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Região Agrária dos Açores

Feito por: Rodrigo Neves Cabral


Data: 27/11/2022
Trabalho de: Geografia
Índice
1. Localização
2. Fatores Físicos
 Fator Clima
 Fator Relevo
 Fator Qualidade dos Solos
 Fator Rede Hidrográfica
3. Fatores Humanos
 Fator Povoamento e
Demografia
 Fator Histórico e Cultural
 Fator Política Agrícola
 Fator Científico e Tecnológico
 Fator Económico
4. Produtos da Região Agrária dos
Açores
5. Pecuária da Região Agrária dos
Açores
6. Turismo da Região Agrária dos
Açores
Localização

O arquipélago dos Açores localiza-se a norte do Oceano Atlântico, a 800


km da ilha da Madeira, a 1 500 km do Continente Europeu, a 1 450 km de
África, a 3 900 km da América do Norte e a 6 400 km do norte do Brasil.
Estende-se na diagonal à mesma latitude que Lisboa, capital de Portugal, à
qual está ligada através de voos frequentes com uma duração de cerca de
duas horas. A distância máxima entre as ilhas do arquipélago é de 630 km,
entre o Corvo (a oeste) e Santa Maria (a este).
O Arquipélago dos Açores está dividido em três grupos de ilhas:
 Grupo Ocidental – Flores e Corvo;

 Grupo Central – Faial, Pico, São Jorge, Graciosa e


Terceira

 Grupo Oriental – São Miguel e Santa Maria.


Fator Físico
Clima

A localização geográfica das ilhas dos Açores, e o seu contexto na


circulação global atmosférica e oceânica, condiciona o clima do
arquipélago.
No Arquipélago dos Açores tem temperatura anual amena e baixa
amplitude térmica anual.
Precipitação abundante mais elevada no inverno e humidade do ar
elevada. Assim, o clima nos Açores é caracterizado por elevados índices de
humidade do ar, amenidade térmica, taxas de insolação pouco elevadas,
chuvas regulares e abundantes e por um regime de ventos vigorosos.
A circulação atmosférica é comandada pelo Anticiclone dos Açores, cuja
posição, intensidade, desenvolvimento e orientação influencia as
condições meteorológicas sentidas no arquipélago.
As diferentes ilhas açorianas apresentam características climáticas
distintas, resultantes do seu enquadramento no sistema climático.
Verifica-se um incremento da influência oceânica no clima das ilhas de
Nascente para Poente e, dentro de cada ilha existe uma estratificação
altimétrica das condições climáticas. Também ocorrem assimetrias
significativas no interior de cada ilha, relacionadas com a morfologia, com
a estrutura geológica, com a vegetação e, em alguns casos, com a
influência de ilhas vizinhas. Reconhecem-se nas diversas ilhas alguns locais
com clima, geralmente tropical a subtropical bem marcado.

Fator Físico
Relevo

As ilhas no Arquipélago dos Açores têm origem vulcânica, costas altas e


rochosas.
O arquipélago dos Açores é formado por nove ilhas e alguns ilhéus
inabitados (as Formigas). Ao Grupo Oriental pertencem Santa Maria e São
Miguel, ao Grupo Central, a Terceira, a Graciosa, São Jorge, o Pico e o
Faial; e ao Grupo Ocidental pertencem as Flores e o Corvo. O arquipélago
situa-se no Atlântico norte, a 1500 km a oeste de Lisboa e a 3400 km a
leste de Nova York.
O interior das ilhas é extremamente acidentado, registando a montanha
do Pico (2351 m), na ilha do Pico, a maior altitude de todo o território
nacional. Todas as ilhas são de origem vulcânica, conhecendo-se erupções
históricas nas ilhas de São Miguel, Terceira, São Jorge, Pico e Faial.
O vulcanismo mantém-se ativo em várias ilhas, sendo aproveitado como
fonte de energia geotérmica. No fundo de algumas crateras de vulcões
extintos, encontram-se lagoas, sendo a mais famosa a Lagoa das Sete
Cidades, na ilha de São Miguel.

Fator Físico
Qualidade dos Solos

Origem em materiais vulcânicos como cinzas e pedra-pome.


