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A -- SEGREDOS E MISTÉRIOS DO NÚMERO SETE

Quem vê o título deste ensaio, "Segredos e mistérios do número 7", deve pensar que este
título é, apenas um "chamariz", para despertar a atenção e a curiosidade dos que nos
brindam com a sua leitura., Em parte, é verdade.
Muitos pensarão que se trata de um ensaio sobre Numerologia. Mas não é. Claro que
onde há número, a Numerologia está presente.
Na verdade, trata-se de um estudo sobre o "mundo" onde vivemos, que poderia ter um
título como "Mundo subjetivo e Mundo objetivo: constituição setenária do Mundo". É o de
que nós vamos tratar, falando sobre o sete dessa constituição setenária.
A Numerologia foi trazida, do Egito, para o Ocidente, pelo sábio grego Pitágoras. Ele
não divulgou essa complexa ciência; apenas ensinou-a a seus discípulos, que prestavam um
juramento de guardar absoluto segredo. Com o passar dos anos e dos séculos, muitos desses
ensinamentos foram "vazando" e surgiram várias versões e interpretações, hoje correntes,
sobre a Numerologia. Também a Aritmética e outros ramos da Matemática surgiram desses
ensinamentos.
Para estudar-se o 7, seria preciso estudarmos todos os números chamados "dígitos".
Mas como este não é um ensaio sobre Numerologia, vamos, apenas, apresentar o que
mais nos interessa: o 7 é uma combinação do 3 com o 4; o 3, representado por um
triângulo, é o Espírito; o 4, representado por um quadrado, é a Matéria. O 7, podemos dizer
que é Espírito, na Terra, apoiado nos quatro Elementos, ou a Matéria "iluminada pelo
Espírito". É a Alma servida pela Natureza.
O 7, também chamado o "setenário", é o número sagrado em todas as teogonias, em todas
as filosofias , em todas as religiões, desde a mais remota antigüidade.
Assim é que aparece, em todos os setores da atividado de humana, o número 7. Citemos
alguns: os 7 dias da semana, as 7 cores do espectro solar (Arco-íris), as 7 notas musicais, as
7 maravilhas do mundo antigo, os 7 planetas da Astrologia exotérica, os chamados 7
pecados capitais, os 7 dias da Criação etc.
A Bíblia cita o 7 em muitos dos seus versículos: "Os sete Espíritos aos pés do Senhor", os
7 anos que Jacó teve que servir a Labão quando pediu Raquel em casamento etc.
Um físico, matemático e astrônomo alemão, chamado Gauss, descobriu que todos os
fenômenos, sejam físicos ou psicológicos, acontecem, estatisticamente, conforme uma
curva, que ficou conhecida como "a curva de Gauss" ou a "curva do sino" ou a "curva
normal". Pois a "curva de Gauss" é a "cara" do número 7. Imaginem uma subida de três
degraus, a chegada a um patamar e uma descida de três degraus; os três degraus da subida
são o 1, o 2 e o 3; o patamar é o 4; os três degraus de descida são o 5, o 6 e o 7. A Evolução
também segue este esquema, em sentido contrário: a Vida ou Espírito desce três degraus até
chegar à Matéria mais densa e sobe, depois, três degraus, para voltar à sua origem.
Voltaremos a falar no 7, principalmente para separar o que, verdadeiramente, é místico e
até "sagrado", daquilo que não passa de superstições sem fundamento.
Vamos falar, agora, no tema principal deste ensaio:
O mundo em que vivemos, nós e os demais seres e coisas que, conosco, existem em nosso
planeta, tem sido estudado desde que surgiu a mente no ser humano.
Em todas as épocas, homens sábios desenvolveram as ciências para medir, contar, pesar,
analisar efeitos e estabelecer causas, examinando seres e coisas. Assim, através das idades,
o conhecimento do Homem, em relação ao mundo físico objetivo, o mundo onde existem
os seres e as coisas, o mundo onde se verificam as mudanças de estado das coisas e dos
seres, o mundo fenomênico, enfim, tem aumentado e continua crescendo, à medida em que
as ciências descobrem novos instrumentos para observar, criam novas teorias para explicar,
desenvolvem novos métodos e processos para investigar.
E o Homem tem verificado que, quanto mais aumentam seus conhecimentos sobre o
mundo objetivo, maior se torna o seu desconhecimento sobre aquela parte dos seres e das
coisas que não é mensurável; que existe, por que produz efeitos; mas que foge às leis
estabelecidas.
Assim, há um mundo subjetivo, um lado oculto do mundo objetivo, que, sabidamente,
coexiste com este. E é sobre esse mundo além do físico, que a ciência investiga com novos
métodos e, assim, surgem novas ciências, como a metafísica, a parapsicologia, a
metapsíquica etc.
Nós nos relacionamos com o mundo objetivo através dos nossos sentidos; eles são como
cinco janelas, cinco vias de acesso para a nossa consciência. Nós sabemos que os nossos
instrumentos de percepção não são perfeitos e que muito do que acontece,
