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FICHA CATALOGRÁFICA
ISBN 978-85-68268-23-0
CDD 347.09
CONSELHO EDITORIAL
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Coleção Dinâmica Jurídica
A COMPLEXIDADE E AS TRANSFORMAÇÕES
DAS RELAÇÕES INTERSUBJETIVAS:
CONTRIBUIÇÕES DA MEDIAÇÃO
INTERDISCIPLINAR
Resumo
Abstract
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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ALESSANDER MENDES3
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RESUMO
ABSTRACT
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INTRODUÇÃO
O artigo que ora se apresenta tem por objetivo
fazer uma breve explanação acerca da mediação, enquanto
método não adversarial de resolução de conflitos, fazendo
um breve escorço histórico da mediação no Brasil e no
Direito comparado.
A mediação compõe os denominados ADRs
(Alternative Dispute Resolutions) ou Métodos Alternativos
de Solução de Controvérsias (Mascs). Trata-se de um
procedimento voluntário em que uma terceira pessoa
imparcial, no caso, o mediador, auxilia as partes a
restabelecerem o diálogo, ajudando-as a resolverem seus
próprios conflitos. Na mediação, o mediador apenas
conduz o procedimento, de forma que a solução é dada
pelas partes.
Cuida-se de um procedimento não confrontativo,
alternativo à jurisdição estatal, permitindo que os
envolvidos no conflito sejam os protagonistas de sua
história, de forma que sua principal diferença em relação
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de conflitos. 1. ed. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2015. 256p
11 Lei nº 9.099/95.
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de conflitos. 1. ed. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2015. 256p
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14 Ibidem.
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REFERÊNCIAS
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DO TRADICIONAL AO DESAFIADOR:
ASPECTOS PSICOEMOCIONAIS
DA JURISDIÇÃO E MEDIAÇÃO NA
SOLUÇÃO DE CONFLITOS JURÍDICOS.
Resumo
A jurisdição, como método tradicional, por sua própria
natureza e entraves inerentes ao seu exercício, vem abrindo
espaço gradativamente a mecanismos que solucionem o
conflito em toda a sua profundidade, tais como a
mediação, que se apresenta no Cenário jurídico como uma
práxis transformadora, onde o confronto é substituído pela
harmonia e consenso, construídos a partir dos elementos
psicoemocionais das partes envolvidas, que elaboram o
conflito de forma a atender não somente seus direitos, mas
suas reais necessidades.
Palavras-chave: Jurisdição. Mediação. Conflito.
Sentimentos.
Abstract
The jurisdiction, as a traditional method, by its very nature
and inherent obstacles to its exercise, has gradually opened
space for mechanisms that resolve the conflict in all its
depth, such as mediation, which is presented in the legal
scenario as a transformative praxis, where the
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1 INTRODUÇÃO:
O Monopólio de jurisdição, com a solução estatal
unilateral, consolidada desde o Estado Liberal, passou a ser
repensado a partir do Século XIX com a passagem para o
Estado Social. Essa forma tradicional de enfrentamento
de conflitos, passa a ser colocada em cheque pela
Constituição Federal de 1988, em que o consagrado
princípio do acesso à justiça trouxe novos
questionamentos e inquietações.
O princípio insculpido na Magna Carta, ao
contrário da interpretação engessada ao longo dos anos,
traz em si uma dimensão muito mais complexa, de que o
conflito jurídico, é antes de tudo um conflito de relações
sociais, que possui além de matizes objetivas, liames
subjetivos que merecem ser profundamente desvendados
para que o equilíbrio social violado pela disputa volte a ser
reestabelecido.
Nesse cenário de complexidade de conflitos, tão
presente na polifacética sociedade atual, a mediação se
apresenta como meio alternativo de solução das questões,
com uma proposta desafiadora: servir como instrumento
de concretização da paz social, a partir do sentimento de
justiça experimentado pelas partes individual e
coletivamente.
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1 INTRODUÇÃO
O presente texto utiliza como referencial teórico o
artigo “Um novo modelo de justiça penal: justiça
restaurativa e sua aplicação no Brasil” (FREITAS;
BRAGA, 2014) o qual explicita rapidamente o sistema
retributivo de punição adotado no Brasil e traça um
paralelo com o sistema de justiça restaurativa e sua
compatibilidade e aplicação prática.
