modo corrido, sem entrar em profundidade. No fim, julgam-se dominando
o assunto, entretanto se verificarem, realmente, tornam-se incapazes de usar o conhecimento.
Se lerem pela segunda vez, têm a impressão de que nunca o viram. Há um admirável preceito
iniciático que diz: “Pense dez vezes para dizer uma palavra”... ...
Em Iniciação tudo que se deve fazer, deve-se fazê-lo com amor, entusiasmo, com vigor e
pensamento positivo, porque desse modo as ações tomam energia, vida e se movimentam.

Transcrevemos, aqui, o trecho de um Livro Sagrado que esclarece como se estuda e como se
deve realizar as coisas da vida, para que haja bom êxito:

“Não estudes sem ler, pensar... Não aspires o perfume das flores sem o sentires na cabeça e no
coração... Teus ouvidos devem estar abertos aos menores ruídos da Natureza, para que possas
perceber as tuas próprias necessidades espirituais, postadas naquela mesma cabeça e naquele
mesmo coração... Não comas sem degustares, para não comeres aquilo que te possa fazer mal,
ao mesmo tempo, ao corpo, à alma e ao espírito. Do mesmo modo, não deves pronunciar
coisa alguma que possa envergonhar essas três vestes que cobrem o teu verdadeiro corpo que
é a tua Consciência Imortal. Olhando para o céu, verificas se as estrelas estão paradas ou
tremeluzentes, procurando elas mesmas perscrutar os anseios do teu coração... Bem pode ser
que uma delas se apague bruscamente, por haver morrido com a tua própria morte espiritual.
Esta, em verdade, é a tua própria Estrela Guia. Mas, se ao contrário, ela te sorri alegre e feliz,
aumentando cada vez mais de brilho, tu jamais morrerás e ela também”.

Apresentamos, agora, exemplos, a fim de esclarecer como se estuda iniciaticamente. Vamos


dar à palavra, primeiro o seu sinônimo conhecido através de dicionários e depois, o sentido
iniciático. Quando nos referimos à “Definição” concorrente, indicaremos entre parênteses a
inicial D, (D); quando nos referimos ao sentido “Iniciático”, indicaremos a inicial I, (I).
Começamos com a palavra MAL. Vejamos:

MAL – literalmente (D) “Aquilo que prejudica, fere, ofende a justiça, que se opõe à virtude, etc.
..., à moral... ...”

MAL – (I) Invertendo as letras que compõem a palavra, temos LAM... LAM, como sabem todos
que conhecem a série de monografias IVR, é a tônica, o peso do Tatwa ou Força Sutil da
Natureza, Prithivi, ligado à Terra e aos elementos sólidos.

MAU – (D) “Que não tem as qualidade que gostaria que tivesse. Que faz ou tem propensão
para fazer o mal, etc...

MAU – (I) Modificando-se a posição das letras que a compõem, temos:

AUM – que é uma saudação mística da Filosofia Oriental, equivalente ao AMÉM dos católicos.

UMA – a unidade do gênero feminino.

MUA – acrescentando-lhe a letra “R”, cuja alegoria é o “ser em movimento”, temos o termo
MUAR.

MEDITAÇÃO – (D) “É a ação ou efeito de refletir profundamente sobre determinada coisa;


resultado desta ação”.

MEDITAÇÃO – (I) Dividimo-la em Me + ditação:

ME – Pronome oblíquo da primeira pessoa do singular. Ditação, no sentido de ditar algo,


comunicar algo.
Interpretação: O EU Interno de cada indivíduo, transmitindo a si próprio, à
personalidade, a intuição. O que eclode do Ser Divino do indivíduo.

MEDITAR – (I) É o ato da personalidade dialogar com o EU ou Consciência Superior.

TUPI – (D) Nome de uma raça indígena.

TUPI – (D) TU, segunda pessoa do singular. É usado também para um tratamento nobre,
respeitoso, sagrado, etc.

BRASIL – (D) É um país localizado geograficamente na América do Sul.

BRASIL – (I) Dividimo-lo em BRAS + IL. IL, Li ou Si... com o som da sétima nota musical. Quando
é ferida no órgão, piano, etc. dissolve os maus pensamentos. BRAS é BRASA, o Fogo Sagrado.
Logo, o Brasil é a Nação onde surgirá a Sétima Raça, portadora do Princípio Átmico ou Crístico.

H.P.BLAVATSKY – (D) Fundadora da Sociedade Teosófica nos EUA, em 1875, e depois


transferida para Adyar, Madras, Índia.

H.P.BLAVATSKY – (I) Levando em consideração as iniciais deste nome, HPB, o Grande Senhor
JHS interpretou como Hespanha, Portugal e Brasil mostrando a seqüência da sua Missão (na
época em que foi feita essa afirmação, não havia modificação na ortografia e Hespanha era
escrita iniciando com a letra H).

L.P.D. – (D) No ponto de vista literal, essas três letras encontravam-se no peito da lendária
Personagem conhcecida na História, como sendo Cagliostro, célebre no preparo da Revolução
Francesa, em 1879.

L.P.D. – (I) É um monograma que constitui uma palavra de poder ou então uma senha ou
palavra de reconhecimento.

L.P.D. – (I) Tem um sentido muito mais profundo, pois esse monograma estava anunciando ou
esclarecendo a Missão do Grande Cagliostro: Lutar Pelo Dever de implantar na Face da Terra a
LEI e a PAZ de DEUS. Invertendo o monograma, DPL, temos: é Dever Lutar para a Liberdade
dos povos... ...

L.P.D. – (D) Literalmente são as palavras usadas pelo Cristo: Laudate Pueri Domini, com o
sentido de “Crianças, louvai a Deus sem cessar”.

Vamos parar com os exemplo por aqui, para não saturar a cabeça dos nobres leitores. A
comunicação dos Aspectos da Verdade deve ser feita pelo diálogo, perguntas e respostas, não
monologadas.

Os Mestres, em via de regra, não falam para serem ouvidos; não escrevem para serem lidos,
apenas. Suas palavras, escritas ou faladas, devem ser equacionadas para constituírem temas
de meditação permanente. O Bem-aventurado Traichu-Lama iniciava seus discípulos,
ministrando-lhes conhecimentos de boca a ouvido. Mas ensaiava-os para que possuíssem
ótima memória, a fim de recorrerem a ela nos momentos vagos, para buscarem o sentido
iniciático.
Os ensinamentos iniciáticos têm a finalidade de promover o desenvolvimento integral da
humana criatura e, não apenas, a parte intelectual, erudita, etc.

Há um preceito na Iniciação, que diz: quem conseguir descobrir o sentido real de um símbolo,
adquire, naturalmente, um imenso poder interno. E... destarte, consegue penetrar na Grande
Unidade, no Todo, e ser apoiado por Ele.

Glória à Luta Para Defender a Verdade, em todos os planos da Manifestação!

Aula nº 60
Índice

Aula 1 – Genealogia secreta do Ser Humano

Aula 2 – Princípio Vital

Aula 3 – Princípio Emocional

Aula 4 – Mental Concreto

Aula 5 – Mental Abstrato

Aula 6 – Intuição Pura

Aula 7 – Princípio Búdico

Aula 8 – Os Cinco Elementos

Aula 9 –

Aula 10 – Ioga dos Cinco Elementos I

Aula 11 – CHACRA ou CENTRO DE FORÇA

Aula 12 –

Aula 13 –

Aula 14 –

Aula 15 – Genealogia secreta da Terra como Ser Vivo

Aula 16 – Genealogia secreta do Ser Humano e da Terra como um Ser Vivo

Aula 17 – “O número 3 reina por toda a parte no universo. E a mônada é o seu princípio”...
Aula 18 – Chacra Cardíaco

Aula 19 – Símbolos que expressam a Realidade do Ser Humano e da Terra

Aula 20 – “O verdadeiro discípulo é aquele que procura guiar e salvar os homens, sem
distinção alguma”

Aula 21 – Colégios Iniciáticos

Aula 22 - 1º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 23 – 2º Estudo comparativo dos Avataras

Aula 24 – 3º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 25 – 4º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 26 – 5º Estudo comparativo sobre Avataras

Aula 27 – Hierarquias Criadoras

Aula 28 – Ordem como cobertura dos Avataras

Aula 29 – Medidas áureas

Aula 30 –

Aula 31 – Iniciação do Mental Abstrato associado à Filosofia

Aula 32 – 6º Estudo Comparativo dos Avataras

Aula 33 – “Deus se divide, para consumar o Supremo Sacrifício”

Aula 34 – Mistérios da Deusa Mayá

Aula 35 – Divina Acústica

Aula 36 – 2º Estudo sobre as Catedrais

Aula 37 – O que é Kabballah ou Cábala?

Aula 38 – Dimensão ! Dimensão ! Dimensão ! Dimensão !

Aula 39 – “Onde será o limite da percepção consciente?”

Aula 40 – Chaves Numérica e Geométrica

Aula 41 – Psicoterapia Transcendental ou Eutanásia Interna

Aula 42 – Linguagem Mitológica

Aula 43 – As leis vulgares não se seguem com o Ocultismo e com a Filosofia dos Avataras; cada
uma tem sua ação, nos respectivos planos
Aula 44 –Shamanismo e o Avatara de Avalokite-Iswara

Aula 45 – Jesus, o Cristo, e Judas

Aula 46 – Tulkuismo

Aula 47 – Tulkuismo – Estudo II

Aula 48 – Simbolismo da Rã Fenebre

Aula 49 – Tulkuismo – Estudo III

Aula 50 – Pesquisas sobre o Dia de São João, 24 de junho de cada ano

Aula 51 – Exteriorização da Motricidade ou Desdobramento

Aula 52 – O que é intuição?

Aula 53 – A Esfinge filosófica como alegoria do Ser Humano

Aula 54 – Indivíduo e Personalidade

Aula 55 – Iniciação Real

Aula 56 – Avatara em ação

Aula 57 – Importância do mês de março e Signos do Zodíaco

Aula 58 – A Eubiose e os Versos de Pitágoras

Aula 59 – Como se deve estudar iniciaticamente?

Aula 60 - Como se deve estudar iniciaticamente?

Aula 1: Genealogia secreta do Ser Humano

“ Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a vã filosofia”, afirmou Shakespeare,
no seu famoso Hamlet.

Sim, o Homem é um deles. Dependendo dos olhos que o olham... Uns, olham, apenas. Outros
olham e vêem externamente. Outros já o vêem internamente, isto é, em anatomia. Outros
buscam-lhe o cerne, ou o sentido, o dinamismo desse ser, a mola invisível que está além das
partículas de seu cérebro. Rebuscam-lhe a mola, dão-lhe o nome de alma, de psiquê e também
de pneuma. E o que impulsiona essa mola, pneuma, sopro? E surge o Hálito... ... A Criatura
Humana é complexa e nossos sentidos são limitados. Complexa é a Natureza. Olhamos, por
exemplo, uma árvore. Como a Criatura Humana, dependendo dos olhos que a olham, pode
ser, apenas, uma árvore. Para outros, é útil. Para outros, um vegetal. E para outros que
mergulham na sua observação, já vai sendo dividida em raízes, caule, folhas, flores, frutos...
Outros mergulham mais fundo e vão encontrar suas famílias. Outros buscam suas essências.
Assim é uma verdade que, para obtermos o conhecimento de tudo quanto nos cerca,
necessitamos utilizar várias dimensões. Não podemos, para observar e concluir, utilizar apenas
uma dimensão. Temos que utilizar duas dimensões e mergulhar de fato, na terceira dimensão,
coisa que raramente fazemos, mas... se pudéssemos ver através de uma quarta dimensão, não
penetraríamos nos mistérios de que fala o pensamento famoso que abre estas linhas?

Tentaremos agora, então, modestamente iniciar um longo estudo com os conhecimentos de


que dispomos, para, passo a passo, penetrar na complexidade da Criatura Humana, olhada, à
primeira vista, e percebida, apenas, como um todo. E, realmente, é uma unidade. Um
organismo ou uma reunião de órgãos que funcionam como um todo, complexíssimo,
entretanto. Então tentaremos, partindo do aspecto mais denso, do material, atingir o mais
sutil. Segundo a “Ciência das Idades”, a genealogia humana é composta de sete princípios ou
elementos, cada um com seu trabalho ou função. Partindo, como prometemos, do mais denso
ou concreto para o mais sutil ou abstrato, temos a seguinte seqüência:

Princípio Físico ou Corpo Físico ou Somático – é constituído pelos vários sistemas: ósseo,
nervoso, circulatório, respiratório, glandular, por demais conhecidos de todos.

Princípio Vital ou Corpo Vital – como que envolvendo o Físico da Criatura Humana; é o doador
e distribuidor da energia ou energias sutis, expressão das sete Energias emanadas do Sol que
os orientalistas denominam de Tatwas ou Forças Sutis da Natureza.

Princípio Emocional ou Corpo Emocional (afetivo-emocional) – que, vulgarmente, é chamado


de Astral. Rege os sentidos. A Criatura sensaciona ou percebe através dos sentidos.

Princípio Mental-Concreto ou Comparativo – leva à conclusão do que se percebe pela


comparação. Muito ligado, muito influenciado pelo Princípio anterior ou pela ação dos
sentidos, o Mental Concreto como que não permite abstração. A Criatura, agindo através
deste Mental, necessita sempre ver, tocar (ação, influência dos sentidos), para se certificar ou
acreditar. É o Princípio inteligente comparativo, também denominado de concreto.

Princípio de Abstração ou Corpo Mental Abstrato ou Inteligência Abstrata – Poderíamos,


também, dizer, utilizando outra linguagem, Fator de Inteligência Abstrata. É o Princípio ou são
Fatores do Mental Abstrato ou são os Fatores do Mental ou Inteligência que permitem à
Criatura Humana raciocinar a três dimensões ou em profundidade.

Princípio da Intuição ou Mente Intuitiva – não comum ou dito de outro modo, não é
encontrado comumente na Criatura Humana. É o Princípio que caracteriza a Criatura Genial –
o “Gênio”.

Princípio Crístico ou, segundo os orientalistas, Átmico – Só encontrado na Face da Terra, até
nosso dias, nos Seres que se têm distinguido por sua capacidade superior a toda Criatura
Humana, de apontar um Novo Caminho à Humanidade, tal como o fizeram: Lao-Tsé, Krishna,
Gautama-Buda, Jesus, o Cristo e vários outros.
Esses Princípios ou Corpos funcionam num conjunto que, se harmônicos, denomina-se
saudável ou portador de saúde. Se desarmônicos, doente ou portador de doença. Cada
princípio citado tem uma tônica, uma vibração característica que funciona em harmonia com o
todo ou em equilíbrio. Está saudável, tem saúde, expande alegria, tranqüilidade. Portanto, o
desequilíbrio entre os Princípios, a desarmonia, gera várias doenças, tanto psíquicas como
físicas, ou melhor, psicossomáticas. Tonalidade de tristeza, irritabilidade, numa palavra:
intranqüilidade.

Pelo que observamos em nossas pesquisas, a “Genealogia Secreta do Ser Humano” baseia-se
na expressão matemática representada pela augusta presença dos números 3 e 7 e a Unidade
(1) que é o Princípio da Vida. Por isso a “Ciência das Idades” chama a atenção dos estudantes
do assunto para as várias formas, através das quais se apresenta os números 3 e 7... Na
límpida fonte dos conhecimentos da Sabedoria ETERNA, encontramos as sábias palavras:

“A Tríade ou Lei do Ternário é, pois, a Lei constitutiva das coisas e a verdadeira chave da vida,
já que a mesma se nos apresenta em todos os graus da escala da existência, desde a
constituição das células orgânicas, até a constituição hiperfísica dos seres humanos, do
Universo e... de Deus...”

Em Pitágoras, o Pai das Ciências Exatas, a Matemática, encontramos nestas palavras, LUZES
que nos norteiam em direção aos Caminhos que nos conduzem aos aspectos da VERDADE:

“O número três (3) reina por toda a parte do Universo. E a Mõnada (a Unidade) é o seu
princípio”.Assim é que, partindo da Unidade, como dissemos na fluência da idéia desenvolvida
neste estudo, logo encontramos o número 3 e a seguir o 7, perfazendo aquele misterioso
número que é o 1 3 7 de que os Livros mais sagrados evitam falar... dada a abstração que ELE
encerra. Por exemplo, tomando-se o próprio Ser Humano:

é constituído de cabeça, tronco e membros (3);

a cabeça é formada de crânio e faces (direita e esquerda) (3);

membros superiores: braço, antebraço e mão (3);

dedos: falange, falanginha e falangeta (3);

membros inferiores: coxa, perna e pé (3);

na cabeça encontra-se a presença do número 7, através dos 7 orifícios que ligam o Ser
Humano ao mundo exterior: 2 olhos, 2 ouvidos, 2 narinas e a boca (7)...

E o maior mistério se oculta no 3 e no 7 no que se refere à ação dos sons e das cores. É do
conhecimento de todos que as cores do espectro solar são 7, de acordo com os raios de luz,
simbolizados em várias doutrinas, escrituras sagradas, das quais citamos os 7 Arcanjos, da
Igreja Católica; 7 Elohim, dos hebreus; 7 Dhyanis-Choans, dos orientalistas... E cada um destes
elementos possui a sua tônica natural.

O valioso número 7 expressa ainda, os sete estados de consciência ou estágios, pelos quais a
Humanidade tem de passar, para poder alcançar a sua evolução completa na Terra, dos quais,
os citados como sendo os 7º, 6º e 5º Princípios, são considerados superiores e os 4 outros,
denominados inferiores... Em futuras épocas ou ciclos, os 3 Princípios Superiores serão
cavalgados pela própria Humanidade redimida, superada... Este ato é denominado pelas
tradições antigas de “Manifestação do Kalki-Avatara”. Sim, o Guerreiro descido das nuvens
cavalgando o Cavalo Branco. Guerreiro no sentido de Forças Mantenedoras da Justiça Divina
que não falha. Cavalo Branco, no sentido de Força Positiva.

As 7 cores do prisma solar se apresentam através dos olhos, de modo que nos impressionam
pela sua harmonia colorida. Referimo-nos à visão que nos oferece o Arco-Íris, Arco de Ísis. São
os raios solares projetados na Natureza, vitalizando-a.

Os Livros Sagrados da Índia primitiva representavam pelas cores, as 7 Forças Universais, as 7


Forças Sutis, os 7 Tatwas, já referidos neste estudo. Essas 7 cores do espectro solar constituem
uma linguagem pictórica. Ela é usada para representar os Planetas da teogonia sideral, os 7
dias da semana e os Arcanjos que presidem esses 7 dias. Estabelecendo um relacionamento
entre essas 7 cores e a representação alegórica dos Planetas, dias da semana e Arcanjos do
catolicismo, temos:

Dia Planeta Arcanjo Cor

1º) Domingo Sol Micael cor alaranjada

2º) Segunda-feira Lua Gabriel cor violeta

3º) Terça-feira Marte Samael cor vermelha

4º) Quarta-feira Mercúrio Rafael cor amarela

5º) Quinta-feira Júpiter Saquiel cor púrpura

6º) Sexta-feira Vênus Anael cor azul

7º) Sábado SaturnoCassiel cor verde

Todos esses elementos naturais têm como origem um Ponto Único: o Sol que corresponde ao
Deus da Natureza, à Unidade. Tudo isso em ação no Ser Humano, tem como comando uma
Consciência, a qual, harmônica, equilibrada, com pureza e luminosidade, poder-se-á considerá-
la o espelho da Consciência Universal. Se esta estivesse atuando nos representantes da
Humanidade, haveria a compreensão que já é tempo de existir, havendo um só padrão
monetário, uma só língua, uma só religião, uma só filosofia de vida, a Felicidade que todos
almejam... Os que se aproximam dessa Idéia, adotam a expressão: “Um por todos e todos por
um”.

Não devemos deixar apagar de nossa memória, as palavras do Profeta Isaías, querendo dar
uma idéia do brilho da Auréola que cerca o Deus J E O V A H !
“ Que ELE é sete vezes maior do que a luz do Sol e semelhante à luz de sete dias reunidos ”.

ALEA JACTA EST !

Aula 02 - Princípio Vital

No estudo anterior, IVR 01, falamos sobre a “Genealogia Secreta do Ser Humano”, que figura
como portadora de uma constituição composta de 7 Princípios. Isso nos permite concluir que o
Ser Humano é uma miniatura do Grande Universo, visto que este é constituído de 7 Planos e o
Ser Humano de 7 Princípios ou, se quiserem, de 7 sub-Planos. Essa idéia permitiu à “Ciência
das Idades” classificar o Cosmos como sendo o Macrocosmo e o Ser Humano de Microcosmo.
Na “Ciência das Idades” encontramos, com o título de “Cosmogênese”, o estudo da origem do
Cosmos, e com o de “Antropogênese”, o que estuda a gênese do Ser Humano. Poderíamos
dizer também: o Cosmos é o Grande Setenário que abarca a Tudo e a Todos, senão, o Grande
Mundo, o Universo, e num plano mais concreto a constituição do Ser Humano que, assim
como o Cosmo, é tríplice em sua Essência, porém é sétupla em sua evolução. Fazendo um
relacionamento com a Filosofia Chinesa, observamos que nela se fala nos 7 Céus. De vez que o
Ser Humano é o reflexo dos 7 Planos Universais, ocupamo-nos aqui do segundo dos 7
Princípios de que é constituída a estrutura do Ser Humano – o Princípio Vital.

Por isso dizem os Irmãos Maiores da Humanidade, senão, os que são conhecidos como
“Mestres da Sabedoria Eterna”, que estudando o elemento humano na base do “gnôth
seauton” (Conhece-te a ti mesmo), conhecer-se-á, facilmente, todos os mistérios do Grande
Universo... Basta, para isso, aumentar infinitamente a dimensão humana.

O Princípio Vital é o distribuidor e mantenedor da Vida, da Força Vital, para todo o sistema
orgânico. Quando a Energia Vital é má distribuída, dá origem à doença do Corpo Físico. Doença
é desequilíbrio. A Energia do Corpo, do Princípio Vital interpenetra-se nos demais Princípios.
Mas, por uma questão didática, são divididos e estudados separadamente. Agora,
pretendemos dar esclarecimentos acerca do Princípio Vital. Ele tem outras classificações, em
outras línguas: em sânscrito, na filosofia oriental, é Linga-Sharira, ou seja, condensador de
Prana (Vida Cósmica); na Vedanta, Prana-Maia-Kosha; na Taraka-Raja-Ioga, os Princípios Vital e
Físico são denominados de Sthula-Upadhi; no Ocidente ambos são denominados de “Corpo”
(Corpo Físico). O “Vital”, como tudo que existe na Natureza, tem 7 sub-Princípios ou sub-
Planos. A história da Branca de Neve e os 7 Anões ou Gnomos, alegoriza a divisão do Corpo
Vital-Humano.

O Ser Humano absorve os atributos desses 7 sub-Planos através dos alimentos naturais, pois
eles recebem os raios solares e os retransmitem através da alimentação frugívora, vegetariana,
como que conversando ou sendo agraciados pelos 7 amiguinhos da Branca de Neve. Esses,
alegorizam também as 7 Forças Sutis da Natureza, os Tatwas, os quais agem
predominantemente na natureza humana, desde que o indivíduo tenha estrutura, não seja
egoísta, tenha evolução interna para ser alvo de tal acontecimento.

Todas essas Forças aguçam muitíssimo os 5 Sentidos da humana criatura. Há dois outros que
ainda se acham embrionários na humana vida.

O estudante deste assunto aprimora seu equilíbrio através do Corpo Vital, seguindo:

A alimentação natural (frutas, verduras, óleos, etc), desprezando os alimentos industrializados.

Além da alimentação natural, o que mantém a distribuição da energia pelo organismo é a


aplicação dos métodos acupunturistas...

Ensinou ao mundo, um admirável espiritualista que viveu entre os homens até o ano de 1963,
que o Corpo e o Princípio Vital mantém uma perfeita justaposição. Quando o Corpo Físico está
robustecido, o Vital está em perfeito equilíbrio com ele. Com efeito, quando um indivíduo
portador do dom de ver as coisas em quarta dimensão fitar um moribundo e verificar que seu
Corpo Vital (Duplo-Etérico) se projeta fora do Corpo Físico, poderá sentenciar: “tem poucas
horas de vida física: a morte não tardará”. Após a decomposição do Corpo Físico, o Vital segue
o mesmo processo, ou seja, também se decompõe ou desassocia, permanecendo, no caso,
apenas o Afetivo-Emocional.

Compreendemos que a Matéria é eterna, infinita e variável em seus elementos. Nada nasce;
nada morre, em termos absolutos. O que existe, se mescla, se separa, se confunde ou se
distingue. O nascimento é, pois, uma composição; a morte, uma decomposição. Entre a
matéria bruta e a matéria Força, há uma infinidade de graus intermediários, pois existem
estados de matéria tão sutis que resultam para nós, a três dimensões, em algo que
poderíamos chamar de planos ou energia sutilíssima. A esses estados de energia chamamos de
Força, isto é, as Forças Sutis da Natureza. Há um tipo de Força sutilíssima, abstrata, sem forma
rígida, física, mas que está presente e ativa e que cria e coordena todas as coisas.

O objetivo dos estudantes da “Ciência das Idades” é promover, por meio de exercícios, práticas
especiais, a perfeita tessitura desses Princípios. Essa tessitura sendo perfeita, não permitirá a
desagregação de tais Princípios, o que propiciará àquele que perde o Corpo Físico, continuar
com a consciência, embora vivendo em outros planos, com formas mais sutilizadas.

Dizem os cristãos que o Homem foi feito de barro, de argila, logo, de energia física, mas o seu
Vital e a sua Alma o foram pelo Hálito Divino, também denominado de Prana (Vida Universal,
Hálito de Brahmá).

Encerramos este estudo, com estas palavras do Hino a Demeter, Deusa das Terras Cultivadas;
das messes, entre os gregos; Ceres dos romanos, o que equivale a dizer, a Natura, Mãe dos
Homens, logo, a Grande Mãe dos humanos seres, porque Ela alegoriza a Vida, a Vida natural:
“ Feliz o Homem da Terra que contemplou os Mistérios Divinos !

Seu destino, além da tumba, não será o mesmo dos mortais vulgares.

Só os homens puros adoram os Deuses;

O vulgo, ignorante, às fadas e aos duendes “.

Estas palavras estão querendo mostrar a diferença que caracteriza as duas correntes
evolutivas em que se divide a Humanidade: a dos chamados Mestres, dos Iluminados...,
constituída pela maioria dos que se acham em contato com os Mistérios dos Deuses e a grande
massa, a quem esses Mistérios só podem ser dados por parábolas, linguagem simbólica e
vários outros processos já consagrados pelos séculos.

“ Mens sana in corpore sano ! “

Espírito sadio em corpo são !

Aula 03 - Princípio Emocional

No estudo anterior, IVR 02, procuramos apresentar esclarecimentos sobre o “Princípio Vital”, o
segundo dos 7 enunciados na IVR 01 e, neste trabalho, pretendemos nos ocupar do “Princípio
Emocional”, ou seja, o terceiro dos 7 Princípios.

Este terceiro “Princípio” é também denominado de “Plano Astral”, anímico, de ânima... Os


orientalistas o denominam de “Kama-Rûpa”.

KAMA (sânscrito) é desejo, sensações;

RÛPA é forma, corpo, objetos, objetivos;

KAMA-RÛPA é o corpo dos desejos, das sensações, o que produz ou estimula o desejo, os
prazeres físicos.

No Ocidente, principalmente no Brasil, é também classificado como sendo “Corpo Astral”. Esta
expressão já se tornou vulgar, usada até como gíria. Quando se quer referir a um ambiente
desarmônico, pesado, necromante, horrível, diz-se: “isso é baixo astral”. Perdoem-nos, mas
esta é uma expressão imprópria para designar um péssimo ambiente. Para os conhecedores da
“Ciência das Idades” o termo astral, para qualificar o terceiro Princípio, é impróprio. Muito
mais adequado é chamá-lo de “afetivo-emocional”. A palavra afetivo deriva de afeto, que vem
do verbo afetar. Afetar quer dizer tocar, atingir. Afeto é um sentimento. O sentimento é a
expressão psíquica da sensação que é levada ao cérebro. Disse Aristóteles: “Nada há no
cérebro que não vá através da sensação”. Então, a sensação é psicossomática e o sentimento é
psíquico. Afeto é. Como dissemos, sentimento. Afetividade é o resultado das sensações que
psiquicamente traduzimos como sentimentos. Logo, afetivo-emocional, são os sentimentos
intensamentes postos em curso.
ASTRAL aplicando a Chave de Conhecimentos adotada pelos hebreus, para decifrar as palavras
dos Livros Sagrados, TEMURA, temos que este termo Astral converte-se em dois outros. AST,
permutando as letras que o compõe, forma SAT e RAL. Aplicando a mesma Temura, temos
LAR.

SAT (sânscrito) é sinônimo de ser, existência, essência, realidade, real, bondade, pureza e
vários outros significados.

LAR (sentido figurado) a família, a casa de habitação. Deriva do latim LARE, senão, a parte
da cozinha onde se acende o fogo. Daí o nome Lareira ao lugar especial para se aquecer ao pé
do fogo, do LAR. Lareira como sendo um local aconchegante para conversar intimamente, para
se meditar, pensar, para se aquecer o cérebro pelo estudo. É o ambiente onde se aquece a
Alma, o Emocional, com o fogo do entusiasmo, para realizar a transformação do EMOCIONAL,
repetimos. Um lar feliz, harmônico, equilibrado, reacende a pureza, a bondade, a
tranqüilidade, e é o ponto de apoio, talvez, de uma nação...

PLANO ASTRAL (também denominado de Mundo Astral) – o termo Plano é melhor, porque se
trata de uma região do universo imediata aos Planos Físico e Vital. Empregamos este termo
“imediata”, neste sentido, porque os planos universais não são zonas ou capas superpostas,
senão, melhor dizendo, esferas concêntricas que se interpenetram, sem estarem separadas
umas das outras mas, por diferença de sua constituição respectiva. Neste Plano a vida é mais
ativa e a forma é mais plástica do que no Plano Físico. A matéria astral é muito mais sutil do
que a do Plano Físico, denso, de sorte que penetra facilmente todo o corpo de nosso Plano
Terrestre. Os elementos astrais são combináveis neste Plano, assim como o são os objetos do
Plano Objetivo (Físico)...

Inserimos aqui um ensinamento do grande Plutarco, oferecido ao Mundo em sua magistral


obra “Ísis e Osíris”: “Erram grandemente os que confundem o Espírito ou Inteligência (Nous)
com a Alma (Psychê). Não menos erra quem confunde a Alma (Psychê) com o Corpo (Soma).
Da união do Espírito com a Alma, nasce a Razão; da união da Alma com o Corpo, nasce a
Paixão. Daqueles três elementos, a Terra deu o Corpo, a Lua deu a Alma e o Sol deu o Espírito.
Donde se conclui que o Homem Justo, consciente de todas as coisas é, ao mesmo tempo, em
sua vida física, um habitante da Terra, da Lua e do Sol”...

Comumente Alma e Espírito são definidos como sendo o mesmo elemento. Confunde-se um
com o outro e, na realidade, são dois elementos distintos. Assim como o Corpo se desgasta,
sofrendo deformações devido a doenças, graves enfermidades, os termos também se
desgastam, se degradam com o mau uso, com o seu emprego de modo impróprio. Por
exemplo, o que atualmente se denomina de “espiritismo” deveria ser animismo, derivado de
ânima, alma... Os animistas têm o centro de interesse focado no Corpo Emocional, senão, no
afetivo-emocional, pois só consideram real o aspecto chamado fenomênico. Espiritismo,
realmente, é o estudo das coisas do Espírito (Nous, dos gregos) ou então o aprimoramento da
mente pelo estudo, meditação, etc... “NOUS”, por falta de conhecimento mais profundo sobre
o assunto, tem sido empregado muitas vezes como Alma. Daí, possivelmente, a confusão.
O termo Emocional, outrora, quando se usava a ortografia etimológica, era grafado com dois
“emes”, ou seja, Emmocional. Dividindo este termo em dois, temos: em mais moção.

MOÇÃO ação, movimento, mover-se, efeito de mover. Logo, Emocional tem o sentido
de movimento, o sentimento posto em curso, como dissemos acima, vibrando mais
intensamente do que os Princípios Físico e Vital. Ora, quando o grande Plutarco falou em
Paixão, foi no sentido emocional, do plano sensorial ou das sensações, onde a mente superior
não atua.

O conjunto Alma e Corpo poderão ser considerado como elemento formador da


“Personalidade”... A palavra Pessoa, equivale a Persona, podemos dizer assim, pois é o veículo
que serve ao conjunto, isto é, à Personalidade, logo, Personalidade pode ser definida como
sendo o elemento pelo qual o Som se manifesta, entra em ação. Isso porque todos os corpos,
em todos os planos, têm a sua tônica, a vibração que lhes é peculiar. Não é debalde que já
vulgarmente se diz que alguém tem boa ou má vibração, de acordo com o comportamento
que apresenta.

ALMA permutando as letras, conforme indica a “Temura” (hebraica), dá a palavra LAMA – são
os adeptos do “Lamaismo”. Que é lamaismo? É a religião do Espírito na Matéria, senão, que
considera a Matéria (energia) como sendo o Espírito materializado (encarnado) ou, então, o
Espírito como Matéria sutilizada, purificada... Alma, na Língua Portuguesa; Psychê, em grego;
Nephesh, dos hebreus, encontrada na Bíblia, é o Princípio ou Sopro de Vida que anima a todos,
desde o infusório até o Ser Humano. O Homem, propriamente dito, é o portador do intelecto,
senão, o elo entre o seu Espírito ou Mente superior e a sua Personalidade. É o EGO, o
indivíduo, indiviso, o EU que se desenvolve por meio de processos especiais, realizando a
evolução. A Alma constitui o registro das experiências passadas. Caminha de corpo em corpo e
evolui através do conhecimento obtido pelas experiências que a Mente analisa e lhe permite
assim, evoluir. Daí resulta conceber-se que o presente é o fruto do passado e criador do
futuro. Por isso se usava o provérbio chinês: “Quando se nasce, começa-se a morrer e, quando
se morre, começa-se a nascer”.

A Emoção, em si, é como um laço unindo o Mental ao Afetivo, ao Vital e ao Físico. O


movimento de um laço não é circular? A respeito de Emoção, inserimos aqui a palavra sábia do
Dr. Maranón, quando realizou conferências no Ateneu de Madri, Espanha:

“A Emoção é, quase exclusivamente, toda a nossa vida. Por isso, por que não nos interessamos
pelo mecanismo de sua origem? A Emoção produz-se naquele plano interessante da fisiologia
do ser, em que a vida psíquica se põe em contato com a vida orgânica e vegetativa. A Emoção
só preocupou o homem de ciência, no aspecto espiritual. Era a Emoção vista tão de cima que,
se me permitem a expressão, usarei de um exemplo: é como uma copa frondosa de uma
árvore, cujas ramas se estendem até a especulação filosófica, e não foi vista de baixo para
cima, seguindo o tronco de origem, com suas raízes que se oprimem no campo da vida
vegetativa. Por isso esteve tanto tempo retardada a marcha de seu conhecimento, apesar da
abundância da literatura acumulada sobre ela, em todas as línguas. Ora, o mecanismo da
Emoção ficou desconhecido até que entrou no campo das experimentações. Na antiguidade,
por exemplo, com a observação da expressão fisionômica como reflexo do estado interior,
surgiu uma série de estudos que podem agrupar-se em três setores: artístico, pseudo-científico
e científico. A Emoção vai se expressando, primeiro, por meio das atitudes e gestos do Corpo,
embora que o rosto, varie de expressão, apenas. Pouco a pouco a arte vai apresentando a
figura humana em estados espirituais, com a expressão dos olhos, a contração da boca e dos
ângulos faciais. A gradação biológica da Humanidade seguiu, sem dúvida, idênticos processos
na expressão dos estados emotivos. Compõe-se a Emoção de 3 elementos: um, psíquico;
outro, expressivo e ainda outro, vegetativo. É o mesmo que dizer, pelo que depende de uma
impressão sensorial, uma idéia, uma lembrança (psíquico); em um conjunto de atos que
realizamos para exteriorizar a Emoção (expressivo); e por último, o que está constituído por
modificações orgânicas da vida vegetativa (vegetativo). É importantíssimo o estudo das
glândulas de secreção interna no mecanismo da emoção. Elas intervém a par do sistema
nervoso. A atuação da tiróide é indubitavelmente comprovada pelo comportamento
emocional das pessoas hipertiroídeas”.

Embora só em estudo posterior a este falaremos no entrelaçamento ou interrelacionamento


dos 7 Princípios, corroborando as idéias do Dr. Maranón aqui citadas, lembraremos aos
leitores que energia é movimento, logo, não há vida sem movimento e, em sendo assim, em
emoção ou em movimento está permanentemente o Homem. “Penso, logo, existo”. À medida
em que o Homem evolui, a Paixão passa à Razão. Logo, a Emoção impulsionada pelo Princípio
Afetivo, passa a ser motivada pelos Princípios superiores. A Ciência das Idades, para esse
desiderato, aconselha educar a sensibilidade humana através do Bom, do Bem e do Belo, isto
é, buscando a poesia no som, nas cores, no movimento e no verbo. A exemplo do que
dizemos, citamos Guerra Junqueiro que ouvindo a “Sonata ao Luar”, de Beethoven, escreveu
estes versos:

“ O luar fulgente, o luar dormente, o luar silente

Vaporoso, mavioso, harmoniosamente

Submerge em sonho, em nupcial balsâmico torpor,

A terra que amamenta as florestas vorazes,

Imortal Virgem-Mãe de robles e lilazes... “

Paciência – Amor – Sabedoria

Sebastião Vieira Vidal - 28/08/1983

Aula 04 - Mental Concreto

Na seqüência desta série de trabalhos sobre os “Princípios da Genealogia do Ser Humano”,


ocupamo-nos aqui, com aqueles que talvez, sejam os mais importantes da série porque
completam o setenário, já referido nas monografias anteriores. Tal como já foi esclarecido, os
7 Princípios, embora estando interligados, interpenetrados, por uma função didática foram
apresentados separadamente. Entretanto, os Princípios de que nos ocuparemos hoje, serão
tratados em duas etapas, porque sendo de natureza sutilíssima, acham-se interligados,
principalmente em suas funções.

Do quarto ao sétimo Princípio expressa-se uma idéia unitária, motivo pelo qual se fala na
Inteligência, entretanto, ela pode ser dividida em 4 aspectos (4 Princípios) com características
bem definidas. O Ser Humano, senão o Homem, é o único ser que possui a linguagem
articulada e que lhe é propiciada por um desenvolvimento maior do cérebro. Pela sua natureza
o Homem é um pensador. E o órgão do pensamento é o cérebro. O cérebro é um potentíssimo
dínamo transformador de vida energia, de energia pensamento, em vida consciência,
elaborada, trabalhada.

O Criador, segundo o Gênese, criou o Homem “à sua imagem e semelhança”, dotando-o do


Poder criativo mental, além da criação física. Logo, o Homem recebeu do Criador uma
admirável dádiva – a MENTE. Pensemos, pois, no termo Mente em seus vários aspectos ou
sinônimos. MENTE, segundo Dr. Antenor Nascentes, é o “Conjunto de faculdades intelectuais;
inteligência, entendimento; idéia, imaginação e vários outros significados”. Em Psicologia
(ainda segundo o Dr. Antenor Nascentes) é “A totalidade dos processos psíquicos e
inconscientes, regidos pelo cérebro e pelo sistema nervoso central e que dirige o
comportamento de um organismo. A consciência humana, elaborada no cérebro e que se
manifesta especialmente através do pensamento, do raciocínio, da percepção, da vontade,
etc.” (do latim Mens e entis).

Para a Ciência das Idades, a MENTE tem funções diversas e segue a Lei natural e conhecida,
isto é, quando se manifesta, o faz através dos polos positivo e negativo, em planos superiores
e inferiores, etc. Quando se manifesta positivamente, o faz através do polo que o Gênese, as
religiões, denominam de “Serpente do Bem, Árvore do Bem”. Se se manifesta em sentido
contrário, “Serpente do Mal”. Quando faz um trabalho positivo para o Bem da Humanidade,
diz-se: “A Serpente do Bem enroscada no tronco da Árvore da Vida”; quando o faz em prejuízo
da Humanidade, é “A Serpente do MAL, enroscada na Árvore da Vida”. Essa alegoria acha-se
no Caduceu de Mercúrio, isto é, duas Serpentes enroscadas num pedestal de uma Taça, como
que bebendo algo nela. O Caduceu de Mercúrio alegoriza o indivíduo, tendo nele, na sua
constituição, os dois elementos, desejosos de dominar a sua Mente, a Taça. Usando a
linguagem geométrica, esse símbolo está representado por dois triângulos entrelaçados, um
de cor branca com o vértice para cima e outro negro, de vértice para baixo.

A Serpente ziguezagueando nos dá a idéia de força em ação. Por isso a Serpente do Bem, no
seu ziguezaguear, expressa a fase construtiva, as idéias nobres do Homem e quando isto
acontece com a Serpente do Mal, é uma fase destrutiva, ou seja, que está agindo o
pensamento negativo...

Os símbolos citados esclarecem o comportamento dos homens, na marcha da vida normal


que, quando agem em função da Mente, os elementos de ação podem ser classificados como
sendo a ação da inteligência superior ou da inteligência inferior. Os fins pelos quais age a
Mente, serão identificados como Mente Superior e Mente Inferior.
Mente e Manú são palavras que vêm de uma mesma fonte. Manú deriva da raiz da Língua
Sânscrita, MAN – “Pensar”, logo, Manú é o pensador por excelência. Por isso MAN ou MANAS
é MENTE, agindo em seus vários aspectos, em vários planos.

Entre os orientais, MENTE tem como sinônimo MANAS – Man mais AS. Man, já vimos, é Mente
e AS, como sufixo, dá o sentido de Hálito, AR, algo de natureza sutilizada.

Manas ou Mente é a faculdade que faz do Homem um ser pensante, inteligente, fazendo-o
distinguir-se dos brutos. Logo, ele é, principalmente, Mente, Razão, Pensamento,
conhecimento... E a Mente é a estrela guia do Ser Humano. Entre muitas funções, muitos
sentidos de Manas ou Mente, apresentamos aqui os seguintes: Manas ou Mente inferior,
Kama-Manas... Ora, Manas ou Mente inferior é a Mente ou inteligência ligada às coisas, como
se diz comumente “terra-a-terra”, sem um raciocínio esclarecido, isento de discernimento, de
critério. Caracteriza-se pelo sentimento passional. É a Inteligência sob o domínio das
satisfações negativas, dos desejos, ou, dito de outro modo, o aspecto da mente concreta ou
comparativa, pode-se dizer que, dominada pelo afetivo-emocional.

Quando o Ser Humano desperta para a vida terrena ou nasce, como se diz comumente, é ao
longo da primeira infância, através do amadurecimento dos nervos motores e sensitivos que
vai percebendo e reconhecendo o ambiente no qual passou a viver. Constituem eles a porta
pela qual, de fato, entra e pode agir, nesta vida. Já sabemos que, para a Ciência das Idades,
trata-se da ação do terceiro Princípio ou Afetivo-Emocional como já foi dito, e estreitamente
ligado ao quarto Princípio ou Mental Concreto ou Comparativo. Está em plena ação a Mente
Inferior, também chamada de quaternário da forma.

Quando adolescente (de adolescere, “crescer”) ou crescendo, o Ser Humano tem uma outra
possibilidade, relativamente, à sua espera, para continuar sua evolução. Já conhecendo os
ambientes (diga-se de passagem, externamente) que o rodeiam, tendo os olhos ou os sentidos
abertos para o mundo, uma outra porta está à sua disposição: o Quinto Princípio ou, em outra
linguagem, as características da Inteligência Abstrata ou Mente Abstrata. São os olhos que se
abrem para agir, não no mundo imediato mas mediato. Em outras palavras, passa da
percepção a uma e duas dimensões, para a percepção a três dimensões.

Digamos, tomando como exemplo bem simples, o aprendizado da leitura e escrita. Na primeira
etapa, lê apenas; na segunda etapa, lê e compreende o que lê. Podemos, ainda, para melhor
compreensão do que significa o Mental Abstrato, dar outro exemplo de aprendizagem, este no
campo da matemática. Em Aritmética age o Mental Comparativo ou Concreto (Quarto
Princípio). Vejamos: uma pêra mais uma pêra, são duas pêras, então,

1 + 1 são 2. Quando o estudante passa à álgebra, começa a lidar com o símbolo, por exemplo:
a + b = c. Começa então, a ter necessidade de lançar mão do Quinto Princípio ou Mental
Abstrato. Pensamos que, com estes exemplos bem simples, levamos o leitor a encontrar
outros, bem menos simples, de onde chegará aos mais complexos. Temos utilizado nestes
trabalhos, ora a linguagem da Ciência das Idades, ora a linguagem da Ciência dos nossos dias.
Com isso, tentaremos iniciar uma familiaridade com a linguagem simbólica que apresenta para
a maioria das pessoas, certa dificuldade de penetração no seu sentido, por não ser usada
freqüentemente. Por outro lado, a linguagem simbólica, forçando a utilização do Mental
Abstrato (porta que se abre para dar entrada no plano da Mente Superior) propicia ao
estudioso, evoluir, logo, conseguindo trabalhar seus Sexto e, quiçá, Sétimo Princípio, como diz
o pensamento de Krishna:

“Como um Sol único que ilumina o mundo inteiro, assim o único Espírito que ilumina toda a
Natureza. E quem, mediante a Sabedoria Espiritual, percebe essa diferença entre a Alma e a
Matéria, entre o Espírito e a Natureza, entre o Conhecedor e o Conhecido, percebe também
como se liberta a Alma da Matéria e da Personalidade, e alcança a Consciência Espiritual, em
que tudo se vê como uma só Realidade, sem ilusão e erro”.

Quem alcançar este objetivo, venceu grande etapa da Vida.

Aula 05 - Mental Abstrato

Ocupamo-nos neste trabalho de número 5 da Mente Abstrata ou Inteligência da mesma


natureza. Mas apesar de ser abstrata, envolve, atua nos demais Princípios inferiores,
principalmente no Físico. Este ato poder-se-ia, embora pareça estranho, dizer, o abstrato
tornando-se concreto, ou seja, a concretização do abstrato, do subjetivo...

Por exemplo, a idéia é abstrata mas toma forma, concretiza-se através do cérebro. Por isso
compreendemos o fato de que a Mente (Manas) modele a forma. Graças a isso, opinou
Humphy Davy: “o mundo material não é, senão, a série de cristalizações, aliás, feita no mundo
do pensamento”. Daí as frases: “penso, logo, existo”; “sou quem sou”.

Quando pensamos em algo, produzimos vibrações em nosso corpo mental. Se pensamos com
mais intensidade, estas vibrações se traduzem em ondas de pensamento, análogas às
descobertas por Hertz, em cujas leis descansam a telegrafia sem fios, as comunicações através
das microondas, rádio, televisão... Ora, o cérebro humano é um verdadeiro aparelho que pode
receber e transmitir pensamento de um ponto a outro, isto dependendo de aprimorá-lo para
essa finalidade.

A função faz o órgão, logo, o mecanismo do pensamento tem, no ser humano, órgãos que lhe
correspondem: “existe no cérebro humano a glândula pineal, epífise, cujas funções são quase
desconhecidas dos ocidentais e que, no mecanismo do pensamento, desempenha a mesma
função que as antenas, em telegrafia sem fio, em torres de microondas, rádio, televisão, etc.
Este órgão é rudimentar na maioria dos membros da Humanidade, e, segundo a teoria que
expomos, tanto capta pensamento ou pensamentos, como transmite. Se conseguirmos pensar
intensamente, sustentando certa tenacidade, sentiremos como que uma ligeira coceira na
região onde se encontra esta glândula, suave vibração... Isto significa que nela flui corrente de
pensamento que se escapa pelo órgão, em forma de ondas, as quais se transmitem em todas
as direções, impressionando, em seu caminho, as outras glândulas similares que podem
receber, perfeitamente, a onda de seu desenvolvimento que está apta para estabelecer o elo.
Estas correntes, geralmente, passam desapercebidas para a maioria dos homens, cujo órgão
esta apenas em via de despertar, mas chegará a época em que nossa evolução nos permitirá
receber e transmitir, à vontade, as ondas de pensamento. Apesar de nosso incipiente estado
de evolução, temos em alta consideração o pensamento, julgamo-nos senhores de tão alto
poder. O pensamento é uma Força e esta Força é o Intelecto. Ela coloca em ordem o caos,
quando ele existe, ordena o desordenado. É a causa formadora e não conhece o repouso, está
permanentemente em atividade. Não há para ela o impossível, nem pretérito, nem futuro.
Está atuando sempre no presente e graças a ela (Força), somos o que somos, nos movemos e
pensamos.

Sendo a Mente Abstrata, ela tem tanto Força quanto ou, talvez, mais do que a chamada Força
Física. É ela que mantém os quatro Princípios inferiores. Sim, vemos o fio que conduz a
energia, a força elétrica, sabemos que existe pelo que produz, mas não a vemos. Nossa cabeça
é visível, mas não se vê o chamado intelecto, o pensamento, a força que o produz... Por ser
abstrato não quer dizer que esteja em estado de latência. Desde que haja aparelho próprio,
esta Força, energia, está sempre presente para movimentá-lo, ativá-lo. A Mente ou
Inteligência humana limita muito a Idéia ou os fatores da Inteligência abstrata, através dos
quais ela chega a manifestar-se. Analisa a forma mas não o faz perquirindo a causa que deu
motivo à existência da forma. Quer saber do produto mas não do produtor. Extasia-se diante
da Natureza mas, em muitos, rejeita seu Criador. Os estudiosos da “Ciência das Idades”
classificam de Mente, Manas, Mental, Inteligência Abstrata, essa ligação entre o Mental
Concreto e os 6º e 7º Princípios de nossos estudos. Mente ou Mental Concreto constitui a base
da Pirâmide que tem como vértice os citados 6º e 7º Princípios (Intuição e Crístico). Por
exemplo, o inventor é intuído, vai ao laboratório para tentar dar forma àquilo que se chama de
idéia ou intuição. Com as indagações, vai pesquisando, aplicando os conhecimentos já
adquiridos, através do Mental Concreto ou Comparativo, e a Idéia vai se desenvolvendo até
tomar a forma, isto é, ser considerada uma invenção. O trabalho de pesquisa, experimentação,
constitui algo como se fora um trabalho de parto (Mayêutica) e o que se tornou “invenção” ou
“criação” é como se tivesse dado à LUZ a um ser ou a um filho, ou seja, que foi elaborado
durante muito tempo.

Usando uma linguagem diferente da usada nos nossos primeiros estudos, podemos considerar
a Mente Abstrata (Manas), dividida em 3 setores:

Mente ou Inteligência Divina, ligada ao plano da abstração;

Inteligência, propriamente dita, a Força do Intelecto, a Auto-Inteligência;

Inteligência Emotiva (ou instintiva). Esta é denominada pelos orientalistas de Kama-Manas,


senão, o corpo dos desejos à parte dita, instintiva.

A Mente Divina acha-se num plano tão elevado que se confunde ou se resolve no Plano da
Intuição. Sim, está interligada ao Plano ou Princípio da Intuição. É algo que se poderia
denominar de Supra-Mental ou Supra-Inteligência. É a ponte que conduz ao Supremo Plano
onde há a beleza do Som, do Verbo, a Harmonia das Esferas – para Pitágoras. Ela se manifesta,
por exemplo, nos gênios da Música como: Bach, Wagner, Beethoven, Schubert, Shumann, Vila-
Lobos e muitos outros que compuseram peças de Música Arte.

A Mente Divina propicia ao pensador a Idéia global das cousas universais. Permite ao Ser
Humano altamente evoluído, penetrar e transmitir as idéias mais transcendentais, com
expressão clara, palavras simples. Transmite, assim, a Idéia, tanto aos sábios, aos cientistas, ao
alfabetizado, quanto ao analfabeto. É capaz de transmitir um conhecimento abstrato, a Idéia,
tanto ao adulto, ao jovem, como à criança, usando, naturalmente, uma linguagem adequada
para cada mentalidade. Com efeito, mentalidade é igual a mental mais idade, logo, comunica o
pensamento conforme a idade de entendimento ou capacidade de compreensão. A Mente
Divina em seu aspecto mais próximo do Homem, dito inteligente, tem estreita ligação com o
pensamento filosófico.

A Mente ou AUTO-INELIGÊNCIA é o aspecto da Mente ou Inteligência que se desenvolve,


principalmente, pelo raciocínio comparativo, quantitativo. Vemos a sua ação nas pesquisas
científicas, onde a base é estatística. Busca-se a comprovação quantitativa por excelência. É o
que oferece a descoberta de algo, seguindo uma série de raciocínios, baseado em
informações, já do conhecimento científico, já consagradas pelo tempo e comprovadas pela
experiência quantitativa. É a “ciência positiva”.

MENTE EMOCIONAL ou INSTINTIVA – É Mente Emocional ou Intintiva porque está aderida ao


corpo físico. É a Mente ou Inteligência em função do Afetivo-Emocional. É o aspecto da
Inteligência mais usado pelos seres humanos, que facilitam, inclusive, a industrialização de
vários objetos que proporcionam o conforto, a sensação agradável do Corpo Físico. A nossa
civilização tem sua base neste tipo de inteligência. Esse fator de inteligência, chamado na
linguagem que expusemos acima de “Mente Instintiva”, levou a ciência a experimentar e criar
coisas mais artificiais do que naturais. Propiciou a invenção de infinitas formas alimentícias e
objetos do uso humano, industrializadas agradáveis aos sentidos do paladar, tato, olfato, etc.
mas ilusórias e que provocam desequilíbrio no Ser Humano.

O grande Hermés – o Trimegisto – ao Primeiro de seus “Oito Princípios” que ofereceu ao


Mundo, deu o título de PRINCÍPIO DE MENTALISMO. Disse: “O Todo é MENTE – o UNIVERSO é
MENTAL”. Princípio, nesse caso, tem o sentido de origem das coisas. Tem um sentido
altamente filosófico.

Estes três tipos de Mente ou Inteligência já proferidos neste trabalho, estão muito bem
caracterizados ou explicados num artigo do Dr. Mario Roso de Luna, encontrado em seu Livro
“Simbolismo das Religiões do Mundo”. Inserimos aqui um trecho desse artigo, para que os
leitores possam ir se habituando com a linguagem simbólica, que exige meditação do
estudante da Verdade, o que desenvolve a Mente Abstrata. Esse exercício de meditação está
para o desenvolvimento da Mente Abstrata, assim como o exercício de aritmética está para o
desenvolvimento do raciocínio comparativo.

Dr. Roso de Luna: “O Homem, a tríplice maravilha de Hermés, o Trimegisto, é Anjo (portador
da Mente ou Inteligência Divina), é Pensador (domina a Inteligência, a Auto-Inteligência, o
Intelecto), é Animal (portador da Inteligência Instintiva, emotiva), em uma peça, em um
conjunto. Como Anjo, é um Raio Divino do Logos Demiurgo – de Platão. É tão eterno e
perpétuo como o Sistema Planetário, anunciado pelo SOL de onde provém. Pela centelha do
pensamento que o reveste, é algo amoroso, volitivo e idéico, que reencarna, que une ou enfia,
em seu fio de ouro e sem sexo, vidas sucessivas ou seriadas, com corpos físicos (diferentes dos
astrais) terrestres, sobre os quais toma forma ou reencarna, para desencarnar depois, mil e
uma vezes, em movimentos incalculáveis. Alexandre, César, Napoleão, fora de dúvida, são
seres humanos distintos e de épocas distintas. Sua Tríade suprema, porém, sua tônica no
concerto humano, acaso não poderá ser a mesma, através de suas correspondentes
personalidades e presidindo as tremendas obras destruidoras e reformadoras da Lei de Causa
e Efeito ou de sua missão ao largo dos tempos?... As diferentes personalidades históricas
nascem, vivem e morrem, como flores de um dia. Suas personas ou máscaras são distintas,
porém estão presididas sucessivamente ao longo de suas respectivas vidas, na Face da Terra,
por uma entidade reencarnante – Pensamento Coordenador”.

O que se sabe, fica diminuído diante do que não se sabe ! ! !

Aula 06 - Intuição Pura

Na seqüência de nossos estudos sobre os “Princípios Humanos”, alcançamos o 6º dos Sete da


Genealogia Secreta do Ser Humano, mencionados na IVR nº 01. Este 6º Princípio do setenário
humano, corresponde ao sexto sentido e ao sexto Estado de Consciência. O 6º Princípio ainda
não se acha plenamente desenvolvido na maioria das criaturas humanas de nossa época. O
órgão de sua função ainda, em geral, se encontra em ação muito rudimentar na estrutura
humana. Esse órgão é a glândula pituitária ou hipófise que permite o sexto sentido. Sem essa
glândula em plena atividade, vibrando, a criatura humana jamais terá a possibilidade de
alcançar o sexto sentido ou o 6º Princípio, a que nos referimos em monografias anteriores.
Esse Princípio é classificado como sendo o Plano da Intuição pura, onde o conhecimento é
direto, não havendo necessidade do raciocínio para produzir-se uma grande obra.

O 6º Princípio esboça-se no Homem considerado muitíssimo inteligente ou senhor de


inteligência de nível dito superior. São criaturas que, por vezes, têm idéias notáveis, idéias que
se destacam, como Newton, por exemplo, descobrindo a Lei da Gravidade, ao ver cair da
árvore, uma maçã. Como, no caso de Arquimedes, descobrindo a célebre Lei da Hidrostática,
ao mergulhar numa banheira. Seu grito “Eureka!” (achei), esclarece bastante o instante da
intuição. Usualmente classificam-se esses momentos como de “inspiração” . Pablo Picasso
também usou o verbo “achar”, quando negou a um jornalista que concluíra, observando a sua
obra, ser ele um pesquisador: “Eu não pesquiso. Eu acho!”. E assim, poderíamos citar muitos
outros exemplos. Esses Seres são considerados, conforme a “idéia” ou a inspiração ou o 6º
Princípio ou as características de intuição sejam menos ou mais freqüentes, como “geniais” ou
gênios. Neles, a glândula hipófise já atua consideravelmente. No dia em que a idéia for
permanente no Homem, a expressão “ter uma idéia”. desaparecerá, porque ele terá
conquistado plenamente, em sua evolução, o 6º Princípio. A Ciência das Idades sempre adotou
processos para estimular gradativamente, as funções da glândula pituitária ou hipófise,
permitindo ao discípulo, ao estudioso, atingir os planos sutilíssimos do saber, ou dito de outro
modo, penetrar além das três dimensões. Como já vimos na monografia nº 5, a meditação é
um exercício que facilita a penetração no plano da intuição. Desenvolvendo-se assim, a
hipófise ou o 6º Princípio, o Homem desliga-se do Mental Concreto ou Comparativo. Dito de
outro modo, deixa de ver fora, para ver dentro. Os sentidos continuam existindo, mas não
transbordando dos seus limites. Por exemplo, os olhos continuam descortinando o ambiente
que os rodeia, fazendo o que lhes compete, mas o homem tem, com o auxílio da hipófise, a
possibilidade de ver dentro. Vai além da abstração, atinge um plano mais sutil ainda, como já
dissemos. Não só vê dentro: “ouve” também, dentro. Beethoven, surdo pela ineficiência da
audição, captava, em outra dimensão, os temas sonoros de sua portentosa obra. Era senhor da
suprema “inspiração”, traduzindo para a pauta musical, inclusive, suas 9 grandiosas Sinfonias.

Milton, embora cego (sentido da visão) teve a visão ou inspiração do “Paraíso Perdido” que
ditou para sua sobrinha. Gênios!

Neste fim do Século XX, infelizmente, a juventude, pessimamente orientada, deslumbrou-se


com a narrativa de Aldous Huxley sobre suas experiências com LSD. Essa droga exacerba a
ação da glândula pituitária que, entrando em funcionamento exagerado, ou melhor,
descontrolado, produz as visões descritas por aquele escritor inglês, falecido em 1963, e
experimentadas com freqüência, por quantos buscam ansiosamente fugir aos problemas
próprios que não conseguem resolver.

“A Natureza não dá saltos”, já é proverbial... mas ... embora caoticamente, o Homem


comprovou a existência de uma quarta dimensão ou a existência do Princípio que permite
penetrá-la.

O 6º Princípio ou da Intuição é conhecido na filosofia oriental com o nome de “Budhi”. Quando


é bafejado pela Luz esplendorosa do 7º Princípio, o Crístico, é denominado de Budhi-Taijasa.

TAIJASA – sânscrito – é do gênero feminino e quer dizer “radiante”, chamejante (de Tejas-
Tatwa, Força do Fogo). Na filosofia vedantina, Taijasa é um Centro de Consciência Cósmica,
donde emanam os Devas. Devas, na teogonia oriental correspondem ao que chamamos de
Anjos, no Ocidente e, às vezes, Deuses. Por exemplo:

Manas (Mente) – Manas-Taijasa – a Mente radiante, iluminada pela LUZ da Intuição pura;

Budhi-Taijasa – é o Plano da Intuição, também denominado de Plano da Inspiração, que se


torna resplandescente pela ação da Luz do Princípio Crístico ou Átmico (que será matéria para
a próxima monografia)

Vejamos o que H. P. B. diz em seu Glossário Teosófico sobre a pituitária ou hipófise:

“É um órgão de visão psíquica. Visão psíquica que é causada pelo movimento relacionado com
o nervo ótico e assim afeta a vista e dá origem à alucinação, etc. Seu movimento pode produzir
rajadas de luz, como as causadas pela pressão sobre o globo ocular. A embriaguez e a febre
produzem ilusões da vista e do ouvido, mediante a ação do corpo pituitário”.

Agora, talvez para iniciar os leitores no exercício da reflexão, vamos transcrever alguns
trechos, cuja linguagem, um tanto simbólica, pode servir como tema de meditação:

De Gautama, o Buda:

“A Mente iluminada, é maior do que um Anjo, um Deus. A razão intuída está acima do
sacerdote e da revelação. O domínio de si mesmo, é melhor do que o jejum, do que a prece. A
caridade é maior do que o sacrifício e o culto”.

De Roso de Luna:

“Não se deve esquecer o tesouro de que a devoção vem de Deva, em sânscrito, e Anjo, em
nossa língua. Devoção significa dedicação, afeição, isto é, respeito aos trabalhos, aos ideais
elevados dos Gênios, dos Deuses, senão, os Inspiradores da Humanidade. Devas, Anjos,
Gênios, senão os que inspiram os Gênios da Música, Pintura, Escultura, etc. e atuam no Plano
Divino e no da Inspiração Celeste. O Poeta, com sua admirável imaginação, alça vôo
imensurável às regiões da Suprema Inspiração, porque é portador da sensibilidade do Plano
“Bhudico”. Por isso dizem ser ele um divino rebelde, um Prometeu. Prometeu, porque sobe
com a imaginação até alcançar os Céus, a fim de roubar o Fogo Celeste, para animar os
homens primitivos, simbolizando com isso, que o Homem deve fazer o mesmo, isto é, roubar o
Fogo da Sabedoria Divina, para animar a si mesmo e aos seus irmãos de Humanidade, até que
Ele, o FOGO, viva permanentemente no coração de todos”.

Agora um trecho do Livro Ciências Ocultas, do alemão Rodolfo Steiner, inserido também por
Mário Roso de Luna, no seu “Livro que Mata a Morte (El Libro que mata la muerte)”, porque
dá uma idéia de como se chega àquele Plano de elevada sublimidade, embora o estudo das
coisas transcendentais esteja muito desgastado na nossa ERA, enquanto outrora se falava com
grande interesse em Ciências Ocultas.

“Por isso, com grande acerto, escreve o teósofo alemão Rodolfo Steiner, em sua obra “Ciências
Ocultas” que todo o ocultismo repousa nestas duas idéias: a de que por cima deste mundo
visível, existe um mundo superior e invisível, que nossos velados sentidos animais não podem
alcançar: e a de que, não obstante isso, o Homem é capaz de desenvolver em si, certas
faculdades ainda latentes em seu ser, mercê das quais lhe é possível conseguir, nesta vida
física mesmo, o conhecimento claro aludido. Estas faculdades, hoje em germe, chamam-se
“Imaginação” e “Intuição” que, em todo o curso da História, elevaram o Homem daquela sua
condição de animal, dando-lhe as belas-artes, com suas mágicas obras que se chamam poemas
literários e musicais ou com seus mágicos padrões que se chamam primores de arquitetura,
escultura, pintura, coreografia, etc. E essas, os seres inferiores jamais atingiram, porque estão
abaixo, na escala zoológica, coisa, aliás, muitíssimo sabida. A “Imaginação” e “Intuição”
também deram as ciências para que estas florescessem em felizer e belas pesquisas dos
homens que, sob faíscas de genialidade como violáceos relâmpagos em tempestuosas noites,
puderam vislumbrar hipóteses. Então, estas passaram a teoria que, por seu turno, passaram a
fatos científicos indiscutíveis. Essa prodigiosa conquista só tem beneficiado a indústria de
todas as nossas necessidades e egoísmos, indústrias que primam em não dar atenção, muito
ou pouca, àqueles abnegados homens-cientistas que “lhes levaram as galinhas”, como diz a
célebre fábula de Iriarte... “Imaginação e Intuição”, alavancas divinas do progresso humano!
Quantos não haveis sido escarnecidos pelo notório “porcos de Epicuro”, aqueles que se
refestelaram na felicidade, como um Deus Indra no pântano lodoso ou como um Fafner
wagneriano, com seu ventre descomunal a cobrir o tesouro dos Nibelungos! Ó , nobres dons
celestes injustiçados! “...

Se, para obter a felicidade, precisamos ter sensibilidade equilibrada, que faremos para tê-la?
Sim, tal felicidade requer justificativa de outra vida mais elevada, cantada por Carlos Navarro:

“ Para sempre romper quaisquer cadeias;

Tornar a negra noite em claro dia;

Derramar esperanças a mancheias

E converter a dor em alegria...

Trocar os ódios feros em amores;

Dar inefável bem por mal profundo;

Abrir caminhos de olorosas flores;

Gozar do Paraíso neste Mundo...

Dirigir o Mental rumo às Estrelas,

Para trazer a Luz que existe nelas;

Fazer a eterna Paz; matar a guerra;


Por em xeque o regime dos mil sesmos;

Repartir por igual o chão, a terra,

E ser os donos de nós mesmos! “

Para felicidade e conhecimento da Verdade,

Mantenhamos o Físico e a Alma equilibrados;

Gozemos da confiança dos Deuses,

Mantendo a Mente e o Coração iluminados...

Aula 07: Princípio Búdico

Conseguimos, afinal, chegar nestas nossas monografias, ao Sétimo Princípio da Genealogia


Secreta do Ser Humano. Sentimo-nos gratificados com este resultado, porque é trabalho que
demanda muita disposição, para levar a bom termo estudos desta natureza abstrata. Maior
satisfação teremos, se ele tiver boa aceitação e se tornar útil a alguém.