fenomenicamente, com as coisas e os seres, não são captadas pelos nossos sentidos e, por
isso, não são conscientizados. Mas sabemos do mundo subjetivo, por experiência própria;
podemos não conhecer a sua extensão, podemos nem imaginar que existam leis para esse
mundo subjetivo, mas participamos desse mundo subjetivo com um equipamento
apropriado, do mesmo modo que o nosso equipamento físico é apropriado para a nossa
participação no mundo objetivo.
O homem comum sabe usar o seu corpo físico para agir e atuar no mundo físico objetivo;
sabe, também, como deve usar seus instrumentos de percepção para captar os fenômenos
deste mundo: se conserva os olhos fechados, não vê; se usa luvas, seu tato quase
desaparece; se entope os ouvidos, quase não ouve; e assim por diante.
Entretanto o homem comum não sabe usar o equipamento de que dispõe para agir e atuar,
conscientemente no mundo subjetivo; apenas começa a vislumbrar a possibilidade de
captar, fenomenicamente, o mundo subjetivo, sensibilizando-se diferentemente na imediata
proximidade de diferentes pessoas ou de diferentes ambientes.
Também, buscando conscientemente o agradável, o desejável e a emoção que enleva, o
pensamento que deleita, o homem comum revela, ainda que nem se dê conta disso, que está
usando os seus "sentidos" subjetivos.
Já o homem incomum obtém, pelo adestramento e pelo conhecimento, vários níveis de
comandamento e controle sobre o seu equipamento subjetivo. O conhecimento e o
adestramento conseqüente, têm permitido, ao homem comum, tornar-se incomum, por que
o capacita, diferentemente de outros homens, a uma captação conscientemente dirigida para
o mundo fenomênico subjetivo e, também, para ser conscientemente ativo nesse mundo.
Todos os sistemas religiosos, sem exceção, desde o mais perfeitamente elaborado, como o
Budismo, o Cristianismo, o Judaísmo, até as religiões denominadas primitivas pelo
conhecimento moderno, invariavelmente têm dividido o mundo em duas áreas: uma
objetiva e perceptível pelos sentidos físicos, outra subjetiva, invisível.
Deus, a Hierarquia dos Anjos, as Almas dos Homens Santos, as Almas dos homens
encarnados, vários planos ou diferentes níveis de existência superior espiritual, evoluções
em curso de seres desprovidos de corpos físicos, espíritos que personificam forças da
Natureza, tudo isso tem uma existência proclamada, há milênios, pelas escrituras religiosas.
O Homem nunca pôde aceitar a idéia da morte como aniquilamento total. Muitas coisas
se opunham, no íntimo do ser humano, à aceitação de que a cessação da vida representava
o fim de tudo. Sempre persistia, no homem vivo, muitos vestígios dos mortos: suas
imagens perduravam, suas idéias e seus pensamentos não desapareciam e os sentimentos
que provocaram permaneciam longo tempo ainda atuantes.
É impossível determinar as origens dos ensinamentos esotéricos sobre a vida e a morte;
mas os ecos dessas instruções chegam de muitas partes e o homem pode ouvir que a vida
visível, terrestre, a vida observável é, somente uma fração de uma existência maior que lhe
cabe viver.
O nosso mundo físico é, apenas uma pequena parte de um todo absolutamente real, por
que também é constituído de matéria, ainda que essa matéria seja diferente daquela que
conhecemos no mundo físico, nos estados sólido, líquido e gasoso. A diferença é que é
muito menos densa, variando sua leveza em graus crescentes, à medida em que se afasta do
mundo físico; também é diferente em qualidades próprias.
Assim é que a matéria que nos envolve é dividida em sete níveis de densidade
denominados, modernamente:
1º - Plano Divino, o mais sutil de todos, dividido, por sua vez, em sete sub-planos de
densidades decrescentes.
2º - Plano Monádico, de densidade maior que o primeiro, e também dividido em sete
sub-planos.
3º - Plano Espiritual, cuja densidade é maior que a do segundo, sendo ,também dividido
em sete sub-planos.
4º - Plano Intuicional, com densidade maior que a do terceiro, também dividido em sete
sub-planos.
5º - Plano Mental, dividido em duas áreas com propriedades distintas: uma, com três sub-
planos, chamada mental abstrato ou superior e outra, com quatro sub-planos, chamada
mental concreto ou inferior.
6º - Plano Emocional ou Astral, também dividido em sete sub-planos.
7º - Plano Físico, também dividido em duas áreas distintas: uma, com quatro sub-planos
de matéria sutil, chamada físico etérico; outra, com três sub-planos, chamada físico denso,
que são os estados gasoso, líquido e sólido.
Disso tudo, tiramos a seguinte conclusão: dos 49 sub-planos ou 49 estados de matéria, só
podemos captar 3, com nossos sentidos físicos. Os outros fazem parte do mundo subjetivo.