Antes de falar sobre justiça restaurativa no Brasil é
de bom tom fazer rápida revisão sobre o modelo adotado
até então como regra no sistema brasileiro de justiça penal,
a justiça retributiva.
Na justiça retributiva, “ante o cometimento de um
ilícito penal, surge para o Estado o poder-dever de punir
aquele que viola o ordenamento jurídico e a paz social,
retribuindo o mal causado com a comissão do delito com a
aplicação de medidas extremas” (BRANDÃO, Html).
Ou seja, este sistema punitivo “preocupa-se com a
figura do agressor, qual norma jurídica foi violada, qual
sanção deve ser aplicada, é totalmente centrado no Estado,
que processa e julga, condenando, sendo voltada para o
passado, despreza a história e as relações da vítima”
(FREITAS; BRAGA, 2014, p.147) não causando nenhum
assombro o fato de que se olvide de um ideal
ressocializador levando ao fracasso o sistema de justiça
penal vigente.
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2 JUSTIÇA RETRIBUTIVA
Na justiça repressiva, a pena privativa de liberdade,
prática constante no atual sistema de justiça penal, é
imposta praticamente como meio único de resposta à
infração penal e como medida singular para prevenir
futuras condutas sob a máscara da (fajuta) ressocialização
do infrator, a qual não acontece, infelizmente.
A justiça retributiva caracteriza-se por visar à
punição e ao estabelecimento de culpa como forma de
justiça, ou seja, havendo uma lesão jurídica relevante
(tipicidade) causada pelo delito, o objetivo precípuo deste
sistema é retribuir o mal cometido (sistema vingativo-
punitivo). Ainda a respeito das características, explica
Peterle (2015):
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3 JUSTIÇA RESTAURATIVA
O direito penal é, acima de tudo, uma garantia e a
justiça penal organiza-se a partir de uma exigência: garantir
uma coexistência pacífica entre os membros da sociedade,
entretanto, exercido dentro de limites principiológicos tais
como: os princípios da legalidade ou da reserva legal, o
princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da
culpabilidade, princípio da exclusiva proteção de bens
jurídicos, princípio da intervenção mínima e da
fragmentariedade, princípio da pessoalidade e da
individualização das penas, princípio da proporcionalidade,
princípio da humanidade, princípio da insignificância e
princípio da adequação social (FAVORETTO, 2011).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi explanado se conclui que o
Direito Penal tradicional se funda nos paradigmas
punitivos de resolução do delito, que tem na pena privativa
de direitos e liberdades instrumento de recuperação social
do delinquente, sendo utilizado de forma verticalizada do
Estado para o infrator, todavia, em franco declínio. Este
modelo, de intenção meramente punitivo, tem se revelado
ineficaz tanto para a sociedade, quanto para a vítima que
carece em desamparo e não vê eficácia prática na punição
imposta pelo Estado.
A Justiça Restaurativa revela-se como um novo
paradigma de resolução dos conflitos penais pautado na
existência de responsabilização do ofensor, restauração do
prejuízo causado à vítima e reintegração das relações
sociais lesionadas com a ocorrência do delito num modelo
forjado por princípios sólidos em conformidade com as
diretrizes da ONU, por meio da Resolução 2002/12,
emitida pelo Conselho Econômico e Social (ECOSOC).
Este novo modelo tende a soluções preocupadas
em diminuir as consequências sociais advindas da
ocorrência do crime, sendo mais prospectivo, voltado ao
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RESUMO
A jurisdição se torna insuficiente para a crescente
formulação por justiça, o que enseja o reaparecimento de
mecanismos (até então) considerados alternativos de
acesso à ordem jurídica justa. As recentes reformas na
legislação processual propõem um modelo de conjugação
dos diversos instrumentos de apreciação de controvérsias
(multiportas), com ênfase nos meios autocompositivos.
Trata-se de um novo paradigma para a justiça brasileira, no
qual se pretende estimular os mecanismos consensuais de
pacificação social, inclusive com a atuação mais eloquente
da conciliação e da mediação no processo judicial. Porém,
em se tratando de uma transição, para que esse novo
formato produza os resultados esperados, ainda precisará
superar desafios de ordem estrutural, educacional e
cultural.