Para se passar do hábito de perceber as coisas a três dimensões, para tentar percebê-las numa
dimensão mais, digamos, profunda (se assim nos fizermos compreender melhor), teremos que
enfrentar um trabalho árduo. Entretanto, o estudo de natureza abstrata, por se encontrar em
planos mais elevados, mais luminosos, mais sutis, oferece mais segurança às nossas
convicções. Fala mais dentro de nós. Fala mais em nosso íntimo, embora de modo
inconsciente, muitíssimas vezes. O que se passa em nossa esfera de ação na nossa vida,
voltados para a superfície da Terra, é de natureza transitória. Vivemos nesta época, Século XX,
em média 65 anos, segundo as estatísticas e quase que todo tempo absorvidos pelo
imediatismo de nossas necessidades. Regra geral, preocupamo-nos em apreender a origem do
Ser Humano, através da Antropologia, sem admitir os conceitos dos seus princípios de origem,
dos seus princípios transcendentais. Através dos conhecimentos oferecidos pela “Ciência das
Idades”, através de suas informações, conseguimos talvez nos aproximar desse Sétimo
Princípio, que constitui as pautas de nosso estudo. Embora o interesse humano seja mais
conduzido para o sentido chamado materialista, do Mental Concreto, Comparativo, que,
quando dirigido com afinco, leva até a erudição, conforme seja a natureza da criatura humana,
ela pode ser chamada a procurar, a se identificar com planos mais abstratos ou
transcendentes, do conhecimento. No caso, esses conhecimentos passam a fazer parte da
natureza humana. São trazidos para a vida do cotidiano não ficando, apenas, na periferia.
Focalizam as coisas de um plano mais abstrato mas, ainda assim, limitam o conhecimento, não
atingindo o porque delas existirem. Por exemplo, Hertz descobriu o método de captar as ondas
vibratórias mas não conseguiu saber ou não se importou em saber sua origem na formação
dos Mundos, dos Planos. É muito importante refletir-se sobre o porque do rumo tomado pelo
conhecimento no Ocidente, até nossos dias. Devido, certamente, a interesses mal
intencionados, no Ocidente o conhecimento tomou um caminho onde “o ver para crer” fez-se
norma de conduta. É importante também observar a tendência humana para deturpar o
verdadeiro sentido das palavras ditas “sagradas”, que são de natureza abstrata. Não
penetrando no seu real sentido, passa a empregá-las no sentido figurado e, com isso, são
deturpadas. Assim se disseminou uma espécie de preocupação em estudar, compreender, algo
de natureza infinita, com o Mental Comparativo, concreto, de natureza finita. Esse
comportamento tem levado o Homem a dar interpretações inadequadas ou a fazer mau uso
das palavras. Elas passam a ser interpretadas segundo o conceito de seu intérprete e assim
afastam-se de seu sentido de origem ou sentido real. Desse modo, por vezes, chegam até a um
sentido contrário ao verdadeiro. Por exemplo, as palavras de Jesus, o Cristo, têm sofrido tantas
interpretações, ao longo de sua idade, que o Papa Paulo VI, se não nos enganamos no nome,
manifestou o desejo de que a Igreja Católica voltasse ao Cristianismo primitivo. Os tradutores
intérpretes dos Livros Sagrados, orientadores de seitas religiosas, tecem tantos comentários,
alongam-se em tantas explanações, acrescentam tantas palavras às frases primitivas, que
acabam por contar um história completamente diferente da original. Isto porque, podemos
dizer, o conhecimento humano é realizado sofrendo as limitações do Afetivo-Emocional e isso
leva a se ver as coisas, circunscritas pela autonomia do Mental Concreto e não há nenhum
esforço para se acionar o Mental Abstrato e a Intuição. Não há interesse pelo desenvolvimento
da Inteligência Abstrata, através da meditação. O método de estudo da “Ciência das Idades”,
tem como escopo ampliar a percepção mental, através do processo de meditação, usando a
linguagem simbólica para diminuir as limitações do Mental Concreto, dilatando-o,
transformando-o em Abstrato, alcançando a Intuição e fazendo despertar o Princípio Crístico.
Naturalmente, segundo o grau de evolução alcançado pelo discípulo ou pelo estudioso da
Ciência das Idades, ou dito de outro modo, segundo o ponto de evolução em que se acha o
Homem, quando inicia estes estudos, alcançará uns tanto por cento desses Princípios e assim
seguirá a evolução pela vida afora, até estar integralmente constituído ou integrado à Vida
Una. Seres há, grandes Seres, que vieram à Face da Terra trazendo a chamada “Ciência das
Idades”, até o Homem em evolução, através dos tempos, todos eles portadores do Sétimo
Princípio ou Princípio Crístico ou Átmico. Conforme a época em se apresentaram, traduziram
aquela Ciência, cada um com uma linguagem e com roupagens diferentes, usando palavras,
roupas e hábitos da época em que viveram nesta Face da Terra. Citaremos alguns dentre eles:
Hermés, o Trimegisto; Orfeu; Moisés; Tissoo-Krishna; Gautama-Buda; Jesus-Cristo. Muitos
outros trouxeram a sua palavra crística ou átmica, tais como Pitágoras, Platão, Roso de Luna,
Henrique José de Souza e outros anteriores. A palavra que dissemos, crística, portanto de
Seres que são portadores de um Corpo Integral, permite-lhes com o Poder de sua sabedoria,
acender nas criaturas humanas, a Chama do Fogo do Espírito Santo, a Centelha Divina, senão,
um fragmento da Vida Universal. Quando começa a bruxulear essa luzinha íntima – Semente
do Sétimo Princípio que medrou – o Ser Humano começa a ascender na escala do Sétimo
Princípio ou, dito de uma forma poética e simbólica, começa a escalada das estrelas.

Para simbolizar a ação dessa Chama, as várias religiões em sua ritualística, batismo, missas
(messes, missões) e quaisquer atos de natureza litúrgica, ou seja, a integração da
Personalidade nele, é o que se chama de Pentecoste. As línguas de fogo que desceram sobre
as cabeças dos Apóstolos de Jesus, o Cristo, simbolizam a realidade, isto é, a Iluminação dos
Apóstolos pelo Fogo, pela LUZ deste Sétimo Princípio, o Crístico. Nesse fato da liturgia cristã,
ficou gravado como símbolo, tão elevado evento. O simbolismo da Centelha Divina,
expressando a Chama do Fogo do Espírito Santo, converteu-se na chama usada nas lamparinas
acesas nos Santuários, como proteção de algo superior. Esse ato do uso de uma lamparina, nas
casas de antigas famílias, era venerado pela criatura portadora de certa religiosidade pura,
sincera. A força do FOGO desse Sétimo Princípio agindo, vinda das noites dos tempos, talvez
como Inconsciente Coletivo, fixou na mente das criaturas humanas, o uso de uma lamparina
acesa, no quarto ou num pequeno oratório, mantendo, portanto, a ligação da criatura, pouco
importando o grau de instrução, a Deus... a Zeus... Sim, a esse Plano do qual estamos falando.
Por isso dizem, “A Divindade está em todos e em toda a parte”.

A Ciência das Idades classifica esse Sétimo Princípio com os títulos Crístico e Átmico.
Consoante a concepção ocidental, é Crístico e conforme a concepção oriental, é Átmico.

Procuraremos, agora, esclarecer o que é o termo Crístico, Princípio Crístico de Cristo.

CRISTO (Crístico) não é o nome de um SER; é um título honorífico, talvez agraciado pelo
Eterno, por Deus... àqueles que são portadores do Sétimo Princípio. É de natureza do sétimo
estágio evolucional humano. Por exemplo, Jesus, o Cristo; Gautama, o Buda, etc., já
esclarecido anteriormente.

O Professor Henrique José de SOUZA, um dos maiores espiritualistas do Século XX, amicíssimo
do Dr. Mario Roso de LUNA, ensinou-nos também, no seu Livro “Verdadeiro Caminho da
Iniciação”, a distinguir o sentido dessas duas palavras: CRESTOS e CRISTO.

CRESTOS – é o Ser Humano que está realizando as etapas evolucionais. É o Homem da


dor, da luta, das provas, transformando o seu Afetivo-Emocional, no Princípio da Intuição e,
naturalmente, identificando-se como o Átmico.

CRISTO – é aquele que se tornou ungido, iluminado, penetrou na Essência de Deus, Brahmá.
Sua Vida é semelhante à Vida Universal. Integrou-se na Vida Una. Por isso Jesus, o Cristo, usou
a frase: “O meu PAI e o vosso Pai”.

Passamos agora, à análise da palavra ATMÃ, de Átmico:

ATMÃ – (que deu Átmico) – em pâli quer dizer: “Sopro de Vida”, movimento, etc. Em
alemão, com a pronúncia mais ou menos idêntica, significa: respirar, respiração (movimento
do Ar, Vayu).
Respiração ou o ato de respirar, conduz-nos à idéia do poder, do trabalho do Sistema
Respiratório, na vida do Ser Humano e das demais formas viventes.

Aula 08 - Os Cinco Elementos

A Civilização no Globo Terrestre, nos nossos dias, alcançou, de fato, uma tecnologia admirável.
A ciência positiva atingiu, também, um nível elevadíssimo de progresso, quase atingindo a
concepção de realização de milagre. Ela triunfou no mundo das descobertas, das invenções, na
aparelhagem de precisão que merece orgulho dos que trabalham com a inteligência criativa.
Mas noutro ponto de vista, esse imenso progresso intelectual, está permitindo que o Ser
Humano se divorcie da Natureza, da Vida natural e sadia.

Com o uso dos agro-tóxicos, inseticidas e muitos outros produtos químicos, com a finalidade
de combater as pragas dos elementos hortigranjeiros, o Ser Humano foi afastado da Vida
natural, logo, aproximando-o da morte, da destruição orgânica.

Baseados nos estudos anteriores, pretendemos anunciar o processo pelo qual o Humano Ser
pode, ainda, se harmonizar com a Natureza e ser por ela auxiliado em sua manutenção
psicossomática e por ela ser alimentado, naturalmente... Por exemplo, ingerindo laranja,
caqui... estamos absorvendo os elementos da Natureza denominados de Prithivi: elemento
sólido, terra, que se apresenta de cor alaranjada (já estudado em monografias anteriores).
Com o alimento tomate, sem a ação de agrotóxicos, ingerimos o elemento denominado de
Tejas, calor, fogo da vida. Com os elementos aquáticos, absorvemos Apas, água, os líquidos, e
assim por diante.

Os seres humanos têm a vida baseada nos elementos: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, senão, os 5
Elementos que correspondem aos 5 sentidos: Tato, Gosto, Olfato, Audição e Visão.

A Vida Universal tem a sua base, segundo as tradições antigas, no Hálito. O Hálito, realmente,
é a base da Vida. Com efeito, pode-se passar sem se alimentar, sem água, sem calor, mas sem
ar, não. Não se pode manter o regime de jejum, sem respirar. Então, para se harmonizar com a
Natureza, precisamos, desde logo, estimular determinados órgãos, a fim de ativar suas
funções, para produzir ou aumentar a capacidade de produzir elementos vitais ao corpo. São
elementos invisíveis aos olhos físicos, mas existem e são necessários à economia orgânica. Por
exemplo: vê-se com os olhos, a árvore com toda a sua galharia, entretanto, não a sua seiva que
é o alimento importante à sua vida. Se não houver seiva, a árvore fenece.

Se a parte basilar da Vida é o AR, o Hálito, então, o primeiro passo a dar é harmonizar a
natureza humana com esse Elemento. Harmonizar a natureza humana com a Natureza
Universal. Observamos que o Globo Terrestre tem um ritmo quaternário; as marés têm 4
movimentos; a Lua tem 4 fases; a orientação humana tem base nos 4 Pontos Cardeais...
Baseados nessas informações e sendo o AR, o principal Elemento para a Vida em nossa esfera,
então vamos harmonizá-lo com os 4 Elementos universais, agindo como poder do Hálito ou Ar.
Vamos promover um certo ritmo no nosso sistema respiratório, com a prática:

inspirar (o ar) pela narina esquerda, até encher os pulmões;

manter os pulmões cheios, conforme a resistência de cada um;

expirar pela narina direita;

manter os pulmões vazios, com pouco ar, para depois recomeçar a respiração novamente no
item 1...

Após a prática desse exercício respiratório durante alguns anos, há outro, também de grande
importância para a evolução espiritual da criatura humana: coloca-se o praticante em posição
de lotus, pernas cruzadas, as mãos juntas no umbigo, como que formando conchas, respiração
pelas duas narinas, suavemente. Esse exercício promove muita calma e tranqüilidade. Nessa
posição, após o exercício respiratório, o praticante pensa nas seguintes palavras: “Tat Twan
Asi”, com o sentido de “EU SOU ELE. Eu me identifico com Deus – Zeus – com a minha
Consciência Superior e ELA está se ligando a MIM”. Com esse exercício, com essa prática
espiritual, os iniciados elevam a mente ao Nirvana, ao mais alto estágio que pode alcançar o
Ser Humano. Por isso disse Santo Agostinho: “nós viemos da Divindade e nos esquecemos”.

Esse divórcio entre a Mãe Natureza e a natureza humana, tem como efeito as doenças, o
desequilíbrio da harmonia orgânica. E, se o fato é psicossomático, surge a dor, os sofrimentos
físicos. Se o Ser Humano soubesse respirar conforme a respiração perfeita, haveria o equilíbrio
de sua personalidade... o indivíduo estaria perfeitamente ajustado às Leis da Natureza. Como
se poderá harmonizar com a Natureza, se se respira um ar poluído?

Os antigos Livros Sagrados consideram o Ser Humano como sendo formado de pequenas vidas,
sim, entidades minúsculas como que formando, em seu conjunto, a parte psíquica ou anímica
dos órgãos físicos. Animam, alma, o que anima, impulsiona o órgão físico. Há o preceito: “a
função faz o órgão”. No caso, a função age como elemento vital do órgão. Acham que o órgão
tendo função, tem consciência dela, sabem o papel que lhes cabe na engrenagem humano-
orgânica. Quando há algo negativo no bom funcionamento de um rim, o outro passa a exercer
uma função dupla, sem a necessidade de receber ordens superiores. Se cada órgão tem
consciência de sua função, compreendemos que o Ser Humano é um pequeno universo em
atividade, por isso se fala em “microcosmo”, isto é, o Ser Humano é considerado um pequeno
universo. Seu organismo registra todos os fenômenos do Grande Universo.

Esses 5 Elementos de nossos estudos, não funcionam arbitrariamente. Têm seus pontos de
localização no corpo humano e, muitas das vezes, em muitos casos, a interferência do
indivíduo perturba, modifica as regiões onde devem agir esses Elementos, isto é, em locais
próprios. Atuam de certo modo fazendo com que eles mudem de seus respectivos lugares. O
clarividente ou portador de visão em quarta dimensão, percebe quando o físico do Ser
Humano apresenta certos tons no seu conjunto, no seu ambiente, no seu aura, que estão fora
de seus respectivos lugares. Esses Elementos são classificados, consoante a sua freqüência
vibratória, com as cores: o Elemento sólido, Prithivi, é reconhecido pela tonalidade amarela-
alaranjada; a cor do Elemento Água, Apas, vai de roxa a violeta claro; do Fogo, vai do tom
vermelho mais denso ao desbotado (Tejas); do Ar, Vayu, vai do verde mais denso ao mais
claro. Todas as cores dependem da natureza ou de como o indivíduo se comporta, se se
encontra puro ou carregado. Se está positivo, as cores se apresentam com tons luminosos,
suaves, leves. Se é mau, grosseiro, o tom se torna mais pesado, mais inerte, vibração com
pouca intensidade.

É importantíssima, na classificação espiritual do indivíduo, a magia das cores, influenciando na


estrutura física, no comportamento da criatura humana. Por exemplo, uma criatura colérica,
odienta, violenta, perversa, com o pensamento nesse setor, acaba conduzindo o fogo que
funciona na genitália e na região de digestão, para a cabeça, para a região do Éter, que deve
sempre permanecer fria, quando há uma perfeita harmonia funcional dos órgãos. Sim, o Fogo
sobe e o Éter desce e os Elementos funcionam impropriamente, fora de seus respectivos
lugares. Com isso, o indivíduo perde a coordenação, passando a agir desordenadamente. A
desassociação desses órgãos, a desarmonia deles, agindo sem uma coordenação, pode
promover a loucura. Os neuróticos não podem ter esses Elementos nos seus respectivos
lugares, por isso não possuem equilíbrio emocional.

O importante na evolução espiritual do indivíduo é colocar os 5 Elementos de nossos estudos,


nos respectivos lugares do corpo. Não permitir que suas cores, suas vibrações funcionem em
lugares impróprios. Estando tudo perfeito, em harmonia, há uma identificação entre o
indivíduo e a Mãe Natureza. Esse acontecimento é o que se poderia chamar de “FELICIDADE”.

O ser feliz, no ponto de vista real, é o fato de se conseguir purificar os Elementos grosseiros da
Genealogia Secreta do Ser Humano. Sem esse trabalho, o indivíduo não dá um passo na
escalada da sua evolução superior. Se quer ficar com peso de chumbo, é só manter-se
grosseiro, pesado, denso, mas quer atingir o peso de algodão, é preciso purificar-se.
Organicamente, os homens possuem os mesmos órgãos, mas variam na sutileza da
sensibilidade.

A Ciência das Idades, para promover a harmonia no trabalho das pequenas vidas, das
pequenas consciências que, num conjunto, forma o Ser Humano, lançou mão do som, da
forma, da cor e da luz. Usando o som, na sua harmonia primorosa, criou uma série de hinos, os
quais são denominados de “mantrans”, a fim de harmonizar as funções, as vibrações, quando
há desequilíbrio da harmonia dos órgãos do corpo da criatura humana. Por exemplo, do
mesmo modo que a missão dos medicamentos é reparar o equilíbrio das funções orgânicas,
assim o som, os mantrans, têm a função de reparar as funções psicossomáticas, equilibrando-
as.

Ligeira explicação do sentido do mantram: “Os mantrans são certas combinações de palavras,
dispostas ritmadamente, mediante as quais se originam certas vibrações que produzem
determinados efeitos positivos, na genealogia secreta do Ser Humano”.
Como ensina a Ciência das Idades, cada sonido na matéria física desperta um outro sonido
correspondente nos reinos invisíveis ou em outras dimensões e incita a ação de algumas
Forças do lado secreto da Natureza mais sutil. O sonido é a linguagem mais eficaz e é poderoso
agente para harmonizar a natureza humana com a natureza subjetiva.

Deus conversa com os homens, através da linguagem da Música-Arte!

Aula 10 - Ioga dos Cinco Elementos I

A Ciência das Idades ensina-nos que há uma perfeita correspondência entre a ação dos
Elementos Físicos e os Elementos sutis da Natureza, os quais são denominados Tatwas,
conforme já estudamos em monografias anteriores. Do mesmo modo que somos alimentados
pelos raios solares, através dos alimentos vegetais, frutíferos, etc., também o Ser Humano
pode ser alimentado pelos Elementos sutis da Natureza, os Tatwas.

Por exemplo, o Ser Humano, através da laranja, absorve, embora em pequena porcentagem, o
Elemento Prithivi, sólido, coloração alaranjada; através do tomate, pode ingerir o Elemento
Tejas e assim por diante...

Para que esses Elementos da Natureza, mais sutis, sejam mais atuantes no organismo humano,
há uma prática que possibilita haver uma absorção mais potente, para haver uma
harmonização mais perfeita entre a natureza humana e a universal.

A base para se promover a harmonização dos elementos físicos e os de natureza sutil, os


Tatwas, é pôr em prática o trabalho da mente, como elemento criador. Os sábios antigos
diziam: a Natureza cria geometrizando. Se a Natureza cria geometrizando, o Ser Humano, para
se harmonizar com ELA, tem necessidade de usar as expressões geométricas ou, lançando mão
de outras palavras, a Chave Geométrica dos Conhecimentos Superiores.

A Linguagem da Natureza é constituída de forma (geométrica), som, cor... ... Os naturistas


orientais, espirituais, usam uma prática para essa harmonização da natureza humana com a
universal: a Ioga. Em nossas monografias IVR, não falamos ainda no termo “Ioga” e, com isso,
poderá surgir a pergunta: que é Ioga?

Ioga quer dizer união, ligação, harmonização da criatura humana com a Natureza. E, via de
regra, aquela está sempre contra esta. O Homem, para viver, tem por alvo destruir os filhos da
Grande Mãe que é a Natureza. Logo, Ioga ou Iogui é o bom filho que quer viver em harmonia
com a sua Genitora, a Natureza. Como se trata de extrair a parte vital dos Elementos Terra,
Água, Fogo, Ar e Éter, é uma prática denominada de Ioga dos 5 Elementos, isto é,
harmonização dos 5 sentidos humanos com os 5 Tatwas ou Forças Sutis da Natureza. Entram,
também, nessa prática, os sentidos conhecidos, respectivamente, o Tato, o Gosto, o Olfato, a
Audição e a Visão.
O Ser Humano, de braços e pernas abertos, formam a figura de uma estrela de cinco pontas e
cada ponta da estrela corresponde à ação de um dos 5 Elementos.

De modo que tomamos a liberdade de começar com o Elemento Ar, ou seja, o exercício
respiratório. Vamos dividir o exercício respiratório em 4 tempos, para ficarmos em harmonia
com os movimentos das marés, senão, os 4 movimentos delas:

Inspirar o ar pela narina esquerda, até encher os pulmões;

Manter os pulmões cheios, conforme a resistência de cada um;

Expirar o ar pela narina direita;

Manter os pulmões vazios ou com pouco ar, começando, novamente, pelo ítem 1.

Isso começando, durante uns 10 minutos. Com a prática, poderá ser aumentado o tempo...
Esse exercício deve ser feito de pé e com o pensamento bem livre, porque esta Ioga ou
Exercício tem a finalidade de ensinar ou ordenar o nosso sistema de pensar, isto porque,
quando se fica em silêncio, isolando nosso pensamento das coisas externas, nossa cabeça se
enche de uma quantidade imensa de pensamentos de natureza negativa, opondo-se ao que é
certo. Então, embora vindo esses pensamentos negativos, deve-se forçar a pensar nas figuras
geométricas, determinando a zona do corpo humano onde deve ser a sua ação, conforme a
freqüência vibratória de cada Elemento.

Inicia-se mentalizando um quadrado, um quadrilátero de cor alaranjada, dos pés aos joelhos;
símbolo da Terra, com o nome de Prithivi; tem um som de “RÉ” gravíssimo; quem não possuir
instrumento para dar o som, o faz pronunciando a palavra “LAM”. Esta palavra deve ser
pronunciada, puxando para o tom nasal. Representa no organismo humano, o Sistema Ósseo,
logo, promove o fortalecimento desse Sistema.

A seguir, deve-se pensar num crescente lunar de cor violeta, com as hastes voltadas para cima,
indo dos joelhos ao umbigo. Representa o Elemento Água; tem o nome de Ápas. O som é “LÁ”
e a palavra tônica é “VAM”. Representa no organismo humano o Sistema Nervoso.

A figura geométrica do próximo elemento ou Tatwa é um Triângulo vermelho que tem sua
base no umbigo e o seu vértice no coração. É o Elemento Fogo agindo em outras dimensões
além da 3ª, que é a do corpo físico. Seu nome é Tejas; o som correspondente é a nota “DÓ”
médio. A palavra que lhe dá a tônica é “RAM”. Está em relação com o Sistema Sanguíneo.

A figura geométrica deste quarto Elemento, é um Hexágono verde que vai do coração, pelos
lados, até a fronte; o Elemento é o AR e tem o nome Vayu. A palavra da tônica é “PAM” e o
som é o “FÁ”. Está relacionado com o Sistema Respiratório.
A figura geométrica desse Elemento, o ÉTER, é um crescente lunar, em vertical, com as pontas
voltadas para o lado esquerdo e apoiando-se no olho deste lado. É de cor azul celeste, nome
AKASHA; o som é “SOL” e a palavra correspondente é “HAM”. Atua sobre o Sistema Glandular.
Esse Sistema Glandular, funcionando no Ser Humano, tem uma ação, um efeito que podemos
dizer: algo semelhante à ação dos astros em relação ao Sol.

Observamos, apenas, que esse exercício respiratório deve ser feito em local onde a renovação
do ar deve ser permanente, de preferência em lugar isolado e em contato com a Natureza.
Horários preferíveis são: de 5 às 6 horas (da manhã); das 12 às 13; às 20 e às 3 da madrugada...

Existem casos em que a nossa interferência perturba as regiões onde os 5 elementos atuam,
fazendo com que eles se mudem de seus respectivos lugares. O clarividente ou o que possui
percepção da 4ª dimensão, pode perceber quando o corpo físico do Homem apresenta certos
tons, no seu conjunto, que estão fora de seus respectivos lugares, logo, agindo
impropriamente.

O Elemento sólido, Prithivi, por exemplo, vibra em todas as tonalidades que vão do amarelo
alaranjado, denso, ao mais claro... ...

A cor violeta do Elemento Água, vai do roxo ao violeta claro;

Do Fogo, vai do vermelho mais denso ao mais desbotado, rosa muito claro;

Do AR, Vayu, vai do verde mais denso ao mais claro.

De modo que todas as cores relativas aos Tatwas ou Elementos sutis dependem da natureza,
do estado de ser em que se encontra o praticante, se está puro ou perturbado, carregado. Se o
praticante estiver equilibrado, puro, as cores dos Elementos, ou Tatwas, apresentam-se aos
olhos do clarividente com os tons luminosos leves; se o praticante estiver com idéias impuras,
grosseiras, com ódio, rancor, revoltado, os Elementos se tornam mais pesados, mais inertes,
sem vibrarem com tanta intensidade como nos outros casos. Por exemplo, uma criatura
colérica, odienta, tanto age neste setor que acaba levando o fogo, que deve funcionar na
região da digestão, para a cabeça, o lugar do Elemento Éter, que é uma região que deve se
manter fria. Sobe o Fogo e o Éter desce um pouco de seu plano, resultando daí que o indivíduo
começa a agir sem coordenação, sem harmonia.

Concluímos, portanto, que o primeiro passo para podermos caminhar na Senda da Libertação,
consiste em purificar os elementos grosseiros, em nós existentes. Sem isso, não se dará nem
meio passo à frente, porque um instrumento de chumbo tem densidade diferente de um de
algodão.

Nessas monografias falamos, repetimos, abusivamente do termo “Natureza”. O som da


pronúncia desta palavra, fecundou a nossa mente e com isso pode surgir a pergunta: que é
Natureza? E logo está com a palavra o sábio Confúcio:
_“A ordem estabelecida pelo Céu, chama-se Natureza; o que está conforme a Natureza,
chama-se L E I; o conhecimento da LEI, chama-se instrução... A Lei não pode variar, nem na
espessura de um fio de cabelo; se variasse, não seria Lei; por isso o sábio investiga sobre o que
não vê e não ouve (ou é oculto) até o mais remoto. Antes que as paixões tenham nascido na
alma, esta se encontra no estado do “meio” (no meio termo); quando estas paixões alcançam
uma medida justa, chama-se equilíbrio. O meio é a grande base da Natureza (é o Tau, Balança,
ora, o nome próprio dado pelo antigo chinês é TÁO). Quando o “meio” ou o “equilíbrio” está
perfeito, o Céu e a Terra estão tranqüilos e todas as coisas evoluem. O sábio mantém-se
invariavelmente no meio, no equilíbrio, mas o vulgo o viola por causa da sua corrupção. Kung-
Tsé disse: “Ó! Quão sublime é o meio ou o ‘equilíbrio invariável’, porém, quão poucos sabem
manter-se nele! “...Assim, o Imperador Chum examinava as mínimas respostas dos que o
circundavam, ocultando as más e publicando as boas.

IOGA DOS CINCO ELEMENTOS

Aula 11- CHACRA ou CENTRO DE FORÇA

Na monografia anterior, IVR 10, dissertamos, por vez primeira, sobre a prática de IOGA.
Falamos sobre a IOGA dos CHACRAS ou CENTROS DE FORÇA SUTIL localizados na estrutura
Vital da Genealogia Secreta do Ser Humano (monografia IVR nº 2).

Que é CHACRA? Literalmente, em sânscrito, é roda, disco, dando idéia da Vida em Movimento,
em eterna dinâmica. É a Vida em contínua atividade, girando, girando... ...

CHACRAVARTIN – No hinduismo, há o nobre título de Chacravartin, dado ao Ser ou Deus que


tem o dom de movimentar a Roda da Vida. Esse título é dado a quem tem a função de poder
movimentar a Roda da Vida. É algo com as funções sagradas, semelhante ao que no Ocidente é
Papa-Pontífice... O Buda Sidharta era considerado como capaz de exercer essa suprema
Missão, de movimentar a Lei da Evolução Espiritual.

Os Chacras do corpo humano, os principais, são em número de 7. Sim, os 7 principais, havendo


outros de secundária importância. São 7 Centros de Força Sutil, localizados em
correspondência aos plexos do corpo humano. Eles transformam a energia da estrutura vital,
para os órgãos físicos.

Os órgãos do corpo humano mantém a vida do corpo físico e os Centros de Força Sutil –
Chacras – têm a mesma função no Corpo Vital. Este é como se fora a alma, a parte dinâmica
daquele. Os orifícios da cabeça são para servir de entrada à Vida Energia. Na parte interna do
crânio há, porém, certa glândula, epífise ou pineal, ainda pouco estudadas as suas funções,
mas que merece especial referência pela influência que exerce nas funções do organismo.
Dela, partem 7 forças ou substâncias que se derramam pelo organismo. É algo como que, se
dela, sete substâncias se derramassem pelos 7 Chacras principais. A sua potência é de tal
natureza que abriu 7 cavidades na massa craniana, em relação aos 2 olhos, 2 ouvidos, 2
narinas e a boca, igual a 7.

Na cavidade abdominal localiza-se o aparelho digestivo, com seus anexos. São órgãos
importantíssimos, o estômago, intestinos delgado e grosso, fígado, pâncreas, rins e supra-
renais, etc. Na cavidade toráxica, temos o coração entre os dois pulmões e mais outros órgãos
secundários. Ainda na caixa craniana, encontramos o encéfalo que podemos dividir em dois
hemisférios cerebrais, o istmo do encéfalo, além do cérebro-protuberância e bulbo, todos
como órgãos de aperfeiçoamento funcional.

Os 7 Chacras principais ou Centros de Força Sutil estão distribuidos no corpo humano e têm
como base a Coluna vertebral. A Ciência das Idades considera esse sistema de distribuir a
energia vital pelo corpo físico humano, de grande importância. Para isso, necessário se torna
que se tenha um corpo purificado, a fim de assimilar essas 7 energias universais. A ação dessas
energias sutis nos órgãos físicos, é semelhante à energia elétrica conduzida pelo fio.
Externamente não se vê a energia, mas se for tocada, a mão recebe o choque. Esses Centros
de Força são como que 7 transformadores dos 7 Raios Solares, para vitalizar o corpo humano.

A Ciência das Idades, principalmente no Oriente, determina a potência, ou, com outras
palavras, a freqüência vibratória dos Chacras, como se fora um loto, com tantas pétalas como
o potencial que representa. Se um tem 4 pétalas, o de maior potência terá 7 e outro 10 e assim
por diante. Cada pétala do loto ou chacra é representada por uma cor. Esses Centros de Força
(Rodas) transformam a Vida Energia Universal em Vida Humana. Eles representam a parte
dinâmica dos plexos do humano corpo.

Tomamos como base, para localizá-los no corpo humano, o sentido de descida, da cabeça ao
cóccix. São alimentados por elementos que se acham na coluna vertebral que se denominam
de Nádis.

Nádis (sânscrito) Nádis é o nome dado aos plexos, gânglios, nódulos e, em geral, a todos os
Centros de Força Vital ou nervosa do corpo. A Ciência das Idades fala que seis nádis são
conhecidos e há outro, situado cerca da vértebra cervical, denominado de “Atlas”, que é
desconhecido.

Primeiro – No vértice da cabeça há o Chacra ou Centro de Força mais potente e de maior


freqüência vibratória, com o nome sânscrito de Sahasrâra ou Bramanandra; em português,
Coronal; é denominado, também, de Lótus das mil pétalas; cores: no centro é amarelo e as
bordas são de cor púrpura. Todos os Chacras vibram da esquerda para a direita, como se fosse
o movimento do relógio. Este Centro de Força liga o Ser Humano ao cosmo e tem sua base
física na glândula pineal ou epífise.

Segundo – A seguir, há o Chacra ou Centro de Força da Fronte. Em sânscrito, é Ajnã; em


português, Frontal; tem 96 pétalas e base na glândula hipófise-pituitária; cor: violeta do lado
esquerdo e rosa-claro do lado direito. Fortalece a inteligência ou os órgãos da sabedoria
eterna. Os hindús o denominam de “Olho de Shiva”. Os egípcios, de “Ureus mágico” (por essa
crença, todo o quadro com retrato de faraós, mostra-os com uma serpente na cabeça
(serpente, símbolo da inteligência).

Terceiro – Em terceiro lugar, há o Chacra que se acha na laringe. Nome sânscrito, Vishuda;
português, Laríngeo; cor azul-elétrico; órgão da palavra, do Verbo. É denominado pela Ciência
das Idades, ANTAKARANA.

Antakarana – é ponte ou ligação entre a cabeça e o tronco. Em sentido figurado, é ligação


entre a inteligência superior e a inferior. Tem vários significados diferentes, consoante a seita
ou escola filosófica.

Quarto – este Chacra é de suma importância, pois corresponde ao órgão do coração. É o


dínamo que dá impulso à Vida. É o nosso relógio universal. Nome sânscrito, ANAHATA;
português, Cardíaco; cor amarela; base física, o coração. É algo como se fora um loto com 12
pétalas; cada pétala tem um caracter do alfabeto sânscrito. É algo como se fora o mostrador
de um relógio mas, em vez de números, marcando as horas, há letras do alfabeto sânscrito,
como que marcando os ciclos da evolução da alma humana. Seu centro é constituído pelo
desenho do Hexágono Sagrado, isto é, dois triângulos entrelaçados: um de vértice para cima,
cor branca, e o outro de vértice para baixo, de cor negra. O triângulo de vértice para cima,
branco, expressa as tendências positivas, de natureza espiritual, e o de vértice para baixo, as
tendências negativas. No campo abaixo do Hexágono, há um pequeno espaço, onde figura o
YAK expressando o aspecto anímico da humana criatura. Por exemplo, o Chacra Cardíaco ou
Anahata representa o Sol, o poder do Sol e as 12 pétalas, o poder emanado dos 12 Signos do
Zodíaco. Ele é o poder equilibrante da personalidade, pois, há três Chacras superiores –
Vishuda, Ajnã e Sahasrâra – e, como veremos, há três para baixo – Manipura, Swadistana e
Muladhara.

Quinto – Na região do umbigo, há o Centro de Força que liga o Ser Humano ao mundo astral,
anímico. É o Chacra usado para a baixa magia, por isso deve ser equilibrado pelos que já foram
citados. O nome em sânscrito é MANIPURA; em português, Umbilical; base no corpo físico, o
umbigo. Tem 10 pétalas com as cores alternadas, verde e vermelha, como que colocando em
grande velocidade, movimento, a fusão de Tejas e Vayú. A fusão desses 2 Tatwas, fortalecendo
ou defendendo o ambiente áurico da criatura. O seu movimento representa a luta de duas
Forças que procuram se fundir, dando origem a uma terceira, a proteção da criatura contra as
setas do poder negativo, contrário à evolução do discípulo.

Sexto – O Centro de Força localizado no Baço, região esplênica. Nomes: sânscrito, Swadistana;
português, Baço ou Esplênico. Tem 6 pétalas e como que um botão ou ponto no centro. É
como um disco luminoso, com as cores laranja, violeta, vermelha, amarela, púrpura, azul e
verde. O botão ou ponto central é púrpura. Vitaliza a região do pâncreas, baço, rins, etc. É
envolto por uma rede dourada, com o sentido de defesa. Os médiuns têm essa rede destruída,
por isso perdem o controle de si próprios, ficando à mercê das forças de baixo astral.

Sétimo – o Chacra ou Centro de Força localizado no cóccix, onde arde o fogo da vida,
denominado de Kundaline. É a base da vida física. Nome em sânscrito é Muladhara; em
português, Chacra Raiz. Tem 4 pétalas do formato da Cruz de Malta, duas em posição vertical
de cor alaranjada, semelhante a cor de tijolo, e duas horizontais de cor amarela, também
escura. Seu movimento é diferente dos demais: gira da direita para a esquerda, tendo como
base o cóccix. Os demais Chacras giram da esquerda para a direita.

A prática dessa Ioga ou exercício mental superior, tem a finalidade de harmonizar o Ser
Humano com os 7 Planos do Universo, como que puxando para os órgãos físicos a energia
universal, a Vida Energia. Cada Chacra alimenta, fortifica, os órgãos localizados nas respectivas
regiões onde estão agindo.

_No aspecto físico, no mundo dos homens, estes são classificados pelo que possuem do poder
material, são classificados pela quantidade de dólares e não pelos dons naturais, ligados às
coisas superiores. No Mundo ou Plano Iniciático, as humanas criaturas são qualificadas pela
luminosidade, pela freqüência vibratória, pelo equilíbrio das funções desses 7 Centros de Força
ou Chacras. Assim como os Raios emanados do Sol visível alimentam a vida física, na
Genealogia Secreta do Ser Humano, a Alma Humana é alimentada pelos 7 Raios emanados do
Sol Espiritual, de Zeus, Deus, Brahmá, enfim, pelo Poder luminoso de algo que, com a limitação
dos sentidos humanos, não é alcançado ou entendido.

O que se poderia dizer: a Vida Energia universal transforma-se, através dos Chacras, em Vida
Humana. Assim como a função faz o órgão, também os Chacras fazem o movimento da Vida.

Agora, transcrevemos, nesta monografia, excelente trecho da “Concepção Sintética do


Universo”, de autoria do polígrafo espanhol, Dr. Mario Roso de Luna:

“O Logos não é um pensamento morto, porém um Ser Vivente e eternamente fecundo, que
põe toda sua ação em realizar fora de Si as riquezas de Seu infinito poder, e o universo que é
sua obra, sua manifestação sensível, necessariamente deve participar deste caráter. E no
fundo das transitórias formas viventes, os fenômenos materiais e os psicológicos estão
emaranhados como em um novelo misterioso e por isso dizia Schelling, confirmando as idéias
do grande Leibnitz, que a Natureza não é uma massa inerte, para quem sabe compreender
seus alcances sublimes, porém a força criadora do universo, força sempre eficiente, primitiva,
eterna, que abarca em seu seio, todo o conjunto daquelas formas transitórias, ardilosas
chispas da ilusão de um dia; tudo quanto nasce, perece e renasce em perpétuos ciclos”.

Reproduzimos, ao lado, um gráfico com a distribuição dos Chacras pelo Corpo Humano.

Aula 15 - Genealogia secreta da Terra como Ser Vivo

Mantendo a continuidade da Série de estudos IVR, acerca da Genealogia Secreta do Ser


Humano e da Terra, como sendo um ser vivo, prosseguimos com o método da analogia,
estabelecendo, sempre, o confronto da função orgânica do Ser Humano com os elementos
vitais da constituição da Terra. A Terra é a Grande Mãe que nutre seus filhos com a sua própria
vitalidade, pouco importando a espécie de seres viventes.

Os seres viventes e, principalmente, o Ser Humano, possuem como órgão essencial à vida, o
coração, mas a Terra tem como elemento principal da vida, a Natureza.
CORAÇÃO (medicina) É um órgão oco, envolvido pelo pericárdio e é constituído,
principalmente, por músculos, o miocárdio, é revestido pelo endocárdio. Divide-se em 4
cavidades: a aurícula e o ventrículo que formam o coração do lado direito e a aurícula e o
ventrículo esquerdos que formam o coração do lado esquerdo. A aurícula e o ventrículo
comunicam-se por válvulas (tricúspide à direita e mitral à esquerda) que permitem a passagem
do sangue, no sentido da aurícula para o ventrículo. O sangue é trazido pelas veias cavas até a
aurícula direita, passa para o ventrículo direito que o envia aos pulmões, onde o sangue se
desfaz do gás carbônico e é carregado de oxigênio, voltando à circulação, através do corpo,
pelas veias aorta, coronárias e demais.

O Globo Terrestre também tem seu coração que é denominado de AGARTHA ou Coração
Flamejante. Sobre o termo Agartha, embora já tenha sido analizado em monografias
anteriores, aqui repetimos, dividindo-o em AG + HARTHA:

AG Prefixo de Fogo, mas Fogo Universal, como elemento da Vida Divina, purificador das
formas que mantém a Vida.

HARTHA Quer dizer coração, purificador do Hálito Divino.

AGARTHA É, portanto, o Coração da Terra, pulsando no ritmo da Harmonia Universal.

Se no corpo do Ser Humano e no dos seres viventes existem veias como condutos do sangue
que é vida, no Globo Terrestre também há rios subterrâneos e outras torrentes dágua que
fazem circular a AQUA-VITAE QUE É VIDA TREPIDANTE. Com efeito, no interior da Terra há um
perfeito sistema de irrigação, à semelhança do sistema vascular no humano organismo. Os
rios, em Agartha, descem pelo lado esquerdo do Globo Terrestre e sobem pelo lado direito, à
guisa dos movimentos feitos pelo sangue através da aurícula e do ventrículo no homem.

A Agartha, em vez de ser constituída de músculos, à semelhança do homem, que representam


força, vigor, pujança, é constituída de camadas rochosas, vórtices de energia, galerias imensas,
envolvendo a parte central. Há um sistema de defesa perfeito, ao seu coração que é Agartha.
Alegorizando as grandes cavidades, há imensas entradas, as quais o Dr. Roso de Luna
denominou de lugares jinas, guardadas pelo poder magnético, próprio dos lugares onde se
acham no Globo Terrestre. Embora estas entradas não sejam do conhecimento dos seres da
Face da Terra, entretanto, são mencionadas em quase toda a história apresentada pelos
historiadores de valor e estudiosos desses assuntos. Sim, os que fazem “história” e não
“estória”.

A ciência materialista não aprova a existência dos Mundos Interiores porque foca sua visão
para o mundo fenomênico, tem seu ponto de interesse para a parte externa do Globo
Terrestre e não despertou, ainda, seu interesse para a vida do interior da Mãe Terra...
Preferem pesquisar a existência da vida humana, em pontos, no grande espaço, fora da Terra,
do nosso Globo. Preferem descobrir a existência da vida na Lua, em Marte, em Vênus, Saturno
e, no entanto, se esquecem que no interior da Mãe Terra há um perfeito organismo, em plena
ação, em sublime dinâmica.
Apresentamos, agora, outra analogia que nos parece ser de suma importância, para esclarecer
nossos estudos. Pensamos num exemplo da Mãe Natureza, que constitui para nós admirável
lição dela:

1º) A gestante mantém em seu útero o feto, o rebento, com a sua própria vitalidade, a
vitalidade que lhe oferece a Mãe maior, a Natureza, a Mãe Terra. No útero, o rebento está em
estado embrionário; é uma semente humana, com o potencial de uma longa vida, mas
concentrada, aguardando o momento em que poderá desabrochar o seu potencial, para
atingir o esplendor da vida ativa. Logo após deixar esse estado de vida, pelo fenômeno do
nascimento, perde essa tranqüilidade, para receber os impactos, os choques de outro
ambiente mais rigoroso. Com isso e com a falta de ação motora em seus membros, torna-se
inseguro porque tem de começar a lutar pela sua sobrevivência. Já precisa procurar a
alimentação e, para ter esta, depende da vontade de outrém. Começa a usar, então, o som, a
linguagem natural, o choro, demonstrando as suas necessidades, a fome, etc.

2º) De modo análogo, compreendemos que o Globo Terrestre também tem o seu ônfalo, tem
seu útero, onde mantém, seus filhos em eterna primavera, usando a própria Vida Universal.
Nesse ambiente, mantêm as perfeitas formas, perfeitos corpos, senão, os seres que já
conquistaram a sua máxima perfeição em todos os planos da evolução. Esse centro de vida da
Terra, possui outros nomes: Sancta Sanctorum da Mãe Terra, Laboratório do Espírito Santo,
Erdemi, Belovedye, etc. Belovedye, ou seja, Belo e Vedye, Vidya, senão, o belo conhecimento
ou bela sabedoria.

3º) A obra póstuma de Saint-Yves D’Alveydre, intitulada “La Mission de L’Inde”, publicada em
1910, descrevendo o misterioso centro iniciático denominado de “AGARTHA”, seu autor só
permitiu que sua obra viesse a lume 30 anos depois de a ter escrito. Até então, jamais se
ouvira falar, em toda a Europa, na palavra Agartha e nem em seu Chefe, que na época era o
Brahamatmã.

À escola budista do Norte da Índia, dá-se o nome de “Mahayana” ou “Grande Barca” e à do


Sul, “Hinayana” ou “Pequena Barca”. “Barca da Salvação” era o nome que os egípcios davam à
barca que conduzia Osíris, “o Vitorioso”, através do Mar da Serenidade, ou seja, de um país
para outro, isto é, do mundo humano para o mundo espiritual. Se admitirmos, pois, como real
sem nenhum sentido secreto, a “barca de Noé”, salvando-se com a sua família, povo ou ramo
racial, nós teremos que ele serviu-se dela para transportar-se de um país para outro, como
fazia Osíris. E a tradição nos diz que esse “país”, atualmente, é conhecido com o nome,
singularmente parecido com o de “barca”, ou seja, AGARTHA... ... ...

Ferdinand Ossendowsky em sua obra “Brutos, Homens e Deuses_”, relata algumas palavras
que ouvira do Lama Gelong, favorito do Príncipe Chultum Beyli e, com o próprio Príncipe,
acabou por fazer-lhe a descrição do reino subterrâneo.

Respondendo a uma pergunta, disse:

“Ninguém pode ou sabe dizer-nos onde esse reino se acha; uns apontam o Afeganistão, outros
a Índia. Todos os homens desta conhecida região, são protegidos contra o mal, e o crime não
existe no interior de suas fronteiras. A ciência lá se desenvolveu tranqüilamente; nada ali está
sujeito à destruição. O povo subterrâneo atingiu o mais alto saber. Trata-se, hoje, de um
grande Reino, contando milhões de habitantes, sobre os quais reina o “Rei do Mundo”. Ele
conhece todas as forças da Natureza, lê em todas as almas humanas e no grande Livro do
Destino. Invisível, reina Ele sobre 800 milhões de homens que estão sempre prontos a
executar as suas ordens”.

O Príncipe Chultum Beyli acrescentou:

“Este Reino é Agarti – Agartha – Estende-se subterrâneamente por todo o mundo e para ele há
entradas por meio de passagens ou entradas na superfície da Terra”.

No desenvolvimento deste nosso estudo, embora bem transcendente e levando-nos, se não


tivermos boa estrutura mental, às raias do inverossímil, compreendemos que o nome Agartha
dá-nos a idéia de Fogo, mas Fogo Criador, Foga da fulgurante inteligência. Por isso, com o
intuito de homenagear a Agartha, reproduzimos, como preito de eterna gratidão, a evocação
ao Pai do Fogo Sagrado, reinando nesse Reino, homenageado com as palavras que se seguem:

“Ó ! Imortal, eterno, inefável e sagrado Pai de todas as coisas, conduzido no carro que desliza
sem cessar pelos mundos, que dão sempiternas voltas! Dominador dos etéreos campos, onde
se assenta o Trono do teu Poder, de cujo vértice teus poderosos olhos tudo vêem e teus
formosos ouvidos tudo ouvem! Escutas a prece de teus filhos, aos quais amaste desde o
começo dos séculos. Tua eterna majestade resplandece sobre o mundo e sobre o céu das
estrelas. Estás acima de tudo, ó fogo faiscante, que por si mesmo se estende e se alimenta por
seu próprio esplendor; saem da tua essência inesgotável, fontes de LUZ que se difundem em
teu Espírito Infinito! Esse Espírito Criador de tudo! Ó Pai Universal, criaste tua essência
adorável! É dever nosso louvar e adotar a tua sublime vontade, com ardente ânsia de possuir-
TE! Ó Pai! Ó maior das Mães, exemplo admirável de ternura materna! Ó Filho, Flor de todos os
filhos! Ó Forma de todas as formas! Alma, Espírito, Harmonia e Nome de tudo quanto existe!
Nós te adoramos”...

Se alguma prece possui valor, esta ao menos encerra em si os grandes mistérios da Vida
Universal, da Fonte de Energia que a tudo, a todos banha. Ao ouvi-la, parece, com efeito, que
acende em nós o Fogo secreto que nos aproxima da Divindade, como verdadeira Usina que é,
de Força, Luz, Calor, para não dizer Vontade, Sabedoria e Atividade. É ainda do mesmo
Porfírio:

“Existe na Divindade uma insondável profundeza ardente. O coração humano jamais deverá
temer o contraste desse Fogo adorável, porquanto não será por ele destruído. Ele é doce Fogo,
cujo feliz e tranqüilo calor determina o encadeamento das causas, a harmonia e vital
continuidade do mundo. Nada existe que não seja por ele alimentado, pois é ele a própria
essência divina. Ninguém o gerou. É sem Pai nem Mãe... nem cousa alguma! Mas tudo sabe e
nada lhe pode ser ensinado. É imutável nos seus desígnios e seu nome é inefável. Eis, aqui, o
que é Deus. Nós, míseros Mensageiros seus, nada mais somos do que uma partícula SUA”.

“Bestas, Homens e Deuses” na edição da Editora Hemus


Aula 16 – Globo, Terra, Matéria, Mater Réa

Abordamos nesta monografia IVR nº 16, o assunto com o título “Globo, Terra, Matéria, Mater-
Réa. Alimentação, para a perfeita manutenção do corpo físico”.

A Ciência das Idades divide o Espaço sem limites, o Absoluto, em 3 imensos planos,
denominados de 3 Sóis, 3 Logos. Os cabalistas o fazem, denominando-os de 3 Tronos. A nossa
Terra é o plano mais limitado. É o terceiro aspecto ou terceira Hipóstase do Todo, do Absoluto.
Na filosofia oriental, esses 3 Aspectos, 3 Planos ou Tronos, são denominados de “Vâchs”. Vâch
é o Verbo, o Logos, a Vida Universal como SOM, plasmado com vida e forma no nosso Plano
objetivo. É a idéia, o Poder Criador plasmado.

Esse terceiro Plano, terceiro Logos, ou melhor, terceiro Aspecto do ABSOLUTO plasmado, foi
designado pelos portadores da Ciência das Idades, com as seguintes expressões: o Espaço com
Limites, a extensão da Substância Universal. Isto é, o Som transformado em formas estáveis
ou, por outras palavras, o Verbo animando as formas estáveis. É o Corpo do Universo, onde
evoluem os imensos ciclos (também denominados de Sistemas Evolucionais) e os ciclos
menores (chamados de cadeias, raças, etc.). Esse 3º Aspecto ou Plano, é, também, ternário.
Por isso mencionam, os doutos da Sabedoria, as 3 Vâchs do mundo físico. Por exemplo: o som
agudo, no Plano da Consciência Mental, é “Pantcha-Vâch”, dano origem às idéias, ao
pensamento, onde ressoa o som da consciência espiritual, o som como criador das imagens
mentais (no físico). O plano de consciência mais elevado do mundo físico, material.

O Plano Vital (do Plano Físico ou contraparte deste) denominando de “Mandriani Vâch”, é o
dinamismo do Som expresso em idéias diversas, a Idéia plasmada em linguagem natural, saída
do próprio Logos. É o Plano vivificador das formas rígidas, o Plano de Consciência que identifica
o Ser Humano com o Ser Psíquico ou Consciência Emocional.

No Plano Físico, propriamente dito, o Som devidamente modelado no Plano Vital que se
plasma no Físico, nas formas que conhecemos, chama-se “Vatica-Vâch”, a forma, a consciência
física. Além desses três, há um 4º Princípio, denominado de “Paravâch”, de natureza mais
transcendente que, realmente, é o Ego ou o Deus Interior da Humana Criatura.

VÂCH – é a imensa força subjetiva criadora que, emanando, também, da Divindade, do Plano
Divino, passa a ser o Som manifestado no “Mundo da Linguagem”, isto é, a expressão concreta
da Ideação e, por conseguinte, é a “Palavra” ou Logos.

Realizamos esses estudos, porque a Verdade não se modifica, porém é modificada pela
limitação mental do Ser Humano. Daí o aforismo do talentoso Professor Henrique José de
Souza:

“A Verdade não se modifica; nós, sim, modificamos e, por isso, se modifica para nós o aspecto
da Verdade. Não há nada mais elevado do que a Verdade e, por isso mesmo, é que a sua
aquisição é o mais elevado dos ideais humanos; o ideal mais elevado do universo, há de ser um
ideal universal.

Há uma diferença muito sensível entre perceber e entender a Verdade: podemos percebê-la
com o coração e entendê-la com o cérebro ou, melhor, podemos sentir a Verdade
intuitivamente e examiná-la, intelectualmente. Se os que vivem neste século, cultivassem a
faculdade de perceber a Verdade pelo coração, examinando depois por meio da inteligência o
que sentiram, muito breve teríamos por toda a parte uma condição melhor e mais feliz da
sociedade. Porém, a desgraça de nossa época consiste em que as faculdades intelectuais
foram levadas ao último extremo do seu poder de resistência, para as formas exteriores das
cousas, sem perceber seu caráter espiritual, por meio do poder da intuição.

A intuição é mais atrevida do que a própria inteligência e, por isso mesmo, foi a Voz que guiou
a todos os descobridores.”

Pois bem, quando o Homem chegar a dominar-se conscientemente, dominará também a


natureza que, submissa e escrava, obedecerá às suas ordens. Porém, enquanto imperar o
egoísmo entre os homens, os elementos transbordados, serão tão caprichosos e cruéis como a
humana natureza.

Com o desenvolvimento da Auto-Vontade, da Auto-Inteligência e da Emoção instintiva, ligada


à vida material, o Ser Humano promoveu o progresso da tecnologia e indústria e,
consequentemente, dos conservantes, anilínicos e outros elementos químicos, usados nos
processos dos produtos alimentícios e, mais ainda, a aplicação dos antibióticos, inseticidas e
agrotóxicos, na terapêutica, nos vegetais, frutas, etc, tornando a vida humana hodierna,
artificial e seguindo um regime que afasta o Ser Humano da vida natural, proporcionada pelos
alimentos puros da Natureza. Por isso, achamos prudente inserir nesta monografia, da
Genealogia Secreta do Ser Humano, os ensinamentos escritos no “Verdadeiro Caminho da
Iniciação”, do Filósofo e Professor Henrique José de Souza:

“Os homens que praticam rigorosa austeridade, não ordenada pelas escrituras (os místicos
devocionais, quase sempre eróticos, desequilibrados, etc., para não dizer logo, fanáticos e
supersticiosos, pois que lhes faltam aqueles ‘lampejos de gênio’ a que se referia Roso de Luna)
e, no entanto, continuam possuídos de egoismo e vaidade (outros ‘gênios malfazejos’ que
interdizem a humana evolução), deixam-se impulsionar pela violência de seus passionais
desejos e, atormentando incessantemente, o conjunto dos elementos constitutivos de seus
corpos ou de tudo aquilo que faz parte da destruição, da vida desequilibrada.

De três espécies são os alimentos gratos aos homens, como três, os sacrifícios, as austeridades
e as dádivas da Mãe Natureza. Ouçam as suas definições:

Os alimentos que aumentam a vitalidade, a energia, o vigor, a saúde, o gozo e o bem-estar, são
os oleaginosos, apreciáveis, nutritivos e agradáveis, são os preferidos pelos homens puros...
Aos passionais apetecem, quase sempre, os alimentos amargos, ácidos, salgados, quentes,
secos e ardentes, os quais ocasionam moléstias, dores ou sofrimentos que acabam por causar
a morte.

Os homens tenebrosos preferem os alimentos rançosos, avariados (com vistas aos amantes do
‘faisandê’, do camembert, rocquefort e outras coisas mais), insossos, podres, corrompidos,
quando não, as sobras de alimentos deteriorados.

Puro é o sacrifício oferecido pelos homens, sem visarem recompensa alguma. E...
principalmente quando, com o aconselhado nas Escrituras, se acham firmemente convencidos
de que, ao oferecerem o sacrifício, não fazem mais do que um dever.

Passional é o sacrifício oferecido, visando resultados pessoais (fruto de um esforço obrigatório)


ou por simples ostentação.

É sacrifício tenebroso, o oferecido contrariamente à Lei, por homens faltos de fé, sem
distribuir alimentos nem entoar cânticos, nem fazer dádivas aos sacerdotes, etc, etc.

A reverência tributada aos Deuses, aos Sábios, aos Mestres; a pureza, retidão, continência e
mansidão, concorrem para a austeridade do corpo. A conversação honesta, amena, verídica,
além do habitual estudo das coisas superiores, concorre para a austeridade das palavras. A
agudeza mental, a igualdade, o silêncio, concorrem para a austeridade da mente. Pura é essa
tríplice austeridade se, com excelente fé, a praticam os homens harmonizados, sem visarem
esperança nem recompensa.

É passional, variável e transitória a austeridade que se leva a cabo por simples ostentação, com
o propósito de atrair estima, honra e respeito.

Tenebrosa, ainda, a austeridade dimanante de prejuízos e praticada com torturas corporais ou


com intenção de prejudicar a outrem.

Puras, também, as esmolas feitas a verdadeiros necessitados (sim, porque aos falsos só servem
para lhes aumentar os vícios), com generoso desinteresse, sem oportunidade de lugar e de
tempo e sem outro objetivo que o cumprimento do dever.

Passionais as esmolas feitas a contragosto, com a esperança de que as mesmas se


multipliquem ou tragam outras recompensas.”

E tudo isso está sintetizado nas palavras, abaixo transcritas, de um nobre conselheiro da
Humanidade:

“Vida pura, mente livre e sem preconceitos; coração puro, intelecto sequioso de
conhecimentos; percepção espiritual lúcida, fraternal carinho para com toda a Humanidade;
boa disposição para receber e transmitir conselhos e instruções, boa resignação e ânimo nos
sofrimentos das injustiças pessoais que nos possam afetar; firmeza inabalável de princípios;
valorosa defesa dos injustamente atacados; devoção perseverante com o ideal do progresso e
perfeição da Humanidade...”

Todos esses conselhos servem de tema de meditação para quem, de fato, deseja progredir na
espinhosa Vereda que conduz à Vida Universal, à Vida, realmente, Espiritual.

É assim que o Homem Conhece-se a si mesmo ! ! !

Aula 17 - “O número 3 reina por toda a parte no universo.

E a mônada é o seu princípio”...

(diz um oráculo de Zoroastro)

E Pitágoras fez, desse aforismo, o centro de sua teogonia e o fundamento das ciências.
Edouard Schuré assim se refere a ele, nesse particular:

“O mérito incomparável de Pitágoras, consiste em haver formulado com a nitidez característica


do gênio grego. Já velada nos escritos de Platão mas completamente incompreendida por
todos os filósofos posteriores, tal concepção, só por alguns raros iniciados das ciências ocultas,
entre os primeiros dos quais é preciso colocar Fabre d’Olivet, tem sido penetrada no nosso
tempo. Vê-se, no entanto, que larga e sólida base, a lei do ternário universal oferecia à
classificação das ciências e ao edifício da cosmogonia e da psicologia”.

Vejamos um pouco mais ainda do pensamento de Schuré sobre Pitágoras e a filosofia que este
transmitiu pois, assim, fundamentamos largamente o assunto principal que pretendemos
abordar nesta IVR nº 17.

“A Mônada representa a essência de Deus; a Díade, a sua faculdade geradora e reprodutora. É


esta que gera o mundo: expansão visível de Deus, no espaço e no tempo. Ora, o mundo real é
tríplice, pois, pela mesma forma porque o homem se compõe de três elementos distintos, mas
fundidos uns nos outros, o corpo, a alma e o espírito, assim o universo se divide em três
esferas concêntricas: o mundo natural, o mundo humano e o mundo divino. A Tríade, ou lei do
ternário, é pois, a lei constitutiva das coisas e a verdadeira Chave da Vida, visto que ela se nos
depara em todos os graus da escala da existência, desde a constituição da célula orgânica, até
a constituição hiperfísica do homem, do universo e de Deus (da Unidade, dizemos nós). Assim,
desta sorte, como por encanto, ao espírito maravilhado, a estrutura interna do universo,
mostra as correlações infinitas do macrocosmo e do microcosmo. É, enfim, como uma luz que
trespassa as coisas, para as tornar transparentes e que faz reluzir os mundos pequenos e
grandes, com tantas lanternas mágicas.
Da mesma maneira que o ternário divino se encontra na unidade de Deus, a Mônada, assim o
ternário humano se concentra na consciência do eu e da vontade que funde todas as
faculdades do corpo, da alma e do espírito, na sua unidade viva. O homem, porém, só
consegue realizar a sua própria unidade de uma forma relativa pois que a sua vontade, agindo
sobre todo o seu ser, não pode, entretanto, agir simultânea e plenamente sobre os seus três
órgãos, quer dizer, no instinto, na alma e no intelecto. O universo e o próprio Deus só
alternativa e sucessivamente se lhe revelam, refletidos por esses três espelhos:

Primeiro: visto através do instinto e do caleidoscópio dos sentidos, Deus (a Unidade, o


Todo, dizemos nós) é múltiplo e infinito, como as suas manifestações, como as suas
manifestações, daí, o politeísmo, onde o número de deuses é ilimitado;

Segundo: visto através da alma pensante, Deus é dúplice, quer dizer, espírito e matéria.
Daí o dualismo de Zoroastro, dos maniqueus e de muitas outras religiões;

Terceiro: visto através do intelecto extreme, é tríplice, quer dizer, espírito, alma e corpo
em todas as manifestações do universo, daí os cultos trinitários da Índia (Brahmá, Vishnú e
Shiva), e a própria Trindade do cristianismo, Pai, Filho e Espírito Santo.

Originariamente, acrescentamos nós, segundo H. P. B., nos Vedas, a Trimurti indiana é


composta de Agni, Vâyu e Sûrya, ou seja, o fogo terrestre, o fogo atmosférico ou aéreo e o
celeste, porque Agni é o Deus do Fogo, Vâyu, do ar, e Sûrya é o Sol. Poderíamos acrescentar
muitos outros exemplos mas mencionaremos apenas mais uma tríade, por ser por demais
citada e para não esquecer o Egito, onde Pitágoras também viveu. É ela: Osíris, Ísis e Hórus.

Pitágoras (do grego Pythagoras) é o nome com que ficou conhecido esse extraordinário SER
que passa por ter nascido em Samos, Ilha da Jônia, no VI século antes da Era Cristã e que, entre
os Iniciados, é dado como um Avatara, como o foram Orfeu, Fo-Hi, Krishna, Çakyamuni, o
Buda, Jesus, o Cristo, e tantos outros, todos oriundos do mesmo plano ou do País de Erdemi,
Agartha. Todos esses Seres têm, sempre, seu nascimento contado de uma forma lendária e
isto diz muito. Diz-se que Pitágoras (palavra que quer dizer Sacerdote de Pitá; Goro =
Sacerdote; Pitá, raiz de Pithis, Pitris = Pai), nascido em Samos, foi concebido em Sidon, Fenícia,
a conselho da Pítia do Templo de Delfos, a quem, então jovens, seus pais haviam consultado,
durante uma viagem e que lhes predissera que teriam um filho predestinado a “ser útil a todos
os homens e em todos os tempos mas que deveria ser concebido, moldado e nascido longe
das influências perturbadoras, de sua pátria”. Ainda no ventre materno, seus pais o votaram,
com fervor, “à Luz de Apolo”. Com um ano de idade, foi conduzido pela mãe ao Templo de
Adonai, num vale do Líbano, onde foi abençoado pelo Patriarca. Desde cedo manifestou-se sua
ânsia de saber, que os pais sempre encorajavam. Assim, ensinavam o princípio da física. Aos 20
anos, já havia travado conhecimento com Anaximandro e Tales de Mileto. Tudo lhe
interessava, mas a contemplação do céu o fascinava e ele buscava alia a Unidade do grande
Todo. Em seu cismar, certo dia, lembrou-se mais detalhadamente, dos racontos de sua mãe,
sobre a sua infância e veio-lhe à mente as frases que lhe ouvira, repetindo o hierofante do
Adonai:

“Ó mulher da Jônia, o teu filho será grande pela sabedoria, mas lembra-te de que, se os gregos
ainda possuem a ciência dos deuses, a ciência de Deus só se encontra no Egito”.
Pitágoras empenhou todos os seus esforços e conseguiu que o tirano Policrates, que se gabava
de proteger os filósofos, o incluísse entre os seus protegidos, o que de fato aconteceu, dando-
lhe uma carta de recomendação para o faraó Amasis que o apresentou aos sacerdotes de
Mênfis. Estes não acreditavam nos gregos, julgando-os superficiais e volúveis. Pitágoras,
entretanto, era dotado de paciência, coragem, fé na sua Estrela e uma vontade
inquebrantável. Vencendo todas as duras provas a que foi submetido, sua iniciação durou,
segundo Schuré, vinte e dois anos, durante os quais apreendeu todas as experiências dos
sacerdotes egípcios, vencidos pela sua extraordinária personalidade e bebeu-lhes a enorme
sabedoria. Alcançara já, o mais alto grau do sacerdócio, quando Cambises invadiu o Egito,
destruiu o Templo de Amon e saqueou o de Tebas e de Mênfis. Assistiu aos horrores porque o
faraó Psmético e a família real passaram e viu-se internado na Babilônia, juntamente com uma
parte do sacerdócio egípcio. Ali teve a oportunidade de relacionar-se com o alto sacerdócio da
Babilônia, composto de antigos sacerdotes caldeus, dos sobreviventes do magismo persa e da
elite do cativeiro judeu que continuava praticando seu culto, num dos recantos da cidade.
Nesses contatos, muito aprofundou seu saber, confrontando essas religiões e daí verificou que
todas elas eram raios de uma Verdade única, percebida por vários graus de inteligência e por
vários movimentos sociais. Amadurecido psíquica e espiritualmente conseguiu, através de um
compatriota influente junto do Rei dos persas, o retorno à sua pátria, depois de 12 anos de
cativeiro, na Babilônia. Assim, conseguiu encontrar ainda viva sua mãe que teve a alegria de
revê-lo, como sonhava, sob a túnica branca de sacerdote egípcio. Pouco tempo ficou em
Samos, após esses 34 anos de ausência. Sua pátria esmagada, destruída, fê-lo dirigir-se à
Grécia, levando consigo sua genitora. Só depois de ter percorrido todos os templos gregos,
entrou no de Delfos, onde já o esperavam como um Mestre. Permaneceu nele pelo espaço de
um ano, durante o qual transmitiu aos sacerdotes, todos os segredos de seu saber e preparou
a pitonisa Teocléia, para o seu ministério. Partiu, então, para fundar a sua Escola Iniciática e
escolheu, para edificá-la, as terras de Crotona, na Itália Meridional, no Golfo de Tarento. Aí
chegando, produziu uma verdadeira revolução com sua palavra eloqüente e sábia, afastando a
mocidade das influências perniciosas de sua vizinha cidade, Sibaris, onde o luxo, a
licenciosidade e, consequentemente, a ignorância imperavam. Sonhava fundar uma instituição
para uma iniciação laica, tentando transformar a organização política das cidades, dando-lhes
uma base filosófico-religiosa, mas religiosa no seu real sentido, ou seja, no contido na raiz da
palavra, o verbo religo, religare, tornar a ligar. Religião, com elos da Sabedoria ou Ciência das
Idades, segundo o Professor Henrique José de Souza. Pitágoras realizava assim, as conclusões a
que chegara, unindo todos os elos da Religião-Sabedoria, trazida para a Face da Terra pelos
Mestres dos País de Erdemi, os AVATARAS.

E, sendo um deles, buscou Crotona como uma ponte, de onde a sua filosofia alcaçaria,
futuramente, o Ocidente. Por isso seu Instituto visava sempre, conduzir ou educar os homens
para uma sociedade, onde o lema fosse a busca da Verdade ou da L E I que a tudo e a todos
rege. Como L E I, é inexorável e daí penetrar nos seus Mistérios Maiores ou Menores, é
realmente abrir os olhos e ver o Caminho Real da Evolução ou, por outras palavras, o sentido
Real da Vida, na Face da Terra. Volvamos então o olhar para o Templo de Delfos que, segundo
Ésquilo, em as Eumênides, através dos séculos foi dedicado, primeiro à Terra, a seguir, a Têmis,
a Justiça, e foi ainda, consagrado a Febe e, por último, a Apolo, o Deus Solar que o celebrizou.
Nesse majestoso Templo, lemos a inscrição que, em nossos dias, já é bastante conhecida mas
bem pouco vivenciada: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses”.

Como conhecer-se a si mesmo? Procurando desvendar, primeiro, os mistérios do nosso corpo


ou penetrando no funcionamento desta organização, o soma. Entretanto, é pensando (“Penso,
logo existo”) ou agindo através da mente, da inteligência, que é parte do soma mas não é o
soma, que alcançado o conhecimento ou sabendo o que somos, saberemos o que é o Universo
e os Deuses. Assim, através dos sentidos ou das sensações, temos conhecimento de algo, mas
é através do raciocínio, da inteligência ou através da reflexão que alcançamos o saber, a
sabedoria.