Agora, voltemos a falar do número 7:


Conceitos e valores:
No alfabeto hebraico, o sete corresponde à letra "zain" = Imaculado
No Mundo Angélico, 7 é Eloim = enviado de Deus.
No Mundo Astrológico, 7 é Mikhael, a inteligência soberana do 9º céu, que é a Lua.
No Mundo Elemental, o 7 é o Reino mineral.
Os nomes divinos:
O 7º nome divino é IEVE TSEBAOTH, que significa "O DEUS DOS EXÉRCITOS" ou,
antes, Deus das Ordens Cósmicas; a Lei Divina que rege os mundos.
Na Cabalah, a 7ª sephirah é NETSACH = Vitória sobre a Morte. O 7º caminho é a
Inteligência oculta; ela envolve, com esplendor, todas as virtudes intelectuais.
Última curiosidade sobre o número 7:
Muitos séculos depois da morte de Pitágoras, em escavações procedidas no antigo local
de sua Academia, foi encontrada uma placa de ouro, com um número gravado. Esse
número, que ficou conhecido como o "Número Áureo de Pitágoras" era 1 4 2 8 5 7
Não se sabia o que significava, mas descobriram-se várias coisas interessantes a respeito
desse número:
- multiplicado por 2, é como se se pegassem os dois primeiros algarismos e passassem
para o fim: 2 8 5 7 1 4
- multiplicado por 3, é como se se pegasse o primeiro algarismo e passassem para o fim:
428571
- multiplicado por 4, é como se de pegassem os dois últimos algarismos e passassem para
a frente: 5 7 1 4 2 8
- multiplicado por 5, é como se se pegasse o último algarismo e passassem para a frente:
714285
- multiplicado por 6, é como se se mudass o equilíbrio: trocasse os três primeiros
algarismos pelos três últimos: 8 5 7 1 4 2
- multiplicado por 7, é como se tivesse havido um desarranjo na máquina: 9 9 9 9 9 9
Com este último resultado, tiveram uma idéia: como 999999 arredondado é 1, dividiram 1
por 7. O resultado foi:
0,142857142857142857..... ou seja: uma dízima periódica, cujo período é 1 4 2 8 5 7
Concluíram os místicos: o Número Áureo representa as Energias Divinas (1) distribuídas
(divididas) pelos seus sete Regentes planetários.
Outra explicação:
Em escavações mais recentes, no local onde situava-se o Templo de Salomão, foi
encontrado um medalhão de ouro com a figura a conhecida por "Estrela de Davi" e que é
considerada o símbolo do Judaísmo e do Estado de Israel. Em cada vértice dessa estrela de
seis pontas, havia uma letra do alfabeto hebraico: eram as letras ALEF, BET, DALET,
HÉ, ZAIN e HET. Os pesquisadores procuraram ler o que seria uma palavra :ou um grupo
de palavras; tentaram ler em todos os sentidos e não conseguiram nada. De repente, um dos
pesquisadores lembrou que as letras hebraicas são, também, números: os números 1, 2, 4, 5,
7 e 8. E estavam arrumados, na figura, da seguinte maneira: o algarismo 1, no vértice
superior ; o 8, no vértice inferior; nos vértices da esquerda, os algarismos 4 e 2; nos vértices
da direita, os algarismos 7 e 5.
Como a escrita hebraica é lida da direita para a esquerda e, no caso da figura, no sentido
anti-horário, os algarismos formavam o número 1 4 2 8 5 7
Verificaram, então, que os múltiplos surgiam da seguinte maneira interessante:
- Qual o segundo número, em ordem crescente? - o 2.
Lendo, a partir do 2, sempre no sentido anti-horário, o resultado é o da multiplicação por
2:
2 8 5 7 1 4.
- Qual o terceiro número, em ordem crescente? - o 4.
Lendo, a partir do 4, no sentido anti-horário, tem-se o resultado da multiplicação por 3: 4
2 8 5 7 1.
E, assim, sucessivamente: quarto número: 5.
142857X4=571428
Quinto número: 7.
142857X5=714285
Sexto número: 8.
142857X6=857142

E vamos ficar por aqui.


Julio Sayão

MAÇONARIA - OS MISTÉRIOS DO SETE


MAÇONARIA

( OS MISTÉRIOS DO SETE )

O número 7 apresenta-se como sendo místico, misterioso, aritmeticamente “esquisito” e,