ABSTRACT
Jurisdiction becomes insufficient for the growing
formulation of justice, which leads to the reappearance of
mechanisms (hitherto) considered as alternatives to access
to the just legal order. The recent reforms in the
procedural legislation propose a model of conjugation of
the diverse instruments of appreciation of controversies
(multi-door courthouse), with emphasis in the
autocompositives means. This is a new paradigm for
Brazilian justice, in which it aims to stimulate the
consensual mechanisms of social pacification, including
the more eloquent act of conciliation and mediation in the
judicial process. However, in the case of a transition, for
this new format to produce the expected results, it will still
have to overcome structural, educational and cultural
challenges.
Keywords: jurisdiction; alternative mechanisms;
consensual means; challenges.
Sumário
1 Introdução. 2 O acesso à justiça e a(s) crise(s) da
jurisdição. 3 A tentativa de fuga à crise: aposta nos
mecanismos alternativos. 4 Em busca de um novo
paradigma: a justiça consensual e os desafios a serem
enfrentados. 5 Considerações finais. Referências.
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1 Introdução
Muito se tem discutido acerca da crise na justiça e
as possíveis alternativas para superá-la. As tradicionais
soluções até então apontadas (investimento na estrutura
judiciária, fiscalização da produtividade dos juízes e a
modificação na legislação processual) não foram capazes
de resolver o problema da baixa efetividade da prestação
jurisdicional. O debate toma novo rumo e, de forma quase
universal, passa a incidir sobre outros mecanismos de
resolução de conflitos que também se mostram aptos ao
enfrentamento das questões levadas aos órgãos judiciários,
tais como a conciliação, a mediação e a arbitragem.
Ocorre que, quase sempre, busca-se promover tais
instrumentos como meras saídas a um sistema de justiça
que não mais se mostra apto a corresponder aos anseios
sociais, um modelo que pressupõe a conotação de acesso à
justiça enquanto sinônimo de atuação dos tribunais e que
implica a resolução das demandas pela atuação do Estado-
juiz. Assim, a aposta nesses mecanismos alternativos parte
da equivocada premissa de que sua utilidade estaria
relacionada à noção de (in)eficiência de um suposto meio
primário de apreciação de controvérsias: a jurisdição.
De qualquer forma, o fato é que há uma tendência
de aposta num novo modelo de pacificação social,
fundamentado na atuação harmoniosa dos diversos
mecanismos de resolução de conflitos de acordo com a
adequação de cada instrumento às peculiaridades da
relação jurídica apreciada. Mais especificamente, as
recentes reformas na legislação brasileira apontam para
uma prevalência na utilização dos meios autocompositivos
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22 Trata-se de uma crise que, com base nas lições do autor (2003, p. 76), pode ser
entendida por diversos enfoques: crise estrutural, que corresponde à insuficiência no
financiamento de instalações, pessoal e de equipamentos; crise objetiva ou
pragmática, relacionada à burocratização e lentidão dos ritos judiciais; crise subjetiva
ou tecnológica, vinculada à incapacidade dos operadores jurídicos em lidarem com
novas realidades fáticas, em especial os conflitos de interesses transindividuais; e crise
paradigmática, acerca da inadequação do modelo jurisdicional tradicional (e do
próprio direito) para o trato das demandas contemporâneas.
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25A Res. 125 do CNJ estabelece que os tribunais deverão criar Núcleos Permanentes
de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (art. 7º). O Novo CPC prevê que
os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição (art. 165), regra também prevista na Lei de Mediação (art. 24).
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5 Considerações finais
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RESUMO
O estudo realizado parte do pressuposto de que sendo o
ser humano gregário por natureza, torna-se inerente a sua
existência o surgimento de conflitos que necessitam ser
solucionados ou ao menos controlados a fim de permitir
sua convivência. Nesse desiderato, busca-se demonstrar
que o surgimento do Estado como responsável pelo
equilíbrio social, em especial por meio da Jurisdição, não
tem demonstrado plena eficácia, o que enseja a busca de
meios alternativos para solução dos conflitos. Desta forma,
destaca-se que tal mudança de paradigma que possui
origem remota, se consolida com o advento do Código de
Processo Civil vigente que estabelece como um de seus
princípios a busca pela solução consensual dos conflitos,
rompendo com o pensamento contencioso então
prevalente no Código de Processo Civil revogado.
Destaca-se, ainda, o tratamento aos meios alternativos de
solução de conflitos, em especial a mediação e conciliação,
sendo expostos seus conceitos e principais características
para melhor compreensão.