Perdoem-nos a filigrana mas não é pelo fato de conhecermos alguém, que sabemos quem ele
é. Então há uma grande diferença entre conhecer e saber ou conhecimento e sabedoria.
Conhecemos uma fruta, uma laranja, por exemplo, porque nos foi mostrada ou a vimos numa
casa de frutas. Começaremos a saber o que é essa fruta, quando lhe tiramos a casca e os
caroços e ingerindo-a, mastigando-a, sentimos o seu sabor. É, entretanto, juntando esse
conhecimento ao estudo de tudo quanto a botânica já pesquisou sobre ela, que saberemos o
que é essa fruta e poderemos assim, pensar sobre suas propriedades, experimentá-las, e,
comparando-as com outras, chegaremos a muitas conclusões a seu respeito e a respeito de
muitas outras frutas. Então, foi através de nossos sentidos, no exemplo dado, visão e gosto ou
paladar, que conhecemos aquela fruta, mas foi através de nossa mente, pensando, refletindo,
que soubemos o que ela é. Assim, conhecer é ação dos sentidos e saber é ação da mente. Os
sentidos levam às sensações, as sensações aos sentimentos.

Percorremos o caminho da ponte corpo-alma (ou psique). “Penso, logo existo”... Sábia
conclusão chegada, pela ação da mente, dito de outro modo, da inteligência. “Pensar”,
raciocinar, partindo de uma motivação afetiva ou sentimental é uma ação ou um movimento,
moção, pondo em curso, intensamente, os sentimentos, daí emoção, ou seja, a mente agindo
baseada nos sentimentos, dito de outro modo, nos afetos. Plano da alma ou da psique. Aí
temos Corpo e Alma. Falta-nos falar do Espírito.

O Espírito é o Hálito Divino, a Luz Primordial, a Essência que vitaliza essa dualidade, sem o que
ela não existiria. É a luz que brilha no olhar, a Centelha, a Chama que vitaliza corpo e alma
permitindo-lhes evoluir, através dos múltiplos nascimentos e mortes, nesta Face da Terra,
enquanto o homem não alcançar o plano da perfeição. A Sede do Espírito é o Chacra Vibhuti.
Assim como na Estrela de Salomão, ou no Hexágono Sagrado, o ponto marcado no centro do
entrelaçamento dos dois triângulos é a origem da sua existência, assim o Chacra Vibhuti, no
centro do Chacra Cardíaco, situado no homem, entre os três Chacras superiores e os três
inferiores, como mediador e equilibrante. É o ponto de usa origem, é o Espírito, o Hálito, a
Essência Divina.

Como se vê, analisando esses símbolos arqutipais, o homem é um microcosmo. Nasce e


renasce nesta Face da Terra, entre o caminho da esquerda e o da direita ou entre o que foi o
seu passado, o ponto de evolução alcançada, e o seu futuro, a evolução alcançável. São as suas
tendências negativas (que o prendem ao passado ou prendem a hábitos, a conceitos firmados)
e tendências positivas (as que o impulsionam a buscar novos esclarecimentos).
Na fase do renascimento, nesta Face da Terra, o embrião vive num ambiente propício ao seu
desenvolvimento, durante nove meses. Findo o tempo em que o ventre materno é o ambiente
necessário ao preparo do corpo, para viver respirando através dos pulmões, o feto enfrenta a
primeira estreita vereda da vida, na Face da Terra. Começa aí a luta pela vida, como se diz
comumente. Vencida a estreita vereda ou nascendo, sente desagradavelmente a diferença de
temperatura; abrem-se os alvéolos pulmonares à entrada do ar e isto dói. A essa sensação
desagradável e, mais do que isso, dolorosa, chamamos de medo. O nascituro ou suas células
nervosas vivas, reagem a ele e se distende, gritando ou chorando. A este movimento
denomina-se ira. Temos aí, os dois primeiros movimentos ou moções. Daí chamarem-se
emoções primárias ao medo e à ira. Mas o bebê, depois de receber ainda outros cuidados, que
lhe são dolorosos, é convenientemente agasalhado e posteriormente alimentado. Sente-se,
então, agradavelmente. Volta a sentir-se aconchegado e essa sensação-emoção é denominada
amor. O adormecer o revigora, produz-lhe bem-estar, sensação agradável. Eis porque amor, na
Face da Terra, é lutar, é conquistar. Assim, o Ser Humano viverá nesse triângulo emocional:
medo – ira – amor, confirmando mais uma vez o aforismo que encabeça esta IVR nº 17, pela
vida afora. O mundo impõe-lhe uma série de condições para conviver com a multidão de seres
humanos, como ele, movimentando-se ou agindo dentro dessas emoções. As condições quase
sempre são impostas e raramente, como seria o justo, convenientemente explicadas e
vivenciadas. O Ser Humano depara-se com o gigante do Dever, como explica brilhantemente
Mira y Lopes_. Deve ser forte, deve ser inteligente, deve ser belo, deve ser rico, deve...

Isto quer dizer que deve ser mais forte, mais inteligente, mais belo, mais rico e muitos outros
mais, para ser aceito ou, dito de outro modo, para ser amado ou para se sentir
agradavelmente, ou feliz. Esses juízos de valor, além de tudo, mal transmitidos e mal
compreendidos, geram basicamente uma sensação de desvalorização, comumente chamada
ou mais conhecida como “sentimento de inferioridade”... “sentimento de menosvalia”.

Muitas vezes, esse sentimento se transforma em sentimento de superioridade, dando origem


aos chamados, comumente, “vaidosos”. Precisamos salientar aqui que estamos dando apenas,
noções desse mecanismo, que pode parecer muito simples mas, na verdade, muitíssimo
complexo, pois depende basicamente do temperamento do Ser Humano ou da sua
personalidade. Segundo sua têmpera, as intensidades das três emoções e suas combinações,
diante do “Gigante Dever”, imposto pelo meio ambiente, o mundo, suas reações ou seu
caráter terão uma gama infinita de variedades. Segundo, ainda, a ação da mente esteja
principalmente tangida pelas emoções primárias ou afetivo-emocionais, ou esclarecida por
uma visão não só inteligente mas onde a Centelha do Espírito comece a agir, surgindo a razão,
a conduta ou o caráter do Ser Humano, varia muito. Quando a mente está sob a ação dos
sentimentos ou do plano afetivo-emocional, a tendência do Ser Humano é justificar todos os
seus atos e, não, analisá-los. São chamadas “racionalizações”, por Freud. Os ardis da emoção,
do medo e da ira, na conquista do valor (para se sentir agradavelmente), seja qual for a capa
com que se apresente, dominarão a conduta do Ser Humano, sob mil disfarces. Em nossos
dias, o mundo tem uma linguagem psicológica que, adequadamente transmitida, pode muito
auxiliar a criatura humana que, realmente, queira olhar-se e ver-se. A Sabedoria das Idades,
entretanto, usando outras linguagens, sempre esteve a serviço da evolução do Homem. Na
“iniciação”, da qual tivemos um pequeno esboço, através da vida e da obra de Pitágoras,
também aqui apenas esboçadas, esclarecendo-se a mente do iniciante ou discípulo e
exercitando suas forças através das chamadas “provas”, trabalhava-se sua alma ou psique. Um
exemplo claro, insofismável desse trabalho psicológico, é o encerrado no “Chacra Cardíaco”
onde cada pétala sua contém as chamadas Nidhânas e Escandas humanas, isto é, suas
tendências positivas e negativas. Meditando sobre elas o discípulo alcança a Razão e vai
evoluindo, esforçando-se, num trabalho árduo, para superar essas necessidades afetivas ou,
ditas de outro modo, sentimentais, emocionais, que o cegam. Há que se transformar, pois só
assim alcançará, realmente, a sabedoria ou será um sábio.

Lisis, sintetizando a Filosofia de seu Mestre, Pitágoras, dividiu seus famosos “Versos de Ouro”,
em três partes ou três degraus da Iniciação. São eles: Preparação – Purificação – Perfeição
(mais uma vez uma tríade).

Aqui ficam alguns versos da terceira parte:

“O homem vive e morre a procurar um bem,

Sem nunca reparar nos bens que em si contém...

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Porque não descobriu que transporta consigo,

Um farol, para o guiar a salvamento e abrigo.”

E numa próxima IVR, o estudo do “Chacra Cardíaco”, será o assunto escolhido.

Emilio Mira y López em “Quatro gigantes da Alma” – O Medo, A Ira, o Amor e o Dever – Editora
José Olympio

Aula 18 - Chacra Cardíaco

Os Centros de Força Sutil, os Chacras, eram representados pelo Loto, devido à sensibilidade
poética dos estudiosos do assunto. Isto porque o Loto (do grego lotós) é planta sumamente
ocultista, sagrada, no Egito, na Índia e em outras partes do Mundo.

“Houve um tempo em que o Mundo era concebido como se fora um Loto (Padma) de outro”.

Pétalas – cada uma das pétalas florais, comumente é colorida e sedosa, cujo conjunto forma a
corola das flores que envolvem, imediatamente, os estames.

Consoante a linguagem da tecnologia de nossos dias, o potencial de algo é classificado pela sua
freqüência vibratória; se se trata de um motor, é classificado pelo número de rotações por
segundo, etc. Se pensarmos em termos do Representante do Reino Vegetal, do Rei deste
Reino, o Loto, classificá-lo-emos pelo número de pétalas de que é constituído. Por exemplo, o
Chacra Raiz ou Muldhara é representado graficamente como um Loto de 4 pétalas; já o Chacra
Anahata (Cardíaco) o é com 12 pétalas, logo, tem três vezes mais potência que o Muladhara. O
Vishuda, com 16 pétalas, tem quatro vezes mais potência; o Ajnã (Frontal) tem 96 pétalas e,
finalmente, o Sahasrara, tem 960 ou 1000 pétalas.

Deixamos propositalmente para esta IVR nº 18 o assunto sobre o Chacra Cardíaco. O valor das
pétalas que o compõem, estão assim apresentadas: em primeiro lugar, em frases sintéticas, a
apresentação do valor positivo, expressando as tendências positivas, denominadas de
“Escandas”; em seguida, também em frases simbólicas, o sentido negativo da pétala ou
tendência desta natureza. Assim seguem as demais, com esse sentido, até concluir as 12
pétalas.

De vez que é mais fácil desenvolver-se as tendências negativas do que as positivas, há 14


pétalas ou grupos de Nidhânas, em vez de 12.

O contexto desses grupos, tem o sentido de temas de meditação, como se o indivíduo


estivesse realizando uma auto-psicoterapia.

Descrição das pétalas do Chacra Cardíaco superior, bijans, tônicas, frases sintéticas de cada
pétala, para tema de meditação:

1ª Pétala

Escanda – KASINA – Bijam KÃ – Processo oculto para pacificar o astral. Representa o


estado de SUPETICHA, o desejo, a vontade de querer. O discípulo apossa-se dessa idéia,
libertando-se dos mundos das formas, onde nosso EU se encontra aprisionado.

Nidhâna – INDRIA-NIGRAHA-KARMA – Inércia passiva. Falta de disciplina dos sentidos;


indolência, preguiça, cegueira, comprovações desanimadoras de falta de evolução. Na mesma
razão dos movimentos lentos, doentios, dos seres da Primeira Raça. Tal grupo comparar-se-ia,
ainda, ao último dos pecados mortais ou ao último dos sete pecados mortais da Igreja
Romana, ou seja, a mesma preguiça.

2ª Pétala

Escanda – TCHARA – Bijam TCHÃ – Nesta segunda pétala o discípulo começa a destruir a
inércia, a preguiça, passando à atividade, a ter vontade de agir, etc. A vida sensorial e ilusória,
muitas vezes aprazível é, no entanto, reconhecida como filha da mentira. É o momento de
separar da ilusão tudo quanto é verdadeiro, passando o discípulo a meditar profundamente
sobre o seu EU interior, o princípio de vida, seu Jivatmã, ou melhor, sua alma vivente.

Nidhâna – BHAUM-MARA – Tentações terrenas. Tentações inferiores (ou animais), o que


se poderia chamar de “aberrações de todas as espécies”, principalmente de ordem sexual:
querer unir-se a plantas, a animais, o próprio vício solitário... Quando os degenerados da 3ª
Raça Lemuriana, se unem a certos animais parecidos com a nossa lontra de hoje, justamente
por involuírem ou darem ingresso no estado de consciência da raça anterior, onde os seres era
figurados pelos dois reinos ou rondas, por sua vez anteriores, vegetal e animal.

3ª Pétala

Escanda – THARANA – Bijam THÃ. Proteção espiritual do EU Superior. O EU, expressão da


unidade inacessível, começa a envolver o discípulo com sua luz ofuscante. O discípulo começa
a agir no sentido de “Bhudi a Atmã”. Já adquiriu o direito de evocar a proteção do seu EU
Interior; começa a surgir a força que lhe propicia a paz, mas a verdadeira paz interna, ou seja,
da identificação com a sua Consciência Bhúdica.

Nidhâna – SHU-KAMA – Atração para as abjeções, os vícios, sejam quais forem, inclusive o
da bebida, embora que, em sentido evolucional, mesmo se trantando de faltas, erros ou
pecados, relativamente menores do que os do grupo anterior, que vai de encontro, além do
mais, às leis da Natureza ou da própria evolução. Estes dois grupos, 2º e 3º, estariam ligados
ao pecado mortal da luxúria.

4ª Pétala

Escanda – TANU-CHUMI – Bijam TÃ – Domínio da mente. A mente do discípulo passa a


TANU-MANASI, serena como a superfície de um lago tranqüilo. Estando esta pétala desperta,
começa a trepidar o Chacra Frontal. Com o domínio da mente, os vrittis começam a ser
subjugados, os turbilhões mentais não mais afloram à mente do discípulo com a mesma
intensidade anterior. Com o domínio da mente, o Chacra Frontal começa a entrar em ação,
auxiliado por esta pétala. O discípulo começa, então, a perceber os odores das coisas que
pertencem aos planos inferiores.

Nidhâna – LAYA-MUTH – Vacilações, dúvidas, até mesmo para as coisas superiores.


Tendência a atraiçoar seus próprios sentimentos superiores, por isso mesmo, sério obstáculo
para vencer, a quantos se apresente no caminho iniciático. Laya-Muth é ensombrado ou
obscurecido pela Lua, seus raios malfazejos, ao invés de benfazejos, eclipse lunar e, até, cone
sombrio da Lua, para quantos, continuando vacilantes ou em dúvida, jamais tomem uma
deliberação acertada na vida. Tal grupo estaria ligado ao pecado mortal da soberbia, embora
que outros desta série, também o estejam.
5ª Pétala

Escanda – PARAMA – Bijam PÃ – O discípulo começa a pressentir os planos superiores.


Parama é a supremacia, é aquilo que se eleva no caminho da iniciação. O homem começa a
sentir a supremacia.

Nidhâna – BHUTA-MARA – Atordoamento psíquico; tendência para a loucura por falta de


evolução; por isso que estreitamente ligado ao grupo anterior, no que diz respeito à vacilação
para as coisas nobres, a começar por sua própria evolução ou espiritual progresso... Bhuta-
Mara, tentação dos Bhutas ou formas vivas, também grupos, pilhas, reunião de matéria etérica
de permeio com a astral. O tal “coque”, a que se referem as escrituras teosóficas.

6ª Pétala

Escanda – YAGU – Bijam YÃ – O mistério do sacrifício. A renúncia, o mistério da suprema


renúncia. O discípulo começa a sentir a necessidade de praticar os cinco deveres:
Benevolência, Honestidade, Veracidade, Desinteresse, Amor.

Nidhâna – PITRI-MAYA – Falsa adoração, ideal ilusório. Falsa adoração; os que adoram
falsos ídolos ou pitris inferiores. Donde o termo sânscrito, para tal grupo.

7ª Pétala

Escanda – SHAMA – Bijam SHÃ – O Verbo Solar como síntese de todos os EUS. Tudo que
fizermos de sublime produzirá um efeito e a colheita desse fruto não deverá caber a nós e sim
à Humanidade. Lembremo-nos de Ramakrishna, cuja pureza modificou o próprio rumo do
mundo no seu tempo.

Nidhâna – BHUTA-PUTRA – Ingratidão, falsidade, mentira, traição. Os que vêem, também,


as coisas de modo diferente do que são. Nesse caso, julgando os outros por si mesmos. Bhuta-
Putra ou filhos da Terra; egoísmo interesseiro.

8ª Pétala

Escanda – HARI – Bijam HÃ – Deus Conservador, Deus Sabedoria. É o Verbo Solar como
espelho do nosso EU; é quando o referido Chacra se encontra desenvolvido. O discípulo deixa
de ser discípulo e passa a ser Adepto, transformando-se num Homem perfeito e, neste caso, o
seu Chacra Cardíaco adquire uma coloração verde-cana. A sua mente, neste momento, passa a
ficar resplandescente.

Nidhâna – RASOLIASA-KAMA – Perversões corporais. Pervertidos e pervertedores. Sim, os


que se comprazem em perverter a outrém, quer sexualmente falando, quer por meio de
outros vícios. E quando não podem eles mesmos fazerem, exigem dos demais que o façam.

9ª Pétala

Escanda – KHÃ – Bijam KHÃ – Penetra o mundo sem formas. Passa a pertencer às
Hierarquias Arrúpicas.

Nidhâna – SHIVA-PANCHICRITA – Aqueles que não seguem as regras do amor e da


bondade (Fé, Inteligência). Assassinos (o quarto pecado mortal ou ira, ódio... para o 5º
Mandamento ou regra, NÃO MATARÁS, que tanto vale por “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”...
em forma sintética para todas as exigências da Mônada. Sim, na razão do AMOR UNIVERSA).
Os que não sabem conter os ímpetos de cólera, de ódio, de ira, que tanto valem...

10ª Pétala

Escanda – TCHSHARA – Bijam TCHÃ – Kshatria, guerreiro, jina guerreiro dos exércitos
celestes. O discípulo transforma-se em guerreiro, no vencedor, naquele que lutou para
cumprir o seu dever. É um defensor da Lei, um guerreiro divino; já possui a sabedoria.

Nidhâna – DHARMA MADAM – Contrariadores da Lei. Reincidentes no mal, isto é, os que


levam a cair e a levantar sem nunca tomarem uma decisão definitiva (tal grupo está
estreitamente ligado aos 4º e 5º grupos). Nesse grupo se acham os que passam de uma
religião para outra, volvendo ao seu passado evolucional ou iniciático... por não terem achado
o que lhes convinha... Vascilações, portanto, dúvidas, falta de fé e de coragem.

11ª Pétala

Escanda – THARA – Bijam THÃ – Entra na posse do saber místico. É conhecedor do Saber
Solar.

Nidhâna – MATRI-NIKARA – Os que vivem no inferno do sexo ou da falsa maternidade (ou


paternidade). Inimigos da evolução, pouco importa se inconscientemente; os que se negam,
peremptoriamente, à procriação, a ponto de induzir a esposa, esta por sua vez concorde com o
marido, à esterilidade.
12ª Pétala

_Escanda – TAKARA – Bijam TÃ – O vencedor do conduto lunar. Na última pétala, quando o


homem penetra o caminho da libertação, o Chacra começa a brilhar como um resplandecente
sol. É o caminho por onde passam as almas para o Nirvâna. Quando o Chacra se tornar
bilhante como o SOL, o discípulo é um Adepto; ouve a Voz do Silêncio, a Voz do seu EU Imortal.

Nidhâna – JADA-SIDHIS – os de coração e mente frios ou alheios às artes, às formas mais


elevadas da iniciação do Ser Humano. Inimigos das artes. Sim, de todos os recursos de que
lançam mão os grandes gênios, para iniciarem os homens.

13º Grupo de Nidhânas - KLESHA-KARIN

A causa dos sofrimentos. Falso ou criminoso diletantismo mental, quer os escritores de obras
pornográficas, quer os seus leitores. Nas mesmas condições, o cinema, a pintura e quantos são
empregados para um fim completamente oposto ao grupo anterior, por sua vez, pervertido. As
más leituras, a contemplação de figuras indecentes ou nus, nada estéticos ou artísticos, mas
imoralíssimos, tudo, enfim, que exercita os apetites inferiores e prejudica os bons
pensamentos.

14º Grupo de Nidhânas – RATHA-ADHARMA

Os desanimados (também figuram nos 4º e 5º grupos, porém aqui de modo mais amplo ou
definido). Sim, aqueles a quem a coragem falece para vencer os menores obstáculos na
vereda. Em sentido sintético, denomina-se: COVARDIA ou falta de coragem para enfrentar os
mesmos obstáculos.

Aula 19 - Símbolos que expressam a Realidade do Ser Humano e da Terra

Símbolos que expressam a Realidade das coisas enigmáticas !

Há um símbolo que, embora enigmático, constitui uma chave de ensinamentos que dilatam a
limitação da humana inteligência, para se compreender os mistérios da Vida da grande
Natureza, a Natura Naturada. É, realmente, um símbolo indecifrável para a inteligência finita,
obediente à rotina intelectual... Esse símbolo é a Esfinge, na entrada do Deserto, no Egito, no
Vale dos Reis. Quando nela pensamos, associamos, desde logo, a idéia da clássica pergunta:
“Decifras-me ou eu te devoro”. Ela é um símbolo que condensa as 4 forças, as quais servem de
base para a imensa pirâmide evolucional da Terra e do Ser Humano, em variadas dimensões.
Para os que estudam a Ciência das Idades, a Sabedoria Eterna, ela expressa a força quaternária
da Terra.

A Esfinge é constituída dos 4 Elementos da atividade em nossa Esfera:

Flanco de touro alegoria do que é sólido, força bruta;

Garras de leão pujança, força viva, agilidade, firmeza;

Cabeça e seios de mulher símbolo da nutrição, da manutenção da vida

Asas de águia o poder dominador do espaço, do ar...

A Esfinge é, realmente, uma Chave de Conhecimentos, por isso usamo-la com os elementos de
sua constituição, para esclarecimentos dos aspectos da Verdade Única e Imutável, a qual
pesquisamos, dentro da idéia da Genealogia Secreta do Ser Humano e da Terra.

Pensamos, por exemplo, nos elementos que constituem o Globo Terrestre e, aplicando o
método da analogia, observamos algo semelhante entre a Esfinge e o nosso Globo Terrestre,
diferenciando, apenas, a forma de ambos. O Globo Terrestre é constituído de 4 grandes
Elementos, os Reinos: Mineral, Vegetal, Animal e Hominal.

PRIMEIRO – O Reino Mineral caracteriza-se pela dureza, pela coesão máxima da força
centrípeta das suas moléculas. É a materialização da Vontade de Deus, de Brahmã, da Energia
Universal, na expressão máxima do concretismo. A Pedra, por exemplo, tem uma simbologia
vastíssima. Para os arqueólogos da antiguidade, ela tem vida e distribui vida. As fontes de
águas medicinais, muitas das vezes minam de formação de pedras. Mas a Pedra tem vida se
estiver perto da água ou fazendo minar água dela. E, em casos isolados, ela é algo à
semelhança dos peixes: tem vida dentro d’água e morre fora d’água.

Simbologia tradicional – Os maçons têm como emblema máximo, a “Pedra Cúbica”. Daí surgiu
a expressão “lapidar a Pedra Cúbica”, que equivale a aprimorar, equilibrar os 4 Princípios da
humana personalidade... O Decálogo foi escrito em Pedra e os Mandamentos que regem
outros planos de atividade, também. Há inúmeros outros significados, tendo como parte
basilar a expressão “pedra”:

Pedra angular, a fundamental que faz ângulo a um edifício – São Pedro (cujo nome é Pedra) foi
a “Pedra Angular da Igreja de Roma”;

Pedra Ara, Pedra sagrada no centro do altar;

Pedra Filosofal, fórmula secreta que os alquimistas tentavam, para descobrir o processo de
transformar os metais em ouro;
Pedra Fundamental, pedra que é assentada para que encerre uma ata ou documentos outros
(jornais e moedas da época), para marcar o início da construção de um monumento, templo,
etc;

Pedra Preciosa, usada como talismã em anéis, como elemento protetor do Ser Humano. É
usada, também, nos anéis de grau, para representar a profissão dos humanos seres.

O Reino Mineral é um grande auxiliar dos seres humanos: além de oferecer os sais minerais,
para equilibrar o humano organismo, oferece-lhe substâncias para auxiliar a formação do
sistema ósseo.

SEGUNDO – Reino Vegetal é relativo às plantas, sim, planta, ser orgânico, o mais das vezes
clorofilado, em geral privado de sensibilidade e de movimento voluntário... Do latim vegetus –
que cresce vigoroso, robusto...

Quando se pensa na potencialidade do Reino Vegetal, associa-se à idéia da árvore, desde logo,
isto porque a simbologia da árvore é, também, vastíssima. Que é árvore? Do latim ‘árvore’,
vegetal lenhoso, cujo caule chamado tronco, só se ramifica bem acima do solo, ao contrário do
arbusto que exibe ramos desde junto do solo.

Para nosso ponto de vista, a árvore tem uma interessante característica: ramifica-se acima e,
muitas vezes, bem acima do solo mas, também, tem suas raízes que adentram pelo solo. Seu
número de raízes, de tamanhos vários, talvez seja do mesmo número que os galhos da fronde.

Há no Tibete a misteriosa Árvore de Khoomboom ou Koumboum, a Árvore das dez mil imagens
que, segundo dizem, surgira da larga cabeleira do grande Asceta Tsong-Kha-Pa, Reformador do
Budismo, no Século XIV. Nas folhas dessa Árvore, até a mais tenra, há escrita, em caracteres
sânscritos, a palavra mística AUM, digna representante da Trimurti indiana (mesmo sentido da
Santíssima Trindade Cristã): o “A” é igual a Vishnú; o “U” a Shiva e o “M” a Deus, Brahamã...
Há, também, a Árvore Sagrado dos escandinavos, IGGDRASSIL, a Árvore da cosmogonia
escandinava.

Há, pelo Brasil afora e outras partes do Mundo, uma série imensa de inscrições rupestres,
assinalando a passagem de nobres caudilhos ou firmando a passagem de nobres seres,
tangenciadores da idéia dos homens para outros planos, para os ciclos futuros, isto porque a
dinâmica evolucional exige novos modos de apresentação da Verdade Eterna. Em matéria de
simbologia de árvores consideradas sagradas, poder-se-ia apresentar uma lista que dava para
representar uma imensa floresta. Para terminar, apenas lembramos que Gautama, o Buda, foi
meditar à sombra de uma árvore e foi onde entendeu ou descobriu as 4 Grandes Verdades.

Em relação às plantas sagradas, também as há em número infinito. Dizem que o Lotus é o


Deus, o Totem das plantas sagradas, por isso transcrevemos aqui, um trecho de um capítulo da
“Simbologia Arcaica”, do Dr. Roso de Luna, sobre o Loto Sagrado. O seu sentido figurado é-nos
bem interessante:
“O LOTO e outras plantas sagradas são emblemas dos Poderes Criadores, tanto da Natureza
espiritual como da física; é o símbolo mais elevado e arcaico do Cosmos e de seus Deuses: o
Universo, abstrato ou concreto, ou seja, o Fogo e a Água, representantes respectivos, dentro
da mesma ciência moderna, da Energia Cósmica Inteligente que evolui na Natureza e na
Matéria, cujas formas evolucionais são conjugadas com aquela Energia Oculta, ainda não
conhecida dos homens e, dentro da lei matemática, é denominada de “RAZÃO INVERSA”... O
simbolismo fundamental do LOTO é o da “IDEAÇÃO DIVINA” (o ponto dentro do círculo do
infinito), passando por emanações do Subjetivo Abstrato e do Objetivo Concreto, senão, LUZ,
VERBO MANIFESTADO.

Feliz aquele a quem floresce, nesta vida, o loto de seu coração e aquele outro loto do cérebro
pensante. Para ele, a Natureza já não terá mais segredos: o Céu já lhe revelou seus mistérios
mencionados no sóbrio epitáfio de Newton. Tudo o que buscou durante milênios de ciclos em
vão, no mundo exterior, o encontra já, em si mesmo, nesse fundo místico de íntima união com
a “Alma Mundi” que é, segundo Schopenhauer, o caminho secreto e único capaz de fazer
render-se a fortaleza do conhecimento. Por isso os códices Mayas falam nos diversos lotos do
corpo humano (os Chacras ou Centros de Força, no fino e secular invólucro!)”.

TERCEIRO - Reino Animal – Animal, ser organizado, dotado de movimento e sensibilidade.


Reino Animal é o conjunto de todos os animais. Psicologia animal, observações das condições
em que se manifestam os comportamentos inatos de uma espécie determinada, o estudo
experimental de algumas funções psicológicas (percepção, memória, etc.).

Os equinos, muares, bovinos, sempre foram grandes auxiliares do Ser Humano, mas o Homem
nunca teve sentimento de piedade para com eles. Tira o máximo do que podem produzir,
dando o mínimo de tratamento. Após o advento da maquinaria, deveriam ter sido libertados
do sacrifício do trabalho exaustivo, no entanto, inventaram o processo do abate, para
satisfazer a gula dos carnívoros.

Para os que estudam a filosofia transcendental, os animais são partícipes da manifestação da


Vida Una, da Alma Mundi. A Alma Mundi, a Alma Universal alimenta, vivifica os animais, assim
como o Sol, com seus raios fulgurantes, vivifica tudo que se acha na superfície do Globo
Terrestre. Se cada árvore, arbusto e demais vegetais é vitalizado pelos raios solares, assim
também, cada animal é vitalizado pelo poder imenso da Alma Mundi...

Embora haja uma variedade infinita de tipos representando o Reino Animal, entretanto, todos
se acham sob a fronde da Alma Mundi ou Alma Universal. É o que se poderia chamar de “a
unidade na diversidade”: a Alma Mundi como essência, como vida, como parte dinâmica dos
animais e todos os animais sob a fronde da Alma Mundi, ou seja, a diversidade na unidade. Os
animais falam, emitem sons à semelhança do Homem que, também, emite sons transformados
em palavras. A Alma Mundi animando os animais, é algo semelhante a uma nação indígena,
com seus componentes distribuídos em tribos. Vivem numa organização tribal. A Alma Mundi
é como se fora uma imensa nação, distribuindo a sua vida nas diversas classificações da vida
do Reino Animal. De modo que os animais, conforme a sua onomatopéia, têm o seu processo
de comunicação pelo som, linguagem, etc. O bovino, por exemplo, muge, o cavalo relincha, o
carneiro bala, etc. Muitos animais são considerados sagrados, não pela sua forma anatômica,
mas pelo som que produzem. Emitem determinados sons que imitam outros sons que
representam força. O boi produz o som de MO. MO invertido é OM, ou seja, a tônica, o som
característico do Oitavo Tatwa ou Força Sutil da Natureza. À classificação dos diversos tipos de
animais, deveria ser dado o nome de Alma Grupo. O eqüino, o bovino, o carneiro, o caprino,
respectivamente, têm sua experiência coletiva.

ALMA GRUPO ou coletiva – é o que afeta a uma coletividade ou grupo de almas (raças, família,
espécie inteira). É a resultante de forças em mútua relação dos indivíduos que compõem a
coletividade e todos eles são conduzidos, segundo a direção da dita resultante. Cada Alma
agrupada em espécie, é como se fora uma árvore com a sua galharia opulenta e, elas reunidas,
é como se fossem uma imensa floresta anímica.

Certa vez perguntaram a um Mestre de grande saber: “o que aconteceria com a alma de um
cão que morresse?”. Ele respondeu: “é algo como se fora uma gota d’água num oceano”.

Há uma informação da Igreja Grega, que nos motivou a pensar no assunto, acerca dos Animais
simbólicos da Visão de Ezequiel (Mercavah)...

“Entre os primeiros cristãos, a celebração dos Mistérios da Fé, ia acompanhada do ato de


acender as luzes, com o incenso, o triságio (hino religioso à Santíssima Trindade) e a leitura do
Livro dos Evangelhos. Em uma página coberta, estavam gravados o Homem Alado, o Leão, o
Touro e a Águia. Cada um deles representa uma das quatro classes ou planos, à semelhança de
como é modelada a personalidade. Assim, a Águia – associada à idéia de São João – representa
o Éter ou Espírito Cósmico, o onipenetrante olho do clarividente; o Touro – associado a São
Lucas – simboliza as águas da vida, o elemento que é todo engendrado da Força Cósmica; o
Leão – São Marcos – a energia impetuosa, o intrépido valor e o fogo cósmico; enquanto que a
cabeça humana é o Anjo que, junto a São Mateus, é a síntese dos três, combinados no
intelecto superior do Homem e na Espiritualidade Cósmica”.

Observamos que todas as representações de Deuses com cabeça de touro, de águia, leão e
outros animais, são numerosas, mas todos eles representam a mesma idéia.

O que é louvável nesse tipo de estudo, é ter-se em mente, sempre, a idéia da unidade das
coisas. A minúcia tira o espírito, o pensamento filosófico, para se entender a ação do Trabalho
do Todo manifestado, objetivado, em todos os Reinos.

QUARTO REINO – O Quarto Reino, o Hominal, o quarto elemento da Esfinge, com a


forma do Globo, que é a nossa Terra, já está muito bem estudado, exposto, nas primeiras
monografias desta Série IVR...

Aula nº: 20 - Genealogia secreta do Ser Humano

Consoante o aforismo do Filósofo, Professor e Mestre H. J. Souza, “O verdadeiro discípulo é


aquele que procura guiar e salvar os homens, sem distinção alguma”.
Todos os que procuram apreender algo ou aprendem comunicar a outrem algo que já
conseguiram apreender, podem ser considerados discípulos. Mas a vida, geralmente,
manifesta-se através de dois polos e o conhecimento transcendental não foge a esta regra
universal. As tradições, os sábios antigos, dividem o processo da evolução do Ser Humano em
dois caminhos: o direto e o indireto. Os sistemas de iogas, os movimentos isolados e coletivos,
cujos elementos concorrem para os seres humanos abreviarem ou não a sua evolução
espiritual, são considerados ponto de partida para se trilhar o Caminho Direto. A aquisição dos
conhecimentos humanos, conhecimentos relativos, consideramo-los Caminho Indireto.

Consoante uma concepção fundamental da Ciência das Idades, Ocultismo, Teosofia, etc. existe
um poder cósmico equilibrante de todas as ações contrárias à Lei da Evolução, reparador das
injustiças e falhas humanas. Essa concepção se baseia numa das leis mais profundas e amplas
da vida universal, estudada pelos 7 Sábios Gregos, Teósofos, Ocultistas, com particular carinho,
por ser consciência básica em todo o desenvolvimento do estudo da Filosofia Transcendental.
Essa Filosofia tradicional foi secreta até o advento de Buda que a esclareceu perfeitamente aos
olhos de todos, embora que até hoje conceituem-na de modo muito particular.

De acordo com essa mesma Lei, chega-se a afirmativa de que a evolução se faz à custa não
somente de um poder cósmico, estranho ao homem, mas, também, graças ao esforço
individual, processado através de uma ou várias encarnações sucessivas ou ciclos de vida. Ela
também esclarece que, pelo desenvolvimento do poder da vontade, com perseverança e
tenacidade bem orientada, a evolução que se realizaria lentamente, pode ser apressada. De
maneira que, em tempo relativamente curto, o homem poderá desfrutar das mais nobres
aspirações, tanto no mundo físico, como no moral ou espiritual. Se assim não fosse e se os
seres estivessem limitados exclusivamente a um poder sobre-humano, senhor absoluto de
seus destinos, as lutas pela existência e pela melhoria de vida não teriam justificativa e a
Humanidade cairia num primitivismo derrotista, porque, então, faltar-lhe-ia o necessário
estímulo.

O Homem possui a faculdade de escolher livremente o seu caminho, de ser justo ou injusto,
mas no momento em que a escolha foi feita, e aqui é o ponto onde reside o valor do conceito,
fica subordinado aos efeitos das ações que livremente praticou. Esta é a Lei da
Responsabilidade, conseqüência imediata de “Karma” que não foi estabelecida pelo critério
dos homens, mas faz parte do mecanismo natural do Universo.

Já no antigo Egito, os instrutores, pertencentes a um escalão um pouco mais elevado que o das
limitações humanas, ensinavam aos discípulos e estudiosos do assunto, estas três Verdades,
ou melhor, três aspectos da Verdade Única:

A Alma humana é imortal e seu futuro é de um esplendor e desenvolvimento sem limites;

O princípio que vivifica e reside em nós e fora de nós, é imortal e eternamente benéfico; está
fora do alcance dos nossos sentidos físicos, mas é pressentido pelo homem que aspira ao
conhecimento... ...

Cada homem é criador do seu destino, de sua glória ou de sua miséria; legisla para si próprio e
para si decreta a vida, a recompensa e o castigo.
Destarte, o Ser Humano pode aplicar esses três aspectos da Verdade à sua vida e cada um
poderá tornar-se senhor da sua vida e de seu destino. Encontrará a paz de si próprio, a
despeito das tempestades da paixão e da dúvida; pode encontrar a força em si mesmo, não
obstante as desditas no curso da vida; encontrará a luz de seu próprio EU INTERIOR, apesar da
escuridão que o cerca. Os últimos séculos, mais chegados à nossa civilização, se caracterizam
pela divulgação em grande escala de todo o conhecimento humano. Enquanto que na
antigüidade, somente reduzidíssimo número de pessoas possuía algum raro manuscrito ou
conhecia certo ramo restrito da ciência e, na Idade Média, os centros de estudos se limitavam
aos mosteiros, de difícil acesso, vemos hoje um cenário inteiramente diferente: o
conhecimento em toda a sua amplitude e variedade se difunde pelas várias camadas sociais.

Há, porém, um conhecimento que desde milênios permanece secreto, vedado aos olhos da
massa humana, em virtude do rumo que o progresso foi tomando com a conseqüente
diversificação das classes com fundamentos unicamente materiais. Esse conhecimento é, ainda
hoje, cultivado nos chamados Colégios Iniciáticos, espalhados... em diversos rincões da Terra e
classificados segundo o grau maior ou menor de conhecimentos transcendentais, culminando
num Centro, sobre o qual se reserva o mais profundo segredo do seu transcendental trabalho
a favor dos ciclos futuros. De modo genérico, iniciático ou alegórico, poderíamos denominá-lo
de “País das Águas Azuis” ou dos “Lagos Encantados”, cujas margens encerram uma real beleza
e um panorama extasiante.

Cumprimos o dever de esclarecer aos senhores a razão de se fazerem estes mistérios ou, por
outra, manter este segredo.

Na literatura divulgada pela Ciência das Idades, Ocultismo, Teosofia, Esoterismo, encontram-se
bastante referências sobre o assunto. Conforme todos sabem, a Humanidade encarada em
conjunto, não possui certo desenvolvimento interior para receber tão sublime conhecimento e
fazer bom uso do mesmo. A Luz em demasia pode prejudicar o nosso órgão visual. O segredo é
feito, particularmente, porque quem o possui sem uma formação moral, poderá transformá-lo
num elemento prejudicial à evolução humana. A má fé dos seres humanos é uma arma
perigosíssima. Quem conseguir manipular forças ocultas (ocultas porque não fazem parte,
ainda, dos conhecimentos humanos), pode empregá-las como elementos favoráveis à sua
evolução humana como, também, malbaratá-las em realizações inúteis e quiçá prejudiciais à
sua evolução e a de terceiros. Faz parte das leis, dos estatutos de tais Colégios Iniciáticos,
selecionar os que se apresentam como candidatos à Iniciação, sujeitando a diversas provas
todos aqueles que se mostrarem desejosos de atravessar seus admiráveis umbrais.

Por esta razão, os métodos de ensino de um verdadeiro centro de cultura transcendente difere
dos processos didáticos conhecidos... Os segredos menores dependem muito da confiança
entre os discípulos e o Mestre, enquanto que os maiores já serão adquiridos com estudos e
realizações internas ou espirituais. Os discípulos vão transformar sua inteligência humana,
turbulenta, imaginativa, em inteligência superior, tranqüila, meditativa, associada ao princípio
intuicional.

A existência e antiguidade dos Colégios Iniciáticos, razoavelmente posta em dúvida em nossos


dias cheios de encruzilhadas, confusões, indiferentismo, pode ser confirmada com os subsídios
repletos de sabedoria legados pelos homens de cujo valor moral não há menor divergência,
como Pitágoras, Platão, Plotino e muitos outros Seres que participaram de seus segredos e a
eles se referem com a maior veneração. Platão, o filósofo iniciado, é bastante claro em suas
insinuações a respeito, embora tivesse envolvido seus relatos com o imprescindível
simbolismo. Diz em Fedro, ao se referir a um dos mais adiantados grau iniciáticos:

“Uma vez iniciado nos Mistérios que a todos os outros supera... vi-me puro e imaculado,
enquanto ficava livre das vestes que me envolviam, chamada corpo, e às quais estamos presos
à Terra como ostra à concha; vi-me livre de males a que, de outro modo, estaria exposto no
futuro. Graças a esta divina Iniciação, pude, também, contemplar benditas visões no seio da
pura luz”.

Além destas palavras, chegamos às seguintes conclusões: para se alcançar um grau elevado, na
iniciação espiritual, torna-se necessário um desenvolvimento gradual e harmônico das diversas
funções humanas, que a conquista da iniciação livra o homem das limitações a que está preso;
que a iniciação faculta a aquisição de um estado superior de consciência que existe na
iniciação espiritual. Historiadores dos mais antigos afirmam a origem dos mistérios se perder
na noite dos tempos, provavelmente, a milhares de anos anteriores ao período histórico.

Vamos pensar, ativar a mente a fim de sairmos da vida rotineira, porque a pior das rotinas é a
rotina da inteligência...

UM POR TODOS E TODOS POR UM, CONSTITUINDO UMA UNIDADE

Aula nº: 21 - Colégios Iniciáticos

No penúltimo trecho da monografia IVR nº 20, lemos estas palavras: “A existência e


antiguidade dos Colégios Iniciáticos, razoavelmente posta em dúvida em nossos dias cheios de
encruzilhadas, confusões, indiferentismo, pode ser confirmada com os subsídios repletos de
sabedoria, legados pelos homens de cujo valor moral não há menor divergência, como
Pitágoras, Platão, Plotino, etc... ... ... ... ...”

Cumprimos o sagrado dever de esclarecer o que representa para nossos estudos a expressão
“a existência de Colégios Iniciáticos” para a aquisição básica de conhecimentos, para se
alcançar a Sabedoria Transcendental, universal, etc”. Ora, tudo o que existiu, existe e existirá
acerca da admirável Sabedoria eterna, tem sua razão de ser. Sim, é um labor semelhante ao de
uma semente. Dela brota o arbusto que após brotar da semente, cresce, cresce, cresce e, no
estágio adulto, transformado em árvore, produz flores e frutos. Estes, depois de sazonados,
tornam-se alimento, vida, portanto. É assim o desenvolvimento do Ser Humano que, também,
obedece a um ritmo de crescimento progressivo, desenvolvimento este impulsionado pela
Natureza, pela Grande Mãe que se acha eternamente gerando...

Observamos: o Humano Ser, do nascimento ao estágio de adulto, amadurecido, sujeita-se


também a vários estágios evolucionais, até alcançar a Idéia de Unidade, da Consciência UNA,
Zeus, etc. Os primeiros estágios do conhecimento universal, da sua aprendizagem, são
realizados nos “Colégios Iniciáticos”. É o primeiro degrau da gigantesca escada para a aquisição
da Sabedoria eterna. É o início da escalada, dos titãs da Sabedoria suprema, ao Céu, ao cerúleo
firmamento da Quinta-Essência, inspiradora dos verdadeiros poetas. Iniciamos a nossa jornada
de esclarecimentos, pensando no sentido, embora erudito da pergunta: “que é colégio?”

COLÉGIO, segundo o Professor Antenor Nascentes, é “estabelecimento público ou particular


de instrução primária ou secundária; corporação de pessoas com a mesma dignidade; (bras.)
estabelecimento de ensino secundário, do segundo ciclo. Do latim ‘collegiu’ – a reunião”.

Consoante o ritmo do labor da Ciência das Idades, há o primeiro escalão de aprendizagem que
constitui a base dos conhecimentos encerrados sob o título de “Mistérios Menores” (da
iniciação dos gregos, pitagóricos). Após completar esse estágio, o Ser Humano ou o discípulo
alcançaria outro plano, outra dimensão, passando a um estágio superior de ensinamentos.
Este estágio superior poder-se-ia chamar de fase da ação, ou seja, a aplicação do que havia
aprendido ou por a teoria em prática. Neste caso o discípulo tomaria a direção do mundo
profano, com o objetivo de lutar para despertar o interesse dos homens, no sentido de
buscarem a Verdade, de realizarem a Demanda do Santo Graal. Despertar o interesse dos
homens para pensarem na Filosofia da Vida Real, Universal, Divina, a Sabedoria Eterna. Divina,
no sentido da Filosofia do vir-a-ser, do futuro, etc., mantendo sempre a idéia: o passado foi pai
do presente; este á grande mãe gerando o futuro e este, constitui a aproximação de Deus, do
Divino, da Grande Unidade: Um por Todos e Todos por Um.

O processo de iniciação poderá ser considerado de dois modos distintos:

A Iniciação Indireta ou Individual, em que o discípulo vai pesquisando os aspectos da Verdade,


procurando decifrar uma série de símbolos, através de pesquisas, sujeitando-se, muitas vezes,
a viagens difíceis. Tem que vencer uma série infinita de obstáculos denominados de provas. Se
ele conseguir vencer todas as provas, tornar-se-á um Diógenes, pois conquistou, dominou a
Filosofia da Unidade.

Há, também, o processo da Iniciação Direta, ou seja, com a Presença de um Avatara no meio
dos homens. Avatara ou a Presença da Divindade como Ser Humano, tal como o foram, por
exemplo, Krishna, Buda, Cristo, São Germano e muitos outros (Avatara será o assunto de um
dos próximos estudos). Este processo de Iniciação Direta ou com a augusta Presença do
Avatara no meio dos homens, o supremo Iniciador dos seres humanos, José Henrique de
Souza, classificou com a trilogia: ESCOLA –TEATRO – TEMPLO

ESCOLA – refere-se ao estágio relativo à aquisição dos conhecimentos gerais: ciência,


filosofia, arte, religião, tudo no sentido da ciência materialista ou profana.

TEATRO – é o processo de transformação da parte psíquica do Ser Humano, através do


drama, do trabalho no cênico palco da vida, no teatro da vivência, burilando os sentidos, a
sensibilidade, através dos atritos emocionais, psicossomáticos, etc.

TEMPLO – é trabalho que tem por finalidade conduzir o Ser Humano a ter percepção da
vibração sutil, a ser intuído, dilatando a sensibilidade para fora das limitações, do sentido
engarrafado da rotina intelectual.
Esses três estágios estão muito bem esclarecidos nas palavras que se seguem:

o ignorante diz: “Eu sei!”

o discípulo, cursando um “Colégio Iniciático”, diz: “Assim aprendi”;

o Mestre diz: “Assim diz a LEI”.

Nos “Colégios Iniciáticos”, os dons superiores, no seu desabrochar, acompanham a aquisição


dos conhecimentos e do poder. Este é um princípio essencial do ensinamento espiritualista ou
secreto: “Pedis e recebereis”. Com o desenvolvimento dos dons elevados, a mente liberta-se
de toda e qualquer autoridade. Isto acontecendo, o indivíduo passa a responder suas próprias
perguntas, senão, começa a ser intuído para responder as perguntas de si mesmo, do mestre e
as de seu semelhante.

Estamos vivendo num mundo de concorrência e de impostores, por isso devemos ter sempre
em nossa mente, viva e bem viva a frase: “Dize-me de que te gabas e dir-te-ei o que te falta”.

Para o indivíduo, o discípulo, isto é, aquele que se predispõe a seguir a vereda dos
ensinamentos espirituais, é bom ter em mente as palavras que dão razão de ser à existência
dos Colégios Iniciáticos. Eis, pois, um grande esclarecimento:

“Nunca o discípulo tem conhecimento perfeito de sua missão, nem de quanto ao seu
progresso diga respeito, a fim de que ele esteja sempre vigilante a novas ordens e, do mesmo
modo, sempre pronto a obedecê-las. Até os Iluminados mais avançados estão sujeitos às
mesmas LEIS, senão, os próprios Avataras de Vishnú... Por isso mesmo a dificuldade, ou antes,
a impossibilidade de se julgar ou de saber diferenciar o que é puramente pessoal e o que é de
origem universal; o que diz respeito aos mesmos e o que provém de outras fontes, como Lei a
favor do mundo em geral”... ...

Nos Colégios Iniciáticos, o Ser Humano, como discípulo, apreende a ser senhor de si mesmo.
Por isso os pitagóricos procuravam realizar desde logo, “o serem senhores de sua vontade e de
seu pensamento”. E, para melhor ilustrar os nossos comentários, transcrevemos, agora, um
trecho dos conselhos pitagóricos:

“Não te esqueças de que deves aprender a dominar as paixões, a ser sóbrio, ativo... Nunca te
deixes arrebatar pela cólera. O primeiro dos deveres para consigo mesmo é aprender a
conhecer-se e ser senhor de si”.

E Pitágoras chamava com insistência a atenção para esta obrigação fundamental:

“Nunca ignores que deves aprender a dominar as paixões. A educação de si mesmo é a


condição fundamental do progresso. Ela dá império sobre si mesmo e sobre os outros.
Ninguém, com efeito, nos pode substituir para por ordem na consciência, fortalecer a vontade,
coordenar os esforços e ser senhor das paixões, porque o esforço de evolução deve ser obra
individual. Por outro lado, não se pode pensar em dirigir a outrem antes de ter aprendido a
dirigir a si próprio, porque só se pode impor autoridade, oferecendo o bom exemplo de mente
lúcida e de retidão. Um homem que seja senhor de si, que reprima os impulsos, que saiba
dominar os nervos, acalmar a emotividade, conservar o sangue frio em todas as circunstâncias,
deixa de estar à mercê dos acontecimentos e das sugestões. Evita, assim, uma série de
dissabores e de insucessos, porque torna o pensamento mais lúcido, o juízo mais são e a
vontade mais poderosa. Adquire o sentimento da ordem e da disciplina. Sente-se dia a dia
mais forte, mais confiante, mais senhor do seu maravilhoso poder voluntário, mais apto a fazer
dominar dentro de si o Espírito sobre a Matéria, a fazer triunfar em volta de si o poder moral
sobre a força bruta...”

EQUILÍBRIO FELICIDADE

O Ser Humano, tendo como ponto básico de sua vida, o centro de consciência focado no Corpo
ou na Estrutura Afetivo-Emocional, tem sua força mental focada na palavra FELICIDADE. Esta
palavra domina o pensamento humano. Que é felicidade?...

Felicidade, segundo o Professor Antenor Nascentes, é satisfação, contentamento, dita,


ventura, bem-estar, bom êxito, sucesso, etc.

Felicidade, segundo nos ensinou o grande Iniciador dos Homens, Professor Henrique José de
Souza, é uma questão de equilíbrio. Equilíbrio na função de todos os órgãos e de todos os
princípios de que é constituída a Genealogia Secreta ou a Personalidade do Ser Humano.

A função faz o órgão e se todos os órgãos da estrutura física funcionarem equilibradamente,


há bem-estar, felicidade física, saúde e harmonia... Mas, o equilíbrio, apenas, dos órgãos, não
é suficiente em relação à “FELICIDADE GLOBAL”. Há necessidade de haver o equilíbrio global
entre o físico, o psíquico e o mental. O equilíbrio funciona nesses três corpos como se fosse um
acorde perfeito. Isto acontecendo, não há sensação de ira, de mal-estar, de pavor e
insegurança. Compreendemos: equilíbrio desses elementos nomeados, produz vida e o
desequilíbrio deles, promove a morte.

O trabalho do ser, em evolução, conforme se apreende nos Colégios Iniciáticos, constitui-se


em procurar estabelecer a harmonia entre a vida do Ser Humano e o meio-ambiente, o que
nos oferece a Face da Terra, a superfície do Globo Terrestre. Quem estabelecer o equilíbrio
entre esses polos da vida, conquista naturalmente, a felicidade.

Os orientais mostram as experiências trabalhadas pelas civilizações, dividindo-as em Escandas


e Nidhânas. Escandas eqüivalem às tendências positivas, construtoras, criativas, elementos
que dão vida; Nidhânas correspondem às tendências negativas que produzem a morte,
natureza destrutiva... A neutralidade conquistada entre esses contrários, é uma vitória do Ser
Humano, porque conseguiu neutralizar a ação dos opostos, dos polos positivo e negativo.

A ação das Escandas (tendências positivas) e das Nidhânas (tendências negativas) constitui os
pratos da balança da personalidade humana. Ora dominam as Escandas sobre as Nidhânas, ora
acontece o contrário. Os adeptos da Filosofia Espiritualista, em sua vida, têm como escopo
manter os pratos da balança equilibrados, como se fora a amálgama do ouro e do cobre.
Erguendo-se o prato da balança relativo às Escandas ou tendências positivas, atingido está um
estágio superior no caminho evolucional, mas se ergue o prato da balança das Nidhânas ou
tendências negativas, o indivíduo vai mal, cai para o polo negativo, está perdendo pontos na
evolução. O certo está, manterem-se os dois pratos da balança em equilíbrio, no mesmo nível,
repetimos. Quando os dois pratos da balança estão em desequilíbrio, a personalidade do
neófito acha-se sempre em conflito. Eis porque atribuem a Jesus, o Cristo, estas palavras
sentenciosas: “Faze por ti que Eu te ajudarei”.

O Professor Henrique José de Souza ensinou:

“O que provoca a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem os pratos de sua
balança em equilíbrio e os seus três corpos em harmonia, em perfeito nível, porque ainda não
se fizeram iguais a Deus, à Harmonia Universal”.

Passamos, agora, da teoria à prática. Para este mister, usamos as palavras: TEMPERANÇA e
INICIATIVA, as quais servem para balancear o comportamento do indivíduo, na escalada da
Montanha, símbolo da conquista da Evolução Espiritual, do supremo Equilíbrio. Com esse
simbolismo, compreendemos que é no cume da Montanha onde se acham a Felicidade e o
Equilíbrio.

TEMPERANÇA quer dizer qualidade ou virtude de quem é moderado ou quem sabe moderar
seus apetites, as paixões, sempre agindo com parcimônia em suas atitudes; quem evita o
exagero em todos os pontos de vista. A Temperança é algo como um exaltação à paz, à calma,
à tranqüilidade, à serenidade e à paciência. Logo, equilíbrio das estruturas da constituição da
Genealogia Secreta do Ser Humano.

INICIATIVA tem o sentido de atividade, diligência para volta do equilíbrio perfeito, também,
para alguns estudiosos do assunto, é considerada iluminação da consciência do Ser Humano.
Ela é o processo pelo qual há manifestação do aspecto positivo da vontade, da esperança.
Esperança no sentido da ação da vontade, na realização de um ideal, levado a efeito com fé,
concretizado pelo esforço permanente.

As tradições do Ocidente dizem: “Deus se dividiu para realizar o supremo sacrifício e, também,
o “crescei e multiplicai-vos”. A Iniciativa é na personalidade da criatura humana, a
manifestação de um fragmento do potencial da Divindade. Daí há o aforismo do Professor
Henrique José de Souza: “Trabalhar para a Humanidade, para servir à Divindade”. Divindade,
Deus, com o sentido do que virá; a soma das experiências do passado, servindo de base para
as realizações de ciclos futuros. Como dissemos, essa Divindade suprema, na criatura humana,
apresenta-se como INICIATIVA. Por isso dizem os sábios: “A voz do povo é a Voz de Deus”.
Quando o povo fala, é o Inconsciente Coletivo que fala.

Com muita freqüência ouvimos falar: “Ele não tem iniciativa... Ela não tem iniciativa”, a fim de
se definir pessoas sem vivacidade. “Fulano não tem iniciativa”, como quem diz: fulano não tem
vontade, não tem vida, não tem capacidade para resolver seus problemas, carece da
experiência alheia... necessita da experiência de outrem. Quando a inércia, a inatividade
domina o corpo, não há iniciativa, é como que a morte tomando o lugar da vida, logo, falta a
iniciativa. Havendo ausência da iniciativa há, consequentemente, o desânimo psíquico, o
falecimento da alma. É o mesmo que se dissesse: “a alma quer agir mas falta-lhe o órgão
locomotor”.

O que podemos dizer com excesso de imaginação: o órgão locomotor na criatura humana é a
iniciativa. Quem não tem iniciativa, não tem “vida”, não tem Deus Interior. Não havendo
iniciativa, não havendo vida interior, manifesta-se imediatamente a sua negação que se
apresenta como calúnia, difamação, maledicência, inveja, ciúme, enfim, a mediocridade.

Pensando em termos de Temperança, associamos desde logo à palavra Temperamento.


Temperamento, segundo o Professor Antenor Nascentes, é têmpera; constituição psicológica
do indivíduo, qualidade que nele predomina, índole. “Mens sana in corpore sano”.

Com o desaparecimento da Atlântida, o Ser Humano vem trabalhando para recuperar o seu
perfeito equilíbrio, como representante da Humanidade, vivendo na Face da Terra, procurando
restabelecer a harmonia dos 7 elementos essenciais à vida física. Dividimo-los, para melhor
esclarecimento, em dois grupos:

1º) grupo constituído dos elementos ou humores: FLEUMA, BILIS e OJAS;

2º) depois da Atlântida, passaram a existir 4 Temperamentos, em vez de três. Esses


Temperamentos são: LINFÁTICO, SANGUÍNEO, NERVOSO e BILIOSO. De vez que esses 4
Temperamentos são determinados por prescrição médica, necessário se torna usar uma
alimentação apropriada, senão não há um perfeito equilíbrio na função dos órgãos do corpo
físico.

O Professor José Henrique de Souza ofereceu esta nobre receita, para os que procuram a sua
realização espiritual:

Temperamento Linfático: Alimentação mista, propendendo para a carne; nada de álcool, a


menos que sem abuso e de vinho puro, nas refeições. Se fuma, faça-o pouco, até que um dia
possa livrar-se desse chamado vício que só o é quando se é por ele dominado. Por exemplo,
não poder dormir sem fumar, não poder comer sem fumar, etc. No verão não deve haver
abuso de gordurosos, carnes, batatas, feijoadas, etc.

Temperamento Sanguíneo: Alimentação mista, propendendo para a vegetariana e frugívera.


No verão, não abuse dos alimentos gordurosos, inclusive carne, excesso de batatas, feijão, etc.
porque isso, no sanguíneo (e também no linfático), pode provocar aumento de pressão arterial
e há o perigo de insolação.

Temperamento Nervosos: A mesma alimentação do primeiro temperamento, em frutas e


legumes. Quanto ao Temperamento Nervoso, exige que não se faça, de nenhum modo, uso de
excitantes e usar, de preferência, tudo quanto contenha cálcio (ovos, peixes) e não se
esquecer de mariscos e outros mais. Evitar abalos morais (o mesmo aconselhado para os
sanguíneos), mais chegados às perturbações cardíacas.

Temperamento Bilioso:O fígado é o regulador da bilis, que deve fluir à razão de um litro em 24
horas, logo, é um órgão básico no equilíbrio do corpo humano. A alimentação deve ser mais ou
menos igual a temperamento anterior (Nervoso), mas evitando gorduras, principalmente se
tiver colite, hemorróidas, etc. que serão debeladas não só por uma alimentação científica,
assim como por exercícios apropriados.

“Não comas sem degustares, para não comeres aquilo

que te pode fazer mal, ao mesmo tempo, ao corpo,

à alma, e ao espírito ou inteligência no Homem”.

Aula nº: 22 - 1º Estudo comparativo sobre AVATARA

Na seqüência do que fora programado, apresentamos o estudo comparativo sobre os


AVATARAS. O conceito do que representa o Trabalho dos Avataras, na dinâmica evolucional
dos seres viventes, é importantíssimo e nos dá uma visão global da ação, da atividade Daquilo
que se concebe como Deus, Brahmá, Jeovah, Buda, etc...

AVATARA (sânscrito – literalmente “descida”) – Encarnação divina – Descida de um Deus ou


algum SER glorioso que progrediu, evoluiu mais além da necessidade de renascimento na
Terra, no corpo de um simples mortal.

Encarnação Divina ou AVATARA (Glossário Teosófico) – “A imaculada concepção é tão


preeminente egípcia como hindu. Segundo diz o autor de “Crença Egípcia”: “Não é a história
vulgar, grosseira e sensual, como na mitologia grega, e sim, assunto refinado, moral e
espiritual”; e, por outra parte, a idéia de encarnação encontramos revelada no muro de um
templo de Tebas, por Samuel Scharpe, quem a analisa deste modo: “Primeiro, o Mensageiro
dos Deuses, o mesmo que o Mercúrio dos gregos (ou o Gabriel do primeiro Evangelho), disse à
virgem rainha Mautmes, que ela tem de dar à luz a um filho, o qual será o rei Amunotaf III.
Segundo, o Deus Knef, o Espírito... e a Deusa Hathor (a Natureza)... apanham ambos a rainha
pelas mãos e colocam dentro de sua boca o signo da vida, uma cruz, que há de ser a vida da
futura criança”, etc, etc. Verdadeiramente, a encarnação divina ou a doutrina do Avatara,
constituiu o maior mistério de todos os antigos sistemas religiosos”.

AVATARA, este termo pode ser dividido em AVA + TARA.

AVA antigo, antepassado, velho, avô.

TARA vinda, chegada. Tara, Tarô, Rota, Torá ou Torah, tem o sentido de LEI. Avatara,
repetimos, é a vinda, a chegada do antigo, do mais antigo, senão, a manifestação do Avô do
Universo, o Ancião das Idades, o Eterno, a Suprema Luz...

Ava-Tara ou Ava-Torá – é a manifestação, a ação da Lei da Evolução através as encarnações.


Encarnações, não no sentido vulgar, mas no da Roda dos Nascimentos e Mortes, promovendo,
perenemente, a transformação das coisas... A doutrina da Roda dos Nascimentos e Mortes é
uma das 4 Verdades, ensinadas pelo Buda.

O que na Índia denominam de AVATARA, corresponde ao que os persas chamam de AVESTA.

AVESTA (Zend) – tem o sentido de LEI. Voz derivada do antigo persa “EBASTÔ, a LEI nas
sagradas Escrituras dos zoroastrianos.

ZEND – significa “comentários” ou “interpretação”. É um erro considerar Zend como uma


linguagem, posto que o dito termo se aplicava, unicamente, aos textos, esclarecendo as
versões do Avesta. Daí o termo Zen-Sar.

ZEND-SAR – significa a si mesmo ou em linguagem que explica o símbolo abstrato, senão, a


linguagem do mistério usada pelos iniciados. Os iniciados usavam o segredo através de uma
linguagem simbólica, para não permitir que a sensibilidade e os sentido limitados dos seres
humanos desgastassem o poder, deturpassem o sentido real dos textos sagrados.

Os Avataras não aparecem, não agem simultâneamente e sim, em ciclos sucessivos, como que
impulsionando a Humanidade, tirando-a de uma inércia, de uma rotina que representa a
involução. A rotina equivale a uma morte aparente. A rotina, seja ela de qual natureza for, é
como uma poça d’água: apodrece e perde a vitalidade.

AVATARA – outro sentido desta palavra; dividimo-la em AR + ATAVA. AR, símbolo da ação do
Hálito Divino, o Sopro da Vida Eternal, a pujança de Prana ou o Poder de Brahmá, Deus, etc.
ATAVA que nos lembra a palavra da Língua Portuguêsa ATAVISMO.

ATAVISMO – reaparição de um descendente de certos caracteres, vindo de um antepassado e


que não havia se manifestado nas gerações intermediárias. Hereditariedade.

Os AVATARAS têm uma hereditariedade divina, pois todos ELES herdam a LUZ, a FORÇA e o
PODER do Senhor das Eternidades, o Avô do Universo, o Senhor de Barbas Brancas.

Inserimos aqui um majestoso ensinamento do Dr. Roso de Luna, do Livro “Simbologia Arcaica”:
“Entre os discípulos de alguns grandes gurus transimalaianos e, ainda, gentes profanas – nos
diz H. P. B. – persiste uma estranha tradição, segunda a qual, Gautama, o Príncipe de
Kapilavastu, não obstante a incineração de seu corpo físico, continua nas regiões terrestres...
(por isso ELE disse: “quando morrer, meu Espírito pairará sobre a Humanidade”).
Misteriosíssimas são, com efeito, encarnações como esta que caem fora da LEI ou círculo geral
dos humanos renascimentos e convém consignar, sobre elas, os seguintes extremos: diz-se no
Oriente que um Avatara é a descida da mesma Divindade Manifestada ou Alma Mundi, na
forma relativamente ilusória de uma individualidade, a qual, por sua vez, pode adquirir
aparência falsamente objetiva no plano físico. Assim se fala nos Avataras de Vishnú, de Adi-
Buda ou de Shiva... A dita forma ilusória não tem passado nem futuro, porque não há
encarnações anteriores, nem, portanto, está sujeito aos kármicos nascimentos subsequentes ,
posto que ao Karma ou à LEI, já não está mais sujeito. Gautama, em certo sentido foi um
Avatara mas, também, ainda que em outro sentido fosse um JIVA-MUKTA, quer dizer, uma
Individualidade poderosa que alcançou o Nirvana ou a Libertação, por merecimento de seus
próprios esforços, tão excelso lugar ou estado que já é a mesma existência, fora do mundo
inferior de causa e efeito ou “Mundo da ação”, sujeito, portanto, à LEI ou Karma. Assim, um
Avatara é, repetimos, a descida da Divindade a uma forma ilusória. Já um Jiva-Mukta é uma
individualidade em que a causa do Karma produzido por seu próprio mérito, é guiada, ainda,
pelo Mestre que tem de iniciá-lo no Mistério do Nirvana; um ser que alcançou o Nirvana,
enfim, pelos seus próprios esforços.

Os budistas têm negado sempre e terminantemente que, como supõem os brâmanes, fosse
Buda um Avatara de Vishnú, analogamente como um homem é a encarnação de seu
antepassado kármico. Sua negativa provém, em parte, de não conhecerem o completo,
impessoal e amplo significado do Maha-Vishnú ou o misterioso princípio da Natureza que não
é o “Deus Vishnú”, mas um princípio que contém, por assim dizer, a Semente do Avatarismo
ou o Bijam, palavra que, por certo, figura muito nos contos de Mil e Uma Noites, isto é, a
própria potencialidade que é a causa das ditas encarnações divinas. Com efeito, todos os
Salvadores do Mundo, os Bodsatwas, os Cristos e Avataras são Árvores de Redenção que
brotam de um só tronco: o Bijam ou MAHA-VISHNÚ. Pouco importando que se O designe com
estes nomes ou com o de ADI-BUDA, Amitaba ou a Sabedoria Primitiva porque, no ponto de
vista oculto, Vishnú é a cifra e resumo da espiritual sabedoria cósmica ou sem atributos
(Nirguna), sabedoria, aliás, reverenciada por todas as mentes e filosofias.

Isto, desde o ponto de vista espiritual e filosófico, não obstante o qual, os iniciados sabem que,
desde o ponto de vista terreno, foi Buda a encarnação direta de um dos 7 Primitivos, os 7
Filhos da Luz ou os grandes Dhyans-Choans de todas as teogonias. Uma verdadeira hipóstase,
enfim, pela qual todos os Avataras são um e o mesmo desde toda a Eternidade”.

Pensando na Lei da Manifestação da Suprema Essência, da Unidade, do Infinito, concebemos


que essa mecânica se processa no sentido das limitações progressivas e, também, gradativas
da Substância UNA que vem desde o Infinito, desde o Imanifestado até a maior limitação, no
plano de maior densidade. De modo que o Absoluto, o Infinito, a Substância Una, por qualquer
motivo, tem necessidade de se conhecer. Com efeito, tem consciência global das coisas mas
não conhece a si próprio, no ponto de vista do detalhe. Isto posto, há necessidade dessa
pormenorização que dá consciência de si próprio, através da manifestação nos planos. Logo, o
Supremo Logos, a Unidade Absoluta, para se conhecer em minúcia teve necessidade de criar
os planos, a Gênese das Hierarquias Criadoras.