principalmente, como sendo o número da criação, é a soma de 3 (trindade divina) mais 4
(os quatro elementos do mundo físico).
O estudo do sete provém dos Sumérios, cuja civilização floresceu bem antes da Babilônica.
O 7 é um número Místico por excelência, gozando de privilégios entre ocultistas, como
também em todas as religiões e seitas.
Todos os livros sagrados estão cheios de exemplos da excelência do número 7. Na Bíblia
contamos às centenas os exemplos da força e poder do número 7. No Gênesis, vamos
encontrar o 7 como o número da criação, desde a criação do mundo, um tempo foi
imprimido ao ritmo universal, quando o G .’. A .’. D.’. U.’. , decidiu que a semana teria
sete dias e não cinco ou dez.
São sete as virtudes, sete os pecados capitais, sete os sacramentos, sete as notas musicais,
sete os Arcanjos judaico-cristãos, sete são as cores que formam o branco, sete são as
camadas de nossa pele, sete cores do arco-íris, sete aberturas naturais do homem e dos
animais em geral ou entradas patológicas, sete chacras, sete maravilhas do mundo antigo,
sete palmos de terra, missa de sétimo dia, com sete letras se escrevem os algarismos
romanos para indicação dos números, o esquadro, símbolo da retidão, é um sete.
O número sete enriquece o folclore no Brasil e no mundo, conforme os exemplos que se
seguem:
Pintar o sete – traquinar, divertir-se muito sem constrangimento algum.
Fechar a sete chaves – Guardar com segurança extrema. Sete é conta de mentiroso.
Divulga-se que o gato tem sete vidas.
Bicho-de-sete-cabeças – diz-se vulgarmente, de algo que é misterioso ou complicado. Bota-
de-sete-léguas – Segundo o conto popular, aquela que servia para transportar o herói a
qualquer lugar e em pouco tempo, com enorme passadas.
No próprio cristianismo vamos encontrar o 7 na base de sua principal oração, O Pai Nosso,
inicia com uma invocação e termina com uma dedicatória. Entre o princípio e o fim vamos
encontrar 7 petições. 1) Santificado seja o vosso nome; 2) Venha a nós o vosso reino; 3)
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; 4) O pão nosso de cada dia nos daí
hoje; 5) Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido; 6)
Não nos deixeis cair em tentação; 7) Livrai-nos do mal. As três primeiras, são dirigidas a
Deus (espírito) e as quatro seguintes ao homem (matéria).
As sete virtudes se dividem em, três são sobrenaturais (Fé, Esperança, Caridade) e quatro
são cardeais ( Prudência, Justiça, Fortaleza, temperança).
Os sete pecados capitais se dividem em, três que pertencem ao espírito (Soberba, Ira,
Inveja) e quatro que pertencem ao corpo (Luxúria, Gula, Avareza, Preguiça).
Segundo o Alcorão, Alá criou sete céus sobrepostos ou paraísos.
O 7 é também freqüente na Umbanda: sete linhas ou vibrações, sete legiões, sete falanges,
sete forças da natureza, sete raças, sete flechas, sete porteiras, sete ciclos evolutivos, sete
cachoeiras, sete encruzilhadas, sete rosas brancas, sete pedaços de carvão, sete sombras,
sete portas, sete ramos de violeta, sete pedras de raio, etc. Assinale-se que a palavra
Umbanda tem sete letras.
Na teosofia: sete corpos, sete planos divinos, sete raios , sete temperamentos.
Os caminhos da Yoga são igualmente sete.
O sete é presença em setentrião, que significa norte. Sim, porque no hemisfério norte ou
setentrional se situa a constelação da Ursa Maior. Formada por sete estrelas ou flamas.
A cultura hebraica também valorizou o sete, como se vê a seguir: Depois de sete dias
vieram sobre a terra as águas do dilúvio. Do rio subiam sete vacas gordas e sete vacas
magras. e vi sete espigas cheias e boas e sete espigas mirradas. Sete dias de festas, propôs
Salomão. Sete vezes cairá o justo e se levantará. A construção do Templo de Jerusalém
durou sete anos, sete meses e sete dias. O Menorah, candelabro místico utilizado no culto
judaico e que simboliza a árvore, tem sete braços, que representam, a luz, a justiça, a paz, a
verdade, a benevolência, o amor fraterno e a harmonia.
No Novo Testamento há, igualmente, registros que evidenciam a importância do sete no
tempo de Jesus: Mestre, indaga-lhe Pedro, até quantas vezes devo perdoar? Até sete vezes?
Jesus responde-lhe: não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Está no Apocalipse: sete amigos, sete baldes, sete candelabros,sete chifres, sete
espíritos,sete estrelas, sete lâmpadas, sete reis, sete olhos. Sete anjos, sete trombetas, sétimo
selo, etc.
A tabuada do sete é a mais difícil para o aprendizado das crianças e mesmo dos adultos,
muitos são os que tropeçam quando lhes perguntamos o resultado de sete vezes oito.
O sete é o único número simples que não possui regra fácil se quisermos saber se ele é fator
de um determinado número, é o único a ser aritmeticamente nem múltiplo nem divisor de
um outro número entre 1 e 10.
A multiplicação entre si dos sete primeiros algarismos significativos é igual a 5.040,
número fantástico, sendo divisível por todos os números de 1 a 10, sem deixar resto.
Mas o mistério aparece nos conjuntos estelares que sempre serviram de orientação aos
homens. As constelações de Órion, Ursa Maior, Cruzeiro do Sul, são formadas por sete
estrelas visíveis a olho nu normalmente. Como explicar a Plêiade da sete irmãs, quando na
verdade apenas seis são visíveis a olho nu?
Para entendermos o significado do número sete, podemos analisar os números três e quatro,
o ternário e o quaternário.
Entre os pitagóricos, o três era considerado o número perfeito por ter princípio, meio e fim.
Deus é um na essência, mas possui três aspectos distintos, ou seja, Pai, Filho e Espírito
Santo.
Sobre o número três temos milhares de exemplos em nossos estudos.
Vejamos o significado do número quatro, ou seja o quartenário.
O quatro sempre foi considerado o número do mundo físico. O quatro está relacionado aos
quatro pontos cardeais. Vale mesmo a pena perguntar, por que quatro pontos cardeais e não
três ou seis.
Na Bíblia o rio que sai do paraíso se divide em quatro outros rios. O altar dos sacrifícios
tem quatro pontas, os quatro animais que sustentam o trono da revelação, as quatro estações
do ano, as quatro fases da lua, as quatro fases do dia, as quatro fases da vida do homem
(nascimento, crescimento, maturidade, morte). No novo testamento encontramos o quatro
de forma um tanto dramática: os soldados romanos dividem em quatro partes as roupas do
cristo crucificado, simbolizando a dissolução do seu corpo material e seu retorno aos quatro
elementos de que era composto.
As pirâmides do Egito estão relacionadas com o número sete em sua construção, a base é
quadrada ( 4 ) e seu perfil é triangular ( 3 ), A pirâmide de Quéops possui três câmaras
ligadas por quatro corredores, temos ainda o sete simbolizado no caduceu.

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Bibliografia:
Livros, revistas, jornais, artigos e trabalhos diversos.

É incrível como algumas coincidências (?) se apresentam de um jeito tão misterioso. Ainda mais sobre coisas
que nos parecem tão banais como um simples número. Nesse post, vou tomar como exemplo o número 7.
Para muitos, é só um número, como qualquer outro. Mas vou compartilhar com vocês umas curiosidades
sobre o número 7 que realmente, são bem estranhas.