ABSTRACT
The study made part of the assumption that being the
gregarious human being by nature, it becomes inherent in
their existence the emergence of conflicts that need to be
solved or at least controlled in order to allow the
coexistence in society. In this desideratum, it is sought to
demonstrate that the emergence of the State as responsible
for social balance, especially through the Jurisdiction, has
not demonstrated full effectiveness, which leads to the
search for alternative means to solve conflicts. In this way,
it is emphasized that such a paradigm shift that has a
remote origin, is consolidated with the advent of the Code
of Civil Procedure in force, which in addition to
establishing as one of its principles the search for a
consensual solution of conflicts, breaking with contentious
thinking Then prevalent in the revoked Code of Civil
Procedure. Special attention is also given to alternative
means of conflict resolution, with emphasis on mediation
and conciliation, and its concepts and main characteristics
are exposed for a better understanding.
INTRODUÇÃO
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28 Parece existir razão àqueles que afirmam ser impossível uma relação interpessoal
plenamente consensual (VASCONCELOS, 2015, p. 21).
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O SURGIMENTO DO ESTADO
CONSTITUCIONAL E SUA INFLUÊNCIA NO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
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29 A Constituição Federal de 1988 não estabeleceu um sistema fechado, uma vez que
a própria constituição possui um conceito materialmente aberto de direitos
fundamentais ao permitir o reconhecimento de tais direitos decorrentes de tratados
internacionais.
30 Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
Economides propõe ainda uma quarta “onda”, quais sejam, prestação de serviços
jurídicos aos necessitados, a existência de direitos difusos a serem albergados pelo
processo, a criação de novas formas de acesso aos mecanismos jurídicos e, sob uma
ótica dos aplicadores do direito, uma formação no sentido de apresentar-lhes
também a necessidade de garantir àqueles que pleiteiam causas mais simples a devida
atenção.
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CONSIDERAÇOES FINAIS
REFERÊNCIAS
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RESUMO
ABSTRACT
The mediation, a form of conflict resolution that
has been expanding in Brazil, especially after Resolution
125/2010 of the National Council of Justice (CNJ), later
valued by the reform of the Code of Civil Procedure,
gained strength with the promulgation of the Law of
Mediation nº 13.140 / 2015. This article aims to
demonstrate the techniques of conflict mediation that the
mediator can apply to help the parties reach an agreement.
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1. Introdução
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Judicial. 2013. Brasília/DF: Ministério da Justiça e Programa
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URY, WILLIAM. Como chegar ao sim com você mesmo. Rio
de Janeiro: Sextante, 2015.
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RESUMO
O presente artigo tem por fim apresentar a Mediação de
Conflitos e suas técnicas como estratégias positivas no
enfrentamento da violência nas escolas, a fim de
implementar uma Cultura de Paz nas vivências escolares.
Primeiro abordaremos a moderna teoria do conflito, a qual
analisa as divergências humanas com enfoque positivo, ao
mesmo tempo em que discorreremos acerca do conceito e
objetivos da Mediação de Conflitos. Em seguida, falaremos
sobre a Mediação Escolar, que é um seguimento da
Mediação de Conflitos que promove o entendimento
consensual entre os atores do universo educacional,
fomentando o diálogo, o respeito às diferenças, a
comunicação eficaz e não violenta, a passo em que
ABSTRACT
The purpose of this article is to present Conflict
Mediation and its techniques as positive strategies in the
fight against violence in schools, in order to implement a
Culture of Peace in school experiences. We will first
address the modern conflict theory, which analyzes human
divergences with a positive focus, while discussing the
concept and objectives of Conflict Mediation. Next, we
will talk about School Mediation, which is a follow-up of
Conflict Mediation that promotes consensual
understanding among actors in the educational universe,
fostering dialogue, respect for differences, effective and
non-violent communication, while presenting Projects of
conflict management through School Mediation in schools
in Rio de Janeiro, Paraná and São Paulo, whose results have
been shown to be positive. In the end, we will analyze the
Culture of Peace and its pillars as an essential substrate in
the construction of dialogue, resolution and conflict
prevention in the school universe.
INTRODUÇÃO
35Vide http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/08/1912793-jovem-que-
agrediu-professora-em-sc-afirma-a-policia-que-agiu-por-impulso.shtml;
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/briga-entre-estudantes-chama-
atencao-para-violencia-nas-escolas-1qg2khh49qsfmubk884sig2mm;
http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/09/brigas-entre-alunos-de-escolas-
particulares-viram-rotina-em-belem.html.