Com tudo isso poderá haver a pergunta: se é o Todo, a Consciência Una, infinitamente grande,
consciência global, e, não se conhece a si próprio? Com efeito, não se conhece do ponto de
vista do detalhe, mas tem a visão geral. Por exemplo: nós temos os olhos, vemos a imensas
distâncias; se a visão for ampliada com aparelhos próprios, alcançaremos, por ventura, além
do horizonte. Mas se não possuirmos um espelho ou uma superfície espelhada, não teremos a
menor idéia do contorno de nosso rosto; se não possuirmos esses objetos, não poderemos
saber a cor da íris de nossos olhos. Ora, podemos ter grande cabedal de conhecimento, mas se
não tivermos oportunidade para o diálogo, para a dissertação e discussão sobre qualquer
assunto, não poderemos comprovar nossa capacidade de exposição, de nosso poder
realizativo.

Pensamos em dar este título “Estudo comparativo sobre Avatara”, porque o assunto divulgado
enfoca o aspecto antropogênico da Manifestação, da Idéia como Avatara agindo em
determinado ser, comandando uma civilização. Mas, segundo o Supremo Iniciador dos
homens, Henrique José de Souza, os Avataras têm dois aspectos: o antropogênico e o
cosmogênico. É algo que poderíamos conceber como sendo “a objetivação do subjetivo”. A
abstração tomando forma no cérebro humano, determinando os acontecimentos dos ciclos
futuros.

Por isso a história de todos Eles tem início num monte, numa montanha, por se tratar de
eventos relacionados com o mito solar. É algo como os grandes rios que nascem nas
montanhas e, a seguir, desenvolvem o seu caudal nas planícies, indo ter aos grandes oceanos.

Avataras houve que iniciaram seu Trabalho no cume de uma montanha e a seguir vieram para
a planície, para o seio das massas, da Humanidade, para formar as grandes civilizações futuras.

E toda a Natureza refaz a sua vida com a Presença dos grandes Avataras!

Glória àqueles que fizeram dos Avataras seu Deus Interno!

Aula nº: 23 - 2º Estudo comparativo dos Avataras

Dando continuidade à série de estudos sobre o tema “AVATARA”, realizamos pesquisas, com o
intuito de apresentarmos novos esclarecimentos acerca dessa transcendental Filosofia, que
nos foi legada pelos antigos sábios do Norte da Índia e Oeste do Tibet, que foi o telhado do
mundo. A maior autoridade no assunto, no hemisfério ocidental, foi o Filósofo e Espiritualista
Henrique José de Souza. Seus conhecimentos sobre o assunto eram tão vastos, que somos
forçados a considerá-lo um exemplo de Avatara. ELE nos ensinou: “Avatara é um nome
genérico, abrangendo um imenso ciclo de atividade, impulsionando sempre, no ponto de vista
espiritual, filosófico e científico, a evolução da Humanidade”. Avatara, desejando uma
expressão da Língua Portuguesa, é a ação, o poder do Espírito de Verdade, a fim de
impulsionar a Dinâmica Evolucional. Por isso se propaga que o Espírito de Verdade, quando se
manifesta, se apresenta através de ciclos e não usa as mesmas palavras, não adota os mesmos
hábitos, procurando sempre transcender as ordens estabelecidas. E se assim não o fizesse, não
haveria evolução... De modo que a filosofia avatárica se caracteriza pela Revelação, pela
penetração dos elementos no vir-a-ser. Os Avataras, com suas novas informações cíclicas, dão
determinado impulso na Humanidade, durante certos ciclos, os quais são denominados de
Idades. Essas Idades são chamadas, na Ciência das Idades, de iugas e são assim classificadas:
Idade de Ouro, de Prata, de Cobre e de Ferro. Os ciclos avatáricos começam com o maior
impulso, maior esplendor, máximo potencial cósmico e, na seqüência dos acontecimentos, do
labor evolucional, as coisas vão como que se desgastando, perdendo o potencial, até atingir a
quarta Idade (Kali-iuga ou Idade Negra). Nessa Idade, geralmente, apresentam-se os Avataras
de maior potencial, para promover nova vida, dar início a nova era, etc. Pelo que se
depreende, Avatara é realizado através de um corpo físico de absoluta perfeição, de uma
personalidade mais completa, mas harmônica, existente na Face da Terra, através da qual o
Espírito de verdade revela aos homens o Verbo Divino. Quando fala, imprime nos humanos
seres seu fluxo divinal e colhe deles as experiências terrenas. A Filosofia, os Aspectos da
Verdade concentrados na expressão “Avatara”, requerem, sem dúvida, um complemento de
real importância. Os que meditarem, procurando pensar profundamente sobre o assunto,
procurando o sentido transcendental de tal NOME, compreenderão que AVATARA é a
manifestação, a limitação de Deus, da Divindade, nos planos mais densos do Universo. Com
efeito, esse evento vem do máximo ao mínimo e vai do mínimo ao máximo, atuando sempre e
naturalmente com determinada porcentagem em cada plano de manifestação. É como que
Deus, o Eterno, vindo se individualizando, progressivamente, do Infinito, do Espaço sem
Limites, através dos Deuses, semi-Deuses, Homens e... até o protozoário. Ora, a Essência das
Essências (não há palavras para definí-la) embora sendo de natureza unitária, manifesta-se,
age, realiza de infinitos modos, como multiplicidade e em vários planos, do mais elevado,
refinado, ao mais grosseiro. À proporção em que vai descendo aos planos mais grosseiros, vai
aumentando o número de veículos, de personalidades. Por exemplo, de “um em três”, “três
em sete”, sete em quarenta e nove, etc., obedecendo sempre a chave numérica dos
conhecimentos iniciáticos. A Índia primitiva apresenta a magna idéia de Avatara através da
TRIMURTI. Tri é três e murti é corpo. Três corpos “Trikaya”, têm o mesmo sentido da
Santíssima Trindade dos católicos. A Trimurti indiana é constituída de três elementos
avatáricos denominados de Avataras: de Brahmá, de Vishnú e de Shiva; a Santíssima Trindade
o é de: Pai, Filho e Espírito Santo; os gnósticos falam em Pai, Mãe e Filho; os egípcios têm a
mesma idéia com os nomes de Osíris, Ísis e Hórus.

1º) Avatara de Brahmá – é o mais elevado, mais global, de maior amplitude... ... Brahmá
corresponde à idéia de Zeus, Deus, etc. Tem como raiz o elemento Brig, com o sentido de
dilatar-se, expandir-se. É o ponto misterioso, abstrato, que se acha sempre pulsando, à guisa
de um Coração do Universo. Coração que com seu eterno pulsar mantém o ritmo da Vida do
Cosmos. Segundo os gregos, é de natureza do Primeiro Logos. É o Supremo Criador.

2º) Avatara de Vishnú –o Conservador da Vida... provém da raiz Vich, com o sentido de
penetrar, encher, melhorar, etc.; é a manifestação da energia solar. Vich, como vimos, é
penetrar, encher, etc.; nú, invertido, é um, logo, Vichnú é o Poder de Plasmação da Energia
Celeste, da Vida Una, da Supra-Unidade, penetrando no Ser Humano através dos Chacras,
principalmente pelo Coronal ou Sahasrâra, o que está vivificando a parte psíquica do ser
vivente. Compreendemos que o Avatara de Vichnú é da natureza da Alma-Mundi. Os ciclos de
manifestação dos Avataras de Vichnú são semelhantes aos dos Signos do Zodíaco. Esses ciclos
são em número de 14. Atualmente deve-se estar preparando para o Décimo que começará sua
atividade em 2005, segundo está anunciado, e esse Décimo Avatara de Vichnú tem o título de
Kalki-Avatara.

KALKI-AVATARA – (Glossário Teosófico) “O Avatara do Cavalo Branco” que será a última


encarnação manuantárica de Vichnú, segundo os Brâmanes; de Maitréia, consoante os
budistas do Norte da Índia; SOSIOCH, o último herói e salvador dos zoroastrianos. Há o
anúncio: sentado em um corcel branco como leite, com uma espada desnuda, resplandecente
como um cometa, abrir-se-ão os céus e aparecerá Vichnú, quando chegar ao Décimo Avatara
dessa série, para exterminar os maus, renovar a Criação e haverá o restabelecimento da
pureza”.

3º) Avatara de Shiva – (ou Ziva) é o terceiro elemento de que se compõe a Trimurti indiana;
tem o sentido de destruidor, mas destruidor no sentido de “Destruens et Construens”. Shiva
destrói velhos órgãos com a finalidade de serem substituídos por novos, a fim de manter a
dinâmica, o movimento da circulação da Vida, no sentido da meta evolucional. Na época em
que vivemos, há uma tendência para destruir as velhas ordens das coisas, instituições, hábitos
antigos, para uma nova fase. Os seres humanos estão sofrendo uma transformação geral, pois
há necessidade de haver seres com mais sensibilidade e mente superior, para dar forma à
Sabedoria eterna, a uma vida mais vibrátil. Tudo precisa vibrar com maior dinamismo.

Essa verdade ou esses aspectos da Verdade, já se firmaram no Inconsciente Coletivo da


Humanidade. Essa alegoria de três Avataras está representada em quase todas as organizações
da Face da Terra: os egípcios respeitavam as expressões maçônicas “Menphis, Maisim e
Mizraim” – Grão Mestre e Colunas J e B; os sacerdotes oficiam a missa com dois acólitos;
enfim, há sempre a ação desse Triângulo Indeformável... ...

Nas tradições transimalaianas é venerada, respeitada, a manifestação de AVALOKITEZVARA


QUE, TAMBÉM, É UMA FÓRMULA DE EXALTAÇÃO A UM ELEVADO AVATARA.

Avalokitezvara, “Senhor que mira”. Em interpretação vulgarizada, exotérica, é considerado o


Avatara de PADMAPANI (o Portador do Loto ou o Filho do Loto). Na filosofia transcendental,
“AVALOKI” é o “Mirador”. É algo como Espírito Divino ou Inteligência Superior agindo no
Homem. Usa-se, também, a expressão mística “OM MANI PADMÉ HUM !”, para rogar a sua
ajuda, a sua proteção.

Quando a Escola IOGACHÂRYA declarou Avalokitezvara como Loto Padma-Pani, esta ensinando
como se estabelece a ligação com um ser superior, um Dhyani-Bodhsatwa, senão, um aspecto
de “Amitaba-Buda”... O Dhyani-Bodhsatwa é o reflexo de “Amitaba”, mas ambos são UNO: um
no Céu e outro na Terra. Sim, as duas Faces de Deus, de Brahmá, do Eterno, etc.

No Glossário Teosófico de H. P. B., encontramos um termo que nos chamou a atenção: Aveza-
Avatara.

AVEZA-AVATARA (Gl. Teos.) “Um Avatara parcial; um Ser Humano que recebe um influxo
divino num grau todo especial”.

Quando deparamos com este termo, seu significado nos fez associar o sentido deste nome
com os admiráveis ensinamentos dados pelo Professor J. H. Souza:

“Segundo o presente Ciclo, consideramos três tipos de Avatara: integral, parcial e


momentâneo.

1º - Avatara Integral é quando o impulso da manifestação de Deus, Brahmá, do Senhor das


Eternidades, do Supremo Logos Criador, se faz com 100% do poder máximo do Absoluto,
Daquilo (Daquilo porque não há palavras para definir essa realização). Damos como exemplo
esclarecedor: Krishna, Buda, Aknaton, Ketzal-Kuatl e muitos outros.

2º - Avatara Parcial são os Avataras para impulsionar ciclos menores. Por exemplo: 7
Avataras Parciais são iguais a um BUDA. O trabalho DELES corresponde a 75% do valor de um
Avatara Total ou Integral.

3º - Avatara Momentâneo é o Avatara que age com 50% do valor integral. Quando se
trata de crianças privilegiadas que nascem para uma grande Missão, recebem de quando em
vez esses divinos impactos, como se fossem oráculos ou divinos veículos para que depois de
adultos passem a ser Avatara Integral. Por exemplo:

Outrora, na Mongólia e Tibete, quando esperavam pelo nascimento de um Buda-Vivo,


procuravam identificá-lo através dos Avataras Momentâneos: o novo Buda-Vivo era submetido
ao teste; a criança, aos 7 anos mais ou menos, recebia uma inspiração, ou melhor, entrava em
êxtase e nesse estado de ser revelava aos monges, algo que era somente do conhecimento do
antecessor. Anunciava onde se encontrava determinado objeto que pertenceu ao seu
antecessor e que se achava escondido de tal modo, sem o conhecimento dos componentes da
comunidade.

O Cristo falou aos doutores do Templo aos 13 anos de idade física. No Oriente é comum, em
determinadas datas importantes, jovens de 13 a 16 anos de idade serem avatarizados
momentaneamente, a fim de anunciarem as Verdades do Novo Ciclo. Em casos imprevisíveis, o
Espírito de Verdade pode usar um oráculo honesto para salvar uma situação difícil e perigosa.
O excelso Professor J. H. Souza, por volta de 1924, em Niterói, fez um Avatara Momentâneo
num vendedor de balas de um cinema. O baleiro, de um momento para o outro, passou a
discorrer sobre filosofia... ...”

Encerramos este estudo com as sublimes palavras que devem ser bem meditadas ou refletidas,
porque a reflexão abre as portas da mente para se identificar com a Revelação:

“Evoluindo do perdão ao êxtase, encontrareis o porque de todas as coisa”.

“Peregrinos da Vida, Peregrinos do Perdão! Poderão um dia alcançar a glória de serem eternos
como EU, poderosa Centelha! Porque, para isso, basta todos quererem ter o mesmo Ideal...
Tonifiquem-se com estas palavras”...

Aula nº: 24 - 3º Estudo comparativo sobre Avatara

Com o estudo comparativo sobre Avataras, não devemos nos esquecer do Deus Toth ou Toth-
Hermés, senão ficaria um espaço vazio no trabalho desta série da “Genealogia Secreta do Ser
Humano”.

Toth é alegorizado pelo Touro. O Touro (Taurus), na linguagem simbólica e consoante os


ensinamentos ministrados pelo Professor Henrique José de Souza, é o símbolo vivo de Toth-
Hermés ou Deus Mercúrio... Este Deus é o Patrono da suprema Sabedoria Eterna. O símbolo de
Toth-Hermés ou Deus Mercúrio, segundo a Chave Geométrica dos conhecimentos iniciáticos, é
um círculo encimado por um crescente lunar, com as pontas para cima, e uma cruz na sua
parte inferior. Descrevemos este símbolo, tomando como exemplo o Touro: seu corpo, como
se fora o círculo; as 4 patas, como se fora a cruz sob o círculo e, os chifres, como se fora o
crescente lunar.

O Touro quando muge produz o som de “MÔ” e este elemento invertido, dá OM. OM é uma
saudação mística: “Om Mani Padmé Hum”. É a síntese de outra forma mística de A U M.
Derivam desse elemento, “Toth-OM” e “Toth-OMNES” que, com as palavras já citadas, “Om
Mani Padmé Hum”, procedem da Atlântida e Ariavartha e, em cuja mais excelsa Palavra
Sagrada se encerra o “TOTUM” do Universo manifestado, senão, o processo da ação do Poder
Criador.
O sentido de Toth, egípcio, e Henoch, isíaco, é o da Árvore da Verdade, a Árvore da Vida. É o
Verbo dos gnósticos e a Primeira Emanação ou o Primeiro Aeon dos ofitas e cabalistas; é
Quetzal-Kuatl ou Serpente Luminosa, Irisiforme, dos primitivos mexicanos.

O significado de Toth foi usado por Pitágoras, como sendo a Mônada, a Unidade, o misterioso
Ponto que se expande, que se multiplica... O seu simbolismo biológico universal, está cifrado
no fenômeno da cariocinese ou desenvolvimento celular em todos os seres, doutrina universal
de Toth-emismo ou do zooismo... Toth é, pois, o Logos do Universo; o Logos de cada enxame
nebular ou sideral; o Logos de cada sistema planetário; o Logos ou Anjo de cada planeta, de
cada povo, de cada homem e de cada pensamento.

Toth ou Tot, à parte as relações simbólicas já mencionadas, é a raiz do que a ciência ocidental
da pré-história chama de “Totemismo”, ou seja, a mais primitiva forma religiosa, sim, a do
homem da idade da pedra.

Ensinamentos do Professor H. J. Souza, para seus discípulos, sobre o presente assunto:

“TOTH ou HERMÉS, como o chamavam os gregos, o Trimegisto ou três vezes Mestre, foi a alma
do antigo Egito durante muitos séculos, cidadela sagrada da ciência, refúgio dos mais ilustres
profetas e depósito das mais nobres tradições humanas. Hermés dotou a instituição sacerdotal
egípcia daquela força, pureza e superioridade intelectual que sobrepujou a dos faraós, aos
quais moralmente se os obrigava a exercitar funções de governo estrito e justiceiro, capaz de
por a coberto o povo da mão dos caprichos e fantasias de qualquer despotismo político.

Devido a organização sacerdotal que alcançou a maior perfeição e unidade, pode o Egito,
durante milhares de anos, manter o governo de cinqüenta dinastias e converter-se em foco
luminoso das puras doutrinas que constituíram a ortodoxia secreta da antigüidade, com a sua
Teogonia oculta sob a aparente idolatria de um politeísmo exterior.

O faraó era o representante do corpo sacerdotal, instrumento dos iniciados que, em


corporação, eram os verdadeiros legisladores, graças à força unitária e religiosa dada por
HERMÉS, instituidor dos célebres “mistérios”, simbolizados pela Esfinge e as pirâmides.

Os ensinamentos de Hermés, em essência, se contém no que dizia ao seu discípulo Asklepios:

Nenhum de nossos pensamentos pode conceber Deus, nem nenhuma língua O pode definir; o
que é incorpóreo, invisível e sem forma, não pode ser percebido por nossos sentidos; o que é
eterno não pode medir-se com a curta régua do tempo; somente elevando-se acima das
causas naturais, se pode perceber alguma radiação de Sua perfeição suprema.

Tal como diz Schuré, “HERMÉS” é um nome genérico como os de Manú e Buda. Designa
simultaneamente, um homem, uma casta e um Deus. Homem, HERMÉS, é o primeiro e grande
iniciador do Egito; casta é o sacerdócio depositário das tradições ocultas; Deus é o Planeta
Mercúrio, comparado com a sua esfera a uma categoria de espíritos, de iniciadores divinos
(melhor dito: representava o Raio do Choan ou o corpo físico de Mercúrio). Em uma palavra,
HERMÉS preside às regiões supra-terrenas da iniciação celestial.

A idéia da Unidade essencial, como causa suprema, foi concebida e ensinada por HERMÉS,
como o ensinaram os seus sucessores iniciados através das épocas, países e povos diferentes,
mesmo porque a Verdade é sempre UNA, embora pregada de diferentes modos, de acordo
com a evolução de cada época.

HERMÉS profetizava, dizendo ao seu discípulo Asklepios:

Aqueles que devem dominar a Terra serão enviados e estabelecidos do outro lado do Egito,
em uma cidade que será construída no Ocidente (cidade que aí se subentende como nação ou
país) e onde por mar e por terra afluirá a raça mortal.

E a pergunta que lhe fez Asklepios:

Mas onde estão eles agora, ó Trimegisto?

E a sua resposta imediata:

Estão estabelecidos em grande cidade na Montanha da Líbia. E já vos disse demais !...

TOT, o Trimegisto, proferiu sobre o Egito a seguinte profecia, para que fosse realizada na
Terra:

Egito! Egito! Das tuas relíquias não restarão mais do que as vagas recordações em que a
posteridade será a primeira a não dar crédito... E, sobre a terra fria, palavras, apenas,
contendo a história da tua devoção... O Divino tornará a subir aos céus (o Espírito de Verdade
que, por tantos anos pairou sobre ele, voltaria ao divino, por isso que o deixava abandonado às
suas próprias dores); a Humanidade completamente abandonada, morrerá por inteiro (pelo
que se vê, a profecia estendia-se a mais do que ao Egito, pois todos os povos, como já disse J.
H. Souza, são oriundos daquele tronco e da Índia). E tu, Egito, ficarás deserto e viúvo dos
homens e deuses! Terra santa que eras outrora, amada dos deuses por teu espírito de
devoção, serás a perversão dos santos, a escola da impiedade, o modelo de todos os vícios e
de todas as violências. Então, cheio de desgostos por todas as coisas, o homem não terá mais
pelo mundo, nem admiração nem amor. “

E... a Estrela de Belém, que iluminou os primitivos povos do Egito, hoje ilumina as Terras do
Brasil !...

Aula nº: 25 - 4º Estudo comparativo sobre Avatara

Continuando com esse labor sobre Avatara, cumpre-nos reverenciar com letras de ouro, o
Avatara de Krishna, considerado pela transcendental tradição, como um dos mais elevados,
completos. Ele representou a Vontade máxima de Deus, do Senhor das Eternidades, muito
bem, impulsionando a evolução espiritual do Ser Humano.

Krishna constituiu uma glorificação para a Aryavartha, o antigo nome da Índia.

Aryavartha – Arya, Artha, Arya-Agartha, ou seja, a manifestação do supremo Poder do Áries


Ardente, senão, o Ágnus-Dei, o Cordeiro de Deus tirando os pecados do mundo.

Krishna – este nome pode ser dividido em KRI, SH ou SHIM e NA:

KRI, na linguagem ocidental, equivale ao nome de Cristo, mas o Cristo Universal, ou seja,
Aquele que abençoa e não foi crucificado pelos homens, pelos fariseus. Este nome expressa o
Oitavo Princípio no “Ser Humano”. Isto corresponde ao Humano Ser que logrou alcançar o
mais elevado estágio, na meta da iluminação do Homem... que se qualificou através de seus
atos e trabalhos a favor do próximo, sem visar recompensa.

SH – Shi ou, ainda, Shim, é o Três, a alegoria da Manifestação da Divindade, da LEI Universal
(que é KRI). É manifestação da Idéia Divina, através dos três poderes humanos: Legislativo,
Judiciário e Executivo. Tem como símbolo, o Candelabro das Três Velas, este, por sua vez,
expressa no Ser Humano: Corpo, Alma e Espírito.

NA ou ANA – caldeu – quer dizer céu invisível; a mãe do mar e a mãe terrestre. Daí, talvez, a
origem de Mãe, Maria, Mariana... ... ...

O sentido dessas palavras, nos levam a pensar: Krishna foi realmente um Avatara Integral que,
na sua época, se apresentou para neutralizar o poder negativo, o qual tinha o objetivo de
dominar e retardar a evolução da Humanidade da época.
Os Avataras de Krishna e de J H S, realizaram plenamente o que se expressou pelas divinas
palavras: Escola – Teatro – Templo.

Escola – desenvolvimento da Mente Universal, da Auto-Inteligência;

Teatro – aprimoramento da sensibilidade superior, da Auto-Emoção;

Templo – a ação de Terpsícore, o divino Teatro praticado com assânas, músicas universais,
mantrans, para que a consciência humana possa se integrar na universal.

KRISHNA foi sacerdote, guerreiro e sábio. Como Guerreiro Divino enfrentou os lunares ou
nirmanakayas negros, com o Cisma dos Ionidjas, o que eqüivale nos nossos dias, à luta entre os
que trabalham como idealistas, com sinceridade, e os abutres, os corruptos, ou o que
poderíamos denominar de “solares e lunares”. É a luta entre essas forças opostas que está
muito bem narrada no Bhagavad-Gîta, que é o “Canto do Senhor”. É um episódio do
Mahâbhârata, o poema épico da Índia, que contém um diálogo no qual o “condutor do carro”,
Krishna, e seu discípulo, Arjuna, têm uma discussão acerca da mais elevada filosofia espiritual.

KRISHNA – (sânsc. – Gl. Teos.) O mais célebre Avatara de Vishnú, o Salvador da Índia e seu
Deus mais popular. Foi o Oitavo Avatara, Filho de Devaki e Sobrinho de Kansa, o Rei Herodes
dos hindus que, enquanto o procurava entre os pastores e vaqueiros que o haviam ocultado,
fez matar milhares de crianças recém-nascidas.

A história da concepção e infância de Krishna é o verdadeiro protótipo da relatada no Novo


Testamento, em relação ao Cristo... Ele é representado por uma figura com o corpo esbelto,
cabelos fortemente frisados, com quatro braços, tendo nas mãos uma maceta, um disco
chamejante, uma jóia e uma concha.

Era Filho de Vasudeva e Primo de Arjuna. Para escapar à perseguição de seu Tio Kansa,
Krishna, recém-nascido, foi posto sob o amparo, a guarda, de uma família de pastores que
vivia do outro lado do Rio Yamunâ. Desde muito jovem dedicou-se à prédica e acompanhado
de seus discípulos, percorreu a Índia, ensinando a moral mais pura e realizando prodígios
inauditos. Morreu ao principiar a Kali-Yuga (Idade Negra), há uns cinco mil anos atrás,
transpassado seu corpo e cravado numa árvore, pela flecha de um caçador. Anunciou: ao fim
da Idade Negra aparecerá de novo, para destruir a iniquidade e inaugurar uma Era de Justiça.

No Bhagavad-Gîta, Krishna é a representação da Divindade Suprema ou o Espírito Imortal que


desceu à Terra para iluminar ao Homem e contribuir para a sua salvação. Por isso se
representa ao Deus desempenhando em favor de Arjuna, o papel de guia e condutor de seu
carro no campo de batalha, contra os lunares decaídos, assim como Arjuna é a representação
do Homem, ou melhor dito, da Mônada Humana, como vem prová-lo o significado de Nara
(Homem), que é um dos vários nomes de Arjuna.

No Livro do Dr. Roso de Luna “El Simbolismo de las Religiones del Mundo”, há uma citação
sobre o Avatara de Krishna:
“Os Rishis (Reis), pois, são os que marcam os períodos de tempo nesta Kali-Yuga (Idade Negra)
do pecado e da tristeza, porque, segundo ensinava o Bhâgavata-Purâna, “quando Krishna, o
esplendor de Vishnú, subiu aos céus, a Idade de Kali, durante a qual os homens gozavam no
pecado, invadiu o mundo”. Com efeito, quando os sete Rishis estavam em Magha, principiou a
Idade de Kali (Negra) que compreende 1200 anos divinos, ou sejam, 432.000 anos comuns, e
que alcançará todo seu desenvolvimento sob Nada e seus sucessores (Vishnú Purana, trad.
Wilson IV, 230). Nanda foi o primeiro soberano budista chandragupta, da dinastia dos Morya e
avô de Ashoka.

Encerramos esta monografia com um valioso pensamento de Krishna:

“Como um Sol único ilumina o mundo inteiro, assim o Único Espírito ilumina toda a Natureza. E
quem, mediante a Sabedoria Espiritual, percebe essa diferença entre a Alma e a Matéria, entre
Espírito e Natureza, entre o conhecer e o conhecido, percebe, também, como se liberta a Alma
da Matéria e da Personalidade e alcança a Consciência Espiritual, em que tudo vê como uma só
Realidade, sem ilusão e sem erro.”

Aula nº: 26 - 5º Estudo comparativo sobre Avatara

BUDA e CRISTO

Para complementar o assunto desenvolvido nessas monografias IVR da Genealogia Secreta do


Ser Humano, sobre o estudo comparativo dos Avataras, seria imperdoável se não
inseríssemos, neste quadro, o tema acerca dos sagrados elementos venerados pelos orientais
e ocidentais. O respeito e a veneração tributados aos nomes de Buda e Cristo, são
incalculáveis. Têm muito peso esses dois nomes, embora tenha havido muitos outros Deuses,
Avataras, etc. O pensamento de milhões e milhões de Adeptos, budistas e católicos, criou, sem
dúvida, potentíssimas egrégoras que se apresentam em forma de anjos, etc. Buda no Oriente e
Cristo no Ocidente constituem, com efeito, os patronos da espiritualidade nesses dois
Hemisférios. A rotina do pensamento, da crença, de modo geral, limitou o sentido impessoal,
sobre essas duas Chaves Históricas, do verdadeiro iniciado. Quem quiser penetrar o sentido
profundo de quanto foi escrito sobre Buda e Cristo, usando a mente abstrata, observará que,
na verdade, ELES são Essência, Energia, LUZ, a mais elevada Onda de Vida que é captada, por
elevadíssimos Seres que assim, a manifestam em revelações, sabedoria, a Sabedoria Eterna.
Por isso nos dizem os sábios, os conhecedores da Ciência das Idades: “Senhor Gautama, o
BUDA, e Jesus, o CRISTO – o primeiro no Oriente e o segundo no Ocidente – constituem,
nesses últimos século, os Pratos da Balança Espiritual, aferindo o valor dos homens, em
relação aos conhecimentos sagrados...” Segundo afirmam as tradições relativas à Vida de
Gautama, o Buda, Ele disse: “Quando eu morrer, meu Espírito pairará sobre o Mundo”. De
fato, Buda, como Essência, continua pairando sobre o Mundo, como sói acontecer com a luz
do Sol, as ondas sonoras, o Hálito de Vida, etc. Buda é a Vida Universal envolvendo a tudo e a
todos. Quando há necessidade cíclica, age, manifesta-se como Bodsatwa ou toma forma, a fim
de impulsionar a dinâmica evolucional no mundo dos homens, através de seres preparados
iniciaticamente para tal fim, missão, etc.

BODISATWA – este termo pode ser dividido em Bodi ou Bodhis mais Satwa.

Bodhi tem o sentido de sabedoria. Satwa, verdade, força, estabilidade. Logo, Bodsatwa é
aquele que conquistou o verdadeiro equilíbrio, tornando-se Justo e Perfeito.

Para melhor esclarecer a exposição de nossas idéias acerca deste assunto aqui estudado,
apresentamos as considerações:

Buda – o de imutável e eterna sabedoria abstrata;

Bodha – étimo do termo Buda, com o significado de posse inata da inteligência ou mente
divina que, aliás, é a característica dos Avataras (portadores da Essência de Buda).

Budhâ – é a aquisição da inteligência ou mente divina por esforço próprio da personalidade ou


do Ser Humano. Dá a faculdade de Budhi.

Budhi – Esta é a faculdade de conhecer, é o canal pelo qual se chega ao perfeito discernimento
do bem ou do mal, senão, da ação da polaridade da manifestação da Vida, em todos os setores
de atividade. Pode ser, também, a Consciência Divina, a Alma Espiritual, senão, Atmã-Budhi
(de nossos estudos anteriores) como veículo do ATMÃ ou o supremo Princípio Crístico, ou seja,
o máximo estágio da evolução dos iniciados verdadeiros.

Recorremos ao Dr. Mario Roso de Luna, no seu Livro “Simbologia Arcaica”, para oferecer ao
leitor desta monografia, algo acerca de Jesus, o Cristo. Nessa obra citada, há um trecho de H.
P. B. que transcrevemos:

“Aludindo a Jesus, o grande Iniciado da Galiléia, escreve a nobre Mestra, autora da Doutrina
Secreta:

Seis séculos depois do trânsito de Gautama, o Buda, outro REFORMADOR, tão nobre e tão
amante da Verdade como ELE, aliás, menos favorecido pelas circunstâncias, pois surgiu em
outra parte do mundo, entre gente bastante menos espiritualizada que aquela da Índia. Os
resultados obtidos por ambos os Salvadores do Oriente e do Ocidente, oferecem grandes
analogias. Milhares de almas boas converteram-se às respectivas doutrinas dos Mestres,
porém, os indiciosos inimigos que contra uns e outros suscitaram o sectarismo, os hostilizaram
com maliciosas tergiversações da Verdade que, por sua índole oculta, resultaram duplamente
perigosas. Os brâmanes disseram: ‘Buda, com efeito, é um Avatara de Vishnú que veio
vulnerar com sua doutrina, a fé ortodoxa dos brâmanes e, por isso, devemos detê-lo como
mau aspecto de Deus’... De Jesus, do mesmo modo, disseram também, por sua parte, os
gnósticos bardesianos e outros ortodoxos semelhantes, que Ele era o ‘Nabu’ ou falso Messias
que vinha vulnerar com perigosas doutrinas, as bases das seitas estabelecidas. Acontece,
porém, a bem dizer, a palavra ‘Naba’, em hebreu, significa todo aquele que fala por inspiração
e ‘Nebo’ é o inspirador supremo e não é, senão, o Deus da Sabedoria de Mercúrio, a quem o
monograma hindú dos 7 Planetas considera como ‘Buda Celeste’. Por isso os talmudistas
chegaram a sustentar que Jesus esteve inspirado, em seus ensinamentos, pelo próprio Espírito
Planetário de Mercúrio, o que Guillermo Jones identifica, também, com Gautama, o Buda.

A seguir, inserimos aqui outro trecho sobre o Cristianismo:

Em tempo próximo à Era Cristã, viajando Apolônio de Tiana, em busca dos sábios da Índia
setentrional, encontrou uma comunidade de Adeptos que nada necessitava; possuíam tudo e
denotavam maravilhosos poderes. Julino Martins é testemunha dos poderes extra-físicos de
Apolônio de Tiana, os quais foram adquiridos, como discípulo dos Adeptos. Os gnósticos
cristãos apareceram no segundo século, precisamente na época em que desapareceram
misteriosamente os essênios, o que indicou que eram aqueles os próprios essênios. A Doutrina
Secreta declara que as várias seitas gnósticas foram fundadas por iniciados. Aceitam, sem
dúvida, a metempsicose e a Serpente Sagrada figura em muitas jóias gnósticas. O elemento
budhico que, de modo evidente, domina em sua doutrina, tem sido observado por muitos
eruditos e insignes Adeptos. Os termos Nazar e Nazareth, das antigas Escrituras, equivalem ao
de Adepto e, portanto, resulta clara a relação entre os iniciados e a seita dos nazarenos. Em
realidade, a doutrina secreta dos magos, a dos budistas pré-védicos, dos hierofantes egípcios
de Hermés, assim como a dos Adeptos, iniciados de todas as épocas e nacionalidades, inclusive
os cabalistas caldeus e os nazarenos, tiveram a mesma origem.

O caso de Jesus oferece as mesmas possibilidades que o de todos os Adeptos e Avataras como
Krishna, Gautama e Sankara, os quais, em seus respectivos países, gozam da mesma adoração
que os cristãos tributam a Jesus de Nazareth. Para se perquirir os valores, a importância de um
Adepto ou Instrutor do Mundo, devemos observar este ensinamento:

“Assim é que a semelhança biográfica não se deve buscar nos atos correntes da cotidiana vida
dos Adeptos, senão nos feitos capitais de sua carreira, como instrutores religiosos. Tudo isto se
funda sobre bases astronômicas que, ao mesmo tempo, servem para representar os graus e
provas de iniciação, sendo a mais importante, a descida aos reinos das trevas e da matéria, de
onde surgem como “SOL DE JUSTIÇA”. Assim, pois, esta prova é mencionada na história de
todos os Salvadores, desde Orfeu e Hércules até Krishna e Cristo. Diz Eurípedes: Herácleo
chega do seio da morte, da inferior morada de Plutão... E Virgílio escreve: Ante Ti tremeu a
laguna estígia. Ante Ti se amedrontou o Cão Cérbero. Contigo não se atreveu lutar Tifón. Salve,
ó verdadeiro Filho Jove que és glória dos Deuses (Eneida, VIII, 274). Orfeu busca no Reino de
Plutão a Eurídice, sua perdida Alma. Krishna, símbolo do Sétimo Princípio, desce aos infernos e
resgata seus seis irmãos. Transparente alegoria da perfeita iniciação e que o conjunto dos seis
Princípios se submerge no Sétimo. Jesus descendo, também, aos infernos, para de lá tirar a
Alma de Adão, símbolo da humanidade física. Cuidaram ou trataram alguma vez, os eruditos
orientalistas, de buscar a origem desta alegoria na “Árvore da Vida” ? Segundo demonstram
suas próprias interpretações exotéricas e extraviadas, no Rig-Veda, o mais antigo e fiel dos
quatro livros sagrados dos Vedas, chama-se a esta alegoria, raiz, a semente dos futuros
Salvadores; Vishvakarmam, o 7º Princípio, “PAI”, mais além da compreensão dos mortais. No
segundo Aspecto é Surya ou o Filho que se oferece em sacrifício a si mesmo. No terceiro, é o
iniciado que sacrifica seu ser físico ao espiritual, na mais perfeita, admirável e incompreendida
das renúncias redentoras em prol da Humanidade. Assim, a chave da iniciação, nos grandes
mistérios da Natureza, está forjada no Vishvakarmam, o “omnieficiente” que, misticamente,
chega a ser Vikartana ou “o SOL privado de seus raios” que sofre a causa de sua ardente
natureza e depois alcança a glória por purificação. Temos aqui o segredo da maravilhosa
semelhança entre as biografias místicas dos Adeptos”.

O supremo Iniciador dos homens livres, Professor Henrique José de Souza, usava saudar, no
ato da realização ministrada por Ele, as sublimes palavras: ADI BUDA VAHAM BUDA. Que é ADI
BUDA?

ADI-BUDA – Adi-Buda ou simplesmente ADI, é o UNO, o primeiro ou a suprema Sabedoria. É


um termo usado por Aryasanga, em seu tratado secreto e, na atualidade, por todos os místicos
e budistas do Norte da Índia. E, ademais, é uma palavra sânscrita e uma denominação dada
pelos primitivos ários à Deidade desconhecida, não encontrando substituição na palavra
Brahmã, nem nos Vedas nem nas obras mais primitivas. Ela significa a Sabedoria Abstrata ou,
como traduz Fitzedward Hall: Adi Buda, a Causa primeira e increada do Todo. Devemos, pois,
transcorrer os “eons” ou ciclos cósmicos de duração indizível, antes que qualquer epíteto
“Buda” fosse humanizado, por assim dizer, para aplicá-lo aos mortais e adjudicá-lo, finalmente
a um, cuja virtude e sabedoria incomparável deram motivos a que fosse adjudicado ao título
de “Buda”, ou seja, a imutável Sabedoria Abstrata...

Atribuem ao grande Gautama, o Buda, as palavras: Quando eu morrer, meu Espírito pairará
sobre a Terra! Se, de fato, Buda designa a Essência Divina, senão, a Vida Energia cósmica,
sempre eterna e permanentemente, pairará sobre a Terra. Quando necessário for, torna a
vibrar, encarnar, ciclicamente, num Bodsatwa, num Salvador, a fim de impulsionar a dinâmica
evolucional da Mônada Humana. Pois assim aconteceu com Krishna, Orfeu, Sankia, Gautama,
Jesus, Ramakrishna e muitíssimos outros Seres que glorificaram a Face da Terra, com a sua
presença. Todos, tendo como escopo transformar a Vida Energia em Vida Consciência. A Vida
Energia como se fora, por exemplo, o Inconsciente Coletivo da Humanidade e, essa Vida
transformada em Vida Consciente, pela ação dos maravilhosos Bodsatwas. Ora, alcançar a
Budeidade e alcançar a Iluminação, tem o mesmo sentido, é o mesmo ato. Cristo, a Suprema
LUZ, a Inspiração Divina, no alto das Montanhas, no cume dos Montes, pairando sobre as
nuvens, de braços abertos, fitando a Humanidade firmemente, conclama os homens à prática
de amar uns aos outros, perdoar seus inimigos, voltando os olhos e a mente para a Divindade,
como símbolo da Unidade. Conclama os seres humanos a se integrarem na Idéia de “Um por
Todos e Todos por Um”. Isto porque o sangue que corre nas veias dos Bodsatwas, Oráculos,
Profetas, corre, também, nas veias de qualquer mortal. Petencoste é o Sangue dos Manús, dos
Bodsatwas, transformando o sangue dos mortais. Ora, a imortalidade também se processa
fisicamente!

ADI BUDA VAHAM BUDA ! ! !

Saber ! Amar ! Perdoar e Trabalhar ! ! !

Aula nº: 27 - HIERARQUIAS CRIADORAS

Apresentamos o estudo da mecanogênese dos Avataras, através de várias monografias. Agora


vamos nos propor pensar nas Hierarquias Criadoras, complementando a Missão dos Avataras.
Este assunto, Hierarquias Criadoras, demonstra a individualização progressiva da Suprema Luz
até o Ser Humano e até o infusório.

Atribuem ao grande Heródoto, as palavras: “a construção das pirâmides foi realizada do


vértice para a base”. Isso constitui um absurdo para a ciência materialista, no campo das
limitações de sentidos, entretanto constitui um aspecto da Verdade, uma informação útil para
se penetrar na área da abstração e é ponto essencial para se compreender o sentido da
cosmogonia, senão, da Metafísica: da Meta, Metástase Avatárica ou Manifestação da
Divindade.

A Meta do Poder de Criação, da Suprema Mente Infinita, é a transformação da UNIDADE na


multiplicidade de formas viventes, a fim de haver a conversão da Vida-Energia em Vida-
Consciência, o que, dentro da linguagem moderna, significa converter a antimatéria em
energia inteligente, em mente; a Vida-Energia, o poder do pensamento trabalhado pelo
cérebro humano.

Se não nos falha a memória, foi o Padre Antônio Vieira ou outro Pensador do mesmo nível que
afirmou: “Deus cria geometrizando”... ... Logo, compreendemos que o Criador criou os planos
de condensação da Suprema Energia, geometrizando, por isso, alegorizamos os 4 Planos da
Manifestação da Divindade, do Eterno, por 4 círculos concêntricos. Esses 4 círculos, os gregos
denominavam de Logos e mais o Globo físico ou, então, 3 círculos concêntricos e mais um
ponto, no centro do menor. Isso é no ponto de vista de Vida Universal, Energia Cósmica mas, a
parte consciente, a parte luminosa, de energia inteligente, pensante, é denominada de
Hierarquia ou Jerarquia.
HIERARQUIA – consoante a definição do Professor Antenor Nascentes é “ordem de
subordinação das categorias, poderes, patentes, dignidades, qualquer classificação por ordem
(do grego ‘hierarchia’)”.

Essas Hierarquias têm perfeito relacionamento com os Elementos da Natureza – Ar (Hálito),


Fogo, Água e Terra – consoante o quadro estabelecido pelas teogonias sagradas, da
subordinação da Vontade do Logos Criador, de Deus... num sentido progressivo do
Incognoscível ao plano mais limitado ou denso.

O Supremo Instrutor do Mundo, J H S, classificou os Planos de origem das Hierarquias


Criadoras da “VAGAS DE VIDA”, ou seja, a Energia Cósmica que preenche esses espaços vazios.

Do “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de J H S:

“Chama-se Vaga de Vida a uma emissão de Vida do Logos. Podemos distinguir três Vagas de
Vida:

Primeira Vaga de Vida: proveniente do Terceiro Logos (a Terra); dá-se-lhe o nome de Mônada
do Átomo, pois é graças à sua ação que se formam os átomos;

Segunda Vaga de Vida: ou Mônada da Forma, proveniente do Segundo Logos (do Céu). Dá aos
átomos formados pelo Terceiro Logos, o poder de coesão que lhes dá a possibilidade de se
agregarem em formas mais ou menos estáveis;

Terceira Vaga de Vida: ou Mônada da Individualização, proveniente do 1º Logos; dá do EU-


CONSCIÊNCIA, pela união do Espírito mais alto com a forma animal, proveniente dos reinos
inferiores...”

Um outro sentido que se dá ao termo, é de projeção ou transferência de Vida de um globo


para outro, em uma Ronda (tempo de duração). Poderíamos, ainda, chamar de Vaga de Vida à
nova emissão de Vida do Logos, no começo de uma Ronda e que entra no primeiro reino
elemental de um Universo imediato.

Podemos mencionar aqui, o Espírito, a parte sutil, estado de essência expresso pelo artista,
cinzelando a matéria, a fim de modelar as formas harmônicas e perfeitas. De modo que no
nosso plano denso, as Hierarquias Criadoras têm como escopo, modelar formas. Forma tem o
sentido de “Homem de Barro” (corpo físico, limitado, de que falam as escrituras sagradas).

O Bem, o Bom e o Belo são só os três aspectos da Mente do Logos Criador, tentando modelar
as perfeitas formas, de modo que as Vagas de Vida tenham êxito no labor da argila dos
universos em formação. Quanto melhor for a qualidade da argila, tanto melhor será a Obra do
Criador. De modo que Espírito e Matéria, Inteligência e Cérebro, são irmãos inseparáveis na
criação dos mundos e de seus habitantes, respectivamente, Vida-Energia e Vida Consciente.
A Mente Divina do Criador, de Deus, descendo para o campo da Manifestação, atingiu o ponto
máximo de densidade, neste arco evolucional, que simboliza o mergulho do Supremo Criador
no imenso Oceano da Obscuridade absoluta, transformando as trevas em Grande LUZ.

Como elementos primordiais que entram na constituição do Universo, há os 4 Elementos, de


muitas interpretações: AR, FOGO, ÁGUA e TERRA... Os três primeiros não têm forma própria,
somente a Terra se apresenta como sólida... Esses 4 Elementos, apresentamo-los como sendo
a Vida-Energia, a Natureza, os 4 Espelhos de Deus, senão, as 4 Mães-Naturezas, as 4 Grandes
Shaktis. As partes conscientes, portadoras de Mente Criadora, desenvolvida ou a desenvolver-
se, são as seguintes Hierarquias, respectivamente relacionadas com os 4 Elementos da
Natureza, aqui citados: Assuras, expressando a ação do Elemento AR (Hálito); Agnisvatas, com
o Elemento FOGO; Barishads com o Elemento ÁGUA e Jivas, com o Elemento TERRA. Esses 4
Elementos constituem a Cruz Mundanal. Essas 4 Hierarquias constituem a parte consciente do
Universo, com a mente, com a inteligência superior bem trabalhadas. Elas, embora de
naturezas e estágios evolucionais diferentes, trabalham harmonicamente, obedecendo à
Harmonia do Universo. Elas são como os dedos da mão do Ser Humano: todos têm tamanhos
diferentes, mas funcionam harmonicamente. Perfeita idéia de trabalho de equipe. O trabalho
harmônico dessas Hierarquias expressa, perfeitamente, a “Democracia Cósmica”. Cada
Hierarquia funciona, dominando seu Plano, mas obedece à LEI CÍCLICA, representante da
Grande UNIDADE. Isto está muito bem expresso pela sublime frase: UM POR TODOS E TODOS
POR UM ou, então, O UNO NO TODO E O TODO NO UM! No ponto de vista da Matemática
Divina, os Senhores dos 4 Estágios, relativos à Consciência dessas 4 Hierarquias, são
portadores das 4 Dimensões.

Pensando nas dimensões dessas 4 Hierarquias, compreendemos o que representa a base da


grande Pirâmide Evolucional. Baseados no dito de Heródoto, concluímos que essas 4
Hierarquias dão-nos a idéia de que elas foram criadas, mas os seus Criadores são de
Hierarquias subjetivas, sem forma física, mas têm forma e poder luminosos. Elas criam com o
Poder da Mente Universal, enquanto que as 4 outras o fazem do ponto de vista material.

Passamos, agora, a caracterizar as 4 Hierarquias Criadoras, citadas neste estudo e nesta


monografia IVR nº 28. É uma classificação das Tradições e da Ciência das Idades:

Primeira Hierarquia – ASSURAS – Têm o sentido de “Filhos do Hálito Divino”. Seres portadores
do mais elevado estado de consciência, mais alto estágio evolucional, no ponto de vista
espiritual do nosso Sistema de Vida. São os portadores da Vontade Divina.

ASSURAS: AS dá a idéia de escribas, também denominados de “Lipikas”. Precisamos prestar


atenção acerca do termo ASURA: SURA vem de Surya, o SOL, e Sura é como se fossem raios
deste SOL Surya que tem o sentido de Deus, em nossa Língua; A é um prefixo que dá o sentido
de negação, do que é negativo. ASSURA quer dizer “não Deus”, a negação de Deus, logo, é o
demônio, o do poder negativo. Esta Hierarquia está relacionada com o que o Filósofo J H S
classificou em seu Livro “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de terceira Vaga de Vida.
Segunda Hierarquia – PITRIS AGNISVATAS – são os portadores da Supra-Inteligência ou Mente
Divina. São os mais elevados Seres que desenvolveram a Mente Divina. São denominados nas
teogonias sagradas de “Filhos do Fogo”, mas do FOGO como alegoria da ação da Inteligência
Cósmica. São os que individualizam a Mente Universal. Dividimos este termo AGNISVATAS em
AGNIS – que quer dizer FOGO da Vida – e VATES que são os vaticinadores, os poetas, os gênios
inspiradores. Têm o centro de consciência no Todo, por isso vaticinam, porque conhecem o
passado, o presente e já avançaram no futuro do que serão os universos que virão para o
campo da evolução material. Os primitivos vedantinos executavam um Hino de título “AGNI”,
antes de qualquer ação mental, estudo... a fim de estimular o cérebro a penetrar na abstração;
o som tirava-os das limitações rotineiras do mental concreto. Está bem relacionada esta
Hierarquia com a 2ª Vaga de Vida.

Terceira Hierarquia – PITRIS BARISHADS – são os que já desenvolveram plenamente a Supra-


Emoção ou Emoção Divina. Graças ao potentíssimo Poder da evolução dos Membros dessa
Hierarquia, quando foi necessário agir ostensivamente, na primitiva Grécia, Grécia de Platão,
trouxeram para o mundo os conhecimentos do futuro, da revelação, através dos Oráculos,
Pitonisas, porque são portadores de uma hipersensibilidade para as coisas divinas. Esta
Hierarquia está bem relacionada com a Primeira Vaga de Vida de JHS.

Quarta Hierarquia – JIVA – No precioso Livro “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, de JHS, há


este majestoso esclarecimento:

JIVA – Palavra sânscrita que significa “EXISTÊNCIA”. É Vida Absoluta, a Vida Cósmica, e as vidas
particulares, princípios vitais permanentes no Ser Humano. Quando Seres Jivas, em evolução
espiritual, atingem o sétimo e último estágio, no ponto de vista espiritual, recebem o nome de
Jivamukta, ou seja, portador de Jivatmã ou o Jiva que se integrou no Atmã, o Sétimo Princípio.
Jiva é, ainda, o Fluído Vital ou Prana.

Os humanos seres que conseguiram atingir o estágio de Jivatmã, o Princípio Crístico, tinham
como escopo equacionar os temas de meditação dos textos sagrados e dormirem sobre os
mesmos. O Ser Humano, o Jiva, e todos os demais que se acham em formação, “fizeram-se” e
não, foram feitos. A evolução espiritual não se faz por decreto, nem por pistolão.

Inserimos aqui, o texto de um Livro Sagrado de Duat, para aqueles que desejam, sinceramente,
subir ou escalar a Montanha da Sabedoria Eterna:

“As águas dos 4 Rios Celestes são aqueles que dão movimento rotativo quaternário à grande
Roda da Vida, onde se espelha a Face do Ancião das Idades. É a região do silêncio móvel, cujo
ruído só ouvem aqueles que não perscrutam apenas através da visão dos dois olhos físicos. O
Olhos Espiritual do duplamente nascido, ali toma forma latente dos Dois Olhos que servem
naquele lugar, de base ao luminoso TRIÂNGULO EXISTENTE NO SEIO DO UNIVERSO. É aí, neste
lugar, onde se acha entronizado o Anjo Intérprete do Som que se transforma em Palavra na
sua Boca. Ele é UM, mas quando fala, é como se fosse três que falassem. No entanto, possui
ELE duas Faces: uma voltada para o Sol e outra voltada para a Terra. A 1ª iluminada pelos raios
deste mesmo SOL ETERNO. Por isso fica ELE sendo, o mesmo SOL NASCENTE. A outra é voltada
para a Terra, enquanto a Lua inverter a ordem das coisas. Sol, Lua e Terra, eis o grande
Mistério para ser decifrado!”

É através da meditação dos textos sagrados que o Ser Humano, constrói a sua pirâmide de
Mente Divina, para alcançar, no seu vértice, o Portal Celeste que ilumina a Alma Humana. EIS A
GRANDE DIFICULDADE!

Aula nº: 28 - ORDEM COMO COBERTURA DOS AVATARAS

A manifestação da Vida Universal, da Energia Suprema e da humana vida se processa através


da ação dos pólos positivo e negativo. Logo, a ação dos pólos é uma LEI Universal que funciona
em vários planos cósmicos. Observemos os dados que se seguem:

Primeiro: Tomando como base de estudo a “Chave Geométrica dos Ensinamentos


Iniciáticos, os dois triângulos entrelaçados, um de vértice para cima e outro de vértice para
baixo, formam a figura sagrada do Hexágono... Nessa admirável figura, observamos o labor do
passado e do futuro evolucional do Mundo, manipulados pela ação do presente.

Segundo: Há a idéia do Espírito e Matéria (Maitreya, etc)...

Terceiro: Entre os maçons, se expressa através do Ouro Filosofal e da Pedra Cúbica.

Quarto: O pensamento humano vive às voltas com as expressões do que se denomina de Bem
e Mal.

Quinto: Os eminentes Kabalistas falam no AVÔ DO UNIVERSO, senão, nos dois Senhores: o de
Barba Branca e o de Barba Negra; a dupla Barba do Eterno.

Sexto: Os valorosos espiritualistas baseiam seus estudos de cosmogênese e antropogênese,


no Triângulo Indeformável e Quaternário Cósmico – base da grande Pirâmide Evolucional. Há o
Ser Humano e a Natureza.

Sétimo: Algo semelhante se dá com a manifestação dos Avataras na Face da Terra, sempre o
fazem através de duas organizações, à guisa de cobertura, de defesa, de duas Colunas: uma de
natureza templária, artística, arquitetônica, beleza... ... ... e a outra, de natureza maçônica,
externa, política, científica, histórica... Consoante os ensinamentos do Excelso Senhor JHS,
Iniciação Assúrica e Jiva. Mistérios Maiores e Mistérios Menores. Essas duas colunas (J e B),
essas duas organizações que acompanham os Avataras, são denominadas de “Ordens”. Por
isso as tradições falam em Ordens Secretas. São Secretas porque seu trabalho é permanente.
Agem como se fora o organismo de um ser vivente: trabalham internamente, não são vistos e
quando um órgão para de funcionar, o seu par entre imediatamente em dupla ação, trabalha
dobrado. Os Membros das Ordens são aqueles que dão com a destra, sem que a sinistra veja
ou tome conhecimento do ato.
Essa teoria que expomos neste estudo, está solicitando uma pergunta: QUE É ORDEM?

ORDEM é sistema, regime, conjunto, ordenação das cousas de maneira que cada uma delas
ocupe o lugar que corresponda à sua natureza e, na ordem geral, se diz das leis gerais em que
pousa a moral – esta palavra tem infinito número de aplicações e acepções. Significa, ainda,
dever, regra, ação equilibrada do Ser Humano.

Consoante a Idéia, os supremos conhecimentos do Supremo Instrutor do Mundo, J H S, há


duas Ordens primitivas e de cunho iniciático: a DÓRICA e a JÔNICA. Embora haja outras,
preferimos pensar nestas.

Dórica – D ... , Devek, união. Daí surgiram as sublimes palavras: “Um por TODOS e Todos por
UM”.

Jônica – J ... , Josephi, beleza, perfeição, Justus et Perfectus...

Destacando as iniciais das duas Ordens primitivas, D ... e J ... (Dórica e Jônica), interpretamo-las
como sendo o Deus Júpiter ou Dever e Justiça ou, ainda, Deva Jupteriano.

A mitologia dos povos está cheia de expressões como estas: “Deuses Alados”, “Cavalos Alados”
e dizem que Júpiter Alado eqüivale ao trabalho do Deus Mercúrio, o Senhor ou Patrono da
Sabedoria Eterna.

Citar os nomes de todas as Ordens Secretas que existiram no mundo, seria a coisa mais
impossível a qualquer autor que se dedicasse a trabalho tão espinhoso. Sim, porque de
inúmeras delas, até os nomes são desconhecidos. Bastava isso, para não se poder dar a
semelhante trabalho, o nome de “História autêntica das Sociedades Secretas”. Por isso,
preferimos citar as maiores, as que estiveram em maior evidência. Por exemplo, a dos Fiéis do
Amor, a que pertencia Dante Alighieri, não eram mais do que uma ramificação da mesma
Ordem dos Monges Construtores.

Que dizer dos Cônegos do Santo Sepulcro, Cônegos do Santo Templo de Jerusalém, Cavaleiros
Beneméritos da Cidade Santa, Cleo de Nicoste da Ilha de Chipre, citada pelo Ministro Wurmb,
em uma das suas cartas. Há, ainda, a Ordem dos Irmãos Asiáticos, os Cavaleiros da LUZ, os
Irmãos Africanos que tanto vale pela Ordem dos Cavaleiros do Deserto que bem poucos
ouviram falar em tal nome; Ordem de Malta, Franco-Maçonaria, Ordem de Aviz, Ordem de
Mariz. E tudo isso ainda é nada, diante do vultoso número de Ordens Secretas aparecidas no
Mundo.

Não podemos deixar de colocar em destaque, a denominada de “MAÇONARIA DOS TRAISHUS-


MARUTS”, dada a sua importância na ordem dos acontecimentos para a Superação dos Ciclos
e a Meta para o Trabalho Evolucional dos Avataras.

Acerca da Maçonaria dos Traishus-Maruts, o Grande Senhor JHS fez vibrar em nosso cérebro
esse nome e, naturalmente, a sua existência e seu Trabalho, mas não detalhou como é a sua
organização nem, com minúcia, o seu Trabalho e como agem, pois o termo “maçonaria” já está
nos advertindo: “o silêncio é de ouro, as palavras são de prata”... O silêncio é de ouro,
sugerindo que quem não fala, pensa, age; a palavra é de prata porque esta desgasta a Idéia,
que é o Espírito de Deus no Ser Humano. Segundo a concepção dos novos maçons, o Grande
Senhor iria agir contra o que determina o Décimo “Landmark”.

Nada impede ao discípulo, no entanto, estudar o assunto, analisando as palavras, os nomes,


dentro da chave dos conhecimentos iniciáticos.

Por exemplo, Traishu-Marut, escrito deste modo, dividimo-lo em Trai, Shu e Marut. Trai tem o
sentido de três e, segundo Pitágoras, este número reina por toda a parte. Dentro do
simbolismo maçônico, expressa o Grão Mestre e as suas Colunas: JAKIM e BOHAZ, Colunas J e
B, João Batista, etc. No ciclo do Oriente era expresso pela Tríade: Buda-Vivo, Traishu-Lama e
Dalai-Lama; no Ocidente, Cristo, José de Arimatéia e Nicodemus; São Germano, Cagliostro e
José Bálsamo (este foi pouco conhecido pela História).

Shu é a 49ª letra do Alfabeto Sânscrito, mas do Alfabeto esotérico, porque o exotérico conta
com 48 letras. O sagrado nome desta letra Shu, tem por grafismo O|O e seu sentido é “Luz”.
Simboliza a cabeça do iluminado, ou seja, Jnânendriya, o órgão do conhecimento perfeito. Por
isso se fala nos 49 Filhos de Fohat e nos 49 de Kundalini e mais os 13 do Triângulo
Indeformável é igual a 111, ou sejam, os 111 Mahatmas ou Sábios Chineses que representam,
no seu conjunto, a Palavra Perdida, pois quando estão em Assembléia, automaticamente está
vibrando o potencial da “Palavra Perdida”.

Maruth – nos Vedas é algo muito místico (místico no sentido de iluminado, de sentir sua alma
vibrar com a métrica da Harmonia das Esferas) e corresponde à Hierarquia de Seres
denominados de Agnisvatas.

Maruth sem o “th” é Marú que pode ser dividido em Ma e Ru:

Ma – Mar da Idéia de Água (esta é vida);

Ru – invertido dá Ur que é Fogo. Logo, é a ação da Água e do Fogo. A combinação destes dois
elementos da Natureza, dá o vapor. Outrora, os vapores mágicos envolviam os oráculos, a fim
de transmitirem aos seres humanos profanos, os grandes aspectos da Verdade, da evolução do
mundo da época.

Traishu-Maruth – tomando-se como chave de conhecimento estas iniciais T e M e invertendo-


as, temos M e T, iniciais do régio título de Melki-Tsedek.

Com efeito, os Traishus-Marutas são os mantenedores do Culto ou da Igreja de Melki-Tsedek.


O Traishu-Lama foi um dos seus Chefes, no velho Ciclo.

Lama = Lá + am ou LAM = Prithivi, Terra!

Lá + ismo ou Lamaismo é a Religião do Espírito na Matéria, ou seja, a materialização do


Espírito.

Lama – invertendo a primeira sílaba para AL, temos o termo ALMA. Pensando em Alma, temos
a idéia da evolução da Alma ou Itinerário de IO em ação.

LAMA – trocando-lhes as letras, temos o termo A MAL ou amal que nos dá o sentido de algo
que é contra o mal, contra o que é negativo.
De modo que a Maçonaria dos Traishus-Marutas tem por escopo aplicar a Maiêutica,
universalmente, ou seja, a arte de partejar as almas!

Mais uma vez repetimos, em homenagem à Ordem do Santo Graal:

O “Culto de Melki-Tsedek” tanto vale por “AMOR, VERDADE e JUSTIÇA” por isso mesmo, os
dirigentes dos povos que não forem harmônicos com esses três espirituais princípios, mais
hoje, mais amanhã terão de ser punidos, através de outras três palavras julgadoras que são as
mesmas que se manifestaram no Festim de Balthazar: MANE – THECEL – PHARES... Pesado,
medido e contado e não “contados serão os teus dias” como julgam os não iniciados nos
Grandes Mistérios da Vida...

AMOR, VERDADE e JUSTIÇA

Aula nº: 29 - Medidas Áureas

“Os fatos se repetem, mas a evolução é sempre diferente” – JHS

“As proporções e simetrias são ritmos da Natureza, reversíveis e contínuos, que se produzem
no espaço”.

Quando o Homem, levado por sua Vontade, manifestada como impulso interior, quer criar
uma forma, ele nada mais faz do que repetir a Natureza, pois é nesta que se encontram a
Harmonia e as Divinas Proporções.

Platão, Vitruvio, Alberti, Pacioli, chegaram a estabelecer duas formas contrapostas de simetria
proporcional, outorgando distintas hierarquias estéticas. Para chegarem a estas classificações,
basearam-se nas diversas maneiras em que é possível dividir uma reta e um espaço. O número
de divisões que se pode efetuar é infinito, mas eles fixaram suas atenções em dois,
especialmente: ou bem dividiam a reta em duas partes iguais e simétricas, ou em partes
desiguais, numa relação de interdependência que Euclides chamou de “MÉDIA E EXTREMA
RAZÃO”.

A divisão igual e simétrica da reta, gera formas iguais e não semelhantes, ao passo que a
divisão da reta ou do espaço, obedecendo às regras da “Média e Extrema Razão”, nos
aproxima das formas que nos oferece a Natureza.

No campo dos seres vivos, a simetria e a proporção mudam de configuração, obedecendo um


ritmo pulsante e assimétrico, que cresce sem aglutinar-se, numa expansão de dentro para
fora. Este crescimento deixa sinal rítmico da sua constante presença em todos os organismos
vivos.

Pitágoras amava estudar estas formas da Natureza e relacioná-las com a geometria harmônica.
Esta geometria tem como chave mestra a divisão de uma reta em “Média e Extrema Razão”,
mãe do pentágono. Segundo Platão, o pentágono é a figura de cuja combinação “Deus serviu-
se para traçar o Projeto do Universo”. Para os pitagóricos, o pentágono era o símbolo da saúde
e da harmonia viva. Em tal figura pode-se inscrever um homem com os braços e as pernas
abertos, de modo que cada perna, cada braço e a cabeça corresponda a um ângulo do
pentágono.

Este é o símbolo do microcosmo.

A divisão de uma reta em Média e Extrema Razão foi chamada por Leonardo da Vinci de
“Seção Áurea” e Kepler deu-lhe o nome de “Seção Divina”.

Em síntese, a Divina Proporção é: um segmento AB que queremos dividir em Média e Extrema


Razão, traçamos uma perpendicular em B, e sobre esta perpendicular determina-se BD que é
igual a AB dividido por dois. Traça-se AD e tomando como centro o ponto D, traça-se um arco
marcando o ponto E. Logo, temos em AD, o segmento DE igual a DB. Fazendo centro em A,
traçando-se um arco do ponto E à reta AB, encontramos o ponto C. O ponto C determina AC e
CB que está na relação pedida, Média e Extrema Razão ou Medida Áurea.

O pentagrama cujas linhas inserem a Medida Áurea, como podemos demonstrar:

As duas linhas menores que formam o comprimento da terceira linha, e a segunda e terceira
linhas formando o comprimento da quarta, dá-nos as proporções do “Corte de Ouro”.

Oculto no interior do pentagrama, está, também, o segredo de onde se originou a partir de seu
triângulo de ouro, o retângulo de ouro, que os gregos tanto admiravam pela beleza de suas
proporções e suas qualidades mágicas.

Este retângulo tem uma forma notável. Pode reproduzir-se matematicamente, uma e outra
vez infinitamente. Basta traçar uma circular menor para criar um irmão menor:

Ou traçar uma circular maior, para criar um irmão maior.

Grandes ou pequenos, eles sempre mantém a mesma proporção. Para os gregos, o retângulo
de ouro representava a Lei matemática da Beleza. Nós o encontramos em toda a sua
arquitetura clássica e, também, em suas esculturas. Na pintura, Miguel Ãngelo, Rafael e
Leonardo da Vinci o usavam como traço principal, como evidência “La Gioconda”. Durante
séculos o Retângulo Áureo dominou o ideal de beleza do mundo ocidental. Na Arquitetura, a
Catedral de Notre Dame, de Paris, é um exemplo vivo.

Usando a faculdade do livre pensar, podemos deduzir sobre a palavra Arquitetura:

AR – hálito, sopro;

QUI ou KI – manifestação da Idéia, da Luz;


TETU ou TETO – cobertura, abrigo;

RA – fogo, lareira, lar.

Podemos concluir daí que Arquitetura é a realização, a objetivação do Abrigo da Vida,


independente da forma que este tenha, desde que esta forma esteja sob as regras que regem
o Universo.

A identidade de relação e proporção determina, pela Medida Áurea, as diversas formas


humanas, vegetais e animais. Por exemplo, o rosto humano, na relação Áurea, se divide não
menos que oito vezes.

No mundo vegetal, as pulsações pentagonais de crescimento, encontram-se no grão de pólen


de certas flores. As flores, em geral, são de forma simétrica pentagonal. O ovário maduro de
muitas flores, obedece ao desenvolvimento de uma espiral logarítmica, sob as regras da
Medida Áurea. A Divina Proporção, também é encontrada no reino vegetal, na disposição dos
gomos da cana e no empuxo do crescimento das plantas. A disposição das folhas no talo, nos
proporciona a seguinte relação: 3, 5, 8, 13..... que é obtida ao fazer passar uma espiral pelos
pontos onde se intersectam as folhas no talo._

Com relação ao corpo humano, todos os segmentos podem ser estudados através da Medida
Áurea, especialmente as falanges dos dedos das mãos, de cuja relação supõe-se que os gregos
tiraram o ritmo dactílico, que usavam em música e poesia.

A relação 3, 5, 8, 13, que existe entre segmentos do corpo humano, encontra-se, também, em
música. O acorde perfeito forma-se com os graus 3, 5, 8 (mediante, dominante e oitava).

Pitágoras usava um Monocórdio, cuja corda estava estendida sobre pontos que a dividiam
proporcionalmente aos graus da escala. Esta relação de proporção foi transladada por
Georgiades ao Partenon. Primeira comprovação: estão na mesma relação, o Monocórdio e os
espaços intercolunares do Templo Grego.

Podemos assinalar, também, a presença da Divina Proporção nas sonatas de Beethoven, nas
sinfonias de Mozart e Haydn.

Estudando as pirâmides do Egito, tumbas e templos reais, encontramos esta mesma Proporção
Áurea.

Na Grécia, além do Partenon, os vasos, as esculturas, eram construídos sob as regras da


Medida Áurea, assim como as catedrais medievais, palácios romanos, a pintura renascentista,
as violas e violinos que saíram das mãos de Saló, Amati, Guarnerius e Stradivarius.

Na vida diária, estão sob as Medidas Áureas certas formas de alguns talões de cheques,
tabletes de chocolate, de selos postais e certos movimentos ondulatórios que percebemos.

Diante de tantos fatos e realidades e através da magia do desenho é que, obedecendo essas
regras, se determinam os instantes rítmicos que compõem o Universo. Ou seja, ela une os
versos.
Tudo está em Tudo !