7 são os orifícios do crânio humano: nariz (2), ouvidos (2), olhos (2), boca (1)

7 anões da Branca de Neve

7 dias para a criação do Mundo

7 são os dias da semana

As 7 Trombetas do Apocalipse

As 7 vacas, 7 espigas do sonho do Faraó, desvendado por José do Egito

Os 7 palmos das sepulturas

As 7 notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si

7 imperadores de Roma morreram assassinados


A Independência do Brasil aconteceu no dia 7

O nome do Brasil aparece 7 vezes no Hino Nacional

A carta de Pero Vaz de Caminha tinha 7 folhas

7 rainhas na História foram chamadas de Cleópatra

As Sete maravilhas do mundo antigo:

• a) Pirâmides de Gizé
• b) Jardins suspensos da Babilônia em Semíramis, na Babilônia
• c) Farol de Alexandria
• d) Colosso de Rodes
• e) Mausoléu de Halicarnasso
• f) Estátua de Zeus em Olímpia
• g) Templo de Ártemis em Éfeso

• Manifesto das Sete Artes:


o a) Música
o b) Pintura
o c) Escultura
o d) Arquitetura
o e) Literatura
o f) Coreografia
o g) Cinema

7 Cores refratadas pelo Prisma:

• a) Violeta
• b) Amarelo
• c) Anil
• d) Verde
• e) Laranja
• f) Azul
• g) Vermelho

• Os 7 Pecados Capitais:
o a) Vaidade
o b) Avareza
o c) Violência
o d) Egoísmo
o e) Luxúria
o f) Inveja
o g) Gula

Os 7 Elementais:

• a) Arcanjos
• b) Anjos
• c) Devas
• d) Silfos
• e) Gnomos
• f) Salamandras

É isso, são alguns exemplos de curiosidades sobre o número 7. Espero que tenham
gostado. Obrigado desde já.

Vou acabar com uma frase de um quase chará meu ( o nome dele tem "c")

" Todo número é zero, diante do infinito"

Victor Hugo

Escrito por Vitor Hugo às 4:00 PM

Numerologia

MISTÉRIOS DO NÚMERO SETE

No momento em que Planeta completa o seu sétimo aniversário, não


poderiamos deixar de nos perguntar o significado numerológico desse
acontecimento. Para isso, resolvemos fazer uma especulação filosófica geral em
torno do sete. Esse número apresenta-se como sendo, místico, misterioso,
aritmeticamente “esquisito” e, principalmente, como sendo o número da Criação.
Ao identificá-lo com a soma de 3 (Trindade Divina) mais 4 (os quatro elementos
do número físico), o sete surge como a união do homem com Deus.

por ANTONIO ZAGO

O sete é o número místico por excelência. Ele goza de uma série de privilégios,
não apenas entre os ocultistas como também em todas as religiões e seitas, das
mais primitivas as mais modernas.

Não bastasse ser o número da Criação — 3 (o céu) + 4 (a terra) = 7 — , é


também o número que indica a relação viva entre o divino e o humano. Isso está
mais ou menos implícito na estrela de Salomão, onde dois triângulos se cruzam:
um ascendente e outro descendente. As seis pontas, mais o ponto central, somam
o sete místico, simbolizando a união do céu e da terra, do Bem e do Mal, do divino
e do humano.
Os sete selos de São João: simbologia numerológica do Apocalipse.

Todos os livros sagrados estão cheios de exemplos da excelência do número


sete. Mas a Bíblia, pela proximidade com a nossa cultura, é o livro que mais tem
atraído a nossa atenção. Contam-se ás centenas os exemplos da força e do poder
do número sete na nossa Bíblia.

No livro da Gênesis, por exemplo, vamos encontrar o sete como o número da


Criação. No primeiro dia Deus criou a luz, separando-a das trevas; no segundo dia
Deus criou a abóbada celeste, separando as águas de cima das águas de baixo;
no terceiro, criou a terra firme, separando-a das águas, e espalhou nela a
vegetação; no quarto, criou o Sol, a Lua e as estrelas; no quinto dia criou os
peixes, os monstros marinhos e os pássaros; no sexto, criou os animais, os répteis
e o homem; e, no sétimo dia, Ele descansou.

“Assim foram acabados o céu e a terra e todos os seus ornatos. E Deus acabou
no sétimo dia a obra que tinha feito; e descansou no sétimo dia de toda a obra que
tinha feito. E abençoou o dia sétimo, e o santificou, porque nele tinha cessado de
todo a sua obra, que tinha criado e feito”. Gênesis, 2, 1-3.

Assim, desde a criação do mundo, um tempo foi imprimido ao ritmo universal


quando Deus decidiu que a semana teria sete dias e não cinco ou dez. Como
disse Ray Bradbury, “Os sete dias estão inscritos em nosso sangue em letras de
fogo. . .“. Ao mesmo tempo, Deus dedicou o sétimo dia ao descanso. O sétimo dia
é sagrado.

O padre-nosso cristão e a simbologia do sete

São sete as ciências naturais, são sete as virtudes, são sete os pecados capitais,
assim como são sete os sacramentos, as notas musicais, os gênios persas, os
arcanjos judaico-cristãos.

No próprio cristianismo vamos encontrar o sete na base da sua principal oração.


O padre-nosso inicia com uma invocação e termina com uma dedicatória. Entre o
princípio e o fim vamos encontrar sete petições:

1- Santificado seja o Vosso nome;

2 - Venha a nós o Vosso reino;

3 - Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu;

4 - O pão nosso de cada dia nos dai hoje;

5 - Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores;


6 - Não nos deixeis cair em tentação;

7 - Livrai-nos do mal.

Como vemos, das sete petições presentes no padre-nosso as três primeiras são
dirigidas a Deus e as quatro seguintes ao homem. Isso nos remete a um outro
mistério que cerca o número sete enquanto número da Criação. O sete é a junção
do 3 (divino) e do 4 (físico e humano).

Anteriormente, no Livro da Gênesis, víramos que Deus, ao criar o mundo, dedicou


os três primeiros dias à criação dos “campos” onde as criaturas agiriam nos quatro
dias restantes.