As condições climáticas do arquipélago permitem uma grande diversidade
de produções agrícolas. A superfície agrícola útil (SAU) corresponde a 120
400 ha, o que equivale a pouco mais de metade do território. 88% da SAU
são prados e pastagens permanentes, ideais para a criação extensiva de
gado. 10% da SAU são terras aráveis (destinadas essencialmente ao cultivo
de milho forrageiro para alimentação do gado) e apenas 2% é ocupada por
culturas permanentes (onde as vinhas são a principal cultura). A superfície
das explorações agrícolas, onde se pratica a agricultura biológica, continua
a ser bastante modesta, com apenas 620 ha (explorações certificadas ou
em processo de certificação)
Fator Físico
Rede Hidrográfica

A Região Hidrográfica dos Açores (RH9) compreende a área de terra e


de mar constituída pelas bacias hidrográficas contíguas e pelas águas
subterrâneas e costeiras que lhes estão associadas, constituindo-se
como a principal unidade de planeamento e gestão, tendo por base a
bacia hidrográfica.
A RH9 com 10 045 km2 corresponde ao arquipélago dos Açores
localizado no oceano Atlântico, entre os paralelos 36º45’ e 39º43’ de
latitude norte e os meridianos 24º32’ e 31º17’ de longitude oeste. A
área da RH9 foi calculada somando a área das 9 ilhas dos Açores no seu
conjunto (2 352 Km2) com a área total das massas de água dos
diferentes tipos de águas costeiras dos Açores (7 693 Km2). A hidrologia
da RH9 caracteriza-se por lagoas, ribeiras, águas de transição, águas
costeiras e águas subterrâneas.
De acordo com os critérios da DQA, a expressão global do estado de
uma massa de água de superfície, que inclui a categoria rios, lagos,
transição e costeiras, é definida em função do pior dos dois estados:
ecológico ou químico.
Por seu turno, o estado final de uma massa de água subterrânea é
determinado pelo pior dos dois estados quantitativo ou químico dessas
águas.
Fator Humano
Povoamento e Demografia

A população do arquipélago é de 247 000 habitantes


(equivalente a 2,4% do total da população portuguesa) e a
densidade populacional é de 106 pessoas por quilómetro
quadrado (ligeiramente inferior à média portuguesa, 113 hab.
/km²).
A ilha mais povoada é a de São Miguel, no Grupo Oriental. Com
138 000 pessoas, reúne pouco mais de metade da população da
região e apresenta a maior densidade do arquipélago (cerca de 1
500 hab./km²). Nesta mesma ilha, encontra-se a cidade mais
povoada, Ponta Delgada, uma das capitais dos Açores,
juntamente com Angra do Heroísmo (na Terceira) e Horta (no
Faial).
Fatores Humanos
Históricos e culturais

O primeiro documento oficial que se conhece a respeito do


povoamento dos Açores é a citada Carta Régia e 2 de Julho de
1439. Aí se diz que o infante D. Henrique já havia mandado
lançar ovelhas “nas sete ilhas dos Açores” e que impetrara
licença para providenciar sobre o povoamento das mesmas.
Seguem-se vários documentos semelhantes em confirmação
daquele, alguns deles concedendo regalias especiais aos
primeiros povoadores. As primeiras ilhas povoadas foram as de
Santa Maria e de S. Miguel, com famílias idas, por intermédio de
Gonçalo Velho, da Estremadura, do Alto Alentejo e do Algarve.

Quanto às ilhas do Faial e do Pico, foram elas doadas, pouco


antes de 1466, ao flamengo Josse Van Huertere (Joz de Utra),
casado com Beatriz de Macedo e sogro do famoso Martinho da
Boêmia. Na sua companhia teriam vindo muitos flamengos,
dentre os quais se destacou Wilheim Van der Haagem
(Guilherme da Silveira), que, por desinteligências com aquele, se
passou às Flores e desta para a Terceira e S. Jorge, promovendo,
desse modo, os primeiros trabalhos de povoamento das ilhas das
Flores e de S. Jorge.

Sabe-se, portanto, que o povoamento das ilhas açorianas se


deveu a portugueses de várias províncias do Reino e também, de
uma maneira considerável, a elementos flamengos, circunstância
que se explica pela intervenção de D. Isabel, condessa da
flandres e mulher de Filipe de Borgonha, junto de seu irmão o
infante D. Henrique, primeiro donatário dos Açores.

Também nesses primeiros tempos de vida humana nos Açores


teriam participado do povoamento elementos mouros e judeus.

No decurso dos séculos a população açoriana seria refrescada


com elementos de várias origens, em reduzidas proporções,
como italianos e castelhanos, franceses e ingleses, escocesas,
norte-americanos, etc. (cf. Frutuoso, Luís Ribeiro, etc.).
Fatores Humanos
Política Agrícola

A política de desenvolvimento rural da Região para o período


2014-2020 define como um dos seus domínios a
“Sustentabilidade Ambiental”, que apresenta duas prioridades
“Restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas ligados à
agricultura e à silvicultura” e  “Promover a utilização eficiente
dos recursos e apoiar a passagem para uma economia de baixo
teor de carbono e resistente às alterações climáticas nos
sectores agrícola, alimentar e floresta”. Em 2019, este domínio
concentra mais de 40% dos recursos financeiros públicos
consagrados ao desenvolvimento rural para aquele ano.
A esmagadora maioria dos regimes de apoio ao rendimento dos
agricultores em vigor na Região no período 2017-2019
condiciona o pagamento dos apoios ao cumprimento, nas
explorações beneficiárias, de regras exigentes em matéria
ambiental (“condicionalidade”). No período em análise cerca de
67% do total das explorações agrícolas recenseadas nos Açores
foi abrangida pela obrigação de respeito das regras da
“condicionalidade”.