Sociedade Brasileira de Eubiose

Sebastião Vieira Vidal

Assunto : Genealogia secreta do Ser Humano Série IVR

Data : 09/05/1986 Aula nº: 30

Digitador: Márcio Aurélio Gonçalves Grupo de Rifaina/SP

Aula 31 - Iniciação do Mental Abstrato associada à Filosofia

Que é Filosofia? Segundo os vernaculistas, “estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar
incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade,
quer pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, o Ser (ora “realidade
suprema”, ora “causa primeira”, ora “fim último”, ora “absoluto”, “espírito”, “matéria”, etc.),
quer pela definição do instrumento capaz de apreender a realidade, o pensamento, tornando-
se o homem tema inevitável de consideração. (Do grego philosophía ‘amor à sabedoria’, pelo
latim philosophia). E... com esse labor, vêm as perguntas, com o exercício das indagações,
indagações naturais aos que estudam filosofia: “que é razão?” “Que é consciência?” “Que é
conhecer?” “Que é o ‘conhecer-te a ti mesmo?”... ... E tudo isso nos faz lembrar da doutrina de
Friedrich W. Joseph Schelling, que se caracteriza, sobretudo, pela identificação da natureza e
do espírito.
Recordamos, aqui, as magistrais palavras de Paracelso, expressando os elementos das
faculdades cerebrais do Ser Humano, senão, seus órgãos de conhecimento: “O Espírito é o
Senhor, a imaginação o instrumento e o corpo a matéria plástica”.

Os primitivos filósofos usavam sempre a expressão “Ouro Filosofal”, alegorizando a suprema


Sabedoria Iniciática das Idades. Às crianças se ensina através de contos, brincadeiras sadias,
cânticos, bailados e tudo que lhes estimule o desenvolvimento da inteligência, da indagação
das coisas. Assim também, os seres humanos necessitam de um estímulo cerebral para
despertar, ativar neles o interesse pelas coisas belas, belíssimas.

O Doutor e Sábio Mario Roso de Luna foi um admirável Mestre, nesse grande mister. ELE e o
Excelso Senhor J H S, fizeram com que os homens deste Século, avançassem o equivalente de 7
séculos.

O ouro físico é efêmero, mas o Ouro filosofal é eterno e tem cotação perfeita em vários planos
de atividade da Sabedoria Eternal.

Aplicando o esquema de como se inicia através dos Mistérios Menores, apresentamos um


trabalho do Dr. Roso de Luna, com o título “O TESOURO OCULTO”.

Tesouro Oculto, para os excelsos iniciadores dos homens, tem o sentido de lhes fazer botar
para fora do cérebro, de fazer desabrochar de dentro deles, a oferta que a Natureza lhes deu:
o auto-conhecimento; fazer desenvolver o talento que jaz, embrionariamente em seu íntimo,
em seu interior, senão, fazer desabrochar o potencial do EU Interior. Sim, cada homem é a
semente de um Buda, de um Cristo, de um Deus....

Eis o trabalho do Dr. Roso de Luna:

“Está escrito em letras de fogo nos velhos livros iniciáticos que Platão consultou para escrever
o seu ‘Banquete dos Deuses’, que os homens da Idade de Ouro discerniram tal felicidade e tão
imenso saber e tão gigantesco poder, que os deuses tiveram inveja deles, temendo, com
razão, que esses mesmos homens lhes usurpassem, um dia, todo o seu enorme e secular
poder. E assim, conseguiram os deuses arrebatar aos homens o tesouro da felicidade.
Perdendo estes a sua maior riqueza, logo caíram na orfandade e na mais triste penúria, ficando
neste tristíssimo estado de miséria, hoje adivinhado pela ciência da Pré-História.

Mas, como sempre sucede, não viram os deuses que tamanho despojo tinha uma segunda
parte arquipelogada, a saber, que os homens, como bons rebeldes de nascimento, nunca se
resignaram com tal desdita, tratando, desde o primeiro dia que se seguiu ao despojo,
reconquistar o perdido tesouro. Com isto, antecipavam-se simplesmente à famosíssima
empresa de muitos séculos mais tarde, quando intentaram os gregos de Jasão procurar o
áureo “Tosão da Cólchida ou Calcídica”.

Não é possivel narrar em linguagem humana os loucos e inauditos esforços que, desde então,
século por século, instante por instante, vem realizando a Humanidade para reconquistar o
que outrora lhe foi roubado. Viram assim, os deuses, que estariam perdidos se não ocultassem
convenientemente o “Tesouro da Felicidade” num sítio onde os homens jamais pudessem
encontrá-lo.

Mas onde encontrar um lugar seguro? Indagavam preocupados os deuses.

Nas mais recônditas alturas dos mais altos montes, disse um deles.

E quando esses terríveis “nibelungos” lá chegarem, com suas minas e instrumentos? Ponderou
outro.

Nas profundezas do Oceano..., sugeriu outro deus.

Para que de lá o tirem com suas malditas redes e com seus submarinos.

E assim cada deus formulava uma idéia e nenhuma servia, pois que os espectros de esquis,
aeroplanos, da radiotelegrafia, ameaçavam sempre qualquer lugar onde se pudesse esconder
o Tesouro. Não, não havia lugar onde pudesse ser oculto, pois os homens (que também são
deuses e que apenas disto estão esquecidos, por terem bebido outrora das águas Letes,
achando-se, desde então, adormecidos) despertarão um dia, de tão longo “encantamento”,
soando para os deuses a hora do ocaso, cumprindo-se o que disse São Paulo, que até os anjos
seriam julgados um dia pelos humanos. A mesma coisa pensava Wagner, na sua gigantesca e
derradeira parte do seu drama musical: “O Anel dos Nibelungos”...

Finalmente, o mais esperto dos deuses, não se sabe bem se Nanada ou Mercúrio, assim falou:

Néscios! Se quereis que o homem jamais encontre aquilo que busca, escondei o seu Tesouro
em seu próprio e inconstante coração. Assim, por mais que procure o Tosão de Ouro, jamais
lhe ocorrerá buscá-lo dentro de si mesmo, pensando, logicamente, que se em justiça o
Tesouro é seu, não poderá nunca dele apartar-se, segundo as leis insondáveis do Karma da
Justiça que rege os homens... do mesmo modo que os deuses.

O conselho foi aceito por unanimidade e seguido ao pé da letra. O Tesouro, por arte mágica,
pouco ou nada explicável para a nossa obtusa mente, passou, desse modo, ao coração de
todos e de cada um dos mortais que, embora notando neles algo de estranho, nunca
imaginaram que esse algo fosse precisamente aquilo de cuja perda tanto lamentavam. E
viviam procurando o Tesouro que dentro de si traziam.

Idades e idades passaram e os deuses continuavam a ver das olímpicas alturas, como e de que
maneira em busca de vão fantasma de felicidade, os homens adormecidos dilaceravam-se
como feras, uns aos outros. Não contavam, porém, os imortais com aquilo que fatalmente teve
de se cumprir. Quer dizer que chegou a plenitude dos tempos, anunciada pela profecia, ou
seja, o dia augusto em que o Titan Prometeu, estendendo o braço, acendeu a Tocha do
Pensamento, esse mesmo e inextinguível Fogo de Amor que alimenta o Sol e que faz
resplandecer os céus. Com a Tocha Mental assim acesa, foi despertando mais ou menos e
sucessivamente em todos os homens um fogo igual ao primitivo. Ao clarão de semelhante Luz,
puderam contemplar, por fim, o interior do peito, vendo ali brilhar, mais puro do que nunca, o
“Tosão de Ouro”, o Tesouro da Felicidade Oculta. Desde então, os homens se esforçaram cada
vez mais em retirar o Tesouro, para pô-lo no sítio de antanho; para isto, faltava-lhes, porém,
como a Archimedes para erguer o mundo, um ponto de apoio. E assim continuaram por
bastante tempo, até que alguém inventou um artefato mental, verdadeiramente pasmoso,
sem similar, com o qual vêm explorando, sem poder extinguí-la, a divina Mina...

Este artefato do pensamento, movido pelo sentimento e assentado sobre diamantinos


alicerces de verdade, que ninguém nem coisa alguma pode destruir, chamou-se “Filosofia”...

E no frontispício do templo, onde o artefato foi guardado desde aquele dia feliz,
cuidadosamente oculto aos olhares profanos e indiscretos daqueles que são maus por serem
ignorantes, vê-se escrito:

Oh, Homem, conhece-te a ti mesmo ! “

Aula 32 – 6º Estudo Comparativo dos Avataras

Completando o estudo comparativo dos Avataras, concluímos que ELES, em suas


manifestações, se tornaram mais freqüentes, nesse período que a Ciência das Idades
denomina de Quinta Raça-Mãe ou Raça Ariana. A tônica dessa primorosa Raça tem sido o
desenvolvimento da Mente Superior, da Inteligência Criadora, adquirindo as características do
Quinto Plano Cósmico. Na classificação dos planos cósmicos, corresponde ao estágio de Atmã.
Atmã, na classificação da Cosmogênese, é o Quinto, mas no aspecto da Antropogênese é o
Sétimo Princípio.
Como conclusão desse tipo de trabalho acerca da Manifestação dos Avataras, nesta série da
Genealogia secreta do Ser Humano, saltou de nossa cabeça a pergunta: qual a razão de ser
dessa freqüência na manifestação dos Avataras, nesse período de ação da Raça Ariana?

Conforme os acontecimentos relativos à tônica imprimida pela LEI da Evolução Humana,


compreendemos: “O Gênero Humano foi criado para ser feliz, não para ser desgraçado, e
imaginar que o natural destino da Humanidade consiste em viver martirizada é, além de
impiedade absurda, uma atroz impostura, porque não cabe pensar nem um momento, que as
faculdades de adquirir virtudes nos tenham sido dadas pela Natureza para ficarem inativas ou,
o que é pior, para se destinarem ao nosso tormento e ruína. Grande tortura é que a verdade,
assim tão consoladora, seja axiomática, quase instintiva, como todas as que levam em si o selo
da própria Natureza... É pobre a sentença de Deus, quando criou o primeiro casal: “Crescite et
multiplicamini et implevit terram”. Assim se diz, porém melhor fora dizer-se: “Crescei,
multiplicai-vos e sede felizes!”

À primeira vista, parece que o homem é feliz enquanto goza; logo, se fosse possível uma
sucessão dilatada de prazeres, sem perturbação ou insipidez, teríamos a felicidade no seu mais
alto grau. E é tão universal a coincidência neste ponto, que todas as religiões estão de acordo
em proclamar a existência de um paraíso ou glória, onde o justo, depois de morto, goza, sem
interrupção, a ventura mais fecunda e perdurável que a imaginação possa conceber.

Com a finalidade de recuperar a felicidade dos humanos seres, os Avataras penetram no seio
da Humanidade, sujeitando-se a toda sorte de sacrifícios, saindo da esfera tranqüila, luminosa,
para virem partejar a Humanidade, desvalida por ter feito do trabalho um pecado e da vida um
processo de morte. Para mostrar aos homens a causa que os fez infelizes, o excelso Orientador
dos Homens, JHS, legou aos seus discípulos as sublimes palavras:

“O que provoca a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem o ovo-áurico
perfeito, isto é, não serem iguais a Deus”. Deus, no sentido de harmonizar a sua vida com a
Mãe Natureza. Com efeito, se Deus, o Criador, fez o Homem à sua imagem, à sua semelhança,
esse Homem só poderia ser feliz, harmônico, equilibrado em relação aos Mandamentos da
Vida, se agisse à semelhança do Criador, num mesmo plano de vida, de ação. Os Aspectos da
Verdade, não sendo bem assimilados pelos seres humanos, desgastam-se, deterioram-se, logo,
convertem-se em mentira, em falsas verdades. É algo semelhante ao fato dos seres que,
passando a usar alimentos deteriorados, comprometem a sua saúde, provocam uma
desarmonia em seu organismo.”

Estabelecendo o método analógico, acerca desse tipo de estudo, fazemos a comparação: os


órgãos de que se compõe o Corpo de um Avatara, de um Buda, de um Cristo, são os mesmos
de que se compõe o corpo de um ser humano comum, apenas a função, o potencial, a
dinâmica das células do Corpo de um Deus difere das do ser humano comum. Daí surgiu a
tradição do Rei de sangue azul. Não há sangue azul, mas esta classificação é para definir a
genealogia de um ser mais evoluído do que o comum da Humanidade. Se os órgãos de um ser
elevado têm função completa, agem com 100% de sua potencialidade, os órgãos do ser
comum, humano, agem com porcentagem muito menor, digamos, 5, 10, 15%, apenas.
Há uma citação de determinado Livro Sagrado, traduzido pelo Excelso Senhor JHS, que ensina:

“O Deus da Terra é o mesmo Deus Celeste, mas tem o nome com o qual ELE se reveste”.

De modo análogo compreendemos que o Homem da Terra é o mesmo Homem Celeste,


iluminado, perfeito. Mas o que acontece: o Homem da Terra tem o “ovo-áurico” dilacerado
pelas vibrações distônicas, desarmônicas, fruto dos atos e pensamentos de natureza negativa,
eivada de ódio, egoísmo, perversidade...

Enquanto que o Ser Celeste sabe se dar, proporciona a outros alegria, bem-estar, funciona de
modo muito positivo. Por isso disse Santo Agostinho: “Deuses fomos e nos temos esquecido”.
E os Avataras à Face da Terra vêm, se manifestam ciclicamente para lembrarem aos
componentes da Humanidade, da sua deífica origem, aliás, o que fez admiravelmente Santo
Agostinho.

O eminente Avatara de nossa Era ofereceu esse conselho, para que os filhos dessa nossa
Esfera voltem a ser felizes:

Quando um povo colocar a instrução acima do dinheiro; quando todas as honras forem para o
homem instruído, sábio, benfeitor, o pobre, atraído pelas fulgurações de semelhante ideal,
imitará o exemplo que lhe apresentam, porque o povo é um grande imitador e segue o
caminho que lhe traçam os que lhe vão à frente. Se neles encontra apenas o vício, ao vício se
vê conduzido, ao contrário, se à virtude, para esta se voltará do mesmo modo.

Por isso nos ensinou o Avatara, senão, o Supremo Orientador JHS:

Não pode consolar-nos a mentira, nem em paz pode viver por muito tempo quem de mentira
vive, porque a verdade lhe tolhe o passo com a frieza da sua realidade e justiça. Os que
alicerçam a sua própria história com perfídias, negando cinicamente a crença que a sua própria
insinceridade diminui, vivem sempre em estado precário; sua vida é uma promissória, cujo
vencimento chegará antes do prazo marcado ou terminado. A verdade, pouco importa qual
seja, deve ser praticada, mesmo que para confessar um crime... Combater com ela é livrar-se
de todas as ciladas e prevenir-se contra todos os possíveis perigos; é limpar o ar de miasmas e
o espaço de sombras, o coração de rancores e dúvidas. Morrer é afogar-se em mentiras; cair
no cisma em que caiu Hamlet e debater-se como Segismundo, em uma luta estafante e inútil.
Há quem tema a verdade, porque nela se executa sem querer, porque é a força dos que vão
vivendo do seu próprio medo e dos demais. Porém, os que fizeram da sua vida um culto e
vivem com os olhos abertos às eternas verdades, asfixiam-se, justamente, quando os seus
pulmões são obrigados a respirar o ar da mentira, que sempre foi o ar da escravidão...”

E... todos os homens possuem nas profundezas de seu ser, imenso tesouro que não sabem
avaliar. Com perseverança e coragem, um dia o encontrando, sentir-se-ão para sempre
felizes....
V E R D A D E – estas sete letras sublimes conduzem aos altiplanos do Sétimo Princípio, o
ÁTMICO !...

Aula 33 - Deus se divide, para consumar

o Supremo Sacrifício” do livro de Dzyan

Com as informações que temos à mão e usando a Chave Geométrica, uma das que nos
auxiliam a encontrar a porta da Sabedoria Eterna, procuraremos analisar os conhecimentos
inseridos no símbolo da Árvore Sephirotal. Pois bem, acerca do termo Sephirotal, encontramos
o seguinte esclarecimento no Livro “O Verdadeiro Caminho da Iniciação”, do Excelso Sábio e
Mestre, Professor Henrique José de Souza:

“Sephirot (em hebreu, “os números”; Cabala) – Princípios divinos formativos, emanados do
Ain-Suph (o Absoluto) em uma década primordial:

1º - KETHER A Côroa, a Causa das Causas, o Pensamento

2º - CHOCHMAH A Sabedoria
3º - BINAH A Inteligência

4º - CHESED A Graça

5º - GEBURAH O Rigor

6º - TIPHERETH A Beleza

7º - NETZAH A Vitória

8º - HOD A Glória

9º - YESOD O Fundamento

10º - MALCHUT O Reino

As três primeiras Sephirot (Kether, Chochmak e Binah) são chamdas “superiores”. Formam o
Ternário Divino (ou Tríade Superior teosófica) e correspondem às 3 Hipóstases da Trindade. As
outras sete são inferiores, representando a construção. Segundo Erza-Ariel, um dos grandes
Mestres da Cabala, “as Sephirot representam tudo quanto existe”. O seu conjunto é a
MERCABAH, o Carro (Visão de Ezequiel) conduzindo Deus (como Sol Espiritual, haja visto
“Apolo descendo ao mundo no seu carro de ouro” e na razão inversa, “Elias subindo ao céu”
dessa maneira...) por sobre a Terra.

Pitágoras, por sua vez, ensinava que a Grande Mônada agia em Díada Criadora; desde o
momento em que Deus se manifesta, torna-se duplo: Essência indivisível e substância divisível,
princípio masculino ativo, animador e princípio feminino, passivo ou matéria plástica
animada”.

Permitindo que a mente voe e entre no plano do abstrato, pousando no campo do não-
comparativo, da dinâmica permanente, portanto, no campo ou plano do tempo e não do
espaço, poderemos raciocinar com mais liberdade. Quando lemos “Deus se divide...” ou “A
Grande Mônada agia em Díada Criadora...”, percebemos que Deus, o Criador, o Impulso Inicial
deixa de ser UM para ser TRÊS, ou seja, o Impulso mais o Princípio Ativo e o Princípio Passivo.
Relacionando com a Árvore Sephirotal seria:

Kether - o mais elevado, o Macrocosmo;

Chochmah - Sabedoria, o Pai;

Binah - Entendimento, a Mãe Suprema.


Podemos relacionar, também, com Salomão e suas duas Colunas e com o Triângulo
Indeformável, como dizem os mais elevados Mestres e Sábios, Vontade, Sabedoria e Atividade.

“O grande Orfeu, fazendo vibrar as cordas de sua Lira, ensinava-nos que devemos trazer a
chamada ‘Vina de Shiva’, das escrituras orientais, cujas três cordas desferidas em uníssono,
fazem vibrar as sete da gama musical celeste, por isso mesmo representam elas: Harmonia,
Melodia e Ritmo”.

_A Tríade “Superior” bombardeando a Tríade “Inferior”, como aspecto sombrio do superior,


através do Quaternário equilibrante. De onde o UM torna-se TRÊS e SETE:

O Triângulo “Superior” dando forma à Idéia e o Triângulo “Inferior” materializando a Idéia. O


que liga estes dois extremos no Ser Humano, é o Sistema Neuro-Espinhal, no qual encontram-
se os sete principais Centros de Forças (Chakras) que mantém a vida no corpo. Estes Chakras
vibrando em uníssono como os Elementos que compõem a constituição da Terra e a Humana,
ou seja, Éter, Vayú (Ar), Tejas (Fogo), Apas (Água), Pritivi (Terra), formam, portanto, com este
conjunto, a figura geométrica pentagonal. Para Pitágoras, o Pentágono é o símbolo da saúde e
da harmonia viva. A manutenção do equilíbrio destes elementos, torna o indivíduo sadio, não
permitindo a inversão dos triângulos superior com o inferior.Muita razão tinha H. P. B. em
afirmar na sua “Doutrina Secreta” que “a parte interna do cérebro apresenta a mesma
conformação dos órgãos sexuais, quer no homem quer na mulher”. A maioria dos
desequilíbrios mentais se acha estritamente ligada aos sexuais.

E é para que haja sempre dinâmica que o Eterno, Deus, o Manú, manifesta-se de ciclo em ciclo,
trazendo novos conhecimentos, novas músicas, novas yogas, a fim de que o corpo ou o Ser
Humano evolua e esteja sempre pulsando e vibrando em uníssono com o Universo, o Criador,
obedecendo, assim, um ritmo pulsante e assimétrico, sempre mantendo a expansão de dentro
para fora.

“Acalmar sem deprimir, tonificar sem excitar, eis a grande dificuldade !”


Aula 34 - Mistérios da Deusa Maya

O maravilhoso nome “MAYÁ”, invertendo-lhe a posição das letras que o compõe, dá YAMA...
YAMA é a expressão do Executivo, na ordem dos quatro nomes: Manú (Poder Legislativo);
YAMA (Poder Executivo); KARUNA (Poder Judiciário) e ASTAROTH (Poder Coordenador).
Chama-se Mayá, a “ilusão dos sentidos” e conclui-se logo que é a ilusão dos sentidos
provocada pelo Poder Executivo da Natureza, a fim de que seja executado algo de sua
Vontade, no Plano da Criação.

Mayá é o diáfano véu da fantasia que separa a visão ilimitada da limitada, a fim de provocar a
distensão do interesse do Ser Humano, para realizar algo que se acha nos Mandamentos da
Lei, da evolução física, no plano limitado.

Mayá é como se fora um teste aplicado pela Maiêutica natural, a fim de levar o Ser Humano ao
interesse pela meditação, para que se identifique com os aspectos da Verdade Eterna. Mayá é
como se fora um teste adotado nos colégios iniciáticos, para obrigar os discípulos à prática da
meditação, isto é, completar em seu ser aquilo que se lhes apresenta como algo incompleto
para a sua realização espiritual. E esse algo incompleto é o que se pode chamar de “VELADO”.

Voltaire dizia: “Existe no mundo uma Instituição de grande valor que é a dos Mistérios”. Que
são os Mistérios? Mistérios são ensinamentos VEDADOS ou VELADOS aos que não possuem
inteligência ou treinamento próprios para receberem algo mais velado ainda, para a
humanidade vulgar. Por isso que os mais adiantados se fazem Adeptos, para servirem de guias,
orientadores, aos não iniciados.

Jesus disse: “Felizes daqueles que não viram e creram (na realização dos fenômenos extra-
físicos, naturalmente)...” Esse não possuem mayá, ilusão dos sentidos, nem interna nem
externa... Crêem porque sentem, porque viram através da mente e do coração.

Os ignaros homens que necessitam de mayá, de ilusão, baseados nos interesses pessoais,
egoístas, temem ver as coisas certas e atiram pecha de embusteiros, de praticantes de
truques, aos portadores de poderes extra-físicos, trazidos de experiências, de trabalhos de
vidas passadas e que lhes permitiram realizar fenômenos de estranha natureza. E... se esses
supremos Seres nasceram com essas possibilidades, é porque tornaram-se privilegiados a fim
de realizar determinadas missões de natureza extra-física. Esses poderes, denominados de
“sidhis”, são próprios para Seres de determinada hierarquia, para levarem avante certas
missões, a fim de impulsionarem a Humanidade a subir os degraus da sacrificante Escada de
Jacob ou da Evolução.

Nos finais de ciclo, de uma era, quando a degradação atinge o mais alto nível de sua ação
destruidora, quando a espiritualidade atinge o ponto zerto e a corrupção o grau máximo, os
incréus das Coisas Divinas assumem o aspecto de quantidade, da ilusão, da imaginação
negativa.

É quando o mágico tem mais valor do que o mago. Por isso que o Professor Henrique José de
Souza, no início de sua Missão, em Niterói, por volta do ano de 1924, realizou um evento para
convencer os incréus de que a sua Missão, Missão dos Sete Raios de Luz para o Ocidente, não
era de natureza comum, vulgar, mas de natureza divina, universal. De modo que usou uma
verdadeira MAYA, para convencer os incréus de usa própria integridade espiritual que a Obra
que realizava era de origem superior às demais que povoam a Face da Terra.

Numa sessão memorável, a porta do Santuário, onde se realizavam as ritualísticas, se


encontrava fechada, lacrada com papel colado e trazendo a assinatura da Diretoria Social. Na
presença de centenas de membros presentes, houve a realização do fenômeno (aliás, que bem
poucos podem realizar): a porta abriu-se, sem que ninguém a tocasse. Todos os presentes
viram a porta se abrir, sozinha... ...

No Tibete há essa tradição em que o Traishu-Lama, em rituais de alta importância, ao se


aproximar do Santuário ou do Templo, a porta se abre sozinha. Mistérios do verdadeiro
Shamanismo...

As Iogas dadas por JHS, desde o início de sua Missão, de sua Obra, são de sua autoria. Seu
Trabalho foi sempre relativo ao futuro da evolução da Mônada Humana; sua Magia foi sempre
aplicada para elevar a parte espiritual do Ser Humano e não degradá-lo com processos de
faquirismo e bem-estar corporal. Sempre estimulou os discípulos, no sentido de orientarem
seus esforços para a sua própria realização, dando sempre a idéia do “Faze por ti que EU te
ajudarei”.

A Grande Mayá, segundo os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, está no Segundo Trono ou
Logos, porque é o sublime lugar, no grande Universo, onde se encontra o plano e a suprema
Energia a ser trabalhada nos futuros ciclos, nos futuros universos, embora tendo eternidades
pela frente. Pois bem, os eminentes Kabalistas, Iniciados, Iluminados, diriam: “Quod superius
sicut quod inferius” ou então, repetindo o que ensina a Tábua Esmeraldina, de Hermés: “O que
está em cima é o mesmo do que se acha em baixo e o que se acha no meio, a ser realizado, é a
Grande Mayá, que está sendo tecida pela divina Aranha de Ouro...”, ou seja, de ouro porque
não é venenosa... nem rancorosa... Recorremos, novamente, às divinas palavras do Supremo
Instrutor do Mundo JHS: “É o lugar ou Ponto onde se une e desune o Plano Rúpico (com forma
densa) do Arrúpico, senão, o Plano Físico denso, do luminoso, Abstrato”.

A Grande Mayá direciona as três universais Energias, denominadas pela Filosofia Oriental de
“Três Qualidades da Matéria”: Satwa, Rajas e Tamas. E... talvez a Grande Mayá seja o Lugar
Intermediário, denominado do “Sim ou Não”, pois bem, é o lugar da grande dúvida, para os
que estudam com afinco as Cousas do Céu, de Mayá e da Terra.
À entrada dos desertos é onde mais essa Maya se manifesta, por exemplo, no Deserto Africano
do Sahara, se reproduz ao olhar do homem comum uma série de miragens, conduzindo os
olhares cobiçosos dos transeuntes, desviando-os das rotas ou caminhos, para que não
alcançem os lugares sagrados, os locais jinas, velados, etc. O Excelso JHS, a respeito desses
locais, ensinou: “Os cientistas denominam de miragem e nós outros, de Lugares Jinas, de onde
vieram seres terrenos e depois nunca mais voltaram...” Pois assim foi no Tibete, no Deserto de
Gobi, cujo nome eqüivale ao Rei dos Gnomos ou Jinas.

Preenchemos o espaço desta monografia, acerca do valoroso termo Mayá, com a transcrição
de um trecho do sublime Livro do Dr. Mario Roso de Luna, com o título de “Livro que Mata a
Morte” que, além de ilustrar este estudo, nos dá uma idéia transcendente sobre o sentido de
Mayá, no plano filosófico ou metafísico:

“MAYA ou Ilusão (de Ilus, nada, lodo, queda) é, com efeito, um elemento que entra em todos
os seres finitos, onde todas as coisas existentes possuem somente uma realidade relativas e
não absoluta, já que a aparência que o número oculto toma no respectivo plano de cada
observador, depende do correspondente poder de cognição que possua este último.

Para a vista não educada do selvagem, qualquer pintura é uma confusão incompreensível de
linhas e manchas de cor, enquanto ali mesmo, a vista já educada descobre o objeto que o
artista tentou representar. A existência única, absoluta e oculta, ou seja, a divindade, contém
em si mesma os números das mais altas realidades, ou melhor dito, de todas as realidades. Por
isso, nada é permanente senão ELA, e cada existência nada mais é do que uma etapa do ser.
Donde se conclui que os mais elevados “Dhianis-Choans siderais” ou “anjos” de outras
teogonias, são sombras de realidades ainda mais superiores. Apesar de tudo, todas as coisas
são relativamente reais, pois o conhecedor é também uma sombra, uma reflexão de algo mais
alto que ele e, portanto, as coisas conhecidas são tão reais para ele como ele o é para si
próprio. Por efetivas que nos pareçam as coisas, antes de passar e depois de haver passado
pelo plano de nossa objetividade, ao manifestar-se neste plano já não são mais que
relâmpagos fugazes. Em qualquer estado que atue nossa consciência, tanto nós mesmos como
as coisas pertencentes àquele estado, são ao mesmo tempo, nossas únicas realidades. À
medida, porém, que nos vamos elevando na escala evolutiva, nós nos damos conta de que
durante nossa permanência nos planos já transcendentes, através dos quais acabamos de
passar, não fizemos senão tomar equivocadamente a realidade por sua sombra ou projeção. E
nos inteiramos de que o progresso do EU para o alto consiste em uma série progressiva de
despertares, com a conseqüente idéia, em cada despertar, de que assim tocamos então, a
definitiva realidade. Apesar disso, torna-se claro que só quando nos submergimos no pélago
da Consciência Absoluta, poderemos dizer que toda maya cessou”.

Para terminar o presente estudo, usaremos as palavras:

Que as lutas travadas nesse plano de ilusão,


Nos livrem da Deusa Maya!

Senzar, a Luz de Deus, é nossa Vida,

Vive no nosso coração.

Repudiar a nefasta corrupção,

É buscar a perfeição!

Aula 35 - Divina Acústica

“Nada inventamos, nada criamos, tudo existe em tudo”

Dando seqüência aos estudos que abrangem a Genealogia Secreta do Ser Humano,
procuraremos falar sobre a Divina Acústica, tomando como exemplo uma época e uma linha
filosófica.

Dentro de grandes ciclos, existem ciclos menores que impulsionam e renovam a Humanidade
em seus hábitos, pois sabemos que hábitos são rotina e não dinâmica, obrigando, assim, a
espécie a evoluir em si mesma, num impulso de dentro para fora.
Para exemplificar, tomaremos como exemplo o Século X: a Europa em crise; o poder real
enfraquecido, sendo substituído pelo feudalismo; a tensão popular contribui para que se
espalhe a crença de que o mundo iria se acabar no ano 1000. Os anos que precederam esta
data, levaram os povos a gerarem em si e em torno de si um profundo pessimismo que seria o
refluxo de um fluxo que viria logo após o ano 1000.

Chega o ano 1000 e o mundo não acaba. Algo precisa acontecer... Surge, então, o chamado
Estilo Gótico, as Catedrais Góticas, verdadeiros livros lapidares escritos em baixo relevo, em
suas paredes, em suas ogivas e em seus vitrais. Obra dos excelsos Mestres Construtores! Como
diz Fulcanelli: “Santuário da Tradição, da Ciência e da Arte”.

Nas Catedrais Góticas, as abóbadas ousadas obrigam o Ser Humano, aquele que busca Deus, o
Céu, a voltar seus olhos para cima, seus sentimentos para o alto, exercitando, com este gesto e
sentimento, os chacras superiores, Centros de Força localizados em si mesmo.

Houve, pois, uma mudança de ciclo: se antes o pessimismo reinava, depois o contrário; antes,
o afetivo-emocional, depois, o afetivo-mental.

Gótico – segundo, ainda, Fulcanelli, este termo, aplicado à Arte Francesa que impôs suas
diretrizes a todas as produções da Idade Média e cuja irradiação se estende dos Séculos XII a
XV, alguns pretenderam erradamente, relacionar como vindo dos Godos, antigo Povo da
Germânia. E apesar dos esforços da Academia, para substituí-la por Arte Ogival, a verdade que
sai da boca do povo, no entanto, manteve e conservou a expressão “Arte Gótica”. Há aí uma
razão obscura que deveria obrigar a refletir os nossos linguistas, sempre à espreita das
etimologias...

Qual a razão por que tão poucos lexicólogos acertaram? Simplesmente porque a explicação
deve ser antes procurada na origem cabalística da palavra, mais do que na raiz literal.

Alguns autores perspicazes e menos superficiais, espantados pela semelhança que existe entre
o termo “gótico” e “goético”, pensaram que devia haver uma estreita relação entre a Arte
Gótica e a Arte Goética ou Mágica. Arte Gótica é apenas uma deformação ortográfica da
palavra “Argótica”, cuja homofonia é perfeita, de acordo com a Lei Fonética que rege, em
todas as línguas, sem ter em conta a ortografia, a Cabala tradicional. A catedral é uma obra de
ART GOTH ou de ARGOT. Ora, os dicionários definem o ARGOT como sendo “uma linguagem
particular a todos os indivíduos que têm interesse em comunicar os seus pensamentos sem
serem compreendidos pelos que os rodeiam”. É, pois, uma Cabala falada. Os Argotiers, os que
utilizam essa linguagem, são descendentes herméticos dos ARGO-NAUTAS que viajam no
Nabio ARGO... Falavam a Língua Argótica, navegando em direção às margens afortunadas de
“Colcos”, para conquistarem o famoso TOSÃO DE OURO. Ainda hoje se diz de um homem
inteligente mas muito astuto: “ele sabe tudo, entende o Argot”. Todos os iniciados se
exprimiam em Argot, tanto os vagabundos da Corte dos Milagres – com o Poeta Villon, à
cabeça – como os Frimasons ou Franco-Maçons da Idade Média, “Hospedeiros do Bom Deus”,
que edificaram as obras-primas argóticas que hoje admiramos.

Ainda nos nossos dias, o ARGOT permanece a linguagem de uma minoria de indivíduos,
vivendo à margem das leis estabelecidas, das convenções, dos hábitos, do protocolo, aos quais
se aplica o epíteto de videntes e, mais expressivo ainda, de Filhos ou Descendentes do Sol. A
Arte Gótica é, com efeito, a Art Got, a Arte da Luz ou do Espírito.

O termo GO, de ARGO, poderemos relacioná-lo com a palavra persa “GODA” – Aquilo que
existe por si mesmo – e que deu origem a GOD, GOTHER (Deus).

O Avatara, Deus, abençoando, dá impulso, coloca o Bem em ação mas essa ação necessita de
continuidade, há necessidade de uma manutenção, a manutenção do Bem em ação, logo, da
Benção que é função dos Sacerdotes, dos GÔROS, dos “Hospedeiros do Bom Deus”.

As catedrais góticas eram o refúgio hospitaleiro de todos: os alquimistas costumavam fazer


reuniões sob suas abóbadas, os médicos davam consultas sob suas ogivas. Na Catedral de
Notre-Dame de Paris, a Faculdade de Medicina, abandonando no Século XIII a Universidade,
para viver independente, fixou-se aí, até 1454.

A geometria usada na Arquitetura, através dos Monges Construtores, deu forma harmônica a
um espaço, usando como instrumento as Medidas Áureas. Criaram, assim, clima, fizeram
vibrar o invisível, propiciando a cura do psíquico, instrumentando a Medicina, intuindo os
médicos a realizar a cura física.

Com raras exceções, o plano das igrejas góticas é em forma de cruz latina, estendida no solo. A
cruz é o hieróglifo alquímico do crisol. É no crisol que a matéria prima morre, para ressuscitar
em seguida, purificada, espiritualizada. É a Transformação.

Nas igrejas góticas, suas abóbadas nos propiciam a Divina Acústica e são a reprodução quase
fiel do “Céu da Boca” da criatura humana.

No Livro “O Mistério das Catedrais”, de Fulcanelli, no capítulo intitulado “Conclusão”, se lê:

“A NATUREZA não abre a todos, indistintamente, a porta do Santuário. Nestas páginas, o


profano descobrirá, talvez, alguma prova de uma ciência verdadeira e positiva. No entanto,
não poderíamos persuadir-nos de convertê-lo porque não ignoramos como os preconceitos
são tenazes, como é grande a força das idéias pré-concebidas. O discípulo tirará mais proveito
dele, com a condição, todavia, de não desprezar as obras dos velhos filósofos, de estudar
atentamente os textos clássicos, até que tenha adquirido suficiente clarividência para discernir
os pontos obscuros do manual operatório.

Ninguém pode pretender possuir o grande segredo, se não fizer concordar a sua existência
com o diapasão das pesquisas empreendidas. Não basta ser estudioso, ativo e perseverante, se
falta o princípio sólido, de base concreta, se o entusiasmo imoderado cega a razão, se o
orgulho tiraniza a capacidade de julgar, se a avidez se desenvolve sob o brilho de um astro de
ouro.

A Ciência Misteriosa exige muita justeza, exatidão, perspicácia na observação dos fatos;
espírito são, lógico e ponderado; uma imaginação viva, sem exaltação; um coração ardente e
puro. Exige, além disso, a maior simplicidade e absoluta indiferença em relação às teorias,
sistemas, hipóteses que, fazendo-se fé nos livros ou na reputação dos autores, se admitem
geralmente sem controle. Deseja que os aspirantes aprendam a pensar mais com o seu
cérebro e menos com o dos outros. Pede-lhes, enfim, que procurem a verdade dos seus
princípios, o conhecimentos da sua doutrina e a prática dos seus trabalhos na Natureza, nossa
Mãe comum.

Pelo exercício constante das faculdades de observação e de raciocínio, pela meditação, o


neófito subirá os degraus que conduzem ao SABER.

A imitação simples dos processos naturais, a habilidade junta ao engenho, as luzes de uma
longa experiência, assegurar-lhe-ão o PODER.

Realizador, terá ainda necessidade de paciência, constância, vontade inquebrantável. Audaz e


resoluto, a certeza e a confiança nascidas de uma fé robusta, permitir-lhe-ão tudo OUSAR.

Finalmente, quando o sucesso tiver consagrado tantos anos laboriosos, quando seus desejos
se tiverem realizado, o sábio, desprezando as vaidades do mundo, aproximar-se-á dos
humildes, dos deserdados, de todos que trabalham, sofrem, lutam, desesperam e choram
neste mundo. Discípulo anônimo e mudo da Natureza Eterna, apóstolo da eterna Caridade,
permanecerá fiel ao seu voto de silêncio.

“Na Ciência, no Bem, o Adepto deve para sempre CALAR-SE.”

Isto posto e realizado, o Edifício Humano estará pronto, seus centros de energia vibrarão em
equilíbrio, estará em uníssono com o SOM PRIMEIRO e passará a ser, assim, o emissor da VOZ
DO LOGOS!
Aula 36 - 2º Estudo sobre as Catedrais

Dando seqüência aos nossos estudos sobre as Catedrais, chamou-nos a atenção que a maior
parte das basílicas metropolitanas está colocada sob a invocação da Bendita Virgem Maria ou
Virgem-Mãe. O povo de França chamou a estas Igrejas de Notre-Dame, o da Sicília de Matrices.
São Templos dedicados às Mães (do latim Mater, Matris).

Por que?

Na Catedral de Notre-Dame, de Paris, no pilar central que divide em dois, o vão da entrada, há
uma série de representações alegóricas das ciências medievais. No lugar de honra da Alquimia,
aparece a figura de uma mulher, cuja fronte toca as nuvens (???). Sentada num trono, tem na
mão esquerda um cetro – insígnia de sabedoria – e na direita dois livros, um fechado –
esoterismo – e outro aberto – exoterismo –. Mantida entre os seus joelhos e apoiada no seu
peito, ergue-se a escada dos nove degraus – a Escada Filosofal –, hieróglifo da paciência. Diz-
nos Nicolas Valois: “A paciência é a escada dos filósofos e a humildade é a porta do seu
jardim...”

Palavras de Fulcanelli: “A Catedral aparece-nos fundada na ciência alquímica, investigadora das


transformações da substância original, da matéria elementar (do latim Materea, Raiz Mater,
Mãe). Porque a Virgem-Mãe, despojada do seu véu simbólico, é a personificação da substância
primitiva de que, para realizar os seus intuitos, o Princípio Criador de tudo o que existe, se
serviu”.

Á entrada das igrejas ou catedrais, invariavelmente, deparamos com uma espécie de biombo,
elemento que divide os dois espaços, o exterior e o interior das igrejas. O primeiro,
poderíamos dizer, é o espaço em busca do tempo; o segundo, é o tempo manifestado no
espaço. Eis, na prática, um exemplo claro de mudança de estado vibratório: deixa-se um plano
e penetra-se em outro. Sofrendo, com isso, uma transformação, penetra-se no plano da cruz,
no crisol.

CRI – SOL, faz vibrar em si o Princípio Crístico, tendo com conseqüência o fortalecimento do
Ovo-Áurico. Assim deveria ser, mas estando a maioria dos cérebros humanos a serviço da
malignidade, não há espaço para que reine a felicidade, pois, felicidade é “equilíbrio de vida,
de realizações. Se não há equilíbrio na humana vida, o conceito de felicidade também
desaparece... pois os seres humanos estão com o Ovo-Áurico denegrido, sem consistência. No
Oriente, no Oriente Médio, no Ocidente, há uma infinidade de templos, construídos sob os
cânones das Medidas Áureas, sob os cânones Agarthino, entretanto, foram deturpados,
profanados, perdendo todo o valor vibratório, espiritual, essencial...”

Voltando às figuras herméticas de Notre-Dame.

O segundo baixo-relevo oferece-nos a efígie do Mercúrio filosófico: uma serpente enrolada


numa vara de ouro. A serpente indica a Natureza incisiva e dissolvente do Mercúrio que
absorve avidamente o enxofre metálico e retém-no tão fortemente que a sua coesão não pode
posteriormente ser vencida. “Na nossa Obra, afirmam os filósofos, o Mercúrio é suficiente”.

Segue-se outro baixo-relevo, o de uma mulher de longos cabelos ondulados como chamas.
Pesonificando a calcinação, aperta contra o peito o disco da Salamandra “que vive no fogo e se
alimenta do fogo”.

“Nossos Mestres na Arte têm o cuidado de chamar a atenção do leitor para a diferença
fundamental existente entre a calcinação vulgar, tal como se realiza nos laboratórios químicos,
e a que o Iniciado realiza no gabinete dos filósofos. Esta não se efetua por meio de qualquer
fogo vulgar, não necessita do auxílio do reverbero mas requer a ajuda de um agente oculto, de
um fogo secreto, o qual, para dar uma idéia da sua forma, assemelha-se mais a uma chama.
Este Fogo ou Água Ardente é a centelha vital comunicada pelo Criador à matéria inerte; é o
espírito encerrado nas coisas, o raio ígneo”.

Segundo, ainda, Fulcanelli, em seu Livro “O Mistério das Catedrais”, temos:

“O autor anônimo dos ‘Préceptes du Père Abraham’, diz: È necessário tirar essa água primitiva
e celeste do corpo onde se encontra...significando a semente primitiva de todos os seres, e
não especificada nem determinada na casa de Áries, para engendrar o seu filho. E essa água a
que os filósofos deram tantos nomes, é o dissolvente universal, a vida e a saúde de todas as
coisas. Os filósofos dizem que é nessa água que o Sol e a Lua se banham e que a si próprios se
resolvem na água, sua origem primeira”.

Mais adiante temos:

“O Fogo Secreto dos Sábios é um fogo que o artista prepara segundo a Arte ou que, pelo
menos, pode fazer preparar por aqueles que têm perfeito conhecimento da química. Este fogo
não é atualmente quente, mas é um espírito ígneo introduzido num sujeito da mesma
natureza que a Pedra e, mediocremente excitado pelo fogo exterior, calcina-a, dissolve-a,
sublima-a e transforma-a em água seca, como diz o Cosmopolita.”

Uma terceira figura, também relacionada com a fabricação e qualidades deste fogo secreto,
encerrado numa água que constitui o dissolvente universal, é de um homem que expõe a
imagem do Cordeiro. O cordeiro e o homem, hieroglifo do princípio metálico masculino.
Segundo Pernety: “Os Adeptos dizem que tiram o seu aço do ventre de Áries e, também,
chamam a esse aço o seu imã”.

Seguindo a evolução, no tocante às cores que se encontram descritas em todas as obras


clássicas e que reaparecem na Idade Média, nos vitrais das catedrais góticas, temos:

A cor branca, que sempre designou a nobreza, a candura, a pureza. A vermelha, símbolo do
fogo, assinala a exaltação, a predominância do espírito sobre a matéria, a soberania, o poder e
o apostolado. Citando ainda Fulcanelli: “Obtida sob a forma de cristal ou de pó vermelho,
volátil e fusível, a Pedra Filosofal torna-se penetrante e idônea para curar os leprosos, ou seja,
para transmutar em ouro os metais vulgares que a sua oxidabilidade torna inferiores,
imperfeitos, “doentes ou achacados”.
Paracelso, no seu “Livre des Images”, fala assim nas sucessivas colorações da Obra: “Embora
haja, diz ele, algumas cores elementares, porque a cor azulada pertence mais especificamente
à terra, a verda à água, a amarelada ao ar, a vermelha ao fogo, no entanto, as cores branca e
negra referem-se diretamente à arte espagírica, na qual se encontram também as 4 cores
primitivas, a saber, a negra, a branca, a amarela e a vermelha. Ora, a negra é a raiz e a origem
das outras cores, porque toda matéria negra pode ser reverberada durante o tempo que lhe
for necessário, de maneira que as três outras cores aparecerão sucessivamente e cada uma em
sua vez. A cor branca sucede à negra, a amarela à branca e a vermelha à amarela. Ora, toda
matéria, tendo atingido a 4ª cor no meio da reverberação, é a tintura das coisas do seu gênero,
ou seja, da sua natureza.”

“Para dar uma idéia da extensão que adquire a simbólica das cores e especialmente das 3
maiores da Obra, notemos que a Virgem é sempre representada vestida de azul, Deus de
Branco e o Cristo de Vermelho. São essas as cores nacionais da Bandeira Francesa”.

Ainda com referência às cores, como símbolo de nações, lembramos das cores da Bandeira
Portuguêsa: a verde como Fohat e a vermelha como Kundalini, produzindo uma 3ª cor. E,
como vimos, segundo Paracelso, a cor verde simboliza a água. E foi por meio desta que,
partindo de Sagres, coube a Colombo desvendar as terras do Ocidente ao Norte e a Cabral,
estas terras ao Sul, bafejados pelo hálito da certeza do Infante Dom Henrique de Sagres, com a
missão de desvendar o caminho das Américas, cujo trabalho deu início à Redenção da
Atlântida, ficando assim, a América predestinada para um novo Ciclo civilizador.

Neste processo de vida, sempre existe a presença da manifestação ternária da Divindade. O


Hálito do Pai, a Plasmação da Mãe e a realização do Filho. Três, embora sendo uma única
coisa.

NOTRE ou NOTRI ou ainda, NO TRI, temos ON TRI:

ON – som.

TRI – trindade, três.

O som do Eterno manifestado na divina Trindade, mantenedora da Vida. Na Mãe-Terra, na


Materea, na Raiz Mater, nas Matrices, nas Notre-Dames.
Aula 37 - O que é Kabballah ou Cábala?

Complementando a monografia nº 33, de 15 de junho de 1986, apresentamos este estudo


sobre o misterioso tema KABBALLAH ou CÁBALA que é, aliás, a Ciência de maior importância,
senão, a mais sagrada para aqueles que estudam os aspectos da Verdade. Para os que já
atingiram os portais da superior Sabedoria Universal, a KABBALLAH é, sem dúvida, a chave que
abre os portais da Sabedoria eterna. Os que sabem as chaves kabballisticas, manejam,
dominam todos os Mistérios do Céu e da Terra.

A ignorância dos homens acerca das coisas do Céu, de Deus, faz da Kabballah um juízo errado,
como sendo uma Ciência Hermética, enigmática, secreta, etc.

Na Kabballah, os 10 Princípios Humanos são classificados nas 10 Sephiroth.

SEPHIROTH é plural.

SEPHIRATH é singular.

Por exemplo: as 10 Sephiroth da divisão do corpo humano.

KETHER é a primeira Sephirath.

KABBALLAH – pode-se dividir este nome em KAB + BAL + LAH ou LHA

KAB (o que vale é o som), de modo que KAB ou CAB quer dizer “fechado”;

BAL em Fenício tem o sentido de Deus;

LAH ou LHA – Alah é Deus;

LHA é Espírito;

LHA (Tib.) Espíritos das esferas mais elevadas. Desta palavra derivou o nome LHASSA,
residência do Dalai-Lama. É um antigo termo das regiões situadas mais além dos Himalaias;
significa “Espíritos”, um ser celestial, o super-humano ou para-humano. É um nome para
designar todos os componentes das Hierarquias Celestes.

CÁBALA – escrita desta forma, pode ser dividida em CAB + ALA:

CAB – fechamento, o que é secreto, fechado para determinados seres superiores.

ALA – A + A corresponde às duas Faces do AVÔ DO UNIVERSO: a Face de Barba Branca e a de


Barba Negra. ‘A’ e ‘A’ são dois triângulos, logo, eqüivalem ao Hexágono Sagrado.

‘L’ é um esquadro, ou seja, este instrumento medindo o potencial da descida da Divindade. Um


“A”, expressando a Tríade superior, divina e o outro “A”, a Tríade da Terra. O primeiro A
expressa a inspiração divina e o segundo, o poder realizador, a atividade permanente,
mantendo a Vida Universal.

O Supremo Senhor JHS faz uma pergunta: “O que vem a ser a Cábala?” E Ele mesmo passa a
responder sua inciática pergunta:

“Para se compreender o que é Cábala, mister se faz conhecer, embora de modo sintético, o
significado do termo CÁBALA.

CÁBALA, ou melhor, KABBALLAH quer dizer, em hebreu, TRADIÇÃO. Este termo, que também
se escreve QUABALA, possui diversos significados, justamente por aplicar-se a diversos
assuntos:

Primeiro – Doutrina oralmente transmitida. Os textos hebraicos ‘de boca a boca’, de idade em
idade, de pai a filho, etc. É, pois, uma doutrina oral, que os judeus denominam de LEI ORAL,
em oposição à LEI ESCRITA, que Deus confiou a Moisés, no Monte Sinai. Voltando ELE do
referido Monte, entrou em sua tenda e comunicou a seu irmão Aarão o que havia apreendido
do céu (sempre a mesma lenda dos Manús, que transmitem aos de sua tribo, clã, raça, etc., o
que receberam do céu)... Da mesma revelação tiveram conhecimento Eleazar e Ithamar, filhos
de Aarão; a seguir, os 70 anciãos que compunham o Sanhedrin e, finalmente, todos os
israelitas que desejaram conhecê-la (ou melhor, os que à mesma faziam jus, na razão do
‘Margarite ante porcus’ ou ‘Não atireis pérolas aos porcos’, para que eles, dizemos, não façam
mau uso do que aprenderam), de sorte que os filhos de Israel ouviram a explicação da Lei uma
só vez; os 70 anciãos, duas vezes; Eleazar e Ithamar, três vezes, e Aarão, quatro vezes (na razão
cabalística, digamos assim, dos espirituais merecimentos de cada um, sem falar em outras
chaves numéricas, que não podem ser dadas de público...)

Segundo – Este termo designa, ainda, a interpretação que os rabinos e os doutores judeus
deram, quer do texto da Escritura, quer das palavras e mesmo das letras de que se compõe o
texto e seu real sentido, por meio de certas combinações. Tal espécie de Cábala se divide em 3
partes: a Gematria, a Notaricon e a Themurah.

A Gematria consiste em desdobrar as letras de uma palavra em números, explicando cada


uma, de acordo com o seu valor numérico;
A Notaricon consiste em tomar cada letra de uma palavra por uma inteira dicção;

A Themurah, isto é, mudança, troca, etc., consiste em dar sentido diferente a qualquer
palavra, quer separando, quer transpondo as letras que a compõem.

Chama-se a esta espécie de Cábala, de artificial!

Terceiro – Cábala Prática – É a ciência com cujo auxílio se operam as obras mágicas, as mesmas
de que se serviram Moisés, Josué, Elias e outros Taumaturgos e que não estão ao alcance dos
homens vulgares, por isso mesmo, tomando-as como ‘milagres’. Foi, ainda, com seu auxílio
que Salomão pôde construir o Templo de Jerusalém. Esta Cábala foi consignada em um livro
publicado pelo Rabino Isaac Bem-Abrahão, no começo do Século XVIII. De todas as Cábalas,
entretanto, a mais importante é a Filosófica.

Quarto – Cábala Filosófica – Esta espécie de Cábala contém sobre Deus, o Homem e o Universo
(Aziluth) sublime metafísica. Ela se divide em duas parte principais: uma chamada Bereshit
(Livro dos Princípios), relacionada a tudo quanto diz respeito ao conhecimento da Terra, e
outra, Mercavah ou o Carro, na qual se acham todas as explicações necessárias à inteligência
de todas as verdades. Existem várias razões para ser chamada de Carro, dentre elas, a
relacionada com o carro ou Charriot de Ezequiel. Estas duas ciências são sagradas. Não se pode
falar do Bereschit diante de mais de duas pessoas; quanto a Mercavah ou Mercabah, proibido
é explicá-la diante de qualquer pessoa.”

Que é o Mundo, no ponto de vista dos cabalistas: O mundo emanou de Deus, Jehovah,
devendo pois, ser olhado com tudo quanto nele existe, como o próprio Deus, que está oculto,
incognoscível, incompreendido em sua pura Essência, manifestou-se e tornou-se, por assim
dizer, invisível ao homem por suas emanações (nesse caso, não é visto, mas é sentido ou
percebido em tudo e em todos, justamente por aqueles que mais próximos se acham desse
mesmo Espírito Infinito, etc.) Foram essas deíficas emanações que, no Universo, criaram três
mundos diferentes, embora ligados entre si: AZIAH, IETZIAH e BRIAH, os quais, por sua vez,
correspondem às 3 divisões fundamentais do Ser Humano: NEPHESCH, RUASCH e
NESCHAMAH, respectivamente, Corpo, Alma e Espírito.

“A Kabalah caldéia e a Sabedoria Primitiva eram idênticas. As últimas interpretações do Zohar,


entretanto, são as da Sinagoga dos primeiros séculos, isto é, a Thorah, a Lei dogmática e
inflexível. Assim, aquela Cábala original era completamente metafísica e não se referia, em
nada, ao sexo animal, enquanto que a posteiror ou hebréia, que é a que chegou até nós,
afogou, desgraçadamente, o divino ideal primitivo sob o grosseiro elemento fálico. Entre os
ocultistas orientais, a relação sexual é considerada como um karma que pertence só às
relações mundanas do homem que jaz ainda dominado pela ilusão e como uma coisa que se
deixa de usar à medida em que a pessoa chegue a ser ‘verdadeiramente sábia’. Tanto que
consideraravam como uma circunstância das mais afortunadas a que o Guru ou Mestre
encontrasse no discípulo a devida atitude para a pura vida do Brahmâchârya. Os símbolos
duais ou sexuais eram para eles, meras imagens poéticas da sublime correlação das forças
cósmicas criadoras e, este conceito ideal, resplandece sobre cada ídolo, por grosseiro que ele
seja, nas atestadas galerias dos sombrio templo da Índia e em outras terras, mães dos cultos.
Entre os cabalistas, em troca, desde o Homem Celeste mais elevado até o Quinto Adão de
barro, todos os símbolos estão relacionados com o sexo e a procriação”. Dr. Roso de Luna,
Livro “Simbologia Arcaica”.

Glória e muito esplendor aos eminentes KABALISTAS!

Aula 38 - Dimensão ! Dimensão ! Dimensão ! Dimensão !

Luzes! Luzes! Luzes! Muitas Luzes! E sob as da “Ciência das Idades”, da Sabedoria Eterna, do
Sabeísmo, Janismo, Gnose, Pedra Cúbica do Universo, Pedra Filosofal, Teosofia, Eubiose, etc.,
procurar definir o transcendental sentido da expressão “QUARTA DIMENSÃO”.

Todos os nomes com que se procura definir o que é Quarta Dimensão, fazem parecer que se
trata de vários elementos, no entanto, há vários nomes para definir uma só coisa: a QUARTA
DIMENSÃO.

Se nos encontramos no estágio de 3ª Dimensão, iniciamos o trabalho pela definição de


dimensão, dada pelos vernaculistas.

DIMENSÃO, segundo o Professor Antenor Nascentes, é “medida de uma grandeza no sentido


de comprimento, largura ou altura; tamanho. Geometria – cada uma das extensões que
consideram a medida das figuras e dos sólidos (comprimento, largura e altura); grandeza,
tamanho e proporções. Extensão de compasso da música.”
O acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu dicionário, 7º ítem, diz: “Quarta
Dimensão (Fís.) a dimensão tempo, no complexo tetra-dimensional tempo-espaço.”

Quarta Dimensão, para os matemáticos, tem um sentido complexo e procuram definí-la com a
linguagem matemática...

Para a Ciência das Idades, Teosofista, Eubiose, é algo que define o grau da evolução interna de
cada criatura humana. É a ciência que lembra ao ser humano que ele já era uma partícula da
Divindade, mas se esqueceu disso, demonstrando ao indivíduo que ele é uma Chispa Divina
mas não se apercebeu disso. São os que estão dentro do âmbito da Grande Idéia, que é o
Grande Universo. Dentro do estágio de compreensão dos seus discípulos, o Grande Senhor JHS
deu o ensinamento:

1 – Primeira Dimensão – corresponde ao labor da Natureza, no aspecto de evolução da


substância ou essência que anima o Reino Mineral, a coesão das moléculas da pedra... O
centro de consciência ou da Vida é a durabilidade e está concentrado no aspecto rigidez, no
máximo de densidade. Graças à eternização deste Reino, os Mandamentos, as Leis de Moisés e
de outros Manús estão gravadas na pedra, para se eternizarem.

2 – Segunda Dimensão – Reino Vegetal – com a idéia de comprimento e largura, o


centro de consciência é focado no Princípio Vital. Os representantes deste Reino já se erguem
verticalmente, em direção ao Sol, para receberem a vitalidade solar. É uma Reino dadivoso,
porque socorre, alimenta os elementos dos Reinos seguintes: Animal e Hominal... (da Face da
Terra).

3 – Terceira Dimensão – Reino Animal – de Anima, tem três dimensões: comprimento,


largura e altura. Tem movimento. O centro de consciência está focado no Princípio Afetivo-
Emocional associado ao Mental concreto, o que os orientalistas denominam de Kama-Manas.
É o Princípio, embora conjugado, responsável pela limitação de conhecimentos dos aspectos
da Verdade. Não reconhece como verdade algo de natureza abstrata, de resultado demorado.
Com esse Princípio em desenvolvimento, é preciso ver para crer ou aceitar. Com a atrofia da
glândula Timos e com a redução funcional das glândulas Pineal e Pituitária, os representantes
do Reino Hominal não alcançam o estágio evolucional do seu Reino. Caíram, pois, para a escala
da Terceira Dimensão. Daí a sua classificação de “animais racionais”. A ação permanente de
Kama-Manas reduz o funcionamento perfeito das glândulas Pineal e Pituitária. Com efeito, são
essas glândulas combinadas com o Timos em função, que propiciam a possibilidade da Quarta
Dimensão.

4 – Quarta Dimensão – Para que se tenha a função da Quarta Dimensão, necessário se torna
possuir o dom da abstração. Deve ser um dom natural de uma “para-visão”. Precisa ter o dom
fornecido pelo Sexto Sentido. Os espiritualistas acham que a Quarta Dimensão eqüivale a
dizer: clarividência e clariaudiência. Precisa ter o dom de perceber o Plano Búdico, ou seja, o
sentido de Budi-Taijasa, a associação do Mental Abstrato com Budhi. Esse Princípio propicia o
conhecimento direto. O discípulo passa a perceber as coisas além da forma física. Passa a
perceber o som inaudível aos ouvidos comuns. É conhecimento que é, e, para adquiri-lo, não
há necessidade de estudos, de erudição; é uma sensibilidade superior. O Grande Senhor JHS
dividia a vida humana em dois períodos: um é o período da vida até 40 anos, em média, o qual
deve ser dedicado ao trabalho de procriação e mesmo de afirmação econômica; o outro, de 40
anos para a frente, que deve ser dedicado ao desenvolvimento, à evolução espiritual, à
Superação, à preparação para se ir, aos poucos, passando ao Mundo da Quarta Dimensão. O
verdadeiro Homem, representante de seu Reino, deve se preparar, já em sua vida física, para a
morte, ou seja, a vida noutro Plano ou Mundo.

Para demonstrar esse outro Mundo de outro plano ou de Quarta Dimensão, o Dr. Mario Roso
de Luna escreveu a sua prodigiosa obra com o título de “El Libro que Mata a la Muerte” ou
“Libro de los Jinas”.

Vamos apresentar um exemplo da percepção de um discípulo, quando começam os lampejos


da Quarta Dimensão: apresentaram-nos os excelsos nomes de Teosofia e a seguir Eubiose mas,
os nomes têm o mesmo sentido, encerram a mesma idéia ou têm sentidos diferentes e idéia
diversa? O discípulo, com sua perspicácia ou acuidade mental-abstrata, observa: T – éos – ofia
e Eu – bi – ose.

Téo- sofia é a sabedoria possuída pelos Deuses, pelos verdadeiros homens, algo que
representa o futuro. Daí o termo Theoin, plural de Téo, Deus.

Eubiose – Eu – bi – ose é o processo de conduzir os seres humanos à Unidade, ao Todo, At


Niat Niatat. Com efeito, pensando nas letras que comõem os dois nomes, observamos que
ambos possuem as letras eos e ose. EU, a partícula, a Chama do Eterno, em BI (dois) Eus: o
superior e o humano ou inferior. OSE ou ESO – E, inicial do nome sagrado ETERNO... Eterno ou
ETER + NO ou OM, senão, o OM (8º Tatwa) agindo através do Éter, o Akasha, o Quinto Tatwa. E
é, também, uma tríade. S é a descida ou manifestação em espiral... O é símbolo do Globo
Terrestre, logo, trata-se do Eterno descendo à Terra em espiral. Por esse pequeno detalhe,
observamos: os termos Teosofia e Eubiose são idênticos em significação, apenas foram
empregados em épocas ou ciclos diferentes... conforme a dinâmica evolucional.

Na nossa Esfera, Face da Terra, predomina a Terceira Dimensão e a Quarta Dimensão é


conquistada pelo regime iniciático, pela Iniciação. O que conhecemos com os nomes de
Eucaristia, Ioga e vários outros processos, tem como finalidade o desenvolvimento, o estímulo
de certos órgãos superiores – glândulas Hipófise, Epífise, Tiróides – , reativação do Timos, para
que possa funcionar uma hiper-sensibilidade, visão superior ao padrão humano. Ganhar a
Metástase Avatárica é o mesmo que dizer “conquistar a Quarta Dimensão”.

Quando os maçons primitivos falavam na Pedra Cúbica, estavam falando simbolicamente na


Quarta Dimensão. Aprimorar a Pedra Cúbica, eqüivale a dizer que deve modificar o regime de
vida ou penetrar num processo iniciático.

Quando o Excelso Senhor JHS falou em Escola, Teatro e Templo, a função “Templo” tem a
finalidade de criar ambiente para propiciar o desenvolvimento dos Princípios que levam o
discípulo a uma dimensão superior, a um processo de evolução extra-físico!
Em nosso meio surgem vários clarividentes, clariaudientes, mas de natureza astral. Entram em
ação as reminiscências do trabalho realizado em vidas anteriores. Essas reminiscências
espoucam e se não forem cultivadas, fenecem, ficam sem carga, como baterias descarregadas,
tal com aconteceu a Arigó e outros.

Acerca das dimensões do espaço, diz Helena P. Blavatsky:

“Cada um dos sete ciclos (rondas) vitais de nosso Globo, desenvolve uma dimensão do Espaço.
Porém, não se deve usar a frase “dimensões do espaço”, senão em um sentido figurado. É
absurdo crer que o Espaço possa ser medido em algum sentido. Mais completa é a frase
“dimensões da matéria no Espaço” porque, como disse Bain (Lógica, parte II, pág. 389), ‘o
conceder realidade às abstrações é o erro do Realismo’. Assim, o Espaço e o Tempo são
considerados com freqüência, como com existência, à parte todas as experiências concretas da
mente, em lugar de serem generalizações daquela, em certos aspectos. Porém, ainda em tal
forma, é, também, uma expressão imprópria, pois que, se bem é perfeitamente certo que o
progresso da evolução tem que fazer-nos conhecer novas qualidades características da
matéria, aquelas com as quais nos achamos já familiarizados são, em realidade, mais
numerosas que as correspondentes às três dimensões. As faculdades ou, talvez em termos
mais corretos, as qualidades características da matéria devem sempre ter uma relação direta e
clara com os sentidos do homem. A matéria possui extensão, cor, movimento molecular, odor,
e sabor, que se correspondem com os sentidos existentes no homem. A próxima qualidade
que aquela há de desenvolver e que poderíamos chamar “permeabilidade”, corresponderá ao
próximo sentido de “clarividência normal” que haverá de desenvolver o homem. Assim é que,
quando alguns pensadores tenazes e profundos, como Zöliner, Butlerof e o russo Wagner
imaginaram uma quarta dimensão, para explicar o passar da matéria através da matéria e a
produção de nós encerrados em uma corda fechada pelos seus extremos, o que imaginavam,
realmente, era a sexta qualidade característica da matéria. Em realidade, as três concebidas
dimensões pertencem a um só atributo ou qualidade de matéria que é a extensão e, o sentido
comum se revela justamente contra a idéia de que, sob qualquer condição das coisas, podem
existir mais dimensões que as de longitude, altura e espessura. A mesma palavra “dimensões”,
com efeito, pertence a um estado de evolução e pensamento, a uma qualidade característica
da matéria. Desde que a idéia de matéria surgiu no entendimento humano, não tem sido
possível aplicar mais que em três sentidos tais medidas, porém, semelhantes considerações
não contradizem em maneira alguma, a certeza de que com os progressos dos tempos e com a
multiplicação das humanas faculdades, haverão de multiplicar-se, também, as características
da matéria. É, pois, repetida expressão aquela incorreta maneira de expressar-se, senão, a
mais que concebida “sai” ou “se põe” o Sol...”.

Aula 39 - “Não importa até onde o homem estenda os seus sentidos,

sempre haverá um limite à sua percepção consciente”.

Carl G. Jung
Inspirados pelo conteúdo deste pensamento, veio-nos a pergunta: onde será o limite da
percepção consciente? E citamos, ainda, Jung:

“Alguns dos nossos pensamentos perdem a sua energia emocional e tornam-se subliminares
(isto é, não recebem mais a mesma atenção do nosso consciente) porque parecem ter deixado
de nos interessar e não têm mais ligação conosco, ou então, porque existe algum motivo para
que desejemos afastá-los da vista. “Esquecer”, neste sentido, é normal e necessário para dar
lugar na nossa consciência a novas idéias e impressões. Se tal não acontecer, toda a nossa
experiência permaneceria acima do limar da consciência e nossas mentes ficariam
insuportavelmente atravancadas. Assim como o conteúdo consciente pode se desvanecer no
inconsciente, novos conteúdos, que nunca foram conscientes, podem ‘EMERGIR’.”

Como um impulso, de onde 1 (UM) se torna 3 (TRÊS) e 7 (SETE) (a L E I), é o ETERNO, sendo 1, 3
e 7 ao mesmo tempo, ou seja, 1 como impulso, 3 como manifestação (como disse Pitágoras,
“O número três reina por toda a parte, tendo como origem o número UM”) e o 7 é a Divindade
manifestada no seio da Humanidade (a Mônada evolui através de 7 Planos ou estágios). Como
exemplo, temos a Luz (UM) do Sol que perpassando um prisma de cristal triangular (TRÊS), se
decompõe em sete cores ou Tatwas.

O sete rege a nossa vida; a semana tem 7 dias, dias estes regidos por sete Astros ou Planetas.
E, segundo H. P. Blavatsky, “existe um grande número de planetas, grandes e pequenos, não
descobertos ainda, mas cuja existência era conhecida dos antigos astrônomos e por todos os
Adeptos Iniciados. Somente sete de nossos Planetas se relacionam tão intimamente com nosso
Globo, assim como o Sol, com todos os corpos a ele submetidos em seus sistema. Os autores
antigos enumeravam os Planetas pela seguinte ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte,
Júpiter e Saturno, contando o Sol como Planeta, para fins exotéricos.”