Essa divisão é válida e pode ser observada na maioria dos exemplos onde o sete
servir de base. Nas sete virtudes, três são sobrenaturais (fé, esperança, caridade)
e quatro são cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança). Os sete
pecados capitais se dividem em três que pertencem ao espírito (soberba, ira,
inveja) e quatro que pertencem ao corpo (luxúria, gula, avareza e preguiça). Dos
sete sacramentos da igreja católica, três se referem a vida espiritual (batismo,
confirmação, eucaristia) e os quatro restantes referem-se á vida mundana
(penitência, ordem, matrimônio, extrema-unção). Portanto, para entendermos
totalmente o significado do número sete, temos que analisar anteriormente os
números 3 e 4, ou seja, o ternário e o quaternário.

A Trindade Divina é uma parte do sete

Na Grécia antiga, entre os pitagóricos, o 3 era considerado o número perfeito por


ter princípio, meio e fim. Por essa razão, o 3 era considerado o símbolo do divino.
O círculo da eternidade, com os triângulos superior (Deus) e inferior (homem)
tendendo para direções opostas, uma vez que estão em luta constante. Resolvido
este impasse, o homem reconhecerá que o seu Eu, seu Centro (ponto central), é
o mesmo que o de Deus.

Os gregos tinham ainda três destinos, três fúrias e três graças. Os deuses eram
sempre representados com um triplo instrumento de poder: o tridente de Netuno, o
raio triplo de Júpiter. Os antigos imaginavam o mundo composto de três partes:
céu, terra e subsolo. Assim, o homem tinha que ser dividido em três partes, a
saber: corpo, alma e mente. A mente se subdivide em consciente, subconsciente e
superconsciente (ego, superego e id).

Porém, o uso mais claro do poder divino do número três é a descrição que
normalmente se faz da divindade como sendo trina. No dogma cristão esse
aspecto aparece quando se afirma que Deus é Um na essência mas possui três
aspectos distintos, ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo. Entre os nórdicos a
divindade também possuía o seu aspecto triplo: Har, Janfar, Thridi.

Entre os babilônicos; Anu era o deus-chefe da trindade composta ainda pon Enlil
e Ea. Entre os egípcios, a trindade divina seguia o protótipo de uma outra espécie:
pai-mãe-filho, ou seja, Osiris, Isis e Hórus. Entre os etruscos, Tina, Cupra e
Menrva apareciam sempre juntas e representavam o fogo, a fertilidade e a
sabedoria.
Jachin e Boaz, os dois legendários pilares do Templo de Salomão. Entre ambos,
os sete pilares do tabernáculo, representando os sete planetas da astrologia
tradicional (gravura rosacruz).

Quanto aos hindus, todos sabem que eles adoravam separadamente as três
divindades distintas: Brahma, Siva e Vishnu. Porém, a primeira lição ensinada aos
discípulos na iniciação aos mistérios profundos era de que esta separação é
ilusória, sendo que os três representam aspectos do Uno.

Três é, portanto, o número das forças da Criação. Essas forças são


representadas por dois pólos que se opõem e um terceiro fator de interação e
equilíbrio. Nesse sentido, o símbolo real da divindade é o triângulo eqüilátero. Ora,
colocando-se um triângulo com um dos vértices voltado para cima (símbolo do
superior) sobre um triângulo com um dos vértices voltado para baixo (símbolo do
inferior), teremos a estrela de Salomão. Colocando-se um ponto no centro dessa
estrela (ou um círculo á sua volta) teremos novamente o número sete,
simbolizando aqui o encontro do homem com Deus.

Vejamos agora o significado do número 4, ou seja, do quaternário.

Desde a mais remota antigüidade o quatro sempre foi considerado o número do


mundo físico. A primeira e mais racional das explicações para esse fenômeno diz
que o mundo físico é composto por quatro elementos: terra, ar, água e fogo. A
outra explicação é que o quatro estaria relacionado aos quatro pontos cardeais.
Vale mesmo a pena perguntar por que quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e
oeste) e não três ou seis. Acredita-se ainda que este conceito seria derivado da
simetria do corpo humano.

Um número “esquisito” até para os matemáticos

Os exemplos tirados da Bíblia confirmam a idéia do quatro relacionado ao mundo


físico. O rio que sai do Paraíso se divide em quatro outros rios. O Altar dos
Sacrifícios tem quatro pontas, dirigidas aos quatro pontos cardeais. Os quatro
animais que sustentam o Trono da Revelação referem-se aos quatro elementos.

No Novo Testamento vamos encontrar o quatro de uma forma bastante


dramática: os soldados romanos dividem em quatro partes as roupas de Jesus
crucificado.

Esta separação das vestes do Doce Rabi da Galiléia simboliza a dissolução do


seu corpo material e o seu regresso aos quatro elementos de que era composto.
Entre os maias, o quatro também aparece ligado ao mundo material: eles tinham
quatro deuses, sendo que cada um suportava um dos quatro cantos da Terna —
Cauac (sul), Mulac (norte), Kan (este) e Ix (oeste).

Não podemos nos esquecer que são quatro as estações do ano (primavera,
verão, outono, inverno); são quatro as fases da Lua (crescente, minguante, nova e
cheia); são quatro as partes do dia (madrugada, manhã, tarde e noite); tudo isso
equivale as quatro fases da vida do homem (nascimento, crescimento, maturidade
e morte).