Fatores Humanos
Científico e Tecnológico

Um estado moderno deve adaptar-se às exigências de uma sociedade


assente no conhecimento, na qualificação e na inovação enquanto pilares
do crescimento económico, do desenvolvimento cultural, do bem-estar
social e do progresso em termos gerais.
Neste contexto, o Governo dos Açores, reconhecendo o seu papel no
desenvolvimento e crescimento da produtividade e da competitividade da
Região Autónoma dos Açores (RAA) e assumindo as suas
responsabilidades na criação das condições estruturais e dos contextos
económicos, sociais e culturais mais favoráveis ao seu progresso global,
define um novo quadro de referência para a promoção da educação
científica e da difusão da cultura científica e tecnológica.
Porém, esta é uma missão exigente que deve partir da definição dos
princípios básicos orientadores da ação política nesta matéria e do
estabelecimento das respetivas metas. Assumem-se, assim, como
princípios básicos fundamentais a considerar no quadro geral de
promoção da divulgação científica nos Açores, os seguintes:
– A educação para a ciência enquanto processo de cultura,
desenvolvimento e cidadania;
– A cultura científica como instrumento fundamental para a interpretação
dos fenómenos físicos e sociais circundantes;
– A formação e educação científicas como pedras basilares na construção
de uma sociedade do conhecimento sustentável e democrática;
– O ensino experimental das ciências como metodologia fundamental
para a aquisição de conhecimentos;
– A promoção da igualdade de oportunidades no acesso ao
conhecimento;
– A promoção da cultura científica e tecnológica como base de valorização
dos açorianos;
– O aprofundamento da perceção do público face à investigação e às
tecnologias;
– A melhoria do conhecimento e desempenho dos alunos através da
participação em projetos de natureza científica e tecnológica;
– A cooperação e parceria entre os estabelecimentos de educação dos
diferentes níveis de ensino e destes com as unidades de I&D e com a
indústria;
– A produção regional de conteúdos de divulgação científica;
– O contributo para o despontar de novas vocações para as profissões e
atividades de I&D;
– O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação como
fator de modernização e inovação dos Açores;
– O uso das tecnologias de informação e comunicação enquanto
instrumento generalizado de acesso à informação, à educação, ao
trabalho e à participação na vida pública;
– A agilização e aprofundamento do processo de transferência de novos
conhecimentos e novas tecnologias;
– O reforço das competências digitais enquanto principal motor de
modernização e desenvolvimento das sociedades.
Fatores Humanos
Económico

Evolução do PIB Per Capita dos Açores

A economia do arquipélago dos Açores representa 2,1% da economia


portuguesa, medida através da sua contribuição para o VAB. No entanto, a
sua contribuição é substancialmente mais importante no setor primário
(agricultura, silvicultura e pescas), onde representa 9,3% do VAB
português.
Como é tradicional nas economias desenvolvidas, o setor dos serviços
lidera a atividade económica do arquipélago, com uma contribuição para
o VAB regional de até 74,8% em 2012, em conformidade com o índice
português.
As atividades terciárias predominantes nas ilhas são de caráter público
(serviços administrativos e sociais).
A maior diferença entre as estruturas económicas de Portugal e dos
Açores reside no menor peso percentual do setor secundário nas ilhas
(15,6%) e, paralelamente, na maior importância do setor primário em
comparação com os níveis europeus e portugueses (com 9,6% do VAB).
Há que salientar que o setor agroalimentar e a transformação florestal
constituem os principais setores industriais, dando assim consistência às
produções do setor primário das ilhas. A indústria alimentar e de bebidas,
em particular, conta com 255 empresas (dados de 2013). Em número de
unidades, predominam as padarias, mas a maior parte da atividade
económica agroalimentar concentra-se nos subsetores dos matadouros,
da indústria leiteira e cervejeira.

Produtos da Região Agrária dos Açores

O leque de produtos açorianos é bastante variado, desde o Ananás dos


Açores, Chás, Licores, Queijos, Massa Sovada, Queijadas, Doces, Vinhos
entre outros. Mostramos-lhe nesta listagem alguns dos produtos que
tem de experimentar na sua estadia nos Açores.
O Ananás dos Açores e o seu sabor são únicos. Este é um produto
regional e que é plantado / desenvolvido na Ilha de São Miguel.