36 Em setembro de 1999, a Assembleia Nacional das Nações Unidas proclamou o
pacificação das relações humanas. Fonte: UNESCO: Manifesto 2000 por una cultura
de paz y no violência, p. 02
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RESUMO:
O presente artigo se propõe a analisar uma possível colisão
entre o princípio da proteção ao contratante dependente e
o princípio da vinculação aos contratos. Justifica-se o
debate em virtude de julgados recentes do STJ
reconhecendo a nulidade de cláusulas de eleição de foro e
compromissória de arbitragem em contratos de franquia,
sob o argumento de terem sida inseridas abusivamente em
contratos de adesão estabelecidos entre partes que estariam
em posições assimétricas.
ABSTRACT:
The present article proposes to analyze a possible collision
between the dependent contracting party protection
principle in collision with the contracts binding principle.
The debate is justified by recent STJ decisions recognizing
the nullity of forum selection clause and arbitration clause
in franchise contracts, based on the argument that these
clauses have been abusively imposed in standard form
contracts established between parties that would be in
asymmetrical positions.
Key-words: Comercial Law. Principles. Nullity. Forum.
Arbitration.
SUMÁRIO:
1. Introdução; 2. O contrato de franquia e a aparente
autonomia do franqueado; 3. As obrigações empresariais e
o princípio da vinculação dos contratantes ao contrato; 4.
Assimetrias em contratos empresariais e o princípio da
proteção ao contratante dependente; 5. As assimetrias
contratuais na visão do STJ; 6. Conclusão
1. INTRODUÇÃO
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40 STJ – AgRg no AREsp 563.993-GO – Rel. Min. Isabel Gallotti – DJe 23.03.2015.
41 STJ – REsp 1.602.076-SP – Rel. Min. Nancy Andrighi – DJe 30.09.2016.
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2. O CONTRATO DE FRANQUIA E A
APARENTE AUTOMIA DO FRANQUEADO
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3. AS OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS E O
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DOS
CONTRATANTES OS CONTRATO
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4. ASSIMETRIAS EM CONTRATOS
EMPRESARIAIS E O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
A CONTRATANTE DEPENDENTE
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O reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor no mercado de consumo representa o
princípio basilar do direito do consumidor. O consumidor
é a parte mais frágil na relação de consumo, por isso
merece uma proteção especial. Trata-se de uma presunção
absoluta, não se admitindo prova em contrário.
A vulnerabilidade do consumidor constitui
atributo que lhe é inerente e decorre do fato de ser o
destinatário final dos produtos e serviços disponibilizados
pelo fornecedor no mercado de consumo. Assim, a
vulnerabilidade independe da condição social, cultural ou
econômica do consumidor, caracteriza-se pelo fato de o
consumidor desconhecer as técnicas de produção. Adquire
produtos e serviços no mercado de consumo porque não
tem condições de exercer a atividade produtiva que é
dominada pelo fornecedor. Daí a sua vulnerabilidade
frente ao fornecedor (LAGES, 2016, p. 62).
O reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor possibilita que lhe seja assegurada uma série
de direitos e garantias, permitindo, dessa forma, um
tratamento diferenciado em relação ao fornecedor, a fim
de neutralizar a sua reconhecida superioridade frente ao
consumidor.
Segundo Nery Júnior (2007, p. 182), o princípio
da vulnerabilidade decorre do princípio constitucional da
isonomia, que confere tratamento desigual aos desiguais.
Como o consumidor é inferior ao fornecedor em virtude
da sua reconhecida vulnerabilidade, é possível dispensar
um tratamento desigual em favor do consumidor com o
objetivo de equilibrar a relação jurídica de consumo.
A doutrina reconhece quatro tipos de
vulnerabilidade: a técnica, a jurídica, a fática e a
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AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO
ESTABELECIDA CONTRATO DE
FRANQUIA.
VALIDADE. RECONHECIMENTO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA POR ESTA
CORTE. APLICAÇÃO DA SÚMULA
7⁄STJ. 1. A jurisprudência deste Superior
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6. CONCLUSÃO
218
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45 STJ – REsp 1.602.076-SP – Rel. Min. Nancy Andrighi – DJe 30.09.2016, julgado
comentado neste artigo.
46 BANCO MUNDIAL. Disponível em:
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REFERÊNCIAS:
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