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A
CONCILIAÇÃO COMO UMA NOVA PERSPECTIVA DE ENSINO JURÍDICO À
FRENTE DA FORMAÇÃO ADVERSARIAL DAS PROFISSÕES JURÍDICAS.
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a emoção dominante delimita o campo da ação, dirige a interpretação dos estímulos e
estabelece as possibilidades de comportamento racional (FIORELLI, 2016, p.2), de forma
que, a solução para os litígios estaria no equilíbrio entre razão e emoção.
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consensuais são mais frequentes. Entretanto, nesses casos, a necessidade de uma solução
imposta pode ser maior, para reduzir a pressão social informal (ZAMBONI, 2016, p. 32)’
e legitimar as ações decorrentes.
A submissão das contendas a uma decisão judicial se tornou comportamento
padrão à sociedade, que passou a enxergar a atividade jurisdicional como instrumento
particular de garantia aos seus interesses.
Com o berço do conhecimento, as instituições de ensino demonstram a maior
viabilidade para a implementação de projetos declinados ao combate da cultura do litígio.
A mudança cultural pode ser grandemente incentivada e acelerada pela obrigatoriedade
da conciliação e mediação. Embora o conflito seja elemento estrutural da formação
acadêmica dos profissionais de direito, vez que a estrutura pedagógica gira em torno da
jurisdição como garantia e proteção aos direitos afetados, inexiste óbice ao combate da
posição adversarial dos profissionais.
O incentivo ao resgate da mediação em conflitos interpessoais decorre de uma
necessidade social provocada pela ‘cultura da sentença’ e pela indisposição dos
indivíduos para a negociação. Como consequência os instrumentos de jurisdição
adjudicatória ganharam proporção descoordenada a sua capacidade, refletindo na
qualidade das decisões proferidas e impactando o sistema como um todo. A aplicação de
métodos alternativos resgata a pacificação e promove o desafogamento das vias
processuais, pontuando para o bem social.