A Pimenta da Terra acaba por ser um canivete suíço no que diz


respeito ao tempero e acompanhamentos nos diversos pratos.

Queijo São Jorge é um queijo único com sabores e curas


diferenciadas dos demais.

A Massa Sovada pode resumir-se a um pão doce delicioso e que


depois de provar irá apaixonar-se.

Quando se fala em Bolos Lêvedos fala-se de uns fantásticos bolos


que todos gostam e podem ser degustadas nas mais diversas
apresentações, como simples, prensado com queijo e fiambre, com
manteiga e alho, entre outros.

É nos Açores que encontra as únicas plantações de Chá da Europa,


mais um dos vários motivos para um produto único e com
qualidades, igualmente, únicas. Poderá degustar os vários chás
comercializados pelo Chá Gorreana e ou Chá Porto Formoso

A Kima e a Laranjada são irmãs, produzidas pela Fábrica Melo


Abreu, mas com sabores diferenciados. Ambas gaseificadas, deliciam
os amantes de sumos.

As magníficas e únicas Queijadas da Graciosa são um doce típico


da ilha, como o próprio nome indica, Graciosa e têm um sabor
delicioso e bastante doce. Têm uma forma estrelada com base de
massa fina.

Os Biscoitos de Orelha são um tradicional doce da Ilha de Santa


Maria e a sua produção possui grande valor histórico para a região,
considerada uma referência gastronómica mariense.

Chamam-se Mulatas e são a combinação perfeita, uma bolacha


maria de chocolate deliciosa. Produzida pela Moaçor delicia miúdos
e graúdos.

As Queijadas de Vila Franca do Campo são uma autêntica iguaria


micaelense e também dos doces mais conhecidos da Ilha de São
Miguel.

Há licores para todos os gostos nos Açores. Desde os mais


conhecidos: Licor de Ananás, Licor de Maracujá, Licor de Amora
até ao Licor de Arroz Doce.

Os Iogurtes Yoçor são únicos e produzidos nos Açores. Estes


iogurtes, com 100% leite dos Açores, têm um sabor único e bastante
cremosos. 

A Cerveja Preta Doce é produzida em São Miguel, pela Fábrica de


Cervejas e Refrigerantes João Melo Abreu e tem de provar esta
especialidade micaelense.
As Queijadas da Dona Amélia são um doce tradicional produzido
na Ilha Terceira. Este recebeu uma grande adaptação de uma receita
já existente no passado desta ilha, denominada “Bolo das Índias“.

O Queijo do Vale não é apenas mais um queijo. O produto foi


pensado para ser um produto único e diferenciado dos outros
queijos do arquipélago. Os principais ingredientes do queijo são o
leite, que vem das vacas da família, e a água mineral azeda do vale
das Furnas, uma água muito rica em minerais nascida do Vulcão das
Furnas.

A Meloa de Santa Maria é um fruto diferenciado da ilha de Santa


Maria. Possui algumas características que a diferencia de outras
cultivações em outras regiões, tais como a textura, o sabor e o
aroma.

Pecuária da Região Agrária dos Açores

O EFETIVO TOTAL DE ANIMAIS DOS AÇORES E A PRODUÇÃO DE


CARNE (Dados de 2014)
O setor agrícola dos Açores é caracterizado pela sua forte especialização
pecuária. Nesta base, a produção de carne desenvolveu-se rapidamente
sob o impulso da exportação. Em 2014, produziram-se 21 598 toneladas
de peso limpo, das quais 12 281 toneladas (57%) corresponderam à
espécie bovina, de longe o principal tipo de gado do arquipélago com 267
000 cabeças de gado (o que equivale a 17,2% do efetivo total de animais
de Portugal).
Os vitelos, os novilhos e as vacas predominam entre os animais abatidos,
com números semelhantes (anualmente, entre 15 a 17 000 cabeças de
gado). As restantes espécies animais registam uma produção de carne
substancialmente inferior à do setor da carne de bovino .
Existe também a IGP, «Carne dos Açores».

Turismo da Região Agrária dos Açores

As nove ilhas que compõem o Arquipélago dos Açores caracterizam-se


pela sua diversidade paisagística, pela riqueza do seu património
ambiental, natural e cultural.
Constituindo um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza e do
turismo ativo, a oferta atualmente existente em termos de golfe, da
observação de cetáceos, percursos pedestres, do "big game fishing", do
mergulho, bem como a qualidade das suas unidades hoteleiras a par das
unidades existentes em Turismo em Espaço Rural, e das facilidades para o
turismo de congressos e incentivos e turismo de cruzeiro são a garantia de
uma férias inesquecíveis.

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