O Sol, nessa relação, sendo o quarto Planeta, lembra-nos o fiel de uma balança, o tubo
luminoso de equilíbrio entre um plano e outro, entre o Plano do Macrocosmo e do
Microcosmo, ligando um ao outro, para que haja a tão propagada Concórdia Universal.

Os egípcios e os hindus dividiam o dia em quatro partes e cada parte se achava sob os influxos
de um Planeta. Passando o tempo, cada dia passou a ser demoninado com o nome do Planeta
que regia a primeira parte, ou seja, o Planeta que regia a parte da manhã. Os Planetas têm
correspondência com os metais, os dias da semana, com os sons, com as cores e com os
Princípios Humanos.

Cabe um esclarecimento: todas as faculdades mentais, emocionais, psíquicas e esprituais são


influenciadas pelas propriedades ocultas da escala de causas, que emanam as hierarquias dos
Regentes Espirituais dos Planetas e não pelos Planetas mesmo.

Assim temos, segundo o Professor Henrique José de Souza, no Livro “O Verdadeiro Caminho da
Iniciação”:
LUA Planeta neutro. Anjo: Gabriel. Metal: Prata. Pedra: Ametista. Dia: Segunda-feira. Cor:
Violeta. Animais: Gato, Cisne e Caranguejo. Flores: Jasmim e Bonina. Perfume para queimar:
Jasmim, Incenso. Perfume para usar: essência de Jasmim. Profissão: Artista.

MARTE Planeta Maléfico. Anjo: Samuel. Metal: Ferro. Pedra: Rubi. Dia: Terça-feira. Cor:
Vermelha. Animais: Lobo, Galo e Raia. Flores: Verbena, Cravo encarnado. Perfume para
queimar: Estoraque; Perfume para usar: Cravo, Verbena. Profissão: Militar.

MERCÚRIO Planeta neutro. Anjo: Rafael. Metal: Mercúrio. Pedra: Topázio. Dia: Quarta-
feira. Cor: Amarela. Animais: Macaco, Papagaio e Peixe-voador. Flores: Cravo amarelo.
Perfume para queimar: Mastique. Perfume para usar: Gardênia, Trevo. Profissão: Escritor,
Médico, Farmacêutico, Mecânico.

JÚPITER Planeta Favorável. Anjo: Saquiel. Metal: Estanho. Pedra: Rubina. Dia: Quinta-
feira. Cor: Púrpura. Animais: Elefante, Pavão e Delfínideo. Flores: as de cor Púrpura. Perfume
para queimar: Açafrão (Urucum, etc). Perfume para usar: Flor-de-maçã. Profissão: Qualquer,
pois o Planeta é propício a todas.

VÊNUS Planeta Favorável. Anjo: Anael. Metal: Cobre. Pedra: Safira. Dia: Sexta-feira. Cor: Azul-
índigo. Animais: Touro, Pomba e Foca. Flores: Miosótis, Hortênsia. Perfume para queimar:
Mirra, Alfazema, Benjoim. Perfume para usar: Idêntico às flores. Profissão: Qualquer,
principalmente médico.

SATURNO Planeta Maléfico. Anjo: Cassiel. Metal: Chumbo. Pedra:Esmeralda. Dia: Sábado.
Cor: Verde. Animais: Bode, Morcego e Siba. Flores: As de cor verde. Perfume para queimar:
Alecrim; Perfume para usar: Os de cor idêntica. Profissão: Lavrador, Sacerdote, Ocultista,
Astrônomo, etc.

SOL Planeta neutro. Anjo: Miguel. Metal: Mercúrio. Pedra: Carbúnculo. Dia: Domingo. Cor:
Alaranjada. Animais: Leão, Águia e Umbla. Flores: Girassol, Sempre-viva. Perfume para
queimar: Sândalo. Perfume para usar: Idêntico. Profissão: Médico, Cargos Administrativos, etc.

As cores dos Planetas são idênticas às dos Tatwas e estas cores estão intimamente
relacionadas com as cores emanadas dos sete principais Centros de Força existentes no corpo
humano, os Chacras.” Planeta nos lembra, também, de pequenos planos, como se a Divindade
fosse dividida em sete partes, um sétimo do Eterno. O Eterno desdobrado em sete tônicas
diferentes, para promover a dinâmica, determinar diretrizes, para que haja na Humanidade,
nos indivíduos, a Vontade de Deus como impulso inicial que, com sabedoria, realize atividades
construtivas que, num conjunto, elevem a categoria humana ao plano dos Deuses.

Não é por acaso que a espécie humana é regida por ciclos de sete anos. É aos sete anos que há
a primeira renovação celular significativa no corpo humano, para que o mesmo, por volta dos
quatorze anos, tenha já condições de realizar o milagre da geração e assim por diante.

E se o Eterno é UM e TRÊS ao mesmo tempo, ou seja, UM como impulso e TRÊS como


manifestação, sendo o SETE, princípio de realização, vêm-nos à mente que para se atingir a
Unidade, assim como o “filho pródigo que retorna à casa paterna”, cabe ao Ser Humano
equilibrar em si os sete Princípios nele existentes, os Chacras, para poder ser três como
manifestação e um como essência.

Para finalizar, um trecho retirado da Revista Brasil 2005:

“ Não fique aí ai ei !...

Fique aí parado contando os minutos de sua incerteza!...

Ei!... Não precisa ficar aí parado,

A Nova Era está chamando.

A Nova Era está chamando...

A Nova Era está...

A Nova Era...

A Nova... Até lá...

Aula 40 - Antropogênese e Cosmogênese

Chaves Numérica e Geométrica

Interpretação da Antropogênese e da Cosmogênese à Luz das Chaves dos Conhecimentos


Iniciáticos, classificados com os nomes de Numérica e Geométrica.

Quando a idéia transcende a limitação da mente, do cérebro humano, lança-se mão da


linguagem simbólica para melhor esclarecimento do estudo. No presente trabalho, buscamos
o simbolismo dos números e das figuras geométricas. Para isso, necessário se torna usar a
filosofia ou a parte abstrata dos números e das expressões geométricas.
Geometria – Ge + o + métrica: o zero (0) é o símbolo do Absoluto; métrica é o estudo que se
ocupa dos elementos necessários à feitura de versos medidos; linguagem própria de um poeta.
Logo, Geometria é o processo de metrificar, de versificar a Harmonia do Universo.

Passamos agora a nos ocupar com o simbolismo dos números, da Chave Numérica do primeiro
setenário, partindo, com efeito, do Zero, logo, o número 6 corresponde ao sétimo número.

Z E R O – Zero-Astro, Zoroastro (Divindade Persa). É o Absoluto; o Parabrahmá dos vedantinos;


a Realidade Única; o SAT, a Seidade não manifestada em ser, posto que é semelhante, a par
com o Ser e o Ser Absoluto.

S A T – simbolismo: S – descida, manifestação em espiral, Sabedoria;

A – Abstração; Triângulo de vértice para cima, indicando o Altíssimo;

T – símbolo de balança, tríade, etc. Na Tríade OM TAT SAT, o som, a tônica dos 3 últimos
Tatwas, SAT equivale a mente. Segundo os cabalistas é Chokmah. É considerado, também, o
Quinto Tatwa, o Akasha.

ZERO é, ainda, o OUROBORUS, a Serpente mordendo a sua própria cauda, alegoria da primeira
limitação do Ilimitado, do Tudo ou Nada.

U M – O Primeiro Logos ou Logos Impessoal, não manifestado; a Primeira Causa. O


Inconsciente ou Incognoscível dos europeus; a Mônada dos pitagóricos. U corresponde a dois
“is” juntos (ii), alegoria de uma geminidade, o um já se convertendo em dois. M, precioso
símbolo de Aquarius e, também, das ondas sonoras da força vibratória, movimento
permanente.

U M, invertido, foi o valoroso nome do Continente de “MÚ”, a Atlântida, onde floresceu a 4ª


Raça-Mãe.

D O I S – o Segundo Logos, Espírito e Vida, Purusha e Prakriti, a Dúada manifestada, dos


pitagóricos. A Suprema Essência, a Vida Universal polariza-se em Vida Energia e em Vida
Consciência; a Dupla Barba do Eterno; as duas Faces do Avô do Universo. É, também, alegoria
da Pedra Cúbica e da Pedra Filosofal dos maçons.

T R Ê S – O Terceiro Logos, a Ideação Cósmica, Mahat ou Inteligência, a Alma Universal do


Mundo. O Noumeno Cósmico da Matéria, a base de todas as operações inteligentes da
Natureza; o Maha-Buda. Sim, é o mesmo que dizer, a Tríade, a Suprema Trindade, etc.

Q U A T R O – A realidade UNA manifestada sob seus aspecto dual de Espírito e Matéria, no


Universo condicionado, ou seja, o Cosmo dos gregos; a harmonia ou equilíbrio daqueles
supremos contrários; a polaridade, senão, a Tetraktis, a Tétrada, enfim, o mais solene conceito
dos pitagóricos que obrigava até mesmo os Deuses, meditarem sobre o assunto.

Há duas maneiras de numerar: a concreta e a abstrata. A 1ª, na nova justaposição de


sucessivas unidades: 0 + 1 + 1; 1 + 1 = 2; 2 + 1 = 3... Esta concepção, meramente animal
(terceira dimensão), é teoricamente indefinida, porém, na prática, para o impulso porque
chega a carecer da precisão do nome e da idéia concreta, para enunciar as quantidades que
vão aparecer sucessivamente; assim, se encontram selvagens que só podem contar até 3 e
chamamos, genericamente, numeração concreta a muitos dos números sucessivos, os quais
passam a ser ensinados às crianças, jovens, etc.

_Os quatro primeiros números, como essenciais e característicos de mera animalidade, ou


melhor dito, da Natureza inteira, são conhecidos, provavelmente, até dos mesmo animais,
dado que na mente rudimentar desses seres existe o conceito do nada ou zero e do um. O
sexo, por sua vez, dá a noção do dois; os duais seres de seu bando – que não eles nem a
companheira – fazem três e, a causa que têm a buscar ou a livrar-se, constitui quatro. Daqui
por diante, se faz a noite mais impenetrável na mente do animal porque esse número que se
segue, o 5, já é característico do homem, daí seu nome troncal Man, Manú, o pensador e no de
panta, penta ou cinco, primeiro da continuidade de nosso pensamento, o selo indelével da
arma de superioridade física do homem sobre os animais. Sim, sua mão tem cinco dedos, o
polegar oponível (que se opõe aos outros quatro da besta), suas extremidades cruciforme com
a quinta ou cabeça acima e da superioridade moral, também, do seu dito pensamento.

Os Iniciados do passado nos legaram isto mesmo, escrito no inefável símbolo do PENTALFA ou
Pentágono Estrelado, em sua posição triunfal ou normal com o ápice da cabeça acima, muito
acima, mirando o alto do céu, embora que o mesmo Pentalfa volteie de revés, como símbolo
do homem caído e da besta, o ser que não compreende, o cinco com dois cornos, as orelhas e
a barba, do famoso cabrito (caprino, Bode de Mendes, Kumara, etc.).

O número cinco é composto de um binário e um ternário: o binário alteia toda a perfeição da


forma, embora que o homem perfeito, diziam, era um quaternário e um ternário, ou sejam,
quatro elementos materiais e três imateriais. Estes três elementos se encontram igualmente
no 5, quando representam o microcosmo.O microcosmo, portanto, segundo os pitagóricos,
está composto de três Espiritus e de um binário diretamente relacionado com a matéria
grosseira. E aqui, como diz Ragon: “a engenhosa figura formada pelos acentos (, ‘) que se
colocam sobre as vogais, segundo se davam ou não para serem aspiradas. Na primeira sigla (,)
denomina-se-lhe de “espírito forte” ou superior, é o mesmo que dizer: o Espírito ou Hálito de
Deus respirado pelos homens, embora que a segunda (‘) é o “espírito suave” ou secundário. Os
dois juntos abarcam por inteiro o homem e são o fluído vital ou quinta-essência universal”

T. Subba Raw, em seu livro Five years of Theosophy, capítulo dos doze Signos do Zodíaco,
expõe o sentido mais místico do número cinco, dando algumas regras que podem ajudar o
investigador a encontrar o profundíssimo significado da antiga nomenclatura sânscrita dos
primitivos mitos e alegoria dos ários.

Tudo isso se enlaça enormemente com as chamadas “categorias de Kant”: a categoria Zero é o
nada-todo de nossa ignorância inicial, antes de pensar; as outras cinco categorias são: Espaço
abstrato, Tempo (passado, presente e futuro, que são meras formas ilusórias do Eterno),
Número (positivo, negativo ou imaginário) e Pensamento, o ego sum latino de nossa Mente ou
Quinto Princípio, com o qual afirmamos a nossa consciência, frente a tudo quanto deriva das
outras quatro categorias que resumem o Universo e unifica estas à quinta ou Pensamento, na
grande figura geométrica do Pentalfa ou polígono estrelado, eterno símbolo de todo ser que
pensa.
A seguir o número 5 vem o número 6, ao qual também se denomina de “número da besta”,
talvez pelas razões que se seguem.

Antecipando, com efeito, a própria evolução humana, os animais de maior inteligência, como o
mono, elefante, cão, cavalo, burro, por acaso logram passar excepcionalmente de cinco e
chegam a seis, desta maneira: um, ele; dois, a fêmea; três, o filho; quatro, o ninho, a cova, o
refúgio, o lugar – se vale a frase – que defendem como a si mesmos; cinco, os demais de sua
tribo, como forma de unidade superior e, seis, todo o restante que não é ele nem sua parte. O
número 7 já é desconhecido.

Em geometria, esses mesmos animais têm uma idéia do ponto (ele); a linha (a distância que o
separa da fêmea buscada ou vítima eleita, linha, ademais, medida instintivamente no gato,
com a mais rigorosa exatidão), a da superfície e a do volume, segundo revelam todos os seus
atos, suposto concretamente, não em abstrato como nós. O grou, por exemplo, em seus vôos
de emigração tem, ademais, noção do ângulo, posto que a mais forte ou guia se situa no
vértice da proa, na marcha, para que as mais débeis encontrem já vencida, com as asas
daquela, a resistência do ar. A massa emigratória, por outro lado, no caso mais simples, dá a
idéia concreta do triângulo e, em geral obscurissimamente, dos demais polígonos que, para
elas, são como se fossem um mesmo.

O Supremo Orientador J H S ofereceu aos seus Discípulos a idéia da transição do Ser Humano,
em 4 etapas distintas: de 1 a 15 anos, de 15 a 30, de 30 a 45 e de 45 a 60. Daí por diante já se
entra numa fase regulada pelo comportamento das quatro etapas anteriores; passa-se a viver
baseado nas reservas acumuladas pelo organismo.

A vida da juventude equilibrada é base para uma velhice feliz. De modo análogo, procuramos
pensar nas fases, também quaternárias, na transição da humana vida, de um plano para outro,
da 3ª para a 4ª Dimensão.

Transcrevemos, a seguir, os ensinamentos que foram ministrados, pelos sábios e espiritualistas


Professor Henrique José de Souza e Dr. Mario Roso de Luna, acerca deste assunto.

Segundo a opinião do ilustre espanhol Sánches Herrero, desencarnação é a separação da alma


do corpo, mediante o total desprendimento do perispírito (duplo-etérico), o qual, durante a
vida intra-carnal, consubstancializa um com o outro.

Até agora, para elucidar este problema da morte, só se quis ouvir a voz da patologia. Já é hora
de escutar a psicologia transcendente (preparação da alma, possibilitando-lhe ter estado de
consciência de outros planos mais reais do que o Plano Físico) que tem muitas e muitas coisas
interessantes para dizer. Letamendi, que considerou este assunto do ponto de vista da Ciência
Patológica (do ponto de vista corpóreo), admitiu na morte quatro etapas sucessivas: 1ª)
Agonia; 2ª) Resolução; 3ª) Metagonia; 4ª) Restituição.

Agora estudaremos com detalhes, uma a uma. Porém, como temos três espécies de morte (a
do Corpo, a da Alma e a do Perisírito) e o citado estudo compreende apenas a sucessão dos
atos da carne enferma, para transformar-se num cadáver, declaramos que o
complementaremos com outros dados de outras origens, referentes à alma e ao duplo-etérico.

1º Tempo: AGONIA – derivado este nome de outro grego que significa luta ou combate. É a
debilitação (hipokinésia) progressiva, circulatória e respiratória e termina no momento em que
se paralisa o centro respiratório do bulbo, causa da intoxicação carbônica do sangue, isto é,
que pela dificuldade respiratória a quantidade de anidrido carbônico vai sempre aumentando
naquele e a de oxigênio diminuindo sem cessar, até anular-se. Essa paralisia bulbar chega de
um modo automático, fatal, necessário, ainda que suave.

2º Tempo: RESOLUÇÃO – é um ato instantâneo provocado pela paralisia antes indicada; é o


momento que o povo chama de “último suspiro”. Tudo faz crer que não é doloroso nunca para
a Alma, pela sensível razão que se encontra em plena incosciência. Quem contempla um
agonizante nesses dois primeiros tempos, se convencerá de que tudo isso tem o selo do mais
completo automatismo, como pertencente a duas grandes funções da vida vegetativa (a
circulação e a respiração) não submetidas à nossa vontade.

3º Tempo: METAGONIA – este como o seguinte, pertencem já ao cadáver, quer dizer, à ordem
do físico. Por Metagonia entende Letamendi certos fatos que podem se dar num cadáver, por
causas puramente físicas, como por exemplo, certos movimentos das extremidades, em alguns
coléricos. Estes não se devem a vitalidade alguma, posto que a atividade do Princípio Vital
ficou anulada naquele corpo, senão, as grandes perdas de água que sofreu, pelas toxinas do
Bacilo de Kock, que desintegraram os tecidos.

4º Tempo: RESTITUIÇÃO – assim chamou Letamendi à decomposição cadavérica. Se


pensarmos um pouco, acharemos esta palavra exatíssima. Com efeito, durante a vida intra-
carnal, devolvemos parcialmente à Terra, porções de matéria ponderável que lhe tomamos
emprestada, porém, neste momento, a devolvemos toda. Não podia ser diferente, pois que a
Lei da conservação da matéria foi demonstrada por Lavoisier e é um fato positivo “cuja
quantidade total é invariável, porém, suas transformações são indefinidas (Allan Kardec)”.
Porque, segundo o lugar que ocupa um átomo, assim funciona de um modo distinto. Exemplo:
não procede igualmente, o átomo de ferro de uma hemácia do sangue, do ferrolho da porta e
do disco do arado do campo.

No Dicionário de Euledburg, chamou o Professor de “Eutanásia Externa”, ao conjunto de


medidas que precisa tomar o médico para que a morte seja o menos dolorosa possível (por
exemplo, aplicando a anestesia) e de Eutanásia Interna, à preparação da Alma para morrer
consciente (lucidez). Segundo este autor, deve-se confiar esta última à Religião e à Filosofia.
Porém, o que ele não consignou foi que é o estudo da Psicologia Transcendental que
transforma a esperança noutra vida, na certeza científica. E para se inteirar disso, nenhum ser
sensato aguarda a agonia, senão que faz desta ciência, muito tempo antes, seu estudo favorito
(Iniciação Real).

Até aqui, o que descreveu Letamendi é o que pode ver qualquer um que examine um
agonizante. Agora exporemos a questão por dentro (como atua a Alma). Temos as declarações
dos médiuns-videntes em geral e em particular as do americano Jackson Davis e do Dr. Ciriax,
de Berlim. Aparecem assinaladas no Livro “Le Psichisme Experimental”, por Alfred Erni, Paris,
1895. Se trata do desprendimento automático do perispírito e se estabelece em três tempos:

1º Tempo: neste, todo o fluído do perispírito (Corpo Vital) repartido pelo organismo, se
reconcentra no cérebro físico. É uma atração semelhante à que exerce o imá sobre o ferro.

2º Tempo: saída pelo crânio de todo o perispírito (este, sabemos que é o exato fac-símile do
corpo orgânico) e colocação da alma, assim desprendida, a poucos passos do agonizante, do
qual depende, sem dúvida, por um tênue cordão fluídico que, simples expansão do perispírito,
vem terminar na região que medeia o coração e a cabeça (Chakra Laríngeo; o cirro da morte).
Foi comparado ao cordão umbilical, pelos que o observaram. Comparação muito exata, como
agora se verá.

3º Tempo: ruptura do cordão fluídico e completa liberdade do espírito errante, o qual, desse
momento, pode dirigir-se aonde quiser. Se vê, pois, que entre o nascimento carnal e o
espiritual, como o chamou Swedenborg, “morte” em termos vulgares, há uma analogia
completa; ali uma placenta, aqui um cadáver; ali um cordão umbilical a ser cortado, aqui um
outro, fluídico, que tem de se desligar para sumir o resto do perispírito. Ali um menino ou
menina, vivo, e aqui um espírito errante, perturbado, porém mais vivo do que nunca. Há algo
mais claro?Eutanásia Interna

O Grande Senhor JHS, pelo menos durante 40 anos, tentou aplicar aos seus Discípulos a
verdadeira “Eutanásia Interna”, senão preparando as almas humanas para tomarem o rumo do
EU Interno ou, antes, para irem para a parte interna do Globo Físico. Sim, Eutanásia Interna, no
sentido de preparar o Eu Interno, a Consciência Interna, de natureza dos Globos Internos dos
Mundos paralelos. Foi muito bem indicado o estudo da Psicologia Transcendental que outra
não é, senão, a aplicada pelo Avatara.

A Iniciação orientada pela Filosofia do nosso Grande Senhor e Supremo Orientador, é algo que
podíamos denominar de “Psicoterapia da Alma”. Ora, a Psicoterapêutica-Ritualística adotada
pelo valioso Legislador, teve a finalidade de provocar o ajustamento psíquico dos seus
Discípulos, preparando-os para outro ciclo, para outro Avatara.

Por isso é que se fala em “prova”. Ora, a prova é provocada pelo conflito de consciência, isto é,
o atrito dos desejos corporais, materiais, com as exigências da Consciência Espiritual. Por isso
que o Supremo Senhor conduziu seus Discípulos com liberdade de pensamento. Com efeito,
sem o auxílio da Psicoterapia Transcendental, as Nidhânas não são corrigidas. Isto posto,
jamais poderá haver harmonia numa associação, numa instituição ou num país. O tirar estas, o
ajustar os discípulos, equivale a dizer, prepará-los para que possam vivenciar a Idéia de
Unidade. Enquanto houver a mentalidade do “eu sou”, “eu quero”, “eu mando”, “eu sou o
único sábio”, haverá, naturalmente, a necessidade da Eutanásia Interna, senão, preparando a
mentalidade para a vida noutros planos, não além da morte, mas além da vida física.

No Diário de um Adepto, publicado no “Verdadeiro Caminho da Iniciação”, 3ª edição, pág. 95,


há a ética a respeito da Linguagem Oculta, como “Poder de Comunicação Divina”:

“ O ignorante diz: eu sei;


O discípulo: assim o aprendi;

O Mestre: assim diz a Lei! “

O Grande Senhor JHS poderia dizer:

“A Lei é a conquista da Consciência Una do Supremo Avatara!”

“A reverência tributada aos Deuses, aos Sacerdotes, aos Mestres e aos Sábios; a pureza,
retidão, continência e mansidão, concorrem para a austeridade do corpo.”

“A conversação honesta, amena, verídica e instrutiva, além do habitual estudo das Escrituras,
concorre para a austeridade das palavras.”

“A agudeza mental, a igualdade, o silêncio, concorrem para a austeridade da mente.”

“Pura é essa tríplice austeridade se, com excelente fé, a praticam os seres humanos
harmonizados, sem visarem esperança nem recompensa.”

Glória aos Deuses nas Alturas e Paz na Terra aos que se harmonizaram com o Avatara JHS!

JUSTIÇA HARMONIA SABEDORIA !

Aula nº: 41 - Psicoterapia Transcendental ou Eutanásia Interna

Linguagem Mitológica

Embora os homens se jactem de seu imenso saber, a limitação dos sentidos que os envolvem
permite que vejam os aspectos da Verdade, também de modo limitado, limitadíssimo.

O processo que permite aos homens estenderem a mente a um plano mais abstrato, de
dimensões mais amplas, é a linguagem iniciática. O Ser Humano é que se faz capaz para
entender os aspectos da Verdade Eterna. Esses aspectos da Verdade, à primeira vista, se nos
apresentam como se fossem charadas, jogos de quebra-cabeça. O estudante ou candidato à
evolução espiritual, deve ter o trabalho de equacionar os dados, as informações recebidas dos
Irmãos mais velhos, mais antigos, procurando decifrá-los, integrando-se nos citados aspectos
da Verdade Eterna, a Suprema Sabedoria.
Os gregos primitivos, os hindus, chineses e outros, tinham como linguagem iniciática, a
mitológica. A Mitologia é uma linguagem teatralizada, assim como era outrora o bailado
sagrado, o qual era apresentado à guisa de tema de meditação. Sim, as assanas constituem
uma linguagem que, apesar de ser solenemente muda, mímica, entretanto transmite sublimes
mensagens aos portadores de apurada sensibilidade (espiritual ou artística).

Assim como todas as filosofias, textos sagrados, possuem seus intérpretes, seus doutores, a
Mitologia, as assanas dos bailados sagrados também os possuem.

A exemplo do que afirmamos, apresentamos um comentário mitológico, relativo ao


nascimento de Júpiter.

Conta-nos a Mitologia que Cronos, o medidor do tempo ou senhor do tempo, viveu longas
insônias, de olhar pregado no escuro do mundo, a ausência de luz. (Se Cronos era medidor do
tempo ou o seu senhor, naturalmente encontrava-se numa situação limitada, sua visão estava
limitada, reduzida ao plano concreto. Luz é símbolo do conhecimento abstrato, global,
universal, etc.)

“Como impedir que se cumprisse a terrível profecia da Mãe Gaia, que um de seus filhos lhe
usurparia o trono?” (Gaia, não nos atendo ao grafismo e sim ao som da palavra, à abstração,
portanto, lembra-nos a palavra MAIA, aquela que, embora sendo uma, cria a multiplicidade de
formas, a ilusão. Dentro da linguagem tradicional, temos: GAIA ou AG + IA ou IO. AG é radical
da palavra AGNI, Fogo, e outros termos com o sentido de Fogo Universal, Vida, etc. IA ou IO
tem o sentido de Água. Gaia, portanto, expressa a ação da Água e do Fogo, senão, os Pai e
Mãe Universais. Gaia, Geia, é igual a Terra, daí a Tríade: Fogo, Água e Terra, criando um
ambiente de humidade, o qual propicia a germinação da vida, a geração, etc.)

Depois de muitos planos e tramas, medos e confusões, dentro da noite fulgurou a resposta,
fez-se a luz: de um salto, CRONOS ou Saturno ergueu-se e correu para junto de REIA, sua
mulher (Reia, Matéria, Terra) mas não lhe dirigiu palavra alguma. Em silêncio, agarrou seu
primeiro filho, que acabara de nascer, e devorou-o! Era início da sangrenta rotina. (Cronos ou
Chronos, grego, o tempo! Nome grego de Saturno. Em sua homenagem os gregos celebravam
uma festa chamada Chronia. Era um dos maiores Deuses e os cartagineses tinham um respeito
tal que não se atreviam a pronunciar seu nome e chamavam-no “O Ancião”. Correu para junto
de Reia, sua mulher, porque como andrógino, procurou o que lhe faltava: a contraparte, de
quem nasceu o filho. De modo que Cronos, Saturno, Reia e o filho devorado formaram uma
unidade, como se corpo, alma e espírito se fundissem numa consciência única. É algo
semelhante ao simbolismo da abelha rainha: o zangão que resistir voar mais alto, a fecunda e é
como se encarnasse nela. Depois da abelha rainha dar à luz, morre e a consciência ou luz dos
dois funde-se no filho, a colméia).

Raia deu à luz outras crianças, porém a nenhuma teve o prazer de acalentar. Estava cansada;
precisava encontrar uma solução para salvar o filho que abrigava no ventre. Procurou, pois, a
sábia Gaia e, ajudada por ela, traçou um plano. Ao chagar o momento do parto, Reia iludindo a
inexorável vigilância do marido, ocultou-se numa distante caverna, nos densos bosques de
Creta. Ali, ZEUS veio ao mundo. (Reia deu à luz outra criança, Zeus, de uma hierarquia
superior, a qual não poderia ser criada no mundo dos homens. Foi, pois, se esconder na
floresta, como que procurando outro plano. Ora, na época de Gautama, o Buda, Ele deixou
toda a fortuna material, indo para a floresta realizar as suas meditações. Sim, foi à procura de
um local jina. Júpiter para os gregos tem o mesmo sentido do Melki-Tsedek hebreu, do
Gautama budista e do Cristo cristão. Os demais aspectos mitológicos ficarão para os leitores
interpretá-los).

Enquanto Gaia, a Mãe-Terra, acolhia o menino em seus braços, a Deusa retornou ao lar.
Vibrava de alegria, mas também de medo; podia falhar a trama tão carregada de esperanças.
O amor pelo filho, entretanto, dominou os receios. Reia apanhou do chão uma PEDRA,
envolveu-a em grossas faixas e entregou-a a Cronos que, sem perceber o logro, rapidamente a
ingeriu. Então a Mãe de Júpiter respirou aliviada. Salvara o filho, mas selara a profecia: em dia
próximo, o último filho de Cronos tomaria das armas para encerrar o sombrio reinado de
sangue de seu pai.

Ao crescer, Júpiter destronou Cronos, venceu os titãs e os gigantes. Com a tríplice vitória,
firmou-se como senhor absoluto do mundo e encerrou o ciclo das divindades tenebrosas, das
forças desordenadas que tudo corrompem e destroem.

Para os filósofos, seu triunfo simboliza a própria vitória da ordem e da razão sobre os instintos
e as emoções desenfreadas. É ele quem abre aos homens o caminho da razão e ensina-lhes
que o verdadeiro conhecimento só é obtido a partir da dor. Mas não assiste impassível os
sofrimentos humanos, ao contrário, apenas não se deixa levar pelas emoções, pois é a imagem
da justiça e da razão. Sabe que não deve interferir nas descobertas pessoais; cada qual tem de
viver sozinho sua própria experiência.

Usando o direito do livre-pensar, veio-nos à mente o seguinte:

JÚPITER, JU PITER, IU PITER – do inglês YOU PITER, “você é Pedro, você é pedra”.IO PEDRA –
caminho da manifestação ou densificação (se é que podemos usar este termo), da Divindade,
como poder absoluto e coeso.

JU, IU, IO – caminho.

PI – segundo os pitagóricos, 3, 14, 16.

3– “O número três reina por toda a parte”, portanto, o símbolo da Divindade


manifestada.

14 – Segundo os Tarôs é o número que representa o equilíbrio, a metamorfose.

16 – Segundo, ainda, os Tarôs, “sofrer no afã de desembaraçar-se da matéria é revestir-se


de imortalidade”.

TER – lembra-nos TERRA.

JÚPITER
JU PITAR

IU PITÁGORAS

IU PITAGÓRICOS

PITA GO U RICOS

PITA GOUROS

PITHA, em sânscrito, significa o SOL, o FOGO. Olhando por este ângulo, esta análise nos leva a
pensar que os pitagóricos eram os GÔROS DO GRAAL, os portadores da Sabedoria Eterna.

JÚPITER – o caminho ou passagem da Divindade na Face da Terra, dano nova tônica, com a
missão de fazer LUZ onde antes reinava a ignorância.

A Nova Era ... Até lá!

A Nova Era ...

Aula nº: 42 - Genealogia secreta do Ser Humano

A Genealogia Secreta do universo manifestado, é algo que preocupa o Ser Humano, quando
passa a pensar em algo mais elevado, além das suas limitações, da reduzida autonomia dos
sentidos.

O Ser Humano, como um microcosmo, para se por em movimento, em ação, para realizar algo
no plano objetivo, necessita, naturalmente, de seus órgãos ou membros: braços e pernas. Com
efeito, pensando na origem secreta do mundo, na Cosmogênese, na formação dos universos,
associamos desde logo os 4 Elementos ou Princípios básicos desta formação, desta Obra do
Criador: Terra, Água, Fogo e Ar. Observamos:

As tradições mais antigas falam nos 4 Elementos que compõem a enigmática Esfinge: Touro,
Leão, Anjo e Águia;

No Egito primitivo, esses 4 Elementos eram apresentados com o nome de “os 4 Osiris”.
OSIRIS – é o supremo Deus do Egito, filho de SEB (Saturno), o Fogo Celeste, e Naiti, a Matéria
Primordial e o Espaço Infinito. E, existente por si mesmo, é auto-gerado, a primeira Deidade,
nosso Terceiro Logos. É a Unidade, mas quando diferenciada, torna-se personificada
convertendo-se em Tifón, seu irmão... Isis e Nefti, suas irmãs; Horus, seu filho e há outros
aspectos. Nasceu no Sinai, o Nyssa do antigo Testamento, em Abidas... depois da morte de
Tifón, na prematura idade de 28 anos, segundo a alegoria. Para o sábio Eurípedes, é o mesmo
Zeus, é o Dionísio. Dionísio e Nyssa... o Deus Nyssa, isto porque Osiris foi criado em Nyssa,
Arábia. É, também, o Deus Jeovah-Nissi ou, cabalisticamente, DIO IAO NYSSI... Com efeito,
JEHOVAH tem o sentido de 4 atributos, Tetragramatom: Iod-Hé-Vau-He. Descrevemos, agora,
os 4 aspectos de Osiris, os 4 aspectos do grande Deus:

OSIRIS PFAH – Luz, o aspecto espiritual, essencial...

OSIRIS HORUS – Mente, o aspecto intelectual, manas...

OSIRIS LUNUS –o aspecto lunar, psico-astral.

OSIRIS TIFÓN – o aspecto demoníaco, físico, material e, por conseguinte, passional,


turbulento...

Os conhecimentos humanos nomeiam-nos como sendo as direções do mundo, os 4 Pontos


Cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste;

Na tradição hindú, em sânscrito, seus nomes são: Dritarasthra, Virudaka, Virupaksha e


Vaisvarana e, respectivamente, são posicionados no Norte, Sul, Oriente e Ocidente.

O terceiro princípio de Hermés, o Trimegisto, diz: “Princípio da Vibração” – Nada está parado,
tudo se move e tudo vibra...”

O Excelso Senhor JHS nomeou esses 4 Princípios básicos do Universo, como sendo os
seguintes: Forma, Número, Cor e Som (vibração)...

O grande Pitágoras, disse: “Deus cria geometrizando...” Por exemplo, o Globo Terrestre é um
globo com representação na Chave Geométrica dos conhecimentos iniciáticos, pois, na Ciência
das Idades é representado por um quadrilátero e sua parte essencial, espiritual, por um
triângulo com um ponto no centro.

De modo que o Universo é o S O M. Por isso os espiritualistas respeitam e pensam na


expressão “O SOM INEFÁVEL”. Com efeito, o Universo é a Grande Harmonia e se movimenta
através das escalas musicais. Por isso o Excelso Senhor JHS falava sempre em Harmonia,
Melodia e Ritmo. Baseados na idéia da escala musical, os teósofos, a Ciência das Idades,
nomeiam o Ser Humano com 7 princípios, na escala evolucional desta Hierarquia. De modo
que o comportamento dos homens, tanto pode constituir uma humanidade harmônica, como
pode concorrer para que haja uma caótica. Assim, quando se diz: “O Verbo se fez carne”,
equivale a dizer: o SOM, na boca humana, tornou-se em palavra para expressar, dar forma a
uma idéia. Bendita seja a boca que transforma o SOM em palavras nobres, poéticas e canto, a
fim de louvar a Natureza, reflexo da celestial Mãe Divina.
Emanuel Swedenborg, o grande sábio sueco que viveu nos anos de 1668 a 1772, já naquela
época se expressava dizendo que: “a Lei mais essencial da Natureza é a vibração. Um ponto
morto, um ponto imóvel é absolutamente impossível dentro de nosso sistema. Os movimentos
sutis que chamamos de vibração ou onda, os mais vigorosos que chamamos de oscilações, as
trajetórias dos planetas que chamamos de órbitas, as épocas da História que conhecemos
como ciclos, tudo é movimento ondulatório, sim, ciclo de ondas no ar, no éter, na água, no
aura, na terra, por nebulosas, pensamentos, emoções de toda forma imaginável”.

A ciência oficial, materialista, limita seus conhecimentos ao que afeta os sentidos atuais da
espécie humana, ao passo que a “Ciência das Idades” a excede, porque vai pesquisar em
fontes onde se encontram ensinamentos do Ego, inteligência superior, de capacidade de
evolução muito mais alta, muito mais desenvolvida, podendo entrar em ação com faculdades
de cuja posse não suspeite sequer a generalidade humana, dentro de suas reduzidas
atividades físicas e mentais. Para esta mentalidade, o Universo, com tudo que contém, é
completamente ilusório porque supõe que os fenômenos que observa são como eles
impressionam e não, tais como são realmente.

Observamos também, cada indivíduo tem uma tônica que lhe é peculiar, tem seu próprio
processo de entender os aspectos da Verdade. Se a Verdade, para cada um de nós, está, pois,
na conformidade da relação que existe entre nosso entendimento e a realidade, segue-se que
pode haver, no estado autal da Humanidade, tantas verdades quantas modalidades, segundo
as quais se nos apresentam os fenômenos que observamos, assim como podem também haver
efêmeras ou transcendentes.

Com efeito, afirma a Ciência das Idades que a Lei que rege o nascimento, o desenvolvimento e
o fim de tudo que se contém no Universo, tem que ser a mesma, desde o Sol até o verme mais
insiginificante. Pode haver maior ou menor perfeição na sua realização, mas as forças que
agem e a substância sobre a qual atuam, incontestavelmente são sempre as mesmas.

Estudando o Universo, desde a célula diferencial até as nebulosas, esforça-se o Homem por
conhecer as leis da Natureza, para chegar a conseguir dominar forças que no estado atual da
sua ignorância, agem discriminadamente, sem o necessário controle. O real e positivo não
somente o que se vê, ouve, aspira ou apalpa, mas tudo quanto possa ser deduzido
logicamente... Não é possível mais negar o que não é constatado pelos órgãos, negar o que
não é constatado pelos órgãos sensoriais comuns, mas que pessoas de acuidade sensível,
acima da média geral, são suscetíveis de perceber, desde que recebam infuência das forças
latentes que existem neste colossal reservatório de energias que é o ambiente que nos cerca...

As teorias físicas existentes prestam-se perfeitamente para explicar de modo cabal tudo de
que necessita o Homem, para que, mesmo sem sair das observações através de seus sentidos
atuais, vá conseguindo averiguações com o auxílio de experiências e, por meio de deduções, vá
chegando até o conhecimento de determinadas leis da Natureza, sobre as quais se poderá
basear então, para compreender que segue caminho seguro nas suas investigações.

Falta preparar-se o investigador para ir entrando em harmonia com as forças latentes da


Natureza, de modo a conhecer e por em ação as íntimas relações existentes entre o seu
organismo e as forças que o cercam, que podem passar e repassar ao alcance da generalidade
humana, sem que as perceba de nenhuma maneira.

A constante preocupação de compreender a verdadeira finalidade da existência humana é


necessária e suficiente para que possamos ir controlando todas as nossas ações, por mais
insignificantes que nos pareçam, para conseguir dominar os instintos e, deste modo, incentivar
tudo que possa concorrer para nossa elevação moral. Os conhecimentos da ciência a respeito
dos mundos invisíveis ou supra-sensíveis não podem mais pô-los em dúvida, desde que, por
exemplo, pelas radiações ultra-violeta são conseguidas impressões fotográficas que o espectro
solar é incapaz de distinguir entre as colorações conhecidas.

Os mistérios da Natureza que constituem o que geralmente toma o nome de ocultismo


(Ciência das Idades), embora sob tal denominação se ocultem também os que o exploram
ignobilmente, precisam ir sendo pouco desvendados, à medida que os estudiosos forem
percebendo quanto é limitada a ação de seus sentidos atuais e procurarem desenvolvê-los,
adaptando-se às leis invariáveis dessa mesma Natureza e, deste modo, abandonando a idéia
egoísta e irrisória de que o Universo, com todas as maravilhas que o compõem, foi criado para
mera satisfação de seus desejos pessoais, passando assim o observador a ser o centro de
gravitação de todo o mesmo Universo.

O que existe de fato, é a Lei e o estudante de espiritualismo está a caminho de ser um adepto
da Boa Lei. Por isso pertence a todos, desde que estejam de acordo com ela, a começar pela
própria Natureza, isto é, pelo aperfeiçoamento humano, por meio da união de seu espírito
com a Vida Una. E... a VIDA UNA, simples e harmônica, é a base de toda a Lei, a programação
evolucional.

Apresentamos, agora, mais alguns dados acerca de vibração, de som, fornecidos pelo
Venerável Senhor JHS:

“É verdade que as concepções físicas modernas já estabeleceram propriedades comuns a


todos os componentes do mundo, que se distinguem apenas pela diversidade da energia de
que estão animados.

Essa diversidade de energia é considerada pelos seus efeitos porque não é difícil conhecer as
íntimas correspondências que existem entre as diversas formas de energia. Quer isto dizer que
varia apenas o gênero da vibração, assim como o meio em que age, cujo grau de elasticidade
permite mais ou menos e facilmente a propagação vibratória e,à medida que aumenta a
freqüência vibratória, é óbvio que o ambiente se vá tornando cada vez mais sutil.

Num meio assim mais elevado, mais fino e apurado, na coloração devem ser mais brilhantes e
os sons forçosamente mais harmônicos. O som é, aliás, uma vibração ritmada que, embora
para a sensação humana seja a que se serve de veículo mais denso, para propagar-se, como é
o ar atmosférico, tem uma significação muito elevada, pois que com ele é identificado o
impacto primordial que deu causa à formação do Universo. Este SOM a que nos referimos
neste estudo é o Logos platônico, mas é, também, o som produzido pelos trovões do
Apocalipse, as trombetas de Ezequiel ou o Vach indiano, que se manifesta como SARASVATI, a
Deusa da palavra e da eloqüência.
A Ciência das Idades ensina que todo o som produzido no plano inferior do mundo visível e
audível, desperta outros sons harmônicos na parte mais sutil da Natureza. Desse modo, o som
que emitimos com o poder mágico da palavra, oriundo do magnetismo pessoal de cada um,
não deve ter limites senão os determinados, infelizmente para nós, pela restrição de nosso
sentido de audição e quaisquer vibrações que dêem lugar à produção do som, devem agir
como disse, em todos os planos da Natureza. Em outras palavras, toda a NATUREZA se
apresenta assim como uma formidável escala de harmonia.

Compreende-se, pois, sem grande dificuldade, como os estudantes da Ciência das Idades
admitem que o som produzido pela palavra sagrada emitida naturalmente pela Entidade que
só possui elementos puros na composição de sua personalidade, constitua, por si só, o mantra
dos mantras, do mesmo modo que somente desgraça pode atrair para aqueles que a
pronunciem com pesamentos idignos, sem consciência pura e sem conhecer o desejo firme de
ser útil à Humanidade.

Essa palavra só pode ser emitida, com sua verdadeira vibração, pelos grandes Adeptos que,
porém, nunca a pronunciam entre profanos, porque, como tais, estes se acham em completa
desarmonia com os centros de força sobre os quais ela atua imediatamente”.

Glória aos que usam o silêncio de ouro e a linguagem poética !

Aula nº: 43 – As leis vulgares não se seguem com o Ocultismo

e com a Filosofia dos Avataras

As leis vulgares não se seguem com o ocultismo e com a Filosofia dos Avataras; cada uma tem
sua ação, nos respectivos planos.

A augusta presença dos Avataras na Face da Terra tem a finalidade de impulsionar a evolução
espiritual dos componentes da Humanidade, dos homens em evolução, nesta nossa esfera
ainda com a superfície voltada para o Globo Lunar.

O Espírito de Verdade, impulsionador da dinâmica em nosso Plano, teve ocasião de dirigir aos
homens, embora sem ser compreendido e muitas vezes desconhecido pelos portadores da
cegueira espiritual, desconhecimento daqueles que coseguiram apagar a sua Chama Interna,
reflexo da Grande Chama, que é a Vida Universal: “Se todas as vezes em que me manifestar,
usar as mesmas palavras, as mesmas indumentárias, os mesmos costumes, hábitos, etc., não
haverá evolução”.
O que mais atrapalha a evolução espiritual dos seres humanos é a rotina intelectual, as
incrustações emocionais que se diversificam em vários aspectos: religiosos, filosóficos,
científicos, falso espiritualismo, orientalismo decadente, etc.

Com efeito, as Leis que regem os homens vulgares não podem ser as mesmas que regem os
HOMENS SUPERIORES, já com lampejos geniais, jinas, portadores da Mente Divina, da Supra-
Inteligência, sim, elementos que agem em diferentes planos de ação da atividade universal.

Ao fomentar o estudo das religiões, das falsas teorias do espiritualismo, das religiões
comparadas, da filosofia materialista e da ciência, mister se faz compreender que a espiritual é
uniforme através as idades, os ciclos, enquanto que as formas religiosas são múltiplas e
diversas. Estudar as Leis inexplicadas da Natureza e os poderes latentes no Ser Humano, a
investigação de ambas as coisas tem apenas um alcance científico, extensivo a regiões ainda
por explorar. E a isso, ajunta o Sr. Van der Leeuw: “Aqui, tal como a música, o objeto visado e o
exame dos fatos, já por meio dos sentidos ordinários, já por meio de outros, o processo existe
em percepção paciente e exata, em comparações e provas e inspirações, para chegar a um
conhecimento dos fatos. Com tudo isso, por generalizações, o conhecimento das leis e o
emprego das forças, podem ser obtidos”.

Um dos processos de aperfeiçoamento dos vedantinos, é o Livro “Manava-Dharma-Shastra”,


que ensina:

“A retribuição devida aos atos – conhecei agora, quais são os atos que podem conduzir um
bramane (se humano) à felicidade suprema (Moksha ou Niszreyasa): estudar e compreender
os Vedas; praticar a devoção austera; reconhecer em si próprio Brahmá (Deus Interno);
dominar os órgãos dos sentidos; não fazer mal a ninguém nem a coisa alguma e honrar o
Mestre espiritual, são os principais preceitos, as principais obras que levam à beatitude final”.
Porém, entre todos esses atos virtuosos praticados neste mundo, disseram os santos,
interrogando o Senhor, não há nenhum maior que os demais para conduzir à felicidade
suprema? “De todos esses deveres, o melhor é adquirir pelo estudo dos Upanishads (livros
sagrados) o conhecimento de Para-Atmã, a Alma Suprema, pois deve ter por mui certo o
estudo do Veda ou Lei, com o fim de conhecer a Alma Suprema do Universo, que foi olhado
pelos sábios como o meio mais eficaz para conseguir a felicidade, tanto neste mundo como no
outro, já que nesta obra e na adoração da inefável Alma Suprema, estão inteiramente
compreendidas todas as regras de boa conduta”.... ... ...

“Assim como um fogo violento queima até as árvores verdes, o homem que estuda e
compreende os livros santos, apaga em si toda a mácula nascida das paixões, e aquele que
conhece perfeitamente o sentido do Veda Shastra (preceitos ensinados do Veda ou da Lei),
qualquer que seja seu estado, prepara-se durante a vida, se estuda neste mundo, para a
identificação com Brahma (libertação). Os que mais estudaram, valem mais do que os que
nunca leram; os que possuem tudo quanto leram, são preferíveis aos que leram e logo
esqueceram; os que compreendem, possuem mais mérito do que aqueles que o sabem
simplesmente de memória; os que cumprem com o dever, uma vez este conhecido, são
preferíveis aos que simplesmente o conhecem mas não o praticam. O conhecimento da Alma
Suprema (Sabedoria Divina) e a devoção para com Ela são, para um discípulo, os melhores
meios de chegar à felicidade da libertação; com a devoção apaga as faltas; com o
conhecimento de Brahma (Deus) consegue a imortalidade. O que procura adquirir um
conhecimento efetivo de seus deveres, possui três maneiras de provas: a evidência intuitiva, o
raciocínio discursivo e a autoridade dos diferentes livros reduzidos da Santa Escritura. Somente
aquele que raciocina, fundando-se no Veda, é o que pode conhecer muito bem seus deveres
religiosos e sociais. As regras de conduta que se acham enumeradas para alcançar a libertação,
foram declaradas como exatas e completas; por baixo delas está revelada a parte secreta
deste “Código do Manú” (VV 101 a 105, pa).

“Quando o brâmane, concentrando em tudo isso sua atenção vê a Alma Divina em todas as
coisas visíveis e invisíveis, pois considera a Alma Divina em tudo e reciprocamente tudo na
Alma Divina, não entrega seu espírito à iniquidade. A Alma Suprema, com efeito, é a síntese de
todos os Deus e aquela que pulsa no fundo de quantos atos realizam todos os seres animados.
Quando o brâmane contempla, em suas meditações, o éter sutil que inunda todas as cavidades
do coração; o ar que atua em seus músculos e nos nervos dotados; a água, nos fluidos do seu
corpo; a terra, em todo o seu corpo. Vê, também, a Lua (hindu) em seu coração; os Gênios das
oito regiões do espaço, no órgão de seu ouvido; a Hara, em sua força muscular; Agni, em suas
palavras; Mitra, em sua faculdade excretória; Pradjapati, em seu poder criador. Porém, acima
de tudo isso, deve representar ao grande SER (Supremo Criador) como Soberano Animador do
Unverso, mais sutil do que o átomo, mais brilhante do que o ouro, mais puro e único capaz de
ser concebido pelo espírito, no sono da mais abstrata contemplação. Uns adoram o Para-
Purusha (Supremo Criador) no Fogo elemental; outros, no Manú, Senhor de todas as criaturas;
outros, em Indra; outros em Vayu e Tejas; outros no eterno Brahmá. Porém, este soberano
Senhor é Aquele que, envolvendo a todos os seres com um corpo formado dos cinco
elementos, faz-lhe passar, sucessivamente, do nascimento ao crescimento, do crescimento à
dissolução, como movimento semelhante ao de uma roda quando gira. Por isso, o homem que
reconhecer a sua própria alma na Alma Suprema do Universo, presente em todas as criaturas,
mostra-se igual perante todos e tudo e alcança a mais feliz das sortes: a de ser, finalmente,
absorvido no seio de Brahmá”.

Assim terminou o sábio Mestre e é dwidja (duas vezes nascido) aquele que ler este código do
Manú, por Ele promulgado, e será sempre vitorioso e obterá quanto felicidade desejar”.

Baseados no sentido do título desta monografia, daremos outra interpretação a esse nosso
trabalho, aliás de grande importância para o esclarecimento dos assuntos aqui transmitidos,
pelos Seres citados em nossas pesquisas. Procurar seguir a vida dos sábios, é uma grande
orientação, para quem está no caminho dos aspectos da Verdade.

Graças aos sublimes ensinamentos dos dois maiores Sábios do Século XX, no Ocidente, Dr.
Mario Roso de Luna e o Excelso Professor JHS, compreendemos que o discípulo alcança os
mais altos estágios da evolução espiritual, nesta escala setenária relacionada com o Ser
Humano, através de dois processos:

Primeiro: o que se denomina de “Iniciação Real”, isto é, a adaptação à Vida Una, Universal,
usando os preceitos, ou melhor, os conceitos apresentados anteriormente, pelos sábios da
antiguidade. Essa Iniciação Real baseia-se na transformação interna do discípulo. Esse tipo de
Iniciação está muito bem caracterizado nas três sábias palavras, proferidas por vez primeira
pelo Excelso Senhor JHS: Transformação, Superação e Metástase, ou seja, a Transformação dos
acontecimentos, a Superação dos ciclos e a Metástase Avatárica (Metástase no sentido de
atingir a meta do êxtase, penetrando na Vida UNA).

Esse processo iniciático adotado pelo Excelso Senhor JHS, consiste em levar o discípulo a tirar
de dentro de si, pelo potencial espiritual que lhe foi dado ao nascer, ampliando-se
progressivamente no natural desenvolvimento biológico. O papel do Mestre é aquele definido
pelas sábias palavras de São Paulo, ou seja, partejar, auxiliar o discípulo para que se harmonize
com a escalada da sua Montanha Espiritual e provocá-lo a tirar de dentro de si, a semente, o
bijam dos aspectos da Verdade, que se aninharam em seu coração. Por isso as crianças
praticam um bom ou mau ato, não por serem inocentes, mas por estarem num estado de
inocência. Seus atos são regulados pelas suas tendências ancestrais.

Segundo: Há o processo erudito ou da memorização das coisas, das pesquisas, organizando no


cérebrp um processo de ciências estatísticas, não penetrando no sentido abstrato das coisas
válidas. Enche-se a memória do indivíduo de nomenclaturas. Muitas vezes, uma rica
nomenclatura quer dizer uma mesma coisa.

O primeiro item tem a finalidade de buscar a origem das coisas, através da meditação,
pensando, pensando, pensando, etc. No segundo, os elementos de pesquisa são os efeitos do
ato da manifestação dos fenômenos ou o ato, ainda, o hábito de se usar as palavras.

O Ser que se encontra na Vereda da Verdade, é algo como se fora uma criança: em cada dia
surge uam novidade, um vislumbre da Verdade, à guisa de um alento, de um impulso interior,
o qual, muitas das vezes, se transforma no Poder Interno a que se denomina de FÉ. Disse
Ingenieros: “A FÉ é a força do inventor, do sábio”.

VEDAS – citamos esses ensinamentos vedantinos, porque o termo Veda é derivado da raiz Vid,
“conhecer”, mas o “Conhecimento Divino”. O conhecimento dos Vedas, segundo o Excelso
JHS, quer dizer: conhecimento visto, ou seja, adquirido pela clarividência ou apoiado pela
intuição pura, através da ação do Plano Búdico.

GLÓRIA AOS QUE PROCURAM VER E SENTIR OS ASPECTOS DA VERDADE !

Aula nº: 44 - Shamanismo e o Avatara de Avalokite-Iswara

De conformidade com o programa idealizado para essa série de estudos sobre os valores e
trabalho dos Avataras, através dos tempos, dos séculos, partindo naturalmente da Atlântida e
perpassando a antiga China, o Tibet, Índia, Oriente Médio, Egito, Europa, Américas e
finalizando no Brasil – Brasil de Badezir e Yet-Baal... ... ..., coube-nos, agora, estudar o
Shamanismo, o qual sendo encarado com profundidade, leva à conclusão que sua antiguidade
merece respeito, porque teve suas raízes mestras na Atlântida, ramificando-se para as Nações
acima citadas. Suas ramificações, seus hábitos, suas cerimônias, chegaram até os índios do
Brasil, principalmente os que habitam ao Norte, se estendendo às Antilhas. Antilhas: ante-
ilhas, atlante-ilhas, ou seja, a idéia da existência do grande Império denomindado de “País de
MÚ”, onde se realizou o mais sublime Império Sinárquico já existente em nosso Globo. Era
dirigido pelos Reis de Edom, porque o nome desse Império, também era denominado de “o
Édem da Terra”...

Estudando a História dos Avataras, segundo o Professor Henrique José de Souza e o Dr. Mario
Roso de Luna, compreendemos que há muitos séculos, longos ciclos, os excelsos Avataras vêm
renovando a vida de várias civilizações, quando se tornam inertes, desgastadas. A esta altura
surgem os valorosos reformadores, tais como Som-Kapa e muitos outros, como que religando
os membros da Humanidade ao ponto de origem ou à Suprema Unidade, vivenciando o
sublime lema: “UM POR TODOS E TODOS POR UM”. Hoje pensamos utopicamente, mas
chegará a época em que os seres humanos irão desfrutar da Fraternidade Universal, também
denominada de “Fraternidade Branca”.

Passamos agora a esclarecer o sentido do primitivo Shamanismo, ligado ao proclamado


Avatara de Avalokite-Iswara:

“A palavra tibetano-parsi ‘Shan-mano’, o cultivador do divino Shamanismo, equivale como é


fácil de ver a de ‘homem régio’, Rei Divino, Salvador ou Soter, daí os termos Sha, Shar, Tsar ou
Tzar ou Zar com os quais se designam, ainda, os soberanos e, antes de 1917, eram designados
os da Russia.

A seita Tao-Kiao ou Taose, segundo Schott, denomina Sian ou Shin-Sian àqueles anacoretas
que por seus ascéticos costumes ou talvez mediante certos elixires e outros processos,
obtiveram a posse de dons maravilhosos, entre eles o de prolongar em muito, a vida humana.
O que Marco Polo afirmou que se verificava no Século XIII, se acha corroborado em nossos
dias: “Existem ali – disse – certas pessoas chamadas Chughi (yoguis) ou brâmanes, cuja vida
pode chegar até os 150 ou 200 anos. Comem muito pouco e isto, arroz e leite. Fazem,
também, uso de certa beberagem, composta – disse – de enxofre e mercúrio, que tomam duas
vezes por mês e acrescenta que o “mercurius vitae” de Paracelso, era um composto de
antimônio e mercúrio”. (Livro de Marco Polo, vol. II, págs. 130 e 352 e Cel. Jule, vol. II, pág.
353).

“Porém o que Paracelso e outros místicos e alquimistas entendiam por “mercurius vitae”, era
“o espírito vivente da planta”, seu aura. Nenhuma classe de mercúrio pode jamais devolver ao
corpo uma saúde perfeita. O que os yoguis antigos usavam, como hoje os lamas e talapoines,
era um suco leitoso de certa planta medicinal (Soma), com uma pequena dose de enxofre e
devem, em verdade, possuir alguns segredos maravilhosos, desde o momento em que os
vemos curar em poucos dias, as mais perigosas feridas, assim como tornar a seu estado natural
a ossos quebrados, conseguindo tais resultados, em um número de horas equivalente ao dos
dias que a cirurgia comum necessita para obter o mesmo resultado. Uma febre maligna que
Blavatsky contraiu em Rangoon, foi curada em algumas horas com o sumo de uma planta
chamada “Kukushan”, embora que milhares de nativos morram de febre, por não conhecê-la.
Também temos ouvido falar de certa água chamada “ab-i-há-yat”, que a superstição popular
crê que é invisível para todo olho mortal, exceto para o do santo sannyasi e é mais provável
que os talapoines recusem, hoje, ensinar tais segredos a missionários e acadêmicos egoístas,
que logo os empregam em fazer dinheiro e não em beneficiar à Humanidade com eles.

“Shamanismo é a mais estranha das seitas e se tornou a mais desprezada de todas as que hoje
existem. O Culto do Espírito não tem altares nem ídolos e seu verdadeiro rito, no dia do
solstício de inverno, jamais pôde ser presenciado por nenhum europeu, pese em contrário as
fantásticas descrições de algumas de nossas obras. Quando se reúnem os Shamanos, para as
suas cerimônias, o fazem sempre em um espaço aberto, em uma alta colina ou no fundo de
inescrutáveis selvas, o que nos recordam os antigos ritos dos druídas... ... ... Os Shamanos da
Sibéria são ignorantes, porém, os do Tibet e Tartária são homens instruídos à sua maneira:
com frequência predizem eclipses e outros fenômenos astronômicos e quando são
consultados acerca de crimes, indicam infalivelmente os culpados.

“O que o comum das gentes conhece atualmente acerca do Shamanismo é muito pouco e
ainda este pouco, foi adulterado, dando-se o mesmo com o resto das religiões não cristãs.
Costuma-se chamá-la ‘o paganismo da Mongólia’ sem razão alguma, posto que é uma das mais
antigas religiões da Índia, a saber: o culto do espírito, a crença na imortalidade das almas e que
estas, além da morte, seguem apresentando as mesmas características dos homens aos quais
animaram aqui na Terra, embora seus corpos tenham perdido pela morte, sua forma objetiva,
trocando o homem sua natureza física pela espiritual. Esta crença, em sua forma atual, é um
retorno da primitiva teurgia e uma fusão prática do mundo visível com o invisível, Quando um
estrangeiro naturalizado no país deseja entrar em comunicação com seus invisíveis irmãos,
tem que assimilar sua natureza, isto é, deve encontrar estes seres, andando a metade do
caminho que deles o separa e, enriquecido por eles com uma abundante provisão de essência
espiritual, dota-lhes, por sua vez, com uma parte de sua natureza física, para colocá-los, desta
forma, em condições de poderem-se mostrar, algumas vezes, em uma forma semi-objetiva, da
qual, de ordinário, carecem. Semelhante processo é uma troca temporária de naturezas,
chamado comumente de ‘teurgia’. A gente vulgar chama de de feiticeiros aos shamanos,
porque se diz que evocam aos ‘espíritos’ dos mortos, com o fim de exercer a necromancia,
porém o verdadeiro Shamanismo – cujas ações mais notáveis prevaleceram na Índia, nos
tempos de Megasthenes (300 anos AC) – não pode ser julgado por suas degeneradas
ramificações na Sibéria, do mesmo modo que a Religião de Gautama, o Buda, não pode ser
confundida com o fetichismo de alguns, que se dizem seus sequazes em Sião e Birmânia.
Atualmente tem sua sede nas principais lamserias da Mongólia e do Tibet, onde o
Shamanismo, se é eu deste modo podemos chamá-lo, é praticado no sentido mais amplo de
comunicação que é permitido entre o homem e o “espírito”. A religião dos lamas, com efeito,
conservou fielmente a primitiva ciência da Magia e leva a cabo, atualmente, feitos tão
maravilhosos como os que eram produzidos nos dias de Kublai-Khan e seus barões. O “Aum-
Mani Padmé-Hum”, a mística palavra da Trindade sânscrita de “Oh, Jóia no Loto!”, a
antiquíssima forma atlante do místico Rei SRONG-CHTSANS-GAMPO, opera hoje suas
extraordinárias maravilhas, de igual modo que no Século VII, e Avalokite-Iswara, o mais
elevado dos Bodsatwas e santo patrono do Tibete, projeta claramente sua luminosa “sombra”
ante os olhos dos fiéis, na Lamaseria de Dga-Gdan, fundada por Ele, onde resplandecente
figura de Song-Kapa, separando-se dos vívidos raios do Sol, sob a forma de uma ‘nuvenzinha
de fogo’, conversa amorosamente com numerosíssima comunidade de lamas, às vezes
milhares deles. A Voz, que misteriosa desce então do alto, vem sob a forma do mais doce
sussurro produzido pela brisa na folhagem e rapidamente – dizem os tibetanos – a formosa
aparição se desvanece entre as árvores do bosque sagrado.”

Referência à passagem do Vishnú Purana, acerca da restauração da Raça Kshatria, ou seja, a


profecia sobre o Instrutor do Mundo, Maitreya:

“Quando chegar o fim da Idade Negra (Kali-Yuga), que está próximo, descerá sobre a Terra
uma parte daquele Ser Divino (Kalki-Avatara) que vive em sua própria Natureza Espiritual...,
dotado das 8 faculdades supremas... ELE restabelecerá a Justiça e as mentes dos que viverem
no fim da Kali-Yuga desaparecerão e serão como as sementes dos seres humanos e
reproduzirão uma Raça que determinará as Leis da Idade Krita ou da Pureza, como está
escrito, o Sol e a Lua e a Constelação Lunar (Tshya) e o Planeta Júpiter, estarão numa só
mansão. Duas Personagens, dois Deva-Pis da Raça dos Kurus e Marú (Morú) da família dos
Ikavasú, volverão entre os homens, no princípio da dita Idade, abandonando sua morada de
Kalipa (Kali-Apas ou Águas Negras?), onde viveram durante 4 Idades (Mahayugas). Marú,
Moru, Morya ou Maureya, o filho de Shigra, que ainda vive pelo poder da devoção (Yoga), será
o restaurador da Raça Kshatria da Dinastia Solar (Reis Divinos).”

Vamos procurar esclarecer a grandeza do Avatara Avalokite-Iswara, patrono do verdadeiro


Shamanismo primitivo.

AVALOKITE-ISWARA – dividimo-lo em Avalo-Kite-Iswara:

Avalo, Avalon e Clarion – são vários nomes dados à Agartha;

Kite, Kiu-Té – Livro sagrado onde se encontra registrada toda a História do Avatara em estudo.
É como se fora o Livro da LEI, onde se encontram registrados os Mandamentos da Lei, deste
Avatara.

Iswara – em sânscrito, equivale em português à Hierarquia dos Arcanjos e em Hebreu, aos


Helohim.

As tradições transhimalaianas afirmam que Avalokite-Iswara aparece no Mundo, montando


um cavalo branco. Cavalo tem o sentido de Força e Branco, de Pureza.

Aula nº: 45 - Jesus, o Cristo, e Juda


O propósito desta série de monografias é procurar, na medida do possível, esclarecer a
Filosofia do Avatara, o modo pelo qual age no seio da Humanidade e como os membros desta
se comportam diante desta dádiva da Lei Justa e Perfeita.

Já, por várias vezes, apresentamos este estudo, inclusive o de Jesus, o Cristo. Voltamos agora,
porém, ao assunto, dada a aproximação da tradicional “Semana Santa”, que se encerra no
Sábado de Aleluia e Domingo de Páscoa.

Toda a energia para entrar em atividade, toda a força para agir, segue a Lei dos Pólos, positivo
e negativo. Isto acontece em vários planos de atividade do Universo. Essa Lei age em quase
todas as coisas, inclusive com os Representantes dos Avataras. Por isso falam as tradições em
masculino e feminino, Pai e Mãe cósmicos, etc. e, por isso, a humana cabeça tem como órgãos
de percepção: da visão, os dois olhos; da audição, os dois ouvidos; da respiração, as duas
narinas. Para a locomoção, o Ser Humano dispõe de dois braços e duas pernas...

A Divindade, Deus, Brahmá, o Eterno, a Lei da Manifestação, penetra no campo objetivo, no


campo da realização, também através de dois valiosos Elementos ou dois Seres humanos. Daí a
origem da Geminidade, dos Gêmeos, dos casais, para o campo da criação: Deus e Diabo, o
Buda e a Deus Lakshimi, Colunas J e B, direita e esquerda e... Jesus, o Cristo, e JUDA... A lista de
exemplos é enormíssima, mas pretendemos estudar os dois nomes: Jesus, o Cristo, e JUDA.
Vejamos:

Primeiro: JESUS, ou seja, JE, Jet, Jeoshua, Jephet, etc... Jet ou Yet....Baal, Deus Fenício. SUUS,
dureza, rigoroso, símbolo de justiça. Temos, portanto, a expressão de Jesus e seus Ministros,
Jet e Suss, dois acólitos, o Bom e o Mau Ladrões.

Segundo: JUDA – a turba ignara o tem ou o classifica como sendo um traidor, assassino de
Jesus mas, para os iniciados, para os verdadeiros Apóstolos de Jesus, isto não acontece e,
muito pelo contrário, trata-se de um nome muito venerado, que constitui uma
importantíssima Chave de Conhecimentos Iniciáticos, a “Chave Histórica”.

Qual será o sentido Iniciático do nome JUDA? Para melhor esclarecimento, dividimo-lo em
duas sílabas: JU e DA.

JU – nos lembra a primeira sílaba do Deus JÚPITER (IU ou IO-PITAR);

DA – é, também, a primeira sílaba do termo DALETH... Daleth é o título do Arcano 4, ou seja, o


“Imperador”, simbologia do Criador e do Filho que, por sua vez, torna-se, também, Criador
noutro plano. De modo que JUDA poderá ser considerado como Jokanã ou Iokanã, pois é a
grande vítima do recalque expandido pela turba ignara que, com o coração pejado pelo ódio,
rancor, expande o seu imenso potencial negativo contra algo que não conhece e que, muitas
vezes, a estava defendendo... Quando se apaga a Centelha Divina, só resta o resíduo, carvão
de algo que já foi madeira nobre. A turba forçada, talvez, pelo poder do inconsciente coletivo,
no aspecto negativo – como veículo do poder destruidor, com a máxima ira, ira como inércia
ativa, obedecendo o impulso do ódio permanente – é muito pior do que o “estouro da
boiada”, descrito por Euclides da Cunha.
Se tomarmos o nome de Juda e trocarmos a inicial J pela letra B, do nome Brahmá (Deus),
teremos formado o nome de Buda. Buda tem o sentido de “Iluminado”, por isso se diz
“Gautama, o Buda”... ...