Em sua autobiografia, intitulada Memórias, Sonhos e Reflexões, o grande


psicólogo suíço Carl Gustav Jung refere-se a idéia da quaternidade: “A
quaternidade é um arquétipo de ocorrência quase universal. Constitui a base
lógica para qualquer raciocínio completo. Se alguém desejar transmitir esse
raciocínio, ele deverá ter esse aspecto quaternário. Por exemplo, se quisermos
descrever o horizonte como um todo, refenir-nos-emos aos quatro quartos do
céu... Há sempre quatro elementos, quatro qualidades principais, quatro cores,
quatro castas, quatro formas de desenvolvimento espiritual, etc. Do mesmo modo,
existem quatro aspectos de orientação psicológica. Para nos orientarmos, temos
de possuir uma função que nos garanta que qualquer coisa está ali (sensação);
uma segunda função que estabeleça o que é (pensamento); uma terceira função
que estabeleça se serve ou não, se aceitamos ou não (sentimento); e uma quarta
função que nos indique de onde uma coisa veio e para onde vai (intuição). Sempre
que as coisas se passem desta maneira, nada mais há a dizer... A perfeição ideal
é o círculo ou esfera, mas a sua divisão natural mínima é uma quaternidade”.

O quadrado e a cruz são os dois símbolos universais do quaternário. A cruz, ao


contrário do que muita gente pensa, é um símbolo que foi englobado pelo
cristianismo, mas que o antecede em milhares de anos. Os escandinavos já
colocavam cruzes sobre os túmulos dos seus mortos muitos anos antes do
aparecimento do cristianismo. Para os egípcios a cruz simbolizava a vida, e entre
os astecas, antes de qualquer contato com os cristãos, a cruz já era um símbolo
sagrado.

Mas enfim, seja qual for a sua forma, o número quatro se relaciona sempre ao
mundo físico (ou terrestre) em oposição ao número três, que se refere ao divino
(espiritual). Assim sendo, o número sete (3 + 4) é, sem dúvida alguma, o número
da Criação.
Os sete chacras, segundo a tradição da hatha-ioga. O iogue busca atingir cada
um dos chacras, até chegar ao sétimo - a perfeição.

Mas, além de ser um número sagrado, o sete é também um número


aritmeticamente “esquisito”. Desmond Varley, em seu livro Sete, o Número da
Criação, diz: “Se pedirmos a uma dúzia de pessoas que nos digam rapidamente
um número ao acaso, de um a dez, pelo menos oito delas nos responderão,
invariavelmente, sete”. Por outro lado, as crianças parecem apresentar uma
dificuldade especial em aprender a tabuada do sete. E mesmo os adultos
costumam tropeçar na resposta quando lhes é perguntado quanto são oito vezes
sete.

O uso do sete nas pirâmides do Egito

O sete é o único número simples para o qual não existe regra fácil se quisermos
saber se ele é fator de um determinado número. O sete é um número primo e o
único a não ser aritmeticamente nem múltiplo nem divisor de um outro número
entre 1 e 10. 0 sete é, sem dúvida alguma, um número diferente. Parece que o
seu segredo é propriedade dos deuses.

No caso da matemática, os números podem ser manipulados racionalmente. Mas


o mistério aparece quando nos referimos aos conjuntos estelares que sempre
serviram de orientação aos homens. A constelação mais importante do Equador é
Órion; a mais brilhante do Círculo Polar Ártico é a Ursa Maior; e, para o grupo
circumpolar sul, é o nosso Cruzeiro do Sul. Pois bem, essas três constelações são
formadas por sete estrelas visíveis a olho nú a qualquer hora da noite em seus
hemisférios (a do Equador é visível ao norte e ao sul), desde que haja condições
para tal. No entanto — e aí o mistério ganha proporções — como explicar a
plêiade das Sete Irmãs, quando na verdade apenas seis estrelas são visíveis a
olho nú? Somente uma tradição oculta poderia ter designado a sétima estrela
(invisível) para os que não possuíam os sofisticados aparelhos da astronomia
moderna.

Outro exemplo do sete “oculto” vamos encontrar nas pirâmides do Egito.


Desmond Varley, no seu livro anteriormente citado, pergunta-se: “Podemos ser
positivos ao afirmar que os construtores das pirâmides do antigo Egito viram a
pirâmide como um símbolo do Sol, mas será que eles também a relacionaram com
o septenário, como nós o fazemos?”.

DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO


O dia de Sol Lua Tiw Woden Thor Freya Saturno
Deus
Romano Sol Lua Marte Mercurio Jupiter Vênus Saturno
Grego Hélios Selene Ares Hermes Zeus Afrodite Crono
Gênero Masculino Feminino Masculino Hermafrodite Masculino Feminino Masculino
Metal Ouro Prata Ferro Mercurio Zinco Cobre Chumbo
Cor Amarelo Branco Vermelho Roxo Azul Verde Preto
Gênesis Luz e Trevas Abóbada celeste Terra e Mar Corpos Peixes e Animais e Descanso
a separar as Celestes Pássaros Homens
águas
Matéria Activa Passiva Ordenação Ar Fogo Água Terra
Vida Consciência Subconsciência Interação Inteligência Querer Emoção Mortalidade
Grupos de Ternário Quaternário
Criação A Trindade dos princípios criadores Os Elementos da Matéria criada duplamente polarizada

Acima: “A semana da Criação”, segundo Desmond Varley, autor de Sete, o


Número da Criação. Os sete pilares Sabedoria, citados no Velho Testamento.
Varley sugere que eles significam uma lista de virtudes. O candelabro de sete
braços, um dos mais importantes objetos do culto judáico. A ramificação do meio
seria o próprio homem, o centro da Criação.