A turba fanatizada pelo nome de Jesus, o Cristo, odeia o Juda, qual será o motivo? Jesus,
provavelmente, viveu mais distante, mais segregado da turba. Os que beneficiam a turba mais
de perto, geralmente são mais odiados, são portadores de menor crédito. Todo Ser Humano
portador de uma mentalidade bem além da reinante em determinada época, torna-se
invejado e, se não pode ser destruído fisicamente, é destruído moralmente, recebendo grande
campanha de difamação, etc. Uma mulher, na época de Buda, num comício, usou um
travesseiro no ventre, apresentando-se como se estivesse grávida de Gautama, o Buda,
desejando comprometê-lo perante a massa.

No Sábado de Aleluia, imortalizando o ódio, o rancor, a turba ignara, os parvos, representam o


Juda com bonecos grotescos e põem-se a malhá-los, simulando um linchamento, perpetuando
o ódio, a expansão do baixo instinto, demonstrando a barbárie existente dentro de cada um.
Mas, realmente, o comportamento dos membros da turba selvagem, tem por finalidade
representar, na figura grotesca de Juda, como num espelho, suas próprias almas, de imensa
ferocidade.

O Sábado de Aleluia, o sétimo dia da semana, está regido pelo poder de Saturno, o mais
antigo. Se Sábado está sob a regência de Saturno, Juda está sob a regência de Júpiter, tal como
vimos neste estudo, logo há a conjugação dos supremos valores do Avô do Universo, Saturno e
seu Filho Júpiter.

Escolhem, geralmente, para malhar o Juda, no Sábado de Aleluia às 10 horas... Sim, 10, IÓ, ou
seja, o eterno itinerário que a alma humana precisa percorrer, na sua grande jornada
evolucional. De modo que os componentes da turba malham, malham, malham Juda, porque
não pensam e se pensassem um segundo, ficariam tomados de grande pavor, por se
defrontarem com o abismo em que se acham envolvidos, por não sentirem envoltos pelo
vórtice da destruição, a caminho do não-ser... ... O povo, a turba malha o Juda no Sábado de
Aleluia, entretanto é malhado o ano inteiro pelas vicissitudes da vida humana, com seu cortejo
de miséria, doença e morte, pela corrupção e todo um rosário de tortura de várias espécies.
Malham o Juda, aqueles que já feneceram espiritualmente e, jamais, serão revitalizados pelo
poder da Centelha Divina...

Antes do Sábado de Aleluia, vem o Domingo de Ramos, que comemora a entrada do Cristo em
Jerusalém, o que nos lembra o Avatara de Rama, o qual, num Domingo de Ramos, deu
entrada, garbosamente,

com seu Povo, na Nova Canaan. Ramos, é o início de um ciclo preparatório como o Advento de
uma Raça, de um Avatara, etc.

RAMOS – dividindo o termo, temos: RA + MOS. Invertendo as duas sílabas, temos: AR e SOM.
O Ar, Hálito, etc. impulsionando, fazendo vibrar o SOM e este se transformando em palavra,
em harmonia, na magia do Som... ... ...
Na época em que vivemos, os verdadeiros traidores – os corruptos, exploradores e algozes da
Humanidade – não recebem esse nome.

Para terminar este estudo, o fazemos com a passagem relativa a Longino ou Longuinho,
quando laceou o Cristo, já do conhecimento de todos:

“Quanto à sublime passagem do Novo Testamento, cujos comentários nos obrigam a grandes
dissertações, lembramos apenas o seguinte: Longino ou Longuinho, com seu comportamento,
atirando a lança no peito de Cristo, não adquiriu como se pensa a visão física, pois a sua
cegueira era apenas espiritual. A luz que saiu da chaga aberta por ele, com a lança, no peito de
Cristo, tornou-o iluminado”.

Mas os que malham o Juda, todos os anos, continuam, cada vez mais, com a sua cegueira
aumentada, mesmo física, porque não raciocinam, seguem o impulso do instinto.

É isso aí ! ...

Aula nº 46 - Tulkuismo

Já estudamos anteriormente, a doutrina do Shamanismo tibetano, herdeiro das iniciações


atlantes que floresceram há séculos no Tibete, Mongólia exterior e norte da Índia. Na época
atual, esse brilhante “Shamanismo está totalmente deturpado; o que há são cinzas
deterioradas do fogo crepitante que já se apagou das humanas piras dos provectos shamanos,
dos primitivos tempos.

Shamanismo era o processo de comunicação entre os misteriosos seres que viviam nos
templos ou lugares jinas, cuja comunicação era levada a efeito através da 4ª Dimensão. O que
aconteceu com o verdadeiro Shamanismo, tem acontecido com todas as obras, doutrinas e
ensinamentos legados à Humanidade pelos valorosos Avataras, com o escopo de dinamizar a
evolução dos excelsos membros da Humanidade, em ascendência aos planos superiores dos
mundos manifestados. O que tem acontecido já é um fenômeno que se tornou natural na Face
da Terra: quando os Fundadores dos movimentos civilizadores, filosóficos, nobres instituições,
desaparecem da Face da Terra – pelo fenômeno da morte ou outros quaisquer – as suas
doutrinas ou movimentos que criaram, fundaram, começam a decair.

A idéia de Unidade desce ao nível de interesse pessoal, domínio e outros atributos peculiares
ao afetivo-emocional. Isto permite o fato de ir perdendo o impulso dado pelos Fundadores de
tais movimentos, trabalhos, etc. Com o perpassar dos anos, dos séculos, dos milênios, o
esqueleto do trabalho avatárico vai definhando, perdendo o Poder de Unidade. O fogo das
missões avatáricas vai apagando, permanecendo, naturalmente, as cinzas, com o nome de
“vendilhões do Templo”, fanáticos, exploradores do nome do Avatara Cíclico. Os budistas, os
católicos vivem, respectivamente, graças aos sagrados nomes de Buda e Cristo e, assim por
diante. Com o primogênito ou herdeiro do primitivo Shamanismo, há o Tulkuismo tibetano.
Tulkuismo é o processo evolucional iniciático que tem a finalidade de preparar o discípulo para
que haja a continuidade da Idéia, da Filosofia, do método de Iniciação Real. Isto para que o
discípulo continue integrado na consciência do mestre, do avatara, etc. A grande dificuldade é
o fato do discípulo repetir com fidelidade os ensinamentos do mestre ou do avatara. Daí o dito
que pode representar uma realidade: “Quem conta um conto, sempre aumenta um ponto”...

No valoroso Livro intitulado “O Tibete e a Teosofia”, de autoria do Dr. Mario Roso de Luna e
com a valiosa colaboração do Venerável Senhor JHS, capítulo XXXI, há o primoroso
esclarecimento acerca deste brilhante assunto. Esse tema majestoso tem o sugestivo título de
“Os Jinas Tibetanos e seus Tulkus”:

“Por diversas vezes temos falado a respeito dos ‘Shamanos’ ou ‘Jinas’, isto é, régios homens
que, pelo seu talento, os denominaríamos de ‘imortais’ e, também, de conquistadores, heróis,
seres para-comuns conforme a linguagem usada nos nossos dias.

“O processo de comunicação, de ligação com os seres de outros planos mais elevados, de


natureza mais abstrata – no sentido ocidental – e mais bem-aventurada – no sentido oriental
– é o Tulkuismo. Essas realizações shamânicas ou tulkuísticas, essa prática, foi durante muitos
séculos usada no Tibete, Mongólia exterior e norte da Índia, primitivamente”.

TULKUISMO – usando a chave dos conhecimentos iniciáticos, a “anagramática ou a ternura,


que consiste na permutação das sílabas, este nome corresponde ao termo latino “cultus”, ou
seja, a veneração dispensada pelos “mortais” a tudo aquilo que não conhecem e lhes parece
superior, inclusive as fugazes aparições astrais, as de natureza anímica e, mesmo, físicas, no
caso das comunicações jinas, quando há necessidade de salvar difíceis condições, perigosas
situações.

TULKUS – continuando com a chave anagramática, observamos a sua semelhança com a


palavra da língua germânica “Kultur”, que é a nossa “cultura” e isto estaria certo, porquanto o
tulku recebe tal “cultura” de fora para dentro, sim, no ponto de vista mental, cultura psíquica e
moral ou, então, como já foi dito, “de boca a ouvido”, de mestre para discípulo. Assim o termo
tibetano “tulku”, tanto procede do latino “cultus” – devoção, religião, religare – como do
germânico “kultur”.

Aliás, nas próprias escolas, podemos dizer: o aluno é tulku de seu próprio mestre ou professor,
pois aquilo que não conhecia, passa a conhecer. Se o aluno repetir fielmente os ensinamentos
do mestre, logicamente o mestre estará falando pela sua boca.

Se o discípulo é um representante, por exemplo, de um Buda-Vivo ou Cristo, recebe a Luz, o


Potencial destes excelsos Mestres, para que chegue ao destino almejado. Daí os nomes de La +
ma ou Lha + ma, com o sentido de ação do espírito na matéria, ou seja, “Lha”, espírito, e “Ma”,
matéria.

Quando o neófito ainda não alcançou o necessário desenvolvimento psíquico para o grau de
“discipulado”, é considerado apenas um “trapa” ou aluno.
Um Buda ou Cristo, devido à alta Hierarquia que representa, constitui o tronco donde pode
surgir uma infinidade de formas; os ocultistas chamariam-nas de mágicas, tulkuísticas, mas, no
Ocidente, os espiritualistas verdadeiros chamam-nas de “filhos da Mente Universal”, “filhos da
Ioga”. Por exemplo, um desses Seres superiores é algo como se fora um pai, como sendo um
centro criador, dando origem e criando sete filhos ou, então, uma árvore com sete ou mais
galhos formando sua fronde. Daí a nomenclatura: “Árvore Genealógica de uma família”. Por
isso há uma lei secreta, na qual “cada mestre ou guru pode escolher 7 discípulos, a fim de
permanecerem ao seu redor”. Mas esses discípulos, com o tempo, adquirem sua
individualidade, tornando-se à semelhança do mestre ou guru, sim, passam a ser tulkus dele; é
algo como se fora sósias do mestre. De acordo com a identificação entre o discípulo e o
mestre, aquele pode ser representante deste. Aquele pode se apoiar neste, em caso de perigo.
Quando um discípulo ou tulku se encontrar em perigo, situação desesperadora, pode recorrer
ao mestre ou guru.... Sim, o seu potencial, a sua capacidade de ação aumenta
extraordinariamente. É algo semelhante a um rio que, quando recebe um grande carga d’água,
transborda e depois, com o escoamento das águas, volta ao leito natural. Assim acontece com
o tulku ou discípulo: quando o mestre ou guru projeta seu imenso poder da mente sobre o
discípulo ou tulku, este tem sua força, seu poder de vontade, também transbordados e após a
realização do trabalho que se propôs levar a bom termo, volta ao estado de consciência
normal....

Numa missão, um missionário, um mestre não pode estar, ao mesmo tempo, em vários
lugares, então ele comanda seus tulkus (uma espécie de sósia, em vários planos e com missões
diferentes. Por isso se diz que Tulkuismo é um trabalho em harmonia.... Por exemplo, o mestre
é portador de 100% de potencial e os seus tulkus possuem, digamos, um sétimo desse
potencial ou, aproximadamente, 14,3%... Se compararmos com um piano, as notas
representam os sete tulkus, as personalidades através das quais o som se manifesta, é
transmitido.

Para esclarecimento do fenômeno dos tulkus, repetimos um exemplo já conhecido dos leitores
de nossas monografias: a cabeça humana é como se fora o mestre, a direção, o comando e, os
olhos, ouvidos, narinas e boca, os sete tulkus principais.

Toda Iniciação ministrada pelo Manú, pelo Avatara, consta de Escola, Teatro e Templo, a fim
de preparar o discípulo, o tulku, em três planos, cada um com diferente autonomia.

Dizem que quando os Cristo faleceu, seus Apóstolos tiveram a cabeça envolta em línguas de
fogo e passaram a falar uma língua estranha. Pois bem, naquele ATO, os Apóstolos, como
Tulkus de Cristo, foram consagrados ou ungidos, isto é, receberam a Iluminação.

O Grande Senhor JHS dividiu sua missão, seu Trabalho, em três setores, aos quais denominou
de Escola, Teatro e Templo:

Escola – para a preparação dos discípulos ou tulkus, no aspecto erudito, no aprimoramento


intelectual, científico, filosófico;

Teatro – para ativar o movimento da alma, da estrutura psíquica do discípulo, aprimorando-lhe


a sensibilidade, equilibrando seu aura, para se tornar receptivo à inspiração do mestre;
Templo – com o intuito de preparar a mente divina do discípulo, de modo a que possa ser,
realmente, um tulku ou representante de seu mestre. Por isso dizia sempre o Senhor JHS:
“onde estiver um membro da Obra, ela estará presente”.

Consoante os conhecimentos do Avatara, um tulku é a semente de um Buda, de um Cristo, etc.


Para terminar, inserimos um novo trecho de “O Tibete e a Teosofia”, do capítulo “A vibração
do Logos através dos Jinas e seus Tulkus”:

“Se cada homem e até cada coisa existente no Cosmos, é um tulku ou hipóstase de uma
entidade superior a que se acha subordinado por lei serial de “numeração abstrata”; do
mesmo modo, se cada naldjorpa ou naldjorna possui um guru ou mestre em série indefinida, o
grandioso panorama do Universo “como organismo vivo”, não é mais do que simbólica Árvore,
cujas raízes – como a “Árvore Norsa” dos escandinavos primitivos e quantas outras estão
apontadas nas diversas teogonias – se acham dentro do Seio insondável da Divindade abstrata,
inefável e incognoscível; enquanto seus ramos crescem e se dividem sem cessar, envolvendo
assim tudo quanto se acha dentro do “infinitamente grande” até alcançar o infinitamente
pequeno.

E ao longo de tais raízes, troncos e ramos, há uma só Força Inteligente: a do Logos ou Verbo,
fazendo circular, centrífuga e centripetamente, a magna Vibração da Vida, Vibração em que
cada ilusória “realidade vital”, não é, senão o tulku, tatwa ou “invólucro mágico” de uma parte,
grande ou pequena, daquela Vibração, como tônica orgânica ou vital, dentro de outro
organismo superior, ao qual se subordina como parte do todo.

Este, e não outro, o ensinamento universal da Mística, de acordo com a verdadeira etimologia
da palavra, ou seja, a do ‘Mistério’, Germe, ponto de partida de posteriores ‘porvires’. Assim,
quantos simbolismos traduzam algo dessa relação de ‘Causa e Efeito’, de ‘dirigente e dirigido’,
de ‘mestre e discípulo’, de ‘pai e filho’, etc., deixam transparecer aquela grande verdade de
que nos vimos até agora ocupando”.

Glória aos Tulkus da Nova Era !

Aula nº 47 - Tulkuismo – Estudo II

A mente humana é muito limitada em relação às coisas divinas, abstratas, do mundo infinito,
por isso o Excelso Avatara, quando age na Face da Terra, contactando com os homens de
diversas categorias e em vários estágios evolucionais, usa a linguagem simbólica, a parábola, as
chaves de conhecimento, de modo que os homens e mesmo os discípulos alcancem o real
sentido dos Aspectos da Verdade. O êxito da conquista dos Aspectos da Verdade, depende do
Ser Humano, de modo geral, e do discípulo como um candidato com mais responsabilidade ao
galgar os Aspectos superiores da Verdade, da Sabedoria Eterna.

O Manú dosa aos homens e aos discípulos os ensinamentos, de acordo com o grau de
inteligência, compreensão e evolução espiritual de cada um. Por isso que na Eubiose não se
deve estabelecer o currículo, pois o currículo não permite o desabrochar do potencial do
discípulo. É mais útil responder à solicitação, resolver a dúvida de um discípulo, do que
ministrar-lhe uma série de graus que impõem cultura, mas não penetram no cerne do
interessado ao conhecimento.

O discípulo, em relação ao mestre, é algo semelhante à criança em relação ao pai: cada dia que
passa, a criança demonstra ter aprendido alguma coisa nova, por conta própria. E assim
continua, até se tornar adulta, também à semelhança dos pais. Por isso que quando os
avataras começam a contactar com os homens, passam a usar a linguagem adequada a cada
categoria, a cada estágio. O mestre precisa ter o dom de despertar o interesse do discípulo,
para a aquisição do conhecimento, sem imposições, respeitando-lhe as dificuldades. Não se
pode querer que o estudante aprenda, se não se procurar perquirir a deficiência dele, o que
não lhe permite ter rápida produção, etc. Por isso, em relação ao estudo iniciático, os mestres
usam vários tipos de linguagem, a fim de permitir ao estudante realizar ginásticas mentais,
estimulando, destarte, o desenvolvimento da inteligência superior, a aquisição da mente
divina, abstrata. Com a perfeita linguagem mental, o discípulo fica em condições de alcançar
um estágio mais elevado, ao ponto de poder compreender e vivenciar os Aspectos da Verdade
Eterna. Por isso os mestres usam a linguagem simbólica, as figuras geométricas, a mitologia, o
teatro, a música (hinos, salmos, iogas, etc.), de modo a levar o indivíduo a ir assimilando os
Aspectos da Verdade, suavemente, como se estivesse subindo paulatinamente uma ladeira, a
ladeira da evolução mental, intelectual, etc.

Quando o discípulo ou tulku consegue decifrar, apreender o sentido real de um símbolo,


adquire, também, uma força dentro dele; desabrocha algo dentro dele que ninguém pode tirar
ou destruir. O conhecimento poderá vir de fora para dentro, que é o caso do mestre ensinar ao
discípulo, ao tulku, como se adquire a cultura, mas o fato é que, para adquiri-la, depende do
valor do discípulo. Por isso, “Tulkuismo” equivale a adquirir cultura... e Eubiose é a ciência que
pesquisa a vida do Eu. Eubiose, dividimos em Eu-bi-ose:

EU – é a consciência do indivíduo, a parte divina, superior do ser; é a realidade do indivíduo, do


que é indiviso, que não se desfaz, é eterno;

BI – é vida;

OSE – é um sufixo que quer dizer ação. Serve também na formação de vocábulos da linguagem
científica, por exemplo, cirrose... (não se quer dizer com isso que a Eubiose serve para curar a
inflamação do fígado).

O Manú, quando se acha no mundo dos homens, dosa (dosa, dOSIS) os ensinamentos aos
discípulos, conforme a evolução interior, o grau de percepção deles. O processo real tem por
fim provocar o desenvolvimento inteligente, sem currículos – que obrigam o estudante a
aprender uma coisa que ele não quer.
No primeiro estudo sobre o Tulkuismo, nosso intuito foi procurar defini-lo, apresentando-o
como herdeiro ou sucessor do verdadeiro “Shamanismo”. Necessário se torna apresentar mais
esclarecimentos, porque o assunto é longo. Quem melhor esclareceu o tema, foi o Dr. Roso de
Luna e o Excelso JHS. Os esclarecimentos de ambos os Mestres, não nos deixam confundir o
“tulku” com o “médium do animismo ocidental”. Sim, se atentarmos bem, poderá haver
confusão, isto porque o Tulkuismo é um trabalho consciente, que não está à mercê de
qualquer um, o que já não acontece com o mediunismo. Pois bem, na realidade, todo ser
humano é um médium, mas no sentido de ser intermediário entre a inspiração divina e o ser
humano mas, a grande diferença entre o tulku e o médium, é que ambos agem em planos
diferentes. Segundo os ensinamentos do Dr. Roso de Luna, em “O Tiberte e a Teosofia”, o
tulku, em resumo, é a projeção ou sombra transitória de algo deifico.

Com a idéia de tulku, cultus, tulkur, etc. acontece o que acontece a todos os setores da
atividade, no plano humano: há sem dúvida, tulkus de vários graus, de vários
desenvolvimentos e com muitas funções diferentes. A idéia não tem um sentido radical,
porque a evolução é dinâmica e livre, não há uma lei que obrigue a todos evoluírem
igualmente. Assim como não há um só tipo de árvore, pois variam em tamanho, cores das
folhas, frutos de variados sabores e propriedades, assim também entre os tulkus, há uma
gama infinita, indo do máximo ao mínimo... do mais elevado ao menos elevado ou mais baixo,
etc.

Na Escola de Crotona, na Itália, o sábio e Mestre Pitágoras conseguiu fazer vários tulkus, os
quais não desapareceram do cenário com a revolta do povo daquela cidade. Dos tulkus
pitagóricos, o que mais se integrou no cerne de Pitágoras foi o maravilhoso LISIS DE TARENTO.
Lisis foi um discípulo imediato de Pitágoras e, segundo os historiadores, ele teria sido o autor
dos “Versos Áureos de Pitágoras”.

Todo homem é, potencialmente, um tulku da Divindade, de Deus, desde que tenha vibrando
dentro de si a Mônada, a Centelha Divina, o Eu Interior, algo indiviso, que não se divide ou que
não se desintegra.

Tudo que se manifesta como vida, constitui uma projeção de algo superior, divino. Por isso,
dentro da Natureza, é preciso analisar as coisas, procurando elevá-las a um grau ou estágio
superior. Por exemplo: respeitando, tratando o homem como se fora um jina; o animal como
se fora um homem; a planta como se fora um animal; o mineral, a pedra, como se fora uma
planta. Por isso devemos tratar a criança como se fora um adulto, respeitando-a, considerando
o manifestar de suas tendências. Ora, a criança não é inocente, apenas se acha no estágio de
incocência e compreende que tudo que ouve e observa a atitude e o comportamento do
adulto...

Quando se trata dos Tulkus de natureza superior, como projeção deífica, sua atividade se
opera em três planos. Por isso há referência de que Buda possuia três Vestes (como se fora as
estruturas físicas, psíquica e espiritual). A Divindade, a Idéia ilimitada manifesta-se
gradualmente, pesando, medindo e contando a ação da força, do poder e da luz, conforme o
processo de tolerância do Ser Humano, do Tulku, no caso. Para esclarecer esta idéia, inserimos
aqui o trecho do Dr. Roso de Luna, em “O Tibete e a Teosofia”:
“A teoria exposta pela mais alta autoridade do Lamaismo, o bem-aventurado Dalai-Lama, é
idêntica a que se encontra nas obras búdicas do Maha-janista ou do ‘Caminho’. Dez espécies
de criações mágicas se acham ali enumeradas, como podendo ser produzidas pelos seres do
grau imediatamente abaixo do de Buda. Razão porque o que foi dito a respeito do modo por
que um Buda pode produzir formas mágicas, aplica-se a qualquer outro ser humano, divino ou
infernal. Não existe, senão, uma diferença no grau de poder, que é unicamente a da força de
concentração da mente e, também, da qualidade ou grau evolutivo da própria mente que
procura agir ou crear.

Os tulkus de personalidades místicas, coexistem com o seu creador e até acontecendo que os
dois sejam venerados em separado, é prova clara que os tibetanos não acreditam que a
personagem divina ou qualquer outra classe esteja completamente encarnada no tulku. Assim,
enquanto que o Dalai-Lama, que é o Tulku de “Tchen-resigs”, habita em Lhassa, Tchen-resigs...
reside ou permanece em Nankai-Potala, uma ilhota da costa chinesa... E EUPAMED, ou antes,
Rimpotshé, cujo Tulku é o Trachu-Lama, habita, por sua vez, no Paraíso Ocidental ou Nub-
Dewatchen (ou melhor dito e conforme a nossa Era, Shamballah, Agartha, segundo JHS...)
enquanto que aquele (Trachu-Lama) se acha em seu Retiro Privado de Jigatsé (ou Tjigad-Jé)
como é conhecido...

Os seres superiores que já desceram desse nosso mundo, desencarnados, portanto, podem se
multiplicar ou se comunicar por vários tulkus. Daí dizer-se que o Dalai-Lama, post-mortem,
profligou a conduta dos lamas do Potala, querendo arranjar um outro sucessor seu, quando a
própria Lei já não o permitia, por ser ELE o último. Por sua vez, certos lamas passam a ser
tulkus de outros personagens. Assim não só é, repetimos, o Trashi-Lama, o Tulku de Eupamed,
senão o de Subbhut, discípulo de Buda ou mesmo Rimpotshé; como o Dalai-Lama, avatara do
místico Tchen-resigs e, ao mesmo tempo, de Gedunp, discípulo e sucessor do Reformador
Tsong-Kapa. Interessante é, ainda, recordar que a seita dos “docetas”, no cristianismo
primitivo, considerava ao próprio Jesus como um “tulku” e seus partidários sustentavam que o
Jesus crucificado, não foi uma personagem natural, mas um fantasma criado por entidade
espiritual para representar semelhante papel, de cuja opinião compartilham certos budistas a
respeito de Buda. Segundo estes, Buda jamais abandonou seu Paraíso de Tuchita, limitando-se
a criar um fantasma de si mesmo, que foi o que apareceu na Índia, sob a figura de Gautama, o
Buda histórico”.

Consoante os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, o que foi escrito sobre Jesus é o mesmo
“corpo pneumático”, dos gnósticos, de cuja teoria se serviu Roustaing – como Luthero ou
Calvino do Espiritismo – para contrariar Kardec, o qual, por sua vez, copiou as teorias que
apresentou ao mundo, do Aguchaga e outros livros indianos que tratam do assunto. É para se
admirar que nenhum dos dois e mesmo os mais elevados espíritos de suas sessões, soubessem
que não houve nenhum Ser chamado Jesus e, muito menos, que tivesse o fim que lhe dá a
Bíblia... Diversos são os que têm encontrado tradições, de passagem de “Isshos” no norte da
Índia e no Tibete, sendo que o mesmo Nicolas Roerich, em sua obra “El Corazon del Asia”,
aponta até o lugar onde se diz estar a sua sepultura, sem falar na Fraternidade donde o
mesmo saiu, como Adepto budista que era, e para onde voltou quando foi perseguido. Esta
assombrosa notícia, através de telegramas e outros meios de comunicação, foi anunciada ao
mundo, e até os jornais do Brasil, como o Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, publicaram o
notável acontecimento.

Para os membros da Instituição, de Niterói, esses eventos não causam estranheza.

Glória aos Tulkus da Nova Era !

Aula nº 48 - Simbolismo da Rã Fenebre

(que também é uma projeção tulkuística da Lei Justa e Perfeita)

Cabe-nos, antes de dar início ao estudo do simbolismo da RÃ FENEBRE, fazer um pequeno


prefácio acerca do assunto que intitula esta monografia.

Através destes trabalhos, observamos que os Avataras que já se manifestaram na Face da


Terra, vieram sempre acompanhados por uma equipe, por uma corte de auxiliares, altamente
qualificados nos seus respectivos campos de trabalho. Tomavam interesse por esses trabalhos:
cientistas, artistas, políticos, financistas, filósofos, músicos, religiosos, etc. Por exemplo: Buda
foi rodeado de elementos altamente intelectualizados, para a sua época; Cristo contou com os
seus Apóstolos, inclusive com São Paulo, que era um gênio entre os gênios da época; sua
sabedoria ainda perdura no mundo profano até os nossos dias. São Germano e Cagliostro
contaram com toda uma plêiade de intelectuais e talentosos seres que modificaram a
mentalidade de nossa Era.

O Excelso Avatara de JHS, talvez porque lhe coubesse o ambiente de plena Kali-Yuga, Idade
Negra, teve que contar com “a prata da casa”. Na época da Fundação Material da Obra, quem
tomou interesse pelo estudo da Filosofia de JHS, foi um grupo que não possuía a qualificação
antes mencionada, porque era composto de pequenos comerciantes, operários, empregados
do comércio, todos em começo de carreira, com pouco preparo em relação ao currículo da
Face da Terra. Em vista disto, o Excelso Senhor JHS estabeleceu um programa de trabalho,
começando da estaca zero. Usou a linguagem universal, cujos caracteres são constituídos de
seres vivos, com vida própria, e não, com letras estereotipadas. No início da Obra, haviam
fenômenos de natureza semelhante aos shamanismo agarthino. Sim, uma série de fenômenos
extra-físicos. Após determinado ciclo, desapareceram os fenômenos, para dar espaço ao
estudo da Filosofia do Manú, da Obra.

O Excelso Senhor JHS agiu de modo semelhante ao ser adulto, quando se propõe ensinar às
crianças, usando seres vivos como exemplo, os quais, por sua vez, ensinam os homens a viver
de acordo com a Natureza, porque são filhos da Mãe Divina, da Mãe Natureza, Natura
Naturada.

Os mistérios da RÃ FENEBRE, portanto, ou o sentido iniciático da apresentação deste símbolo


vivo, constituíram uma mensagem e um tema de meditação para os Discípulos de JHS, na
superfície da Terra.

R Ã – vista pelo aspecto físico, científico, é um anfíbio da ordem dos anuros, saltador, nadador,
etc.

R Â – (egípcio) é a divina Alma Universal, ou seja, seu aspecto manifestado. A luz sempre
ardente é, também, o Sol personificado. O Deus Ra é representado com cabeça de gavião
porque esta ave está consagrada a Hórus.

R Â – significa, ainda, fazer, dispor. Sim, com efeito, o Deus RA dispôs e organizou o mundo,
cuja matéria lhe havia proporcionado.

PTAH (Deus egípcio, foi um Avatara). É dádiva, dom, presente, ouro, etc.

R Ã – na linguagem iniciática, usada pelo supremo Mestre JHS, é um anfíbio, logo, tanto poderá
viver na água como na terra e nos faz deduzir o fato de poder viver em dois planos, com
percepção em duas dimensões diferentes, além disso, expressa o trabalho de transição da
Natureza: do líquido para o sólido, assim como o plâncton (planta aquática, marinha, etc.) é o
elemento de transição do líquido para o vegetal. Tatwas, Apas e Prithivi.

R Ã – permutando o til (~) pela letra M, símbolo do Signo de Aquarius, temos R A M, tônica ou
bijam do Tatwa Tejas, Fogo e, invertendo as duas letras, temos AR, hálito, Tatwa Vayu, Fogo e
Ar, portanto.

R Ã – a Rã coaxa, logo, produz som, tem uma linguagem própria. O som é vibração e está
relacionado com o AKASHA, o quinto TATWA. Pensando bem e de modo abstrato,
compreendemos que a própria RÃ em si é a Ioga dos 5 Elementos. Pensando um pouco mais
alto, observamos: “RAM ou RAMA foi um Avatara de transição, de um ciclo para outro”.

Vamos pensar no termo FENEBRE.

FENEBRE – do latim fénebris, fénus, “o que a terra produz, rendimento”. Fénebris ou Fé e


nebris. Fé é confiança, crédito, certeza; é palavra dada, juramento; é lealdade, sinceridade,
retidão. Nebris é a pele de cabrito ou gamo com que se vestiam Dionisio e seus ministros, por
outro nome, velocino. Dionisio, etimologicamente significa “duas vezes (dis) nascido (ónisos)”
e os adeptos do orfismo conferiam a Dioniso o caráter de mártir que, uma vez morto, renasce.
Justamente por isso, passou a representar, também, uma das forças fecundantes do mundo,
responsável – como Apolo e Demeter – pela mudança das estações, pela colheita e pela
fertilidade. Nessa atribuição era celebrado no início da primavera, quando ressuscitava de suas
próprias cinzas, alegoria do holocausto da Natureza pelo inverno causticante.

Pela sequência de nosso estudo, concluímos que Fenebre e Fênix têm a mesma origem. Que é
FÊNIX?
FÊNIX – Ave fabulosa do tamanho de uma águia que, depois de uma vida dilatada, se consumia
por meio do fogo e renascia de suas próprias cinzas. É o símbolo da ressurreição na
eternidade, na noite seguindo o dia e no dia seguindo a noite. Sim, uma alusão aos céus
periódicos da ressurreição cósmica, da reencarnação humana. A Fênix vive mil anos,
acendendo um fogo chamejante e, se consumindo a si mesma, vive outros mil anos e, assim,
até 7x 7 = 49. Os 7x 7 são uma transparente alegoria e uma alusão aos 49 Manús relativos às 7
Rondas e 7x 7 ciclos humanos em cada Ronda, verificados num Globo.

De princípio, os termos Fenebre e Fênix parecem não ter nada a ver um com o outro,
entretanto têm porque AVE é um elemento do AR ou RÃ...

Por exemplo, a RÃ Fenebre ou Fênix, equivale a dizer: a Rã expressa o cérebro e Fenebre ou


Fênix, a idéia, o espírito; a Rã equivale a dizer o corpo e Fenebre o Espírito; Fenebre-Rã é o
espírito no corpo, encarnado, avatarizado.

Conforme foi dito no início deste trabalho e no uso da Maiavada, os Mestres usam sempre a
Chave Biológica, ou seja, os caracteres da linguagem expressos por formas vivas, os animais. O
Reino Animal é anterior, naturalmente, ao Hominal e os representantes deste, trazem no
subconsciente um atavismo; este atavismo nos proporciona sentir ou compreender os
Aspectos da Verdade. Assim há, também, uma escala nessas alegorias, por exemplo, falamos
na Rã como anfíbio mas, num Reino determinado, há os animais como ânima, emocional,
nesse caso, encontramos o Carneiro, símbolo do Iokanan, o que dá a vida a favor dos pecados
do mundo ou por causa da deturpação da Verdade, oferecida gratuitamente aos seres
humanos, pelos Avataras. Por isso se fala no “Agnus Dei quitollis peccata mundi”, que é o
símbolo da Divindade resgatando os pecados dos representantes da Humanidade, desde
Atlântida até os nossos dias. Carneiro ou Áries Ardente é o Patrono da Raça Ariana.

Estas palavras se encaixam muito bem na expressão ‘Fenebre’ que, segundo os gregos, é o
emblema das naves fenícias se encaminhando para as brasílicas terras. Aliás, esclarece Ludwig
Schennhagen, em seu livro ‘Fenícios no Brasil’ que “os fenícios nunca chamaram sua terra de
‘Fenícia’; o nome era, como já explicamos, Caru para o país, bem como para o povo. Existiam
também os nomes Canaã para o litoral e Araméia para a parte montanhosa. O nome ‘fenícios’,
deram os gregos aos navegadores de Tiro, como apelido, significando ‘mercadores de tintas da
Ave fabulosa Fênix’. O mestre Antenor Nascentes explica o nome fenício vindo do grego
‘phoinikeíoi’, do latim ‘phoenicios’. O termo grego vem de ‘phoínix’, que significa cor
vermelha, púrpura, obtida das glândulas de um marisco chamado murex e usada como corante
de tecidos. A Cidade de Tiro teve 300 tinturarias e fábricas de tintas finas, cujos segredos
químicos os gregos nunca descobriram”.

Em Niterói, à Rua Gavião Peixoto, 284, o Mestre JHS foi alvo de grande desgosto, parecendo
que havia falecido. Todos os presentes ao acontecido, ouviam a Rã Fenebre coaxar altíssimo,
no quintal, e ela só deixou de o fazer, quando o Mestre melhorou, podendo sentar-se na cama
(logo, é, realmente, símbolo da ressurreição)...

Na mensagem da Rã Fenebre aos membros da Instituição, foram determinados os três ciclos


realizativos da Obra, até o dia em que falou na mesa da Diretoria da S. T. B., no Rio de Janeiro,
dando o sentido dos ciclos já vencidos: de 1900 a 1921, Fundação Espiritual; de 1921 a 1924,
Fundação Material e de 1924 a 1949, Nascimento dos Budas. De 1949 em diante, se houve
alguma mensagem desta natureza, foi apresentada pela Pomba do Espírito Santo e pela Ave de
Hansa e assim o será.

Nunca é demais lembrar que na Atlântida houve a Tartaruga sagrada com mais duas, à guisa
de colunas, tendo gravados no casco os símbolos dos 12 Signos do Zodíaco. Com a Rã Fenebre
acontece o mesmo, pois são três ao todo... sempre o mistério do ternário. Ora, dois anfíbios –
Tartaruga e Rã – , dois símbolos de transição cíclica.

As palavras da Rã Fenebre, foram:

COAXIM SAX CHAXIM

3 pulos para a frente

(Bendito seja o Cristo)

(Bendito seja o Graal ! )

Estas sagradas palavras estão revelando que já se consumou a Missão do Cristo e a Tradição do
Graal, consequentemente, o Novo Ciclo passou a agir daquelas palavras em diante e esses três
pulos para a frente estão anunciando o trabalho dos Seres ou Deuses que representam os
futuros ciclos, 5º, 6º e 7º Sistemas e Cadeias, sob o comando do Senhor MAITRÉIA !

Aula nº 49 - Tulkuismo – Estudo III

Verificamos nos estudos I e II, relativos às doutrinas tibetanas, que, com outras palavras, a
expressão Tulku, na Ciência das Idades, no Ocidente, tem sentido semelhante a alma ou a
personalidade, o Ser Humano comum.

Os tibetanos ilustres, iniciados nos mistérios da Vida, ensinam:

“Tulku é uma projeção viva da mente e da vontade de um SER SUPERIOR, de elevada


Hierarquia, ao qual cabe o nome de Deus, de Buda-Vivo, etc.”

Buda é o iluminado e Buda-Vivo é Tulku altamente qualificado, como personalidade de grande


Hierarquia e que já se acha bem integrado na Vida Universal. Sim, Buda no Oriente é
semelhante a Cristo no Ocidente.

Devemos observar, no entanto, o seguinte: Tulku é uma “projeção” da mente, do poder da


mente, de elevadíssimo SER, como se fora algo, por exemplo, do fenômeno da Metástase de
uma célula que, levada pela corrente sanguínea, vai se localizar noutro órgão e nele se
desenvolve com vida própria, logo, se tornou auto-suficiente. Com esse exemplo, mas no
sentido positivo, Tulku é algo com o mesmo sentido da alma humana, para o conceito dos
espiritualistas ocidentais.
Tulku é semelhante a alma humana, a personalidade, etc. Pois bem, conforme a Ciência das
Idades, o Ser Humano não iniciado, é constituído dos Princípios da estrutura física, da
emocional ou astral ou, ainda, anímica e da espiritual.

_A estrutura física, podemos dividir em duas partes, tornando a personalidade humana


quaternária, isto é, consituída de 4 Princípios: físico, etérico, emocional ou astral e mental
concreto (Kama-Manas dos hindús)... Esses 4 Princípios podem ser esclarecidos com a Chave
Geométrica dos Conhecimentos Iniciáticos: um quadrilátero, representando a base da vida
humana, da personalidade:

1 – Corpo Físico;

2 – Corpo Vital ou Etérico;

3 – Emocional;

4 – Mental Concreto

Os três Princípios superiores, para formar o setenário, são expressos pelo triângulo, ou sejam,
os denominados de Atmã, Budhi e Manas superior:

5 – Manas Superior;

6 – Budhi;

7 – Atmã

No Ser Humano comum ou não iniciado, esses 3 Princípios Superiores se acham fora e não
dentro do indivíduo e se acham expressos pela Chave Geométrica: um quadrilátero encimado
por um triângulo. Daí o termo religião, ou seja, o ato de religar a alma, a personalidade, aos
três Princípios ou ao triângulo superior: Atmã, Budhi e Manas superior, Mental abstrato. De
modo que esses 7 Princípios formam um todo harmônico e são intercalados... Sim, quando se
verifica a união desses dois elementos, quando há a integração da alma com o espírito, do
tulku com o seu criador – o Adepto, o Ungido, o Mestre de Sabedoria – , a representação já é
outra, ou seja, um quadrilátero com um triângulo no centro. Neste caso, o espírito já se acha
dentro e não fora do Ser Humano.

Consoante os ensinamentos da Ciência das Idades, o Princípio Deífico do Ser Humano é


VONTADE, isto é, a vontade de se manifestar, de se realizar, de se projetar no imenso espelho
que são os representantes da Humanidade. Pois bem, a Vontade Divina age, realiza-se através
de 3 fórmulas, denominadas de VONTADE, MENTE e EMOÇÃO.

Para que haja maior poder abrangente, envolvendo todas as hierarquias, todas as categorias
humanas, essas 3 fórmulas também se dividem em 3 elementos, cada uma:
VONTADE – subdivide-se em Supra-Vontade ou Vontade Divina; Auto-Vontade e, Sub-Vontade
ou Vontade Instintiva.

MENTE – subdivide-se em Supra-Inteligência ou Inteligência Divina; Auto-Inteligência ou


Mental Concreto, intelectivo e, Inteligência Instintiva, ou seja, a Inteligência dominada pela
Emoção desta natureza. Por exemplo: o indivíduo aplica todo o seu esforço inteligente, para
aprimorar o processo de conforto.

EMOÇÃO – subdivide-se em Supra ou Emoção Divina; Auto-Emoção e Sub-Emoção ou Emoção


Instintiva.

Quem conseguir harmonizar esses nove elementos, é considerado um Adepto ou um


Iluminado.

O Excelso Senhor JHS, em seus ensinamentos, sempre repetia a sentença: Escola, Teatro e
Templo e, essas palavras, tornam-se uma sigla.

Escola – tem a finalidade de permitir ao discípulo se harmonizar com a cultura da época


(cultus, kultur, etc.); desenvolvimento da Auto-Inteligência;

Teatro – tem a finalidade de resolver os conflitos próprios da vida desarmônica, em nossa


esfera. É o drama da personalidade, da alma humana vivendo num ambiente distônico em
relação à harmonia da vida natural e universal. Neste mundo onde prevalece a Emoção
Instintiva ou Sub-Emoção, em que um quer engolir, concorrer com o outro; é a vida dominada
pela Sub-Emoção;

Templo – tem a finalidade de permitir à personalidade, à alma humana, religar-se aos 3


Princípios superiores, ao Espírito, à Consciência Universal. Preparar o discípulo para sentir e
conceber a Unidade. Daí o sentido das preciosas palavras: UM POR TODOS E TODOS POR UM.
O Templo tem a finalidade de fazer com que todos sintam-se como faúlhas de uma Chama
Única ou, então, que consiga transformar uma Centelha Divina numa Chama Ardente,
denominada de Pentecoste... – no seu sentido real e não, no sentido já desgastado pelas
religiões, limitadas pelo fanatismo humano.

O Excelso Senhor JHS teve ocasião de ensinar o valor das admiráveis palavras: “O que provoca
a infelicidade humana é o fato das criaturas não possuírem o ‘OVO ÁURICO’, o aura perfeito,
isto é, não serem iguais a Deus”...

O Tulku para ser feliz, harmônico, conquistar o que aspira, precisa ter o aura, o ovo-áurico
perfeito, equilibrado, para que seja igual a Deus, ao seu Creador.

O Templo e os Templos sagrados, têm essa divina função.

Glória aos Deuses nas alturas celestes e Paz na Terra aos homens, aos seres humanos de boa
vontade!
Aula nº 50 - Pesquisas sobre o Dia de São João

24 de junho de cada ano

Pesquisando sobre o dia de “São João”, passamos a raciocinar alto; pois bem, tudo aquilo que
o “INCONSCIENTE COLETIVO” firma no cérebro de uma ou mais gerações – determinadas
tradições, certas idéias, estas perdurando através dos tempos, de séculos e séculos – possui,
com efeito, um fundamento universal. Representa, sem dúvida, aspectos da Verdade Eterna.
Encontra-se, nesse caso, a data de “São João”, 24 de Junho de cada ano. A razão de ser festivo
este dia, é muito importante. Os fatos eternizaram-se no Ocidente, mas os festejos não são
entendidos na sua globalidade. Tornaram-se hilariantes, alegres às humanas criaturas.

Muitos participam de tais festejos, mas poucos se lembram de pesquisar a origem do termo e
o porque das comemorações.

No “Jainismo primitivo”, encontramos o termo:

IÓ-ANES – o qual, no curso do tempo, transformou-se em:

IONES, JO-ANNES, JEAN, JOÃO... Consoante as nossas pesquisas e, segundo as tradições


“JAINAS”, este termo tem o sentido de: “retiro sagrado dos super-homens, Djins, Jinas, Jênios,
Gênios”, senão, os portadores da criatividade universal. Chamemo-lo de Senhor do Mundo de
TOTH e de seus sublimes iniciados (segundo os egípcios).

Há outro termo, também interessante para o conhecimento do que realizamos anualmente:

IÓ-PITHAR, IÓ-PTAMER, IU-PITHAR, JÚPITER, que são expressões com que se designam os
vitoriosos da Cadeia Lunar, os que superaram os sentidos passionais, os que conseguiram ser
HOMENS, com “H” maiúsculo.

IÓ – tem o sentido de água, lua, desenvolvimento psíquico... ou seja, a evolução da


personalidade.

IÓ-ANES, IÓ-ANAS deram origem ao termo “JOÃO” (da Língua Portuguesa).

Encontramos no próprio Jainismo, a expressão: IAM BEM IAM ou JIAM BEM JIAM (João, senhor
João), nomes dos chefes dos Paris, Paras, senão Pitris, Pais, Parsis, antepassados, ou sejam, os
Zoroastrianos vencedores dos Devas... Devas (Deuses, segundo a Língua Portuguesa)...

JIAM BEM JIAM quer dizer, também, “O GINA, FILHO DE GINA, GÊNIO”... isto é, filho de nobre
estirpe, de uma hierarquia privilegiada.

Lembramos, ainda, JANO, JAINO, que são nomes coletivos dos ARCANJOS. JANO (JOÃO) depois
que saiu da velha ÁRIA (início da Raça Ariana) estabeleceu-se em “UR”, Caldéia primitiva,
vizinha da Europa e, então, surge com outro nome, ou seja, ABIMELECK, MALCHSEDEK, MALKI-
CHADAK, o Sacerdote de “MLECHCHAS”, senão, o termo europeu: Sacerdote do Altíssimo.
Reportamo-nos ao termo “UR”, que é uma raiz que designa FOGO, manifestado em diversas
dimensões. Há outra expressão, “Rupe”, Rope, que tem o sentido de corpo, forma objetiva. Eis
o motivo pelo qual podemos pensar nos nomes de UROPE, EUROPA. O EU com ígnea forma, ou
seja, o Fogo da Inteligência em ação prática, realizativa... EU ou EUR tem o sentido da
Consciência Universal manifestada de modo embrionário, em potencial... RUPE ou ROPE é o
corpo físico, o que age através da forma, da estrutura física.

EUROPA (UROPE, URUPE) foi o Continente, o campo de manifestação da Inteligência Interna,


do Deus Interior, envolto por uma forma rígida. É a área onde se manifestou a Vida Una, a
Suprema Inspiração, como estética ou a perfeita forma, linha... Ora, a Europa, Urope, de fato
abriu as portas da Inteligência, para uma Nova Era, para um Novo Mundo. É filha do Fogo
Divino, da Inteligência positiva, por isso ainda não se rendeu ao negativo fogo do ódio, da
destruição, das guerras. A título de ilustração, inserimos como resultado de nossas pesquisas,
um trecho da Revista “A ARTE DA MÚSICA”, estudo sobre a Idade Média, demonstrando que
as músicas de “São João” propiciaram a organização das partituras. Diz o trecho da Revista:

“... Apesar de todos os progressos feitos no campo musical durante esse período, a História
registrou-o com o nome de “ARS ANTÍQUA” ! Na verdade, no fim do século, a música já era
arte nova. Grande parte dos avanços da “Ars Antiqua” deve ser atribuída ao Mestre Leonius e
a seu aluno Perotinus, que trabalhavam na Catedral de Notre-Dame, em Paris. Mas estes dois
compositores, assim como outros da Idade Média, não puderam ir muito longe, tolhidos pela
precariedade dos meios de escrita musical. Havia sistemas de “anotações”, mas eram ruins. O
primeiro que apareceu, baseava-se no alfabeto: as sete primeiras letras representavam os sete
sons da escala, começando pela nota “LÁ”. Depois criaram os neumas, sinais oriundos dos
acentos: grave, circunflexo e do ponto. Porém, a “anotação neumática” tinha o defeito de não
indicar a altura nem a duração dos sons. Melhor que ela, era o método do monge Guido
D’Arezzo (995 – 1050) que adotou uma pauta de quatro linhas e definiu as claves de Fá e Dó,
para registrar a altura dos sons. Além disso, D’Arezzo deu nome às notas, tirando as sílabas
iniciais de um hino a “SÃO JOÃO”, que dizia:

Ut queant laxix Para que possam

Resonare fibris ressoar as maravilhas

Mira gestorum de teus feitos

Famuli tucrum com largos cantos

Solve polluti apaga os erros

Labii reatum dos lábios manchados

Sancte Ioanes Ó, SÃO JOÃO

UT, mais tarde, passou a chamar-se “Dó”, mas não se sabe quem o batizou, assim como se
ignora quem foi o padrinho do “SI”.
Pelo que se nos afigura, a Europa foi o campo onde se manifestou, com toda a pujança, o Fogo
da sensibilidade artística, da ciência, da filosofia, da religião ocidental, da política... No
atletismo, há a TOCHA OLÍMPICA, a qual, passando de mão em mão até chegar ao ponto final,
representa Deus, os Avataras, o Espírito, a Consciência Humana, o Ideal perpassando de ciclo
em ciclo, de época em época, até a conquista da vitória final, da aquisição da Consciência
Global, da Superação, em todos os sentidos. Atletismo é nobre simbologia, indicando à criatura
humana a posse de um ideal, a fim de evitar o “vazio espiritual”, a falta de SI MESMO. Nem só
de pão e circo pode viver a humana criatura.

O dia de São João tem grande influência no pensamento dos seres ilustres. O movimento
cultural e espiritualista que representamos, tem sua história ligada ao dia de São João,
festejado na Cidade de Salvador, na Bahia. No ponto de vista cíclico, este movimento
representado pela SBE, foi fundado ou teve início no dia 24 de junho de 1899, na Ilha de
Itaparica, cujo evento nos é muito caro e importante.

O Excelso Fundador de nossa Ordem, o Professor Henrique José de Souza, sobre o dia de “SÃO
JOÃO”, escreveu os trechos:

“Erguem-se por toda a parte as fogueiras dedicadas a São João, como se fossem fachos
enormes iluminando vilas, aldeias, países inteiros, principalmente o Brasil, cujo nome faz
lembrar a “BRASA”, o AGNI-PAROXA das tradições orientais, ou seja, o AGNI, o Fogo Sagrado
que arde em todas as coisas. E as fogueiras continuam ensinando aos homens que “DEVEM
SER ILUMINADOS PELO FOGO DIVINO” (da inteligência), por isso mesmo, iluminados pela
Essência Divina, denominada, também, de Fogo da Pentecoste ou descida do Fogo do Espírito
Santo sobre as cabeças dos Apóstolos. Do mesmo modo, os fogos riscando o espaço, em forma
de arabescos como se quisessem escrever na tradicional noite de “São João”, tudo que de
grandioso transcende do nome “TRADIÇÃO JOANINA”. Este Fogo da Vida influi, também, nas
quatro Idades do Ser Humano, com maior ou menor intensidade: Infância-Adolescência,
Maturidade-Velhice. Em nenhum outro lugar do Brasil, a noite de São João possui a simbólica
expressão dos mistérios que a envolve, como na Bahia. Tem-se a impressão de que a sua
capital transformou-se em enorme incêndio que, ao invés de destruir a tudo e a todos, ao
contrário, ilumina as mentes e os corações daquele POVO cheio de tradições, repleto de
crenças nas cousas do Espírito. E, assim, esse Fogo tradicional que lhe vem de “ALÈM-MAR” e
se fundiu depois na ALMA BRASILEIRA, atualmente invade o BRASIL inteiro, transformando-o
em enorme FOGUEIRA. O nome João, por si só é uma legenda. E isto, para começar: “em busca
da Terra do Pai João”, Henrique de Sagres sela o histórico e cíclico documento que deveria
depois servir para a “Descoberta do Brasil”. E CABRAL teve a primazia de ser o autor do
codicílio de tão maravilhoso TESTAMENTO.

O Polo Norte também é a Terra do “Pai João”. E, “Terra de Jão Ninguém”, é chamada toda
região que deva ficar “ignorada”.

JOHAN, JOHANES, JEAN, JING, Dzyan, Dzin ou Djin, em várias línguas, não é mais do que o
Jênio, GÊnio ou Jina, que serve de guia aos homens vulgares da Terra. Ora, Colombo, Cabral, o
mesmo Henrique de Sabres, Jeanne D’Arc, a Jina do Arco, da Arca, são todos considerados
Jinas, Joãos das transformações políticas e sociais de nosso Orbe Terrestre.
É lícito observarmos: a Igreja distingue o termo “IOKANAN” do de João Baptista. Mas, a
verdade é que o ARAUTO ou o ANUNCIADOR do “Messias Prometido”, possuía aquele “título
iniciático”. E isto porque YOKANAN ou IOCANAAN, é o Guia, além de Arauto, de um clã,
família... para a “Terra da Promissão”. Nesse caso, é o Chefe de um Movimento, ao mesmo
tempo que anunciador de um avatara ou da manifestação da Divindade, de uma nova geração
na Terra. E a prova está em que ele mesmo é quem batisa Jesus no Rio Jordão, quando o
Espírito Santo descendo sobre Aquele, dá-lhe o valor integral do seu papel messiânico na Face
da Terra. Observemos o evento: Jesus, João, Jordão, três jotas, três mistérios ligados ao
Mundo dos Jinas, dos Joãos, Gênios...

Convém pensar no caso: não houve, pois, um só “IO-CANAAN”, mas diversos, de acordo com
os vários ciclos ou idades em que é repartida a Vida Universal, segundo a própria evolução
humana.

Falando, ainda, de João Batista (o Fogo da palavra ou a palavra inflamante): as duas iniciais por
Ele adotadas, como IÓ-KANAAN do Ciclo de Piscis, Peixes (que o próprio Jesus traçou no solo,
quando lhe apresentaram a mulher adúltera), são as mesmas das Colunas do Templo de
Salomão, adotadas pela Maçonaria, ou sejam, JAKIM e BOHAZ, uma de ouro e outra de prata
(Sol e Lua, dia e noite). Do mesmo modo que, da Cidade onde nasceu e morreu Jesus, o Cristo:
BELÉM e JERUSALÉM. Consoante a tradição do Oriente: JNANA (o conhecimento, a sabedoria)
e BHAKTI (o amor, a devoção) são, pois, os dois caminhos da Filosofia Vedanta.

Cagliostro, como digníssimo Representante da Maçonaria Egípcia, adotou como um de seus


pseudônimos, o de José Bálsamo. Pelo que se vê, as duas iniciais J e B aparecem, em toda
parte, onde houver um motivo iniciático, ou melhor, alguém investido de poderes superiores...

Muito bem, na Maçonaria existe, ainda, o rito de “ADOMHIRAMITA” (Adam ou Adom, Hiram,
‘o ressuscitado’, como dizem suas próprias tradições e Mita ou Mitra que é um termo
francamente solar).

A ORDEM SOBERANA E MILITAR DA CRUZ DE MALTA, fundada nos albores do Século XI, a qual
exerceu um papel importante na preparação do Advento do Movimento representado pela
SBE, ligada, também, aos mistérios do L. P. D., tinha como Patrono JOÃO BATISTA, logo, a
tradição de São João.

Nos festejos da noite de São João, não falta, especialmente em Salvador, Bahia, quem grite,
dançando e cantando ao lado das fogueiras: “Acorda João! Acorda João!”. Isto vem provar que
o “vox populi” é, de fato, o “Vox Dei”, porque outrora também se evocava nos templos do
Egito, da Grécia... e noutros da Índia... “Desperta (ou acorda) Hermés, Enock, desperta!
Desperta!” . Isto por serem dois grande nomes da evolução humana. Ora, o Livro de Enock
serviu para confecção de outros livros, inclusive a própria Bíblia.

Quanto a questão do fogo, vem dos tempos imemoriais, inclusive com o nome de “FOGOS DE
BACHOS”, que em nada diferem das fogueiras ou fachos, fogos, até hoje usados nas noites de
São João e que dão a tais festas, não apenas o nome de JUNINAS, por serem do mês de junho,
mas JOANINAS, por serem de origem divina, superior ou jinas, Joanas... Posteriomente, ligaram
estas festas a outros Santos, mas sem sentido divino, superior...”
Dizem as tradições mais antigas: “no início da Raça Ariana, o Fogo desceu do Céu em forma de
raio, escrevendo na Pedra da Lei (de Asgardi) os Dez Mandamentos da Evolução. Ora, o
número 10 é bem semelhante ao termo “IÓ”, já referido neste estudo.

Não podemos deixar de exaltar, neste momento solene, a Ilha de Itaparica, berço da
Civilização Brasileira e de nosso Movimento Cultural e Espiritualista, fundado pelo grande
Senhor e Professor Henrique José de Souza:

Glória à majestosa Ilha de Itaparica,

Berço da Civilização Brasileira!

E, em 1899, dia do glorioso São João,

Despertaram-se da Fronte do ETERNO,

Duas Brasas, duas Sementes Divinas,

Duas Civilizações, dois Impérios, dois Braseiros!

Com a chuva copiosa de Estrelas,

Quais Arcanjos correndo pelo Céu,

Com explosões do Krakatoa,

Qual roncar da bruta Natureza, tudo

Anunciando de maneira velada, discreta,

O nascimento dos Filhos do Sexto Céu!

Oitenta e oito anos são passados,

Os primorosos Manús, Hélius e Selene,

Com a presença de Deus, como Netuno,

Na ditosa Ilha de Itaparica, pelo ETERNO,

Foram, quando jovens, divinamente consagrados!

Salve Catarina Paraguassú!

Glória a Diogo Álvares Corrêa!

Salve divina Tríade secular!


Lorenza, Crivatza, São Germano,

Onde serão, eternamente, exaltados!

Deste local de culto à LEI,

Nesta data dos Yokanans de São João

Saudamos Aquele outro Templo-Natureza,

Tabéra de Nassau, Ilha de Itaparica,

Onde um presépio de pitangueiras,

Pelo engenho humano, fora armado.

Templo edificado pelos elementos da Natureza

Para servir de régia Residência, Morada e Beithel,

À Tríade que se fez advogada da pobreza,

Por isso, naquela Ilha Templo-Obelisco,

O Pai do Fogo Sagrado, envolto pelo Manto

Da Divina Mãe – AKTALAYA – será exaltado!

Aula nº 51 - Exteriorização da Motricidade ou Desdobramento

Quando iniciamos os estudos de espiritualismo, esoterismo, ocultismo, exacerba-se, desde


logo, a vaidade – o que nos parece ser o oposto da Verdade – ou, como nos ensina a ciência
profana, “complexo de superioridade”. Nos primeiros tempos de prática desta natureza,
sentimo-nos realizados, embora estando no início de uma longa jornada. Trata-se de uma fase
difícil de se atravessar porque a cegueira dos sentidos nos tolhe ver o imenso sol que temos
pela frente. Esquecemo-nos do princípio rudimentar do estudante do espiritualismo que
deseja seguir a Vereda, que é a humildade. Nossos olhos tornam-se vendados em relação à
imensa porta que se abre para o mundo de infinitas dimensões. Porta que se abre para o
mundo imenso, possuidor de uma linguagem em que todos os termos têm substância própria;
linguagem em que todas as palavras tomam o sentido de substantivo, ou seja, o valor da
Revelação. Mas a linguagem, o efeito produzido no praticante, poderá ser uma espada de dois
gumes. É algo como se fora uma arma de fogo, que só pode ser usada por quem tem equilíbrio
emocional, juízo, calma, etc., isto porque as armas devem ser usadas para a defesa e não para
a violência. Por isso, esse tipo de estudo, só deve ser ministrado de modo secreto e após uma
perfeita averiguação da atitude e do comportamento do candidato... Sim, o indivíduo
equilibrado pensa, pesa sua atitude antes de tomar qualquer decisão.

O ponto de interesse do que está se iniciando neste mister, é a conquista de poderes


sobrenaturais, de domínio do próximo; conquistar as cousas pelo processo do milagre.

O sentido desse tipo de estudo consiste, realmente, em despertar, estimular as forças do


organismo para facilitar sua evolução espiritual e não usá-las de modo inútil, desperdiçando-
as. São elementos que amparam o indivíduo de uma vida para outra. E... esses adquiridos, essa
potência espiritual conquistada chama-se “SIDDHIS”.

SIDDHIS – sânscrito – literalmente é atribuído à perfeição; poderes fenomenais que, graças à


sua santidade, adquirem os iogues; faculdades psíquicas, poderes anormais ou extraordinários
do homem. Um grupo deles compreende as energias psíquicas mentais inferiores, grosseiras; o
outro grupo requer a mais elevada educação dos poderes espirituais.

Diz Krishna, no Zrimad Bhagavad: “Aquele que pratica a Ioga, que subjugou os sentidos e
concentrou sua mente em MIM (Krishna), é um Iogui a quem todos os siddhis estão prontos a
servir”...

A palavra sânscrita siddhis é sinônima da voz pali “iddid”. O ser humano ou o iogui precisa
adquirir 8 siddhis, para ser igual a Buda.

Temos nas sublimes palavras de Buda e nos seus ensinamentos, perfeito exemplo do que
vimos afirmando. O Bem-aventurado Buda ofereceu a um discípulo seus, uma série de práticas
para acelerar a sua evolução espiritual. Tempos depois, o Excelso Buda voltou a passar pelo
lugar onde deixara o discípulo e resolveu argüi-lo acerca da prática e como resultara o
desenvolvimento espiritual do referido discípulo, respondendo este: “Mestre, com a prática
dos ensinamentos que recebi do Bem-Aventurado, consigo atravessar voando, de uma
margem deste rio para a outra e vice-versa”. E retrucou Buda: “Meu filho, você poderia
chamar o catraieiro e, dando-lhe uma moeda, poderia fazer essa travessia sem esforço,
auxiliando o catraieiro na sua profissão. Você poderia guardar esses “siddhis” para a sua
próxima encarnação”.

O discípulo ou candidato ao estudo do esoterismo deve manter a maior vigilância, no sentido


de não esperdiçar seus siddhis ou suas experiências espirituais e, naturalmente, evolucionais.

Quando o discípulo, o indivíduo, já se encontra com os siddhis desenvolvidos, pode projetar os


veículos de seus princípios fora do corpo físico. Essa projeção tem sua gama de valores,
conforme o plano em que se processa esse fenômeno. Se se trata de um Adepto, é projeção
do plano mental, búdico, átmico; se for discípulo ou qualquer ser humano, será projeção dos
planos astral e vital...
Os verdadeiros ocultistas, os que estudam a Ciência das Idades, denominam-na de “saída em
astral”, desdobramento, etc. Com efeito, o mecanismo do fenômeno consiste em que a parte
anímica ou semi-material saia do corpo físico e se projete no plano astral, para dali se
manifestar no plano físico, segundo o fim a que se propõe.

A ciência moderna, que tem desde logo a preocupação de não se comprometer quando se
trata de “alucinação telepática”, aplica os seguintes termos: “dissociação do ser”,
“desdobramento pessoal”, “exteriorização” e, aos casos de impressão visual, de
“fantasmagoria”.

Somente os que não se dedicam a semelhante leitura, ignoram os diversos desdobramentos


do grande Iluminado que foi Apolônio de Tiana, os de Simão, o Mago, e Antônio de Pádua (que
salvou o pai da forca, enquanto seu corpo ficava no púlpito, onde estava pregando) ou os de
Jeoshua Ben Pandira, o Adepto budista, que o mundo teima até hoje em chamar de Jesus
Cristo. Com ou sem razão, atribui-se o mesmo poder a todos os taumaturgos, a todas as
personagens da Idade Média e, nos tempos modernos, por exemplo, aos Condes de Cagliostro
e São Germano, sem falar nas personagens desses maravilhosos contos que nos embalaram a
infância, todas elas, vislumbres do que a mente percebe nos mundos superiores mas os lábios
negam, por quererem expressar a “letra que mata”, ao invés do espírito que vivifica. Nas
cidades, nos campos, por toda a parte, enfim, essas narrações são repetidas a cada instante, a
respeito de determinado ser que fazia milagres ou apresentava-se em vários lugares ao
mesmo tempo, pouco importa se com o nome de “Cura d’Ars”, de Thorel ou outro qualquer. O
Excelso Professor Henrique José de Souza denominou esse tipo de fenômeno de
“EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE”.

EXTERIORIZAÇÃO DA MOTRICIDADE (de JHS). O fenômeno de alta fisiologia que consiste em


deixar o corpo físico abandonado em determinado lugar, enquanto seu duplo ou fantasma é
enviado, conscientemente ou não, à distância... ...

Os antigos chamavam-nos de “Teofania”, aliás com impropriedade, porquanto esse termo


implica em entrar o homem em relação com seu EU ou Consciência Superior, Consciência
Imortal, quando se tratava de visão terrena de um ser divino. E “Dolofania”, quando aplicada
aos vivos.

Os anais religiosos empregam, ainda, o termo “Bilocação”, para a presença simultânea da


mesma pessoa em dois lugares diferentes. Substitui esse termo, o vulgar de “Ubiqüidade”, até
mesmo quando se deseja afirmar que alguém é encontrado em toda a parte... “fulano possui o
dom da ubiquidade”.

O povo inculto qualifica-o de “aparição”, “assombração”, etc. Na França, o termo empregado


pelo povo é “révenance”, proveniente de “revenant”, que quer dizer alma, fantasma, lemúrio,
larva astral, etc.

Os hagiógrafos utilizam, mais particularmente, os termos “Bi-corporeidade”, quando desejam


fazer compreender que a pessoa possui, de fato, dois corpos, cada um deles em lugar
diferente ou “representação”, quando julgam que um pertence ao indivíduo e o outro é como
uma figura modelada e animada por um anjo ou deva.
No surto da Ciência das Idades ou teosófico, que foi um verdadeiro desfolhar das velhas
páginas da sabedoria, conservada nas criptas silenciosas do Egito, Índia e Tibete, levado a
efeito pela Princesa Russa Helena Hann de Fadeff Bavatsky, o horizonte tanto nublado, ainda,
da “Doutrina Secreta”, apresentou-se aos olhos do mundo, numa apoteose bem digna da
própria evolução humana, à revelia dos inimigos gratuitos de todos esses movimentos
espiritualistas. Inimigos esses que não são mais despeitados, alguns por verem ruir por terra os
falsos conceitos que nutriam pelas coisas da vida, outros temerosos de uma concorrência ao
negócio lucrativo que mantém com as coisas divinas.

Poderíamos, ainda, para não melindrar a ciência oficial, comparar tais radiações ao Princípio
Vital de Berthez; “Eletricidade Animal”, de Pélétin; “Fluído Nervoso”, de uns; “Força Dinâmica”,
de outros, mas acima de todo e qualquer termo, o puramente oriental e teosófico ou jiva.

Apresenta-se como vitalidade, já que é no “Duplo Etérico” onde ele se manifesta através de
“centros de força” chamados “Chacras”, cujo significado é: roda, movimento, sol, loto, etc. Os
Chacras recebem, por sua vez, a força primária do corpo astral e assim sucessivamente, até
chegar à “Usina geradora de Força e Luz” (desculpem a comparação) que é Ishwara, como o
Sol Central de um sistema, ou seja, um sol com sete planetas ao seu redor.

Tudo isso se acha muito bem expresso nas palavras de Spencer: “As Forças Universais de
atração e repulsão, que desenvolvem certo ritmo em todas as modificações menores do
Universo, o imprimem à totalidade, por isso mesmo produzindo um longo período, durante o
qual as forças atrativas predominam e causam uma concentração universal; já num outro
período também extenso, as forças repulsoras predominam e causam uma difusão universal,
criando ciclos alternados de evolução e involução ou dissociação”.

Daí (disse JHS) atração e repulsão são as duas manifestações da Vida. A atração produz a força
centrípeta: a gravitação universal; a repulsão dá nascimento à força centrífuga, que tende a
projetar fora de sua órbita, os corpos em movimento. O funcionamento paralelo e, portanto,
equilibrante dessas forças, constitui a Vida Universal.

O Homem, por exemplo, como microcosmo, é constituído do mesmo modo que o Universo ou
macrocosmo. Nele, além das partes que se manifestam como alma e espírito, qual Trindade
cristã ou das Três Pessoas distintas e uma Uma só Verdadeira. O Ser Humano possui, também,
três correntes de vida: o Sistema Linfático, que forma a vida; o Sistema Sanguíneo, que a
entretém e o Sistema Nervoso, que a rege. Esses três Sistemas produzem, cada um deles, uma
dupla corrente, donde uma se dirige para a periferia e a outra, para o centro.

Dizem os Upanishads: “A associação de Prana Astral e Prana Físico, cria a matéria nervosa que
é, na realidade, a célula que dá todas as faculdades psíquicas aos homens, a começar pela de
experimentar tanto prazer como dor. As células se desenvolvem em fibras, como resultado do
pensamento”.

Prana, em sânscrito, quer dizer Vida.

Manas (mental), o Pensamento, é aquele Princípio que governa o Astral ou psíquico. Segundo
a Escola de Paracelso, é o mediador plástico, ou ainda, o Espírito, Inteligência Superior,
dirigindo a Alma e esta, conforme seu nome indica, animando (proveniente de Ânima ou Alma)
o corpo físico, tal como a carruagem, os cavalos e o cocheiro. O carro não anda sem os cavalos
e estes, sem quem os guie ou dirija, a menos que tome os freios nos dentes... e corram
desembestados, espatifando carro e cocheiro, qual alma de instintos inferiores ou
animalizados que, não ligando mais importância à Voz da Consciência ou do Espírito, por isso
mesmo entregue ao seu fatal destino, acaba por dissolver-se nas trevas terríveis do não-ser, ou
seja, da Zero Dimensão!

Pitágoras, por exemplo, reconheceu no uivar de um cão, a voz de um amigo desencarnado.


Emmanuel Swedenborg e outros falavam a respeito da segunda morte, assim como outros
misteriosos seres que, por se acharem em posição muito superior à Humanidade (Mahatmãs –
sânscrito – ou Grandes Almas, Gênios, Jinas ou Super-Homens) devem ser considerados como
seus Guias ou Condutores. Um dos grandes Conselheiros de H. P. Blavatsky, de nome Kut-
Humi, ensinou: “O número dos que não possuem o menor vestígio de espiritualidade, é muito
maior do que se julga. A cada momento, nos acotovelamos nas ruas com seres dessa natureza,
isto é, verdadeiros autômatos de seus próprios atos e pensamentos contrários à Lei, por isso
mesmo condenados à segunda morte”.

O comportamento dos representantes da atual Humanidade, confirma as proféticas palavras


dos antigos sábios de antanho:

“A sorte está lançada!”

Aula nº 52 - O que é intuição? - Estudo I

No cotidiano, quando um indivíduo lança uma idéia luminosa, clara, correta, diz-se que é uma
ação do Sexto Sentido. O Sexto Sentido, segundo os ensinamentos do Excelso Senhor JHS, é
Intuição. O indivíduo alcançou o Plano Búdhico, o da divina inspiração.

QUE É INTUIÇÃO

INTUIÇÃO – Segundo o Dr. Antenor Nascentes: ato de ver; primeira vista; percepção clara e
pronta; pressentimento instintivo pelo qual se descobre o que é ou deve ser. Filosofia:
percepção clara, direta, imediata e espontânea da verdade, sem auxílio do raciocínio. Teosofia:
visão clara que os bem-aventurados têm de Deus; visão beatífica. (Do latim: intuitio onis =
igual a imagem).

Intuitio: ter intuição de alguma coisa, pressentir, deduzir ou concluir por intuição. (Neologismo
calcado no latim “intueri”: olhar, observar).
INTUIÇÃO (Glos. Teos.) Tem-se feito desta palavra um grande abuso e, com freqüência, se usa
de um modo incorreto em pedagogia. É o conhecimento superior, real e objetivo, por assim
dizer, uma espécie de visão direta com os olhos da alma, em virtude da qual se adquire por
experiência própria o conhecimento claro, íntimo e instantâneo de uma idéia ou verdade, sem
o auxílio da razão, como se se tratara de um objeto material colocado ante nossa vista. A
intuição corresponde às faculdades da mente superior e é infalível guia do vidente. Segundo
diz o Catecismo Budista de Olcott, a intuição é superior à razão para perceber a suprema
verdade; é um estado mental em que qualquer verdade desejada é instantaneamente
compreendida; pode alcançar-se quando alguém, mediante a prática da Jñana (Sabedoria),
chega ao seu quarto grau de desenvolvimento. Consoante diz Râma Prasâd, depois de alcançar
um estado de “paravairâgya” em que, graças à total ausência de desejos e paixões, o iogui
adquire a calma mais completa, se apresenta o poder chamado “samâpatti”, intuição, que é
aquele estado mental em que se faz possível receber a reflexão dos mundos subjetivo e
objetivo. A Intuição tem quatro graus:

As-vitarka (verbal)

Nir-vitarka (sem palavras)

Sa-vichâra (meditativa)

Nir-vichâra (ultrameditativa)

O estado de intuição tem-se comparado a um cristal brilhante, puro, transparente e incolor.

J.H.S. – Manifesta-se no homem, a lei ou força vital, tal como nos demais seres organizados,
principalmente o instinto, desde o seu nascimento. À medida, porém, que vai crescendo,
começa a perceber que em si existem duas personalidades distintas: uma como voz do instinto
e outra como voz da intuição, ou antes, da consciência, que é de fato o verdadeiro juiz que nos
impele a fazer o bem e nos condena, através do remorso, quando praticamos o mal. Desde
então, desenvolve-se em nós um fator a mais, que virá despertar os nossos sentimentos ou
paixões anímicas. Esse fator é a inteligência, mediante a qual observamos, analisamos,
discorremos, tiramos deduções, formando portanto, cada vez mais, a consciência que é,
finalmente, a conclusão de tudo isso.

Em maior ou menor escala, com mais ou menos perfeição, manifesta-se certa inteligência,
desde o mais sábio até o mais ignorante dos homens, senão no próprio selvagem, salvo
aqueles que, por defeitos constitutivos físicos, sejam privados de elementos para receber
sensações externas ou para transmitir as internas, tal como aqueles a quem chamamos
geralmente de “degenerados psíquicos e fisiológicos”.

Existe, porém, outro fator no homem que, não obstante ser de caráter psíquico, não foi ainda
estudado detidamente, como era dever: a Intuição. Que é a Intuição? Quem é capaz de a
definir? Entretanto ela existe, é uma realidade. Não se assemelha à inteligência porque esta
discorre, analisa e busca soluções para todos os problemas; informa a consciência abstrata,
dispõe princípios gerais. Para a inteligência chegar a sintetizar, vai do conhecido e por
argumentos tenta invadir o desconhecido. A inteligência não se contenta em observar o
puramente material; aventura-se ainda no terreno imaterial: o espiritual. Vai até esquadrinhar
o infinito, onde, como é natural, acontece perder-se em conjecturas. Nada disso é próprio da
Intuição.

A Intuição, tal como a compreendemos, tem algo do “instinto”, porém muito mais elevado; é
uma percepção espiritual que nos prepara e, naturalmente, sem percebermos a razão, faz-nos
agir “com conhecimento exato”, inspirado precisamente na “inspiração”, carecendo-se de tal
conhecimento. É uma simples inspiração que se assemelha exteriormente ao “instinto
sublimado”: ambos têm de comum o não serem a resultante da reflexão! A Intuição não se
limita apenas ao material, estende-se ao espiritual.

Que é a Fé, senão uma verdadeira intuição? Claro é que nem sempre com a Fé estejamos
certos. Por isso mesmo, tão pouco assegurei que a Intuição possa proporcionar idéia exata.

Nem sempre o homem se acha em condições de poder interpretá-la devidamente. Do mesmo


modo que nem sempre uma máquina obedece à intenção do maquinista. Não devemos
esquecer que o homem é um ser material, embora que em si habite uma alma que o anima e
um espírito que o guia para a sua verdadeira morada, que é o Divino.

A Fé é uma intuição; certo que para desenvolvê-la, contribui a força persuasiva do pregador.
Não criaria, porém, raízes, se não estivesse auxiliada pela intuição do indivíduo.

A Intuição é mais atrevida do que a própria inteligência. É algo assim como um farol que
orienta o rumo da inteligência e, por isso mesmo, foi a voz interna que guiou a todos os
descobridores, como Galileu, Newton, Colombo, Cabral e outros mais. Infelizmente seus
estudo é desprezado.

À medida que a inteligência humana se foi desenvolvendo, a Intuição passou por diversas
modificações, isto é, atrofiou-se o elemento pelo qual a mesma se manifestava: o chamado
terceiro olho. Olho existente na fronte ou olho pineal, “Ureus mágico” dos egípcios, etc. em
sentido evolucional, por isso mesmo inciático.

A inteligência de nossos primitivos antepassados era muito limitada, porém possuíam eles
faculdades complementares que, com o tempo, desapareceram, ou melhor, à medida que a
inteligência se foi fazendo mais lúcida, tais faculdades se tornavam desnecessárias. Entre
essas, como foi dito, possuíam prodigiosa intuição, que lhes fazia pressentir os contínuos
perigos, por isso mesmo, deles se afastando.

A vida do homem em sociedade, embora rudimentar, tornava-o mais forte, correndo menos
perigos sua existência. Juntando-se os efeitos da experiência de sucessivas gerações, tudo isso
contribui para que algumas de suas faculdades inatas se debilitassem. Tal ocorreu ao instinto e
à intuição. A inteligência, como se disse, progrediu cada vez mais, tornando desnecessárias as
impressões internas. Pode-se mesmo dizer que, em certo grau de inteligência, muitos
preferem hoje a argumentação em vez da inspiração, da qual desconfiam, justamente por ela
não explicar, mas limitar-se apenas a aconselhar. Esse costume de argumentar torna-se menos
apto para interpretar a palavra intuição. E isso, provavelmente, devido a não
compreendermos, porquanto, para a maioria, a intuição converteu-se em ridícula superstição
e absurdos prejuízos. As faculdades anímicas, para se manifestarem devidamente, requerem
condições especiais no indivíduo. O mesmo sucede com as faculdades corporais: nem todos
possuem as mesmas aptidões, nem tão pouco todas as almas as possuirão.

Pena é que a vida social, tal como se a pratica, continue retardando as principais de nossas
faculdades, propriamente ditas (que não devem ser chamadas de “psíquicas”, como a maioria
faz), que não são senão “tendências”, por serem frutos de experiências passadas, através de
várias encarnações.

Por isso mesmo a Intuição é um estado permanente nos Homens Perfeitos ou Adeptos,
enquanto esse mesmo estado, naqueles a quem chamamos de “sábios”, “gênios”, “jinas”, etc.
por suas obras de valor para o mundo, se manifeste em determinados momentos. Daí o dizer-
se, por exemplo: fulano estava inspirado (ou intuído) quando escreveu tal coisa.

O que importa dizer que a intuição, em tais indivíduos, só tem razão de ser quando seu
mental, além de bastante desenvolvido, deseja realizar esta ou aquela coisa (por isso mesmo
precedida de “meditação” que é o único meio do Eu-Interior ou “alma” se unir ao Eu-Superior
ou Espírito).

Em resumo, o que se pode chamar a tais momentos (não permanentes) de “adaptabilidade


mental”, para receber um estado de consciência imediatamente superior ao que ora
desenvolve a Humanidade, aquilo que ele só não pode resolver. Foi, pois, o que aconteceu
com Newton, Franklin, Galileu, Pasteur, Colombo, Cabral, e quantos outros são tidos como
sábios, gênios, etc. para os homens vulgares.

Mui longe está de ser verdade aquilo que julgamos como tal, para não dizer, todo esse nosso
saber insignificante, de que nos orgulhamos a cada momento, ou nos revoltamos, vaidosos e
até coléricos, quando alguém ousa retrucar-nos!

A Intuição, se fosse possível interpretá-la, como de fato ela o exige, abrir-nos-ia o caminho
para novas e rápidas descobertas. Creio, entretanto, que mui longe se acha o dia do homem
estudar detidamente o que venha a ser intuição. E isso devido ao desconsolador materialismo
que, por desgraça, predomina ainda na Terra. E agora, talvez, mais do que nunca.

A Intuição, consoante a Eubiose, corresponde ao equilíbrio dos três elementos essenciais da


personalidade humana, denominados por estes termos: Supra-Vontade, Supra-Inteligência e
Supra-Emoção. São três Princípios mas, na realidade, um só e verdadeiro: o Ser Humano
Integral...

Glória à Intuição !!!


Aula nº 53 - A Esfinge filosófica como alegoria do Ser Humano

O Ser Humano é, realmente, uma esfinge que sempre se acha buscando a sua origem e isto
porque vive numa esfera limitada e envolto por um ambiente de maldade, egoísmo, ganância,
concorrência... Mantendo uma permanente idéia de destruição é, com efeito, um destruidor
permanente.... Tem medo de indagar a sua origem.

Quem somos, é a primeira pergunta de uma esfinge filosófica, pergunta a que


categoricamente respondemos que não somos, senão uma chispa divina, abstrata,
incognoscível e sem nome, que vai passando por muitos estados de consciência. E em cada um
de tais estados, em meio de infinita transformação que a eles caracteriza, tem algo de
essencial e pensamento real, reflexo daquela latente divindade interior: penso, logo sou! Daí
se pensar: Man é pensamento e homem...

Todo o devenir, todo o futuro evolutivo se vai traduzindo no estado da Mônada consciente
que o toma primeiro como a outras tantas realidades, disputando-as, delegando como ilusões
de ascender à consciência superior, novo estado, do qual mais tarde acaba por carecer, à
maneira da evolução física da criança, que vai trocando por tantas outras realidades ulteriores,
primeiro claustro materno, logo o peito que a amamenta, depois os jogos infantis, as paixões
da juventude, os anelos da virilidade, a família, os ideais terrenos, super-terrenos, etc, etc.
Trajes diversos com que se vai revestindo e logo abandonando, nossa consciência psicológica,
como na vida social vamos trocando o traje usado por um novo, guardando-o como relíquia,
ao passar a estação de inverno para verão.

Conscientes deste propósito, lembramos aquela parábola hindú, do discípulo que fez ao seu
mestre uma pergunta análoga a que nos ocupamos. “Tu és ele”, respondeu ambiguamente o
mestre. Então o discípulo pensou primeiro que ele era seu corpo físico, mas como o vira
caminhando, disse a si mesmo que o que muda não podia ser ele, mas a sua física veste e
acreditou logo que ele era emoção, mas viu a si mesmo mais rápido que as emoções;
remontou depois à ordem das idéias e viu a mudança também, até que enfim chegou à mesma
conclusão nossa, de que somos senão estado de consciência de um algo abstrato e
inconcebível, que nos permite identificar-nos, mesmo através dos mais variados estados
evolutivos.

Os exemplos matemáticos nisto, como em tudo, são os mais expressivos. À medida, com
efeito, que se vão manifestando as unidades de um sistema qualquer, começa a puslar e a
manifestar-se o conceito abstrato das dezenas, que as une, como a medida que marca a roda
dos segundos de um relógio, começa a interessar-se na marca também dos minutos,
enlaçando-se com aquela... Vamos, assim, passando às dezenas e manifestando as centenas,
os milhares, etc, etc, .... como a roda dos minutos empurra a das horas e as horas, sem
interrogações, formam os dias, meses, anos, lustres e séculos... porque, a bem dizer, na
numeração como na Natureza, toda numeração é medida pela ininterrupta sucessão de
unidades ou “estados de consciência”.

O Ser humano é, realmente, uma esfinge que sempre se acha indagando a sua origem, a razão
de estar vivendo nesta esfera de tantas confusões, tanta concorrência, sem medir valores.

Caberá, se se perguntar ante o indefinido de tais seriações, qual tem sido a primeira ou a mais
infíma unidade e qual será a última, porém a tamanha interrogação, cabe responder como os
brâmanes, porque nós não conhecemos senão a zona média das coisas e o princípio e o fim
delas sempre escaparão à zona raciocinadora, de vez que, não como diria Schopenhauer, é a
nossa intuição mística que sente, sempre, esse “NADA-TUDO” inefável, do qual tudo emana e
ao qual tudo volve. Semelhante à quarta dimensão do serial metabolismo de nossa vida e
nossa consciência, resume, como a noção de tempo, quando podemos conhecer acerca
daquela pergunta, dizendo: “Somos, em cada momento, uma consciência manifestada; somos,
em todos os momentos, uma consciência sublimada que reconhece a si mesma como distinta
dos mundos ou ‘planos’, nos quais sucessivamente se manifestou, planos que foram sua
realidade transitória ou ‘mayávica’, embora que a consciência esteja ao nível deles, porém
que, resultarão ao fim e ante seus olhos, pura ilusão ou ‘maya’. Assim ascendemos
evolutivamente aos planos ou mundos superiores”.

A Língua Latina, tão rica na ideologia filosófica do povo que a criou, tem duas palavras para
expressar os respectivos conceitos daquilo que em nós não altera e desse outro que está
sempre alterado. O primeiro se designa com a palavra “individuus, individuum” que, em grego
quer dizer: “o que é essencial e em tal conceito não pode ser separado” ou como se
disséssemos, “duo in divi”, a Divindade-Par, manifestada e imanifestada; manifestada em sua
consciência atual de cada caso e, todavia, “por manifestar” na consciência superior ou ulterior,
na qual terá de revelar-se depois... O segundo, o eu ilusório que sempre altera, está expresso,
por sua vez, pela palavra “persona, persone, máscara”, como aquela que os histriões
representavam o homem elementar, bestial, etc. nas festas Dionisíacas. É, por assim dizer, o
eu transitório e ilusório ou a veste que recobre a individualidade verdadeira ao longo de suas
múltiplas manifestações nos mundos... ...

Nós ocidentais, mercê a nosso inato personalismo, concebemos muito mal estes estados
superiores da consciência e que são outros tantos estados ‘místicos’ para os que os
precederam e outras tantas ‘ilusões’ para os que os seguem.

A dor, o trabalho, a luta e quantas outras situações de doença física ou psíquica fazem descer
nossa consciência até os mundos inferiores, à maneira como as digestões penosas durante a
noite levam-nos, nesses horrendos estados de consciência, em sonhos aos quais chamamos
“pesadelos”. Os estados hígidos ou de saúde de nosso corpo, em alteração, se caracterizam
com cada órgão operando suas funções respectivas, como se a consciência pessoal de cada um
deles transcendesse a consciência física superior do organismo inteiro. Porém, quando nossa
imaginação ou faculdade emocional entra em função – em um espetáculo teatral, por
exemplo, que nos absorve por completo – a mesma consciência de nosso corpo físico
desaparece, dando-nos, como vulgarmente se diz, os melhores ou piores arroubos de nossa
vida. Um grau ou mais acima deste último estado, fala-se nos chamados ‘estados místicos’ ou
‘apocalípticos’. Por isso mesmo se diz que não foram experimentados pelo mesmo Plotino,
senão por três ou quatro vezes em sua vida.

As outras perguntas da Esfinge: “De onde viemos e para onde vamos?” se reduzem, em
verdade, a uma só, dada a lei cíclica ou cíclico espiral que viemos evidenciando em todos os
fenômenos da Natureza, lei em parte alguma mais patentizada do que nas órbitas dos astros,
que permite a reprodução dos fenômenos na metade ascendente e na metade descendente,
ramas da grande “parábola da vida”, de perfeita simetria entre si, com as suas sístoles e
diástoles respectivas ou estados “radiante” e “latente”, em tudo quanto nos rodeia. Dizemos
“parábola da vida”, aliás com impropriedade geométrica, porque nossa Mônada ou
“consciência superior”, em cada ciclo de encarnação e desencarnação, descreve, melhor dito,
uma “elipse” em torno do Sol e do “Espírito do Sol”. Esta, sim, é que é a base da verdadeira
astrologia.

Com efeito, dada a Lei universal da harmonia, tudo quanto acontece aos seres terrestres deve
estar regido pela lei astronômica-biológica da Terra mesma em que habitam, é o mesmo que
dizer que ditos seres têm de ter, como o Planeta, seu periélio e seu afélio psíquicos. A
passagem daquela Mônada do periélio ao afélio, se chama em ocultismo “encarnação ou
queda”, e o retorno cíclico do afélio ao periélio, “desencarnação, retorno ou ressurreição” à
celeste morada solar, donde saíra. Se o Sol ou seu “Espírito” é o “Deus do sistema planetário”,
a célebre sentença semipanteísta de Santo Agostinho de “para Ti nos criaste, Senhor, e nosso
coração está inquieto até que em Ti descanse”, não é senão a mística revelação deste
movimento de afastamento e aproximação, verdadeiro verão e inverno, de certo modo, de
nossos planetários ou astrais, vivendo como seres manifestados.

Mercúrio e Hermés são o mesmo Deus da Sabedoria Solar. São os Senhores da eloqüência
universal. Consoante o Dr. Roso de Luna, Hermés é o Patrono do Homem.

“Hermés”, “Her-man” ou “o Senhor do Homem”, como um dos sobrenomes de Mercúrio, ou


seja, a Mônada Humana, que é misticamente o Sol, “Budhi”, nome sânscrito de Mercúrio que
representa, por sua vez, o Sexto Princípio inseparável do Sétimo, ou a esfera ou órbita do dito
Planeta, até onde tem o periélio, como foi indicado, a Mônada Humana, em cada ciclo de
encarnação.

Pelo que se nos afigura, compreendemos: a Lei de Reencarnação e Karma é muito eficiente na
evolução espiritual do Ser Humano. Para um candidato à Iniciação, torna-se necessário
concebê-la, realmente. Quem a levar a sério, tem a possibilidade de se preparar numa vida
presente à futura ou imediata encarnação. É uma lei evolucional, tanto assim que
encontramos referência à ela em todas as doutrinas que firmaram a Idéia, a Palavra dos
Avataras. Por exemplo, no Egito milenar, há o símbolo sagrado ou uma chave de conhecimento
que desafia a humana inteligência: a Esfinge, que se acha na entrada do Vale dos Deuses.
Atribuem a ela os 4 Elementos que levam o Ser Humano a se identificar com a sua origem
universal, que são as 4 palavras-chaves: Saber – Ousar – Querer – Calar.”

Essas 4 palavras sagradas têm sua correspondência nas que formam o Tetragramatom
Sagrado: Iod – Hé – Vau – Heth. No Ocidente há as 4 letras enigmáticas, I N R I, que são
consideradas como iniciais dos nomes: Jesus Nazarenus Rex Judeorum.
Gautama, o Buda, ofereceu à Humanidade as 4 Verdades, com os títulos de: “Brahmá é tudo;
Iswara; Jivatmã e, a Roda dos Nascimentos e Mortes”. A Roda dos Nascimentos e Mortes tem
o mesmo sentido da Lei de Karma e Reencarnação, segundo a Ciência das Idades.

A evolução do Ser Humano tem sua base em aprimorar, sutilizar os 4 Princípios básicos: Físico,
Vital, Emocional e Mental. Sim, mantê-los harmônicos e equilibrados, formando um todo.

Aula nº 54 - Indivíduo e Personalidade

Na monografia IVR de nº 54 há a referência do Dr. Mario Roso de Luna aos termos “individuo,
individuum” e “personalidade”, no trecho reproduzido a seguir: “A Língua Latina, tão rica na
ideologia filosófica do povo que a criou, tem duas palavras para expressar os respectivos
conceitos daquilo que em nós não altera e desse outro que está sempre alterado. O primeiro
se designa com a palavra “individuus, individua, individuum” que, em grego quer dizer: “o que
é essencial e em tal conceito não pode ser separado” ou como se disséssemos, “duo in divi”, a
Divindade-Par, manifestada e imanifestada; manifestada em sua consciência atual de cada
caso e, todavia, “por manifestar” na consciência superior ou ulterior, na qual terá de revelar-se
depois... O segundo, o eu ilusório que sempre altera, está expresso, por sua vez, pela palavra
“persona, persone, máscara”, como aquela que os histriões representavam o homem
elementar, bestial, etc. nas festas Dionísiacas. É por assim dizer, o eu transitório e ilusório ou a
veste que recobre a individualidade verdadeira ao longo de suas múltiplas manifestações nos
mundos....”

Pelo que compreendemos deste trecho, escrevemos o que se segue:

INDIVIDUO, INDIVIDUA, INDIVIDUUM – o que não se divide, não se desintegra; é o que se


poderia chamar de Individualidade, segundo o conceito da Ciência das Idades; é o que nesta
Ciência seria a “Chispa Divina”, a “Mônada”, ou sejam os Princípios: Mental Abstrato, Budhi e
Atmã ou o Princípio Crístico no Ser Humano... Usando a Chave Geométrica dos Conhecimentos
Iniciáticos, representamos o Ser Iluminado, Realizado, tendo esses Princípios como sendo o
Deus Interior, por um retângulo com um triângulo no centro: Isto quer dizer que o Deus
Interior, projeta-se, vibra no interior, no coração do Ser Humano, refletindo-se imediatamente
no cérebro, na cabeça.

_A personalidade, a alma humana é representada pelo retângulo, ou seja, constituída pelos


Princípios: Físico, Vital, Emocional ou Astral, e Mental Concreto. No Ser Humano comum é
expresso pela Chave Geométrica: um retângulo encimado por um triângulo, tal como fora
explicado, o que significa que o EU superior está vibrando fora e não dentro do Ser.
O processo de Iniciação Real consiste em permitir ao discípulo transferir este triângulo para
dentro do retângulo. No caso, a personalidade fica envolvendo o EU, tal como acontece no
teatro: a máscara é o ator e o rosto, o autor.

Para o Ser Humano comum, o conceito de Deus é limitado, é do mental concreto, pois concebe
Deus, a Divindade, como se estivesse fora, acima do Globo Terrestre, no sentido de um plano
acima de outro, tal como acontece com as prateleiras. Não O concebe no essencial, Vida,
Natureza... Para os verdadeiros Iluminados, Deus está vibrando no interior do Globo Terrestre.
Por exemplo: se o coração do Ser Humano, como órgão principal da vida, está localizado
internamente, como uma defesa à vida, é natural que se pense que Deus, o maior elemento
gerador da vida, do espírito, esteja localizado no interior da Terra.

Consoante a Ciência das Idades e o Excelso Senhor JHS, o que reencarna é a personalidade
formada pelos Princípios já citados (expressa pelo retângulo). A personalidade é o sustentáculo
físico da individualidade, como se a primeira fosse o cérebro e a segunda a idéia.

A individualidade, o indivíduo, indivídua, individuum, ou seja, o que não se divide, o que não é
divisível, é o poder que projeta algo para dar movimento à vida; o Ser e a personalidade é algo
como se fora a indumentária revestindo o corpo de um indivíduo já realizado, iluminado. A
personalidade é algo como se fora a parte intermediária entre o corpo e o espírito, a
consciência superior. No Ser perfeito, a personalidade é o elemento de ligação entre o
Humano Ser e o Espírito. Daí o verdadeiro sentido de religião, ou seja, o ato de re-ligar o
Homem ao Universo, a Deus, etc.

Quando se morre, consoante a linguagem dos homens vulgares, o corpo físico fica inanimado
e, portanto, se desliga dos demais Princípios (Vital, Emocional e Mental Concreto)... Mas o
desligamento entre o Corpo Físico e o Vital é demorado. Quando o Ser Humano se acha no
estado moribundo, o duplo se projeta para fora do corpo, como uma árvore saindo de um
vaso. Quando o corpo se desfaz na tumba, o Vital continua mas, com o tempo, se desfaz
também. Permanecem unidos os Corpos ou Princípios Emocional e Mental Concreto (Kama-
Manas)... Esses corpos unidos permanecem no espaço, no astral, até conquistarem o poder, a
força para se reencarnar. Mas o ciclo reencarnacionista não é de modo arbitrário; obedece a
uma Lei Justa e Perfeita. Há uma Hierarquia encarregada deste valoroso mistério, denominada
de Lipikas... ... Conforme o impulso das experiências, escandas ou nidhanas (termos da
Filosofia oriental), a alma será atraída para uma família a que é afim. Com a nova encarnação,
com novo corpo físico, já com mente livre com o arbítrio, o elemento humano em evolução
fará nova tentativa para alçar vôo a um plano, a um sistema de vida mais elevado e com menor
sofrimento. Com o aprimoramento do físico ou do Ser Humano (dos 3 Corpos: Corpo, Alma e
Espírito), terá maior possibilidade de se identificar com Deus, com a Consciência superior.

Quando um médium acopla a sua alma ou corpo emocional à do elemento desencarnado,


sente o que ela está sentindo e então usa a sua linguagem: “está pedindo missa (se é
católico)”, “está solicitando que se acenda uma vela para ele”, etc.

Se houve suicídio ou morreu num acidente, fica com as últimas impressões, durante algum
tempo, até que pelo auto-julgamento perca as impressões dos últimos instantes da vida no
mundo dos homens, quando possuía o corpo físico.
Há uma Hierarquia Criadora encarregada de cuidar da evolução dos seres, antes de
conseguirem a imortalidade dos 3 Corpos citados (Corpo, Alma e Espírito). As almas, as
personalidades que trabalham pelo próximo, sem segundo interesse, trabalho realizado
espontaneamente, são atraídas para um Plano que na Ciência das Idades se denomina de
DEVAKAN. Nesse caso, o elemento humano ou a alma já se acha sob a responsabilidade de um
dos Membros da Hierarquia dos Lipikas ou Escribas...

Para se conduzir uma alma para um plano superior, necessário se torna conhecer as leis desse
plano, a fim de saber se tal alma merece ou tem condições de nele permanecer.

Com o intuito de esclarecer o sentido do nome Devakan, usado neste estudo para podermos
posicionar o plano onde se localizam as almas puras que se elevaram na vereda da vida,
através da prática do que denomina de Bem, que trabalharam para outros sem idéia de
recompensa; almas que evoluíram pelo processo da santidade, bondade e destituídas de
egoísmo, etc, analisamos o significado do termo:

DEVAKAN ou Devachan – sânscrito – Tem o significado de Morada dos Deuses. É um estado


intermediário entre duas vidas terrestres, no qual o Ego (a Chispa Divina) permanece em
perfeita beatitude, a fim de assimilar a experiência de quando viveu com o corpo físico, a fim
de se projetar num novo ciclo de vida ou encarnação. É, pois, um plano de repouso, que se
acha no espaço entre a separação do Mental Concreto e dos princípios interiores, depois da
morte do corpo físico na terra. É a parte superior do Plano Astral, especificamente para isolar a
alma já trabalhada pelos Mestres de Sabedoria. Esse Plano do Devakan tem a finalidade de
manter a alma sem sofrimento, isolando-a de todo o elemento do mal. Fica sob a proteção, a
responsabilidade de elevadas Inteligências universais, que presidem a evolução espiritual do
Ser Humano....

Devaka tem como equivalência o termo Devasthan.

DEVASTHAN quer dizer: residência dos Deuses...

Além desses há o de Svarga, dos hindús; Sukhâvati, dos budistas e Céu, dos católicos. Sim, é o
Plano da eterna bem-aventurança... E... também, sub-plano do Segundo Logos.

Este termo DEVAKHAN está em perfeita sintonia com o de DEVAKI. Devaki foi a Mãe de
Krishna. É um dos muitos nomes que atribuem à Mãe Divina, ao Poder Plasmador Universal.
Assim como no Ocidente há o culto à Virgem Maria, no Oriente há o culto à Devaki.

Usando a Lei da Analogia, poder-se-ia dizer: a vida humana durante o dia, sob a luz dos raios
solares, seria um período de encarnação, com o corpo físico em vigília constante... e o período
de desencarnação ou morte, com a vida durante a noite... ...

Para melhor esclarecimento desse assunto, transcrevemos as primeiras palavras do Salmo de


David, número 18:

“ Os céus publicam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos;

Um dia profere palavras a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite;
Não há fala nem palavras, não se lhes ouve a voz, mas o seu som extende-se por toda a
Terra e as suas palavras vão até os confins do mundo;

No Sol pôs o seu tabernáculo e ele como o esposo que sai do tálamo, deu saltos como
gigante para percorrer o caminho;

E a sua saída é desde uma extremidade do céu e o seu circuito até a outra extremidade
e nada há que ao seu calor se esconda...”

... ... ...

Para a Ciência antiga e abstrata, o Deus que orienta os mortos é denominado de YAMA... um
dos 4 Poderes que coordenam a evolução das almas.

Para os iniciados, para os discípulo preparados para certas missões, o processo de salvamento
(das almas já no Caminho) é bem diferente. Esse processo está muito bem esclarecido no Livro
do Dr. Roso de Luna, “O Livro que mata a Morte”.

Sócrates e depois Roso de Luna, sempre diziam: “Eu vivo para aprender a morrer !”

Aula nº 55 - Iniciação Real

A Iniciação Real exige esforço próprio e está orientada pelas augustas palavras do Avatara:
“Transformação, Superação e Metástase Avatárica”.

TRANSFORMAÇÃO – dividimos este termo em três partes: Trans, forma e ação.

Trans, Tras – passar além de três, tra.

Forma – é a forma constituída do quaternário, o corpo físico formado pelos princípios já


conhecidos: Físico, Vital, Emocional e Mental Concreto, ilusório.

Ação – é movimento, atividade. O esforço humano, tendo em vista alcançar a


evolução além dos três elementos essenciais à vida material.

A Transformação (no conjunto “Transformação, Superação e Metástase”, Meta além do


Êxtase) está indicando que se trata da Personalidade. Com efeito, na Inciação o primeiro
movimento, o primeiro passo a ser dado é modificar, transformar a Personalidade, sem o que
não se alcançará a Superação. Para melhor esclarecimento do assunto, evocamos o exemplo
da árvore: se a árvore se acha eivada de galhos secos, podres, ela tem que alimentá-los com
prejuízo dos galhos bons, os quais não terão vitalidade perfeita para uma ótima safra. Então, o
agricultor ou o senhor da árvore adota a prática da poda, eliminando dela os galhos secos,
podres, para os frutos tornarem-se fartos e sazonados. Ora, o discípulo, o indivíduo eliminando
da sua personalidade as tendências negativas ou, segundo a Filosofia Oriental, as nidhânas,
através do processo da terapia transcendental, torna-se perfeitamente ajustado em todas as
dimensões, logo, alcançando a Superação, a Suprema Ação. Entrou na atividade universal.
Passou a agir plenamente com a Emoção Divina e a Auto-Emoção. Este é o comportamento de
um ser superior. Por isso dizem que alcançou o Nirvana. Nirvana é um estado de ser que se diz
“sem resto”, isto é, sem apego às coisas materiais, aos hábitos da Face da Terra.

Por isso se diz na Iniciação Real: “Transformar as tendências negativas em positivas; as


nidhânas em escandas.”

O que afirmamos está de acordo com o que um grande Mestre da Humanidade ofereceu a ela,
em forma de ensinamento da Iniciação Real:

“A Evolução Universal consiste numa eterna transformação de energia: o Espírito se


transforma em Matéria e esta se sutiliza, transformando-se em Espírito”.

A idéia condensa-se em palavras e estas se transformam em abstração. Isto nos leva a pensar:
todo objeto físico tem sua contraparte num plano mais abstrato ou numa dimensão mais
elevada. Baseado nesses princípios, Eródoto foi feliz em afirmar que “as pirâmides foram
contruídas do vértice para a base, isto é, primeiro veio a idéia (foram construídas em projeto),
depois veio a construção física, objetiva.

Na Iniciação surgem, em primeiro lugar, as idéias e a seguir o planejamento para ordená-las;


em terceiro lugar a transformação das idéias, na construção objetiva, material. Daí o
provérbio: “De hora em hora, Deus melhora”, sim, a construção ou criação dos universos, pois
os do futuro tendem a ser construídos com mais perfeição.

Um dos preceitos evolucionais dos Sete Sábios gregos e que foi repetido por vários filósofos
em diferentes épocas, diz o seguinte: “O Ser Humano deve procurar aprender a morrer”. Sim,
deve levar a sua vida aprendendo a morrer, isto é, preparando-se, positivamente, para poder
encarnar num estágio mais elevado, portanto mais próximo da Divindade ou da Metástase
Avatárica, pois a nossa encarnação futura depende dos atos positivos ou negativos da presente
vida.

Um remador, numa disputa, dá o máximo impulso no seu barco, mas quando arvora os remos,
para de remar, o barco continua em movimento até terminar totalmente o impulso. O mesmo
acontece com o Ser Humano: o impulso de uma encarnação deixa-o no Plano Astral até que
termine o potencial das experiências adquiridas e quando elas terminam o impulso, volta a
encarnar.

Na Iniciação Real há dois preceitos admiráveis que dão impulso na personalidade do discípulo
para que abandone a vida inerte e entre na atividade da evolução espiritual, ou seja, na Idéia
da Unidade, “Um por Todos e Todos por Um”. Esses dois preceitos estão representados pela
palavras Revolução e Evolução. A diferença entre a primeira e a segunda é apenas a letra “R”,
inicial de Revolução.
R – esta letra é uma chave de conhecimentos inciáticos. Expressa alguém que está andando,
movimentando-se. É inicial do nome REI, o que consideramos como sendo O REI andando,
movimentando-se.

Em primeiro lugar há a ação de revolução no seu bom sentido, a fim de promover a


Transformação, para se alcançar a Evolução. Num plano mais alto há o termo Revelação, ou
seja, o ato de velar duplamente os aspectos da Verdade, para que não sejam “interpretados”
erradamente, desgastando-os.

Revelação – Teologia: ato pelo qual Deus fez saber aos homens seus mistérios, sua vontade ao
princípio do momento da Criação, etc.

Revelação – para a Iniciação Real é o ato pelo qual os Avataras apresentam aos homens, aos
seres humanos, algo do vir-a-ser, do futuro, de algo a ser realizado objetivamente. Por
exemplo: há a ação, a missão de Buda, que fez seu Trabalho apresentando ao mundo as suas 4
grandes Verdades. Depois que deixou o mundo dos homens, suas doutrinas se transformaram
num sistema religioso, mas não num sistema que leve o homem a se religar à sua Consciência
Divina.

O Ser Humano quando deixa fenecer a sua Centelha Divina, vai perdendo progressivamente a
sua personalidade, deixa de ser o que se acha expresso na afirmação iniciática: “Eu sou Ele
(Deus) e Ele está em mim”. Sim, com a ação deste fenecimento, o homem torna-se inseguro e
se transforma num eterno pedinte. Pede tudo a Deus, à Divindade, entretanto, se Deus
necessitar da sua vida, negará.

O admirável Rei David, atendendo os anseios da Humanidade, ofereceu os 150 Salmos, os


quais constituem um imenso apoio aos seres humanos, em vários sentidos e abrangem
diversos setores humanos da vida. O efeito dos Salmos de David é tão real que as próprias
religiões correntes os adotam, embora deturpando-os.

Fechamos nosso estudo, com estas estrofes dos “Versos Áureos” de Pitágoras:

“O Homem vive e morre a procurar um bem,

Sem nunca reparar nos bens que em si contém.

Quem não souber ser bom não sabe ser feliz,

É náufrago num mar de praias sempre hostis;

E entre o fraguedo atroz que a riba lhe apresenta,

Não pode resistir nem ceder à tormenta.

Porque não descobriu que transporta consigo

Um farol prá o guiar a salvamento e abrigo.

Por entre os vendavais dessa jornada ignota,


Tem cada qual de abrir a sua própria rota.

Uma estirpe divina impõe à Humanidade

Buscar no mar do erro o porta da Verdade;

A Natureza ajuda o Homem no caminho,

Nunca o desamparou, nunca o deixou sozinho.

Homem sábio, homem bom, tu que já penetraste

Os mistérios da vida e mediste o contraste

Entre o Bem e o Mal, concentra-te um momento

E medita que Deus, ao dar-te o Pensamento

E muitos outros dons que refletem os Seus,

Fez-te um Ser Imortal, porque és tu próprio um deus”.

Aula nº 56 - Avatara em ação

Já dissertamos, muitíssimo, em nossos estudos, sobre o tema “Avataras com seus mistérios”.
Agora, porém, pensamos em tratar do maravilhoso assunto de modo mais objetivo.

Os ários primitivos ensinaram que a Raça da qual fazemos parte teve seu início com o Avatara
sob o Signo de Áries, o qual começa a vibrar no dia 21 de março, dia do ano astrológico. Os
demais Avataras manifestaram-se sob as vibrações dos demais Signos: Taurus, Gemini, Câncer,
Leo, Virgo, Libra, Scorpio, Sagitario, Capricornio, Aquarius e Piscis.

Os eminentes cabalistas estabelecem o relacionamento: mês de fevereiro é o mês dois do ano


civil e, por coincidência, nele vibram os 2 Signos: Aquarius e Piscis. O Grande Senhor JHS
sempre fez referência aos dois Avataras que se acham agindo sob a regência dos Signos
Aquarius e Piscis e, respectivamente, sob os Planetas Saturno e Júpiter.

As tradições transimalaianas falam em AVALOKITESVARA.

AVALOKITESVARA – sânscrito – “É o Senhor que mira”. Na interpretação vulgarizada, tem o


nome de PADMAPANI, “o portador do Lotus e Filho do Loto”; na Filosofia dos Iniciados,
AVALOKI – o Mirador, o que mira o mundo manifestado – é o Eu Superior, o Espírito Divino no
homem, enquanto que PADMAPANI é o Ego Superior ou Manas.
Como tema de ligação, há a forma mística: “Om Mani Padme Hum”.

Segundo a visão popular, Avalokitesvara possui numerosas encarnações na Terra, enquanto


que a interpretação dos Iniciados vê Nele alegoria do Logos, tanto celestial como humano.

Padma é Pai e Mani é Mãe, o que se denomina na Iniciação Real de Pai e Mãe Cósmicos;
Adam-Kadmom e Adam-Heve.

Dentro da Filosofia do Senhor JHS, no mês de fevereiro comemora-se o Natal dos dois
Miradores, através dos quais a Lei, ou melhor, o Eterno lança sua Benção para o mundo
humano. E... todos aqueles que se acham afins com esse evento, são beneficiados. É algo
semelhante à tradição de 25 de dezembro, apenas não deve ser festejado com comes e bebes,
pois trata-se de uma época em que se deve usar a cabeça e não o estômago, apenas. Nos
ciclos futuros, talvez no próximo século, os dias 10 e 24 de fevereiro serão recebidos com
tanto esplendor quanto os dias de Natal e Ano Bom, atualmente.

A água é alegoria da Vida Universal, da Vida Eterna. Por isso as águas oceânicas são
trepidantes, representando a vida em permanente atividade. Narayana, hindú; Virgem Maria,
em português, são Patronas das águas. Nas iniciações tem o nome de APAS ou A Permanente
Água da Sabedoria.

Na qualidade de seres humanos, habitando a Face da Terra, desejando sentir no seu interior,
no seu coração, o potencial, a grandeza da Benção do Avatara em 24/02/1988, basta pensar
nas conselheiras palavras de um Livro Sagrado:

“Laves teu coração nas Águas do Oceano Tranqüilo; cerres teus olhos; tapes teus ouvidos e
narinas, sem esquecer que tua boca deve estar calada e olhes para dentro de ti. Penses nas
grandes Almas dos Divinos Avataras que já existem nos Planos Superiores. Com isso, seus
olhares se confundirão com o teu. E assim, as trevas do teu interior se iluminarão...”.

Ocupamo-nos nesta monografia, até agora, com o sentido transcendentalíssimo do elemento


água, APAS. Apas é o elemento universal ligado ao Signo de Aquarius, sob a regência do
Planeta Saturno. Reverenciamos com isso, o grande Deus Netuno. Como complementação do
assunto, pensamos agora nos valores, também sagrados, do Fogo Universal. Esse diviníssimo
Fogo, no Ocidente e para os Iniciados, é denominado de Pentecoste. Segundo os gregos era
exaltado como sendo o Pentalfa ou a Estrela Flamejante, isso porque o Ser Humano, de pernas
e braços abertos, forma essa sagrada Chave Geométrica. Que é Pentecoste? Para esclarecer
seu sentido, segundo a História do Espiritualismo, transcrevemos aqui um esclarecimento do
Senhor JHS aos seus discípulos.

PENTECOSTE – grego – quer dizer “Quinquagésima”. É a festa que celebra a Igreja Romana,
cinquenta dias depois da Páscoa da Ressurreição, porque no referido dia – segundo se lê em
ata (feitos) Cap.II – “o Espírito Santo desceu em forma de Línguas de Fogo sobre os Apóstolos,
que logo começaram a falar em diversas línguas”, ou seja, o mesmo fenômeno do despertar de
“Kundalini”, que faz do discípulo um Adepto, um Iluminado ou Homem Perfeito, justamente
por ser envolvido na Mente Universal. Pentecostes também era celebrada pelos judeus, com
grande pompa, cinquenta dias depois da “PÁSCOA DO CORDEIRO”, em memória da LEI, ou dos
Mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai, “cinquenta dias depois de ter Ele deixado o
Egito”. Razão porque também a denominaram de “FESTAS DAS PRIMÍCIAS”, porque, no
referido dia, os israelitas levaram ao Templo as primícias dos frutos de seus campos”.

Tudo isso nos obriga a falar também do termo SOLSTÍCIO, porém, desta vez servindo-nos das
palavras do erudito sanscritista Emile Burnodf:

“O culto cristão obedece à marcha do Sol e da Lua. O nascimento de Cristo coincide com o
Solstício de Inverno; a Páscoa segue de perto ao Equinócio da Primavera. No Solstício de Verão
é celebrada a Festa do PRECURSOR (o Arauto, Jokanan ou Yokanan, etc.), quando se acendem
as “Fogueiras de São João” (na mitologia grega, também se acendem os “Fachos do Deus
YACCHO”). As demais festas são distribuídas, metodicamente, pelas outras partes do ano,
seguindo uma ordem comparável à das “Cerimônias Védicas”. Deve-se notar, acrescenta o
referido autor, que o Solstício de Inverno ocorre 4 dias antes da Natividade e, o do Verão, 4
dias antes da Festa de São João. O dia da Páscoa é regulado pelo Equinócio, embora tenha
lugar num domingo, ou seja, o que se segue ao plenilúnio, depois do Equinócio da Primavera”.

Pelo que se vê, pouco importando os nomes dos Santos, seja do que for, tais festas são
antiquíssimas, pois que sempre coincidiram com os Solstícios, porém, sendo de cinqüenta
segundos por ano a precessão dos equinócios, 4 dias correspondem a, aproximadamente, sete
mil anos (porém os 4 dias podem não ser completos).

Em resumo, se tudo no Universo obedece a LEIS, por sua vez regidas por uma Força Única, é
lógico supor que as próprias manifestações da Divindade (Avataras, etc.) também estejam
sujeitas a essas mesmas LEIS... e assim, o que é cósmico seja obrigado a tomar forma humana,
na razão do “Verbo se fazer Carne e o Filho se fazer LUZ”...

Glória a todos os que reverenciam os Nomes dos Avataras !

Aula nº: 57 - Importância do mês de março e Signos do Zodíaco

O Dr. Mario Roso de Luna ensinou ao mundo algo que encerra muita verdade. Ele escreveu:
“Os astros inclinam mas não obrigam”. Isto nos faz concluir que a influência dos astros sobre o
comportamento humano é muito maior do que se possa imaginar. Mas essa influência
depende do “livre-arbítrio” de cada indivíduo. É o Ser Humano que elege seu destino: bom ou
mau, ótimo ou ruim.

Pensando em termo astrológicos ou recorrendo à preciosa Chave Astrológica dos


Conhecimentos Iniciáticos, concluímos que a Manifestação da Divindade Suprema, Deus,
Brahma, etc., processa-se obedecendo à ação, à influência dos astros.
A Astrologia antiga orientou-se sob a força e o poder dos astros. Como reflexo da Lei dos
Astros e, entendendo a Chave Astrológica, compreendemos que todo o indivíduo e também os
grandes e pequenos avataras nascem sob a regência de um astro. Por isso é comum, quando
alguém quer algo importante, de elevado, olhar para o céu, a fim de realizar as suas
invocações para a sua proteção, etc.

Os astrólogos, quando desejam verificar o destino do indivíduo, olham a situação do céu, a fim
de descobrir a posição dos astros, na hora do seus nascimento.

As principais constelações para se ler a história astrológica do Ser Humano, são aquelas
denominadas pela Astrologia de “Signos do Zodíaco”. Com isso pode-se fazer a pergunta: que
é Zodíaco?

ZODÍACO – (grego) Da voz Zodiom, diminutivo de zoon, animal. Esta palavra é empregada com
uma significação dual; pode referir-se ao Zodíaco fixo e intelectual ou ao Zodíaco móvel e
natural. “Em astronomia é um cinturão imaginário no céu, 16 ou 18 graus de largura, por meio
do qual passa a via do Sol (a eclíptica). Contém as 12 Constelações que constituem os 12 Signos
do Zodíaco e das quais recebem o seu nome. Como a natureza da luz zodiacal (aquela figura
triangular prolongada e luminosa, que estando situada quase na eclíptica, com sua base no
horizonte e seu vértice a maiores e menores alturas, só se pode ver durante os crepúsculos
matutinos e vespertinos) é inteiramente desconhecida para a ciência, a origem e a verdadeira
signficação e o sentido oculto do Zodíaco foram e são, todavia, um mistério para todos, exceto
para os iniciados... Voltando ao Zodíaco astrológico, propriamente dito, sem dúvida é um
círculo imaginário que passa ao redor da Terra no plano do Equador, chamando-se seu
primeiro ponto Áries, a zero graus. Está dividido em 12 partes iguais denominadas Signos do
Zodíaco, contendo cada um, 30º de espaço e nele está medida a verdadeira ascenção dos
corpos celestes. Zodíaco móvel ou natural é uma série de constelações que formam um
cinturão de 47º de largura, situado ao Norte e ao Sul do plano da eclíptica. O Zodíaco foi
conhecido na Índia e no Egito durante incalculáveis idades e o conhecimento dos sábios
(magos) desses países, com respeito à influência oculta das estrelas e dos corpos celestes
sobre nossa Terra, foi muito maior do que a astronomia profana pode jamais alcançar”.

O nascimento do indivíduo é o resultado da conjugação entre as nidhanas e as escandas


adquiridas numa vida ou ciclo anterior reencarnacionista. Por isso diz o Arcano 13 que os
elementos fundamentais de transformação são a vida e a morte como principais fatores da
Evolução Humana.

Baseados na literatura iniciática, apreendemos que o mês de março é de grande importância


para o estudo desta natureza. O dia 21 de março é o 1º dia do ano astrológico (ao invés de sê-
lo em 1º de janeiro).

Esse período é regido pelo potencial vibratório do Planeta Marte e Signo zodiacal de Áries.

Consoante os ensinamentos do Senhor JHS, há grandes e pequenos avataras. Conforme a ação


da Dinâmica Universal, Eles se manifestam sob o potencial de cada planeta e cada signo. De
modo que o ano astrológico começa seu movimento em 21 de março e vai até 20 de abril.
Os grandes Iniciados ensinam que a Atlântida desapareceu do mapa mundi há 1.800.000 anos.
Esse número dividido pelos 12 Signos do Zodíaco, dá, mais ou menos, 150.000 para cada
avatara, embora este número possa variar de conformidade com o comportamento dos seres
humanos.

Para esclarecimento deste estudo, citaremos os demais Signos, com as respectivas durações,
de acordo com o Calendário Astrológico:

SIGNOS PERÍODO PLANETA REGENTE

Áries 21 de Março a 19 de Abril Marte

Taurus 20 de Abril a 20 de Maio Vênus

Gêmini 21 de Maio a 20 de Junho Mercúrio

Câncer 21 de Junho a 21 de Julho Lua

Leo 22 de Julho a 22 de Agosto Sol

Virgo 23 de Agosto a 22 de Setembro Mercúrio

Libra 23 de Setembro a 22 de Outubro Vênus

Scorpio 23 de Outubro a 21 de Novembro Marte

Sagitário 22 de Novembro a 21 de Dezembro Júpiter

Capricórnio 22 de Dezembro a 20 de Janeiro Saturno

Aquarius 21 de Janeiro a 19 de Fevereiro Saturno

Piscis 20 de Fevereiro a 20 de Março Júpiter

As sublimes profecias do Rei do Mundo, falam num ciclo que se iniciou para maior gáudio da
evolução espiritual da Humanidade, em 21 de março de 1956. Naquela data, foram definidos
os polos da Evolução da Mônada Humana!

Para terminar, usamos as palavras de Georges Meredith:

“As Estrelas, não são longínquas estrangeiras,

com insensíveis e inexplicáveis poderes.

Do fogo que arde em todas elas,

Nós temos nascido.

A música do seu movimento,


Um dia será nossa.”

Aula nº: 58 - A Eubiose e os Versos de Pitágoras

A Eubiose no consenso humano, mundo profano, é um neologismo, mas no dos Iniciados é a


Vida em harmonia com a Natureza, algo semelhante a um naturismo espiritual. Em cada época
ou manifestação dos Avataras, os modos de se apresentar os Aspectos da Verdade Eterna, têm
uma denominação conforme a ação da dinâmica evolucional... Nos ciclos pretéritos, a
apresentação dos Aspectos da Verdade foi portadora de vários nomes, cada um atinente a
uma época, às necessidades relativas aos progresso de cada povo... A Eubiose tem a finalidade
de apresentar os Aspectos da Verdade relativos aos ciclos futuros. Citar os numerosos títulos
passados, seria impossível e enfadonho, por isso vamos fazê-lo apenas com os principais,
senão, os mais próximos de nossa Era: Filaleteos, Budismo, Catolicismo, Teosofia e inúmeros
outros.... No próximo ciclo será a vez da Eubiose.

... Que é a Eubiose? Dividimos esse nome em EU + BIO + SE:

EU – é o Deus Interior de cada indivíduo, o Ser divino de cada um, a Centelha Divina de cada
ser humano. É a Vontade do Eterno fragmentada em homem.

BIO – é vida. Vida em vários aspectos, de modo global.

SE – Se lhes acrescentarmos a letra R, dá o termo SER. E a letra “R”, na Simbologia Arcaica, tem
o sentido de movimento, ação, andando, etc.

S – é o símbolo de Deus, da Divindade descendo dos planos mais abstratos para os mais
densos, em espiral.

E – (maiúscula) representa uma tríade, uma trindade. No Alfabeto da Língua Portuguesa é a


letra inicial do nome ETERNO.

R – é alegoria do que se acha em movimento, em ação, em andamento.

Se analisarmos a Eubiose sob o processo da Chave Geométrica, vêmo-la expressa por três
triângulos. Se o fizermos com a Chave Numérica é o quadrado de três, ou seja, 3 x 3 = 9. O
Arcano 9 tem o sentido do estado de consciência, do estágio espiritual do Adepto, o Ser
equilibrado... O Homem perfeito e equilibrado em todos os atos de sua vida. Os três triângulos
podem ser expressos, cada um, por um triângulo com um ponto no centro, aliás, é o símbolo
usado para representar a Suprema Divindade em expansão.

Vamos estudar o assunto com mais detalhes e através da palavra escrita.


Primeiro Triângulo – (da Eubiose)

_É a manifestação do primeiro Princípio da Eubiose, que é a VONTADE, o Impulso do ETERNO.


A Vontade, por sua vez, divide-se em três elementos: Supra-Vontade, Auto-Vontade e Sub-
Vontade ou Instintiva... O ser portador da Supra-Vontade ou Vontade Espiritual possui o dom
da renúncia às coisas materiais. Os possuidores da Auto-Vontade são empreendedores, têm
capacidade para dirigir grandes indústrias, negócios. Têm o sentido do diálogo. Sub-Vontade
ou Instintiva têm os seres teimosos, os que têm idéias fixas. Fazem as coisas para si próprios.
Desenvolvem a egolatria.__

Segundo Triângulo –

_Apresentamos, agora, o segundo elemento essencial da Eubiose: a MENTE. Dividimo-la em


três aspectos: Supra-Inteligência, que equivale à Inteligência Abstrata, à Inteligência Superior.
É o imenso poder controlador da Vontade. Este princípio da Eubiose possibilita aos homens a
capacidade da Intuição. É, também, denominado de Inteligência Divina.... Característica dos
grandes poetas, músicos, artistas talentosos. Auto-Inteligência – este elemento controla o
Intelecto. Estimula a intelectualidade, faz funcionar a razão pura. Este elemento, com as suas
gradações, vai do alfabetizado ao talentoso. Dá o sentido de confiança àqueles que precisam
do conhecimento, de modo geral. Dá autonomia mental aos que pensam e estudam. Sub-
Inteligência – é a inteligência a favor da emoção instintiva. Por exemplo: os seres humanos
apreciam o conforto, bem-estar, então esse aspecto da inteligência procura inventar o que
oferecer-lhes de conforto. Os orientais denominam-no de Kama-Manas ou Mental inferior.__

Terceiro Triângulo –

_Vamos entrar, agora, na área do Princípio Emocional, o qual se divide em Supra-Emoção ou


Emoção Divina, Auto-Emoção e Sub-Emoção ou Emoção Instintiva. A Supra-Emoção é a mais
refinada, ligada às coisas abstratas. É o que possibilita a ação da sinceridade, por isso dizem
que sinceridade corresponde à uma linguagem divina, superior. O Ser Humano pode não
conhecer filosoficamente algo de superior, entretanto, pode senti-lo como realidade. Esse tipo
de Emoção promove a fé. A Auto-Emoção corresponde à Emoção que dá confiança ao que o
indivíduo está sentindo. Permite ao indivíduo entusiasmo pelo que faz. A Emoção-Instintiva é a
Emoção estimulando a ação dos órgãos físicos. A Emoção ligada aos atos de natureza física. Os
orientais denominam-na de Kama-Manas. São os desejos de natureza terrena. Para melhor
esclarecimento da atuação desses elementos na criatura humana, que constituem o fundo da
chamada personalidade que, em contato com os meios-ambientes, vão dar as formas de
conduta ou aquilo que se denomina caráter, lançaremos mão dos Versos Áureos de Pitágoras.
Assim, traçaremos três triângulos, onde os nove elementos serão colocados novamente, mas
agora sob um ponto de vista gradativo, do mais denso ao mais sutil. Vejamos:

Primeiro Triângulo: “ Se o fogo das paixões for cinza nele extinta, Imites o seu
exemplo, escutes o seu conselho ”...
Aí são exaltados aqueles que não apresentam os aspectos deste primeiro triângulo, em
desequilíbrio com os demais.

“ Olhos e ouvidos cerres a todo o preconceito...

A todo o fanatismo ou julgamento feito

Preconcebidamente e só por teimosia...”

O preconceito é efeito da Sub-Inteligência, e a teimosia, da Sub-Vontade.

“Cuides bem do teu corpo; o trabalho aligeires

Quando ele se queixar, mas não lhe satisfaças

Apetites boçais; as dores e as desgraças começam

Quando o corpo ordena mais que a alma;

Se o serves uma vez, já nunca mais se acalma ”.

“Do luxo ou da avareza, os males são iguais

Diferentes na aparência, irmãos em tudo o mais “...

Aí manda atender aos sub-elementos, quando diz: “Cuides bem do teu corpo”, mas não se
deixar dominar por eles: “Mas não lhe satisfaças apetites boçais”, pois que isso é causa de
desequilíbrio e dor: “As dores e as desgraças começam quando o corpo ordena mais que a
alma”. Incuindo no caso, a avareza e o luxo.

Segundo Triângulo – “ Respeita-te a ti próprio, o sábio verdadeiro nada diz, nada faz
sem refletir primeiro ”.

“ Formules ao despertar o teu programa honesto. E nunca prá amanhã deixes ficar um
resto ”.

“ Antes de adormecer, repasses no mental as ações que fizeste ou prá bem ou


prá mal. Não repitas as más, insistes só nas boas ”.

“ Por entre os vendavais desta jornada ignota, tem cada qual de abrir a sua
própria rota “.
Terceiro Triângulo – “ Prestes a Deus Imortal o culto consagrado; Conserves a tua fé;
dos vultos do passado, Ou santos ou heróis, louves a divina ação “.

“ Estudes a Natureza, aprendes a Lei sublime que rege a imensidade e que à


matéria imprime a Vida Universal. Perante estudos sérios, abrem-se, pouco a pouco, as portas
dos Mistérios. Então descobrirás que a Luz do teu destino, por divino amor do nosso Pai
Divino, é vir colaborar no Plano do Universo, com Deuses de quem tu és UNO mas diverso “.

“ Aprender a servir, eis a ambição mais alta que deve nortear a tua vida inteira “.

“ Estendes a compaixão aos brutos e às pessoas “...

A felicidade humana consiste em manter todos esses Princípios equilibrados.

Aula nº 59 - Como se deve estudar iniciaticamente?

A própria pergunta já é um exemplo de como se estuda iniciaticamente. O estudo iniciático é


algo que se pratica à semelhança da matemática. Para o estudo da matemática, praticam-se
muitos exercícios para que haja o desenvolvimento do raciocínio. Na Iniciação o estudo é
praticado tomando-se como base elementos, processos, técnicas que estimulem o
desenvolvimento da razão, ou melhor dito, da Mente superior, abstrata, etc. Com outras
palavras: desenvolvimento da Mente Divina. O grande Descartes disse: “Eu penso, logo existo”.
Na prática dos estudos iniciáticos pode-se afirmar: “Quem estuda, não pode fazê-lo sem usar o
pensamento, o hábito de pensar, sem usar a meditação”. Com esses elementos pode-se
alcançar os sublimes aspectos da Verdade Eterna. Há, sem dúvida, uma técnica iniciática. O
estudo desta natureza não pode ser realizado através de leituras rápidas, interpretações
imediatas, sem a devida clareza no seu sentido real; requer paciência, perseverança nos
estudos, pesquisas, e muita elaboração-pensamento. A definição das coisas, das idéias, limita-
lhes a expansão de ação porque tolhe o sentido, o trabalho da ilimitação que se pode alcançar,
ou melhor, almejar. Isso porque na Iniciação não se define nada, para evitar a fixação de idéias,
conceitos, etc. Equacionam-se trechos, frases, palavras, símbolos, para se fazer uma análise
profunda. É importante o uso de poucas palavras, para se dizer muito... e isto acontecendo, é
característica de quem já possui o Sétimo Princípio... Átmico ou Crístico...

Há muitas pessoas que lêem um artigo, uma mensagem, um trecho de um livro, uma
monografia, mas de modo corrido, sem entrar em profundidade. No fim, julgam-se dominando
o assunto, entretanto se verificarem, realmente, tornam-se incapazes de usar o conhecimento.
Se lerem pela segunda vez, têm a impressão de que nunca o viram. Há um admirável preceito
iniciático que diz: “Pense dez vezes para dizer uma palavra”... ...
Em Iniciação tudo que se deve fazer, deve-se fazê-lo com amor, entusiasmo, com vigor e
pensamento positivo, porque desse modo as ações tomam energia, vida e se movimentam.

Transcrevemos, aqui, o trecho de um Livro Sagrado que esclarece como se estuda e como se
deve realizar as coisas da vida, para que haja bom êxito:

“Não estudes sem ler, pensar... Não aspires o perfume das flores sem o sentires na cabeça e no
coração... Teus ouvidos devem estar abertos aos menores ruídos da Natureza, para que possas
perceber as tuas próprias necessidades espirituais, postadas naquela mesma cabeça e naquele
mesmo coração... Não comas sem degustares, para não comeres aquilo que te possa fazer mal,
ao mesmo tempo, ao corpo, à alma e ao espírito. Do mesmo modo, não deves pronunciar
coisa alguma que possa envergonhar essas três vestes que cobrem o teu verdadeiro corpo que
é a tua Consciência Imortal. Olhando para o céu, verificas se as estrelas estão paradas ou
tremeluzentes, procurando elas mesmas perscrutar os anseios do teu coração... Bem pode ser
que uma delas se apague bruscamente, por haver morrido com a tua própria morte espiritual.
Esta, em verdade, é a tua própria Estrela Guia. Mas, se ao contrário, ela te sorri alegre e feliz,
aumentando cada vez mais de brilho, tu jamais morrerás e ela também”.

Apresentamos, agora, exemplos, a fim de esclarecer como se estuda iniciaticamente. Vamos


dar à palavra, primeiro o seu sinônimo conhecido através de dicionários e depois, o sentido
iniciático. Quando nos referimos à “Definição” concorrente, indicaremos entre parênteses a
inicial D, (D); quando nos referimos ao sentido “Iniciático”, indicaremos a inicial I, (I).
Começamos com a palavra MAL. Vejamos:

MAL – literalmente (D) “Aquilo que prejudica, fere, ofende a justiça, que se opõe à virtude, etc.
..., à moral... ...”

MAL – (I) Invertendo as letras que compõem a palavra, temos LAM... LAM, como sabem todos
que conhecem a série de monografias IVR, é a tônica, o peso do Tatwa ou Força Sutil da
Natureza, Prithivi, ligado à Terra e aos elementos sólidos.

MAU – (D) “Que não tem as qualidade que gostaria que tivesse. Que faz ou tem propensão
para fazer o mal, etc...

MAU – (I) Modificando-se a posição das letras que a compõem, temos:

AUM – que é uma saudação mística da Filosofia Oriental, equivalente ao AMÉM dos católicos.

UMA – a unidade do gênero feminino.

MUA – acrescentando-lhe a letra “R”, cuja alegoria é o “ser em movimento”, temos o termo
MUAR.

MEDITAÇÃO – (D) “É a ação ou efeito de refletir profundamente sobre determinada coisa;


resultado desta ação”.

MEDITAÇÃO – (I) Dividimo-la em Me + ditação:

ME – Pronome oblíquo da primeira pessoa do singular. Ditação, no sentido de ditar algo,


comunicar algo.
Interpretação: O EU Interno de cada indivíduo, transmitindo a si próprio, à
personalidade, a intuição. O que eclode do Ser Divino do indivíduo.

MEDITAR – (I) É o ato da personalidade dialogar com o EU ou Consciência Superior.

TUPI – (D) Nome de uma raça indígena.

TUPI – (D) TU, segunda pessoa do singular. É usado também para um tratamento nobre,
respeitoso, sagrado, etc.

BRASIL – (D) É um país localizado geograficamente na América do Sul.

BRASIL – (I) Dividimo-lo em BRAS + IL. IL, Li ou Si... com o som da sétima nota musical. Quando
é ferida no órgão, piano, etc. dissolve os maus pensamentos. BRAS é BRASA, o Fogo Sagrado.
Logo, o Brasil é a Nação onde surgirá a Sétima Raça, portadora do Princípio Átmico ou Crístico.

H.P.BLAVATSKY – (D) Fundadora da Sociedade Teosófica nos EUA, em 1875, e depois


transferida para Adyar, Madras, Índia.

H.P.BLAVATSKY – (I) Levando em consideração as iniciais deste nome, HPB, o Grande Senhor
JHS interpretou como Hespanha, Portugal e Brasil mostrando a seqüência da sua Missão (na
época em que foi feita essa afirmação, não havia modificação na ortografia e Hespanha era
escrita iniciando com a letra H).

L.P.D. – (D) No ponto de vista literal, essas três letras encontravam-se no peito da lendária
Personagem conhcecida na História, como sendo Cagliostro, célebre no preparo da Revolução
Francesa, em 1879.

L.P.D. – (I) É um monograma que constitui uma palavra de poder ou então uma senha ou
palavra de reconhecimento.

L.P.D. – (I) Tem um sentido muito mais profundo, pois esse monograma estava anunciando ou
esclarecendo a Missão do Grande Cagliostro: Lutar Pelo Dever de implantar na Face da Terra a
LEI e a PAZ de DEUS. Invertendo o monograma, DPL, temos: é Dever Lutar para a Liberdade
dos povos... ...

L.P.D. – (D) Literalmente são as palavras usadas pelo Cristo: Laudate Pueri Domini, com o
sentido de “Crianças, louvai a Deus sem cessar”.

Vamos parar com os exemplo por aqui, para não saturar a cabeça dos nobres leitores. A
comunicação dos Aspectos da Verdade deve ser feita pelo diálogo, perguntas e respostas, não
monologadas.

Os Mestres, em via de regra, não falam para serem ouvidos; não escrevem para serem lidos,
apenas. Suas palavras, escritas ou faladas, devem ser equacionadas para constituírem temas
de meditação permanente. O Bem-aventurado Traichu-Lama iniciava seus discípulos,
ministrando-lhes conhecimentos de boca a ouvido. Mas ensaiava-os para que possuíssem
ótima memória, a fim de recorrerem a ela nos momentos vagos, para buscarem o sentido
iniciático.
Os ensinamentos iniciáticos têm a finalidade de promover o desenvolvimento integral da
humana criatura e, não apenas, a parte intelectual, erudita, etc.

Há um preceito na Iniciação, que diz: quem conseguir descobrir o sentido real de um símbolo,
adquire, naturalmente, um imenso poder interno. E... destarte, consegue penetrar na Grande
Unidade, no Todo, e ser apoiado por Ele.

Glória à Luta Para Defender a Verdade, em todos os planos da Manifestação!

Aula nº 60

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