A resposta pode ser encontrada na grande pirâmide de Quéops, não apenas pelo
seu significado esotérico mas também pelo fato de ser a mais pesquisada e
estudada. Em primeiro lugar, a pirâmide (não apenas a de Quéops, mas todas)
está relacionada ao sete em sua construção aparente, ou seja, sua base é
quadrada (quatro) e seu perfil é triangular (três), cujas figuras projetadas formam o
sete. Por outro lado, a grande pirâmide de Quéops possui três câmaras
escondidas em seu interior: a do rei, na parte mais alta da pirâmide, simbolizando
o mundo superior (o céu); a câmara da rainha, ao nivel do solo, simbolizando o
mundo terrestre (físico); e, finalmente, uma terceira câmara, situada bern abaixo
do nível do solo, simbolizando o mundo subterrâneo (inferior). Portanto temos,
claramente, o número três.

As câmaras acima descritas estão ligadas ao corredor da entrada por um sistema


de corredores que —qual o rio que corria do Paraíso —divide-se em quatro em um
determinado ponto. Três câmaras e quatro corredores: temos novamente o
número Sete.
Os sete degraus da Consciência: estágios que o homem deve percorrer até
chegar a identificação com a Consciência Divina.

Símbolo da medicina e os chacras da ioga

Ainda entre as culturas antigas, vamos encontrar o sete simbolizado no caduceu,


símbolo ainda usado pela medicina e que foi descoberto na forma utilizada ainda
hoje em uma taça suméria datada de 2600 anos antes de Cristo.

O caduceu consiste em duas serpentes iguais, enroscadas em um bastão, sendo


que o seu significado original era, sem dúvida alguma, triplo. Pode ter sido o
símbolo do Bem e do Mal (as duas serpentes) que se reconciliam em um terceiro
elemento (o bastão), visto por muitos como o símbolo da eternidade. Na versão
original sumeriana as serpentes se cruzam sete vezes, incluindo-se as pontas das
caudas e as duas cabeças que apenas se tocam.

Sabendo-se que os sumérios tiveram um contato muito grande com a civilização


hindu, alguns autores acreditam que o caduceu dos sumérios também se referia
aos sete chacras, centros ou gánglios que podem ser despertados pelos que
praticam ioga, quando conseguem ver o kundalini, a feroz força da serpente que,
segundo a hatha-ioga, encontra-se enroscada na base da espinha.
O despertar do sétimo chacra equivale, para o iogue, a entrada no sétimo
paraíso maometano. Existe uma simetria entre esses dois símboIos. Mas o que
nos interessa no caso é a relação entre o caduceu sumério e a ioga hindu: o fato
de os iogues referirem-se ao kundalini como a força da serpente faz do caduceu a
representação ideal do despertar dessa força.

Os sete dias da semana do candelabro judaico

Entre os judeus, o sete adquire uma importância muito especial, não apenas para
os cabalistas (a cabala é a doutrina secreta do judaísmo), mas mesmo entre os
membros da religião oficial. O sete está presente em um dos principais objetos do
culto, ou seja, a menorah, o candelabro de sete braços. E o sete aqui possui uma
função bern definida. Acendem-se as sete velas do Candelabro antes da oração
do Shabat, isto é, quando tem início o descanso do sábado, o dia sagrado. A luz
da vela simboliza a consciência individual, em oposição a luz do sol (o Shabat tem
início quando surge a primeira estrela no céu da sexta-feira), que é o símbolo da
consciência universal. Assim, o candelabro de sete braços refere-se não apenas
aos sete dias da Criação (incluindo-se evidentemente o Shabat, dia do descanso),
mas também ao impacto que as leis divinas causaram sobre os homens. Sete são
os planetas da antigüidade. Assim, a luz da vela do braço central simboliza o
repouso com relação às seis luzes “planetárias” e significa a consciência que o
povo judeu tem acerca de Deus: “Estai quietos e ficai sabendo que Eu sou Deus”.
Esta ordem é a razão de ser do descanso sabático.

Por outro lado, é muito interessante o simbolismo numérico das seis luzes
exteriores. Essa disposição mostra que os defeitos dos três princípios da criação
se encontram polarizados no homem, uma vez que cada par de luzes ocupa
extremos opostos dos três ramos semicirculares. Isto significa que o princípio de
exteriorização pode manifestar-se como sociabilidade de um lado e como
agressividade do outro. Os princípios de reconciliação estão no único lugar onde a
polarização não aparece, ou seja, no centro. Mas o centro é o próprio homem.

Assim, no simbolismo do candelabro de sete braços, o homem aparece como o


centro da Criação e sua parte mais importante, capaz de dominar e de conciliar o
todo. Dessa maneira, o homem estaria destinado a desempenhar perante a
natureza o mesmo papel que Deus representa diante do universo.

Talvez seja por isso mesmo que François-Xavier Chaboche, em seu livro Vida e
Mistério dos Números, tenha chegado á seguinte conclusão: “Sete... a liberdade, a
luz, o sucesso e a alegria de viver!”.

O QUE HA PARA SE LER:

S Sete, O Número da Criação, de Desmond Varley, Edições 70, Lisboa.

Vida e Mistério dos Números, de François-Xavier Chaboche, Hemus.


A Magia dos Números ao Seu Alcance, de Helyn Hitchcock, Pensarnento.

Números: Magia e Mistério, de Isidore Kozminsky, volume no 14 da Biblioteca


Planeta, Editora Três, São Paulo.

Número: A Linguagem da Ciência, de Tobias Dantzig, Zahar Editores.

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Fonte: Este artigo foi publicado na REVISTA PLANETA n o 84 de setembro de


1979 por ANTONIO ZAGO.

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